A GENTE GOSTA É DE gENTE! SIG BERGAMIN
o morar brasileiro para bem viver e receber
O arquiteto pop e muito do criativo que odeia tendência é o perfil desta edição
FASHION IN HOME Camila Weirich conta pra gente quais estilistas estão com um
A premiada arquiteta Cristiane Liogi dá dicas de como abrasileirar a casa - do piso ao teto BALADA COM B - de BRASIL Boate tradicional de SP, a Disco foi redesenhada - o projeto é de Guto Requena e Mauricio Arruda e o tema é o nosso país
espaços lindins para dar uma de anfitrião com estilo
P R O I B I D A V E N D A
EDIÇÃO 04 AGOSTO/SETEMBRO 2013
EXEMPLAR DE ASSINANTE
Um banquinho, uma rede, um violão Uma casa no coração do Cerrado dá boas-vindas a Quem quiser entrar
DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA
pezinho e todas as mãos no décor
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DIRETORES Douglas Popenga d.popenga@editoradfp.com.br Felipe Pedroso felipe.pedroso@editoradfp.com.br Juliano Santos juliano.santos@editoradfp.com.br Julie Fank julie.fank@editoradfp.com.br
Diretor Administrativo Douglas Popenga Diretor Executivo Felipe Pedroso Diretora de Redação Julie Fank Jornalista Responsável Giovana Danquieli Jornalistas Marcele Antonio e Tátila Pereira Diretor de Arte Juliano Santos Executivos de Negócios Renato do Prado Assis Assessora Executiva Karina Guedes Fotógrafo Rodrigo Vieira Estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei Mincarone Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl
COLABORADORES Camila Weirich, Clarissa Donda, Fúlvio N. Feiber, Marcele Antonio, Ricardo Gaioso
A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda. Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230 www.editoradfp.com.br Inscrita no ISSN sob o número 2317-403X
Central de atendimento 45 3306 6336 - 3306 3663 contato@revistaconstruarch.com.br www.revistaconstruarch.com.br Redação contato@revistaconstruarch.com.br COMERCIAL felipe.pedroso@editoradfp.com.br r.prado@editoradfp.com.br Impressão Gráfica Positiva PAPEL Kgepel
MARKETING E COMUNICAÇÃO
ÍNDICE AG OSTO / SETEMBRO 20 1 3
14 WARM-UP
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16 NOVOS EMPREENDIMENTOS EDIFÍCIO ARMANDO REZENDE 22 GARIMPO CIDADELA Tatiane Mariotto e Franciele Lovatel garimpam mimos com cara de Brasil 25 IT REDUNDÂNCIA... Uma Poltrona Rede simplesmente original 27 ESTANTE ONDE IR, O QUE LER E O QUE ASSISTIR 29 GADGET ALTA CÚPULA DA PREGUIÇA Tudo para evitar a fadiga! 30 CRIATIVIDADE VERDE TRILHA VERDE Uma ode ao paisagismo cada vez mais presente 32 URBANIDADES ESCULPINDO IDEIAS Futuros arquitetos apresentam alternativas ao MUBE no segundo concurso da plataforma Projetar 41 RECORTE ABRAPLAC COMPENSADO COMPENSA Explicamos para você porque o compensado é superior
60 CENÁRIO BRASILEIRICE DOS PÉS À CABEÇA Na capital federal, uma casa com tudo que o brasileiro gosta
38 RECORTE JUNTA A GALERA! Cantinhos ou grandes espaços da casa que nasceram em nome da recepção calorosa
19 GARIMPO As três cores que são orgulho nacional hasteadas em três páginas
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ÍNDICE
34 PULODOGATO NOSSO BOSQUES TÊM MAIS VIDA
96 ESPELHO
Cristiani Liogi
ABAIXO A CHATICE!
seleciona materiais
O dia em que Sig Bergamin passou por Cascavel – e
com a riqueza da
só deixou mais claro porque é chamado de arquiteto
“pátria amada”
pop 49 DOSSIÊ QUEBRA DA INÉRCIA Arquitetos do escritório Meza projetam edifício Modigliani, inspirados no que há de melhor mundo afora 56 CENÁRIO VAMOS CONVERSAR?! Bastian e Lora traz para Cascavel um novo conceito na hora do papo com o cliente 66 SAUDOSISTA SEM VIVER DO PASSADO Club Disco ganha repaginada sem perder a essência 73 POR AÍ TOLEDO CONJUNTO TOLEDENSE DE TENDÊNCIAS A arquiteta Fabi Campos fez um tour com a equipe Construarch e mostrou o que é que Toledo tem 88 FASHION IN HOME A MODA COM UM PÉ NA PASSARELA E OUTRO NA CASA DOS ANTENADOS Camila Weirich mostra o movimento todo tupiniquim que está tomando conta do décor 90 BANHO DE LOJA (E BOM GOSTO) NA SUA CASA Peças assinadas por quem sabe muita bem o que é tendência 92 OFICINA O QUE A ARTE UNIU... Casal de designers – que não é mais um casal – cria mobiliário cheio de estilo
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100 BUCKET LIST VOCÊ SAI DO BRASIL, MAS O BRASIL NÃO SAI DE VOCÊ Clarissa Donda mostra que o contagiante estilo brasileiro não se restringe às nossas fronteiras 102 SKETCH MAP CINCO ESCRITÓRIOS DE DESIGN E ARQUITETURA PARA FICAR DE OLHO Ricardo Gaioso aponta os conterrâneos que estão bombando por aí 104 LIFESTYLE NOVA SAFRA! Pesquisa revela o perfil dos arquitetos que estão construindo o Brasil 106 QUEM É, O QUE COME, COMO VIVE... O POVO BRAZUCA! Um texto para você entender que brasileiro sabe viver bem 108 ONDE ENCONTRAR COMO, QUANDO, ONDE? 109 COLABORADORES QUEM DEPOSITOU O SEU TALENTO POR AQUI 110 BATE-PAPO ARQUITETURA Fúlvio Feiber explica o movimento da arquitetura contemporânea
WARM-UP
NOSSO BOROGODÓ É DO BALACOBACO Nosso borogodó é do balacobaco, já dizia Rita Lee. E mesmo assim, nossa autoestima nos faz achar a grama do vizinho mais verde. E a grama do vizinho talvez seja mais verde mesmo, mais bem cuidada ou, pelo menos, mais vistosa. Só o solo é que não é mais fértil, diz a economia brasileira. E talvez a grama nem seja mais vistosa, considerando que, quando se trata de chamar atenção, o brasileiro tem gabarito. E por falar em Brasil, é ele o protagonista desta edição. Nesse contexto, o brasileiro não é um mero detalhe, mas matéria-prima para este país aí que a gente viu nas ruas. E tá aí o pulo-do-gato do brasileiro. Se quer um novo resultado, é na criatividade verde e amarela que ele encontra o que precisa para conferir bossa a qualquer canto. A prova disso é o projeto de Guto Requena e Mauricio Arruda, que, ao serem desafiados a dar um novo ar à boate Disco em São Paulo, abusaram de materiais de raiz: madeira, cerâmica, além de cores e formas que Julie Fank
Diretora de Redação julie@revistaconstruarch.com.br
nos lembram quem somos. Outro arquiteto que figura aqui com toda a pompa que lhe é peculiar é Sig Bergamin, que, apesar da fama na gringa, adora se sentir em casa. Ele defende que o bom do Brasil é que sempre há um plano B, é no improviso que o brasileiro inventa e é na falta de matéria-prima que ele a adapta ou cria. Mais ou menos como aconteceu com a poltrona-rede, peça design destaque desta edição: Mauricio Arruda adaptou a nossa queridinha e a trouxe para o chão. Como ninguém tinha pensado nisso antes? Fabiano Sobreira, outro arquiteto tarimbado, foi quem desenhou e transformou em realidade, lá para as bandas do planalto central, uma casa para ficar descalço, deitar na rede (desta vez a tradicional) ou puxar um violão, chamar os amigos e dizer sim à simplicidade. O segredo é adaptação. A casa se ajustou ao terreno para evidenciar o verde. E o verde, em agradecimento, evidenciou a casa. Mas o verde é só um detalhe desta revista, que tem uma pitada de amarelo e azul em objetos selecionados pelo nosso colaborador Ricardo Pohl. São dele outras seleções também, sempre cuidadosas. As nossas jornalistas Tátila Pereira e Marcele Antonio também garimparam, dessa vez no campo léxico, palavras que contassem, com um jeitinho todo brasileiro, tudo o que resolvemos contar para você. É da Tátila a imperdível entrevista com o arquiteto pop Sig Bergamin, entre outras matérias e da Marcele a detalhada matéria que desenha o novo perfil do arquiteto brasileiro, a partir de pesquisa divulgada em julho pelo CAU-BR, entre outras histórias também. São eles os responsáveis por esse colorido que permeia uma edição que quer evidenciar o Brasil. Enquanto eles estão aqui todos os dias, descobrindo e redescobrindo o design e a arquitetura para trazer novidades cada vez mais classudas para você, outros figuras deram o ar da graça e das palavras por aqui: o professor Fúlvio Feiber, um apaixonado pela arquitetura brasileira; Ricardo Gaioso, um criativo nato; Clarissa Donda, uma travel-writer talentosíssima, Camila Weirich, uma jornalista de moda com um pezinho viajante. Mas sabe o que une essa galera toda muito além da nacionalidade? Um cosmopolitismo muito próprio do brasileiro, uma criatividade muito própria do latino-americano: a grama do vizinho pode até ser mais verde, mas a nossa grama agrega outros tons e é nessa variedade toda que o vizinho também se reconhece e, quando vem pra cá, se apaixona e pede pra ficar – no conforto do sofá ou da rede. E será sempre bem-vindo, porque a gente gosta é de gente – mas tem que ter borogodó.
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NOVOS EMPREENDIMENTOS
EDIFÍCIO ARMANDO REZENDE Viva nas alturas O edifício Armando Rezende é ideal para quem sonha alto. Dedicado a um apaixonado por aviões, este residencial promete todo o conforto e tecnologia para uma vida de primeira classe. DIFERENCIAIS: 4 tipos de apartamentos; 1 suíte + 2 dormitórios; 2 vagas de garagem; Depósito privado por apartamento; Salão de festas; Espaço gourmet; Espaço para academia; Brinquedoteca; Sacada com churrasqueira; Medidores de gás e água individual; Apartamentos duplex com elevador privativo; Pias em granito no banheiro e sacadas; Infraestrutura e área técnica para ar-condicionado. Outros diferenciais: Isolamento acústico entre paredes e andares; Janela com tratamento acústico; Captação da água da chuva; Elevadores inteligentes; Espaço para garagem elevada (2 carros). * Área total de 203,00 m² aproximadamente (pode variar conforme escolha)
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IT
REDUNDÂNCIA É... ... chamar u ma p e ça q u e e x p r e ssa a b r asi l i dad e d e o r i g i nal !
Por Ricard o Poh l foto Th iago Mangialard o
A Poltrona Rede é a união entre a criatividade e uma gran-
O gancho, uma esfera de madeira, ornamenta na medida o
de síntese cultural. É, além de arquiteto e designer, Maurício
móvel, concedendo-o certa elegância. Digna de elogios, não
Arruda poderia ser também antropólogo.
somente pela ergonomia que oferece, mas principalmente
A escolha da rede como representante da brasilidade não
por cumprir com o complexo objetivo de representar um país
poderia ser mais feliz. E conceber uma estrutura que a tor-
tão diversificado, a Poltrona de Maurício se resume numa
nasse “onipresente” ao mesmo tempo em que preservasse
armação metálica que fornece sustentação a qualquer rede
– através de suas formas prolongadas – o conforto da mes-
que você comprar por aí. Assim, simples.
ma, revelam a competência do designer.
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Para Ler
ESTANTE
A Arte de Projetar em Arquitetura – Ernst Neufert O manual de Ernst Neufert, nome de destaque da Bauhaus, não poderia ser mais completo: traz fundamentos, normas e prescrições sobre edificações, exigências de programa e relações espaciais, dimensões de edifícios, locais, estâncias, locais, instalações e utensílios. Na sua 18ª edição, além da revisão dos capítulos, o livro vem com temas atuali-
Para Assistir
zados para o contexto da atual construção.
Encontros e Desencontros Neste filme de Sofia Coppola, Bill Murray – prelúdio de coisa boa – vive o ator decadente Bob Harris, que está em Tóquio para gravar um comercial de uísque. Nessa estadia, acaba conhecendo Charlotte que está junto com seu marido, um fotografo que não se importa com ela. Com a convivência, Bob e Charlotte tornam-se grandes amigos que tem suas aventuras ilustradas pela arquitetura japonesa.
Para Ir
Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo 2013 O Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo, um dos mais importantes eventos sobre construção sustentável no Brasil, acontecerá de 27 a 29 de agosto na cidade de São Paulo. Nesta quarta edição, o evento busca evidenciar o destaque que conscientização ambiental, deve ter nesse no ramo. Estão previstos 7 mil e 400 visitantes/compradores e mil e 600 congressistas. Mais informações em: www.expogbcbrasil.org.br
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OS MELHORES DA ESTANTE...
Projetando Espaços – Design de Interiores – Miriam Gurgel Miriam Gurgel expõe de maneira clara através deste manual, conceitos e princípios básicos do design ao mesmo tempo em que apresenta informações técnicas e teorias com o objetivo de oferecer resultados distintos e criativos na área. Indispensável para profissionais. www.lpm.com.br
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Uma lição inesquecível – Laura Schroff e Alex Tresniowski
A comédia, em que, além de dirigir, Selton Mello atua, mostra o cotidiano de um palhaço que já está cansado do que faz. Benjamin, vivido por Selton Mello, passa por uma crise de identidade – até
“Me apaixonei. O livro conta uma história real, na qual uma executiva de Nova York gasta 10 minutos pra comprar um almoço à uma criança de rua. Esses minutos mudaram a vida dos dois, e criou uma amizade que une dois mundos diferentes”.
física, representada por seu RG – misturada com o estresse da responsabilidade de cuidar do circo em que trabalha. Em síntese, O Palhaço é uma homenagem, feita com maestria, ao humor brasileiro.
SÉRIE LIFE “Conta a historia do policial Charles Crews (Damian Lewis), que ficou preso 12 anos por um crime que não cometeu, quando solto recebe uma enorme indenização e volta a sua carreira policial. Durante o tempo em que ficou preso, o detetive estudou a doutrina Zen, o que o faz ter posturas excêntricas perante os fatos de sua vida”. Evento
House & Gift Fair A CasaFOZ DESIGN Acontecerá de 17 a 20 de agosto na
“Será inaugurada no dia 25 de setembro e funcionará
cidade de São Paulo, a maior feira de
até o dia 27 de outubro. Ocorrerão paralelamente à ex-
artigos para a casa e decoração da
posição principal eventos técnicos e culturais. O Espa-
América Latina: a House & Gift Fair.
