ConstruARCH #02

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ARTE TREND E ANTENADA

Textura e tendência em todos os tons

ABRIL/MAIO 2013 EDIÇÃO 02 R$ 12,90

ISSN 2317-403X

Antonio Carlos Machado abre seu ateliê

A cor é protagonista de projetos inSpiradores

A PONTE ENTRE BRASIL E MILÃO por Caio Smoralek

4 PISCINAS DE ARRASAR Por um Tchibum! mais colorido

AO REDOR DO MUNDO

Três lugares em que cor é documento

CONSTRUÇÃO

ARQUITETURA

DECORAÇÃO

DESIGN

LIFESTYLE

ARTE


REQUINTE E SOFISTICAÇÃO A SEUS PÉS.

FORROS

PAPÉIS DE PAREDE

PERSIANAS

PISOS DE PVC

PISOS

TERMO-ACÚSTICOS

CARPETES

DECKS

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ÍNDICE 6 WARM-UP

ABRIL / MAIO 2013

10 PONTO.COM

02

O que estamos aprontando net afora 11 ESTANTE Onde ir, o que ler e o que assistir 12 NOVOS EMPREENDIMENTOS Edifício Estrelícia 14 MAIL Como salvar sua parede em três dicas 18 RECORTE Pois não, mestre! Casas inteligentes deixam os roteiros de filmes e invadem a vida real 20 Lavada de luz para conscientizar Como um projeto luminotécnico pode combinar cor e prevenção 24 Cromoterapia refrescante Piscinas recebem a carta de alforria da cor azul e encontram abrigo nos mais diversos tons 31 IT A casa da árvore dos sonhos Um cantinho lá fora para chamar de seu

30 CRIATIVIDADE VERDE

38 CENÁRIO

NATUREZA aos montes Quando a tendência já está aí faz tempo

De fora para dentro 50 tons de azul rodeados de vidro e glamour botam banca na África do Sul

28 GARIMPO Atemporal Sete belezuras para mostrar que o básico ainda tem o seu valor

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PULO-DO- GATO 16 Nem só de tinta a casa viverá... As tacadas de mestre de Carlos Salamanca quando o assunto é colorir

33 COMPROMISSO Para acabar com a cara de hospital Isabela Dalfovo faz o bem olhando a quem 34 DOSSIÊ Menos do mesmo Casa sueca foge do lugar-comum finamente - em largura e elegância 44 CENÁRIO Era uma casa colorida com certeza

48 GADGET

Em território lisboeta, arquiteto constrói uma moradia de cor e encanto

O que há de mais moderno – e bonito –

50 FASHION IN HOME

saindo no mundo geek

As folhas caem, mas ainda estão em alta A moda e o design dialogando em pleno outono/ inverno SKETCH MAP 52 EVENTO Metrópole logo ali

72 Viagem amarela A cor da Ásia, por Brian Baldratti

Pontos cascavelenses: como estarão daqui 50 anos? Alguém já pensou nisso

POR AÍ 75 Passeio Guiado

56 ESPELHO O cara da galeria

Patrícia elege o que há de mais top para vestir a casa da cabeça aos pés em Cascavel

O artista plástico Antonio Carlos caiu de cabeça, mãos e pés no mundo das artes

ONDE ENCONTRAR 88 Como, quando, onde?

61 LIFESTYLE Meu passaporte Os cantos mais adorados para a degustação das pala-

COLABORADORES 89 Quem ajudou a deixar isso aqui assim

vras na hora da leitura BATE-PAPO 65 BUCKET LIST

90 Entre o artista e comércio

Spots pra lá de coloridos GLOBO AFORA

Caio Smoralek conta que há mais semelhanças entre

A paleta de cores do mundo, por Clarissa Donda

o Brasil e a Itália do que sugere nossa vã filosofia

RELAX 68 Estadia produtiva Nem só de descanso devem viver suas férias!

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WARM-UP

Adepta confessa de uma generosa dose de cor, não poderia ter ficado mais feliz com a organização das pautas deste número. Vale mencionar Julio Cortázar, meu escritor predileto, que dizia que quem escreve, assim como quem desenha, grava ou pinta, está diante de um arado contra a terra branca da página. A equipe da ConstruArch, especialista em batalhas contra páginas brancas, empenhou todas as energias na produção de uma revista pra lá de colorida. A proposta de unir a temática à questão da jovialidade falou mais alto quando deparamos com projetos com um apelo antenado – a exemplo daqueles que aliam o social à tecnologia e deixam o ambiente hospitalar com uma cara (por que não?) menos branca. É o caso dos projetos da Isabela Dalfovo e do Escritório Allyne MaJulie Fank

Diretora de Redação julie@revistaconstruarch.com.br

thias + Amanda Faleiro que figuram no início da revista e têm um apelo social! O uso da rotatividade de cores conseguido por meio de um projeto de iluminação aparece também nas piscinas escolhidas como “ambiente” desta edição que, além dos revestimentos, contam com um projeto luminotécnico para fazer e acontecer em projetos bem ousados. A tecnologia não só em iluminação, aliás, é assunto bem-vindo nesta edição. Além de um garimpo cheio de bossa e de gadgets recém-chegados ao mercado, você encontra dicas espertas sobre automação residencial e todos os seus adjuntos – afinal quem aí não quer economizar tempo, energia e, de quebra, descolar um pouquinho mais de conforto em casa? Os projetos residenciais que figuram por aqui, a propósito, manjam tudo de conforto – seja majestosamente, como na casa em Joanesburgo, na África do Sul – ou compactamente, lá para os lados da Suécia, numa casa que desafia suas vizinhas para um combate de estilo. As duas alternam suas paletas entre o azul, o branco e o preto. Pra quebrar o trio quase sóbrio, aparece entre a nossa seleção, ora pois, um projeto lá para as bandas de Portugal. Lá, o arquiteto Pedro Gadanho não economizou na escolha de cores. E por falar em cor, o entrevistado desta edição não poderia ser monocromático – Antonio Carlos Machado foi o escolhido da vez para falar de arte e mercado artístico no oeste paranaense. Na mesma linha, Caio Smoralek Dias, nosso arquiteto convidado, intitulou seu texto no bate-papo que encerra a revista: Entre o artista e o comércio. Entre outras dicas e textos, a revista está tinindo de colorida: tem dúvida do leitor que pintou a casa e não curtiu o resultado, tem dica de paisagista para ir além do verde e tem também dicas impecáveis que a designer Patricia Gomes, uma apaixonada por estampas, descolou pra quem está construindo ou reformando. O arquiteto Carlos Salamanca também garimpou peças que revestem de cor um ambiente sem vida. Ufa! É muita coisa, não é não? A sorte é que, com uma dose na medida de branco e preto, arte e redação prepararam este mélange nada pálido e todo pigmentado pra você. As páginas brancas se renderam e até a mais monocromática das criaturas não vai resistir a uma corzinha!

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EXPEDIENTE

DIRETORES Douglas Popenga d.popenga@editoradfp.com.br Felipe Pedroso felipe.pedroso@editoradfp.com.br Juliano Santos juliano.santos@editoradfp.com.br Julie Fank julie.fank@editoradfp.com.br

Diretor Administrativo Douglas Popenga Diretor Executivo Felipe Pedroso Diretora de Redação Julie Fank Jornalista Responsável Giovana Danquieli Jornalistas Marcele Antonio e Tátila Pereira Diretor de Arte Juliano Santos Executivos de Negócios Renato do Prado Assis e Rodrigo Araújo Assessora Executiva Karina Guedes Filmaker/Editor de Fotografia Alyson Correia Fotógrafos Alyson Correia e Rodrigo Vieira Estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei Mincarone Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

Arquitetos E Engenheiros consultores Aurora Popenga, Caio Smoralek Dias, Carlos Salamanca, Celso Fernando Contin Pedroso, Liana Maria Mayer Bertolucci, Luiza Scapinello Broch, Sciliane S. Sauberlich, Diego Manfé, Fabiano Vasques, Leandro Bloot, Leomar Pereira de Menezes, Mauricio Popenga, Olavo Emílio Fank, Ricardo Lora, Vinicius Hotz

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda. Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230 www.editoradfp.com.br Inscrita no ISSN sob o número 2317-403X Central de atendimento 45 3306 6336 - 3306 3663 contato@revistaconstruarch.com.br www.revistaconstruarch.com.br Redação julie@revistaconstruarch.com.br Impressão Gráfica Positiva MARKETING E COMUNICAÇÃO

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PONTO.COM

Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.

CONST R UÇÃO

ARQUITETURA

DE COR AÇÃO

Se em nossas páginas usamos e abusamos do que há de mais belo na arquitetura, no design e no lifestyle, no mundo sem fim da internet, a história não poderia ser diferente. Só que, no universo virtual, o verbo interagir é o que mais tem a nossa estima.

DESIGN

LIFESTYLE

ARTE

ARCH

DESIGN Só os mais caricatos!

Glamour paradisíaco

Seleção de pôsteres que transformarão

Escritório de arquitetura sul-africano demarca território em

sua casa num mural pop.

santuário de baleias. O lugar, amado…

ESTANTE

DÉCOR

Papo de Viagem & outras histórias de bar Um livro para colocar na mala e ler no aeroporto, na rodoviária, no metrô...

BLOG DA REDAÇÃO Não precisa sair de casa para dar suas tacadas! Jogar si­nuca é muito di­ver­tido (mesmo você sendo uma ameaça à in­te­ gri­dade do pró­ximo quando ma­nu­

Pinceladas de alegria

seia um taco) e não co­nheço nin­guém

Inspire-se nestes 20 exemplos de decoração e torne seu

que dis­corde.

ambiente mais vibrante!

SIGA A CONSTRUARCH

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ESTANTE

OS MELHORES DA ESTANTE...

PARA LER Color, Gráfica y Arquitectura O livro do arquiteto e urbanista Roberto Bottura tem objetivo de ensinar a aplicação e a atuação das cores na arquitetura. Ele também se utiliza dos próprios projetos para melhor demonstrar o assunto. A obra do brasileiro Bottura é um arquivo de exemplos ideais, que resulta num guia precioso para os profissionais da área que almejam ampliar seus conhecimentos sobre o tema. O livro só está disponível em espanhol. Preço: R$ 180

PARA IR ...por Yan Guimarães

BAL 2013

Arquiteto e Urbanista

A BAL (Bienal Latino-americana de Arquitetura) será realizada de 16 a 19 de abril, na cidade de Pamplona na Espanha. O evento é idealizado pelo grupo de pesquisa AS20, da Faculdade de Arquitetura de Navarra. Neste ano, o Brasil participará com dois escritórios: A Metro Arquitetos e a Hereñú + Ferroni Arquitetos. O objetivo do evento é utilizar a Espanha como meio para evidenciar os melhores trabalhos dos jovens arquitetos, e estreitar os laços entre os países.

EVENTO Bienal Latinoamericana de Arquitetura “Um evento que recomendo é a Bienal de Arquitetura, a possibilidade de admirar diversos projetos e soluções arquitetônicas é realmente enriquecedora.” A indicação do nosso convidado não poderia vir em melhor hora! LIVRO O Segredo da Mente Milionária, de T. Harv Eker

PARA ASSISTIR

“Não sou do tipo que fica horas e horas lendo livros de histórias, gosto de livros que me ensi-

Django Livre

nem algo que eu possa colocar em prática, que

Mais um filme do diretor Quentin Tarantino. E é só isso

modifiquem meu modo de pensar. ‘O Segredo

que você precisa saber para ir assistir a esse faroeste.

da mente milionária’ é uma literatura fácil, rá-

Por quê? Porque Tarantino não decepciona - e quem co-

pida e extremamente útil. Não sou milionário

nhece Mia Wallace sabe do que estamos falando! Django

ainda (risos), mas tento refletir sobre minhas

Livre – vencedor do Oscar e Globo de Ouro por seu ro-

atitudes, buscar informações e desta forma

teiro original - é sobre o escravo Django, comprado por

tentar evoluir de algum jeito, não é?”

Dr. Schultz, um caçador de recompensas alemão. Com

ajuda de Schultz, Django parte para encontrar e libertar

FILME

sua esposa Broomhilda, o que os levará ao encontro de

In Time (O Preço do Amanhã)

um fazendeiro escravista e seu escravo de confiança. No

“Gosto muito de filmes, não sei se tenho um

elenco: Samuel L. Jackson, Jamie Foxx, Leonardo DiCaprio

favorito, mas ‘O Preço do Amanhã’ achei ge-

e Chistoph Waltz, vencedor do Oscar e Globo de Ouro na

nial! Nem vou falar do que se trata, assistam!

categoria de melhor ator coadjuvante.

Vale a pena!”

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NOVOS EMPREENDIMENTOS

EDIFÍCIO ESTRELÍCIA Sua nova casa tem muito mais do que beleza. Conforto, segurança, diversão, tranquilidade e funcionalidade: tudo isso sem sair de casa. Esta é a proposta do Edifício Estrelícia: aliar beleza, qualidade de vida e uma ótima localização a todas as suas necessidades e de sua família . Outros diferenciais: Tubulação com ponto de ar split; Tubulação para antena coletiva; Tubulação para internet via antena; Tubulação para água quente (aquecimento a gás); Opção com depósito, mediante possibilidade; Sistema de segurança com circuito interno de TV; Guarita de segurança; 02 elevadores; Salão de festas com churrasqueira; Piscina com deck; Miniquadra esportiva; Playground; Praça de estar. LOCALIZAÇÃO: Rua da Bandeira, 767 , Centro - Cascavel - PR. CONSTRUÇÃO: Construtora Viver Bem

Apartamento Casal Área Privativa 74,27 m2 Área total 91,33 m2 Área com 1 garagem: 109,62m²

Projeto de Arquitetura: ROBERTA SARAIVA PALMIRO CAMILA PEZZINI VENDAS: Construtora Viver Bem Rua Washington Luiz, 77 - Cascavel - PR 45 3223-2586 45 9972-7215 www.construtoraviverbem.com.br

CONSTRUTORA

VIVER.BEM Apartamento Família Área Privativa 104,79 m2 Área total 128,85 m2 Área com 2 garagens: 175,07m²

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ROBERTA S. SARAIVA PALMIRO I

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MAIL

Fabricio Wazilewski

Proprietário da Casa das Tintas e indústria de tintas Puma e Presidente do Núcleo Decora

A MARIANA se aventurou em pintar uma das paredes do quarto de vermelho. Além da dificuldade para chegar à cor e acabamento ideais, ela achou que o resultado ficou carregado! O contraste com móveis e as outras paredes não agradou. O que aconteceu de errado? Primeiro passo: nós aconselhamos os clientes que têm dúvidas sobre a escolha da cor a fazer um projeto de cores em um sistema de simulação de ambientes (tirando a foto e simulando tonalidades) ou o teste com uma pequena quantidade (400ml) para o acerto e definição da cor a ser pintada – a procura de um profissional (arquiteto ou decorador), é sempre recomendada. Segundo passo: Por ser uma tinta de cor forte, indicamos a aplicação de um fundo numa tonalidade que se aproxime

fo to s D i v u l ga çã o / Acervo pesso a l

Deixar o quarto aconchegante, confortável e na cor com que o dono sonha parece simples no primeiro momento. Quando a ideia passa à prática e latas de tinta e rolos de pintura se tornam as ferramentas de trabalho, a história muda! Nem sempre é fácil obter a cor desejada, ou ainda, harmonizar o tom das paredes com a mobília quando a resolução é mudar a casa por conta própria. A jornalista Mariana Lioto só queria uma cara nova para a parede do quarto do casal. Com ideias na cabeça e disposição de tomar a frente na hora da pintura, ela arriscou. A parede onde fica encostada a cabeceira da cama deixou de ser clara para ganhar ar encorpado e charmoso de Orquídea Rubi, uma variação de vermelho na paleta de cores da marca Coral. Na teoria, tudo corria bem, mas o resultado – observado nas fotos – não ficou dentro do esperado. A solução? Bom, a ConstruArch foi buscar consultoria com o proprietário de uma fábrica de tintas, Fabricio Wazilewski, que pode dar dicas interessantes que servem não apenas para a parede do quarto, mas para todo o ambiente residencial. Confira!

