ConstruARCH #06

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EKAMBA


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VIVA TRANQUILO FAÇA SEU SEGURO!

DIRETORES Diretor Administrativo Douglas Popenga d.popenga@editoradfp.com.br Diretor Executivo Felipe Pedroso felipe.pedroso@editoradfp.com.br Diretora de Projetos Editoriais Julie Fank julie.fank@editoradfp.com.br

SEGURO: -Automóvel -Residencial -Empresarial -Vida -RC profissional -Construção Civil

Diretora de Redação Julie Fank Jornalista Responsável Giovana Danquieli Jornalista Tátila Pereira Diretores de Arte Danny Fernandes e Fábio Bagatoli Assistente de Arte Carolina Maffei Mincarone Executivos de Negócios Renato do Prado Assis e Hudson Rocha Assessora Executiva Patricia Velte Marcato Fotógrafo Rodrigo Vieira Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

-Condomínio -Demais ramos (consulte-nos)

E AINDA: -Consórcios de Veículos e Imóveis

COLABORADORES DESTA EDIÇÃO Amanda Diniz, Eliandro Frizzo, João Pedro Buzetti, Julia Bieler, Mariana Lioto

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda. Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230 www.editoradfp.com.br Inscrita no ISSN sob o número 2317-403X

Assessor Jurídico Bruno Cesar de Oliveira OAB/PR 57.172 Central de atendimento 45 3306 6336 - 3306 3663 contato@revistaconstruarch.com.br www.revistaconstruarch.com.br Redação contato@revistaconstruarch.com.br COMERCIAL felipe.pedroso@editoradfp.com.br hudson@editoradfp.com.br r.prado@editoradfp.com.br

Rua Marechal C. Rondon, n. 853 Bairro Villa Tolentino Cascavel / PR email: contato@ksegseguros.com www.ksegseguros.com Tel: 45 3038-8450 | 45 9116-6400 6

Impressão Gráfica Positiva PAPEL Kgepel

MARKETING E COMUNICAÇÃO


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WARM-UP

É tempo de sair da toca! Verão, na minha infância, era tempo de ir para a casa da vó ou sentar no chão da área no piso de retalhos de granito e ver o dia passar. Era lá que uma amiga e eu brincávamos de boneca. Planejávamos a casa inteira e improvisávamos com caixas, potes e qualquer outro objeto útil roubado do ateliê da mãe para fazer com que a casa ficasse impecavelmente pronta e pudéssemos enfim... guardar tudo! Nada de enredo, nada de personagens, nada de histórias que ficariam inacabadas – as bonecas eram coadjuvantes na brincadeira. O negócio era montar a casa, prepará-la para receber as visitas (e donos) que nunca estariam em casa, casa aliás que ficava – impecavelmente – improvisada. Anos mais tarde, esta mesma amiga e eu, já com as profissões definidas, resolvemos seguir nossa vocação (?). Ela resolveu finalizar as casas que poderiam ter ficado melhores acabadas se não precisássemos improvisar tanto, e foi para arquitetura, eu resolvi contar histórias e ensinar os outros a escrevê-las, e fui para o caminho das letras. No meio desse caminho, surgiu a oportunidade de dirigir uma revista de arquitetura: hora de juntar

Julie Fank Diretora de Redação julie@revistaconstruarch.com.br

as referências das revistas de decoração e arquitetura que pululavam no ateliê da mãe e no quarto da vó – e voltar a se interessar por um mundo que sempre me encantou (e quase foi meu destino, tivesse eu seguido os desejos de uma quinta série cheia de plantas em cartolinas amarelas). Hora de projetar a revista, decidir que alicerces iriam sustentá-la, quem seriam as visitas e personagens dessa empreitada. Tudo encaminhado e esse sonho, que a essa altura já recebia a atenção que um sonho merece, também se tornou realidade. Tão realidade que estamos na sexta edição – a última assinada por mim – de uma série de tropeços, aprendizados e acertos. Numa parte desse caminho, um outro caminho apareceu (daqueles que dá frio na barriga, sabe?) e a casa de bonecas ficou para trás. Hora de construir outro prédio em outra vizinhança, alimentar outros sonhos e reinventar a rotina, em outra cidade. Organizar uma mudança, aliás, não é fácil. É como se o improviso deixasse de ser a ordem da vez e precisássemos escolher o local em que pudéssemos fixar a bagunça – impecavelmente organizada, é claro – e não mais precisássemos montar tudo e desmontar, a cada edição da vida. É o lugar definitivo, quem sabe. A vantagem é o background de anos montando e desmontando casinhas, usando caixas em vez de camas, toalhas em vez de cobertores e retalhos em vez de roupas. Assim é mais fácil colocar ordem em uma nova casa, saber para onde ir – e para onde não ir também. E, na hora de ir, para tão longe, aliás, mesmo que coloquemos tudo numa caixinha para levar embora, pedaços ficam, em quem vai e em quem fica. Fui, a propósito, abastecida por cada comentário positivo e críticas ao nosso trabalho, nosso porque não seria nada sem cada um dos que contribuíram para que esta casa existisse (desde nossos colaboradores fixos a quem apareceu vez ou outra por aqui). Na contrapartida, espero ter deixado a vida de vocês mais alegre com cada uma das palavras escolhidas a dedo na linha editorial que criei para uma revista que construiu parte de mim. Ainda assim, saio com a ansiedade de quem tem um próximo projeto esperando – e espero, de coração, ter ajudado a deixar qualquer que tenha sido o projeto de vocês deste último um ano e meio mais bonito. E mesmo que a vida tenha sido meio improvisada até aqui, sem saber se ia ou ficava, na hora de a gente brincar de gente grande e tomar decisões, é o faz-do-jeito-que-dá que ajuda a gente a fazer-do-jeito-que-deve, porque, no fim das contas, as nossas casinhas de boneca são apenas maquete do que a gente vai construir no futuro.

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ÍNDICE 9 WARM-UP

JANEIRO/ FEVEREI RO 2014

12 PONTO.COM

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O que estamos aprontando net afora 14 Novos empreendimentos 16 ESTANTE Entretenimento de alto nível 18 MAIL A ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA EM 3 DICAS Como adequar sua casa aos novos conceitos arquitetônicos 22 GARIMPO CIDADELA PRAIA EM CASA Peças que parecem trazer a brisa que vem do mar 27 GADGET NÓS VAMOS INVADIR SUA PRAIA Por mais longínquo que seja seu destino, a modernidade te acompanha 30 DOSSIÊ UMA CHANCE AO VELHO A reforma era um desafio, cumprido com maestria pelo arquiteto Eduardo Paranhos CENÁRIO 34 BRISA MARÍTIMA Uma casa em Israel se aproveitou da geografia e se tornou uma morada dos sonhos

40 CENÁRIO ROLOU DO MESMO JEITO A pedra estava no meio da caminho, mas o problema virou um toque especial

28 IT PARA RECARREGAR AS ENERGIAS Com a roda de Copenhague, as subidas da bicicleta se transformam em embalo

20 GARIMPO FRESCOR DO VERÃO Objetos que vão deixar qualquer casa no clima da estação

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24 PULODOGATO

50 VOCÊ NÃO PRECISA DE MUITO Verde, madeira, paz e praia são os ingredientes perfeitos para férias bem-sucedidas 56 CORTE ORQUESTRADO Salão de beleza em Curitiba se inspira em um ídolo do jazz para um décor de arrasar

TEXTURIZE SUA CASA

62 EVENTO

A arquiteta Camila

HOMENAGEM À ARTE

Pezzini elege

Conheça as melhores propostas de intervenção no

revestimentos para

Theatro Municipal no concurso da Plataforma Projetar

refrescar a casa

64 ESPELHO Pioneirismo com assinatura Nilson Gomes percorre a história de Cascavel 70 BE ON Rapidinhas sobre o mundo da arquitetura e do design 74 FASHION IN HOME PENÉLOPE AINDA CHARMOSA O poppy red é a cor da estação 76 LIFESTYLE EXCLUSIVIDADE AO ALCANCE DO BOLSO Hostels design oferecem opções para o hóspede se sentir único no coletivo 81 POR AÍ ARROJO E CONCEITO O casal de arquitetos Kellen e Simon percorre a trilha do bom gosto em Cascavel 94 ONDE ENCONTRAR Quem, quando, onde? 95 COLABORADORES Parcerias que derAM um up à edição

92 SKETCH MAP

96 BATE-PAPO ELOGIO À DOR NAS COSTAS

AS 5 MELHORES PRAIAS DO BRASIL

A jornalista Mariana Lioto narra as dores e as delícias

Foi difícil, mas Julia Bieler conseguiu eleger

de fazer uma mudança

alguns points por aí

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PONTO.COM

Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.

CONST R UÇÃO

A R Q UITETUR A

DE COR AÇÃO

Se você curte folhear o nosso conteúdo, que tal ter um plus? A arquitetura, a construção, a decoração, o design, o lifestyle e a arte também têm acesso livre em nosso espaço virtual.

DESI G N

LIFESTYLE

A RTE

ARCH

DESIGN Reforma clean Era um apartamento extremamente

CLARIDADE E INTEGRAÇÃO

convencional, mas as necessidades e o

O bairro Bonanova, em Barcelona, é o cenário para esta casa

estilo de uma família espanhola fizeram

repleta de claridade.

o local passar por uma nova distribuição.

DÉCOR

ARTE CROCHETANDO PELA CIDADE Imagine-se andando na rua e ao virar a esquina se deparar com um carrinho de mão colorido, todo envolvido em crochê.

LIFESTYLE BLOG: HOMENS DA CASA Eduardo Mendes é um publicitário (tinha que ser né!) de 30 anos, que após mudar-se de um apartamento para uma casa, começou a pensar em personalizar seu novo lar, para que o mesmo ficasse com a sua marca.

DECORAÇÃO RETRÔ: UM ESTILO DE VIDA O retrô virou modinha. Não é bem assim para algumas pessoas, que não consideram o retro uma moda mas sim um estilo de vida.

SIGA A CONSTRUARCH

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Po r R i ca rd o Po h l fo to s Di v ul ga ção

Sangue nas Veias é o mais recente trabalho de Tom Wolfe, um dos fundadores do Novo jornalismo e autor de obras como A Fogueira das Vaidades. Nesta obra, a fórmula jornalismo mais literatura trabalha para retratar uma Miami multicultural. Através dos relatos de imigrantes, Tom cria uma reflexão acerca dos conflitos culturais por meio desses testemunhos – sempre com uma pitada de humor.

Para Assistir

Para Ler

Sangue nas Veias – Tom Wolfe

Cidade Cinza O documentário aborda a história de um dos principais grupos de arte de rua de São Paulo. Com a direção de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo, o filme retrata durante seis anos a disputa por espaço e a guerra contra o preconceito de nomes consagrados dentro e fora do Brasil, como Os Gêmeos, Nunca, Nina, Ise, Finok, Zefix entre outros. Produzido pela Sala 12, a película tem também a intenção demonstrar o impacto visual que o Graffiti forma na cidade.

Para Ir

“Meu Bem”, de Beatriz Milhazes Já começou e vai até dia 23 de fevereiro de 2014 a exposição Meu Bem, que, segundo o Curador Frédéric Paul, é a mais abrangente sobre a artista Beatriz Milhazes. A mostra acontece no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba e reúne obras desde a década de 1980, quando a artista viva mais valiosa do Brasil ainda estava cursando a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.

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ESTANTE

OS MELHORES DA ESTANTE...

Deuses Americanos – Neil Gaiman Com certeza você é uma pessoa mais feliz se conhece Neil Gaiman de outros lugares. Em deuses americanos, Gaiman narra o que se dá quando deuses de diferentes mitologias resolvem atacar a América. O romance, basicamente, se desenvolve quando Shadow conhece Odin. Odin quer destruir todas as divindades do mundo moderno, ou seja: internet, televisão, rádio etc, e Shadow aceita ajudar o Pai de Todos. É nessa premissa que Deuses Americanos inicia sua história genialmente insana.