ço servirá também como educativo e didático, levando
A proposta do evento é reunir todos
em consideração as 3 diretrizes do evento: sustenta-
os profissionais do setor, fomen-
bilidade, tecnologia e inovação”.
tando os negócios entre 1 mil e 300 empresas expositoras e 51 países participantes. Mais informações em: www.grafitefeiras.com.br
Curso de Introdução ao Mundo do Vinho Mr. Gourmet “O curso ensina desde o princípio da historia, a um momento em que você analisa seus sentidos; paladar e olfato, com intuito de saborear ainda mais esta bebida. Depois do curso, o vinho entrou na minha lista de paixões.” 27
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Beber uma cerveja “largado” no sofá de casa, ou na frente de uma piscina não combina nem um pouco com esforço. Talvez, pensando nisso criaram o RCColer, um cooler que funciona por controle remoto, permitindo a sua acessibilidade para sua “cerja” de qualquer lugar que você esteja, sem precisar se levantar. R$ 189 (aproximadamente) www.hammacher.com
Lamba sem câimbras
O Motorized Ice Cream Cone te livra de um trabalhão – na verdade é um trabalhinho, né? – pois ele consiste num suporte que gira suas bolas de sorvete, fazendo com que sua participação seja limitada a apenas deixar a língua para fora... E não! Ainda não inventaram uma língua postiça que sinta o gosto por você. R$ 22 (aproximadamente) www.chalet.net.au
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CRIATIVI DADE VERDE
Os pergolados são um investimento certeiro. Podem servir como suporte para trepadeiras ou abrigar as tão antigas e tão atuais samambaias. A estrutura cria um espaço charmoso, agradável e convidativo.
Trilha verde Q u e r t e r a nat u r e z a , al i , co m o parce i r a n o d ia a d ia i n t h e ci t y ? A e sp e cia l ista e m paisag ism o Kyar a F r an ça t e e nsi na o passo a passo Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Di v ul gaçã o
Por falar em inversão, por que a grama precisa ser no chão?! Os telhados com grama não só uma opçãozinha bonita, não! Eles também oferecem conforto térmico para a residência, garantindo temperaturas agradáveis sem o acionamento de aparelho de ar-condicionado ou aquecedor elétrico.
O caminho inverso é o último grito da moda. Vale para
material seja impermeável e resistente. “As peças feitas em
roupa, para calçado, para música e para o paisagismo tam-
madeira, palha e bambu são ótimas, mas não podem pegar
bém. Se a debandada do campo para as cidades foi um fenô-
sol nem chuva. É importante tomar cuidado ainda ao adquirir
meno do século passado, hoje, o sonho é ter um clima cada
móveis para jardim feitos de plástico, pois eles tendem a ser
vez mais bucólico dentro e fora de casa – e as plantinhas são
mais frágeis”, complementa.
as protagonistas para tornar essa realidade possível.
Nessa brincadeira toda de tornar a casa um cenário com
E sabe o que é melhor disso tudo?! Nem só a estética é
a participação especial da natureza, a consciência de
vista como fator principal: a parceria com o meio ambiente
que todos são parte integrante do meio pulsa. “Temos a
também está afinada. “O paisagismo em jardins internos e
responsabilidade de zelar e usufruir da melhor maneira
externos tem utilizado algumas alternativas para diminuir
desses espaços, aumentando o nível de qualidade de vida”.
os efeitos da poluição e do calor excessivo, apostando num estilo de vida ecologicamente correto”, a designer especialista em paisagismo Kyara França. Dentro de casa, os jardins verticais, plantas sem flores, paredes e quadros vivos criam a atmosfera verde. Qualquer que seja a planta escolhida, os cuidados para mantê-la bonita precisam ser observados. “A adubação pode ser feita em intervalos de 15 dias a um mês, dependendo do tipo. Cada planta precisa de uma irrigação específica, e o local onde ela fica faz toda a diferença. Exposição direta ao vento e sol aumenta a necessidade de água. Cactos e suculentas acumulam água, não precisam de muita rega: o ideal é irrigálas a cada 10 dias no verão e 20 dias no inverno”, pontua Kyara. Fora de casa, para acompanhar os mais diversos tipos de plantas, os pergolados e as tendas ainda atuam com força. Os materiais são variados: madeira, eucalipto, bambu, ferro, alumínio. Para sentar, colocar o bule do chá ou apoiar a tábua de aperitivos no lado externo da casa, móveis de fibra sintética são os mais indicados. Também não estão
Dentro de casa, planta já é requisito para um décor bacana. A versatilidade é a
descartados metais, como o ferro. O importante é que o
principal aposta, já que a moda do tudo-pode está em alta.
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URBANIDADES
ESCULPINDO IDEIAS 53 g r u p os se p ro p u se r am a “ m e x e r ” e m u m d os í co n e s da arq u i t e t u r a naci o nal . O se g u n d o co n c u rso da p l atafo r ma P roj e tar . o rg p e d i u e e l e s o b e d e ce r am : cr iar am u m e spaço n ovo par a o M u se u B r asi l e i ro da E sc u l t u r a ( M u BE ) Po r Tá t i l a Pe re i ra
Em vez de criar algo, que tal propor uma solução nova para o que já existe?!. E não se trata de um lugar qualquer, mas sim, do MuBE - Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo, obra de um dos grandes nomes da arquitetura moderna brasileira, Paulo Mendes da Rocha. Provocados por esse chamamento, mais de uma centena de estudantes de arquitetura de 7 países de 3 continentes afiaram a cuca criativa e correram atrás do primeiro lugar em mais um concurso da plataforma Projetar.org. A competição consistiu em projetar uma nova ala para o MuBE. Entre os projetos vencedores, uma ideia predominou: a união de dois vizinhos. O MuBE “mora” ao lado do MIS – Museu da Imagem e do Som –, e o novo espaço proposto Bruno Spinardi Silva - FAUUSP - São Paulo/SP
quase sempre teve o intuito de ser um ponto de ligação entre
Annkristin Meyhoff - FAUUSP - São Paulo/SP
os dois Museus.
Daniel Fleming Collaço - FAUUSP - São Paulo/SP
Esse é o segundo concurso do portal PROJETAR.ORG,
Luis Fernando Villaça Meyer - FAUUSP - São Paulo/SP
ferramenta idealizada pelo arquiteto Caio Smoralek, a
Rodolfo Mesquita Macedo - FAUUSP - São Paulo/SP
publicitária Laila Rotter Schmidt e o administrador Rafael Reolon. O grupo percebeu a carência de concurso para os arquitetos em formação e, por isso, criou esse meio de interconexão de estudantes universitários, com disputas nos mesmos moldes de concursos profissionais de arquitetura. O concurso 003 da Projetar.org já está com as inscrições abertas e traz novamente um ousado desafio de criar algo a partir de um marco da arquitetura brasileira. A proposta é que os estudantes de arquitetura projetem a sede de uma escola de artes performativas - Teatro, Dança e Música - no centro do Rio de Janeiro, ao lado do Theatro Municipal.
Mateus Alves Ladeira - UFRJ - Rio de Janeiro/RJ Beatriz Temtemples de Carvalho - UFRJ - Rio de Janeiro/RJ
Martin Pronczuk - PFC - Montevideo/UY Santiago Saettone - PFC - Montevideo/UY
Thyago Ramon Pereira da Silva - UFPB - João Pessoa/PB
Luiz Cláudio Lopes Veneziano - UNIRP - São José do Rio Preto/SP
Mayara Maria Silva de Oliveira - UFPB - João Pessoa/PB
Gabriel França dos Santos - UNIRP - São José do Rio Preto /SP
Rafael Wanderley de Albuquerque Melo - UFPB - Campina Grande/PB
Jafelt Lourenço Júnior - UNIRP - São José do Rio Preto/SP
Freed Rennan Vieira Gomes - UFPB - Catolé do Rocha/PB Pedro Paulino Batista Neto - UFPB - João Pessoa/PB
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P u lo - d o - gat o
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Nossos bosques têm mais vida! N í t i da não só n o h i n o naci o nal , a r i q u e z a nat u r al d o B r asi l e r e f e r ê ncia cl ar a par a m u i tos arq u i t e tos . E p o u cos paíse s são assi m : ch e i os d e u ma nat u r e z a tão e x u b e r an t e . Na o n da d e r e a p rove i tam e n to , valo r i z ação d o e co ló g i co , n os so so lo se to r n o u n o m e fo rt e q uan d o o ass u n to é arq u i t e t u r a s u st e n táve l . N e ssa p e g ada , nada mais j u sto d o q u e u ma se l e ção d e t e n d ê n cias b e m b r asi l e i r as , f e i ta p o r u ma arq u i t e ta ama n t e da co r e d os e l e m e n tos nat u r ais !
7 Po r M a rce l e An to n i o fo to s Ro dri go Vi ei ra
“Tenho meus momentos nude, mas amo cor”, dizia ela olhando e justificando o adesivo psicodélico que reveste boa parte do escritório. Cristiane Liogi é assim: uma arquiteta carregada de vivacidade, partindo do próprio ambiente de trabalho e reverberando o estilo nos projetos arquitetônicos. Formada pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), a arquiteta é pratica: curte se especializar em cursos rápidos, que possam ter o aprendizado aplicado já no dia seguinte. Exerceu boa parte da carreira na cidade sede da universidade, mas se fixou como cascavelense de corpo e alma há 18 anos. Entre as característiCristiane Liogi
Arquiteta e Urbanista
cas mais evidentes da profissional, está o cuidado do envolvimento com o cliente: o gosto, as opções, o histórico familiar e todo o contexto de vida de uma pessoa são as matérias-primas para um projeto dela. Para uma edição que evidencia a brasilidade, não poderíamos ter uma participação melhor do que a de uma arquiteta apaixonada pelos elementos naturais e doidinha para executar um projeto todo trabalhado em bambu! A seguir, os materiais e cores mais brasileirinhos escolhidos a dedo para quem quer aproveitar a riqueza da “pátria amada” para decorar.
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1 Abundância em ouro e prata
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Papel de parede todo “chiquetê” da marca Carli Robinson. Forma & Conforto. R$ 852/ m2.
2 Rusticidade para cortinas Persiana natural de bambu da Luxaflex. Forma & Conforto. Preço sob consulta.
3 Madeira de verdade
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Revestimento de madeira prensada da Stockholm Ash. Prisma
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Revestimentos. 19,3x138. R$ 93,80 m2.
4 Mistureba Pastilha Bosche: um mosaico de mármore da marca Color Mix. 30x30. R$ 127, 05 a peça. Prisma Revestimentos
5 Parede mais natural
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Papel de parede de mineral prensado daOrlean. Forma & Conforto. RS 70 m2.
6 Pedras por todo canto Seixo telado da Palimanan. Prisma Revestimentos. 30x30. R$ 283,50 m2.
7 Lançamento Persiana Luxaflex Vignette, linha Hunter Douglas. Forma &
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Conforto. Preço sob consulta.
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8 Amarelo bandeira Cobogó (elemento vazado) Reto Xis Amarelo – Cerâmica Martins. Prisma Revestimentos. 19x19/7. R$ 21,67/ a peça.
9 Mais cor Mármore colorido Silestone. Marmoraria Capanema. R$ 1300 m2.
10 Pedra natural Tijolo inglês Autumn da Palimanan. Prisma Revestimentos.
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22,5x7,5. R$ 219 m2.
11 Para destacar Linho estampado Artefarma. Forma & Conforto. R$ 188 m2.
12 Tecido vazado
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Linho Artefarma. Forma & Conforto. R$ 86 m2.
13 Redondinhos Retalho de mármore redondo Cannon Imperial da Color Mix. Prisma Revestimentos. 30x30. R$ 136,99/ a peça.
14 Ladrilho
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Cerâmica Florentina 2 Celeste da Color Mix. Prisma Revestimentos. 20x20. R$ 19,48/ a peça.
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RECORTE
Junta a galera! A fama d e r e ce p t ivo já e stá co nso l i dada e m to d o o g lo bo t e r r e s t r e . To d o m u n d o q u e bota os p é s n o B r asi l já e sp e r a u m b e m - vi n d o so r r i d e n t e d e alg u é m nato aq u i . E se so m os assi m co m n osso país , co m se u s mais d e 8 m i l h õ e s d e k m 2, i mag i n e só e n t r e as par e d e s da n ossa casa ! Par a co n t i n uar bat e n d o n o p e i to o rg u l h osos da r e p u tação d e aco l h e d o r e s , b r asi l e i r ada , u n i - vos ! Insp i r e - se n os e spaços d e co nvivê n cia a se g u i r par a ag lo m e r ar co m g osto . Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Di v ul gação
Este lugar é para quem gosta de recepcionar mesmo. Tudo o que acolhe grita “presente” por aqui. A inspiração veio da mata tropical brasileira e as peças do mobiliário foram produzidas na Amazônia, com madeiras de queimadas da década de 70 e 80. A iluminação toda em Led é o ápice do ambiente. Mesmo do lado de fora, aquecedores e lareiras ecológicas garantem que, nas temperaturas mais baixas, o local também possa ser usado. Fabiana Farias, Renata Lagranha e Luciana De Conto/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013
O churrasco é patrimônio nacional, por isso, é preciso que o local para prepará-lo seja especial, uma espécie de santuário da carne. Inspirado na figura do gaúcho, este lugar celebra o costume de reunir as pessoas queridas para um bom churrasco, tchê! A madeira aquece e deixa o espaço mais aconchegante e os detalhes em vidro garantem um espaço ainda mais contemporâneo e antenado às novidades. - Cíntia Aguiar/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013
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O cantinho para receber os amigos é uma ótima desculpa para colocar para fora toda sua personalidade. Por isso, por mais que o local seja externo – caso do Jardim das Passarelas –, peças que traduzam seus gostos são a cereja do bolo. As escolhas desta decoração foram as esculturas egípcias, todas feitas em fibra de vidro. O aconchego das poltronas e o verde bem dosado completaram o visual. - Rosângela Buitoni e Flávia Roberta Beppler/ Casa Cor Santa Catarina 2013
Não é daqueles ambientes restritos a apenas uma época do ano. O espaço versátil conta tanto com o calor de uma lareira quanto com o refresco de uma piscina. A decoração descolada e sofisticada vem dos acabamentos em couro, vidro, pedra e inox. A atmosfera sóbria e refinada surgiu com a escolha de tons neutros e peças de design como a poltrona e obras de arte de artistas renomados. Dá para jogar papo pro ar, virar a noite com um carteado ou apenas tomar uns bons drinques. - Rafael Kroth/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013 39
RECORTE
Um mix harmônico. O lounge despojado ganhou um espaço para experiências gastronômicas. Ser anfitrião fica fácil com essas seis mesas comunitárias, além de várias ilhas para os chefs de cozinha. Com janelas e portas abertas, o ambiente dispensa ar condicionado. Isso é possível graças à ventilação cruzada. A restauração dos tacos de madeira, janelas e portas metálicas formaram o pano de fundo do ambiente. - Gustavo Calazans/ Casa Cor São Paulo 2013 Poderia ser apenas um ponto de passagem na casa, no entanto, este lounge evoca um grito de quero-ficar-para-sempre-aqui! O espaço, útil e harmônico, exibe um paisagismo com plantas adultas em imensos vasos. O laranja dos detalhes deu um choque de boniteza ao se encontrar com o verde. Com linguagem contemporânea, os tons de cinza e preto garantiram a sofisticação que o lado de fora da casa também merece. - Karen Fanti e Juliana Pacheco/ Casa Cor Rio Grande do Sul 2013
Os compensados combinam mesmo em ambientes alternativos.