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do areia fosco, para diminuir e até evitar manchas de rolo proporcionadas pela tinta na cor escura e vibrante! Muita gente acredita que o procedimento não adianta muito, pois dá mais trabalho – duas tintas, limpeza de ferramentas, tempo de secagem –, mas, mesmo aplicando uma demão de fundo, seriam necessárias mais três camadas de tinta. No caso relatado, com uma aplicação amadora, é possível que cinco aplicações sejam necessárias. O único detalhe é o aumento dos custos.

O RESULTADO da parede pintada não supriu a expectativa da jornalista. A cor não ficou uniforme e não harmonizou com a cor dos móveis e outras paredes.


A SUGESTÃO é encontrar objetos de decoração que combinem com os móveis para criar um ambiente harmônico.

DICA CONSTRUARCH Que tal seguir a dica do Fabricio e testar em um pequeno espaço antes de comprar toda a tinta necessária? Com a ajuda de profissional da área e do vendedor, é possível analisar a cor já aplicada - mesmo que de maneira reduzida.

A ILUMINAÇãO também pode ser variada e melhorar a cara do quarto.

Como suavizar o ambiente? Ou ainda, é muito difícil voltar ao tom claro sem fazer muita bagunça? móveis, quadros, abajures... As peças podem

Pode ser aplicada uma tinta pouco mais escura que o branco

contrastar e criar um ambiente acolhedor e que

nas outras paredes, o que pode tornar o ambiente escuro,

combine com o novo tom da parede.

ou aproveitar a parede escura para pendurar quadros, fotos, um painel. Sem contar que essa parede pode receber revestimento com uma textura projetada, grafiato, entre outras tantas opções. Outra dica se refere à iluminação. Um profissional da área pode facilitar a escolha certa. Em um apartamento pequeno, de 62m², como brincar com a paleta de cores sem tornar o espaço um carnaval? O que vai contar muito é o perfil do cliente. A brincadeira com a paleta de cores é muito grande, mas alguns são conservadores e preferem não abusar delas, acabam optando então por um teto branco e cores básicas nas paredes; outros são mais flexíveis a colorir, acabam utilizando até três cores por cômodo, diversificando bem o apartamento.

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PULO-DO-GATO

1

NEM SÓ DE TINTA A CASA VIVERÁ... Aos adeptos do coloridão, uma inspiração: materiais que prometem dar o que falar do piso ao teto de sua morada. O arquiteto e urbanista Carlos Salamanca joga na roda quais seus truques na hora de colorir um projeto sem usar a tinta

p o r Táti l a Perei ra

4

fo to s Al yso n Co rrei a

3

O ARQUITETO E URBANISTA Carlos Salamanca, desde quando se conhece por gente, gosta do desafio do novo. Quando se fala novo, não se leia louco: só um toque diferente aqui, um detalhe ali são as ferramentas que ele precisa para criar na arquitetura. Logo no primeiro contato com o cliente, Carlos tenta convencê-lo de que as coisas mudaram: aquela ideia de que, para ser dife-

5

rente é necessário ser oneroso é balela, pois nem sempre a solução mais cara é a mais agradável. Assim, a vida do escritório de arquitetura Ceccheti & Salamanca Engenharia e Arquitetura segue com obras simples, mas com design, sempre antenado no que há de novidade para dar um up nos projetos. Algumas artimanhas coloridas estão elencadas aí ao lado.

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2


1 Mediterrâneo é um ladrilho acetinado da Linha Decorative da Ceusa (56 cm x 56 cm). Ele tem como característica a versatilidade, podendo ficar nas paredes ou no piso.

6

Da Con-Art em Toledo, R$ 164 o metro. 2 O PRÁTICO piso de PVC, Versatile Marche 1000x2000, Komeco, da Forma Design interiores confere simplicidade ao dia a dia. R$ 85 o metro. Cada caixa contém 3,2 m. 3 Para detalhes marcantes na casa – seja no piso ou nas paredes –, a indicação são as pastilhas da Linha Crystal da Porto Design 30x1,5. 4 As lâminas de rolo PMC (Perfil Meia Cana Fechado) e PTV (Perfil Transvision Perfurado), feitas de aço galvanizado trazem consigo, além de uma estética agradável, o colorido que dá vivacidade à entrada da casa. Parece telha, mas é para portão.

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5 A placa amarela recebeu uma camada de microcimento, um revestimento sustentável ofertado pela Cement Design, marca espanhola, que também tem sede em Cascavel – PR. São 46 opções de cores e o custo entre material e mãode-obra varia entre R$ 120 e R$ 190. 6 As molduras (amarela, azul e vermelha) custam R$ 72 o metro linear. A fabricação é da Moldurarte e a revenda em Toledo é feita pela Tok d’Art 7 O ladrilho patchwork da Linha Decorative da Ceusa (56 cm x 56 cm) tem acabamento retificado e superfície acetinada. O material dá um aspecto de colcha de retalhos ao piso.

7

Da Con-Art, em Toledo R$ 155 o metro. 8 O CLÁSSICO piso de porcelanato, da Florim (80x80cm), dá charme à casa. R$ 199 o metro. Da Forma Design de Toledo.

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RECORTE

P OIS NÃO, M E S T R E ! Era impensável há algum tempo. Coisa de cinema, futurista demais. Mas as casas inteligentes já saíram dos roteiros de filmes e partiram para um roteiro real. Agora, toda a tecnologia possível está a favor do conforto e da comodidade. Os sistemas de automação permitem que a casa trabalhe e seja programada por você! po r M a rce l e An to n i o

18

fo to s Al ys o n Co rrei a


IMAGINE-SE NAS seguintes situações: você sai de casa e

da casa ou do escritório! “Iluminação, persianas, ar-condi-

esquece as cortinas abertas. Já está deitado, mas não se

cionado, equipamentos de áudio e vídeo, portões, banheira,

lembrou de desligar as luzes da sala. Colocou as chaves de

hidromassagem, sauna, lareira... É possível automatizar tudo

casa naquela bolsa entupida de trecos e não a encontra de

e ainda controlar o gasto com energia elétrica!”.

jeito nenhum. Está no trabalho, vai receber visita e não tem

Smartphone ou tablet podem ter mais uma função: ser o

nada preparado. Confessa, vai. Nem precisou imaginar muito!

controle-remoto disso tudo! “A casa pode ter vida própria

A maioria dessas cenas já foi vivenciada por muita gente. É

com a automação: ligando as luzes ou irrigando o jardim em

comum que a vida moderna/atropelada/maluca coloque a

determinados horários, ou mesmo fechando as persianas

gente nessa sequência chata de esquecimentos. São deta-

pela internet, caso as tenha esquecido abertas ao sair de

lhes desconfortáveis. Pequenos acontecimentos que bre-

casa. Podemos saber se alguém entrou na nossa casa ou

cam o dia.

num cômodo: quando alguém acender uma luz, ou o sensor

Aí essa mesma vida moderna/atropelada/maluca se tor-

captar, você recebe um sms ou e-mail no seu dispositivo

na a responsável por criar esses empecilhos e ao mesmo

móvel”.

tempo, resolvê-los. Tecnologia. Avanço. Mundo conectado, interligado, globalizado. Máquina que faz isso e aquilo. Tem gente estudando para facilitar a nossa vida. Estamos falando de automação residencial. Um jeito todo tecnológico de encarar a moradia. Se o conceito de casa inteligente só era realidade em filmes e desenhos animados, hoje ele já é completamente possível de ser aplicado. E isso não é exclusividade de residências luxuosas de grandes centros. Gabriela Damaceno escolheu a praticidade: na casa de lazer da família, todos os cômodos têm cortinas automatizadas que são acionadas pelo simples toque de um botão. “Optamos por ter persianas nesse sistema porque é mais fácil de manusear. Tenho persianas no estilo manual na minha casa da

Fácil, fácil! Até na hora de instalar! Para tornar a casa mais “esperta”, existem duas alternativas: instalar o sistema programando tudo desde o início da obra, com o sistema de automação cabeado: nesse caso, é necessário fazer toda uma infraestrutura que interligue tudo até uma central de comando. Ou instalar com tecnologia sem fio. Hoje, é possível fazer toda automação sem precisar de fiação. Com essa opção, a central de comando é descartada e dá lugar a módulos sem fio que se comunicam por rádio-frequência.

cidade e sempre foi complicado de usar, frequentemente dá problema”, relata Gabriela. O sistema de automação, neste caso, ainda permite que o usuário controle a entrada de luz. “Tem a possibilidade de deixar em meio termo, só com algumas frestinhas abertas, assim conseguimos controlar a iluminação”, descreve. É possível automatizar tudo dentro de uma residência. Palavras de quem entende do assunto. Leandro Lecheta é pioneiro nessa área na região oeste do Paraná e pesquisa sobre o tema desde que estava na faculdade de engenharia. Agora, os anos dedicados ao estudo se revertem em projetos. “Meu sonho em trabalhar com automação vem desde antes de eu entrar para faculdade de Engenharia de Controle e Automação, no ano de 1999, 2000, quando surgiram as primeiras casas automatizadas no Brasil, coisa para poucos, pois eram

Novidades

valores astronômicos para deixar a casa inteligente. Com os

Duas ferramentas trazem um pouco mais de conforto:

anos, preços foram caindo, empresas nacionais fundadas…

- Na limpeza, a aspiração central é uma forma de retirar todo o pó sem o ris-

Hoje, as empresas nacionais com que eu trabalho são con-

co de recirculá-lo dentro do local, como fazem os aspiradores convencionais;

correntes das marcas americanas de igual para igual, e com

-Na climatização, o hotfloor é um sistema que aquece todo o ambiente

um preço bem mais acessível”, conta Leandro.

através do piso. Tecnologia americana que é 38% mais econômica do que

Do inalcançável ao facilitado, o sistema de automação evo-

um ar condicionado!

luiu e se disseminou. A tecnologia vale para qualquer canto

19


RECORTE

A I luminação da fachada muda de acordo com a preferência ou campanha da vez: na foto, o tom amarelo é para lembrar o mês de prevenção da endometriose.

20


LAVADA DE LUZ PARA CONSCIENTIZAR! Projeto luminotĂŠcnico das arquitetas Amanda Faleiro e Allyne Mathias permite que fachada de clĂ­nica tenha cores diferenciadas de acordo com campanhas preventivas

p or Giovan a Dan q u ie li

fo tos A l yson Correi a


RECORTE LAVADA DE LUZ PARA CONSCIE N T IZ AR !

Inovar para aderir de forma elegante e singela a uma

chada. O LED proporciona a dinâmica RGB – ou seja, há uma

campanha de prevenção ao câncer. A fachada do prédio da

gama de cores disponíveis ao cliente para que a fachada fi-

Gastroclínica Cascavel tem sete metros de altura e é toda em

que iluminada de acordo com a preferência. As cores da Gas-

vidro. Detalhes que pediam atenção e projeto luminotécni-

troclínica são azul e branco, logo, habitualmente, são essas

co que atendesse não apenas o período da campanha, mas

as tonalidades em destaque durante a noite. A programação

todo o ano. O desafio lançado ao escritório das arquitetas

desse sistema é feita por meio de um software – semelhan-

Amanda Faleiro e Allyne Mathias era transformar a fachada

te aos utilizados em telas de LED em show – que permite

da Gastroclínica para o Outubro Rosa. O projeto elaborado

efeitos variados. Segundo Ricardo Furlan, da Premium Ilumi-

pelas lighting designers seguiu o conceito wall washer, ou

nação, responsável pela instalação e manutenção, são três

parede lavada de luz. Para dar vida à ideia, foram usados pro-

as principais funções do sistema: determinar os pontos de

dutos da OL Iluminação e a programação das cores ficou por

cor, intensidade da luz e velocidade da troca das tonalidades.

conta da Premium Iluminação.

No caso da fachada da Gastroclínica, a barra instalada per-

Para criar o efeito desejado pelos proprietários da clínica, o

mite mudar a cor da esquerda para direita com maior ou me-

projeto luminotécnico foi pensado com a utilização de barras

nor intensidade; o degradê é causado pela altura do prédio,

de LED. São inúmeros os motivos que levaram as especialis-

o que causa um efeito mais natural. Em um local com duas

tas a escolher essa iluminação: efeito desejado, durabilidade,

barras paralelas, por exemplo, é possível criar uma mes-

fidelidade à ideia inicial e tempo de vida útil das lâmpadas.

cla de cores e tonalidades. A programação fica armazenada

Para que a cena ficasse perfeita, foi necessário analisar a al-

em um cartão de memória que pode ser trocado conforme

tura do pé direito e todas as possibilidades que circundam a

a necessidade, mas a instalação necessita de profissionais

fachada da clínica. Ao olhar pela primeira vez, a impressão é

qualificados para que não ocorram deslizes. Cada barra e

de que, além do volume frontal, as paredes laterais também

projetor possui uma identificação que serve de referência ao

foram iluminadas, mas isso é efeito da potência das lâmpa-

software, já que uma fora da sequência irá interferir no resul-

das de LED.

tado. Economia no consumo e baixa manutenção são pontos

O diferencial de uma instalação desse modelo está nas op-

favoráveis ao uso do sistema.