...por João Buzetti, arquiteto e urbanismo

Livro Maquetes de papel – Paulo Mendes da RoAntes da Meia-Noite Passados nove anos dos acontecimentos de Antes do Pôr-do-Sol, o casal Jesse e Celine tiveram gêmeos e vivem em Paris com os filhos. Celine não consegue ter um emprego fixo e pensa em trabalhar para o governo. Jesse continua sua sólida carreira como escritor e faz de tudo para estar presente na vida do filho que teve com sua ex-esposa, Hank. Nesse contexto, o casal resolve passar um tempo na Grécia, levando junto as duas filhas e Hank.

cha (2007) “Este livro reflete sobre o papel do arquiteto, permite aos leigos um visão mais clara sobre o papel do profissional, aos que iniciam os estudos sobre arquitetura, ajuda na compreensão e importância do que fazemos, e aos que já são um pouco conhecedores, abrilhanta a alma ao ver como um dos maiores arquitetos do mundo pensa e age com simplicidade.” ÁLBUM The Raconteurs - Broken Boy Soldiers (2006) “Gosto muito de bandas como Led Zeppelin, The Who, The Doors, Deep Purple, do próprio John Lennon etc.. Então, se pegarmos toda essa bagagem e colocarmos no liquidificador, vai resultar neste álbum!”

Exposição do Triptyque

FILME

A exposição O Museu Circular Arco Tietê:

007 – Diamonds are forever (1971)

Monumento aos Protestos de São Paulo de 2013, realizada pelo escritório Tripyque, vai até o dia 07 de dezembro, na Galeria Eduardo Fernandes, em São Paulo. A exposição é uma forma de celebração aos movimentos sociais do inverno de 2013, que ocorreram no país. A

“Primeiramente, por se tratar de um clássico da saga 007, mas o principal é que a cena final é coroada pela fotografia: acontece na Elrod House, uma residência projetada pelo arquiteto californiano John Lautner, onde também pontuam o cenário e peças emblemáticas de design.”

exibição faz parte da Trienal de Arquitetura de Lisboa Close-Closer.

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MAIL

UMA CASA ADEQUADA À (QUALQUER) ESTAÇÃO EM 3 PASSOS A a rq u ite t a Amanda Diniz e o engenhei ro ci vi l El i andro Fri zzo d ã o a s d ica s para que a cas a s e torne um recanto fresco nos di as e m q u e o s termô metro s batem recordes posi ti vos – e pode seg u ir o ca minho invers o quando o fri o aperta

Amanda diniz e ellandro frizzo Arquiteta e Urbanista e Engenheiro Civil


Há possibilidade de construir uma casa que seja fresca para

chamamos de ventilação cruzada. Já no inverno, para que

o verão e quente no inverno?

não aconteça um resfriamento brusco dos ambientes é necessário certificar-se de que o isolamento das portas e ja-

Sim. Para que isso aconteça, o conforto térmico deve ser le-

nelas seja eficiente para que o ar frio não entre na edificação.

vado em consideração previamente. O projeto arquitetônico deve ser bem elaborado, começando com um estudo do po-

Quais são os materiais mais indicados para manter uma

sicionamento da residência no terreno em relação à incidên-

casa de estação quente confortavelmente fresca?

cia solar, a análise do regime de ventos da região, o correto posicionamento das aberturas (portas e janelas) e a escolha

O local onde mais incide a luz do sol no Brasil é pela cobertura,

dos materiais, tanto como soluções construtivas como é o

por isso a escolha dos materiais que irão compor o telhado é

caso do brise-soleil e dos beirais, quanto com a utilização de

de extrema importância. Telhas cerâmicas e de concreto são

materiais de acabamento como a madeira e a cerâmica. No

mais eficientes do que as telhas fibrocimento, por exemplo, e

verão, a ventilação tem grande importância para reduzir a

se possuírem cores claras para refletir a luz solar, ainda me-

sensação térmica dentro dos ambientes da residência. Po-

lhor. Para ajudar na eficiência dos telhados existem ainda as

sicionando as aberturas em paredes opostas ocorre o que

mantas térmicas, que funcionam como isolantes se colocadas corretamente (com a parte metalizada para cima, entre o caibro, contra-caibro e as telhas), para que a residência fique fresca no verão e quente no inverno. Para quem gosta de inovação e sustentabilidade, há a opção das coberturas verdes, mantendo a temperatura amena dentro da edificação. A utilização das paredes externas mais espessas na construção é aconselhável, pois, quanto mais espessa a parede, “mais tempo” leva o calor para entrar na residência. Existem alguns materiais que também ajudam nesse conforto, como a lã de vidro, lã de rocha e a lã de garrafa pet, que é um material reciclável e reciclado. Na nossa região, que vive os extremos (frio no inverno, calor no verão), quais seriam os materiais indicados para a construção e revestimento? As mesmas soluções construtivas para o verão devem ser observadas para o inverno: as janelas de alumínio ou PVC com vidro duplo, que ajudam no isolamento nas 4 estações do ano; a escolha da cobertura e das telhas adequadas na residência, dependendo da incidência solar, como as telhas cerâmicas ou as telhas metálicas do tipo “sanduíche”, que possuem uma camada interna de isolante térmico; a vegetação na cobertura e nas aberturas e até dentro da residência pois ela retém umidade, fazendo com que o ambiente fique mais confortável; a escolha do piso ideal, podendo ser porcelanato, madeira e novidades que surgem todos os anos, como o piso aquecido, que no verão permanece “desligado”, mas no inverno por meio de termostatos e controles individuais por ambientes a temperatura é regulada.

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GARIMPO

Frescor do verão

1

U m p o u co d e aleg ria e vivac idade para u ma ca sa q ue merece férias

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3

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1

Saleiro e Pimenteiro [Por

3

Recipiente para molho Lily Bird

5

Door Stop Sorvete

Sabrina Arini]

Preço: R$ 166

Preço: R$ 35

Preço: R$ 86

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4 2

6

Art Attack [Por David Gerstein]

Criado Taco

Preço so consulta

Preço sob consulta

Preço: R$ 1300

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www.marcheartdevie.com.br

www.movemovel.com.br

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Luminária Ecopipa


6 5

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9

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7

Biker [Por David Gerstein]

9

Aparador de livros “James” the

Preço: R$ 1359

bookend

www.marcheartdevie.com.br

Preço: R$ 52 www.black-blum.com

8

Luminária Guindaste Preço: R$ 504 www.dalicasa.com.br

10

Bufê/Bar Cabriolet R$ 3 650 www.movemovel.com.br

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GARIMPO CIDADELA

PRAIA EM CASA Pa lh a , a re ia e mar não s ão exc lusi vos do l i toral . Q uem sabe você não conseg ue a quela se n sa çã o de mares ia s ó deco rando a casa com peças desta sel eção de pri ma fei t a pelas arquitetas Franci el i Lovatel e Tathi anne Mari otto? Confi ra! fotos Rod r igo Vie ira

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1

Almofada de pescoço – R$ 46,00 un.

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Jogo Cesta Ratan – R$ 118,00

3

Cachorro de Cerâmica Vermelho – R$ 59,90

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Las Açucenas – Cristal / Onix – R$ 38,00

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Difusor de Alecrim do Mediterrâneo – R$ 59,00

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6

Porta Retrato Hippie Chic Green – R$ 48,00

12 7

Porta Retrato Hippie Chic Orange – R$ 54,00

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Porta Copo Bambu – R$ 37,00

9

Vaso de Lavanda – R$ 291,40

10

Jarro Amarelo P – R$ 190,00 M – R$ 255,00 G – R$ 290,00

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Gordinhas charmosas – R$ 52,90 un.

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Barco Pesqueiro de Madeira – R$ 98,90

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14

13

Pote de Cerâmica floral Bege – R$147,50

14

Pote Bilrro Bege P – R$305,00 M - R$365,00

CIDADELA OBJETOS DE DECORAÇÕES & ARQUITETURA E INTERIORES Rua Salgado Filho, 2366 - Cascavel - PR - (45) 3038-1701 / www.cidadelaarquitetura.com.br

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P ulo - d o - gat o

1

TEXTURIZE SUA CASA N ã o h á ma is es paço para cas a li sa e sem graça – o negó cio é se n tir, to car e c us to mizar. Para i sso, a arqui teta Ca m ila Pe z zini ro teo u o s último s l ançam entos em teci d o s e reve s timento s em Cas cavel . Tudo para dar aquel e ar d e n ov id a de e fres c ura que to da a casa m erece na est a çã o q u e inic ia o ano

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Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro dri go Vi ei ra

A ordem natural das coisas era seguir na área de saúde, profissão da família. Um vestibular frustado e as férias na casa do tio arquiteto em Porto Alegre que a carregava para lá e para cá a fizeram mudar de ideia para nunca mais pensar em trabalhar de branco. Aliás, a pós-graduação em gestão de obras e a vontade de estar totalmente envolvida no processo nem permitem as vestimentas delicadas. “Eu gosto de ver a coisa acontecer, só o projeto não me basta. Tenho que ver a obra tomar forma.”, conta a arquiteta que não faz cara feia para peso nenhum. Ainda assim, Camila Pezzini é a delicadeza em pessoa e em CaMILA PEZZINI Arquiteta e Urbanista

projeto. Para ela, arquitetura é a realização de sonhos - e, ela sabe, isso exige muito esforço. Os sonhos dos outros e seus projetos, agora assinados ao lado da sócia Jordânia Konargevski, pelo escritório HOME Arquitetura, trazem

10

no conceito o escopo de quem já foi estagiária do primeiro arquiteto cascavelense (aliás, ele está lá figurando como nosso entrevistado na seção ESPELHO! Corre lá!) e está na labuta desde o primeiro ano de faculdade. As formações e personalidades complementares das arquitetas completam o projeto (e um sonho) que elas escolheram para tocar com a dedicação de sempre em 2014: o próprio negócio - mais um que a Camila vai fazer questão de tocar de perto.

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3 1 Placa porcelanosa [Modelo Madison plata, banho cromado, peça espanhola]. 31x90cm. R$390/ peça. Raffinato Casa 2 Placa Veniz [Modelo Florencia Blanco, peça espanhola]. 33x100cm. R$131,90/ peça. Tonetto Pastilhas e Revestimentos 3 Placa Inti [Modelo Itaporã]. 30x30cm. R$150/ placa. Tonetto Pastilhas e Revestimentos 4 Papel de parede Orlean [Catálogo Chic - Eijffinger, modelo

6

322051]. R$1600/ rolo. Forma e Conforto Design 5 Papel de parede Orlean [Catálogo Chic - Eijffinger, modelo 322000]. R$1600/ rolo. Forma e Conforto Design 6 Placa Mosart [Modelo cubo, ônix branco] 30x30cm. R$192/ peça. Raffinato Casa 7 Tecido Villa Nova [Veludo estampado 100% poliéster]. R$190/ metro. Forma e Conforto Design

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8 Tecido Villa Nova [Veludo rosa 100% poliéster]. R$190/ metro. Forma e Conforto Design

8

9 3D Board. 62,5x80cm. [Placa feita à base de fibras de plantas. Pode ser pintada por qualquer tipo de tinta à base d’água, com qualquer cor] R$180/ m2. Tonetto Pastilhas e Revestimentos

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10 Tecido Arte Forma [Veludo verde 100% algodão]. R$318/ metro. Forma e Conforto Design 11 Porcelanato Tutomassa Decortiles [Massa e cor únicas, modelo twenty deluxe]. 20x20cm R$6,49/ peça. Raffinato Casa

11

12 Tecido Arte Forma [Crochê vazado]. R$239/ metro. Forma e Conforto Design 13 Revestimento Oca Brasil [Feito em mdf, apenas para áreas internas, diversos formatos e cores] - Modelo concreta, placas de 36x36cm. R$ 564/ m2. Forma e Conforto Design

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G AD G ET

Nós vamos invadir sua praia Fo i- se a é po ca que f icar a beira-m ar si gni fi cava restri ngi r-se à com panhi a de uma b o la d e vô lei c hamada Wils on. Medidor de raios ultraviolentos

Contém diversão livre de celulose A areia pode se meter nas páginas do seu livro, além da possibilidade

O nome é raio ultravioleta, mas eles

de ele molhar. Isso será muito difícil de acontecer no caso do Kindle,

podem ser chamados de raios ultra-

o melhor E-Reader do momento. Além de ter uma tela antirreflexo

violentos sem que o sentido seja al-

com iluminação própria feita para não irritar os olhos, ele mantém

terado. Por isso, toda aquela história

uma semelhança de sensação muito grande com o papel, garantin-

de protetor solar é importante, já que

do que mesmo os mais fãs de um livro tradicional irão se acostumar

nossa camada de ozônio é mais fina

com suas 170 gramas.

que a Glória Kalil. Então é melhor você

R$ 479

se prevenir com o medidor portátil de

www.amazon.com.br

raios ultravioletas da Oregon. Ele avalia se você pode ou não ficar exposto ao sol, evitando assim, que você adquira aquele bronzeado da cor da carne que esqueceram na churrasqueira. R$ 62 (valor aproximado) www.oregonscientific.com

Freezer motorizado

Molhado ou seco

É para evitar alguma lesão por levantar peso.

