ConstruARCH #03

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P R O I B I D A EDIÇÃO 03 JUNHO/JULHO 2013

V E N D A

EXEMPLAR DE ASSINANTE

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA


TÃO BEM LOCALIZADO QUE SEUS CLIENTES FICARÃO DESLUMBRADOS COM A VISTA. TÃO EXCLUSIVO QUE VAI TER GENTE MARCANDO REUNIÃO SÓ PARA CONHECER SEU LOCAL DE TRABALHO. TÃO ELEGANTE QUE VAI MUDAR SEU CONCEITO DE AMBIENTE CORPORATIVO.

TÃO ÍMPAR QUE DESISTIM OS D E TEN TAR D ES C R EV ER . VEN HA V I S I TAR E C O N F IRA C OM S EUS PRÓ PRIO S OLH OS !

Vista Privilegiada com ar cosmopolita. O Edifício Unique Office, um novo centro de negócios, tem na localização um de seus diferenciais. As ações sustentáveis e a criteriosa seleção de materiais também se aliam a um acabamento de alto padrão e tecnologia de ponta. Somado a isso, um novo conceito em composição de ambientes confere uma atmosfera de exclusividade e unicidade ao mundo corporativo. Para um público seleto, um empreendimento único.


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ÍNDICE J U NHO /JULHO 2013

15 WARM-UP

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16 PONTO.COM O que estamos aprontando net afora 18 NOVOS EMPREENDIMENTOS Edifício BELLATRIX 20 ESTANTE ONDE IR, O QUE LER E O QUE ASSISTIR 23 MAIL COMO NÃO SER ENROLADO POR UM CORRETOR EM 3 PASSOS Tudo o que você queria saber sobre adquirir seu próprio imóvel e tinha vergonha de perguntar 32 GARIMPO - ESPECIAL A GUERRA ESTÁ DECLARADA! O PRIMEIRO ESPIRRO JÁ FOI DADO! Crie uma armadura contra os ácaros em sua casa 37 CRIATIVIDADE VERDE É DO INVERNO QUE ELAS GOSTAM MAIS As plantas que não estão nem aí para este clima invernal 39 IT PISTA DE POUSO AUTORIZADA Olha o passarinho aqui, ali, acolá! 41 OFICINA DESIGN ADOCICADO NO VELHO OESTE A doçura da Carambola foi emprestada aos montes para uma marca de luminárias

62 CENÁRIO MIMETISMO TRIUNFAL Uma casa com um quê de paraíso terrestre sintetiza luxo, sofisticação e conforto

30 RECORTE Ô, QUENTURA As lareiras que vão deixar sua casa quente, quente, quente, pelando...

68 GARIMPO OLHA QUE COISA MAIS LINDA, MAIS CHEIA DE GRAÇA Um mix de objetos para encantar cada canto da casa 8


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ÍNDICE

24 78 EVENTO

PULODOGATO

PARA EXTRAVASAR A CRIATIVIDADE: DÁ-LHE CONCURSO! Plataforma Projetar.org vem dar uma sacudida no mundo universitário arquitetônico 80 ESPELHO ENTREVISTA NBC O impacto da NBC na silhueta cascavelense

QUEM NÃO TEM LAREIRA, CAÇA COM

82 LIFESTYLE

PAPEL DE PAREDE,

O MUNDO É ANALÓGICO

MADEIRA, TAPETES...

Aquele amor antigo volta à tona para um clique cada

Ana Paula Ferreira

vez mais prazeroso

capricha nas escolhas para agasalhar a casa

86 BUCKET LIST INVERNO FORA DA ROTA 44 NA BASE SUSTENTABILIDADE COM OS PÉS NO CHÃO

A travel-writer Clarissa Donda mostra que nem só de Campos do Jordão e Bariloche vive o inverno

Piso drenante une beleza, funcionalidade e ainda dá aquela ajuda ao meio ambiente