ções de cores: não pense que apenas o rosa fez parte da fa-

considerando uso de 20 unidades

MODELO

DICROICA HALÓGENA 50W

LED OL-SL-03 9W

TUBULAR FLUORESCENTE 32W

TUBULAR LED OL-TL-02 18W

AR 111 HALÓGENA 50W

LÂMPADA LED OL-AR-01 15W

VIDA ÚTIL

1.500 horas

50.000 horas

4.000 horas

50.000 horas

2.000 horas

50.000 horas

1,04 Kw

0,18 Kw

0,70 Kw

0,36 Kw

1,04 Kw

0,30 Kw

337 KWh/mês

58 KWh/mês

504 KWh/mês

259 KWh/mês

337 KWh/mês

97 KWh/mês

DURABILIDADE MÉDIA NESTA APLICAÇÃO

6 meses*

154 meses*

6 meses*

69 meses*

6 meses*

97 meses*

PREÇO DE CADA LÂMPADA/LUMINÁRIA

R$ 15,00

R$ 150,00

R$ 5,40

R$ 180,00

R$ 27,00

R$ 229,00

R$ 1.100,00

R$ 3.000,00

R$ 458,00

R$ 3.600,00

R$ 940,00

R$ 4.580,00

POTÊNCIA TOTAL INSTALADA CONSUMO MENSAL DE KWh

INVESTIMENTO DIFERENÇA ENTRE OS CUSTOS DE INVESTIMENTO CUSTO MÉDIO DE ENERGIA ELÉTRICA CUSTO DO CONSUMO MENSAL DE ENERGIA RETORNO DE INVESTIMENTO

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R$ 1.900,00

R$ 3.142,00

R$ 3.640,00

R$ 0,31 por KWh

R$ 0,31 por KWh

R$ 0,31 por KWh

R$ 104,46

R$ 18,08

R$ 156,24

R$ 80,35

R$ 104,46

R$ 30,15

5 MESES

20 MESES

11 MESES

*tempo de uso mensal = 12h/ dia

*tempo de uso mensal = 18h/ dia

*tempo de uso mensal = 12h/ dia


Por que optar por lâmpadas com a tecnologia LED? Dez itens são elencados pela OL como pontos de comparação entre lâmpadas halógenas e fluorescentes. Favoráveis à aplicação da tecnologia estão vida útil, consumo mensal, durabilidade, custo do consumo mensal de energia e tempo para retorno do investimento. A OL disponibiliza no site um quadro comparativo que ilustra bem as diferenças. (Página ao lado)

Projeto Para criar a cena da maneira proposta, a iluminação precisava ser suficiente para “lavar” a parede de cor, e, segundo as arquitetas Amanda e Allyne, não é qualquer luminária que atende a esse objetivo. O projeto inicialmente estético, modernizou a fachada da clínica que passou por uma grande reforma pouco tempo antes. Ao todo, foram instaladas 18 barras lado a lado e um projetor que fica sobre a entrada da clínica. Ficha técnica

Talento em dose dupla

Lâmpada: modelo OL-FR-03, 43W, 100-240V

O escritório de arquitetura Allyne Mathias +

Ângulo de abertura 30°, IP67, RGB

Amanda Faleiro é especializado em lighting design e interiores. As arquitetas atuam

ONDE ENCONTRAR Premium Iluminação Av. Tancredo Neves, 730 - Centro - Cascavel - PR 45 3038 4600 Representante regional Sérgio Luis dos Santos 45 8403 2966

em Cascavel e região há mais de 3 anos, apresentando projetos desenvolvidos na área da construção civil, reformas, interiores, paisagismo e projetos de iluminação. A crescente procura por projetos luminotécnicos – para todos os ambientes, seja corporativo ou residencial – reflete o bom momento do mercado, que sempre precisa de inovação para manter clientes próximos às novidades tecnológicas sem deixar de lado

Lâmpadas de LED

a economia. Modernidade e comodidade

LED é a sigla de Light emitter diode. Ele é um componente eletrônico semi-

são apenas dois exemplos de benefícios

condutor, ou seja, um diodo emissor de luz que possui a mesma tecnologia

que uma iluminação bem pensada permite

utilizada nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar

ao ambiente. Esse diferencial está cada vez

energia elétrica em luz. Tal transformação é diferente da encontrada nas lâm-

mais presente nos investimentos e aca-

padas convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta

ba se tornando um pedido do cliente exi-

e descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs, a transformação de energia

gente e adepto ao novo. A possibilidade de

elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de estado sólido.

criar cenas, valorizar determinados locais e

A vida útil do LED é quase incomparável a de outras lâmpadas disponíveis no

proporcionar redução de gastos a partir da

mercado. Nesse ponto – e em diversos outros – percebe-se as vantagens

escolha correta de lâmpadas são detalhes

de investir um pouco mais com a instalação e custo do produto inicialmente,

favoráveis à busca por profissionais espe-

pois o retorno é satisfatório em poucos meses. A multinacional OL Iluminação

cialistas na área. Qualquer espaço pode re-

trabalha exclusivamente com iluminação LED e veio ao Brasil para atender a

ceber um projeto luminotécnico, basta aliar

demanda crescente do mercado por essa tecnologia.

um estudo do local à criatividade.

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RECORTE

CROMOTERAPIA REFRESCANTE Várias novidades nos setores de revestimento e iluminação têm permitido uma emancipação das piscinas, que já não dependem mais da cor azul para sobreviver. Tem cor bem mais vibrante por aí fazendo sucesso. Dá para se refrescar em piscinas verdes, vermelhas, roxas... Só cuidado na escolha! Para não errar, a ConstruArch dá as dicas com a ajuda de uma especialista no assunto!

p o r Marcel e Anto ni o fo to s Di v ul ga ção

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HOTEL UNIQUE

Estamos quase nos despedindo da estação mais quente

vibrantes e depois enjoar, a melhor opção é o vinil. “Não dá

e alegre do ano. É hora de dar adeus às praias e piscinas. Mas

para fugir da reforma, mas a vantagem é a rapidez na troca

tem quem diga tchau a um verão, já pensando no próximo.

do revestimento. Neste caso, a piscina é construída de

Essa é a hora certa para quem está planejando construir

modo convencional e o vinil é aplicado sobre o concreto. Há

ou reformar uma piscina. A primeira regra nesse caso é ser

inúmeros padrões e cores, que podem ser produzidos com

ousado e exterminar o azul! Há alguns verões, a experimen-

desenhos personalizados. Além do preço acessível, dispensa

tação de materiais já tem permitido ter nos clubes, hotéis e

rejunte e facilita a limpeza”, detalha Allyne.

em casa, um banho de piscina com uma sensação diferente.

Essa é apenas uma de um leque de opções. A área de

Piscinas vermelhas, verdes, roxas: uma cromoterapia refres-

lazer está entre as partes da casa que mais tem destaque

cante.

e por isso, novidades para incrementá-la não faltam. Para

A tendência já alcançou os hóspedes do hotel Unique, que

revestimento de piscinas, as pastilhas de vidro e porcelana

fica em São Paulo. Começa pela piscina externa: vermelha,

são as mais faladas atualmente. Mas hoje, de acordo com a

imponente, iluminada. E segue para a área interna: na parte

arquiteta, outro material está à frente. “As pedras naturais

fitness do hotel, a piscina voltada para prática de exercícios

são uma alternativa que garante um resultado diferente e

físicos passa um ar de relaxamento: é verdinha.

sofisticado! Podemos utilizar pedras nacionais e também

Deixar o tradicional azul de lado pede um investimento: a cor

importadas, vindas de países como a Indonésia. As pedras

diferente pode ser conseguida através de um revestimento

vulcânicas (importadas), como Hijau e Hitam, conferem uma

de vinil, uma espécie de lona resistente e impermeável que

tonalidade esverdeada ou azulada à água, ideal para quem

reveste a piscina de alvenaria. Aí tem opção de estampa aos

procura exclusividade e inovação”.

montes. A Sodromar, empresa de acessórios para piscinas, traz algumas que dão um efeito “terra” ou “esverdeado”.

Iluminai!

Além da estética, o revestimento vinílico vale pela facilidade

A iluminação, além de fator essencial para fachadas e

na manutenção: sem mais preocupações com limpeza e

ambientes internos, também é fundamental para piscinas.

conserto de azulejos. E olha que a dica é de que entende

Ainda mais quando a ideia é sofisticação. A novidade nesse

do assunto como ninguém! Segundo a arquiteta Allyne

setor é a fibra ótica: vantajosa em vários aspectos. “Ela tem

Mathias, especialista em iluminação e design de interiores,

baixo consumo energético e não conduz eletricidade até

se você tem medo de revestir a piscina com cores mais

o terminal (a luminária). A fonte de luz fica alojada em um

25


RECORTE CROMOTERAPIA REFRESCAN T E

local distante e protegido da umidade, o que também facilita

P roj etar

bastante a manutenção, no caso de uma lâmpada queimar, por exemplo”, descreve Allyne.

muita calma nessa hora!

Com luminárias, também é possível variar as cores. Assim,

Não dá para sair por aí colorindo tudo sem antes analisar

não vai dar pra chegar nem perto de enjoar! “Dá para

bem o espaço e o material, né? Conselhos preciosos de um

trabalhar com uma tonalidade mais clara de revestimento e

arquiteto podem te ajudar a acertar em cheio na escolha!

fazer as modificações de cores pela utilização da iluminação. É claro: o efeito só será possível à noite, mas com resultados

Cor: Deve-se primeiro saber qual é a proposta do projeto

fantásticos.”.

arquitetônico, analisar o entorno da área onde a piscina será construída e o perfil do proprietário. Pode-se trabalhar com várias tonalidades de uma mesma cor, brincando com degradês e mosaicos. Material: Deve resistir às variações de temperatura, à exposição aos produtos químicos de tratamento da água e de limpeza da piscina e à exposição prolongada aos raios ultravioleta do sol. No caso das pastilhas, é preciso garantir que sejam aplicados a argamassa e o rejunte corretos. Borda e piso: É importante procurar por pisos atérmicos e antiderrapantes, que podem ser do tipo cimentícios, decks pedras naturais. As pedras mais utilizadas no Brasil são a Mineira, a São Thomé e a Goiás.

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GARIMPO

1

2

3

ATEMPORAL As pe รงas mais h e r m osas nas cores do trio q ue nunca sai de cena 4

5 7

6

28


1

Poltrona Antropófago [por Pedro Franco]

8

Preço: sob consulta www.alotof.com.br

2

Tapete Rock’n Roll da Tabacow Preço: R$ 588

10

www.mobly.com.br

3

Despertador Preço: R$ 80 www.lojauatt.com.br

4

Castiçal Folha Castro Preço: R$ 60 www.etna.com.br

9

5

Vaso Dung Preço: R$ 473 www.espacotil.com.br

6

Cofre Porco Caveira Preço: R$ 28

12

www.oren.com.br

7

Aparador de Livros Gatos Preço: R$ 190 www.designnmaniaa.com.br

8

Luva Píxel Preço: R$ 43 www.designnmaniaa.com.br

9

11

Torre Eiffel Prata Preço: R$89 www.designnmaniaa.com.br

10

Miniatura Cadeira Tulipa (1956) Preço: R$ 169 www.ibacana.com.br

11

Vaso Coruja Preço: R$ 288

13

www.sdonline.com.br

12

Peso Macaco Asiático [por Valdomiro Favoreto] Preço: R$ 95 www.esthergiobbi.com.br

13

Banqueta Easy Preço: R$ 54 www.oren.com.br

14

Banco Ás de Espadas [por Gustavo Engelhardt] Preço: R$ 890

14

www.desfiacoco.com

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CRIATIVI DADE VERDE

Separar aquele espaço para o jardim já é quase uma obrigação. Mas não pense que precisa ser um verdadeiro Éden para estar na tendência: o importante é a integração entre o homem e a natureza

p o r Táti l a Perei ra

fo to s Al yso n Co rreia

Difícil pensar em uma casa que só tenha concreto. O material segura, dá sustentação à morada, só que falta algo que o torne mais humano. Aí, parte-se para a mobília e demais objetos decorativos, dispostos de acordo com a personalidade do morador da casa. Melhorou, mas ainda está faltando algo. Apresentam-se então os elementos paisagísticos para levar a vida que faltava aos ambientes: flor, coqueiro, arbusto, fonte de água e tudo mais o que a natureza esbanja por aí. E, agora, não só as residências têm aderido aos projetos verdes, mas também pontos comerciais e instituições. Com essas informações, já se tem uma constatação: o paisagismo em si é uma tendência! Aurora Popenga, arquiteta, urbanista e paisagista, confirma uma realidade: a estima pelo lado externo da casa tem se intensificado. Para isso, os queridinhos não são aqueles jardins cinematográficos e intocáveis. A ideia é que a pessoa possa estar em constante interação com a paisagem, portanto, a criação de ambientes é a tática mais eficiente para deixar o cliente feliz. Um banquinho, acompanhado do verde, uma espreguiçadeira, acompanhada do verde, um balanço, acompanhado do verde e por aí vai. São espaços de convivência convidativos e cheios de vida. Quanto aos materiais dos jardins, eles não são moda, mas sim opção. Na avaliação de Aurora, não adianta de nada indicar a um cliente a madeira ou uma fonte de água se não são essas as condições e necessidades dele. A madeira sempre está em alta, já que devolve a naturalidade ao cenário, mas não precisa ser algo forçado, apenas para entrar na tendência. “Água não faz mal para ninguém”, brinca a paisagista, no entanto, não é qualquer jardim que aceita uma fonte de água. Um, dois, três, quatro... É assim, na sequência, que a disposição das

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plantas e acessórios tem dado o que falar nos jardins por aí. Com a repetição dos elementos, o décor atua em blocos, tornando mais harmonioso o lugar. “Muitas vezes, uma plantinha não tão bonita ganha vida nova quando apresentada ao lado de outras iguais”, defende Aurora. Se for para escolher um vaso e uma planta, aí vai: os vasos vietnamitas são a vedete para preservar suas preciosidades verdes. Em cerâmica artesanal milenar, esses vasos podem ser vitrificados, foscos ou possuir pigmentos exclusivos, uma vez que as argilas específicas de cada região vietnamita resultam em uma variação de composição e formatos – exclusividade na veia. Quanto às plantas, uma de nome estranho é a mais pedida das paradas. PACOVÁ é o nome dela, uma folhagem que parece não ter muita graça, contudo a bossa fica por conta da flor que dela brota. Esmiuçando a moda - que não é regra -, deduz-se que o que está em alta é o auge do clichê: o homem integrado à natureza.


IT CO CO ON TR EE

A CASA DA ÁRVORE DOS SONHOS Moderna, espaçosa e portátil: uma cama diferente para passar aqueles dias junto com a família. Pode levar que cabe todo mundo! po r An n a H i l b e r t

fo to s Di v ul gaçã o

O que você vai fazer no próximo fim de semana? Vai acampar? Ou vai passar um dia na praia? Não importa o destino, o importante é estar bem instalado para descansar e dormir em paz! A inusitada Cocoon Tree é uma opção. Considerada a casa da árvore moderna, a barraca desmontada, cabe no carro e pode lhe acompanhar quando tudo o que você mais quer é fugir da rotina do dia a dia. A Cocoon Tree chama a atenção pelo seu estilo e formato, bem diferentes das convencionais lonas que preenchem o gramado do acampamento. A ideia dos criadores franceses foi substituir as camas com guarda-sol nas praias, parques e piscinas. Vazio, o modelo Deluxe pesa sessenta quilos e montado o peso dobra, chegando a 120 kg. Com uma estrutura de alumínio T6, a Cocoon Tree Bed Deluxe tem formato redondo e é coberta pela lona impermeabilizada Ferrarri High Quality. Presa às árvores por meio de cordas, a barraca fica suspensa e suporta mais de duas toneladas. Abriga confortavelmente dois adultos e duas crianças. A invenção modernosa é ideal para a família! Para aqueles que não se imaginam com os pés fora do chão, o medo fica de lado. A montagem pode ser feita mais perto do solo, sem que isso interfira na funcionalidade da barraca. São quatro modelos disponíveis. A diferença entre os modelos Deluxe e Basic está na manta impermeável, feita por diferentes fabricantes. O modelo Jungle, também arredondado, é coberto por uma estrutura de arame vegetal sintético. E o Beach, também coberto pela estrutura sintética, possui colchão impermeável e cortinas, feito especialmente para praia. Uma deliciosa e divertida alternativa para os dias de descanso!