O MP3 Player NWZ-W262 foi feito para

Entendemos que não é (só) preguiça. Por isso

quem não consegue viver sem trilha so-

mesmo, indicamos o Cruzin Cooler que é basica-

nora. Ele permite a você, amante de música,

mente, um minitriciclo que leva você e sua cerveja

ir tomar um banho escutando Beach Boys

para onde precisar. Mas que fique avisado, o Cru-

sem medo de perder seu player.

zin é logicamente motorizado, então não beba se

R$ 299

for dirigir – mesmo que seja uma geladeira.

www.store.sony.com.br

R$ 1830 (Valor aproximado) www.cruzincooler.com

Sem medo de molhar o filme Passar ótimos momentos na praia e não registrar é como fazer algo muito sensacional e não ter para quem contar depois, tipo, ir à praia e passar ótimos momentos e não ter tirado nenhuma foto para ilustrar. A Panasonic lançou a TS5 - para você registrar essas ocasiões até debaixo d’água. R$ 1380 www.mybits.com.br

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IT

Para recarregar as energias... As suas, as da bi ke e as do cel ul a r! Por Ju lie Fan k fotos Divu lgação

Se uma das ideias que impulsionou o mundo foi a invenção da roda, a reinvenção da ideia (e da roda também) promete impulsionar a pedalada diária. Um motor elétrico, que também funciona como gerador e dispensa carregamento, foi inserido em uma peça que é acoplada à roda traseira adicional. Batizada de Roda de Copenhague, a peça, junção de um motor, sensores e um aplicativo, é o primeiro produto de uma start-up americana, a Superpedestrian. A função do motor e de seus sensores é medir a quantidade de esforço que o piloto coloca em cada pedal e oferecer um impulso adicional quando necessário – por exemplo, em rampas, subidas e superfícies ásperas. A sensação de subida é substituída por uma sensação de pedalada sem esforço em uma superfície plana – o que democratiza o uso da bike não só para a prática de esportes, mas como um meio de locomoção, principalmente quando a ocasião não permite que você dê aquela passadinha no vestiário antes do compromisso. A bicicleta híbrida é a primeira de uma série de produtos que devem facilitar a nossa vida.

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DOSSI Ê

Uma chance ao velho Re su lt a d o s, c us to s e tempo po dem ser os atrati vos para q u e , a o invés de vo cê co lo car tudo abai xo, dê um a chance ao q u e j á existe. Refo rmar não é um bi cho-de-sete-cabeças e a t ra n sfo r mação po de s er s urpreendente Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro dri go Vi ei ra /Di v ul ga ção

30


A palavra reformar não tem um apelo muito positivo. Seu significado, segundo os dicionários, é tornar a formar. Isso quer dizer que você pega algo que já existe e tenta dar nova roupagem. É um recomeço. E nem todo mundo tem pique para isso. Torce o nariz. Mas há histórias para inspirar, de gente que teve coragem e não se arrependeu – e, se você der uma olhadinha nas fotos, vai saber o motivo. A morada já era um casarão, ninguém duvidava. No entanto, não arrancava nenhuma olhadela de quem passasse pelo bairro Tropical, em Cascavel. Apesar das cores fortes – vermelho e laranja –, ela era ofuscada pelas demais casas. O dono antes teve aquela ideia que, normalmente, é a primeira de quem está descontente com a casa em que mora. “‘Queria pintar a minha casa!’ Foi isso que o proprietário veio me falar no nosso primeiro contato”, relembra o arquiteto e urbanista responsável pela reforma, Eduardo Paranhos. A conversa foi o start para a proposta de repaginação. “A partir daí foi surgindo uma série de defeitos na casa. A esposa dizia que não gostava disso, o marido daquilo e aí percebemos juntos que não era só a cor que desagradava. Então, eu disse que faria um projeto de reforma para a casa, completo.” A família aceitou a transformação que ia do piso ao teto. A ideia central era adequar a casa à região na qual ela estava localizada. No bairro, os terrenos são bem valorizados, porém, antes da reforma, a residência não tinha nenhum valor. O dono tentou vendê-la, mas apenas recebia propostas que consideravam só o terreno, desmerecendo a casa. “Antes, o máximo que tinham oferecido pelo terreno e a casa era R$ 350 mil. Depois da reforma, já ofertaram R$ 1 milhão de reais”, compara o arquiteto.

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A REPAGINADA QUE deu vida nova à casa não poupou nada: do teto à piscina houve transformação.

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AS CORES ERAM fortes, mas nem assim a casa chamava a atenção.

A casa, mesmo grande, não correspondia às necessidades

um mês e saiu”, comenta Paranhos. O ônus de uma obra é

da família. A distribuição dos espaços era um problema, a

esse. A transformação gera bagunça, mas os pontos posi-

começar pela garagem. A família tinha, além de dois carros

tivos vencem, tanto na economia quanto no fator tempo. Se

de passeio, jipes e motos, enquanto a casa tinha vaga para

a ideia fosse construir uma nova casa, o custo de R$ 250 mil

três veículos. Essa foi a parte mais elaborada na obra, pois

– gasto na reforma – dobraria. E poderiam ser acrescidos,

foi preciso começar do zero, fazer toda a fundação e estru-

pelos menos, quatro meses no tempo de serviço, já que só

tura, para que uma nova garagem estivesse à disposição e

com um período desses é que seria possível fazer toda a

de acordo com o que o cliente precisava. No fim, a casa ficou

fundação e estrutura básica da casa. O tempo longe de casa

com 7 vagas cobertas. O restante da parte estrutural não

foi recompensado por telhado, partes elétrica e hidráulica,

precisou ser reconstruído, apenas readequado. No segundo

tubulações, portas, janelas, sistema de aquecimento e tudo

piso, a atenção foi voltada aos quartos. “A casa tinha uma

mais novinhos.

suíte e mais dois quartos, o que em 325m era pouco. Então,

O interior da casa ficou a cara da dona, já que foi ela quem bo-

fizemos três suítes, sendo uma delas máster e com closet”.

tou a mão na massa e fez todas as escolhas. A opção foi por

No térreo, tudo aberto. A composição era cozinha-porta,

uma casa mais clara, por isso, branco-gelo lá fora, com vidros

sala de jantar-porta, sala de estar-porta. Algumas paredes

em bronze e, lá dentro, um branco mais perolado. Aberturas

abaixo e, voilá, um ambiente integrado, símbolo da arquite-

de vidro até mesmo na parte externa ajudaram a dar o efeito

tura atual. A separação entre a cozinha e as salas é opcional,

de claridade e, para salvar de vez a fachada, uma sacada sem

basta fechar portas de vidro, que limitam sons e cheiros, mas

serventia, que saía de uma escada, caiu fora. Já o volume co-

não a visão. O espaço foi unido com a área externa, também

berto por pedras foi o disfarce para um dos banheiros.

com divisão apenas por vidros. Assim, garagem, edícula e

De uma senhora de 30 anos em segundo plano, a casa pas-

piscina parecem fazer parte do lado interno da casa, o que

sou a ser uma novata de respeito e um destaque no bairro.

deu a impressão de que a extensão fosse maior.

Há quem passe na frente e diga que o arquiteto fez um bom

Foram 7 meses de obra, que, claro, obrigaram o proprietário

trabalho de construção. Mal sabem eles que esta história

e a família a tirarem umas férias da morada, mas a causa era

não começou exatamente do começo.

2

significativa. “Ele até tentou ficar na casa durante as obras, mas já alertado que seria impossível. A família aguentou 33


CE N Á R IO

34


Brisa marítima A casa segue o m ovi m ento do vento. Ca l ma , l eve e sem pretensão de m ai s nada a l ém de segui r o ri tm o da prai a. Em Israel , o cená ri o perfei to para as féri as ou para sua vi da i ntei ra se apresenta Por Tátila Pe re ira fotos Divu lgação

35


CE N Á R IO

Apesar da paisagem árida, há água por perto. Muita por sinal – um mar para ser mais exata. A arquitetura da casa se aproveita da proximidade de uma das principais praias de Israel e deixa tudo à vista, direcionado para a maré, com uma ilusão transparente entre o interior e o exterior. O trabalho feito pelo escritório Heidi Arad Architecture & Design conseguiu usufruir ao máximo do que a geografia pode oferecer com a estrutura e, ainda, colocou toda a personalidade dos donos na decoração. Com o cenário paradisíaco ao dispor, não foi preciso muito esforço para deixar a morada um sonho de consumo. Antes de tudo, foi pensado no apelo ecológico, premissa da atualidade: ventilação cruzada - para economizar com o ar condicionado -, reserva subterrânea de água da chuva – para economizar água -, jardins nos telhados – para deixar a temperatura mais amena – e utilização de materiais naturais – para dar um aspecto de integração com a natureza. Tímida, a casa se abre aos poucos. De um lado, parece que nada quer ver, mas, do outro, entrega-se à visão, a partir da fachada oeste. Assim, vidros deixam à mostra o horizonte e as portas parecem aberturas para a paz tão procurada em todos os cantos do mundo. O tom da casa segue a aparência natural dos materiais. O branco serve de fundo para as composições de madeira – no piso, nos móveis, nos detalhes. E só isso parece que basta. Nada de muito frufru e ostentação e, mesmo assim, a casa israelita se candidata a uma representante de peso no quesito viver bem.

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O quarto se abre à área externa, com direito a uma passarela de madeira para, dali, admirar a vizinhança natural.

Os livros são a maior extravagância na sala – um excesso saudável, digamos. A calma predomina dos móveis ao cachorrinho, que repousa quieto ao lado do sofá.

A sacada inovadora ficou por conta das paredes que mudam de lugar – elas deixam o ambiente versátil e livre dos raios solares em horários inapropriados.

37


CE N Á R IO

Os elementos naturais ditaram a regra na casa. Pedras e madeira foram os materiais simples, porém, suficientes para que a casa se integrasse ao que já estava ali.