COMPENSADO COMPENSA E dam os vár i os m ot ivos par a vo cê sab e r o p o rq u ê
RECORTE
São a diferença entre você ter um estabelecimento “normal”e um autêntico
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Quem usa compensado usa porque pensa, e pensando sabe
densidade (quanto menor a densidade, menor será a resis-
que o compensado é o que compensa. Complicado? Calma,
tência) formada por fibras de madeira que são grudadas por
a gente descomplica para você, e explica direitinho porque
resinas sintéticas. Resumindo, a parte interna do compensa-
o nosso amigo compensado é superior. Vamos começar do
do laminado ou sarrafiado é formada por lâminas ou sarra-
começo, ou melhor, de dentro. As diferenças já começam
fos (de você sabe o quê) enquanto o do MDF, por exemplo,
internamente. O compensado é revestido por fatias de ma-
é um “recheio” de serragem.Internamente, você já deve ter
deira (ma-dei-ra, entendeu?)que são prensadas e coladas
concluído qual material é mais vantajoso. Agora, no que diz
para formar chapas (de ma-dei-ra) de 4 a 40 milímetros de
respeito à parte externa, vejamos os revestimentos das op-
espessura. Já o compensado sarrafiado, também disponível
ções.
na Abraplac, é mais “casca grossa” ainda. Seus sarrafos (de
O MDF é geralmente revestido com melamina, uma subs-
ma-dei-ra) e a chapa externa são colados em sentido con-
tância muito (tóxica) utilizada na fabricação de produtos
trário. No caso do MDF, o processo é outro. A sigla de Me-
antichamas. Nesse caso, o MDF ganha um pontono quesito
diumDensityFiberboard é basicamente uma chapa de média
segurança, pois o seu guarda roupas não virará uma fogueira
Devem ser utilizados em todo mobiliário. Neste ambiente, dão a sensação de aconchego e conforto que apenas materiais de madeira têm a oferecer.
Esteticamente, os compensados também são a melhor opção.
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RECORTE
A decoração clean é uma das características mais fortes da madeira compensada. 44
MDF
Compensado
- É criado a partir da mistura de fibras de madeira
- Produzida a partir de peças de madeira, que são
com resinas sintéticas.
unidas a partir de cola, calor e pressão.
- Pode substituir a madeira quando a rigidez não se
- Substitui facilmente a madeira em si, pois é forma-
faz necessária.
da por camadas ou sarrafos da mesma.
- Suas substâncias diminuem a propagação do
- É leve, suporta grandes pesos, resiste à umidade e
fogo e aceita bem a textura da tinta. Porém, não
sua resistência é superior ao mesmo tempo em que
é resistente a pressão, a umidade e empena
apresenta certa dilatação. Seu custo é mais alto que
facilmente.
outros materiais.
peso
peso
menor durabilidade
maior durabilidade
Tipos
Tipos
Chapas cruas: opção sem o acabamento.
Laminado revestido: feito a partir de diversas ca-
Chapas com revestimento: são encapadas (ou
madas de madeira unidas, além de uma forração de
dois, ou penas um dos lados) com laminas através
uma folha de madeira diferenciada.
de pressão e temperatura.
Sarrafeado revestido: é constituído por vários sar-
Chapas finish foil: são produzidas por adição de
rafos de madeira unidos e revestido por uma folha
uma película de fotografia.
de outro tipo de madeira que não os sarrafos.
Utilização
Usado principalmente em componentes de móveis que não exigem muita resistência.
Utilização
Empregado na fabricação total de qualquer móvel. É também utilizado pela construção civil e na produção de ambientes externos e internos, na área da indústria naval.
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RECORTE
de São João caso aconteça algum acidente –, mas você não
móvel feito com madeira de qualidade, suportará não só
escapará do envenenamento causado pelas toxinas libera-
todas as adversidades do tempo (desmontagens e monta-
das. Por acreditarmos que você não fuma dentro do quarto,
gens, umidade, pressão etc.) como também a pior delas: o
a nosso ver, essa exigência se torna irrelevante. Os compen-
próprio tempo.
sados da Abraplac são revestidos por madeira de lei certifi-
É, o móvel feito de compensado, seja de qual tipo for, vai en-
cadas nos mais altos padrões de qualidade.
trar para a história da sua família. Sabe o móvel que dura, que
É fato que ao oferecer todas essas qualidades, a madeira
faz parte da família? É ele que vai contar a sua história. Optar
compensada tem um custo mais alto. Ela parece mais cara.
por uma madeira compensada como matéria-prima não só
Mas só parece, pois como diria aquele ditado “o barato sai
compensa, mas recompensa.
caro”, ao retomar todos os fatores citados, o compensado não só se torna mais vantajoso, como mais valioso.Só um
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DOSSIÊ
Quem são eles? Guilherme Marcon e Ney Zillmer adoram a massa cinzenta, termo que pode ser usado em dois sentidos: gostam do cimento, um dos instrumentos-base da arquitetura, mas também de ficar, horas, dias,
Quebra da inércia
meses matutando em busca das melhores soluções construtivas. Não faz nem dois anos que os dois se juntaram para a criação do escritório MEZA – soma das inicias dos sobrenomes Marcon + E + Zillmer + Arquitetura – e, desde então, se dedicam a projetos residenciais, mas afirmam que não querem se restringir a essa área. Pretendem também lidar com intervenções na cidade, urbanização. Guilherme foi veterano de Ney na Faculdade Assis Gurgacz e, já
D u p l a d e arq u i t e tos t r a va u m d iálo g o cosm o p o l i ta e d e se nvo lve p roj e to co m car a , n o m e e i nsp i r ação d e art ista
na graduação, eles trocavam figurinhas a respeito do estilo próprio, autoral, que pretendiam ter como marcas na carreira. A expressão think outside the box (pensar fora da caixa) tornou-se um mantra. O pensamento parecido foi o ponto de partida. Guilherme se formou em Arquitetura e Urbanismo em 2007, é pós-graduado em Projeto e Concepção do Espaço, fez estágio no Atelier Christian de Portzamparc em Paris, França e hoje é professor da mesma faculdade em que se formou. Ney pegou o diploma de arquiteto um ano depois, em 2008 e também é pós-graduado em Projeto e Concepção do Espaço.
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DOSSIÊ
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DOSSIÊ
Uma olhadela para cima já lhe permite perceber o quanto Cascavel está mudando. A cidade está mais vertical, tendência que só deve ser ampliada. Mesmo com a limitação de altura (874 metros de altitude), prevista em lei, o skyline cascavelense toma novos contornos, seja com construções tradicionais ou outras nem tanto assim. Um projeto, mesmo antes de começar a sair do chão, já tem chacoalhado as estruturas arquitetônicas por aqui – e em um ótimo sentido. Modigliani é o nome da criação dos arquitetos Guilherme Marcon e Ney Zillmer, um prédio com nome de gênio da arte e que também tem seus traços de obra-prima. A primeira fuga do óbvio foi verticalizar o que já era vertical.
No hall, a madeira do piso ao teto faz aquele convite de
Explica-se: o comum na escala residencial de prédios é a
“chega mais”. Um conforto só, potencializado pela iluminação
planta horizontal, três quartos de 80 a 120 metros, variando
intimista concedida pelos spots sobre o sofá.
entre uma ou duas suítes, cozinha e sala integradas, uma sacada e área íntima. No Modigliani, o apartamento é duplex, tipologia mais comum em sobrados: uma área térrea, com área social, cozinha, área de serviço e, em cima, a área íntima. “Assim, usamos melhor o terreno e ainda levamos a impressão de que a pessoa está morando em um sobrado, com as vantagens do edifício, como segurança e lazer, por exemplo”, pontua Ney. O prédio é a parte concreta de tudo que a dupla pensa. A regra número um do escritório Meza é que só a ideia madura deve ganhar forma na prática. “No Brasil, há uma cultura de passarmos um mês no projeto e três anos na obra. Lá fora, passam-se três anos no projeto e um ano na obra. Então todos os erros você já anteviu no projeto e perde bem menos dinheiro”, constata Guilherme. A observação de referências
O aço corten é um dos componentes-chave do projeto e já pode ser vista logo na entrada. A ampla vegetação será a moldura do prédio.
estrangeiras não se limita à otimização do trabalho. Tem aquela coisa de inspiração também. “Ney acrescenta que os dois sentem-se como filhos bastardos da arquitetura brasileira”. E não se trata de desmerecimento do que é produzido aqui, é questão de gosto mesmo. Eles se interessam pelo que está acontecendo na Europa, nos Estados Unidos, países aqui da América do Sul e adaptam isso ao trabalho. Na verdade, não há uma Escola para qual os arquitetos batam continência. Eles se inspiram aqui e acolá, mas não se definem como seguidores de um só conceito. O que os guia é o diferente, o inusitado, o pouco-feito ou o nunca-feito. Traços parecidíssimos ao artista homenageado com o nome do prédio.
A quebra com o efeito de repetição deu “movimento” à fachada. A alternância das janelas e a base “flutuante” deram o aspecto inovador da obra. 51
DOSSIÊ
Os ESPAÇOS DO living proporcionam integração e liberdade. Os apartamentos das pontas, leste e oeste, serão menores e os centrais, maiores.
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Ambos tem 3 suítes e varanda com pé direito duplo, mas as laterais são mais estreitas. Os imóveis centrais contam ainda com um banheiro de serviço. Os laterais possuem 150 m2, enquanto os centrais têm 180m2. Os dois terão duas vagas de garagem.
Além de todo o espaço, as coberturas oferecem uma vista incrível da cidade. Diferentemente dos demais andares do prédio em que há seis apartamentos por andar, na cobertura, serão quatro. Nesse ponto, são as opções laterais que têm dimensões maiores: a leste tem 315 m2 a mais e a oeste, 300 m2. Essas contam com quatro suítes. As centrais avançam um pouco mais com a varanda, no entanto, têm três suítes. As coberturas contarão com um pouco mais de 470 m2.
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DOSSIÊ
Modigliani não se encaixava em nenhum segmento. Ele concebeu sua arte em meio a diversas culturas e sua obra foi classificada como detentora de um estilo próprio e autônomo. Mesmo com as semelhanças, a escolha do nome não aconteceu de forma proposital. Porém, se não foi previamente pensado, posteriormente, o nome já possibilita uma autoanálise sobre o trabalho que ambos desenvolvem na breve carreira. “Preferimos olhar a arquitetura como um processo artesanal, em vez de industrial. Não é repetindo o que os outros fazem que vamos nos diferenciar no mercado”, defende Guilherme. As condições do entorno também deram a cara para o projeto. O terreno é relativamente estreito, comprido e meio de quadra. Pesou muito o fator de que a testada maior do local é face norte, o que contribuiu para iluminação e ventilação agradáveis e uma vista bacana. Os arquitetos optaram por um edifício-lâmina, em que toda organização espacial se dá lado a lado. Isso, aliado ao conceito de duplex, quebrou a monotonia que poderia dominar a fachada. Rompeu-se com a ideia de repetição, uma janelinha em cima da outra. Como cada andar tem uma necessidade, isso também se reflete para quem vê de fora. O aspecto rústico in the city veio de materiais básicos da construção: madeira e tijolo. O tijolo visível, além de conferir a aparência mais “bruta”, planejada pela dupla, ainda deu o colorido que o difere de outros prédios. ”O bege e o marrom não as únicas opções”, lembra Guilherme. “Queríamos dar aquela ideia dos arranha-céus de Nova Iorque, com o tijolo à vista. Algo mais pós-industrial”, argumenta Ney. Ainda no visual da fachada, existe uma “soltura” no prédio. Quando a volumetria da construção foi planejada, ficou definido que o edifício não chegaria direto na base. A área de lazer desempenhou a função separatista, o que dá a impressão que o prédio está flutuando. O auxílio para essa sensação veio dos pilotis, popularizados na década de 60 na arquitetura brasileira. Tentando caminhar por onde poucos passaram, Guilherme e Ney se apresentam ao competitivo mercado com uma proposta de ousadia e, antes de tudo, planejamento, planejamento e planejamento. Passaram um ano inteiro encucados na concepção do Modigliani e, agora, mesmo que os primeiros pilares ainda não estejam levantados, já são cortejados com elogios. Às vezes – muitas vezes ou todas
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A área social tem pé direito duplo. Aqui,
as vezes – as melhores respostas para um problema estão
o morador terá acesso à academia, sauna,
em pensar em novas soluções. “Não adianta você fazer tudo
piscinas interna e externa, terraço, sala de
sempre da mesma maneira e esperar resultados diferentes”,
jogos e salão de festas.
conclui em uníssono a dupla.
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CENÁRIO
Vamos conversar? Q uan d o as l i m i taçõ e s d e u ma sal a co m e rcial d e i x am d e e x ist i r , u m l e q u e se ab r e . Nada daq u e l a m e sa q u e i m p õ e : e m p r e sa aq u i , cl i e n t e l á . Não ! Par a e n t e n d e r as n e ce ssi dad e s d e q u e m e stá e m b u sca d o l ar d o ce l ar , a m e l h o r o p ção e n co n t r ada p e l a co nst r u to r a cascave l e nse Bast ian e Lo r a fo i e sq u e ce r o e scr i tó r i o e n g e ssad o e ap ostar n u m e spaço q u e p r i vi l e g ia b e m mais co nvívi o o co m o cl i e n t e . A ce n t r al d e ve n das , já mais d isse m i nada e m o u t r as ci dad e s , passa a se r o j e i to mais e f i ci e n t e e co n fo rtáve l d e n e g o ciar , o u m e l h o r , co nve rsar so b r e i m óve is tam b é m aq u i e m Cascave l ! Po r M a rce l e An to n i o fo to s Ro dri go Vi ei ra
Basta pisar na central de vendas para entender que a intenção do lugar não é meramente a mesma de um escritório. Bem diferente disso: sem escrivaninhas enfileiradas, nada de computadores e telefones por todo canto. No lugar de toda essa mobília padrão, um espaço com sofás, poltronas e a mesinha de centro que dá um “que” de “tô na sala de casa”. E a recepção faz mesmo você se sentir assim: tão à vontade como num cômodo do apartamento. O lugar convidativo é o reflexo do pensamento jovem e antenado dos sócios Willian Bastian e Ricardo Lora. O administrador e o engenhei-
William e Ricardo se conhecem desde a infância. Tinham amigos em
ro materializaram aquilo que, para eles, é o modelo ideal de
comum, mas pouco conviviam. Trombaram mais tarde nas aulas de mú-
negócios. “Quando decidimos empreender, nos propomos a
sica e já foram parceiros numa banda. Depois, mais experientes, desco-
trabalhar com os melhores do mercado: aqui nós primamos
briram que a dupla poderia dar mais certo no mercado imobiliário do que
pela qualidade e elegemos os nomes mais conceituados,
no mundo musical. Já graduados, administrador e engenheiro decidiram
desde os nossos projetistas até os nossos fornecedores.
se unir na busca pelo diferente. Entenderam que as filosofias e as ideias
Nosso objetivo é dar opção e satisfazer o cliente. A central
de mercado seguiam a mesma linha e que dariam certo trabalhando em
de vendas é resultado disso: ela tem um intuito bem social. É
conjunto. Empreenderam e se especializaram e já somam uma experi-
um show room que permite muito mais do que só uma nego-
ência de 3 anos com a construtora Bastian e Lora.
ciação formal”, detalha Willian. A central de vendas é uma ideia simples, já perpetuada em outras cidades, mas não muito comum em Cascavel: os idealizadores da Bastian e Lora há pouco mais de um mês deram início a um jeito mais confortável de vender e comprar imóveis. O que eles fizeram foi transformar em estrutura física, uma das coisas mais nítidas e importantes do ramo imobiliário – a ideia de que a casa da gente é o nosso melhor canto e que escolher um lugar para morar é mais do que negociar. “Com pouco tempo, já conseguimos ter um retorno surpreendente: percebemos uma aceitação bem positiva de quem nos visita”, ressalta Ricardo, acrescentando que a central de vendas é ainda mais ampla: oferece outros serviços. E depois desse lugar idealizado para a primeira troca de ideias entre empresa e cliente, são só mais alguns passos para você já pisar no apartamento que pretende comprar. Ali mesmo, é possível conhecer o apê tal qual o do futuro edifício: estrategicamente idealizado para facilitar a vida de quem busca uma nova moradia. “Nosso primeiro empreendimento foi assim: com apartamento decorado dentro da obra do edifício. Claro, assim é possível ter uma dimensão do que é o local, mas traz transtornos para o cliente fazer uma visitação num prédio ainda em construção. Já com apartamento decorado num espaço separado, ele tem mais conforto para visualizar os detalhes do ambiente e se sente mais acolhido para negociação”, justifica Ricardo.