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COMPROMISSO

PARA ACABAR COM A CARA DE HOSPITAL! O projeto social Arquitetura para o Bem tem um objetivo simples: humanizar espaços e dar vida a lugares sóbrios demais como a ala de quimioterapia de um hospital

Arquiteta e idelizadora do projeto social, Isabella

p o r G i ova n a D a n q u i el i

Dalfovo busca humanizar

fo to s Acervo pes s o al

espaços de atendimento de saúde de forma colorida.

parceiros com intuito de iniciar um projeto social que rapidamente ganhou nome. Em pouco tempo, o projeto já havia conseguido tintas, mão-de-obra, adesivos e molduras. Os passos posteriores foram simples: os desenhos feitos pela arquiteta se transformaram em quadros e adesivos; as paredes ganharam tons estimulantes e calmantes. Remodelado e com ar agradável, o local ganhou um apelido. Agora, a sala da quimio, é a “sala do bem”! Até um aparelho de TV passou Primeiro projeto pronto do Arquietura para o Bem tem

a fazer parte do espaço.

inspiração em jogos de videogame e cartoons.

Harmonizar cores e humanizar o espaço, antes frio, estava nos planos da profissional que objetivava minimizar qualquer

A SALA de 25 metros quadrados abriga poltronas confortáveis e equipamentos para quimioterapia infantil. Diariamente, inúmeras crianças passam horas nesse espaço, sem poder brincar e se distrair. O que lhes resta é aguardar o tempo da aplicação do tratamento acabar, sem nada fazer. Além de quase imóveis, os pequenos, até tempos atrás, tinham apenas as paredes do hospital para observar. Essa frieza e sobriedade dos ambientes hospitalares sempre incomodaram a arquiteta Isabella Dalfovo. Na verdade, esse aspecto chamou a atenção da profissional quando uma familiar precisou receber tratamento contra o câncer. A tia contou a Isabella os detalhes do local e como era desconfortável olhar para paredes sem cor. A vontade de mudar o cenário usando o

impacto negativo proporcionado pela arquitetura do hospital. Na “sala do bem”, o tom de azul céu californiano da linha Super Lavável, da Coral, cumpriu o papel de amenizar os efeitos tediosos e monótonos do espaço. Tudo isso, aliado a uma mistura feita com desenhos coloridos e cheios de vivacidade e de cores diversas que, juntos, transformaram e arrancaram do ambiente aquela sensação de hospital. A prova do acerto com a ideia veio por meio de sorrisos! Cores intensas para despertar o lúdico são regra nos projetos sociais de Isabella, que tentou fugir da predominância de tons pastéis por não atraírem a atenção do público. Para chegar a esse resultado, a arquiteta se baseou em jogos de videogame e cartoons. Quer inspiração mais colorida?

conhecimento adquirido com estudos e o dia a dia, aliada a um exemplo de um hospital paulista, a levaram a buscar

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DOSSI Ê

MENOS DO MESMO Porque mesmice não é a regra. Uma fineza de casa – em largura e elegância – quebra a monotonia de uma pequena cidade sueca po r Tá t i l a Pe re i ra

fo to s Di v ul gaçã o


Um aconchegante cantinho para leitura e um pequeno espaço para avistar a tranquila rua e as casas tradicionais da cidade. Uma moldura cheia de saber é um chamariz a mais para o “refúgio” da casa.

QUEM NÃO ARRISCA, não petisca. Fato. O antigo dito popular pode exagerar um pouco, mas deixa claro que os ousados têm muito mais chance de saborear o reconhecimento. Lá para as bandas da Suécia, a máxima é corroborada. Ao passar por uma rua cheia de casas tradicionais, na cidade de Landdkrona, dificilmente alguém vai imaginar que, no meio do caminho, aparecerá algo diferente. Mas tem. Um filete chamado de casa que, mesmo estreito, não passa despercebido. A residência Townhouse projetada pelo arquiteto Elding Oscarson, fica esprimidinha entre duas construções antigas. O próprio responsável define a obra como uma síncope no ritmo do bairro em que a casa se localiza – é para sacudir os mais tradicionalistas. A vontade era de criar um contraste, para dar um “respiro”, mas, o mais importante: para realçar a beleza da paisagem. Os moradores, fanáticos por arte, queriam um cantinho para estampar seus trabalhos e ainda os achados de outros artistas. Para isso, pensaram em um ambiente clean, mas com o arrojo presente em vários pontos da casa. Tirando proveito do pé-direito triplo, os cômodos fluem em uma sequência vertical, com mezaninos que se alternam. Assim, do andar de cima sempre é possível ver o pavimento inferior. O sen-

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DOSSI Ê M E NOS DO MESMO

O escritório está fora, mas, ao mesmo tempo, dentro de casa. Trabalho, trabalho, rotina de casa à parte, para não misturar as coisas. A brancura dos móveis ornou certinho com o colorido do quadro, que parece ter sido deixado ali, despretensiosamente.

timento de liberdade se instala com uma ajudinha das grandes aberturas para a luz natural e vista para a rua: em cima, uma janela – sem vidro – sinaliza a varanda; embaixo, a janela deixa quem está de fora visualizar o colorido de dentro da Townhouse. Com um único espaço, suavemente separado por finas placas de aço, as ideias se encaixaram na realidade. Assim, a casa se divide em cozinha, sala de jantar, sala de estar, biblioteca, cama, banho e um terraço. Para preservar o conceito de home office, mas não deixar o trabalho interferir tanto na rotina da casa, o escritório ficou em uma parte separada, do outro lado de um pequeno jardim. O grande bloco milimalista não fez com que a diferença fosse um desagrado à beleza da rua. A casa atrai o olhar, entretanto, não agride o cenário, abrindo e deixando fluir o diálogo entre o velho e novo numa boa. O tempero ousado premiou os donos da Townhouse com uma moradia cheia de graça e o arquiteto com um salve pela impetuosidade – positiva, é claro.

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CENÁRIO

DE FORA PA R A D E N T R O Uma casa toda declaradamente favorável aos espaços de convivência. Em Joanesburgo, na África do Sul, arquitetos projetaram uma residência que gira em torno de um pátio, que se volta toda para a piscina, se mostra através da transparência. Se abre ao moderno e ao integrado, sem medo.

p o r M a rce l e An to n i o

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fo to s Di v ul ga ção



CENÁRIO DE FORA PARA DENTRO

São linhaS retas. Raras formas onduladas. Poderia parecer comum num primeiro olhar. Mas, definitivamente não. Esta casa em Houghton, parte privilegiada de Joanesburgo, na África do Sul, impressiona. Mescla a multiplicidade de espaços, com a grandeza dos mesmos e o bom gosto do mobiliário. Sem contar a harmonia existente entre o ambiente interno e o externo: parecem um só. Já do lado de fora algo chama a atenção. O muro alto e cinza seria quase um paredão prisional, mas essa impressão é quebrada pelas pequenas aberturas propositais e acertadas. As ranhuras que fazem parte dessa parede dupla, com altura de dois andares, são as responsáveis por permitir uma luminosidade melhor na casa: possibilitam maior espaço para a passagem da luz natural durante o dia e dão um efeito “modernoso” com a luz artificial durante a noite. São elas também que dão todo o charme da entrada: fazem um belo cartão de visita, demonstrando na imponente fachada norte, virada para a rua, todo o potencial que existe da porta para dentro.

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Vale abrir parênteses especiais para falar de um detalhe da sala de estar. Como nao reparar nesta escada circular?! Em casas comuns, ela geralmente é só um instrumento de passagem de um piso para outro. Aqui, não: é um destaque, que coopera e complementa o décor. Segue a mesma linha de toda a casa, mantendo o vidro como material, mas quebra o gelo: enquanto tudo é retinho, ela mostra o charme que a curva tem!

É a partir daqui que se dá a entrada para um lugar convidativo. Primeiro, começando pela forma: a casa se distribui em formato de “U”. “Isso permite que tudo seja organizado em torno de um pátio interno, que tem uma orientação virada ao norte e fornece acesso a todos os espaços de convivência para a piscina”, explica Greg Truen, arquiteto parceiro do projeto. O SAOTA, escritório africano, foi o idealizador dessa casa que acontece ao redor da área exterior, uma residência que se abre ao espaço de lazer, que parece estar sempre escancarada para o relaxamento e para o conforto. É quase toda transparente: faz com que os cômodos se integrem através da visibilidade. Da sala superior é possivel ficar pertinho do lustre que ilumina o térreo. Por sinal: que lustre! Rouba a cena da sala de estar! É um pendente criado por Raimond Puts, todo baseado em uma beleza matemática: as formas geométricas inspiram e fazem várias linhas retas formarem uma esfera. Como? Unindo tiras de aço inoxidável e molas que se entrelaçam e resultam em um globo, que faz pequenas luzes de LED parecerem estrelas. Conceito de sobra só para o lustre, imagina para o restante do projeto de interiores!

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CENÁRIO DE FORA PARA DENTRO

Portas para todos os lados e toda a transparência do vidro permitem uma visão de tudo. A área da piscina pode ser acessada pelo pátio ou mesmo pela porta do corredor. E falando nela: a piscina parece ou não parece um tapetão intacto que dá continuidade à sala?!

Tem mais: o vidro, presente em quase toda a casa, permite que tudo possa ser feito dentro, sem que se perca o que acontece lá fora e vice-versa. Tanta transparência exige um cuidado extra para não gerar desconforto: para minimizar o impacto do sol, a fachada tem um vidro especial. Além de uma solução estilosa e bastante funcional: os shutters, que são essa espécie de persiana externa, barram a incidência direta de sol. Iluminação brecada em um canto e aproveitada em outro: a parede com ranhuras já descrita acima fica colada ao corredor do andar superior. Luz que confere um efeito todo mágico ao ambiente. Ah, e pela quantidade de poltronas e puffes espalhados por tudo quanto é cômodo, fica fácil perceber que quem mora aqui gosta é da vida compartilhada!

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CENÁRIO

ERA UMA CASA COLORIDA COM CERTEZA Pedro Gadanho brinca com cores vibrantes e detalhes inimagináveis e cria uma casa que esbanja boas energias em Portugal p o r Tá t i l a Pe re i ra

fo to s Di v ul ga çã o

Um dia ela foi diferente. É uma construção, lá do século XIX, mas, nem por isso, carregou consigo a mácula de ter cara de antiga. Seus 400 m² foram remodelados e poderiam receber, sem muita cerimônia, Alice e seus amigos do País das Maravilhas. Só que este cenário não foi idealizado por Lewis Carroll. Pedro Gadanho foi o criador, vulgo arquiteto, que fez a mágica acontecer. É em uma cidadezinha nas redondezas de Lisboa que a GMG House “vive”. A conhecida conversa entre o novo e o velho é travada mais uma vez: o pop art, movimento dos anos 60, ressurge na casa em suas formas geométricas e no abuso das cores – e que abuso. Vermelho, azul turquesa, amarelo, roxo, tudo junto, sem estar misturado, se é que você me entende... Cada um ocupando seu espaço, sem roubar a vez do outro. Gadanho radicalizou principalmente na entrada, com uma escada e um conector espacial de tripla altura. As outras intervenções, feitas de forma cirúrgica, vão se inserindo em cada uma das partes restantes da GMG. Os filhos adolescentes ficam com a ala esquerda do piso principal, enquanto a mãe tem seu próprio território no sótão totalmente reaproveitado, incluindo quarto, closet, estúdio, e até um terraço coberto. O pátio de trás também tem seu chamariz: uma

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A parte externa ĂŠ mais moderada. SĂł que a piscina com o revestimento neste tom de azul e a escada espiral, lĂĄ no fundo, entregam a ousadia da proposta.

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CENÁRIO E RA U MA CASA COLORI DA COM CE RT E Z A

C ada cor te m seu e sp aço re se r vado e a me scla n ã o é algo agre ssi vo aos olh os: os tons con trastan tes ch e gam à b ati da p e r fe i t a

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Q uem disse q u e o m undo p re c i s a só do t r i vi al ? ! Invençõ e s s ão sempre b e m v i nda s. Ol h a s ó a i dei a que o Ga d an h o teve: um a cáp s u l a a l i , no m e i o d o qua rto. Incrí ve l o u sim?

escada exterior espiral e uma piscina em azul Yves Klein. Não só os respingos – ou banhos – de cor são notórios na casa. O mobiliário teve sua parte na excelência concluída. O A sala de estudos pa rece um port a l que se ab re e te ch ama . O a z ul t urquesa rei na , faze n d o mold u ra a os l i v ros.

guarda-roupa poligonal, em verde-cidreira, virou peça-chave encostado na parede branca. Genial, não?! Para contrabalancear a exuberância da cores, os detalhes são sutis, delicados e se combinam a algumas peças tradicionais de design, como a cadeira Egg, por exemplo. Entre os materiais, muita lacca, MDF e zinco para formar a parte estrutural e da mobília. Do lado de fora, a GMG House engana bem. Mantém-se sóbria, sem deixar nem uma pista do que o visitante encontrará lá dentro. Também como ponto de equilíbrio, a sala de jantar e um dos quartos mantêm-se neutros. O branco consegue frear, por alguns momentos, a dança das cores na casa. E, até onde as cores são sóbrias, a imaginação fluiu. Um exemplo é a luminária, que garantiu que a sala de jantar fosse mais um canto interessante da casa. Analisando tudo, você pode pensar: o que passou pela cabeça desse arquiteto para criar algo assim? Sonho, fantasia? Não, é tudo de verdade. Realidade pura retirada de uma história encantada. Gadanho encontra a coragem para ir onde a maioria dos arquitetos não ousam: na cor.