No décor, menos também é mais. Como o que motivou tudo está lá fora, dentro de casa estão escolhas minimalistas. Na sala de estar, paredes móveis dão a proteção quando os raios solares não são bem-vindos, além de proporcionarem uma casa mutante, em que às vezes a parede está aqui, às vezes ali. Atrás dessas paredes, existe outra, pintada de ouro que serve como tokonoma japonês, uma espécie de cantinho para reflexão. O paisagismo apenas incrementou o que já existia. As grandes pedras faziam parte do cenário antes da construção – foram retiradas durante as obras e depois voltaram para dar continuidade ao jardim particular. Como venta muito na re-

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Apesar de discreto, o paisagismo

gião, as plantinhas foram escolhidas a dedo: são indígenas e

também é um detalhe importante em toda a

fortes para resistir à ventania o ano todo. Componentes para

composição. Dentro e fora da casa, plantas

deixar a casinha harmoniosa com o que a arquitetura pede e

deram o apelo visual aos ambientes.

a natureza dá – e um cheirinho de mar para complementar.


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Aproveite a estação que enche nossa vida de luz e cores para deixar a sua casa mais bonita o ano todo.

R. Paraná, 3736 Cascavel/PR 45 3223 3484

RENOVAR É TUDO DE BOM

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CE c e nรกr N ร R iIO o

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Rolou do mesmo jeito O a rq u iteto es tava na dúvida se a pedra i ri a rol ar ou não. Aca b o u que ro lo u. Não a pedra, m as o projeto Po r R i ca rd o Po hl fo to s Asses s o ri a

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c e nár i o

Era bom demais para ser verdade! Deve ter sido isso que Ricardo Campos pensou na hora em que enxergou a enorme pedra no terreno em Charitas, região de Niterói, onde planejava firmar seu projeto. Ricardo não poderia desistir assim daquele lugar. A vista encantou o arquiteto de tal maneira que ele precisava dar um jeito naquele conflito geopolítico, ops!, geográfico. Não parecia razoável conviver com ela, a pedra – praticamente uma bola que pesava toneladas de imprevisibilidade, pronta para a qualquer momento fazer um strike na obra. Um boliche da desgraça era tudo que, logicamente, Campos não queria. Por isso, ele chamou dois – jogadores de boliche – profissionais que asseguraram que rolar a pedra não rolaria. Pelo que parece, essa garantia de segurança foi o fertilizante que resultou há 25 anos no loft de 70 metros quadrados, composto em volta da pedra. No primeiro andar do loft, ficava a cozinha e a sala, e a pedra. No segundo andar, ou melhor, no mezanino, o banheiro com o quarto. Ricardo não deixou de fora um deque, que ficava na parte de fora. Passados 10 anos, o arquiteto percebeu que a casa precisava de uma reforma. O deque foi aumentando, para dar lugar a uma piscina, e mais dois quartos se somaram à construção.

Beleza que só é possível quando imposta pela improviso



c e nรกr i o

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45


c e nĂĄr i o

Ă rea gourmet e paisagem encantadora, prazeres garantidos.

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Troca justa: Ricardo roubou o terreno e a pedra, a cena.

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A vista que vale a briga. Deque após a ultima reforma.

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Ainda não satisfeito, Ricardo resolveu fazer outra reforma. A

flora. O ambiente dominado por plantas tropicais foi invadi-

intervenção ocorreu recentemente, há 5 anos. Campos que-

do por uma vegetação exótica, formada por cactos e outras

ria ampliar seu campo de visão, afinal, foi a vista que o fez

plantas suculentas. “Minha casa vive em obras. Estou sem-

concordar com uma cláusula no contrato, que o obrigava a

pre inventando alguma coisa, viajando”, admite Ricardo.

aceitar viver com uma pedra no sapato, ou melhor, na casa.

Protagonista da sala de estar até hoje, a Dona Sólida só

A parte externa ganhou outro prazer, só que dessa vez, de-

sofreu uma intromissão: a cavada para que a cozinha fos-

gustativo: uma área gourmet ilustrada por um mosaico de

se estendida. Porém, polida, isso a pedra nunca foi. A única

ladrilhos hidráulicos e móveis compostos por uma charmosa

coisa lapidada no decorrer desses anos foi a criatividade do

madeira de demolição.

arquiteto Ricardo Campos, que acha clichê demais retirar as

O território do deque foi expandido e o jardim ganhou outra

pedras do caminho.


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Verde tambĂŠm natural. As samambaias formaram um paredĂŁo, deixando tudo mais fresquinho

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c e nár i o

Você não precisa de muito Ambiente prai ano, m ui ta m adei ra, verde e féri as po de s er a si m pl es com bi nação de que você tanto neces s ita Po r Táti l a Perei ra fotos Divu lgação

Não adianta. Férias são diretamente proporcionais à palavra praia. Você pode escolher outros destinos para sua folga, porém, seu coração estará pedindo o mar e a areia. Feliz mesmo é quem não só pode passar uma temporada no paraíso, mas quem tem uma casa praiana. Se o local escolhido for Búzios, então, sorte dobrada. O Litoral carioca é um espetáculo à parte. Com o cenário eleito, a casa não pode ser uma qualquer. O escritório Santa Irreverência tratou de resolver isso e implantou uma morada de respeito para os momentos de paz. Totalmente fundamentada no estilo pé na areia, a casa tem 85 m² e teve como base madeira de reflorestamento e pontos verdes naturais e artificiais.

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CE N Ă R IO

O aspecto rĂşstico ficou mais luminoso com o uso da claraboia.

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A madeira de reflorestamento foi o material principal, deu o tom da obra. As pastilhas verdes finalizaram a composição

Um manifesto em favor ao tudojunto-e-misturado! Sala e cozinha em total integração

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As panelas em cobre serviram como pontos de luz sob o painel de pastilhas. Funcional e bonito.

A marcenaria foi unida ao alumínio – o que deu aquele toque mais moderno à casa

Como uma verdadeira casa-coração-de-mãe, era preciso

terras de calor intenso. Mantendo a harmonia, pastilhas ver-

pensar em espaço e funcionalidade. Por isso, dá-lhe inte-

des finalizaram a combinação.

gração! A cozinha uniu-se à sala. Lá fora, o deque de madeira

Para aproveitar o farto sol, uma claraboia foi a estratégia.

juntou-se à jacuzzi para formar o ponto alto para o relaxa-

Além de iluminar, ela ainda contribuiu para a ventilação do

mento e um gostoso descanso.

ambiente, diminuindo a umidade. Tudo pensado na maior

A madeira não fez parte apenas da estrutura: fez-se pre-

simplicidade, sem exageros, mas sem faltar nada. Do jeito

sente também nos móveis rústicos. E, para levar vida à casa,

que um período de descanso deve ser.

plantas, muitas plantas, que deram o frescor necessário em

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CENÁRIO

Corte orquestrado A Pe lu q u e r ia Tris tano não f ica em Nova O rl eães e m ui to m enos na E sp a n h a , m a s j unta o melho r desses doi s el em entos em pl ena Aven id a Vice n te M ac hado em Curitiba Po r R i ca rd o Po h l foto s Di v ul ga ção

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CE N Á R IO

O nome vem de Lennie Tristano, um pianista, compositor e professor de jazz. A homenagem foi dada porque o artista ítalo-americano trocou uma carreira prestigiada, por um oficio mais obstinado. Para se tornar um dos mais importantes professores das vertentes do jazz, Tristano abandonou as grandes apresentações para ensinar em sua casa. “Paulinho e eu também buscamos nos afastar dos grandes salões, das grandes empresas e, em nossa segunda casa, ter espaço para mais do que cortes de cabelo”, explica Ana. Dentre ateliers, studios, beauty saloons e coiffeurs, o Peluquería se destaca. Porém, não foi só para distinguir o espaço que a Tristano foi batizada assim. O salão traz a mesma essência de seus primos barcelonenses. “As Peluquerías de Barcelona, levam muitas coisas de casa para o espaço”. Isso quer dizer que, de acordo com Ana, se eu for numa Peluquería cujo dono goste de salames, haverá salames pendurados no salão também? Talvez. No caso da Ana e Paulinho, terá móveis antigos, muita madeira e cores escuras, conforme suas residências. Os estabelecimentos londrinos e a falta de espaço também serviram como influência, e os baús e portas com espelhos foram resultado do espaço escasso e de muita criatividade. Das antigas instalações, somente uma velha porta de ferro sobreviveu. Ana é formada em design de produtos, Paulinho só tinha referências que trazia de uma recente viagem da Espanha (só?!). Os profissionais envolvidos nessa reforma foram... Ana e Paulinho! Habilitados pelo canudo do bom gosto, foram somente eles, com auxilio de amigos, que deram cara nova à construção. “A pressa em abrir o salão e a vontade de escolher cada detalhe nos colocou à frente. Sempre pensamos em montar um espaço onde as pessoas ficassem a vontade, tanto equipe quanto clientes”, relembra Ana. Ou seja, foi preciso improvisação, tal qual como o jazz, para unir pressa e detalhismo na mesma construção. Mas a boa


CE N Á R IO

Portas com espelho “gastadas” no estilo.

Na prateleira: A Super 8 e uma Kodak Retina da década de 1970. Ao lado, uma estante feita com caixas de feira.

A Magrela da recepcionista 58


E ali havia uma bicicleta e outra bicicleta. E mais uma bicicleta.

música ficou nisso, na atitude e nas ondas sonoras. “Nossa

Se os elementos da Tristano são tão cativantes que con-

primeira intenção foi trazer a era clássica do jazz. Mas algu-

cedem singularidade ao salão, é porque o plano de fundo

mas coisas não se encaixavam. A geladeira antiga foi im-

escolhido é o mais confortável possível. Dos 110 metros

possível de encontrar. Então acabamos deixando de lado e

quadrados, a madeira é responsável por 100 por cento do

só criando um ambiente confortável”, lamentam. “O maior

aconchego da área. “Minha família trabalha com madeira há

achado com certeza foi a namoradeira. Era a peça que faltava

muitos anos. Sei cortar madeira, lixar, tratar e o Paulinho

e não conseguíamos encontrar”, canta. Além de a reforma

acabou gostando desses processos, tanto que ficou por

ter durado apenas dois meses, percebe-se que essa galera

conta dele pintar e lixar as portas que ficam ao lado dos es-

gosta de velocidade logo na recepção. Quem dá as boas-

pelhos”, conta Ana. “Optamos por usar a madeira para fugir

vindas no Tristano é uma bicicleta. Ana desvenda como se

do padrão branco e preto da maioria dos salões, realmente

iniciou a invasão dos veículos a rodas movidos a propulsão/

para trazer uma familiaridade”. E funcionou, não é mesmo?

consciência humana, na decoração: “Paulinho gosta muito

Mesmo a dupla deixando claro: “A ideia é cortar o cabelo em

de pedalar e ama sua bicicleta. Eu ganhei uma bike linda dele.

um lugar confortável, onde você goste de passar tempo. Em

Assim elas foram fazendo parte da decoração, os clientes

nenhum momento pensamos em bar. A ideia foi deixar todo

gostam, pedem para ver, pedem dicas para comprar bikes”.

mundo à vontade” Você nunca saberá realmente qual foi o

Não são apenas as modelos magrelas que chamam a aten-

motivo primordial que te levou até lá, à Peluquería Tristano,

ção. Uma Super 8, que funciona corretamente e outra Kodak

se foi a necessidade de cortar o cabelo e aproveitar o am-

Retina dos anos 70 que deveriam registrar, Acabam rouban-

biente, degustando uma cerveja ao som de música boa ou

do a cena.

o contrário.