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CENÁRIO
O empreendimento da vez é o edificio Bellatrix: são 28 apartamentos que já têm uma amostra decorada na central de vendas. Os responsáveis por projetar tudo são os arquitetos Lori Crizel e Flavio Uren, convidados da Bastian e Lora para planejar toda a arquitetura tanto dos apartamentos, quanto da própria central de vendas. Inspirados no jeito “jovem que sou” dos “meninos” da construtora, os profissionais projetaram um plantão de vendas que privilegia a versatilidade, e tenta, ao máximo, não impor uma atmosfera muito administrativa. “A central de vendas é a vitrine do prédio. Por isso ela precisa ser bem visível e convidativa. Ela toda já foi pensada para ser bem percebida: tem estacionamento próprio, a fachada foi colocada no lado em que o sentido da rua permite maior visibilidade”, explica Flávio. A decoração da central e do apê ainda tem um up: as obras da arquiteta e artista plástica, Andreia Calderari e um projeto de paisagismo elaborado pelo cascavelense Ronaldo Santos, da Espaço Brasil. Totalmente transformável, a estrutura foi pensada, ironicamente, para ser derrubada. “Esse é um espaço efêmero, que pode ser colocado abaixo quando outros empreendimentos virarem foco. Por isso temos que privilegiar a mobilidade, pensando que é um local com uma vida útil curta. Mas ao mesmo tempo, isso não é algo engessado: a central de vendas daqui pode se expandir, virar a vitrine para apartamentos decorados de novos empreendimentos. Temos espaço para transformar alguns cantos em salas e para mudar tudo por aqui”, complementa Lori.
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A parceria entre os dois arquitetos já começou de forma criativa. Lori convidou Flávio para visitar uma sala, sem denunciar que aquele ali seria o espaço do futuro escritório arquitetônico. “Que tal uma fachada assim: Crizel e Uren Arquitetura?”. Os sobrenomes se tornaram a marca! E as intenções de trabalho se somaram: os dois já atuam juntos há 7 anos. São eles os responsáveis por projetar a central de vendas e o apartamento decorado do mais novo empreendimento da Bastian e Lora.
E toda essa capacidade de mudança segue da central de vendas para o interior dos apartamentos: a ideia de sempre dar opção para o cliente também diz respeito a como ele quer moldar a nova moradia. “Temos aqui um perfil de jovens, mas ao mesmo tempo temos um público família. Por isso deixamos em aberto para escolha de cômodos: a sala pode ser mais ampla, mas pode se converter em mais um dormitório; a cozinha é separada da sala, mas podemos transformar tudo num espaço gourmet: só depende da vontade e necessidade do cliente”, reforça Ricardo, deixando claro que, por aqui, a conversa é a alma do negócio. E é aí, nesse ponto, que tudo se explica e se resume: para os arquitetos que lidam diretamente com a dupla idealizadora da Bastian e Lora, o empreendimento dá certo porque vai além do tradicional. “O que faz toda a diferença é jovialidade dos meninos. Eles são empreendedores: querem fazer diferente, se arriscam e são abertos as mudanças”, elogia e finaliza Lori.
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CENÁRIO
Brasileirice dos pés à cabeça Casa n o p l analto ce n t r al fa z u ma r e ve r ê ncia a t u d o o q u e é b r asi l e i ro e se ad e q ua ao cl i ma e à ve g e tação d o ce n t ro - o e st e d o país
Po r Táti l a Perei ra fo to s: Jo a na França
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CENÁRIO
Pode entrar. Não precisa nem tirar o calçado ou, se preferir, calce seu chinelo. Balance na rede e sinta a brisa (ou a falta dela) no Planalto Central. Você pode se sentir à vontade, porque, bem ali, onde fica a sede administrativa da nação verde e amarela, uma casa quer ser orgulho nacional, de um jeito escrachado. Muito espaço e valorização daquilo que marca o território tupiniquim são as cartadas do arquiteto Fabiano Sobreira, do escritório Macedo, Gomes & Sobreira. Morar em um país de dimensões continentais tem lá suas vantagens. Apesar da mistureba climática, é interessante chegar em cada região e ter lá um sotaque, uma temperatura, uma vegetação específicos. No centro-oeste brasileiro, o calorão é característico e a vegetação é do cerrado. E esses foram os dois pontos de partida para a concepção da Casa Copaíba: o clima quente pediu uma residência mais ampla, com muita ventilação; e uma árvore do cerrado foi determinante para o desenho da casa e até o nome da obra – a tal da Copaíba.
Tá aí a razão de tudo. A partir da Copaíba e do restante da vegetação típica do cerrado, os arquitetos projetaram a casa. E o resultado está aí. 62
Musicalidade e tranquilidade enquadradas. Tudo que o brasileiro gosta, tudo que o brasileiro quer. O clima de Brasília suplica que os espaços sejam abertos e que sejam adotadas soluções passivas, dispensando a necessidade de ar-condicionado. Missão dada é missão cumprida. Ventilação para lá e para cá.
Madeira. Praticamente só madeira. E o que no projeto era simples tornou-se luxo de tão bem O guarda-corpo foi concebido
dosado que foi.
também como uma estante para a biblioteca. Assim, os livros ficam visualmente presentes no cotidiano da família.
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CENÁRIO
O mosaico de azulejos da garagem e espaço multiuso foi concebido com a participação das crianças da família, em homenagem a Athos Bulcão e à cultura popular pernambucana.
No térreo, a casa é definida por um bloco em “L”, no qual a cozinha, a sala e os quartos se conectam com o cerrado através de uma varanda que se estende ao longo de todos os espaços. Isso cria uma relação entre o espaço interno e o externo e, ao mesmo tempo, protege os espaços do sol e da chuva. Mas nem só de Copaíba vive esta casa: outras árvores são cultuadas por aqui e deram o tom ao piso, forro e esquadrias, todos feitos de madeiras nativas, como ipê, cumaru, cedrinho e jequitibá. Para decorar, artesanatos tradicionais nas feirinhas país afora: tapetes de fibra, trançado feito à mão. Toda a simplicidade com luxo made in Brazil.
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CENÁRIO
O túnel que é a marca registrada da Disco agora ganhou um ar cibercultural com a intervenção de Kleber Matheus.
Saudosista sem viver do passado A D isco , casa n ot u r na pau l istana , g an h o u u ma r e pag i nada se m e sq u e ce r os ve l h os t e m p os Po r Ri cardo Po hl
fo to s: Fran Pare n te
CENÁRIO
A Club Disco de São Paulo impõe respeito. Há 12 anos – muito tempo de existência para uma casa noturna em São Paulo –, prova que seu entretenimento não tem dada de validade. Há mais de uma década, o estabelecimento vem contrariando a “natureza”. A começar pelo seu posicionamento, o point ocupa o subterrâneo do Birmann 29, um edifício de caráter corporativo. A continuidade da discoteca faz com que seja tratada como exceção. Enquanto suas rivais de noites paulistanas (Love. e a B.A.S.E.) foram perdendo fôlego e virando passado, a Disco continua estável e se renovando, num nicho de mercado que a vida curta dos estabelecimentos é parte dos “ossos do ofício”. Mesmo com uma clientela assídua, a casa precisava de uma cara nova. E o que você faz quando o ambiente original da casa foi projetado por Isay Weinfeld e os irmãos Campana? Você chama outros dois grandes nomes do design/arquitetura. Maurício Arruda e Guto Requena foram os responsáveis pela reforma da balada. Foi deles a ideia de, mesmo com materiais tendenciosamente brasileiros, como a madeira, trazer uma pegada robótica e tecnológica, presente em materiais como o LED, usado sem restrições – algo que eles definem como “Daft Punk de férias no campo”.
Cerâmicas e lâmpadas nos fazem lembrar um ambiente muito familiar, o próprio banheiro de nossas casas.
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Nada de vida reservada: dutos, instalações elétricas e hidráulicas, e vigas totalmente expostas.
As poltronas tipo “sala de estar” com design dos anos 70 são responsáveis pelo ar vintage.
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CENÁRIO
O software MADRIX é o responsável por combinar os efeitos e cores dos LEDs com a música e a animação da galera.
O aspecto underground fica por conta do ambiente, proposi-
Guto Requena ressalta que a atmosfera de brasilidade con-
talmente cru. A atmosfera industrial está exposta nos dutos,
ferida ao clube deve-se à utilização de materiais, cores e for-
encanamentos, vigas e instalações elétricas escancarados.
mas que fazem parte da nossa memória e expressam nossa
A madeira em tábuas verticais, que tem grande participação
contemporaneidade. Exemplo disso é o mobiliário, que “tem
no revestimento, contribui para o contraste até bucólico. O
um pé nos anos 70” do design brasileiro, a exemplo das pol-
paradoxo se instaura quando, ao lado de todos esses predi-
tronas vintage em couro preto. As cerâmicas, que revestem
cados aparece todo o tipo de tecnologia de ponta. Aliás, se
os banheiros, ajudam a construir essa essência brasileira.
o cenário chama a atenção é porque conta com uma ilumi-
Para completar o desenho da casa, o corredor de entrada
nação que impressiona. Os 250 metros lineares de eletroca-
que sempre foi o maior signo da boate pedia uma cara nova.
lhas metálicas de perfil “U” com fita LED endereçável acom-
Guto e Maurício tiveram consciência ao transformá-lo, a in-
panham com harmonia as batidas secas reproduzidas pelos
tervenção do artista Kleber Matheus mais parece uma pas-
equipamentos de som Funktion One, e que são potencializa-
sagem para outra dimensão. O projeto deixa as marcas do
das pelo projeto de acústica, materializado em pano de lã de
túnel antigo explícitas, em homenagem a uma entrada que
rocha, espuma de celulose e madeira. Tudo para possibilitar
já fez parte dos embalos de sábado à noite de muita gente.
infinitas programações e mistura de cores, além de reproduzir com excelência a house music, gênero classicão da casa.
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O escritório Eduardo Paranhos faz parte de uma geração disposta a inovar e fugir do convencional. A agilidade, modernidade e economia que você procura aliadas à nossa experiência - tudo para materializar o seu sonho.
PROJETO E EXECUÇÃO
REFORMAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS
(45)
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS
3306-0353 (45) 9948-1958
Rua Antonina, 2027 - Centro - Cascavel-PR - contato@eduardoparanhos.com www.eduardoparanhos.com
CONDOMÍNIOS
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POR AÍ
O nome dela é Fabiana Campos, mas o apelido combina mais com o jeitinho da arquiteta. Toda descontraída e receptiva, Fabi é a profissional que parece tem um envolvimento ímpar com o cliente antes, durante e após qualquer projeto. Fica fácil perceber isso percorrendo a cidade de Toledo com ela do lado: em qualquer loja por onde passa, Fabi é recebida com um cumprimento empolgado e até um chimarrãozinho extra para acompanhar a visita. Foi uma maratona de bom gosto, guiada por quem sabe onde estão as melhores peças de decoração do mercado toledense. Gaúcha de sotaque bem característico, Fabi tem um estilo bem marcante: os cabelos vermelhos, a risada contagiante e o amor assumido pelas cores vibrantes denunciam o gosto por tudo que foge do comum. Mas as particularidades dela não são exigências dos projetos: a arquiteta e designer sabe como perceber a alma do cliente para projetar de acordo com as vontades dele. Fabi Campos, com 10 anos bem vividos de arquitetura, é a nossa convidada para dar os pitacos trend dessa edição!
Conjunto toledense de tendências Q uan d o ch e g a o m o m e n to mais d e l i cad o d e u ma o b r a , t e r o l har ap u r ad o é f u n dam e n tal par a co nse g u i r u n i r os d e tal h e s , so mar mat e r iais e não p e car na j u n ção d e p e ças . Co m p o r o i n t e r i o r d e u ma casa é e l e g e r . E e ssa é u ma se l e ção q u e d e man da t e m p o e paci ê n cia : é o “ f i nal m e n t e ” q u e não p o d e se r f e i to daq u i p r a al i . Mas a g e n t e faci l i ta : a Co nst r uArch fo i at é To l e d o g ar i m par , co m a o p i n ião ce rt e i r a da arq u i t e ta Fab i Cam p os , os to q u e s f i nais q u e u ma casa p r e cisa t e r . Po r M a rce l e An to n i o fo to s Ro dri go Vi ei ra
DECORADORA DECAMPOS Rua Rui Barbosa, 1444 Toledo – PR (45) 3055-2142 www.decoradoradecampos.com.br 74
POR AÍ
Decoradora DeCampos Dá para se perder nas opções da tradicional loja toledense. Das paredes ao chão: aqui tem sempre aquele arremate final que faz toda a diferença. Vai dizer que uma das fases mais gostosas da decoração de uma casa não é a da escolha das cortinas e tapetes?! Tão essenciais e tão transformadores: esses são os elementos que vão fazer a casa ser mais aconchegante. E melhor do que mil opções de cores, material e modelo é ter com quem contar na hora da compra: na Decoradora de Campos, que caminha para os 40 anos de mercado, a Ana Paula Campos é nossa guia junto com a arquiteta: são elas que elegem os produtos mais “tops”!
Tapetes Avanti Essa é saída ideal para quem já cansou de procurar o tapete ideal e sempre esbarrar no tamanho: pode ser lindo, mas raras vezes encaixa no que você quer. Fim de papo para esse problema aí: os tapetes da Avanti são feitos sob medida. Lindões assim, com estampas diferentes, cores vibrantes ou neutras... não importa: qualquer um pode ser moldado de acordo com o seu espaço!
Persiana Duette Ela é a “mais mais” quando o assunto é acústica! A persiana, da linha Hunter Douglas da marca Luxaflex, é desenvolvida em formato celular: tem bolsas de ar que dão ao ambiente um baita conforto acústico. E redondinhas assim elas se tornam mais originais: saem do tradicional formato das persianas e formam um plissado elegantérrimo na sua janela.
Persiana Silhouette Nesse caso, tecido e telas transparentes se unem para uma entrada de luz impecável. A persiana, que é também uma das “filhas” da linha Hunter Douglas, da Luxaflex, consegue deixar o ambiente mais suave. As lâminas de tecido suspensas entre uma tela e outra são o segredo. Ela privilegia o escurecimento sem brecar a visibilidade: dá-lhe funcionalidade e privacidade!
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VIDRAÇARIA SCHIO Rua Barão do Rio Branco, 1727 Toledo – PR (45) 3252-2380 76
POR AÍ
Vidraçaria Schio É aqui que você precisa procurar quando começar a escolher partes cruciais da sua obra: as janelas. E é para esse canto que você deve correr se quiser encher a sua casa de tendência: os vidros estão em alta do piso ao teto! Vale explorar a transparência em quase tudo! Ainda mais quando se está tão bem servido de opções, como na Vidraçaria Schio. A experiência de 43 anos no mercado permite a confiabilidade. Pelo mundo transparente, quem nos orienta é o Ícaro Schio.
Guarda-corpo de vidro Dê adeus aquele corrimão convencionalzinho e bote fé no poder do vidro! Você pode até ficar meio ressabiado com a segurança: mas relaxa! Uma vidraça como guarda-corpo não é só estilosa, não! Bem instalada, ela trata de não deixar a escada desprotegida, principalmente para quem tem crianças em casa: importante é prestar atenção nas ferragens da instalação! E dá para imaginar muito: o vidro se encaixa em escadas retas, em L ou arrendondadas! Aposta, vai!