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GADGET

CARREGANDO NO BALANÇO

Já imaginou que makuquice seria se a energia usada no balanço da cadeira fosse utiliza na recarga do seu iPhone ou iPad? Pois graças à MicasaLab, isso já é possível. A empresa suíça desenvolveu a iRock, uma cadeira estilo retrô de balanço, que, através de um gerador, aproveita a energia do embalo e recarrega seus gadgets da Apple. Preço: R$ 2639 www.irocknow.ch

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Esqueça que está em casa Não precisa ir ao cinema para sentir o poderoso som de uma sessão. Graças às caixas de som Bose CineMate 1 SR, você pode ter toda a qualidade que as telonas fornecem, sem ter que aguentar o barulho do mastigar das pipocas! O truque é o ADAPTiQ, um equalizador que uniformiza o som pelo ambiente da sua casa através de dois sensores. Preço estimado: R$ 2944 www.bose.com

Caiu na água? Sem problema A Sony apresentou seu novo smartphone, o Xperia Z na CES (Consumer Eletronics Show) de 2013. Além de possuir uma generosa tela de 5 polegadas com resolução full HD de 1080x1920p; processador Snapdragon S4 Pro de quatro núcleos; câmera traseira de 13 MP, o aparelho é a prova d´água! O lançamento está marcado para o 1º semestre de 2013 nos EUA. Preço estimado: R$ 1550 www.sonymobile.com/br

Carismática Aos amantes da Lomografia que já conhecem a Lomography, e aos curiosos por este movimento fotográfico, temos um ótimo motivo para você entrar no grupo: A Diana F + Gold Edition. Essa gracinha foi inspirada na máquina dos anos 60 pertencente à marca lendária Diana, que ficou conhecida pela qualidade de suas imagens. Agora, numa versão fiel e cheia de novidades! Preço: R$ 379 www.shop.lomography.com.br

Perfeitamente confortável A I-Mego lançou neste ano o ZTone. Um fone de ouvido earbuds que se encaixa confortavelmente em qualquer ouvido. Quatro pares de géis (as borrachas) acompanham o fone de ouvido para que o encaixe seja perfeito. O fonezinho potente foi premiado em janeiro com um dos troféus do CES (Consumer Eletronics Show), que homenageia eletrônicos no quesito inovação. Preço estimado: R$ 203 www.i-mego.com/shop

Saudades da Polaroid? Você é do tempo da Polaroid ou sempre quis ter uma máquina que revelasse a foto segundos depois do registro? Então, olha só esta: o projeto InstantLab, idealizado pela empresa Impossible Project, criou um dispositivo que acoplado ao iPhone e usando filmes Polaroid “revela” instantaneamente as fotos tiradas. Preço não divulgado www.the-impossible-project.com

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FASHION I N HOME

AS FOLHAS CAEM, MAS AINDA ESTÃO EM ALTA

4

A ConstruARCH selecionou pe ças q ue combinar ão com as tend ê ncias do iminente O utono e , com o amarelar das fol has , resultará num ambiente charmoso e acol h edor .

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1 Abraço de Flor [Por Eulálio de Souza Anselmo] Preço: R$ 10.915, Site: www.inusual.com.br • 2 Suporte para Guardanapos Camila Preço: R$ 69, Site: www.zarahome.com • 3 Daksha Preço: R$ 100, Site: www.espacotil.com.br • 4 Coleção Issa London Outono/Inverno [Por Daniella Helayel] Londres Fashion Week 2013, Site: www.issalondon.com • 5 Gabinete Franklin Media - Gold Leaf [Por Dwell Studio] Preço aproximado: R$ 5.100, SIte: www.dwellstudio.com • 6 Luminária Woodtable [Por Fernando e Humberto Campana] Preço: Sob consulta, Site: www.alotof.com.br • 7 Saca-rolhas Tio Sam [Por Jonathan Adler] Preço aproximado: R$ 194, SIte: www.jonathanadler.com • 8 Esfera Aver [Por Etel Carmona] Preço: sob consulta, Site: www.etelinteriores.com.br • 9 Caveira Tableskull Preço: R$ 1.800, Site: www.wonderlland.com • 10 Higgins Preço: Sob encomenda, Site: www.lovedecades.com • 11 Touro de Bronze [Por Jonathan Adler] Preço aproximado: R$ 976, Site: www.jonathanadler.com

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EVENTO

METRÓPOLE LOGO ALI! E se Cascavel tivesse 100 anos e um milhão de habitantes? E se pensássemos diferente e nossos pensamentos fossem refletidos nos espaços públicos? “E se?!” foi o questionamento que norteou uma mostra de projetos arquitetônicos que foi além: “Propostas para a Cascavel do Amanhã” não só revelou como pontos populares de Cascavel poderiam ser transformados, mas incitou uma reflexão sobre a metrópole que está por vir. po r M a rcel e Anto ni o

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fotos Divu lgação


N Ã O F O I S Ó uma mostra. Foi um convite a uma reflexão futurista. “Propostas para a Cascavel do amanhã” propôs um exercício: questionar. Perguntar, principalmente, “e se?”. Essa foi a interrogação que norteou todas as ideias que os projetos dessa exposição queriam disseminar. “Uma das características que nos faz humanos é justamente questionar: questionar o nosso entorno, questionar a nossa produção, questionar a nós mesmos. A nossa mostra partiu justamente desse pressuposto”, detalhou Caio Smolarek Dias, arquiteto e curador da mostra. Cascavel, aos 61 anos, já abriga quase 300 mil habitantes, e entra no cenário regional como uma futura metrópole. As circunstâncias levam a uma necessidade: pensar e projetar Cascavel para recepcionar esse futuro. E isso implica em uma reestruturação urbana que foi vista de forma especial pelo arquiteto. “A ideia surgiu a partir da apresentação feita pela Secretaria Municipal de Planejamento dos projetos que compõem o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI)”, explica. Em sintonia com o pensamento que já preocupava a Secretaria Municipal de Planejamento, o arquiteto se propôs a remodelar “espaços-chave” de Cascavel. Acompanhado de um time de acadêmicos de arquitetura, Caio delimitou lugares que precisam ser pensados para daqui 50, 70, 100 anos. São releituras de lugares típicos cascavelenses: a praça Wilson Joffre, a Rodoviária velha, o Centro Cívico, a antiga Estação do Ofício, o Paço das Artes e, ainda, um centro-de-bairro, idealizado para ser multiplicado por toda a cidade. Alguns locais voltariam a ser ativados, outros, que continuam na ativa, seriam reformulados. Imagina só, a antiga Estação do Ofício, voltando a ser movimentada por estudantes?! E mais: com uma arquitetura favorecida para isso! Recentemente, o prédio, que em outros tempos oferecia cursos profissionalizantes, foi demolido. Para “o amanhã”, ele seria mais ou menos assim: três pisos, com sacada para o descanso dos alunos entre cada um dos volumes, jardim de inverno, aproveitamento da iluminação natural e uma proposta que preserva características da identidade cascavelense. Cascavel tinha só 15 anos quando foi inaugurada a Praça Wilson Joffre. Ela foi remodelada pela última vez em 2008, já chegou até a abrigar um zoológico, mas hoje, apesar de ainda continuar sendo um ponto forte de convivência dos cascavelenses, está com a estrutura pouco conservada. A proposta idealizada pelos arquitetos da “Cascavel para o amanhã” é a de que um novo Paço das Artes passe a funcionar na Praça Wilson Joffre. Atualmente, esse espaço dedicado à cultura fica na Biblioteca Municipal. A ideia é mantê-lo no local e desenvolver um outro instalado na praça. Vários espaços como galerias, café e auditório estariam dentro de uma estrutura que faz a desconstrução de uma estrela. O pensamento do grupo de arquitetos também se voltou para uma região bastante crítica, apesar de histórica: o entorno da Rodoviária Velha, que é um complexo importante para o contexto de Cascavel, já que marca o período de vinda da segunda corrente migratória. A ideia dos arquitetos, neste caso,é a construção de prédios para residên

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EVENTO M E T RÓP OL E LO GO ALI

cias, comércio e hotelaria. A intervenção traria mais segurança, menos poluição sonora além de um aspecto mais arborizado ao lugar: foi planejado um afastamento dos edifícios da calçada, além de incluídas ilhas verdes para amenizar o impacto. Os projetos também retomam uma antiga ideia, que esteve no primeiro Plano Diretor de Cascavel, realizado pelo arquiteto Jaime Lerner, em 1978: juntar todos os edifícios públicos em uma única área, onde anteriormente estava localizado o primeiro aeroporto de Cascavel. Esse seria o Centro Cívico, que é idealizado numa estrutura contínua, que remete à cobra Cascavel. E não só as estruturas já existentes estiveram na mira dos arquitetos. Preparar Cascavel para o futuro requer também a construção de novos espaços. O centro-de-bairro vem para atender essa demanda, sendo multiplicado em toda cidade e desempenhando dois papéis: ser um lugar de encontro da comunidade em festividades, cursos e atividades diversas e também se transformar em uma espécie de subprefeitura, oferecendo alguns serviços para evitar que a população precise de um longo deslocamento para o atendimento. São propostas ousadas, e até descritas na apresentação da mostra como utópicas. Mas já são vistas como viáveis. “Depende muito agora da aceitação de cada pessoa. Algumas vão gostar, outras não, e todas essas opiniões vão ser importantes para gente sentir o que cada um está pensando dessa Cascavel do futuro”, situa o secretário de planejamento de Cascavel na gestão 2009 - 2012, Ronald Drabik.

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CONCURSO CULTURAL DE FOTOGRAFIA

A Imobiliária Porto Seguro Personnalité convida você a clicar fotos de nossa cidade, de pessoas comuns, momentos bacanas, crianças brincado, pessoas no campo, plantações, rios, cachoeiras, fotos que falem do nosso cotidiano, que só podem ser clicadas por você. Fotos que falem além do olhar. Além do que se vê.

COMO PARTICIPAR

DATAS

As fotos podem ser tiradas com câmeras analógicas ou digitais e devem ser enviadas com seu nome e endereço para:

Envio das fotos Até 20/06/2013

Endereço Rua Afonso Pena, 1854, sala 02 CEP 85812-020 - Cascavel - PR

Período de votação 21/06/2013 até 01/07/2013 Resultado vencedor 02/07/2013

A QUEM SE DESTINA Para esse trabalho, nosso fotógrafo mais qualificado é você; protagonista do dia a dia! Saia por aí com a câmera na mão, de prontidão para notar e registrar aquele momento encantador, aquela imagem que vale mais do que mil palavras.

PREMIAÇÃO O vencedor ganha uma estadia com acompanhante no Hotel Loy Suítes (com jantar) em Porto Iguaçu, na Argentina. Além disso, as fotos ficarão expostas na Secretaria da Cultura de Cascavel, no espaço galeria Sierra e serão divulgadas em jornais locais.

E-mail vendas@portoseguroimobiliaria.com

MAIS INFORMAÇÕES CLIK CASCAVEL

REALIZAÇÃO


ESPELHO

O artista plástico Antonio Carlos Machado é um em vários: ele não deu as costas às circunstâncias e caiu de cabeça, mãos e pés no mundo das artes p o r Táti l a Perei ra

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fo to s Ro dri go Vi ei ra (R. Vie ira)


Em meio à bagunça organizada de obras e referências, o artista, cria, recria, inova. “Nós podemos reciclar materiais, assim como nós nos reciclamos”, acredita.

NA GRANDE SALA – daqueles apartamentos antigos - de uma época em que o espaço não era tão escasso e o mundo menos vertical –, existe um apanhadão de quase tudo! E é essa versatilidade que torna o trabalho de Antonio Carlos peculiar. Ele faz telas, mas ele também faz esculturas. Ah, tem ainda os trabalhos em grafite. As obras são de papel, ferro, estêncil, tecido, madeira, cerâmica, borracha… Ele cola, trança, lixa, desconstrói, encaixa e pinta, só não borda – ainda. A entrada no mundo das artes se deu com uma mudança. Em Londrina, na década de 1980, ele se formou em Educação Física. Após a formatura, ele escapuliu de lá, mudando-se de mala e cuia para Cascavel. O interesse pela área que hoje o consagra surgiu quase como uma autoafirmação: ao visitar algumas exposições, ele olhou as peças, olhou de novo e concluiu: “Isso eu faço melhor!”. Desde então, mergulhou de cabeça – e mãos – na arte de fazer arte. Os mais desavisados podem pensar: “mas o que, cargas d’água, há em comum entre um educador físico e um artista?”. Há mais semelhanças entre a Educação Física e as artes do que possa imaginar a nossa vã filosofia. “Têm tudo a ver! Ambos movimentam a veia estética!”, filosofa o artista. As duas áreas em que ele se empenhou possibilitaram o desenvolvimento de uma atividade paralela. A Oficina Te

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ESPELHO O CARA DA GALERIA

rapêutica da Secretaria de Saúde de Cascavel, ministrada por Antonio Carlos, faz com que jovens usuários de drogas consigam se reestabelecer, se colocar de novo na vida social, com pitadas artísticas. Na oficina, ele usa a arte adquirida de forma autodidata e a expressão e a didática aprendidas na faculdade de Educação Física, mas o ingrediente principal é a reconsquista da autonomia do próprio corpo e mente desses jovens, propiciada pelo trabalho. “Geralmente, as drogas diminuem a noção de pensamento, perspectiva, volume... A arte é um excelente processo terapêutico”, defende. Quando o assunto passa do trabalho para o reconhecimento, o ar sereno cede lugar ao semblante mais sisudo, reflexo das dificuldades enfrentadas pela classe artística, no interior ou nas capitais. Antonio Carlos não é um mero pitaqueiro, ele tem opiniões bem definidas sobre a arte. Acredita que a desunião da classe e o pouco incentivo recebido são os principais empecilhos para que os artistas sejam vistos com olhares preconceituosos. O que está bem claro para ele são os pontos altos e baixos no trabalho de quem está em uma cidade interiorana, como Cascavel, e quem está em uma capital, como Curitiba. “No Oeste do Paraná, nós nunca vamos estar na vanguarda, por sermos do interior, porém, a gente tem uma qualidade que é a fácil criação de identidade em

A sabatina é finalizada com a chegada de uma cachorrinha

nossos produtos. Em Curitiba, por exemplo, o que é diferente

simpática, fiel escudeira de Antonio. Na saída, o anfitrião teve

é o investimento e estudo de uma poética, é tudo muito bem

a preocupação em não nos deixar ter nenhuma surpresa ao

pensado. E isso os deixa léguas à nossa frente”, confessa.

descer as escadas: “Cuidado com o degrau!”, alertou. Na su-

Dissabores à parte, a sintonia entre a arte e Antonio Carlos

bida, talvez pela ansiedade em chegar, nem havia percebido

é viva e pulsante. Ele não para! Sai de uma exposição já com

que um degrau era maior, sinal da irregularidade tradicional-

a cabeça no que virá na próxima. No mar de referências que

mente presente nos prédios mais antigos. O reflexo da irre-

ele tem, parece que é só dar uma fuçadinha no baú das ideias

gularidade da morada parece não incomodar e, até mesmo,

que logo vem algo novo. Pelos cantos do ateliê, observam-

ser um bocado inspirador para o artista nada regular.

-se algumas miniaturas, cheias de graça. Elas são os protótipos para futuras obras. Além disso, o bloquinho de anotações é um dos grandes companheiros dele. Tudo que pinta na vasta imaginação, ele vai anotando, e os traços se tornam esboços, que, quando der, vão se transformar em mais algumas de suas peças. Mas, às vezes, nem desses “rabiscos” ele precisa. “Quando eu já estou com todos os materiais na mão, já vou fazendo, sem planejar muito”.