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EVE N TO

Homenagem à arte P latafo rma P roj etar di vul ga vencedor do úl ti m o concurso Por Ricard o Poh l fotos Divu lgação

ATRESS, equipe formada por Gabriel França dos Santos, Jafet Lourenço Junior e Luiz Claudio Lopes Veneziano foi a vencedora da terceira edição do concurso Projetar, que propunha uma nova escola de artes performativas – Teatro, Dança e Música – na cidade do Rio de Janeiro, ao lado do Theatro Municipal. Os estudantes do Centro Universitário do Rio Preto (UNIRP) foram os eleitos dentre uma competição com 135 equipes e quase 100 projetos. As equipes Ensaio Geral, formada pelos acadêmicos Camilla Sbeghen Ghisleni, Gabriela Fernandes Favero, Júlia de Fáveri e Victor Moreira Delacqua, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a Z&A,composta pelos estudantes Amanda R. da Motta, Amanda Cappelatti, Carolina Stelter, Isaque Davi Schafer e Matheus H. Hillebrand,da Universidade Feevale, formam, respectivamente, o segundo e terceiro colocados. As menções honrosas foram concedidas às equipes Trinity, constituída pelos discentes do Centro Universitário de Brasília (Uniceub),Paola Coelho Sabino, Vinicius Alves de Oliveira Mariquito eFlávia Groba Bandeira, e Equipe Le Pigeonsier, formada pelos alunos Diego Augusto Gassen Saraiva, André Fauri, Pedro Augusto Dal Molin, Rafael Bernardes Mansur Berny,pertencentes à Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Guilherme Moraes Silva,acadêmico da ÉcoleNationale Superior d’Architecture de Genoble de Genoble na França. Em seu terceiro ano, além da entrega de prêmios complementados sempre com importâncias em dinheiro, a Plataforma Projetar objetiva fomentar a arquitetura, auxiliando estudantes de arquitetura na divulgação de seus projetos e formação de seus respectivos portfólios bem como no aperfeiçoamento do trabalho dos futuros profissionais.

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63


ESP E L HO

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Pioneirismo com assinatura O a rq u ite to Nils o n Go mes Vieira bateu um papo com a ConstruArch sobre h i s tóri a , arq u ite t u ra e pro ces s o c riativo , m as ai nda não foi sufi ci ente para saber tudo o q u e e le t in ha pra co ntar Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro dri go Vi ei ra

Apesar de ter sido o primeiro a ter comprado um compu-

mas entendeu que, justamente por isso, seria solo fértil para

tador na cidade, “um Apple 20003Z, lembro bem.”, Nilson, o

receber novos projetos e, por isso, valeria a pena ficar. E, por

senhor que me recebeu alegre e solícito na sala de seu escri-

isso, Nilson Gomes Vieira seria considerado o primeiro arqui-

tório no centro da cidade, não abandonou a mesa de dese-

teto radicado em Cascavel. O escritório surge da necessida-

nho. “Meu trabalho é concebido ali. Eu acho a tela muito pe-

de de se estabelecer e construir, antes de tudo, um nome na

quenininha para trabalhar. Eu gosto de espaço.”, argumenta

cidade. “Antes da NGV, veio a Lince Construções. Foi quando

o arquiteto que, entre outros feitos, projetou o estádio olím-

eu convidei duas pessoas importantíssimas na minha vida

pico, o paço das artes e criou o departamento de planeja-

para vir para Cascavel: uma foi o Mario Pereira, que poste-

mento urbano da cidade. É ao lado dela que posa orgulhoso

riormente foi governador do estado, e outro, um colega de

para o nosso fotógrafo.

“ “E u p o d e r ia div idir meu pro -

turma, que se chama Fran-

Começar traçando uma trajetória do profissional que

ce s s o c r i a tivo em do is ramo s.

Uma década e tanto depois,

E u t ra b a l h o co m proj eto s que

vamente o que é o seu atual

veio de Curitiba para construir Cascavel, aliás, é difícil.

cisco

Gonçalves.”,

conta.

lá por 79, ele montou efeti-

e u c h a m o de caus a e co m o

escritório.

lhe dá bagagem suficiente

q u e e u c h amo de efeito . São

teceu a experiência que o

para escrever alguns livros

d o i s s e gmento s que eu deno -

faria um dos principais co-

m i n e i d e s s a fo rma para eu po -

Cascavel. Na ocasião da ree-

São 46 anos de escritório e alguns a mais de vida – o que

(como os que está terminando de escrever e pretende lançar em breve). Entre as histórias que lembra com a

d e r d e fi n i r pro cedimento s .”

memória mais vívida do que

Antes disso, lá por 72, acon-

nhecedores da cidade de leição do Otacílio Mion, Nilson foi convidado para assumir o cargo de planejamento ur-

nunca, ele conta como a cidade começou a ser projetada,

bano na prefeitura. “Nesse período eu organizei o DEPLAN,

ainda no prédio a prédio. O já falecido Gustavo Gama Montei-

atualmente, a SEPLAN. Na época, a cidade não tinha popula-

ro, responsável pela icônica Catedral Nossa Senhora Apare-

ção suficiente para que esse departamento fosse chamado

cida, pela Avenida Brasil e pelo antigo Cine Delfim, foi profes-

de secretaria.”, relembra. A cidade, que cresceu considera-

sor de Nilson no Centro Politécnico da Federal do Paraná na

velmente no período até aqui, ultrapassou em seis vezes a

turma que se formou em 67. Gama Monteiro, o primeiro ar-

população da época e já exige outras diretrizes. Mais tarde,

quiteto formado quem sabe a passar por aqui, encarou Cas-

na gestão de Salazar Barreiros, atuou pela segunda vez

cavel como ela é: uma encruzilhada, um local de passagem.

como secretário de planejamento, num período mais curto.

Nilson Gomes Vieira veio, abriu as portas e trouxe a família

Hoje, afastado da gestão do planejamento urbano, mos-

depois. Também a encarou como uma cidade de passagem,

tra coerência numa análise macro do que é a nossa cidade:

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ES P E L HO

“Logicamente que a cidade, de quando eu vim para cá para hoje, teve um crescimento expressivo. Ela passou por várias transformações decorrentes de atividades econômicas, e incluo nisso as indústrias sem chaminé, como as universidades – protagonistas nesse processo. Quando eu vim para cá, para você ter ideia, havia mais de 250 serrarias no município. Ela vivia praticamente da indústria extrativa da madeira.”, resgata. Hoje, o cenário já é bem diferente. Havia necessidade de se dar um destino para os campos remanescentes. “O trigo era uma alternativa que nunca se configurou, mas o soja, sim. Então, hoje, essa economia de grãos, o comércio, a indústria, os serviços e a educação foram crescendo de forma fantástica.”, complementa. O arquiteto atribui isso à localização geográfica da região, localizada num entroncamento rodoviário privilegiado, tal qual são Maringá e Londrina, por exemplo. Bem, durante todo esse período, Nilson conta que constam dois planos diretores feitos por conhecidos arquitetos como Jaime Lerner e Luiz Forte Neto. A questão é que “Esses dois planos diretores nunca foram levados muito a sério por causa da própria cidade. A cidade é o que é, essa coisa maravilhosa que é hoje, não por causa dos planos, mas pelo bom senso, pelo carinho da população pela cidade.”, avisa. Até porque, “infelizmente, a cidade nem sempre é conduzida por desejos espontâneos, mas quase sempre por questões conjunturais, políticas. E isso acaba

“ “I n d ependentemente da pro -

conduzindo a cidade nem sempre para o lado mais

fi s sã o , acho que to do s nó s

conveniente. Não é só em

te m o s que ma nter proj eto s

Cascavel que isso acontece, você sabe. ”, avalia. O currículo de alguns metros quadrados construídos pela cidade impressiona e abre a dúvida: como funciona o processo cria-

p a ralelo s

co mo

Ac h o que é impo rtante ter d i s po nibilida de e s aúde pa ra fa z er labo ra tó rio .”

tivo de um arquiteto que produziu tanto e pretende fazer muita coisa ainda? “No meu caso, eu poderia dividir esse processo em dois ramos. Eu trabalho com projetos que eu chamo de causa e com o que eu chamo de efeito. São dois segmentos que eu denominei dessa forma para eu poder definir procedimentos e tal.”, explica Nilson. “Efeito seria todo e qualquer trabalho que vem do mercado. É o mercado que solicita, é espontâneo. Eu não interfiro nessa demanda, é uma demanda espontânea. Nesse segmento, a gente participa de editais e licitações porque a gente faz bastante projeto para o governo.” Foi desse tipo de projeto que saíram vários dos projetos que a NGV tem as-

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labo ra tó rio .


sinado pela cidade. “No de causa, eu tenho aqui dentro o que eu chamo de projeto-laboratório. São projetos em que eu invisto e eu tomo a iniciativa. Eu faço a leitura de mercado local e regional (não passo disso) e tenho ideias. Eu gosto disso, isso me mantém vivo, é saudável.”, acrescenta. Para Nilson, “Isso é uma coisa inerente à própria profissão, acho que todo arquiteto tem essa coisa vislumbrar, de sonhar. É claro que esse processo que depende de imaginação tem um limite. Ele vai até o estudo preliminar, eu não passo dessa fase.”. A prova dessa imaginação toda estampa o escritório por completo – são rascunhos e projetos de projetos. Ele adianta que tem projetos de edifício e projetos para alguns alqueires. O que não tomou forma, aliás, em breve, vai estar em traço e em livro para conhecimento de todos. “Independentemente da profissão, acho que todos nós temos que manter projetos paralelos como laboratório. Acho que é importante ter disponibilidade e saúde para fazer laboratório.”, aconselha. Antes da obra em si, há um grande processo que vai além desses dois ramos. É o arcabouço que vem antes da prancheta que faz um projeto – e ideias não faltam por ali. A conversa passeou por todas as histórias que envolveram a produção do Estádio Olímpico que, “mesmo sem time”, já tinha casa. Ele comentou também a concorrência e a nova safra de arquitetos que tem se formado todos os anos com a existência de várias faculdades na cidade. Adiantou que, além dos projetos que tem pela frente, obras literárias vão brindar os cascavelenses com o que vivenciou na arquitetura e na cidade durante todos esses anos. Para os que o têm como referência e os arquitetos que estão saindo do mercado, deixou um recado: “É preciso se investir em competência. O homem dos sete instrumentos é coisa do passado. Temos que saber reconhecer nossos próprios talentos para saber no que investir para podermos viver e fazer as coisas com

“ “I n fel i z m e n te , a c i d a d e nem

alegria. É isso que nos move a criar e trabalhar para o próxi-

s emp re é co n d u zi d a p o r dese-

para ele, é, essencialmente, invenção e é isso que o move na

mo.”. Antes do recado, porém, fica a inspiração. Arquitetura,

j os es p o n t â n e o s , m a s quase

profissão há 46 anos: “Eu tenho que criar coisas novas, tem

s emp re p o r q u e s tõ e s co nj un-

do se falava em profissionais liberais, no passado, a gente

t ura i s , p o l í t i ca s . E i s s o a ca -

lidade que já se enunciou lá atrás tem a ver com essa preo-

que ser algo novo, tem que acrescentar alguma coisa. Quannão entendia muito bem o que se queria dizer. Essa libera-

ba con d u zi n d o a c i d a d e nem

cupação permanente que nós profissionais liberais de uma

s emp re p a ra o l a d o m a i s co n-

o engenheiro, o advogado, não só o artista, o arquiteto, todos

maneira geral temos que ter com a criação. Mesmo o médico,

veni ente . N ã o é s ó e m Ca sca -

deveriam pensar na inovação. E isso, para o brasileiro, não é

vel q ue i s s o a co n te ce . ”

disso é ele mesmo.

difícil, a capacidade de inventar já está com ele.”. A prova viva

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BE ON Sabor e bom gosto A Evviva Bertolini decidiu unir o bonito e o gostoso. No livro “Cozinhas e Sabores do Brasil”, são compiladas receitas que, além de traduzir o melhor da culinária nacional, revelam os gostos e preferências dos arquitetos e designers de interiores amigos da marca. E entre os 81 escritórios e profissionais de todo o Brasil, três estão em Cascavel. As talentosas Ana Paula Ferreira, Andrea Coelho e Kellen Garcia participam da edição, destacando dicas gastronômicas e sugestões de cardápio. Foto: Rodrigo Vieira

Bens cuidados Tão enigmática quanto a escolha do sapato é também a tarefa de guardá-los. Para quem tem uma coleção, então, não há closet que se mantenha organizado. Mas olha só que legal: a marca Masutti Copat desenvolveu três modelos de sapateiras para organizar o armário. A sapateira deslizante comporta de seis a oito pares; a sapateira para botas pode guardar até cinco pares; e a sapateira suspensa (foto) suporta dois pares por cabide. Os acessórios podem ser encontrados nas lojas especializadas em artigos para o lar.