88 BOM-APETITE FATIA EUROPEIA

DOSSIÊ 50 O ARQUITETO MANDOU BRASA, E O PROJETO FICOU

Com um pé no Velho Continente, restaurante deixa em sintonia décor e gastronomia

FOGO Quando tudo parecia acabado, eis que um monumento surge na Cidade das Luzes

94 RELAX O DESCOLADO FICOU PHYNO Um casarão com ares modernos é bem receptivo aos

56 FASHION IN HOME

viajantes de plantão

TRIO PARADA DURA Combinação de cores pra lá de estilosas que separadas também não são nada sem graça

99 SKETCH MAP PÃO COM TUDO QUE É COISA E DE TODO TIPO Cinco padarias para apreciar aquele pão quentinho ou

CENÁRIO

só a arquitetura mesmo

58 COMPOSÉ CLASSUDO No apartamento clássico, até o que estava fora do pedido foi aplaudido 70 REFÚGIO MONUMENTO À BEIRA DO LAGO

100 ONDE ENCONTRAR COMO, QUANDO, ONDE? 101 COLABORADORES QUEM DEPOSITOU O SEU TALENTO POR AQUI

A vista, o décor, a arquitetura: tudo favoreceu a morada holandesa

102 BATE-PAPO QUAL É A VERSÃO DO SEU IMÓVEL?

76 GADGET A tecnologia que manda a friaca embora

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Eduardo Veronese comenta que o versátil pede passagem



DIRETORES Douglas Popenga d.popenga@editoradfp.com.br Felipe Pedroso felipe.pedroso@editoradfp.com.br Juliano Santos juliano.santos@editoradfp.com.br Julie Fank julie.fank@editoradfp.com.br

Diretor Administrativo Douglas Popenga Diretor Executivo Felipe Pedroso Diretora de Redação Julie Fank Jornalista Responsável Giovana Danquieli Jornalistas Marcele Antonio e Tátila Pereira Diretor de Arte Juliano Santos Executivos de Negócios Renato do Prado Assis e Rodrigo Araújo Assessora Executiva Karina Guedes Fotógrafo Rodrigo Vieira Estagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei Mincarone Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

Arquitetos E Engenheiros consultores Aurora Popenga, Caio Smoralek Dias, Carlos Salamanca, Celso Fernando Contin Pedroso, Liana Maria Mayer Bertolucci, Luiza Scapinello Broch, Sciliane S. Sauberlich, Diego Manfé, Fabiano Vasques, Leandro Bloot, Leomar Pereira de Menezes, Mauricio Popenga, Olavo Emílio Fank, Ricardo Lora, Vinicius Hotz

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda. Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230 www.editoradfp.com.br Inscrita no ISSN sob o número 2317-403X

Central de atendimento 45 3306 6336 - 3306 3663 contato@revistaconstruarch.com.br www.revistaconstruarch.com.br Redação julie@revistaconstruarch.com.br Impressão Gráfica Positiva

MARKETING E COMUNICAÇÃO

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WARM-UP

Você viu a capa que convite descarado? Pois é, a porta aberta assim é um chamado da redação: a gente quer sua companhia por aqui, comendo pipoca, pinhão, tomando chimarrão, botando lenha na fogueira (ou apertando o botão – tempos modernos, minha gente!) e aquecendo o chá, de preferência, embaixo das cobertas! Mas a gente sabe que o inverno é uma pedra no sapato dos saracoteadores de plantão e, por isso, trégua: vamos até o seu esconderijo! Estamos assim milimetricamente mimeografados para aquecer seu refúgio – e, de quebra, te fazer companhia – nós gostamos de receber, mas mais ainda de visitar (aliás, tem café?) Tá se escondendo? Não gosta de receber visita? Somos uma visita silenciosa... E não liga a tevê, não, a gente é legal e preparou tudo com o maior esmero. E por falar em casa, a gente sabe que, no fundo, no fundo, o que você quer mesmo é se sentir em casa – em qualquer lugar, principalmente no inverno. Dizem que a casa simboliza todo um aspecto de proteção e de limite – um simulacro dos nossos anseios e desejos vários, todos juntos no mesmo espaço. E não tem nenhuma no-