“ “N ós p ode m o s re c i c l a r ma teri a i s, a s s i m co m o n ó s nos re c i c l a m o s ”

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A musa do ateliê Antonio Carlos e Pablo Picasso têm algo em comum: Picasso tem várias musas que se transformam em uma; já Antonio tem uma musa que pode se tornar várias. Ela tem quatro pernas, às vezes tem braços, e nos trabalhos parece ter vida própria. Adivinhou? Pelas fotos já deu para perceber que estou falando da cadeira. Pelos 96 m2 do ateliê, o que mais se vê é ela, toda toda. Primeiro, nos protótipos, sobre uma prateleira. Elas estão ali, presas em uma redoma de vidro para quando o artista decidir fazê-las em uma proporção maior. Os quadros também brincam de ser bonitos com o desenho das inspiradoras peças. Só que o mais inusitado estava guardado em uma caixa, escondidinho: uma sessão de fotos de uma cadeira pelas ruas da cidade! Ele colocou a “modelo” em diversas situações e ela se deleitou em poses. Depois da longa sessão fotográfica – de cansar a beleza -, a cadeira, simplesmente, “desencarnou” e virou sombra. A predileção por esse móvel tem uma explicação democrática. “A cadeira é um ícone comum na sociedade. Ela pode ser colocada em várias situações: pode ser um trono com seus reis e rainhas ou ainda pode ser um banco de praça, onde sentam pessoas dos mais variados tipos”, conta Antonio Carlos.

Antonio Carlos também usa sua arte para se compreender. Esse autorretrato – um de vários – tenta decifrar a alma desse artista.

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LIFESTYLE

MEU PASSAPORTE

E l Ateneo

Num mundo em que o desenvolvimento tecnológico acelera numa velocidade estrondosa, ler assim, coladinho no papel, sentindo a aspereza das páginas e o cheiro da tinta no impresso, ainda é um prazer sem substituto para muitos. E uma casa com livros merece, claro, um cantinho para eles e para o momento sagrado da leitura. Vida longa aos espaços deliciosos e convidativos a um desfrute literário, porque eles são nosso passaporte, nosso passe livre para viagens viciantes! p o r Marcel e Anto ni o

fo to s Di v ul gação

ERA FIM DE tarde e a varanda de casa chamava para uma

dela: cheio de mimos, com um canto reservado para guardar

leitura. Era daqueles dias em que as palavras do livro pare-

os livros e com a iluminação perfeita para uma leitura agra-

ciam escolhidas a dedo para o contexto e o contexto eleito

dável. “Nele eu estou cercada de coisas que me agradam, me

para aquelas páginas. Era o momento mais harmônico entre

sinto confortável. A única coisa que falta é uma poltrona per-

ambiente e situação: ler, encostada nas almofadas da na-

to da minha estante de livros”, descreve.

moradeira, protegida pela sombra das primaveras plantadas

Ela até tenta ler em outros locais, mas nada é tão bom

no alto de um pergolado, era a tentativa mais acertada para

quanto o próprio canto. “Eu sempre ando com pelo menos

esquecer o resto do mundo ou viajar por ele.

um livro na bolsa para ler quando tenho que esperar algo ou

O casamento entre lugar e leitura é antigo, romântico e cheio

alguém, mas não é sempre que eu consigo me concentrar”,

de particularidades. Se para mim a varanda era o canto da

conta Melina.

casa mais convidativo à degustação de palavras, para outras

Apesar de raros, alguns estabelecimentos comerciais pos-

pessoas poderia ser a sala, o escritório, uma parte mais ilu-

suem espaços convidativos. Muito mais do que simples-

minada do quarto. Não importa: os viajantes dos livros sem-

mente munir o cliente de revistas velhas, alguns lugares por

pre têm um espaço que consideram sagrado para a leitura. É

aí estão valorizando mais o tempo de espera. Dona de um

essa combinação entre a atmosfera do lugar e as páginas a

brechó cascavelense cheio de conceito, Julia Orso, tem na

serem lidas que ditam todo o clima da viagem.

sua loja um espaço reservado para os clientes que quiserem

Correr os olhos pelas páginas, juntar as sílabas num proces-

sentar e esperar na companhia de uma boa leitura. “Acho

so quase compulsivo: a leitura é uma viagem intrigante e vi-

que o interesse por leitura tem a ver com as pessoas que

ciante para muitos. Melina Souza é uma blogueira curitibana

compram em brechós. Tenho alguns livros retrô, de fotogra-

que tem um ritmo intenso de leitura. “Tento ler pelo menos

fia, além de revistas... Considero um canto cool”, ressalta.

um ou dois livros por semana. Quando estou com mais tempo livre aproveito pra ler mais. Em novembro, eu li 10 livros”, contabiliza. Dentro da casa da “Mel”, como gosta de ser chamada, não tem lugar mais aconchegante do que o quarto 61


LIFESTYLE M E U PASSAPORTE

Ler... em cada canto do mundo! Ficou automático, virou rotina: comprar livros pela internet é rápido, muitas vezes mais barato e mais cômodo. Enquanto as livrarias online são opção número um para os leitores mais moderninhos, na contramão de toda tecnologia, as livrarias físicas, lotadas de estantes, também continuam cheias de adeptos. Mesmo em meio à facilidade de se ler pelo computador ou adquirir um livro apenas dando um clique, aquela sensação única de encantamento pelos livros empilhados, enfileirados, quase postos à mesa esperando alguém saboreá-los, ainda se mantém muito nítida nos amantes da leitura. Tanto que, pelo mundo, algumas livrarias se tornaram pontos turísticos e estão na rota daqueles que nunca conseguem retornar de uma viagem sem trazer na mala um exemplar a mais. El Ateneo, em Buenos Aires, é um desses lugares emblemáticos. A rede de livrarias, fundada em 1912, se tornou ícone da cultura argentina e é impressionante pela grandeza dos prédios. É a queridinha de muita gente não só pelo charme intrínseco de lugares repletos de livros, mas por ser completa: espaço confortável para leitura, cafés, pontos de música e um refúgio destinado aos pequenos leitores.

Já na cidade luz, a livraria Shakespeare and Company deixa quem entra intrigado. A livraria não fica no roteiro tradicional de turismo, mas quem vai até Paris não pode deixar de conhecer a “bagunça deliciosa” da livraria. O cenário é repleto de paredes cobertas de livros, suportes empoeirados, livros revirados, revistas e jornais espalhados. O que impressiona, nesse caso, não é a imponência do tamanho, mas sim, da grandeza histórica do prédio: Shakespeare and Company está onde antes funcionava um antigo monastério do século XVI. O lugar foi centro da agitação cultural das décadas de 1920 e 1930 e até hoje é frequentado por grandes escritores. No Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo abrigam dois desses locais que parecem ter alma. Para os cariocas, a Livraria da Travessa é sinônimo de viagem pelo tempo, por carregar no histórico o título de ponto de encontro dos poetas, da militância política, moda, arte de vanguarda e contracultura. Por muito tempo, foi chamada de “Muro”, e só em meados de 1990, recebeu o nome “Travessa”, em função do endereço: a primeira loja ficava situada Travessa do Ouvidor, no centro, mas hoje tem filiais espalhadas pelo Rio.

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Exemplares de sobra para alimentar o vicio literário. No Library Hotel, são 6000 livros que abrangem Ciências Sociais, Literatura, Idiomas, História, Matemática e Ciência, Conhecimentos gerais, Tecnologia, Filosofia, Artes e Religião.

A Livraria Cultura é o point paulistano quando o assunto é leitura. Fundada em 1947, a livraria conta com um acervo rico: mais de dois milhões de títulos. O charme já começa pelo local onde ela está situada: na Rua Augusta, que representou o glamour e a diversão dos jovens paulistas da década de 60 e hoje é spot alternativo. Uma das filiais da Livraria Cultura serviu até de cenário para o sonho romântico de um casal: os economistas Laura Karpuscas e Marcos Ross trocaram alianças em meio aos livros. No Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, aconteceu a festa de casamento dentro da Livraria Cultura. E adivinha o que tinha na lista de presentes desses noivos literários? Livros, claro!

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BUCKET LIST

SPOTS PRA LÁ DE COLORIDOS AO REDOR DO MUNDO

D estinos tur ísticos onde as cores transcendem os muros e fachadas para

Chefchaouen, a cidade azul do Marrocos

Max Solomon

Menos conhecida do que as célebres Casablanca e Fez (ambas, palcos de filmes mundo afora) , Chefchaouen corre por fora para ganhar o título de cidade mais acolhedora do Marrocos. Muito por causa do clima descontraído da cidade, que

fa z er parte da identidade

é tida pelos viajantes como o melhor lugar para descansar

de um lugar

As razões para o lugar ao pódio seriam várias, e é por isso

no país. que Chefchaouen acumula curiosidades: é uma cidade quase que totalmente pintada de azul pelos judeus que ali moravam em 1930, e cuja tradição se mantém até hoje. O motivo da escolha da cor é menos decorativo do que se imagina:

po r C l a r i s s a D o n d a

fo to s Di v ul gação

mais do que fazer bem aos olhos, o azul de Chefchaouen faz bem à pele: acredita-se que a tinta azul possui um ativo químico que, além de proporcionar essa tonalidade, afasta mosquitos e outros tipos de insetos que possam incomodar os moradores. Uma vantagem à aplicação inseticida da cor é o potencial calmante que o azul propicia e que poderia explicar também o clima tranquilo da cidade. Ou, talvez, o fato de que, nos arredores da cidade, estão as maiores plantações de haxixe e cannabis do Marrocos, muito procuradas pela ala mais liberal dos viajantes. As explicações não importam, na prática: Chefchaouen é um deleite calmo aos olhos, uma joia azul em plena montanha, e merece a visita, sem receio, de quem estiver de passagem pelo Marrocos - com a vantagem de que não tem problema se esquecer o repelente de inseto para trás. O azul garante: picada de mosquito, não tem.

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BUCKET LIST

Os campos de tulipas da Holanda Dizem que a primeira tulipa foi plantada em solo holandês em 1593. E, como nas raras ocasiões em que é a natureza e não o homem quem colore a paisagem, aconteceu o esperado: a Holanda se apaixonou pela flor. E desabrochou, florescendo em um país de paisagens caleidoscópicas, multicoloridas e exuberantes. A cultura orgânica ganhou ares de indústria e virou ícone, decoração e produto exportado para o mundo. Mas, em viagem, vale a pena fazer o caminho inverso até esse pequeno país e conhecer a Bollenstreek Route, ou “Rota das Flores”, que começa em Haarlem e desce, encantadora, passando por Lisse até Leiden. É nessa estrada que os campos se vestem de tulipas, desabrochando em cores vibrantes e aquecendo o horizonte. São Jane Dutton

algumas horas de carro, várias paradas a gosto, um mergulho no cultivo de bulbos que se tornarão tulipas da mais absoluta cor. Para completar o roteiro, campos arrebatadores em formas e pantones - tudo para fazer duvidar de qualquer propaganda em que a cor da Holanda seja, pura e tão-somente, laranja. Quando ir? Programe sua viagem entre abril e maio, quando a beleza dos campos atingem o clímax. Há quem as subestime, dizendo que são flores lindas, porém sem cheiro. Mas honestamente: com campos de tamanha intensidade em cor? É como sentir perfume com os olhos. Caminito e suas cores de casa

Às vezes, são os acasos que tornam um recanto famoso. Isso é uma frequente, especialmente nas cidades grandes, que se reinventam elas próprias pelas mãos de seus artistas. Foi assim, sem querer, que um grupo de vizinhos decidiu limpar e recuperar o bairro em que viviam. Uma benfeitoria comunitária simples, caso não estivesse entre os voluntários o pintor argentino Benito Quinquela Martín, que se inspirou em sua passagem por portos para criar uma paisagem única, urbana, com casas montadas por chapas de zinco. A todas elas, acrescentaria cor, muita cor. Nascia Caminito, a rua do Bairro da Boca, em Buenos Aires, tão alegre e bela quanto a simplicidade da música de tango que batizaria esse trecho. Se hoje bailarinos de tango traduzem para os turistas a alma sedutora desta rua em passos de tango, muito se deve à identidade que Benito quis imprimir àquele trecho do bairro e que jamais conseguiu reproduzir em nenhuma outra Luis Argerich

localidade em toda a sua carreira. Às propostas que recebia para colorir, em tons e formas, outras cidades, ele declinava, explicando: “Da fusão entre o indivíduo e o ambiente nasce aquilo que se chama de cor local. Para atingir a cor local, há que ser um artista local”. E, a considerar por Caminito, ele devia estar certo: tem milagres que só santo de casa mesmo.

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RELAX

ESTADIA PRODUTIVA U m ho tel na Tailândia prom ete um a experi ênci a di ferente: féri a s rel a xa ntes e ao mes mo tem po repl etas de produti vi dade. A com bi na çã o é: p i sc ina, mar, livro s , dis cos e fi l m es!

p o r Marcel e Anto ni o fo to s Di v ul gação

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A SUA INSPIRAçÃO para ler vem melhor em um espaço fechado como uma biblioteca ou em um ambiente arejado como uma praia?! Talvez a tradicional biblioteca cercada de estantes seja ideal para manter a concentração, mas quando o assunto é férias, viagem e relaxamento, a pedida é ler ao ar livre. No The Library, hotel tailandês, o tempo de férias não é só “gasto”, é otimizado. Tudo ajuda: a estrutura é um convite a um lazer produtivo. Neste hotel, o descanso pode se transformar em um período de assimilação de um repertório completo: dá para ler muito, assistir filmes e curtir música boa. Espaço por espaço. Cada centímetro do hotel foi projetado para que o hóspede não queira voltar para casa. Olha só que privilégio: dá para ler tendo a praia como vista e as árvores fazendo sombra, já que são 50 metros de área à beira-mar com mais de seis mil metros quadrados de terra ao redor. Ao longo da área praiana, são feitas várias atividades recreativas. O espaço conta com um restaurante de nome bastante sugestivo: “The Page”. Aqui nem o banho de piscina é convencional: o vermelhão vivo proporciona quase uma terapia cromática! E as sensações vão mudando conforme a iluminação natural: no entardecer, a cor já é totalmente outra! A “pool” é chamativa, mas o destaque e a essência do hotel tailandês estão mesmo é na biblioteca, toda clean, chamada carinhosamente de “the lib”. Exemplares de livros dos mais variados estilos, filmes, jogos... Tudo por um período de férias cheio de descanso e cultura!

Por dentro A ideia, em tudo, é ser minimalista. Simplicidade é a peça-chave para um ambiente interno que apresente harmonia com a natureza que circunda o hotel. Os quartos se dividem em suítes, que ficam no térreo, e nos outros pisos, os “studios”. A intenção é ser exótico e inteligente, simples e convidativo. O texto de apresentacão do conceito do hotel já diz: “A questão da vida não é quanto tempo temos, mas o que fazemos com ele!”. The Library quer que seu tempo dentro do hotel seja intenso. Tanto que oferece a opção de organizar e sediar seu jantar de aniversário, jantar romântico ou outro tipo de evento. Pode ser uma simples refeicão particular, ou pode ser a comemoracão da sua vida, como por exemplo, a festa de casamento. Mas se optar por dias mais tranquilos, se você terminar de ler um livro durante a estadia, boa parte da missão do hotel estará cumprida.