Proposta para uma das Maravilhas O próximo desafio dos estudantes antenados é mudar uma paisagem, digamos, maravilhosa. O novo concurso do Portal Projetar.org tem o tema “Mirante das Cataratas do Iguaçu”. Os jurados vão escolher a melhor proposta para um novo mirante, que substituirá a passarela atual do Espaço Naipi nas Cataratas, localizada na divisa entre Brasil e Argentina. O vencedor da competição ganhará o prêmio de R$ 2 mil. O segundo e terceiro colocados ganharão R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente. As inscrições estão abertas até o dia 10 de fevereiro. O resultado final será anunciado no dia 10 de março.

Fresquinha em Ipanema A Eva, marca feminina da Reserva, agora tem um cantinho – bem estiloso por sinal. Recentemente, foi inaugurada sua primeira loja em Ipanema, no Rio de Janeiro. O badalado arquiteto carioca Ricardo Campos foi o responsável pelo projeto, que possui 130 m² de atmosfera industrial. O espaço conta também com um bar, um café e até um pequeno SPA. As linhas Eva são composta desde camisetas e calças básicas às roupas de festa e acessórios. Ao todo, são mais de 600 itens desenvolvidos sob a direção de Priscila Barcelos, ex -estilista da Maria Bonita, da Lenny e da Cavendish.

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BE ON Tendência à mudança Uma nova configuração no mundo das tendências vem aí! O motivo? A fusão anunciada entre WGSN e Stylesight, os dois maiores bureaus de tendências do mundo. O WGSN, com mais de 300 funcionários nos Estados Unidos, Europa, Ásia e Oriente Médio, foi fundado em 1998 em Londres com foco em moda e design. Já o Stylesight, inaugurado em 2003 em Nova York, conta com mais de 200 funcionários e afirma ter 3 mil clientes corporativos no mundo todo, entre eles, grandes varejistas como Target e Macy. Ambos têm uma vasta biblioteca de informações sobre tendências, fotos de arquivo, desenhos e padronagens.

Em 2014, só vai dar ela A “ideia dominante” em 2014 no quesito cor foi definida pela Colour Futures, agência de tendências da empresa holandesa AzkoNobel. Com a ajuda de profissionais das mais diversas áreas para um grande brainstorm – cientistas, sociólogos, economistas, designers e artistas, entre outros –, há 10 anos são mapeados os tons que resumem a união de insights dessas cabeças pensantes. 
E para 2014, os gurus apontaram para cor Lagoa Particular, que, segundo os profissionais, reflete o desejo de descobrir. O tom combina a harmonia natural do verde com a tranquilidade do azul e é extremamente equilibrado, mais profundo que o turquesa.

Arquitetura express O que é que tem 90 minutos e não é jogo de futebol?! É uma visita das arquitetas Debora Racy e Bicole Sztokfisz, do escritório Arquitetura Paralela. Depois de começaram com o modo tradicional, passaram a inovar no formato de prestar consultoria: criaram o Paralela90, consultoria em que passam 90 minutos na casa do cliente. 30 minutos para o briefing, 30 minutos para o diagnóstico e 30 minutos de soluções. Com o tempo curto e a comprovada eficácia, a ideia ganhou uma versão para a TV, o Arquitetando, programa do canal Discovery H&H.

Mercado que promete! Grandes empresas têm procurado o interior do Paraná – área promissora economicamente falando. A indústria catarinense Palazzo foi uma das que escolheram a região oeste paranaense como ponto de expansão, mais precisamente, a cidade de Cascavel. O amplo leque de potenciais clientes levou a marca a lançar em primeira mão para arquitetos e designers da cidade um novo produto, o Valência, com proposta de design minimalista totalmente atual. A Palazzo em Cascavel é parceira da loja Raffinato.

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FAS H IO N I N H O M E

Penélope ainda charmosa N ã o se t ra t a do ro s a – ainda as s im , a Penél ope conti nuari a charm osa se fo sse d a co r po ppy red, a queridi nha da nova estação

3 1

2

1

2

Baú Cancún

3

Abajur Anita

5

Puxador Abobora tamanho G

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Abajur Filó [Por Cristiana Bertolucci] www.cristianabertolucci.com.br Preço: R$ 1 723

72

4

Mesa de apoio Creta

4

6

Porta Bijuterias Coração

www.gmmoveis.com.br

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Preço sob consulta

Preço: R$ 48


EKAMBA

5

6

7

8 7

Luminรกria Cubo www.ovo.art.br Preรงo: R$ 621

8

Poltrona Carmen www.tokstok.com.br Preรงo: R$ 749

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Exclusividade ao alcance do bolso O hó s pede es tá ex igente e a rede hotel ei ra se desdobra para agra dar. Alg uns co nceito s que estão dei xando m ui to turi sta fel i z são o de ho s tel e ho tel bo uti que e desi gn. Aquel a pegada que te faz se sentir único no co letivo. Em Foz do Iguaçu, tem um exem pl o assi m Por Tátila Pe re ira fotos Divu lgação

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L I F EST Y L E

A evolução é o que há! A afirmação vale para os seres

vidade, apelo também bem-vindo mesmo que fora de casa.

vivos e também para mercado hoteleiro. Os albergues ou

A opção não se restringe às capitais. O interior também ade-

hostels que o digam. Durante a última década, eles têm se

riu à moda. Recentemente, a Tríplice Fronteira ganhou um re-

afastado da cara mais simples, escolha somente de mo-

presentante desse movimento. Localizado em Foz do Igua-

chileiros com pouco dinheiro no bolso, e passaram a prezar

çu, o Concept Design Hostel já fez fama em São Paulo, Rio

também pela estética. Hoje, eles são coloridos, modernos e,

de Janeiro e Salvador e teve a inspiração buscada na Europa,

quase sempre, dispõem de acomodações individuais, sem

em Madri e em Lisboa. “Criei um hostel diferenciado em to-

deixar de lado o convívio social entre os hóspedes, marca

dos os sentidos. Ele não é só um hostel design, mas também

registrada desse tipo de hospedagem. Com isso, ganharam

é um hostel conceito, por isso escolhi o nome Concept. Não

o nome de hostel design ou hostel boutique.

queria ser igual a todos os outros, ofertando apenas camas

A mudança de paradigma já tinha acontecido com os hotéis,

em apartamentos compartilhados, um espaço de encontro

numa escala bem maior. Se os hotéis “normais” já lutavam

e diversão, café da manhã. Quis fazer um hostel diferente,

para receber bem os visitantes, os boutique ou design, en-

moderno, vibrante, aconchegante, descolado, confortável

tão, desafiam-se a mais e dão de bandeja – a quem puder

e com a qualidade de um hotel, mas sem ser chato e careta

pagar – uma arquitetura privilegiada, arte, gastronomia pre-

como um hotel”, explica Cyntia Braga, proprietária do Con-

miada e atenção a detalhes que fazem o hóspede se sentir

cept.

único.

O pensamento coletivo se estende à consciência ambiental.

A diferença mora nos detalhes. Os hostels tradicionais de-

O Hostel é ecossustentável. Para isso, o investimento foi em

vem atender às necessidades básicas dos hóspedes: um

aquecimento solar para chuveiros e lavatórios, captação de

bom banho, uma boa cama, ambientes agradáveis para des-

água das chuvas para o abastacimento de vasos sanitários

canso e socialização. Já os hostels boutique/design, além de

e limpeza de áreas comuns, iluminação fotovoltaica – luz do

oferecer o básico, agregam ao espaço uma decoração mais

sol transformada em eletricidade, uso de madeiras de reflo-

elaborada e estilo. O atrativo a mais fica por conta da exclusi-

restamento, coleta seletiva e encaminhamento do lixo para

A fachada colorida já denuncia o tom brincalhão – querendo ser sério – adotado no hostel

Quem viaja a trabalho e precisa de um canto para se concentrar, tá aí: um espaço charmoso e aconchegante 75


L I F EST Y L E

Qual a sua cor preferida? Ela pode ser levada em conta quando for escolher um dos quartos

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Os novos hostels apresentam sempre novas opções

projetos de reciclagem.

ao público. Hospedar-se

Os prazeres gastronômicos pedem atenção, sem esquecer

nesse tipo de local não significa,

das peculiaridades. O Concept oferece comidas orgânicas e

necessariamente, ter que ficar

produtos naturais, além de opções para vegetarianos, vega-

em quartos coletivos. Olha esta

nos, celíacos e diabéticos. Um espaço gourmet complemen-

suíte! Privacidade na medida

ta o leque de opções, lá, são servidas comidas típicas. E o

certa

festerê é grande, inclusive para quem nem está hospedado. O Concept Friends Club é a área de lazer do hostel que fica aberta para amigos em noites temáticas, happy hours, network, entre outros eventos. O alcance a tudo isso é bem democrático. As diárias variam entre R$ 47,00 no quarto coletivo com oito camas e R$ 145,00 na suíte. Ao todo, cabem 55 pessoas em 11 apartamentos coloridinhos, baseados no conceito de cromoterapia.

Os espaços de lazer oferecem várias opções para passar o tempo, pra ficar de boa

Precinho amigo para um lugar próximo de tudo o que é interessante em Foz do Iguaçu. Com poucos meses de existência, o Concept já faz parte de um seleto grupo: a Hostelling Internacional, maior rede de hospedagem do mundo, com mais de quatro mil albergues em 70 países. Para estar aí, foi preciso seguir a cartilha da entidade e disponibilizar segurança, conforto, higiene, hospitalidade, bom preço e cuidado ao meio ambiente, tudo regido por um padrão de qualidade internacional. As hospedagens com esse apelo individualista são as novas queridinhas dos turistas. A expansão da nova proposta pede inclusive mudanças no Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem que ainda não reconhece os hostels e hotéis diferenciados. Apesar de o alcance ao luxo ainda ser restrito, as expectativas são de que esse universo cresça rapidamente e mais e mais pessoas possam ser surpreendidas com tudo o que o conceito de boutique e design podem oferecer.

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EKAMBA


POR AÍ

ARROJO E CONCEITO O s a rq u ite to s co nvidado s da edição não poderi am ter m ai s bom gosto. Sai mon Bohn e Kel l en G a rcia , do es túdio Hipérbato Arqui tetura, fi zeram um tour com a Revi st a Cons t ruArc h p o r loj a s d o s eg mento e co ntam o segredo da phynesse que os acom pan ha nos proj etos Pa ra n á a fo ra Po r J u l i e Fa n k e R i cardo Po hl fo to s Ro dri go Vi ei ra /Di v u lgação

Desde quando se conheceram, houve uma sintonia que os projetava para o futuro. Se, na época de cursinho, era a vontade de construir sorrisos que os unia, descobriram logo que a Arquitetura tinha muito mais a ver com os dois do que Odontologia. Saimon sempre teve um talento que o impulsionava para a arte e Kellen sempre teve um pé nas artes cênicas, no teatro, na oratória, na performance. Os dois resolveram seguir a intuição e o talento - e a escolha se mostrou acertada ainda na época de estudo. Foi durante a faculdade que então iniciaram a parceria de trabalho que se mostraria um sucesso fora dali. Usufruíram muito bem do melhor que a faculdade pode proporcionar: a experimentação e a técnica, qualidades que aplicam com primor em todos os projetos, aqui e em todo o Paraná. Isso de experimentar, de fazer diferente, aliás, é a impressão digital do casal que faz questão de frisar que as preferências e os estilos pessoais fazem parte de uma bagagem dupla de experiências, um portfólio que abre espaço para duas cabeças criativas por trás de um estúdio que leva um nome só. Movidos pela frase “Make a difference and make your mark” (Faça a diferença e deixe sua marca!), escolheram o nome do escritório inspirados nisso de serem um hiato que precisa de uma identidade: “Quando nos formamos, sentimos a necessidade de ter um nome para caracterizar o nosso trabalho, aí surgiu Hipérbato. Em português, tem aquilo da inversão da ordem, do diferente e, no grego, quer dizer transcender.”, explica Kellen. “Ultrapassar os limites.”, complementa Saimon. Complementar-se, aliás, é o que fazem muito bem, na vida, na arte e na profissão. Ele diz que Kellen é mais arrojada, gosta de reformas, transformações. Ela diz que ele tem uma capacidade de harmonização de formas incrível. Sobre o estúdio, são unânimes – é o carinho e uma pitada de autoria que sustentam um projeto, e é esse o projeto de futuro: menos clientes, mais exclusividade aos clientes, mais relacionamento, mais integração estúdio x cliente. “A gente investe em projetos que saiam redondos do escritório, que falem pela gente, para que o cliente esteja o mais confortável possível. A premissa, ainda que não tenham seguiHipérbato Arquitetura

do o caminho das resinas e aparelhos dentários, é a mesma:

hiperbato@hiperbato.com.br

construir sorrisos e projetar felicidade. Eles têm conseguido,

45 3039 1318

aqui e a alguns quilômetros – a tendência é ir cada vez mais longe.