Espelho Guardian Eles nunca estiveram tão evidenciados na decoração. Pelo menos, não com tantas possibilidades diferentes. Os espelhos estão por toda parte: nos locais tradicionais, mas também fixados em móveis, espalhados em pequenos pedaços pelos corredores, cobrindo toda uma parede... A indicação dessa vez é o Espelho Guardian, um dos preferidos pelos designers de interiores e arquitetos pela qualidade na reflexão da imagem e por ainda ser ecologicamente correto.
Janelas Weiku Escolher janela é aquela dureza: é melhor optar pela mais bonita ou pela mais tecnológica?! E se puder ter os dois?! A dica são as esquadrias de PVC da Weiku: são versáteis porque permitem escolher formato e cor e detonam no quesito funcionalidade! O material da janela não deixa os ruídos externos te atrapalharem, economiza bem mais energia do que esquadrias metálicas, oferece tela contra insetos e muita durabilidade.
MOLDURAS VAN GOGH Rua Barão do Rio Branco, 1731 Toledo – PR (45) 3277-2356 78
POR AÍ
Molduras Van Gogh Aqui tradição também é palavra de ordem: os quadros e molduras são a paixão do pessoal da Van Gogh há duas décadas! E nesse tempo todo, a loja se transformou na parada obrigatória para quem está precisando dar um up em qualquer cômodo. Seja clássico ou contemporâneo, grande ou pequeno, para sala ou para os quartos: aqui tem quadro e moldura para todo gosto! De portas-retratos e telas para pinturas até espelhos decorativos e molduras sob medida: extravase a criatividade que a Lurdes Silveira e toda equipe Van Gogh colocam em prática.
Colorido retrô Para quem quer correr do nude e encher a casa de vivacidade, a sugestão é unir as tradicionais molduras trabalhadas com as cores vivas: amarelão, azul celeste, verde bandeira e vermelho sangue deixaram de ter aquela conotação “berrante” e passaram a incorporar a decoração mesmo dos ambientais mais convencionais. Dá para encomendar na cor que você quiser por R$ 23 o metro linear. O quadro com a moldura vermelha custa R$ 172.
Estampa étnica Se você quer mesmo ter uma casa tendência, esqueça aquela ideia muito “clean” disseminada lá atrás. Nossa arquiteta-guia comentou que agora o negócio é apostar nas composições, na mistureba de estilos, na junção do velho e do novo, do trabalhado e do liso. Exemplo bem nítido disso é este quadro: a estampa étnica é o que há! E como se não bastasse o luxo dela, o quadro ainda tem molduras sobrepostas! R$ 703.
Clássico dourado Eles estão assim: ocupando cada cantinho da casa. Os quadros já não têm mais restrição! E o lavabo também está incluído nisso. Este quadro é um clássico curinga: com ele, dá para acrescentar charme e compor um lavabo todo em dourado! Preço sob consulta.
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CADEIRAS ROSA Av. Maripá, 3320 Toledo – PR (45) 3252-1907 www.cadeirasrosa.com.br 80
POR AÍ
Cadeiras Rosa Dá vontade de se esparramar em tudo que a gente vê na Cadeiras Rosa! Os estofados convidativos, as poltronas aconchegantes: aqui o passeio tinha mais cara de bate-papo de café da tarde! Acompanhados pelos proprietários Ceni e Carlos Henrique, conhecemos um pouquinho da história e das peças que a família Rosa revende e até fabrica. Se o seu negócio é compor aquela sala de TV ou jantar poderosa ou ainda cobrir de detalhes lindos a sua edícula e mobiliar seu espaço comercial, vem que aqui tem!
Amarelo versátil Estas aqui são peças para quem tem bastante ousadia na personalidade! Os amarelinhos são uma misturinha do novo e do velho. É uma nítida inspiração nos trabalhos do escultor Zanine Caldas, afirma nossa arquiteta. O conjunto da Pollus Móveis é um retrô contemporâneo bem funcional: as banquetinhas têm um acento que vira bandeja! R$ 665 a mesa R$ 380 cada banco.
Poltrona azul Ela é toda trabalhada em curvinhas. É um charme em cor e em formato! E todo esse toque aveludado deixa a poltrona mais bonitona ainda. É uma ótima pedida para acompanhar um estofado preto! Na loja, nessa linha, ainda existem poltronas parecidas e com cores variadas. Esta é a Poltrona Emily, da linha Jowanel. R$ 856.
Jantar glamouroso Sofisticação poderia ser a palavra para definir este conjunto de mesas e cadeiras que é cheinho de minúcia! A base é toda adornada com espelhos. As poltronas são um caso à parte: de cair o queixo o conforto e qualidade do tecido. A partir de R$ 1900 o conjunto. 81
ART, CLASS & DESIGN INTERIORES Rua Santos Dumond, 3059 Toledo – PR (45) 3378-3033 www.artclassinteriores.com.br 82
POR AÍ
Art Class móveis planejados O trabalho durante uma década no ramo de móveis planejados forneceu a Ismael Valério, experiência de sobra para se aventurar numa marca própria. Depois de tantos anos revendendo grandes marcas, o empresário decidiu que o ano de 2013 seria de mudanças. Entendeu quais as necessidades do mercado e percebeu como poderia inovar. A Art Class é o empreendimento: a loja é a junção da tecnologia dos móveis modulados com a liberdade de escolha de medidas. “Conseguimos trabalhar os móveis com modulagens diferentes. Isso permite ao arquiteto mais flexibilidade nos projetos”, comenta Ismael. Aliada a essa comodidade, ainda está outra preocupação: oferecer a qualidade sem ser excessivo nos preços, como marcas do gênero têm sido. A ideia é trazer a facilidade do móvel sob medida com valores mais acessíveis. “Busco materiais e tecnologia, demonstro apreço pelo novo e o inesperado. Móveis feitos para durar, de formas minimalistas e orgânicas, são minha marca registrada. E a modulagem da Art Class me oferece isso”, ressalta a arquiteta.
Quando as coisas são planejadas nos mínimos detalhes o conforto, a praticidade e aconchego são otimizados de uma maneira que a sua casa passe a ser realmente um lar.
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MARTOL MÁRMORES E GRANITOS Av. Ministro Cirne Lima, 596 Toledo – PR (45) 3252-3026 84
POR AÍ
MARTOL O frenético ritmo de trabalho na Marmoaria Martol demonstra a apreciação da empresa em Toledo e região. Sem poupar investimentos no que há de mais novo e prático na área, ela oferece uma vasta linha de pedras decorativas para revestimento de piscinas, calçadas, fachadas e pisos. E por lá é assim: um olho na produção e outro no cuidado com o meio ambiente, já que a empresa utiliza o sistema de reuso de água. Experiência no ramo, eles têm de sobra: são 15 anos embelezando as casas toledenses e nas linhas a seguir o proprietário do empreendimento, Luiz Mouri Calgaro, expõe para Fabi Campos o crème de la crème da empresa.
Mármore Carrara Este é a leveza visual em forma de pedra e vem lá da Itália, o berço dos mármores belos. O Mármore Carrara remonta à época da Roma Antiga, quando já era visto como material imponente. Mesmo depois de tanto tempo, o reconhecimento ao requinte dele continua. O banheiro é o ambiente da casa que mais recebe o Carrara. Porém, ele não se restringe a esse uso: por sua baixa porosidade é bem versátil.
Mármore Rosso A tonalidade avermelhada desta peça consegue tirar o décor do usual. Fabi Campos fez a escolha pela imensidão de possibilidades: é ideal para revestimento de escadas, pisos, tampos, banheiras, lareiras e no que mais a imaginação do dono ou do arquiteto permitirem. Também europeu, apresenta variedades da Espanha e da Itália. A facilidade de limpeza e um dos pontos positivos, podendo ser feita com pano úmido ou água e sabão neutro.
Silestone A beleza pura não existia, aí decidiram inventar a Silestone by Consentino. A rocha industrializada é uma mistura de 95% de quartzo e 5% de outros minerais, resina de poliéster e pigmentos. A sua utilização é variada, desde pias de cozinha, bancadas para instalações sanitárias, revestimentos de paredes, pavimentos etc. A nova febre são as opções com pontos brilhantes. E já que o brilho no mundo da moda já foi liberado para o dia a dia, por que não receber a carta de alforria também na decoração?!
NEO REVESTE ACABAMENTOS PARA CONSTRUÇÃO Av. Parigot de Souza, 2594 Toledo – PR (45) 3055-4353 www.neorevesteacabamentos.com.br 86
POR AÍ
Neo reveste Quando os idealizadores da loja pensaram em se especializar em acabamentos para construção, foram a fundo na proposta. Difícil você solicitar algo e não encontrar na Neo Reveste. Em contato com um público exigente, que clama por exclusividade e qualidade, a empresa trabalha com as mais atuais coleções de diversas marcas. A história que começou em Toledo há 13 anos, já reverberou região afora e levou uma filial da loja para Marechal Cândido Rondon em 2010. O laço de confiança criado com a receptividade dos colaboradores da loja resulta em uma compra que alia as tendências ao seu desejo. A prioprietária Maria Dila Dutra Bauermann mostra o caminho das pedras à arquiteta desta edição.
Cimentício O cimentício é outro queridinho da temporada. Foi-se o tempo em que arquitetos davam às paredes da casa o luxo de poderem não ter graça. Nesse contexto se encaixam os revestimentos com acabamento 3D: fabricados para agradar a um público moderno, eles podem ser aplicados tanto no interior da residência como em áreas externas, banheiros e outros ambientes molhados. A Palazzo Revestimentos é expert nessa seara. Prova disso é a parede aí da foto, revestido com o modelo Strati da marca.
Ladrilhos Para quem quer mais cor, um ladrilho hidráulico sempre cai bem. Este tem um “perequetê” a mais – além de ter uma mix colorido alegre, ainda tem nas opções vidro e cerâmica. Na linha Noveau da Quilla há várias modelos para colocar na cozinha, área externa ou ainda dar um toque diferente em cômodos mais sérios da casa.
Grandes formatos Tudo grandão é a tendência para revestimentos, principalmente para pisos. É a praticidade pedindo passagem, já que os grandes formatos proporcionam maior limpeza, leveza visual para o ambiente, menor necessidade de rejunte e ampliam o espaço. A Portinari tem vários opções na colecão Street Slim HD. A linha tem o aspecto artesanal, deixando um relevo sutil na peça. Os porcelanatos são finos e medem 100cmx100cm.
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FASHION I N HOME
A moda com um pé na passarela e outro na casa dos antenados Não só d e ro u pa vive m os e st i l istas , a ve rsat i l i dad e é q u e m ma n da ! T e m tal e n to ve st i n d o n osso l ar d o ce l ar e e stam pan d o d e sd e so fás a al m o fadas
Po r Ca mi l a Wei ri ch fo to s Fo to si te
De onde vem esta vontade de vestir-se bem? Por que você se esforça para não pegar a primeira peça que viu no armário pela manhã? Imagino que seja desta vontade que temos de deixar uma marca, mesmo que uma pequena marca por dia, por onde passamos. Não dá para negar que a roupa é uma porta de nossa personalidade, é como dizer sem dizer nada “é assim que eu sou e você vai ter que me engolir”. E quem você quer ser todos os dias? Eu penso que queria ser alguém com quem eu gostaria de encontrar na rua e sair para tomar um café. Daí vem que, ao nos vestirmos, preferimos uma marca de roupa do que outra. Um estilista parece que “entende” mais a nossa personalidade do que outro e é com ele que andamos de mãos dadas pelas ruas. O mesmo sentimento vale para a nossa casa. Lá onde acolhemos as pessoas mais próximas ou que temos ao menos um pouquinho de confiança para trazer para este lugar tão íntimo, já que têm poucas coisas tão reveladoras quanto conhecer a coleção de livros de alguém. Com um olho nessa vontade de expressão, não apenas através de nossas roupas, mas também através de nossa casa, os estilistas mais antenados passaram a desenhar coleções que saem das passarelas e vão para as lojas de decoração e afins. E ficamos loucas, querendo comprar tudo. Mas o que temos de novo agora? A brasilidade dessas peças. O britânico expert em tendências, David Shah, em sua entrevista para a revista Lola, afirma que “estamos nos cansando da globalização”, e que agora vamos nos voltar mais
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Backstage
para as nossas raízes. E quer raiz mais linda que a brasileira? E
do desfi-
quer maior glória à nossa própria personalidade do que vol-
le de Gloria
tar às nossas origens e expressá-la? Adorei a notícia. E claro
Coelho durante
que alguns estilistas brasileiros antenados já sacaram a ten-
o SPFW - In-
dência de voltar os olhos à sua própria cultura e começaram
verno 2013.
a fazer peças que louvam o lifestyle brasileiro.
A estilista Gloria Coelho durante o backstage do seu desfile de Inverno 2013.
As peças de decór superalegres da Katia Barros, estilista da Farm, são o melhor exemplo de como trazer o espírito carioca para dentro de casa. Estampas alegres e vivas da marca? É entrar em casa, colocar o chinelo e se sentir no Rio! Amir Slama, especialista em moda praia de luxo, mostra que conhece os balneários mais chiques do Brasil ao trazer para a nossa casa itens de décor que misturam estampas brasileiríssimas – pense em folhas e bichos com um design clean e elegante – iguaizinhas às suas peças-desejo de beachwear. Pronto, conquistou a cliente em casa também. Mas o Brasil não se resume apenas a estampas animadíssimas por todos os lados, não, senhor. O Brasil não é só praia. Lembremos de Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço. Eles fizeram coleções sóbrias e chiques para a casa das clientes da Electrolux. Aliás, assistir aos desfiles da Gloria Coelho dentro da casa Electrolux, no Jardim Europa, nos faz pensar que não teria melhor locação para o show dela. As modelos desfilam em perfeita harmonia com o ambiente clean e iluminado que é a loja conceito da marca. Isso é representar São Paulo nas coleções. No seu armário, e no caso deles, na sua cozinha. Chiquérrima, obrigado. Esses e outros estilistas possuem uma identidade tão forte que expandiram sua personalidade criativa das roupas para a casa. E os mais antenados agora escolhem com carinho não apenas as suas roupas na loja de seu estilista de coração, mas também as peças de décor para vestir a casa no maior estilo!
O estilista beach-chic Amir Slama.
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FASHION I N HOME
Banho de loja (e bom gosto) na sua casa!