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RELAX E STADIA PRODUTIVA

Por FORA O verde da grama não basta: um hotel “conceito” como esse precisa de algo mais. E ele está, nesse caso, nas peças de arte e esculturas que ajudam a compor a paisagem externa do local. Não que toda a composição de mar, areia e natureza já não fosse suficientemente bela e convidativa, mas detalhes espalhados pelo ambiente fazem toda diferença e remetem sempre à principal temática do hotel: a leitura. Simplificando a ideia, tudo o que o The Library faz é traduzir em um hotel o desejo de muitos viajantes: o de deixar de lado os escritórios apertados, as quatro paredes munidas de ar-condicionado, para dar lugar aos ambientes abertos e arejados deliciosa e naturalmente pelo vento.

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SKETCH MAP

VIAGEM AMARELA Depois de três meses em contato com a simpatia asiática, o estudante de psicologia Brian Baldrati elege cinco paradas imperdíveis para você que quer se aventurar pela terra do sol nascente fotos B r ian B ald rati

Bagan, Myanmar

Chiang Mai, Tailândia

“Myanmar é um destino incrível para quem está afim de co-

“Uma cidade com uma gran-

nhecer um país não tão turístico. Há um famoso parque ar-

de riqueza cultural, rodeada

queológico com mais de 3000 templos budistas – alguns já

por montanhas e com mui-

destruídos pela ação do tempo. Subir em qualquer um deles

tas atividades interessantes.

e observar a vista de lá é, de fato, deslumbrante. Para tra-

Entre elas, andar de elefan-

fegar pelo país, não se esqueça de levar uns dólares extras,

te... Ou, se preferir um pouco

não existe a possibilidade de pagar nada com cartão de cré-

mais de adrenalina, que tal

dito/débito. Só se aceita pagamento em dinheiro por tudo!”

entrar em uma jaula com alguns tigres? Um ótimo destino para relaxar, comer mui-

Tam Coc, Vietnã

to bem (e barato). Não deixe

“Apesar de Halong Bay ser um dos pontos mais tu-

de experimentar o prato típi-

rísticos no Vietnã, a minha indicação é Tam Coc. Lo-

co: o Padthai.”

calizado a aproximadamente duas horas ao sul de Hanoi, o destino reúne um rio sinuoso com uma paisagem repleta de arrozais grandiosos. Um local incrível para se fazer o famoso passeio de barco, no qual o ‘comandante’ rema com os pés, técnica utilizada na região.”

Gili, Indonésia “Gili é na verdade um arquipélago de três pequenas ilhas – (Gili T, Gili M e Gili Air), perto de Bali. Um ótimo local para quem tem interesse em relaxar! Na ilha, não há carros, e a água turquesa transparente do oceano promove um contraste com a areia branquinha. Só pra completar, é um local muito bom para se fazer mergulhos e deparar com tartarugas gigantes!” Angkor Wat, Camboja “Patrimônio da UNESCO e considerado o maior templo religioso do mundo, Angkor é um dos melhores lugares do sudeste asiático para apreciar o amanhecer em frente a um dos lagos (represas) que há por ali. A paisagem é realmente indescritível, porém, turista é o que não falta por lá.”


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A FUTURE HOME ESTÁ SEMPRE À FRENTE, DE OLHO NO FUTURO. POR ISSO, APRESENTA PARA VOCÊ A LINHA DE PRODUTOS FIBARO.

O sistema Fibaro se diferencia em vários níveis, desde a facilidade de instalação, performance, possibilidade de expansão, robustez e, principalmente, inteligência na administração de ações, controle de acesso, monitoramento, automação de tarefas, segurança, acesso remoto, GPS e muito mais. Fibaro é mais do que um controle de iluminação, áudio e vídeo, é um novo conceito em automação residencial sem fio. Foi criado com foco na experiência do usuário e pode ser instalado em qualquer ambiente, casa, apartamento ou empresa. Agende uma visita na Future Home e abra as portas para a tecnologia.

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POR AÍ

PASSEIO GUIADO p or Giovan a Dan q u ie li e Tátila Pe rei ra

fotos A l yson Correi a

Pensando em ajudar você a economizar um tempinho quando o assunto é reforma ou construção, nós da ConstruArch visitamos lojas que são referência nos segmentos de tintas, móveis, revestimentos, iluminação e decoração em Cascavel. Porém, não fizemos isso sozinhos, não! A designer de interiores Patricia Gomes nos conduziu pelo caminho das pedras – que nesse caso não foi nada difícil, mas trabalhoso – e indicou inúmeras boas opções de compra. Bom gosto, estilo e modernidade é o que apresentamos nas próximas páginas! Venha com a gente e fique à vontade.

PATRICIA GOMES é pedagoga por formação. Até lecionou, mas a sala de

aula não era o que mais lhe atraía profissionalmente. O gosto por decoração levou Patricia a trocar o quadro e o giz por pranchetas e rabiscos elaborados; pós-graduou-se em arquitetura de interiores e designer mobiliário para aperfeiçoar conhecimento e técnicas e nunca mais pensou em trocar de área! Com olhar detalhista e atenta ao desejo dos clientes, ela alcança belos resultados com peças modernas mescladas a móveis que contam história, o que torna cada ambiente único e bastante pessoal. Espaços sustentáveis são a marca pessoal de Patricia que busca na releitura de mobílias e reaproveitamento de peças atender à expectativa do cliente. Há 22 anos no mercado, a designer de interiores Patricia Gomes é sinônimo de bom gosto e personalidade.

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POR AÍ CASA DAS TI NTAS


CASA DAS TINTAS Colorido inspirado Colorir uma parede ou todo um ambiente não é tão simples quanto parece. A tonalidade precisa harmonizar com móveis, objetos decorativos e não pode causar sensações desconfortáveis. Nesse caso, a ideia da cor escolhida pode lhe acompanhar até a porta da loja, mas, por lá, é possível que alternativas inusitadas tomem conta do projeto. Os nomes das cores dão o tom à brincadeira. A linha Decora 2013 Curiosidade Sabe aquela cor que chamou atenção e você a quer na parede de casa, mas não tem ideia de qual seja a tonalidade correta? A solução pode estar na utilização do colorímetro. Esse aparelhinho superprático lê a cor em qualquer superfície e encontra – dentro da paleta de cores armazenadas na memória – aquela que mais se assemelha. Pronto! Resolvido o problema, agora é só colorir! O colorímetro é uma ótima ferramenta para arquitetos e decoradores.

da Coral incorpora a criatividade e a subjetividade. Quando você imaginou comprar uma lata de tinta da cor Canto do Azulão? Violeta Inspirado? Pois é, essa é uma das tendências para o segmento. Segundo Patricia, ambientes amplos com pé direito duplo, lounges, bibliotecas ou até mesmo quartos são receptivos à tonalidade Violeta Inspirado, por exemplo, que impõe presença sozinha. Porém, se a ideia for mesclar tons, a dica de combinação é o uso de cores próximas na paleta. A linha Super Lavável está entre as boas sugestões para quem quer a pintura pronta em pouco tempo e sem aquele odor desagradável de tinta. Superlavável, antimanchas e sem cheiro, a opção se torna uma boa pedida quando o assunto é praticidade. A aplicação de cores fortes como essa pede cuidado. Fabricio Wazilewski, proprietário da Casa das Tintas, recomenda a passada de três demãos para uma cobertura ideal e completa. O litro da tinta custa R$ 21.

Saia, pó! Na baderna generalizada existente em uma obra, qualquer coisa que possa amenizar a sujeira é bem-vinda. E a lixa e a máquina da Mirka estão aí para isso. Elas formam uma lixadeira que, incrivelmente, não gera pó. Isso porque, acoplado a ela, vem um saco coletor que vai aspirando o pó que sai das paredes. Alérgicos e também não alérgicos levantarão as mãos para o céu. Se a obra for só uma reforma então, fica ainda mais simples, pois aquele pó incômodo não fica impregnado pela casa. Aos pintores mais resistentes à tecnologia, um aviso: é melhor investir em um produto como esse do que expor seu cliente à bagunça. Pode ser o seu diferencial. A máquina custa R$ 2.000 e a lixa R$ 5,90 a unidade.

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POR AÍ SÓ SÓ COLCHÕES


SÓ SÓ COLCHÕES Esquecer a correria do dia a dia descansando em um delicioso colchão é o desejo de dez entre dez pessoas. Nada como conforto e aconchego durante as horas de sono – cada vez mais curtas – para revigorar e despertar animado. Tapete para todas as horas – e espaços! Para não pensar apenas no sono gostoso, a dica é um belo e prático tapete. Para ela, essa peça se equipara a uma cortina: indispensável! A linha Dream da São Carlos, disponível na Só Só Colchões, é formada por produtos 100% acrílico, por isso, não há desculpa de alergia que cole para deixar de ter um tapete em casa. A limpeza é facilitada, pois, o acrílico não mancha. Com um aspirador de pó, todo problema de limpeza é resolvido! A sugestão fica para uso no home ou estar. Além de prático, a peça transmite aconchego. R$ 1.400

Por isso, na hora de dormir, o mínimo que se pede é o melhor. A designer Patricia sugere duas opções: um colchão Pierre Cardin e um Sealy, ambos representados no Brasil pela Mannes. Escolher entre os dois será tarefa difícil. Conforto renomado O Pierre Cardin système de double possui sistema que agrega as qualidades da mola superelastic com a individualidade das molas Pocket. Na prática, o que reina nesse colchão é a individualidade de cada lado da cama. A espuma de alta densidade, molda-se ao corpo, aliviando a tensão e a pressão nos músculos. Além de confortável, esse colchão é puro charme! O tecido de malha de alta qualidade (440 gramas) é bordado e com listras de tafetá com linho. Elegância e sofisticação na hora do descanso. R$ 5.500

Adeus, noites mal dOrmidas! Já o colchão Sealy Wimblebon possui molas Posturetech, com design exclusivo que proporciona suporte extensivo e maior conforto e durabilidade. O produto possui braços sensoriais que percebem e respondem adequadamente às variações de peso, proporcionando conforto e evitando dores musculares. A espuma não deforma e possui tratamento antiácaros, antimofo e antialérgico. R$ 3.000 Descanso refrescante Para completar o sono revigorante, um travesseiro que não lhe cause alergias e, de quebra, transmita sensação de frescor durante toda a noite. A Castor possui a peça que se encaixa nessa necessidade. Ele não deixa em nada a desejar: 100% látex e reciclável, o travesseiro tem esferas de gel clinicamente testado que possui ação refrescante na superfície. A proprietária da Só Só Colchões, Joanny Cantão, aprova e indica o produto! O diferencial – além do gel – é o látex, o qual proporciona a durabilidade do travesseiro por muitos anos. R$ 395

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POR AÍ P REM IU M I LUMI NAÇÃO

Com cara de cinema O indicado do proprietário da Premium, Ricardo Furlan, é o holofote cromado. Com formato que remete à iluminação de cinema, a peça faz sucesso em áreas comerciais, espaços gourmet ou até mesmo em espaços para lazer. Democrático, o holofote pode conversar com outros objetos compondo um ambiente como uma sala de estar. R$ 2.039


PREMIUM ILUMINAÇÃO A arte de combinar belas peças decorativas e luminárias pede conhecimento, bom gosto e uma boa loja que lhe proporcione acesso a produtos de qualidade. Imagine uma sala bem montada, um quarto moderno, ou o escritório. Todos os espaços merecem uma iluminação que valorize e crie sensações interessantes! Até porque, ela faz parte do décor. Aconchego, valorização de espaços, criação de cenas, enfim, os projetos luminotécnicos estão em todos os espaços, inFoco no essencial

clusive nas casas. Na hora da escolha, é preciso se ater aos

Já o embutido retangular da Interpam conta com difusor

detalhes e ter por perto profissionais instruídos sobre as

em policarbonato sem moldura, em alumínio pintado por

novidades do mercado para você não errar a mão na hora

processo eletrostático (estufa). A peça, chumbada ao forro,

da compra. Nesse quesito, a Premium Iluminação é a dica da

possui um sistema de orientação do foco da lâmpada. Um

designer Patricia Gomes. Lá é possível encontrar inúmeras

recorte no gesso e uma ideia de combinação podem render

opções da moda e também peças tradicionais. Antes de ir,

um belo cenário tanto em um espaço de circulação, em um

ligue e agende um horário, pois a boutique de iluminação lhe

closet ou até mesmo em um restaurante. R$ 461

oferece comodidade e atendimento exclusivos para proporcionar uma compra sem pressa e planejada.

Luz com gabarito A primeira sugestão é para quem pensa em iluminar um hall de entrada, home, ou qualquer outro espaço mais amplo. O detalhe está na valorização da peça: o float escolhido possui um metro de diâmetro e pende charmosamente do teto. Ele possui um quê sustentável ao utilizar lâmpadas de LED que, mesmo com um valor mais alto, compensam pela durabilidade. R$ 2.799

Romântico iluminar! Chamá-lo de romântico pode até ser arriscado. O pendente plissado tem cara vintage, mas nem por isso, deixa de fazer sucesso em qualquer ambiente moderno. Imagine essa peça toda-toda sobre uma mesa de jantar, em um vão ou escada. R$ 3.400

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POR AÍ CE M E NT DESIGN


CEMENT DESIGN Microcimento decorativo. Revestimento sustentável para qualquer ambiente externo ou interno. Aplicação que não gera entulho e concede ao espaço aspecto moderno e ecologicamente correto. Além da bela apresentação, o produto – quando seguidas todas as recomendações de manutenção – pode durar bastante tempo! A garantia é de dois anos e a aplicação possui um ritual que é protagonizado por profissionais qualificados. Isso quer dizer que a Cement Design entrega o revestimento sobre a superfície, restando ao cliente apenas admirar o resultado. O custo do metro quaRevestir com sustentabilidade!

drado – com a mão-de-obra inclusa – varia entre R$ 120 e

Entre tantas opções ofertadas pela marca, que tem sede em

R$ 190. São 46 cores disponíveis na tabela. O microcimento

Madri – Espanha (de onde vem todo o produto) o cimento

pode encobrir áreas de vidro, madeira ou alvenaria. Na opi-

queimado é um dos mais pedidos. Serve tanto para espaços

nião da designer de interiores Patrícia Gomes, esse reves-

comerciais, quanto para residenciais. A aplicação que imita

timento pode ser o destaque de qualquer espaço, tanto em

o efeito de ferrugem também caiu no gosto de arquitetos e

áreas externas quanto em um banheiro, por exemplo.

decoradores. Essa segunda possui um diferencial: quando exposta às intempéries climáticas, a cor muda e a “ferrugem” aumenta. No quesito revestimento sustentável e moderno, Cascavel sai na frente de cidades como Curitiba e Maringá por ser a única do estado a ter showroom da marca espanhola. A Cement Design possui como representante no Paraná, o arquiteto Yan Guimarães, que aconselha a aplicação desse revestimento de alto padrão para todo e qualquer espaço. O que vale nessa hora é a criatividade.