LuizE Home & Office (45)3225-5097 / (45)3038-5097 Rua Minas Gerais, 2604 Cascavel – PR www.luizehomeoffice.com.br 80

Luize Zonta


POR AÍ

Luize Home & Office Credibilidade é o resultado quando se trata clientes como autênticos amigos. é o que há uma década vem se fazendo na Luize Home & Office. A dedicação e o trabalho são complementados por uma equipe com know-how, combinados às marcas exclusivas de elevado padrão de qualidade. Na soma desses atributos, surgem projetos inovadores que elaboram os desejos dos clientes às necessidades do cotidiano, tudo num ambiente que não vai fazer você querer sair de lá.

Janelas impecáveis As cortinas Luminette são a solução para grandes janelas e passagens de alta transição. Apresentam duas opções de cortinados, o Privacy Sheers que retoma o design das cortinas tradicionais à evolução do tecido e filtra os raios ultravioletas, e o Modern Draperies, que também possui proteção UV fornecendo o máximo de privacidade. Além da qualidade já selada pela Hunter Douglas, as cortinas são de alta durabilidade e permitem que o resto da decoração harmonize-se facilmente, já que, mesmo com toda a presença que lhe é peculiar, sabem a hora de ser discretas. Todo o tipo de estampa As estampas mais lindas estão na Luize – e os tecidos que vão durar a vida inteira também. Desde marcas como Maison, Casa Fortaleza e Entreposto a marcas como a Quaker têxtil, todas vem com um selo de qualidade e bom gosto. A última marca, aliás, foi a escolhida deste Por aí para representar o que pode estampar sua parede, suas poltronas, suas colchas. Dez anos de atividade no Brasil e respeitabilidade internacional legitimam que a Quaker Têxtil comercializa qualidade e inovação em forma de tecidos. A ampla variedade e preços acessíveis, acima de tudo, são o que fazem você querer estampar tudo de novo - só para aproveitar o clima de início de ano e renovar todos os zambientes da casa.

Parede com textura Trazendo o que é de mais atual em revestimentos e especificamente em papéis de parede, a Occo.k oferece produtos de alta resistência a luz, fogo e flexão. Além de laváveis, os revestimentos oferecidos em vinil podem ser anexados a bases que não sejam de tecido. O amarelo, cor mais que atual, opção escolhida por Kellen e Saimon, tem também uma textura croco, última novidade quando o assunto é revestimento. Ideal para ambientes que permitem uma pitada de ousadia.


Evviva Bertolini (45) 3038-9001 Rua Minas Gerais, 2296 Cascavel – PR www.evviva.com.br 82

Deise Feil


POR AÍ

EVVIVA BERTOLINI Espaços onde a vida acontece Poucos momentos são tão delicados e complexos quanto a definição do projeto dos ambientes e do mobiliário do lar, afinal, é uma decisão que vai acompanhar o morador, sua família e seus amigos por muito tempo. Por isso é imprescindível que essa composição reflita com clareza as preferências e o estilo de vida do usuário. Especializada em móveis personalizados, a Evviva Bertolini direciona seu trabalho para oferecer ao cliente o diferencial de ter um móvel com todos os padrões de qualidade, matéria-prima, acabamento e garantia de fábrica – com o toque de exclusividade na concepção do projeto. O resultado são espaços únicos – como as escolhas de cada um.

Portas e painéis MOVIE As portas e painéis com tevês acopladas são uma amostra do que a Evviva proporciona a quem quer funcionalidade e praticidade em um mesmo espaço. Com uma qualidade

Novo conceito para cozinhas Quem entende da arte de cozinhar sabe a importância da funcionalidade na composição desse ambiente que, aliás, a algum tempo ganhou até sobrenome – gourmet. E num ambiente que promete integração total com a sala de estar, sobra espaço para ousar um pouco mais nas cores, como o preto e o cinza. Para os arquitetos Kellen e Saimon o cinza é o novo branco. Se as cozinhas eram claras e necessariamente em madeira ou em branco, hoje o espaço serve para experimentação. O material de acabamento impecável soma-se ao móvel que, em evidência,

projetual e tecnológica, os produtos Cinex são feitos de vidro e alumínio, materiais ecologicamente sustentáveis – design contemporâneo aliado à tecnologia.

sinaliza que não serve mais só à cozinha. A ilha interiça, no centro do espaço de convivência, facilita a interação entre os convidados e os anfitriões, além de agregar praticidade e elegância a um lugar antes reservado à área de serviços. Cores para todos os gostos O portfólio da marca exibe uma série de padrões de cores exclusivas capazes de conferir personalidade e estilo marcante aos espaços. O esmero dos acabamentos e a possibilidade de customizar a paleta do ambiente agregam ao quesito personalização, próprio da marca. Neste ambiente, nota-se um minimalismo quase cenográfico, com o uso da lâmina Zig, exclusiva da Evviva, a qual sustenta a sofisticação do ambiente. Outros atributos da marca são o sistema de fixação oculta, móveis com laterais compartilhadas, a possibilidade de compor projetos mesclando diversos materiais, padrões de cores e madeirados e o exclusivo software de projetos. Tudo isso com a assinatura Evviva. 83


Abraccio + Sierra Garden (45) 3224-0300 Rua Paraná, 2621 Cascavel –PR www.aparquitetos.com.br / www.sierra.com.br 84

Rita Galafassi


POR AÍ

Sierra Garden + Abraccio Novidades com pitada de requinte Com a inauguração de sua primeira loja exclusiva em Gramado em 2011, a Sierra Garden passou a contemplar uma linha de móveis para jardins e avarandados. A loja une o conceito e a qualidade da Sierra Móveis, com estilo leve e confortável para o seu momento de descanso e lazer. Os móveis da marca são capazes de se adaptar tanto a ambientes internos, quanto externos – o que merece uma preparação especial desde o início do seu processo de fabricação, indo da madeira Teka reflorestada e imunizada contra cupim, até o tecido Sunbrella, constituído por fibra acrílica, que não mancha e permite a circulação do ar no estofado. Ao lado da Sierra Garden, caminha também a Abraccio – marca do grupo que se propõe como um sopro de lar em uma vida cada vez mais atribulada. Com peças alinhadas ao bom gosto de quem entende de móveis, a Abraccio promete um conceito único.

Bom gosto em evidência Dá para entender porque a mesa de jantar Habitare foi escolhida para ser carro-chefe da última coleção da Abraccio, né? Inspirada na forma de estruturação de pontes através de estais e com seu formato escultural, ela causa um efeito óptico de que as peças em madeira estão se curvando – e o efeito é diferente dependendo do ângulo por que se olha. Com base em madeira maciça Taeda e tampo de vidro transparente, valoriza uma madeira com alto potencial sustentável. Peça com licença para roubar a cena.

Carinho dentro e fora de casa Quem disse que moveis externos precisam ser em componentes plásticos ou metálicos? A madeira garante conforto e elegância com alta resistência. Simplicidade e elegância unem-se na mesa de apoio Hera, por exemplo. Produzida em madeira maciça Teka, a peça apresenta detalhes em aço inox. O móvel possui acabamento hidrorrepelente e é ideal para ambientes externos e avarandados – com todo o bom gosto que você traria para dentro de casa. Já a poltrona Anis, produzida em madeira maciça Tatajuba, é ideal para ambientes externos, possuindo revestimento em tecido de fibra acrílica, que permite a circulação do ar, e espuma com tecnologia antimicróbio, que impede a formação de fungos e bolores. Pé na água A cadeira de aproximação Aqua possui curvas que remetem ao movimento das águas, dando origem ao seu nome e proporcionando leveza ao seu design. Produzida em madeira maciça Teka, dispõe de um futon para oferecer um repouso mais confortável ao usuário. Seu futon pode ser produzido em espuma especial, com tecnologia antimicróbio que impede a formação de fungos e bolores, além de seus poros possibilitarem que o ar flua livremente sem retenção de água, e em tecido Sunbrella, que não mancha e permite a circulação do ar no estofado. Tudo isso com as águas do mar ou da piscina ali, logo ali.

85


Space Light (45) 3226-5670 Rua Jorge Lacerda, 168 Cascavel – PR 86

Vânia Ferlin e Elisa Ferlin Missio


POR AÍ

SPACE LIGHT Luz que emociona! Iluminação não é o que você vê, mas o que você sente. Foi assim que a Space Light nasceu, criando emoções através da luz. Profissionais impecavelmente qualificados e os produtos exclusivos e de marcas distintas promovem um trabalho singular, exclusivo como um feixe de luz que se adapta às variadas formas. Com um background e formação em arquitetura, a proprietária da loja e sua equipe fornecem o suporte técnico necessário para que o arquiteto e o cliente saibam extamente o que estão comprando – assessorial de primeira classe.

Luminária lavável, acredita? Sabe aquelas luminárias lindas que ficavam na sala da vó, mas que carregavam as sujeiras dos seus anos de história? Com toda a dificuldade de limpeza e retirada que uma luminária tem, é difícil mesmo ser diferente. Pensando na praticidade que uma luminária lavável teria, a Fabian, uma das marcas exclusivas da Space Light, criou, com a assinatura do designer Benjamin Hubert, uma luminária com peças feitas de silicone presas a ripas de alumínio. Você pode retirá-las facilmente e colocá-las na máquina. Depois, é só encaixar novamente – da maneira que você quiser. As três variações de cor (marrom, cinza e verde) e o formato foram inspirados nas telhas shingle. Quase um telhado de proteção em cima da mesa.

Uniformidade do requinte Com o desejo de criar tendência ao invés de copiá-las, a Iluminar tem como carro chefe a criatividade, investindo fortemente em pesquisas e desenvolvendo resultados que conciliam responsabilidade ambiental ao design e funcionalidade. Para obter o efeito idealizado pelo arquiteto e pelo cliente, a Iluminar emprega em sua fabricação o alumínio liquido, inovando ao oferecer um charme sem dobras, o apuro em sua plenitude. Confira como qualquer produto de fabricação impecável ficaria na sua casa, com o showroom completo da Iluminar que só a Space Light tem. Sofisticação atemporal Brasileiríssimas! Não se deixe enganar pelo nome. Apesar da descendência italiana, as luminárias Bertolucci, uma das marcas exclusivas da Space Light, possuem fabricação totalmente nacional. Além de comandar todo o processo de produção, desde o design até a construção, a Bertolucci permite a você participar da concepção, decidindo a cor de fora e dentro da sua luminária. Um ponto para a personalização de qualquer ambiente. Para que seguir a tendência, né? Sofisticação não depende de moda. 87


Prisma Revestimentos (45) 3038-9697 Rua Minas Gerais, 2122 Cascavel – PR www.prismarevestimentos.com.br 88

Thiago Prochet uchoa


POR AÍ

PRISMA

fotos M a rket i ng P ri sm a

Vestindo paredes e pisos Tradição e experiência acompanham os mais de 15 anos no mercado de revestimentos de alto padrão. A empresa deu os primeiros passos na cidade de Londrina e, hoje, conta com 3 lojas (Cascavel, Maringá e Londrina). Com um preço competitivo e atendimento diferenciado, a loja oferece o que todo cliente quer – conversar com quem entende. Em crescimento constante, a Prisma Revestimentos tem previsão de abertura de 2 novas lojas no ano de 2014.