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P e ças q u e vão dar aq u e l e u p n o lo o k case i ro
2
1
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7 5
1
2
Banco Goma + Ninguém Dorme
Linha Caruaru Luminária [Por
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Caveira Porta-Escova/Pasta
Marcelo Rosenbaum]
R$ 39
www.renatamoura.com
www.rosenbaum.com.br
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Banco Goma www.renatamoura.com
90
3
[Por Renata Moura]
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Estante Brick [Por Fernando Jaeger]
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FARM PARA JTB TECIDOS
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FARM VERÃO 2014
www.fernandojaeger.com.br
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Hibrido [Por JosĂŠ Marcon]
10
www.alledesign.com.br
Set Renda de Papel Puf [Por Ronaldo Fraga] R$ 98
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LuminĂĄria Batucada [Por Brunno
ww.tokstok.com.br
Jahara] www.brunnojahara.com
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Banco Sela [Por Renata Moura] www.benitabrasil.com
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OF ICINA
O QUE A ARTE UNIU... . . . nada p o d e se par ar ! E ssa é a e ssê n cia d o ta l e n to e m d ose d u p l a d os d e si g n e rs Mar iana B e t t i n g e Ro b e rto H e rcowi t z Por Tátila Pe re ira fotos Divu lgação
Mariana trabalhou com marketing por dez anos. Com diploma e tudo, ela considerava que aquela seria sua profissão pro resto da vida. Já o Roberto, não! Ele, desde que colocou os pezinhos na faculdade, já havia escolhido o design como meta de vida: formou-se em Desenho Industrial. Nas diferenças, encontraram semelhanças, casaram-se e Roberto conseguiu puxar Mariana para a sua seara. Logo após o casório, Barcelona os recebeu de braços abertos. Roberto queria se aperfeiçoar e Mariana compreender melhor a arte do design. Fizeram dois mestrados: Design de Mariana Betting e Roberto Hercowitz 92
Móveis e Ecodesign. A formação deu a força para a criação de um studio com a cara deles, o em2design. Depois de um tempo, o casamento acabou, no entanto, o que a arte uniu não foi separado e a sociedade e a parceria continuaram. A dupla criou um estilo do qual se orgulha em defender. “Gostamos do desenho inovador, dos traços conceituais e de personalidade, e também de trabalhar com diferentes materiais, tecnologias e estilos, variando do retrô ao contemporâneo, do lúdico ao funcional. Vemos isso mais como uma oportunidade de explorar a curiosidade como uma estratégia”, conta Mariana Betting. Tudo isso só foi possível pela junção do utópico com o real. Aquela máxima de que os opostos se atraem também vale no design: cada um a seu modo colocou pitadas da personalidade. “A Mariana tem uma criatividade mais solta e 'voa' bastante no processo criativo, o que nos ajuda a desenvolver peças inovadoras”, define Roberto. “O Roberto é bastante focado nas possibilidades técnicas dos projetos e, além da criação, sempre traz soluções criativas para os problemas. Ele tem os pés mais no chão e nos traz de volta à realidade quando necessário”, esclarece Mariana. Mariana e Roberto fazem parte de um movimento interessante e que tem nos irmãos Campana um dos principais representantes: designers premiados se associam a indústrias para ter suas criações – mesmo as mais sofisticadas – produzidas aos montes. No caso dos irmãos Campana, o melhor exemplo disso é a cadeira Vermelha, fabricada pela Edra, que ganhou reedições em diversas cores. Com Mariana e Roberto, a cena se repete em vários produtos, o que mostra que objetos fabricados em larga escala, e não apenas
Gaveteiro Píxel
itens exclusivos, podem se tornar objetos de desejo.
A inspiração veio dos gaveteiros típicos asiáticos com seus múltiplos nichos e gavetas, que permitem esconder os mais variados “segredos” em seu interior. Para dar um toque moderninho, foram aplicados tons diferentes nas gavetas, formando um caleidoscópio pixelado de cores. UAU!
Você pode olhar e pensar: “tá, legal! É um buffet bonitinho, vermelhinho, mas cadê a tal da inovação?”. Atente-se aos detalhes, nobre leitor! Olha que charme esta orelhinha formada no cantinho do móvel. Ele é feito em mdf, com porta em metal e acabamento em laca. 93
OF ICINA
Poltrona Fago Acrescentaria ao nome desta peça a letra A, assim ficaria poltrona Afago, o que pode traduzir o seu conceito. O material? São ripas de madeir aflexionadas e pregadas entre si e, no assento, uma estampa engraçadinha dá o toque especial. Para criá-la, os designers seguiram a tendência de cocooning, ou seja, as pessoas, em tempos de crise e instabilidade financeira tendem a buscar recolhimento, aconchego e sensação de conforto, uma acolhida mesmo!
Com essa nova vertente, o processo criativo muda um pouco. “Normalmente, recebemos um briefing com o tema que será utilizado e também uma descrição das peças que eles [a indústria] esperam produzir. A partir daí, estudamos e pesquisamos o tema proposto para obtermos inspiração no desenvolvimento dos desenhos das peças. Procuramos conhecer bem o tema, suas características, cultura, história, estilo para nos ajudar no processo criativo”, explica Mariana. Depois de feitas as escolhas, a dupla faz o desenho técnico e acompanha a produção e prototipagem do produto. A peça de design, geralmente, tem aquele apelo de causar suspiros por onde passa – ou melhor, onde fica. Com as peças do em2design, a pegada é a mesma. Eles procuram criar objetos que tenham como alvo a interação, funcional e afetiva, entre peça e usuário e que prezam pelo uso consciente dos materiais e pela contribuição à melhoria da qualidade de vida. “Também não esquecemos de resgatar a tradição, o artesanato e a identidade cultural brasileira”, lembra Mariana. O reconhecimento aconteceu de fora para dentro, quer dizer, o trabalho deles foi visto com outros olhos, primeiramente, no exterior. Prêmios, destaque em concursos e exposições trouxeram à dupla um nome, que aí começou a brilhar em terras tupiniquins. A em2 pratica um Design de mobiliários
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sem nada dever a ninguém, daqui ou de fora. Um mobiliário
Luminária Chan Chan
esperto, contemporâneo, vivo. E, por fim, intrigante nas di-
Ela é poderosa e capaz de conferir autenticidade a qualquer canto
ferentes propostas. Isso sem contar a versatilidade da dupla,
da casa. Com uma cúpula em madeira de design diferenciado, a
nas várias categorias de uso do mobiliário - sentar, deitar,
luminária Chan Chan vem com base em inox e possui a versão de
relaxar, guardar... enfim.
pé e de mesa.
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ESPELHO
Abaixo a chatice! Si g B e rg am i n co nsi d e r a a casa o r e f ú g i o d e u m m u n d o cada ve z mais chato . E m s ua passag e m p o r Cascave l , o ar q u i t e to e d e co r ad o r p o p e x p r e sso u co m o o d é co r p o d e d e i x ar a vi da mais al e g r e e o m u n d o mais l e g al Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro dri go Vi ei ra
Parecia um presente para o ilustre visitante. O pôr-do-
assim, foi só abrir o escritório em Nova York que as mais tops
sol alaranjado, bonito que só, deu a primeira impressão de
revistas de decoração norte-americanas e europeias caíram
Cascavel a Sig Bergamin. Após elogiar a vista respeitável que
de amores por ele. Desde então é assim: ele se divide entre
tinha do ponto mais alto da cidade, a voz rouca do arquiteto e
o Brasil e o resto do mundo e está com mais de 50 projetos
decorador tentava explicar os motivos que o tornaram uma
em andamento.
referência aqui e fora do país. Em poucos minutos, na suíte de dois andares do hotel, Sig já adaptava o lugar: ajeitou a persiana, mudou um vaso de lugar, pediu que acendessem mais luzes. São cuidados que não se restringem àquela ocasião. É uma das características do trabalho dele tornar o ambiente acolhedor e readequá-lo de acordo com a necessidade do morador – mesmo que, nessa situação, o morador fosse provisório. Sig apresenta uma desenvoltura e aparência que levam a crer que a Europa é seu destino de férias desde os dois anos de idade e que o requintado Jardins, em São Paulo, é
“ “S abe o que é ca fo na?! É um a ca sa que qua ndo vo cê en tra tem que perg unta r ‘quem mo ra aqui?!’. Vo cê não s ente que a pes s o a é a do na da casa. A ca sa é tão diferente da per -
seu bairro desde que nasceu. Só que a origem do decorador
so nalidade da pesso a que f ica
foi bem diferente. Natural de Marissol, no interior paulista,
ca fo na. Pref iro entrar em um a
onde seus pais eram pequenos sitiantes, ele teve infância e adolescência simples. Foi para São Paulo estudar arquitetura e, a partir daí, começou uma transição em sua vida. Com o sucesso consolidado no Brasil, Sig foi se arriscar no exterior, mas em um momento diferente do atual. Hoje, o Brasil está na moda, mas, há quase duas décadas, os estrangeiros pensavam que Buenos Aires era nossa capital. Mesmo
ca sa que tem uma co rtina de plástico do que entrar em um a ca sa que a do na não sa be qu e qua dro está na pa rede”.
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Além de arquiteto e decorador, Sig Bergamin já escrever três livros: SIG, Adoro e Adoro Brasil. A mais recente empreitada do profissional está na internet. Junto do companheiro e parceiro de trabalho, Murilo Lomas, criou o site www.sigin.com. br, onde posta indicações sobre seu lifestyle.
“ “Lá fo ra é a s s i m : a n tes de parar p a ra a r r u m a r , p a ra m para pro -
inteiro em Londres e quis colocar em São Paulo; já desmontei uma igreja na Bélgica e a trouxe para o Mato Grosso; criei um lavabo a partir do que antes era confessionário”.
ce s s a r , d e p o i s te n t am arrumar.
Por mais que passe grande parte do tempo fora de casa
J á o b ra s i l e i ro a c re dita em um
frequência –, Sig faz reverência à moradia. “A casa está
– viagens, trabalhos e eventos o tiram do lar doce lar com
p l a n o B o u C , n o i m p rov iso . Nó s
mais valorizada, porque lá fora o mundo é chato: o trânsito
te m o s a q u e l e p e n s a mento ‘vai
as pessoas e o mundo é simulado. Então, dentro da sua
d a r ce r to ’ ”.
é chato, as pessoas são chatas e infelizes, tem violência, casa você está protegido. A casa precisa ser o seu ninho, tem que te abraçar”. Apesar de ser arquiteto e designer de interiores, a segunda profissão lhe apetece mais. “Eu não
Assim como aprendeu a ler a cartilha dos países de primeiro mundo, Sig também acredita que os gringos precisam de uma dose do jeitinho brasileiro. Ele citou um exemplo de um apartamento que ele está decorando em Nova York. Um vazamento no imóvel de cima deixou a suíte alagada. “Parou toda a obra e criaram uma tempestade. Lá fora é assim: antes de parar para arrumar, param para processar, depois tentam arrumar. Já o brasileiro acredita em um plano B ou C, no improviso. Nós temos aquele pensamento ‘vai dar certo’”. Não ter um estilo definido é outra bandeira levantada por Sig Bergamin. Ele gosta de somar o que é bacana de cada coisa e extravasar nas cores – o azul, sua cor predileta, principalmente. “Onde você vê uma bagunça é minha marca!”, exclama orgulhoso da liberdade que tem em grande parte dos projetos que faz. Só que até mesmo Sig precisa se confrontar com o gosto do cliente e, como nem sempre vence, contabiliza excentricidades de sobra. “Gente, tem tanta coisa louca que eu já fiz a pedido do cliente. Tem coisas que custaram uma ‘fábula’ e que dava para construir um prédio. Uma cliente uma vez comprou um teto de um Antiquário
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gosto de fachada. Então, eu faço uma casa para a trepadeira subir, para que a fachada da casa desapareça. Eu não gosto de casa que parece uma escultura, que parece um cubo, que parece uma caixa de vidro, que parece um trem, que parece um container. É simples: eu gosto de casa com cara de casa”. E um termo que é figurinha carimbada nos discursos da maioria dos arquitetos, na boca de Sig ganha sentido negativo. “Eu odeio a palavra TEN-DÊN-CIA, porque todo mundo fica igual. A casa não tem que estar na moda, ela não é uma roupa. Alguns lugares parecem um show room. Uma casa não tem que ser impessoal. Você precisa ter coisas com a sua personalidade”. Mas e se a mistura dos gostos do morador ficar cafona? “Sabe o que é cafona?! É uma casa que quando você entra tem que perguntar ‘quem mora aqui?!’. Você não sente que a pessoa é a dona da casa. A casa é tão diferente da personalidade da pessoa que fica cafona. Prefiro entrar em uma casa que tem uma cortina de plástico do que entrar em uma casa que a dona não sabe que quadro está na parede”.
BUCKET LIST
Você sai do Brasil, mas o Brasil não sai de você Can t i n h os canar i n had os par a vo cê não e sq u e ce r da pát r ia – e st e ja o n d e e st ive r Po r C l a r i s s a D o n d a fo to s Di v ul ga çã o / Acervo pes s o al
Seja pela comida, pela sonoridade do nosso bom português brasileiro ou pela moda colorida e bem humorada, brasileiro se reconhece fácil, em qualquer lugar do mundo. Por isso, enumeramos aqui alguns endereços no mundo onde o jeitinho brasuca pode ser encontrado, íntimo que é, das comidas, das cores, do ritmo. Espaçosos, nós? Sim, mas como já dizia Cazuza, faz parte do nosso show. Queenstown, Nova Zelândia – Não estranhe se essa cidade lhe parecer um pouco familiar – você certamente já viu partes dela em algum lugar, provavelmente não como a pequena cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia, e sim como um dos condados da Terra Média em “O Senhor dos Anéis”. E do cinema a intimidade chega até à ponta da língua: 20% da população da cidade é formada por brasileiros. Português, ali, é quase idioma oficial ou, pelo menos, trilha sonora: é a nossa animação, em vários sotaques, que é responsável pela agitada vida noturna da cidade, tão famosa pela Nova Zelândia quanto os esportes radicais praticados na região. A longa distância de casa pode até fazer bater aquela saudade, num país em que futebol é rugby e mandioca é kiwi, mas basta um bom papo para viajar pelo Brasil em sotaques diferentes, em menos de uma hora. Talvez aquela frase que diz que a gente sai do Brasil mas o Brasil não sai da gente esteja mais certa do que a gente imagina: basta ir de um “oxe” a um “tchê” para o Brasil ficar mais pertinho.
Miami, Estados Unidos – a latinidad de Miami é indisfarçada, e nem é preciso conhecer toda a terra de Obama para arriscar que Miami é a cidade mais latina dos Estados Unidos. Mas quem for visitá-la de perto, especialmente na esquina da 5th Street com a Alton Road, em South Beach, pode sentir-se inexplicavelmente em casa ao encontrar duas palmeiras diferentes, coloridíssimas. Quase brasileiras, diríamos – e com razão, já que foram criadas pela aquarela de Romero Britto, ensolarado pernambucano morador da cidade. As cores e o traço do artista plástico já ganharam o mundo – até o Mickey e demais personagens Disney se renderam a eles, já que o artista foi o único do mundo a conquistar o direito de usar os personagens em suas obras –, mas é em Miami que a irreverência de um colorido quase fofo do artista está resplandecente em seu melhor: em frente ao Midtown Shops, no Grapeland Water Park, a Hillel Academy e na própria South Beach. Que fique claro, só o endereço é americano. A arte de Romero Britto é brasileiríssima: impossível não nos reconhecer nas cores vivas, nos desenhos sorridentes ou, como em seu mais famoso quadro “O Abraço”, nesse nosso jeito carinhoso “chegar chegando” de ser.
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Candem Market, Londres, Inglaterra – Os famosos ônibus double-deck e as emblemáticas cabines de telefone vermelhas espalhadas pela cidade já anunciam: são os ícones londrinos os mais exportados e reconhecidos do mundo. Mas mesmo com tanta identidade visual, a capital inglesa, já acostumada a um bom blend, deixa um espaço generoso para outras culturas e sabores. O espaço mais democrático para isso é Candem Town, o bairro alternativo da cidade. Uma feira de street food acontece logo atrás do Stables Market, com barracas de todos os tipos de nacionalidades e sabores. A experiência é, por si só, mais brasileira impossível: como as nossas feiras livres, é a chance de experimentar um tipo de comida a cada 5 metros, e sair ao final tendo matado duplamente: a fome e o tédio. Nossa brasilidade está lá também, muito bem representada: em meio a yakisobas, nachos e bruschettas, uma barraca decorada com palha e flores se destaca, denunciando nosso apego à rusticidade. No destaque do menu, um Guaraná Antartica, verde e brasileiríssimo, dá as geladas boas vindas à nossa terrinha, que continua presente pelo outro lado do canal de Candem, com coxinhas de galinha e pão de queijo - tudo no melhor estilo take away britânico, mas servidos junto com dois dedinhos de prosa e sotaque de beagá. Porque a terra é da Rainha, mas guaraná com coxinha é coisa nossa. Só nossa.