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POR AÍ OBJETTO CASA


OBJETTO CASA O luxo está diretamente ligado ao conforto. Nesse ponto, a Objetto Casa acerta o alvo na primeira tentativa. Uma loja envolvente e completa para quem quer requinte e sofisticação, seja em qual espaço for. Peças para todos os ambientes e gostos estão expostos de forma harmônica e bem iluminada, recortando detalhes e possibilitando ao cliente observar os pormenores. A loja de Indiara de Souza detém a venda exclusiva de inúmeras marcas de móveis e estofados; diferencial que atrai quem aprecia o requinte etiquetado.

Rústico em alta

Elegância na medida certa

Para manter a linha sustentável e moderna, fica

A designer de interiores Patricia Go-

a sugestão: são móveis feitos a partir de madeira

mes indica a aconchegante e gla-

de demolição. Eles esbanjam o que há de belo na

murosa poltrona Lille da Germânia

retomada do passado. Algo que combina com as

Estofados. Seja numa cor mais séria

inspirações da designer, que preza pela mescla

ou colorida na medida certa, ela não

entre peças modernas e atraentes contrastan-

disputa espaço com peças decorati-

do harmoniosamente em ambientes que contam

vas. Orna com outros objetos sem di-

histórias. No caso, o aparador Ellipse, o qual traz

ficuldade no quarto, num espaço para

na sua composição madeira dos séculos XIX e XX

leitura ou mesmo substituindo sofás

atrelada à leveza do vidro. Uma peça curinga, que

na sala. Com ela, o visual da casa fica-

pode ser usada nas costas do sofá, no hall de en-

rá encantador. R$ 4.533

trada da casa ou mesmo na sala de estar. A rusticidade está em alta e invadiu todos os cômodos. Estilo para quem tem bom gosto. R$ 3.514

Bem-estar luxuoso Já o sofá de couro Shift da Italsofa é – além de novidade – opção a quem procura comodidade e beleza para a hora do descanso. Com design arrojado, ele não demonstra, mas é cheio de mimos; exemplo, o encosto individual para a cabeça. Conforto, beleza e sofisticação. Patricia argumenta que geralmente é na sala que o homem opina sobre o que comprar. Com a redução do tamanho das residências, o home e o estar se tornaram um único espaço dentro de casa. Um sofá confortável e bonito – para a hora do filme e de receber amigos – é a boa pedida para manter a harmonia. A marca valoriza a preservação ambiental e se mostra disposta a investir em sustentabilidade, inovando no processamento do couro e evitando o uso de produtos que agridem a natureza. Estofado Shif dois lugares R$ 7.850 Poltrona R$ 4.473 cada peça.

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POR AÍ FORMA & CONFORTO


FORMA & CONFORTO Exclusividade é a cereja-do-bolo por aqui. Melhor do que ter produtos de alta qualidade e marcas renomadas, é ter algo que pouca gente ou só você tenha. E é a isso que a Forma & Conforto se propõe, acrescentando ainda uma pitada – generosa - de atendimento personalizado. Na seleção feita pela designer Patricia Gomes e por uma das proprietárias da loja, Débora Cavalli, é impossível não rolar uma química com cada peça. Um giro na janela Para as janelas, foi escolhida uma persiana da marca Luxaflex: a Pirouette – que vem da palavra “pirueta” mesmo traz liberdade de movimento e versatilidade ao ambiente. O design sofisticado permite controle da luminosidade. É possível a visualização do ambiente externo com o recolhimento dos gomos de tecido, assim como a total privacidade quando fechada, graças ao inteligente sistema invisi-lift, que recolhe esses mesmos gomos com o uso de “cordões não aparentes” - quase mágica. Por uma parede mais vivaz Cor não é problema nas coleções da Eijffinger, distribuída pela Orlean. Estampas românticas, acompanhadas das mais diversas texturas, formam o leque de opções da marca. Difícil fazer uma escolha em meio a tantos papéis de paredes agradáveis ao olhar. Patricia não economizou na beleza e apontou o dedo para a coleção Gràcia, neste tom de azul que deixa o dia mais bonito.

Tá colorido lá fora Os atributos litorâneos brasileiros são a inspiração da coleção Noronha da Saccaro. Entre trançados e cores, este compilado de móveis engloba espreguiçadeiras, mesas laterais e de centro, poltronas e sofás, como este selecionado pela designer Patricia. Peça versátil, não restringe cores que, à primeira vista, não combinariam.

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ONDE ENCONTRAR A Lot Of

Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 256 São Paulo – SP (11) 3068 8891 / 3068 9370 www.alotof.com.br Carlos Salamanca

Rua Raimundo Leonardi, 1675. Toledo – PR (45) 3054-0137 www.carlosalamanca.com.br Casa das Tintas

Rua Paraná, 3736 - Centro Cascavel - PR (45) 3223-3484 www.casadastintascascavel.com.br Cement Design

Rua Vicente Machado, 1434 Cascavel – PR (45) 3222 – 4842 www.cementdesign.eu Con-Art

Etna

Rua Prof. Pedro V. P. de Souza, 600 Curitiba - PR 0800 770 6771 www.etna.com.br Floricultura Romana

Rua Haiti, 45 Cascavel - PR (45) 3227-8080 www.floriculturaromana.com.br Forma & Conforto

Rua Visconde de Guarapuava, 2022 Cascavel – PR (45) 3038-4278 www.formaeconforto.com.br Forma Design interiores

Oren

Rua Augusta, 2409 São Paulo - SP (11) 3062-8669 www.oren.com.br Porto Design

Canhanduba Itajaí-SC (47) 2104-6100 www.portodesign.com.br Premium Iluminação

Avenida Tancredo Neves, 730 Cascavel – PR (45) 3038-4600 www.premiumiluminacao.com.br PS do Brasil – Portas em rolo

Avenida Presidente Kennedy, 1700 Maravilha – SC (49) 3664 – 0094 www.psdobrasil.com.br Saota

Rua Piratini, 1727 Toledo – PR (45) 3055-3400 www.con-artdecor.com.br

Rua São João, 7048 Toledo – PR (45) 3055-7900 www.formadesign.art.br

109 Hatfield Street, Gardens Cape Town, South Africa 27 21 468 4400

Desfiacoco

Ibacana

Rua Paraná, 3518 Cascavel – PR (45) 3038-2845 www.sosocolchoes.com.br

Rua Cel. Manoel A. Ribas do Amaral, 125 Curitiba - PR (41) 3027-5239 www.desfiacoco.com

(11) 2626-0495 www.ibacana.com.br

(11) 3289-9664 www.designnmaniaa.com.br Desmobília

Isabella Dalfovo

Rua Francisco Nunes, 951 Curitiba – PR (41) 3072-6827 www.desmobilia.com.br Dwell Studio

www.dwellstudio.com Eldingo Scarson

Hammarby fabriksväg 43 plan 6 120 33 Estocolmo, Suécia 46 (0)73-640 26 26 www.eldingoscarson.com Espaço Til

Alameda Campinas, 1257 São Paulo - SP (11) 3885-9917 / 3885-6204 www.espacotil.com.br Esther Giobbi

Rua Lisboa, 344 São Paulo – SP (11) 2364-7970 www.esthergiobbi.com.br

Só só Colchões

Inusual

Rua Humaitá, 168 Bento Gonçalves - RS (54) 3055-4353 www.inusual.com.br

Design Mania

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Etel interiores

Alameda Miguel Monteiro da Silva, 1834 São Paulo/SP (11) 3064-1266 www.etelinteriores.com.br

R. Curitiba, 2955 Cascavel - PR (45) 3326-8781 www.isabelladalfovo.com Jonathan Adler

www.jonathanadler.com

SD online

(11) 3848-4642 www.sdonline.com.br The Library Hotel

Tailândia 66(0) 77 42 2767-8 www.thelibrary.co.th Tok D'Arte

Rua Santos Dumont, 2771 Toledo - PR (45)3252-9711 www.tokdarte

Love Decades

www.lovedecades.com Mobly

4005-1045 / 0800 940 0326 www.mobly.com.br Objetto Casa

Rua Paraná, 2197 Cascavel – PR (45) 3038-0606 www.objettocasa.com.br OL ILUMINAÇÃO

Av. Prefeito João Vilalobo Quero, 1505 Barueri - SP Representante regional (45) 8403 2966 www.oliluminacao.com.br

Uatt

Rua Antonio Jovita Duarte, 4855 São José – SC (48) 3343-0012 www.uatt.com.br Wonderlland

www.wonderlland.com Zara Home

www.zarahome.com


COLABORADORES

O filmaker Alyson Correia aprendeu poucas e boas na Terra da Rainha. Ficou cinco anos perambulando em busca do conhecimento pela Europa e, por um ano e meio, fez parte da seleta equipe de uma revista de skate de Londres. Captar os momentos, estáticos ou em movimento, é seu trabalho – e de quebra, seu hobby. Menino neutro, curte a cor branca, só para deixar tudo clean.

A cor preferida da estagiária de Jornalismo Anna Carolina Hilbert é variável: às vezes ela está pro vermelho, às vezes pro azul! E essa aquarela acompanha seu gosto arquitetônico, já que é do colorido dos ambientes que ela mais gosta. E para passar o tempo, nada de mamata: ela curte por a mão na massa e criar coisas lindas!

O viajante Brian Baldrati é bem novinho, mas já tem muitos carimbos no passaporte. Na conta dele, já foram 30 países visitados. Um mochilão pela Ásia é sua mais recente aventura. A cor de seus dias vem desse quê de cidadão do mundo.

A estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Mincarone tem uma queda pelo lado oriental do planeta. Prova disso é a cor predileta dela, o vermelho, presente de forma intensa na bandeira do Japão. Só que, ao invés de um tom, é um som que colore o dia dela: não tem coisa que a deixe mais feliz que ouvir a risada de seus amigos. O arquiteto Caio Smoralek vive arquitetura o dia inteiro. Estudar e projetar sobre arquitetura contemporânea são só os passatempos dele. Ganhou uma bolsa de Mestrado e foi parar em Milão. Por lá, ficou dois anos e meio, ocupando a cabeça com os estudos e o trabalho em um escritório de Arquitetura e Design. Na dúvida, ele prefere somar todas as cores e eleger o branco como “A” cor.

A jornalista Clarissa Donda gosta de cores vibrantes. Para ela, já que é para ter cor, que seja com vontade. O amarelo talvez seja o tom que melhor cumpra essa função, colorindo a vida dela com uma manhã luminosa, um sabiá na janela, um arranjo de girassóis...

A jornalista Giovana Danquieli é adepta do basicão: a cor preta é infalível em várias de suas escolhas. Porém, para deixá-la feliz, um dia bem clarinho, cheio de sol e trabalho, é a poção mágica. Na seara da leitura, na cabeceira dela tem de tudo: um pouco para conhecer, um pouco para variar. O diretor de arte Juliano Santos queria carreira nos gramados, só que foi a pista de skate que o conquistou. Em sua melhor manobra, conheceu o amor de sua vida. Como designer, já teve uma criação estampando várias camisetas por aí, após ter ganho um concurso nacional. A cor vermelha tem sua preferência, só que, para deixar a Construarch perfeita, ele usa toda a paleta de tons.

A jornalista Marcele Antonio também é levada pela força da cor vermelha. Apesar disso, é algo bem menos forte – mas singelo – que rouba um sorriso dela: as gentilezas inesperadas. Para fechar com chave cravejada de diamantes, ela já foi 3 vezes finalista de um concurso nacional de reportagens televisivas para universitários – é mole? -, ficando em segundo lugar em 2011.

O estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl tenta, mas não consegue ser sério. Apesar de ter uma queda pelo preto, até curte um verde em casa, mas o último bonsai que teve não resistiu aos seus cuidados. Embora não leve tanto jeito com plantas, no papel, a coisa flui... é craque em garimpar e indicar os lançamentos da última estação com palavras bem descontraídas. O fotógrafo Rodrigo Vieira intercala os dias cheios de books e festas, para os quais é convocado, com algumas pedaladas, só para relaxar. Justificando a vinda de uma família em que os homens predominam, a escolha da cor predileta é o azul “de menino”. Levantar com o pé direito não é garantia de um bom dia para ele: tudo só fica bem após uma bela dose de café com leite. A jornalista Tátila Pereira poderia estar nos campos participando de campeonatos, não quis. Ela poderia estar nos palcos encantando plateias, não quiseram. O negócio dela é mesmo contar histórias – apesar de seu repertório contar com pérolas como a sessão tardística clássica A Lagoa Azul, seu vocabulário vai sempre além da cor comum.

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BATE-PAPO

ENTRE O ARTISTA E O COMÉRCIO No dia 9 de abril, a Fiera Milano abrirá suas portas para o mundo. O Salone Internazionale del Mobili, conhecido como a Meca do Design, transcendeu a esfera do mobiliário, chamando a atenção de aficionados da arquitetura, design, moda, e muitos outros. Nesse viés, podemos nos perguntar: o que faz com que o Salone seja um gerador de tendências, e quais são as tendências que devemos esperar? Para analisarmos a primeira questão, devemos entender por que Milão se tornou um polo de design mundial. Sendo o centro industrial italiano durante a II Guerra Mundial, a cidade foi intensamente bombardeada. A sua identidade, que por séculos foi ligada à produção e comercialização de mercadorias, encontrou um novo nicho. Assim, os grandes espaços, antes industriais, serviram muito bem aos artistas italianos, que resolveram monCaio Smoralek Dias

é arquiteto e urbanista, já morou em Milão durante o mestrado e hoje atua em Cascavel como professor e arquiteto.

tar seus studios de arquitetura, design, moda, pintura etc. Esse ambiente culturalmente rico, aliado a uma tradição de onde não se espera nada menos que a perfeição em todos os aspectos, uniu a vocação industrial com a inovação tecnológica e artística. O resultado é o que conhecemos como Design Italiano, ou Design Made in Italy. Essa atmosfera pode ser muito bem observada nos eventos Fuori Salone, onde ocorrem exibições de design em locais abertos em diversos pontos de Milão, relacionadas ou não ao tema do evento principal. Com relação à segunda questão, podemos esperar que neste ano o Salone estará repleto de propostas coloridas e despojadas, assim como a cultura artística contemporânea vem se mostrando - cada vez mais. Independentemente de como, podemos garantir que a questão sustentável vai ser abordada de formas muito interessantes e inusitadas. Indiferentemente de qual seja o caminho traçado pelas mais importantes casas de design, é válido entendermos que o trajeto tendência-moda-comércio não ocorre com a mesma velocidade que na Itália no Brasil, já que os processos e tecnologias diferem bastante. Acredito que é justamente essa diferença que faz com que possamos aprender com os exemplos milaneses. Desde sua primeira edição, em 1961, tanto a feira como o mercado evoluíram, inserindo as tendências concebidas nos studios de design de forma eficaz no comércio. O que podemos aprender com o Salone é que a fórmula de sincronizar a geração de tendências e sua realização é fundamental para maximizar a sinergia entre artistas, produtores e o mercado.

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