Acabamento de bom gosto A empresa Cecrisa, dona da marca Portinari, aplica tecnologia de ponta na produção de revestimentos e supera as expectativas tanto de clientes quanto de profissionais. A prova disso é o showroom da Portinari que fica em uma posição estratégica dentro da Prisma Revestimentos e que, no ano que vem, promete estar ainda mais completo. O que enche os olhos do arquiteto e do cliente na hora de escolher o produto são as variadas linhas que têm materiais para qualquer parte da casa, tudo com o cuidado de acabamentos impecáveis. Bom gosto escolhido a dedo.

Mais verde, menos trabalho Se antes ter um jardim vertical significava muito trabalho e muito transtorno, hoje, significa mais qualidade de vida. Por isso, a Prisma Revestimentos trabalha com módulos contínuos de cerâmica que já são referência no mercado, a Green Wall Ceramic. Eles possibilitam a manutenção de plantas e consequente durabilidade no jardim, já que dispensam aquela bagunça na hora de irrigar e garantem o desenvolvimento das plantinhas por meio de um sistema muito mais simples que economiza água e, o melhor de tudo, tempo. Se comparados às opções cimentícias e plásticas, também proporcionam um melhor isolamento térmico – o que melhora o conforto térmico do espaço devido ao frescor das plantas. Agora não há mais desculpa para não ter um jardim em casa. Rusticidade é tendência O aspecto rústico traz junto consigo uma pitada de história e outra de personalidade. Com exclusividade na Prisma Revestimentos, os revestimentos amadeirados da Castelatto são produzidos para clientes exigentes e de bom gosto. Áreas internas e externas não têm restrição quanto ao uso do revestimento Madeyra Vecchia que, por aliar a tecnologia ao design, exige pouca manutenção e se aproxima do aspecto da madeira. A versatilidade e a qualidade premiada, associadas à inovação e à tecnologia, transformaram a marca em Top od Mind do setor no Brasil – uma das razões por ela ser representada pela Prisma no Paraná. Outro diferencial da marca é a responsabilidade com o meio ambiente, graças à utilização de matérias primas e à realização de processos industriais sustentáveis.


S K ETC H M A P

As 5 melhores praias do Brasil S ão bem mais as prai as i m perdí vei s Brasi l afora, m as a gente res ol veu es co lher 5 - daquel as que você não pode dei xar de vi s i t a r nos próx imo s verões. Po r Jul i e Bi el er fo to s Divu lgação

Baía do Sancho, Fernando de Noronha (PE) Considerada por muitos como a melhor praia do Brasil, a Baía do Sancho oferece todas as melhores características que uma praia poderia ter: águas cristalinas que possibilitam excelente visibilidade para uma enorme variedade de espécies marinhas, assim como um paredão de pedra coberto por vegetação. O acesso não é para todos, já que é preciso descer por uma escada entre uma estreita fenda entre as pedras, mas o visual deslumbrante compensa o esforço.

Praia do Sono, Paraty, RJ Um perfeito lugar para descansar, a Praia do Sono é acessada apenas por barco ou por trilha. As águas calmas e transparentes são emolduradas por areias brancas e finas e pela sombra das amendoeiras que convidam ao relaxamento. Uma vila de pescadores existe no local e apenas há poucos anos a eletricidade chegou à região, o que garante o clima de paz e tranquilidade. No fim da praia, pode-se banhar no rio que desemboca no mar, ou seguir mais uma trilha para as praias de Antigo e Antiguinhos, ainda mais calmas e isoladas que o Sono. 90


Barra de São Miguel (AL) Com águas claras em tons que oscilam entre o verde e o azul, grande parte da extensa praia tem sua faixa de areia em um nível bem mais elevado do que o do mar, quase que formando dunas, enquanto os recifes fazem com que se formem piscinas naturais de águas calmíssimas. No decorrer do dia, porém, o mar invade os recifes num espetáculo que forma cachoeiras sobre as pedras e a maré sobe até varrer quase toda a faixa de areia. Nesse momento, o mar se torna agitado e excelente para aqueles que buscam a prática do surf.

Jeriocoacoara (CE) A praia de Jericoacoara está localizada junto a um vilarejo tranquilo que

Praia do Espelho (BA)

costumava ser uma vila de pescadores e ainda mantém seu charme.

Praia de águas transparentes de longa extensão, é cortada no meio

Nela temos o privilégio de apreciar o pôr-do-sol sobre as dunas ou no

por um rio, o que nos permite desfrutar tanto de banhos de água

meio da famosa Pedra Furada, nos meses de julho e agosto. Com ventos

salgada quanto doce. Por ser bem comprida, a praia possui áreas

constantes, é também ideal para a prática de kitesurf. Além das praias,

mais agitadas com alguns bares e restaurantes e outras bem cal-

o local conta com lagoas no entorno formadas pela água da chuva, que

mas onde se pode apreciar a beleza das falésias e a sombra das

são mais um atrativo para visitar a região.

amendoeiras. 91


O N DE E N CO N T R A R

,ovo

Evviva Bertolini

Rua Gomes de Carvalho, 830

(45) 3038-9001

São Paulo – SP

Rua Minas Gerais, 2296

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Cascavel – PR

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www.raffinatocasa.com.br

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(45) 3035 - 1885

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ra, 350, Loja 109.

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co lab o ra d o r e s

Cucas frescas O clim a d o verão tro uxe s ó gente boa para col aborar nesta edi ção A man da D i n i z A arquiteta, urbanista e pósgraduada em Arquitetura e Iluminação

Amanda

J oão P e d r o B u -

Diniz

zetti

cresceu rodeada por estímu-

O arquiteto e urbanista

los para a escolha desta pro-

João Pedro Buzetti ul-

fissão. O pai engenheiro ele-

trapassou os limites pa-

tricista e mãe engenheira civil

ranaenses

e apaixonada por arquitetura de interiores a puxaram pela

Seus trabalhos, dignos de

prazer. Desde que atua na área conseguiu realizar um sonho: nalizado. Ela também aplaude o verão, traduzindo-o como o momento em que há mais disposição para colocar em prática todos os desejos.

também

contruções catarinenses.

mão – e ela foi, com todo o ver a felicidade no rosto dos clientes quando um projeto é fi-

e

mostra seu talento em

louvor, já foram publicados em sites especializados nacionais e internacionais. Para o verão, ele levanta uma bandeira: nada de lugares fechados, com pessoas caladas e ar-condicionado ligado. Aberturas grandes e generosas na casa são capazes de proporcionar um verão mais

Jul i a B i e l e r Estudante de arquitetura, amante de via-

fresco e uma vida mais feliz.

gens e de fotografia, a carioca Julia já rodou praticamente o país todo com seus pais e irmão a bordo de um carro durante diversas férias escolares. A partir dos 15 anos, passou a experienciar novas viagens internacionais, seja com amigos ou sozinha,

El i an d r o

e sonha em continuar explorando o mundo

F r i z zo

pelo resto de sua vida. Quando não está fora de casa aprecia

O engenheiro civil

bater perna pelas ruas conhecendo novos lugares dentro de

especialista

seu habitat natural e perceber a cidade e sua arquitetura de

Gestão e Tecno-

formas novas, especialmente através de suas fotos.

logia em Obras

em

Eliandro Frizzo já M ar i ana L i o t o A jornalista Mariana Lioto acredita que Jornalismo e Literatura podem ser felizes juntos. E não fala isso só da boca pra fora, não! Define-se como jornalirista e, assim, lê a cidade no dia a dia na redação do jornal Gazeta do Paraná. Sua formação acadêmica engloba as graduações em Jornalismo e Letras e um Mestrado em Letras, conhecimen-

sabia que seguiria o caminho das Ciências Exatas. Desde que ingressou na atividade, apresentou interesse pela execução de obras residenciais, comerciais e industriais. Quanto à estação que dá a cara da edição, ele só tem elogios. Considera que é tempo de alegria, festa e, claro, férias!

to adquirido e também passado para os bancos universitários, já que ela também se aventura como professora no curso de Jornalismo.

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B ATE - PA P O

Elogio à dor nas costas Faz er muda nça de casa não é m oti vo para torcer o nariz , é raz ã o para torcer por um novo m ui to m elhor Po r Mari a na Li o to

Mudar de casa é um ritual de renovação. Que me perdoem os que terceirizam essa atividade, mas não me agrada a ideia de remunerar meia dúzia de fortões para que encaixotem a minha vida e a levem, escada acima, escada a baixo, para onde quer que seja. Falarei aqui para pessoas que põem a mão na massa - mesmo que as costas doam - e sofrem cada etapa, rumo ao novo. mariana lioto é jornalirista de profissão e estrategista do cotidiano nas horas vagas

Mudança é sinônimo de transtorno, mas sempre será uma chance de revisitar a própria história. Ao tocar cada objeto para encaixotá-lo, você ganha lembranças e alegrias: aquele quadro, aquele souvenir, aquele disco, são coisas que falam de encontros, pessoas, lugares e experiências, são pedaços de história em tecido, madeira, gesso, plástico. E se, ao ser tocado, o objeto não falar nada, ele gera uma oportunidade de desapego. A mudança também é momento para deixar para trás aquilo que não faz mais sentido. Lar é o lugar onde queremos estar. Apenas dois dias longe dele geram nostalgia. Aposto que toda mudança seja uma tentativa de reconstruir a sensação que nos dava o abrigo que tínhamos na infância. Antes mesmo de conhecermos qualquer coisa sobre o mundo, o primeiro lar nos deu um lugar. Meu lugar tinha prateleiras brancas sobre a cama, com brinquedos enfileirados; pela janela entravam a sombra do pé de uva japão e os barulhos da casa da Dona Helena. Mudamos em busca de novos abrigos, que façam tanto sentido como fazia esse primeiro. Há quem se mude de aluguel em aluguel e para esses a mudança de lar até vira rotina. Há quem se mude para sair da segurança da casa dos pais e para achar seu próprio universo em meio à turbulência. Ao longo da vida, quase todo mundo também se muda por amor a alguém. A minha última mudança foi dessas, feitas por amor a alguém. Foi há quatro anos, e lembro-me da sensação de entrar pela primeira vez no espaço que passaria a ser o meu lar. Como transformar o vazio de um grupo de paredes – insuportavelmente brancas – no meu espaço no universo? Me perguntava isso alguns dias antes da mudança ser trazida, quando recebi a tarefa de esperar o caminhão da Casas Bahia que vinha com a geladeira. Foram minutos sozinha, com as paredes brancas que abrigariam o meu futuro. Busquei captar cada detalhe: a frieza do piso recémcolocado, o eco dos meus passos no quarto de visita, o cheiro de madeira nova. Essas coisas jamais voltariam a ser assim. Veio a mudança que a família e alguns amigos ajudaram a carregar. Foi árdua a tarefa e acordei muitas vezes no meio da noite, tentando localizar que paredes eram aquelas. Pouco a pouco, as coisas encontram seu lugar e a casa começa a fazer a sentido. É a partir disso que um novo lar é construído: da coragem de mudar-se e do esforço incansável de organizar seu mundo.

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