Nova York, Estados Unidos – Pois é, a crise tá feia. Prova disso é que a gente tinha até um cantinho reservado em Manhattan, chamado carinhosamente de Little Brazil, ali no quarteirão da 46. Ali, restaurantes brasucas abriam as portas aos consumidores de todo o mundo, com direito a farofa de ovo e bandeira verde-amarelo na porta. Mas a crise foi chegando e os brasileiros foram voltando para casa, de modo que são poucos os empreendimentos da terrinha que restaram no endereço. Mas um prédio, brasileiríssimo, continua lá, ocupando posição de honra na Grande Maçã: basta ir ao setor leste de Manhattan, onde está o prédio espelhado da Sede das Nações Unidas. O design, imponente, tem ares de brasilidade e não é à toa: nasceu das linhas de Niemeyer, que junto com o amigo Corbusier, teve o projeto escolhido entre 50 estudos diferentes, enviados por todos os países membros, no ano de 1947, um pouco depois da guerra. Para os brasileiros que lá visitarem, as linhas retas do prédio espelhado podem surpreender à primeira vista quem estava acostumado às sinuosidades das curvas de Niemeyer. Mas a leveza da obra é inegável, como o são todas as suas obras. E se é de um mundo mais leve que todos precisavam em 1947, a Sede da ONU não poderia ter sido melhor representada.
Playa Del Carmen , México – Mesmo vizinhos distantes, há mais em comum entre nós e nossos hermanos mexicanos do que supõe nossa vã filosofia. Lá é chilli, aqui é pimenta, mas, fora o nome, a paixão pela rica gastronomia de ambos é a mesma, assim como o gosto por uma boa (e belíssima) praia, um artesanato vibrante e uma boa música. Por isso, talvez, que um passeio pela Quinta Avenida de Playa Del Carmen nos faça lembrar um pouquinho da Rua das Pedras de Búzios. Ou de Porto de Galinhas, talvez. Ou, ainda, da agitação das praias de Floripa, ao visitar os trechos de praia e festa em plena areia. O segredo em comum entre todas esses lugares vai além do ritmo tranquilo próprio de uma cidade praiana: está nas ruelas comerciais charmosas que serpenteiam para além da rua da praia, com vitrines coloridas de artesanato lado a lado com restaurantes de mesa confortável, garçom simpático e menu na porta, com o especial do dia sempre escrito a giz. Tudo acessível sem carro – só movido a Havaianas. E é com essa descontração toda que Playa del Carmen nos faz sentir em casa e conquista algo que a vizinha Cancún, moderna e americanizada, fica longe de despertar: intimidade. Não por acaso, Playa tem nome de mulher, que é quem entende dessas coisas e soube crescer e se desenvolver para atender essa nova demanda de turistas - mas sem perder a ternura. Jamais. 101
SKETCH MAP
Cinco escritórios de design e arquitetura para ficar de olho R i car d o G ai oso t e m cr ivo af iad o , não à toa e stá à f r e n t e d o E ye 4 D e si g n , u m p o rtal q u e r e ú n e o cr è m e d e l a cr è m e d o d e si g n e da arq u i t e t u r a . É e l e q u e m ap o n ta as p ro m e ssas q uan d o o q u e si to é tal e n to ! fotos D ivu l ga çã o / Ace r vo p es s o al
NUUN
Neute Chvaicer
“O estúdio de design capi-
“Luminárias e objetos de design
taneado por João Kaarah
que reinterpretam do zero tudo
abre a temporada de pro-
o que imaginávamos sobre a luz.
jetos criativos liderados
Além das peças surpreendentes, o
por jovens com influência
casal ainda é muito querido.”
global. Peças construídas através de materiais crus mas súper bem afinados, com conceito estruturado e campanhas de relevância internacional.” Felipe Hess “Ele tem assinado proHelen Rödel “O caso desta designer é impressionante, pois ela está por trás da arquitetura dos fios. É através de estruturas de croquês que ela
jetos importantes em São Paulo, além dos desenhos residenciais que têm atraído atenção da mídia internacional.”
conquistou feito inédito para um brasileiro: desfilou em Reikjavijk a convite do governo islandês. Peças como você nunca imaginou sua avó fazendo.”
Guilherme Wentz “O sul continua como reduto de criação no setor moveleiro do país, exportando talentos que carregam nova energia ao mercado. Fique de olho neste que promete ser um dos cobiçados profissionais da próxima estação.”
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LIFESTYLE
Nova safra! O CAU ( Co nse l h o d e Arq u i t e t u r a e U r ban ism o ) co l e to u dad os co m 83 m i l arq u i t e tos b r asi l e i ros e co nse g u i u d e l i n e ar o p e r f i l d e s se p ro f issi o nal n o B r asi l . E e l e , na ve r dad e , é e l a ! A arq u i t e t u r a é e x e rci da aq u i m u i to mais p o r m u l h e r e s , j ove ns , i n d e p e n d e n t e s e p r át i cas . Co n h e ça a n ossa saf r a da arq u i t e t u r a b r asi l e i r a e ve ja se e ssa co l h e i ta d e ve se r sat isfató r ia ! Po r Ma rcel e Anto ni o
Se te pedirmos para imaginar o perfil do arquiteto brasilei-
estão sempre as revistas mais conceituadas do mundo
ro, duvido muito que você ainda tenha em mente a imagem
da arquitetura, na agenda os seminários e cursos mais
do quarentão engomadinho, atrás de uma prancheta. Não
inovadores da área estão registrados em marca texto verde
que os experientes tenham sido minados, mas uma coisa
limão, quase como prioridade.
fica clara mesmo sem porcentagem nenhuma: os arquitetos,
O censo do CAU, na verdade, revela o contexto de um
em solo brasileiro, são recém saídos do forno. Gente novi-
mercado que se renovou e se inverteu. A arquitetura no
nha, que descobre cedo os caminhos da profissão, que ino-
nosso país está se preenchendo de gente jovem. “Notei
va e empreende. Descrevendo assim, acho que você monta
um crescimento significativo na procura pelo curso de
na cabeça a figura do carinha descolado, meio grunge, meio
Arquitetura e Urbanismo nos últimos anos. E esses alunos
vintage, de xadrez, tênis e com aquela armação diferentona
refletem exatamente o perfil apontado pelo CAU: são em
dos óculos de grau. Tá, quase. Mas esse ainda não é o retrato
sua maioria mulheres e jovens. Acredito que esses novos
ideal.
arquitetos estão trazendo mais dinamismo para a arquitetura,
Levando a risca os números apontados pelo CAU (Conselho
além de uma preocupação com a sustentabilidade que ficou
de Arquitetura e Urbanismo) e transformando os dados
esquecida nas décadas anteriores. Isso tende a transformar
em imagens, é possível enxergar com bastante nitidez
radicalmente a arquitetura nos próximos anos”, opina Isadora
um profissional que não poderia combinar mais com o
Dupont, arquiteta e professora universitária, que também se
Brasil: o arquiteto brasileiro, na verdade, é uma mulher
encaixa nessa generosa fatia de arquitetas jovens.
jovem e prática. Detalhando mais: é daquelas arquitetas
E tem mais: a nova safra de profissionais da arquitetura é
bem seguras, que trabalha por conta própria, está
composta de gente que quer aprender rápido! Poucos são
constantemente se atualizando e tem uma alma juvenil
os que seguem uma trajetória acadêmica com mestrado
que reflete positivamente nos projetos. No banco do carro
e doutorado; muitos são os que querem os cursos
O p er f i l brasi l eirinh o da ar q u i t e t u ra em n ú mer os
Quem são?!
O que estudam?!
66% 39% homens
61%
48%
têm apenas a graduação
têm boa fluência em inglês, 33% em espanhol, 9% em francês e 10% em outras línguas, predominantemente o italiano
mulheres
86%
dominam softwares de desenho por computador
Que idade tem?! A maioria está entre 104
30 e 35 anos
ligeiros e o aprendizado prático. Para quem tem anos de
Homens ou mulheres, jovens ou experientes, os arquitetos
experiência na profissão, essas características delineadas
brasileiros têm acreditado significativamente na profissão,
pela pesquisa têm seus pontos positivos e negativos. A
com possibilidades de crescimento: 72% creem que os
arquiteta, coordenadora e professora universitária, Solange
profissionais podem expandir o campo de atuação. “Vejo
Smolarek Dias avalia: “O mundo globalizado pertence aos
que, felizmente, há espaço para todos no mercado de
jovens, que preferem a agilidade e a rapidez. Dessa forma
trabalho, e essa convivência entre os arquitetos jovens
os cursos rápidos e as revistas atendem a essa demanda.
e os mais ‘experientes’ só trará benefícios às nossas
No entanto, para evoluirmos na sociedade, precisamos
cidades, através da união de funcionalidade, estética e
crescer e desenvolver, o que é papel da academia. Então,
sustentabilidade”, detalha Isabela.
em síntese: ambos os caminhos são necessários. Temos que dar respostas rápidas às necessidades, mas não podemos
Que rumo seguir?
só cuidar do imediato. O papel do arquiteto e urbanista na
É fato: esse é um momento de intensa transformação para
sociedade, independentemente de gênero, é de questionar,
quem trabalha com arquitetura. Ainda mais no Brasil, onde
transformar e realizar”.
as questões ambientais estão em evidência e o “boom” dos
Mas e para onde vai andar esse mercado predominantemente
protestos pelo país, engloba entre tantos pontos, a questão
feminino? Quais os reflexos de uma arquitetura feita
do replanejamento urbano. Aí o arquiteto se forma, coloca
majoritariamente por mulheres? A resposta vem preenchida
tudo isso na balança e endoida: para onde ir? Em que área
de orgulho. “As mulheres têm uma sensibilidade maior
devo me especializar? Que setor tem mais demanda? Onde
quanto à importância da estética na arquitetura e às
vou ganhar melhor?!
necessidades dos clientes. E hoje em dia, as arquitetas
O censo do CAU também ajuda a responder essas perguntas.
perderam o medo das construções, e estão impondo
Os números mostram que vão se dar melhor aqueles que
respeito e admiração no canteiro de obras”, analisa Isabela.
tiverem coragem de “sair da casinha”. A atuação profissional
A experiência mostra que o passo feminino foi grande,
formalzinha, engessada apenas nas áreas mais tradicionais,
só que ainda falta um pedaço do trajeto. “Nós arquitetas,
vai perdendo espaço para um cenário bem mais diversificado.
ainda temos conquistas a serem alcançadas. Por exemplo:
O país de hoje pede arquitetos mais técnicos do que os já
quantos prêmios Pritzker foram ganhos por arquitetas? E
existentes. Em específico, alguns setores têm gerado uma
não se ganha porque somos menos competentes mas, em
renda acima de cinco salários mínimos. Se a ideia é ampliar
minha opinião, porque não participamos na proporção do
os horizontes e experimentar novas áreas, apostar em
número que somos”, acrescenta Solange, considerando
engenharia de segurança no trabalho, geoprocessamento,
ainda que os arquitetos de modo geral precisam pensar mais
ensino, planejamento urbano, sistemas construtivos e
em políticas públicas, principalmente no que diz respeito a
estruturais e tecnologia e resistências dos materiais são
logística urbana.
escolhas quase certeiras!
Como se atualizam?!
82%
vão a cursos, seminários e feiras
90%
leem revistas especializadas
70%
consultam periódicos acadêmicos
82%
procuram livros técnicos
ONDE TRABALHam?!
54% são autônomos ou tem escritório próprio
São felizes na profissão?!
58% se dizem satisfeitos com o status social da arquitetura Em que área atuam?!
34% trabalham com concepção de projetos 15,88% participam regularmente na fase de execução 14, 92% se dedicam ao design de interiores Outros
64,8% se dividem entre
outras áreas como planejamento urbano, urbanismo, ensino, etc.
LIFESTYLE
Aq u i , a l i o u e m q ua lq u e r lu g a r , a gente se reconhece! Por que mesmo?
Por Clar issa Don d a
Não é museu, nem torre, muito menos comida típica ou igreja: o que eu mais gosto de fazer em uma viagem é o “people watching”. Hobby delicioso, e super fácil de fazer: basta estar numa praça, num café, com os olhos bem abertos e a cabeça idem, com muito tempo e sem preconceito nenhum. Observar tudo: pessoas, animais, crianças, desde a forma como se vestem até o jeito que tomam o café. Porque são nessas simplicidades que a gente vai aprendendo a verdadeira essência do lugar em que estamos. Sempre que posso, faço esse exercício. Reparo, por exemplo, que qualquer norueguês treina algum esporte pelo menos duas vezes ao dia – todo dia. E que come salmão até no café da manhã. Reparo também que, após cada compra numa simples coffee shop, um funcionário inglês se despede com um “Have a lovely day”. Acho linda essa cordialidade – pudera nós todos termos sempre “lovely days”, todos os dias. Por isso que, entre uma viagem e outra, sempre tem alguém de fora me visitando também, e, quando isso acontece, eu me meto a ser guia. É só pretensão mesmo, porque acabo sendo turista de novo em meu próprio país, porque só aí que me lembro que “people watching” também se faz em casa. E foi pelo olhar dos estrangeiros visitantes que eu aprendi a ver as nossas próprias peculiaridades. Descobri, por exemplo, que é só no Brasil que se inventou o rodízio, o que, segundo os estrangeiros, é a versão gastronômica mais próxima do paraíso. Pode ser de crepe ou de pizza, mas o de carne é melhor: porque o Brasil tem um corte que só a gente sabe fazer. Acho até que foi a gente que inventou o coração de galinha no espeto e a pizza doce em suas mais variadas definições – secretamente, a preferida mesmo é a de chocolate. Percebi que eu poderia escrever um livro sobre as formas diferentes de se comer ovo, por exemplo. Ingleses gostam de cozido e quebram a pontinha da casca para comer com uma colherzinha. Americanos gostam de mexido, feito com bastante manteiga e de preferência acompanhado de bacon. Nas Filipinas, ele é cozido e comido com o feto quase formado e, aqui, é mesmo servido frito, de gema amarelíssima. Melhor ainda se em cima do bife – porque mexido, só se for com farofa. Em gastronomia, aliás, brasileiro não nega as raízes latinas, vindas sabe-se lá de que cantinho da Itália, Portugal ou Espanha, em que mesa boa é mesa farta, cheia, daquelas que dá para reunir a família toda no almoço de domingo. Assim como esses povos, a gente tem uma relação especial com a comida, que deixa de ser refeição para virar um ritual. Ok, a gente pode até ceder um espaço de vez em quando para o fast-food americano e o takeaway britânico, mas isso de andar enquanto come não é muito nossa praia, não. Praticidade para a gente tem que ir para mesa de trabalho e não para a de comida: o que a gente gosta mesmo é de parar, sentar com calma e comer o prato do dia de garfo e faca. E se acompanhado, melhor ainda – seja de um amigo, de um choppinho ou de ambos, que aí o almoço já tem cara de sexta-feira.
Essa fácil sociabilidade nossa determina, inclusive, como a gente molda o nosso espaço. Convivência vira palavra de ordem na hora de organizar a casa em que o brasileiro vive. Seja na cozinha integrada à sala para não perder um minuto do papo com os amigos de visita, seja na área da churrasqueira e da piscina, pensadas com carinho na época de férias das crianças. E se o espaço é apertado, não tem problema: sala de convivência brasileira passa a ser na rua, no play do prédio, no bar da esquina ou na pracinha. Espaço tem para tudo, até para estar só – mas só quando a gente quer. Também é na forma de construir as casas que a gente percebe o jeitinho brasileiro. No Nordeste, por exemplo, os pisos são de cerâmica – já os de São Paulo e Sul do Brasil são quase todos de madeira – ou de materiais equivalentes, imitativos ou sei lá o quê, cada um combinando melhor com o termômetro de cada cidade. Mas o que todos os apartamentos do Brasil têm em comum é área de serviço, amostra de uma cultura nossa já acostumada a ter empregados, o que é artigo de luxo no exterior. Mas se a relação entre empregadas e patroas é tão questionada - para o bem e para o mal - é nela também que nascem grandes exemplos de cumplicidade, que transbordam da relação comercial e caem na em amizade, carinho e cuidado que só a intimidade com o cotidiano sabe criar. E sabemos que o brasileiro sabe criar intimidade como ninguém. Também dizem que a gente não é nada pontual: que inveja a pontualidade rígida dos trens europeus, mas entende que atraso de meia hora aqui nem é mais atraso, já vai na conta do trânsito mesmo, que está sempre uó. Porém, com datas, brasileiro se garante: sabe que fevereiro é carnaval, junho é São João, novembro tem dois feriados e no sábado a feijoada é sagrada, porque domingo já é dia de futebol. Romeu e Julieta para eles é livro. Para a gente também, mas a versão de queijo e goiabada é mais gostosa. Noitada para europeus termina cedo, mas é o Brasil que sabe fazer festa de verdade, e sabemos que não tem coisa melhor que festa de criança. Francês tem o chique creme brulée, a gente tem o popular brigadeiro, que é de criança, mas adulto adora. Americano sabe fazer filme, a gente faz novela, e não tem Poderoso Chefão que descubra quem matou Odete Roitman. Inglaterra tem uma rainha, a gente tem várias – uma para cada escola de samba. Lá fora eles amam dias em família, sol no parque e animais de estimação – aqui, também. Porque amor é assim mesmo, universal. Assim como os problemas, que brasileiro tem, assim como todo mundo – ou todo o mundo –, e sabemos que a gente tem muito o que aprender lá fora. E vice-versa. Mas é assim que nosso jeitinho brasileiro vai amadurecendo, aprendendo a deixar para trás o ranço de “malandragem” que às vezes escapole e vai se tornando jogo-de-cintura. E se a gente não tem o hábito cordial do “have a lovely day” aqui todos os dias, temos a irreverência dos “dois dedos de chorinho”, aquele restinho de bebida que o garçom sempre guarda para a gente – junto com o sorriso, que, vale dizer, também não está incluso no preço da bebida, mas ambos fazem parte da simpatia, que, aliás, é outra cortesia da casa. Nossa casa.
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ONDE ENCONTRAR A Lot Of Al. Gabriel Monteiro da Silva, 256 São Paulo – SP (11) 3068-8891 / (11) 3068-9370 www.alotof.com.br ABRAPLAC Painéis Decorativos Rua José Garibaldi Alves Xavier, 120 Santa Tereza do Oeste – Pr (45) 3231-1010 www.abraplac.com.br Andreia Calderari – Calderari arquitetura e artes Rua Osvaldo Cruz, 3225 Cascavel – PR (45) 3223-7878 / (45) 9993-1818 www.facebook.com/calderariarquiteturaeartes Arno www.arno.com.br Bastian e Lora engenharia e empreendimentos Rua Flamboyant, 2135 Cascavel – PR (45) 3324-1145 www.bastianelora.com Benedixt Rua Haddock Lobo, 1584 São Paulo – SP (11) 3081-5606 www.benedixt.com.br Casa Pop (21) 3529-4440 www.casapop.com.br CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) Av. Nossa Senhora da Luz, 2530 Curitiba – PR 0800 883 0113 www.caupr.org.br
Chalet www.chalet.net.au Cidadela Arquitetura e Interiores Rua Salgado Filho, 2366 Cascavel - PR (45) 3038-1701 www.cidadelaarquitetura.com.br Coisas da Doris Al. Ministro Rocha Azevedo, 834 São Paulo – SP (11) 3083-1962 www.coisasdadoris. com.br Collector (11) 3938-1317 www.collector55.com.br Cristiane Liogi Arquitetura & Interiores Rua Jorge Lacerda, 331 – Sala 02 Cascavel – PR (45) 3326-4106 www.cristianeliogi.com. br Desmobilia (41) 3072-6827 / (41) 3376-9144 / 0800-052 0777 www.desmobilia.com.br Dondeando Por Aí (Clarissa Donda) www.dondeandoporai. com.br
Ekamba Estúdio Criativo Rua Manoel Ribas, 2477 Cascavel – PR (45) 3306-3663 www.ekamba.com.br em2 Design Rua Prudente Moraes, 1441/402 Rio de Janeiro – RJ (21) 2249-4379 www.em2design.com.br Em Conserva www.emconserva.com Escritório Macedo, Gomes & Sobreira www.mgs.arq.br Estúdio Guto Requena Rua Oscar Freire, 1996 São Paulo – SP (11) 2528-1700 www.gutorequena.com. br Etna Curitiba Rua Professor Pedro Veriato Parigot de Souza, 600 Curitiba – PR (41) 3317-5900 www.etna.com.br Forma e Conforto Rua Visconde de Guarapuava, 2022 Cascavel – PR (45) 3038-4278 / (45) 9973-4187
Kickstarter www.kickstarter.com Kleber Matheus Studio Rua General Jardim, 645 São Paulo – SP (11) 3214-2394 www.klebermatheus. com Kyara França (45)- 9919-9055/30286280 Loja Sala Design Rua Bela Cintra, 1693 São Paulo – SP (11) 3081-3184 www.lojasala.com.br Marmoraria Capanema Rua Professor Orozendo Cordeiro de Jesus, 793 Cascavel – PR (45) 3228-1187 www.facebook.com/ pages/Marmoraria-Capanema Maurício Arruda Arquitetos & Designers Rua Oscar Freire, 1996 São Paulo – SP (11) 3159-0396 www.mauricioarruda.net Meza Arquitetura São Paulo – SP / Cascavel – PR (45) 9911-5094 (11) 9831-65639 www.facebook.com/ MezaArquitetura
Editora DFP Rua Manoel Ribas, 2477 Cascavel – PR (45) 3306-3663 www.revistaconstruarch. com.br
Hammacher Schelemmer www.hammacher.com Iberobotics Shop www.iberobotics.com
MGS – MACEDO, GOMES E SOBREIRA contato@mgs.arq.br
EDRA Spa Pisa – Itália www.edra.com
Inusual Rua Humaitá, 168 Bento Gonçalves – RS (54) 3055-4353 www.inusual.com.br
Move Móvel Praça Vilaboim, 160 São Paulo – SP (11) 3667-0648 www.movemovel.com.br
Poltrona Frau Group Miami – EUA www.poltronafraumiami. net Prisma Revestimentos Rua Minas Gerais, 2122 Cascavel – PR (45) 3038-9697 www.prismarevestimentos.com.br PROJETAR.ORG Rua Pernambuco, 256 Cascavel – PR www.projetar.org Self Stirring Mug www.stirringmug.com Sig Bergamin Rua Cônego Eugênio Leite, 163 São Paulo – SP (11) 3081-3433 www.sigbergamin.com. br Tok&Stok Curitiba Rua Capitão Souza Franco, 753 Curitiba – PR (41) 2111-7200 | Fax: (41) 2111-7222 www.tokstok.com.br Trekos e Cacarekos Av. Ouro Fino, 498 São José dos Campos – SP (12) 3033-0545 Vermilion Rua Passo da Pátria, 827 São Paulo – SP (11) 3641-7304 www.vermilion.com.br
COLABORADORES
À moda da casa P ro f issi o nais q u e t ro u x e r am s ua bossa às n ossas pág i nas foto s D i v u l ga çã o
C l arissa D o n da
R i c ar d o G ai os o é jornalista e diretor
é graduada em Jorna-
criativo especializado em arte e design. Rea-
lismo, com MBA em
lizou uma pesquisa de campo por mais de 30
Marketing e especiali-
países e hoje trabalha com ações inspiracio-
zação em Mídias Digi-
nais, pesquisa de tendências e conteúdo. Foi
tais. Escreve para blogs
editor da LACOSTE, desenvolveu conceito
e revistas especializa-
como um dos visionários da ABSOLUT Vo-
dos em viagem. Claris-
dka no Brasil, escreve para L’Officiel Brasil,
sa gosta do Brasil por-
Elle Décor Japão e H.O.M.E. alemã. Para ele,
que é ensolarado. Para
uma legítima casa brasileira é sinônimo de gambiarra. É o charme de
ela, Brasil combina com
não se levar a sério, e tirar proveito da criatividade para construir a
cor, porque a gente é colorido por natureza, com
casa perfeita para se morar. Nesta edição, ele apontou o dedo para
música ambiente - que, não importa se é bossa
cinco escritórios de arquitetura e design do Brasil que estão dando
nova ou MPB, sempre tem uma batucadinha ao
ou vão dar o que falar.
fundo - e com rede pendurada. E como ela captou muito bem a essência tupiniquim, foi buscar lugares em outros países onde a alma brasileira se esconde. Clarissa conta como mora o brasi-
M ar c e l e A n t o ni o é jornalista e
leiro nesta edição.
está em um eterno relacionamento sério com as palavras. E a relação aqui é afinada. Ela adora contar histórias e atualmente tem duas plataformas para isso: além de
Cami l a
W eiri c h
colaboradora da ConstruArch, também é
é diretora criativa da
repórter da TV Tarobá em Cascavel. Para
Dafiti. Direito foi sua
ela, casa para ser brasileira tem que ser
primeira formação, mas
aberta, com muito espaço, janela e uma
ela se esgueirou para
ampla varanda – para se esparramar mesmo. No folhear da
o mundo da moda e se
revista, esbarre com vontade em palavras inspiradas nessa
especializou em Dire-
paixão palavral e num jeitinho todo brasileiro de morar.
ção de Arte e Jornalismo de Moda na Central Saint Martins em Londres, Inglaterra. Além da moda, o coração dela bate forte também pelo design e a arte, amores traduzidos em objetos espalhados em sua casa em São Paulo. Por falar em casa, para ela, uma moradia tipicamente brasileira é cheia de misturas na decoração. Se for tudo combinado com um cheirinho de feijão ou bolinho de fubá saindo do forno, melhor ainda!
F ú lvi o N . Feiber é arquiteto e paisagista, mestre em Gestão Urbana e Doutor em Engenharia de Produção. Atualmente é professor e pesquisador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz. Como professor, sabe ao pé da letra, como se caracteriza uma casa brasileira: aquela que respeita a linguagem, os costumes, o clima e a realidade social. Ao caracterizar a arquitetura verde e amarela, ele considera que o trabalho feito aqui é verdadeiro, de raiz.
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BATE-PAPO
ARQUITETURA R ai z e r e f l e xo co n t e m p o r ân e o Po r Fúl v i o N. Fei ber
Traçar um panorama a respeito da Arquitetura Brasileira parece ser uma forma interessante para que se possa discutir e definir estratégias a serem tomadas para a produção arquitetônica contemporânea. Deixar de lado os clichês tais como tendências ou estilos, tão comuns atualmente, pode indicar o início de uma produção coerente com seu tempo e espaço. Justifica-se esse pensamento se levadas em conta a riqueza e diversidade das obras produzidas ao longo do tempo no território brasileiro, com destaque para os expoentes da Arquitetura Moderna, capitaneados pelos preceitos de Lucio Costa. Arquiteto e intelectual sensível à diversidade da história e cultura brasileira, capacitou seus pares no sentido de agregar e formar um pensamento nacional com expressões regionais. Basta dizer que uma de suas primeiras ações neste processo de formação foi justamente a preocupação em catalogar obras do período colonial e que hoje configuram parte significativa do patrimônio arquitetônico brasileiro tombado e com interesse de preservação. Fúlvio N. Feiber é Arquiteto e Paisagista, mestre em Gestão Urbana e Doutor em Engenharia de Produção - Ergonomia, atualmente professor pesquisador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Assis Gurgacz.
Num território inicialmente ocupado sem um interesse claro de colonização e onde foi constatada a carência de jazidas de pedras (principal material utilizado na tradição construtiva dos povos europeus) aliada à adversidade climática (calor e chuvas intensas), desenvolveu-se uma arquitetura que respondeu em sua forma de adaptação ao meio somada a uma reinterpretação de padrões ou modos de fazer dos colonizadores conforme os recursos e mão-de-obra disponíveis. Nos primeiros vilarejos, seguindo a tradição portuguesa de implantação de cidades, as obras adaptaram-se ao terreno resultando em um traçado em consonância com o sítio de intervenção. Dessa experiência, uniram-se influências diversas iniciadas pela presença da arquitetura indígena a qual colaborou com a apreensão da técnica do uso de materiais locais e resultou em obras capazes de proporcionar conforto físico e gerar estruturas magníficas que merecem ser revisitadas. Da necessidade de defesa, a arquitetura militar altamente pragmática e funcional, sem espaços para adornos ou subterfúgios meramente estéticos; dos bandeirantes, a casa paulista, prática, austera, majestosa e exuberante em seu interior. Da arquitetura religiosa, o esplendor do barroco e o espaço reservado para as principais manifestações artísticas, em especial as construídas em Minas Gerais pelos artistas mulatos. Da rural, com sua rígida organização entre casagrande, senzala, capela e engenho que tão bem representam as diferenças sociais incubadas num sistema escravocrata. Por fim, as Casas de Câmara e Cadeia com seus pelourinhos, representando a autoridade e o sistema patriarcal que induz a formação de uma população com postura passiva e no qual o sistema governante deve prover o sustento e o bem estar do povo. Compreender essa base de formação histórica e técnico-construtiva sugere um melhor debate quanto à qualidade dos espaços produzidos atualmente, não apenas pelos arquitetos, mas pela população que financia, usufrui e convive com e nesses espaços. É importante lembrar que a arquitetura é feita para durar, exigindo recursos financeiros, conhecimento técnico e artístico e ainda cumprimento de determinada função a que foi destinada. Justifica-se aí o alerta no início do texto quanto aos termos “tendências” ou “estilos”, cabíveis para o design de produtos ou de caráter efêmeros com um ciclo de vida muito mais curto que o resultante dos espaços oriundos da arquitetura. São necessários responsabilidade, conhecimento e intenção projetual pautados na base cultural a que se destina e à qual se deve o respeito diante da sua expressão plástico-formal. A exploração tecnológica, por sua vez, marca a evolução na história. Apesar dos riscos oriundos de uma falta de reflexão das referências externas quanto à qualidade dos espaços arquitetônicos, cabe ressaltar que há uma produção em paralelo de excelência. Trata-se de obras que levam em conta a tradição construtiva e inventividade decorrente da própria engenharia, afinal, entende-se que uma boa obra de arquitetura é uma boa obra de engenharia. Por fim, o que pode ser observado em comum na arquitetura que perdura através do tempo é que, assim como as construções devem estar apoiadas em firmes fundações, os caminhos a serem pensados para o presente e futuro devem estar enraizados no passado sem, no entanto, tornar-se escravos de suas verdades.
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sua vida, suas atitudes
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