Julie Fank

Diretora de Redação julie@revistaconstruarch.com.br

vidade nisso. Mas a gente, aqui da ConstruArch, acha que a casa é, na verdade, isto: um espaço para mimetizar; confundir-se com o cenário, ainda mais num espaço tão cheio de referências, tão particular, tão espelho nosso. É um espaço para nos encontrarmos, nos defendermos e, quando necessário, nos confundirmos com ela própria. Como? Ficando de pijama na frente da tevê até fazermos parte do sofá, dormindo um dia inteiro até sumir na cama – principalmente no inverno quando o que você mais quer é protagonizar dias de frio-pra-que-tequero? completamente à vontade. É, é hora de tirar o pé do acelerador e entender que é há aquela necessidade de se recolher e curtir o silêncio. O inverno é silencioso, né? Cada casa em que vivemos, seja a da infância, a permanente ou a em que passamos os feriados, representa um capítulo à parte da nossa biografia – as paredes nos emprestam entonações e pontuações, cúmplices do que vivemos entre quatro paredes. E entender a dinâmica do que é o nosso casulo (seja em que estação da vida for) ajuda a entender porque é tão importante imprimir as características que nos diferenciam do outro no nosso espaço: coloração, textura, formato, comportamento e características químicas. Somos um tipo de animal que precisa, vez em quando, passar despercebido – tudo para sobreviver e se recuperar para a próxima estação. E ganha, não quem tiver a casa mais bonita, mas aquela que melhor se adapte a essa necessidade que bate à porta religiosamente todo mês de junho: se esconder! Se nisso tudo, ainda tiver beleza, quem disse que não faz bem para os olhos?

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Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.

CONST R UÇÃO

ARQUITETURA

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Se você curte folhear o nosso conteúdo, que tal ter um plus? A arquitetura, a construção, a decoração, o design, o lifestyle e a arte também têm acesso livre em nosso espaço virtual.

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LIFESTYLE

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DESIGN Mente talentosa Entenda o porquê consideramos o designer francês Vivien Muller genial

Modéstia toda à parte em Tel Aviv Conheça as instalações da Google na cidade Tel Aviv, em Israel!

DÉCOR

ARTE Gênio do inusitado Vik Muniz: nas mãos dele, o improvável vira arte

BLOG DA REDAÇÃO Cesta da Carol Conheça a arte de Yuta Onoda, um conceituado ilustrador com muitos prêmios na estante Encaixe perfeito Escritório da LEGO, na Dinamarca, é mais um lugar dos sonhos para trabalhar

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CURITIBA - PR Avenida Cândido de Abreu, 427 | Ed. Conrado Riedel 4º andar - Conjunto 407A | Centro Cívico CEP 80530-000 | Fone (41) 3618 9940 CASCAVEL -PR Avenida FAG, 205 | Bairro FAG CEP 85806-096 | Fone (45) 3222 7860 MARINGÁ - PR Avenida Duque de Caxias, 882 - 8º Andar | Novo Centro CEP 87020-025 | Fone (44) 3262 1595 17

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Sua empresa bem orientada por quem conhece do assunto


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NOVOS EMPREENDIMENTOS

EDIFÍCIO BELLATRIX A ESCOLHA CERTA PARA SEU FUTURO. O Edifício Bellatrix é ideal para quem planeja morar em uma região próxima de diversas facilidades, trazendo conforto e praticidade para seu dia a dia. OUTROS DIFERENCIAIS: 02 ou 03 vagas de garagem Depósito privado por apartamento Salão de festas com churrasqueira Espaço Gourmet Brinquedoteca Playground Bicicletário Hall decorado pela construtora Sacada com churrasqueira Medidores de água e gás individuais Infraestrutura e área técnica para ar-condicionado Aquecimento a gás com equipamento instalado Porcelanato na sala e nos quartos Pias em granito nos banheiros e sacada LOCALIZAÇÃO: Rua Presidente Kennedy, 717, Centro, Cascavel. INCORPORAÇÃO E CONSTRUÇÃO: CONSTRUTORA BASTIAN E LORA PROJETOS DE ARQUITETURA: Crizel & Uren Vendas : Central de Vendas Bastian e Lora

Área total 169 m2 a 187 m2 Área total pode variar conforme tamanho das unidades de garagem Incorporação Imobiliária - 1o Registro de Imóveis - Matrícula no 74.129

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ESTANTE

Para Ler Muito Longe de Casa - memórias de um menino soldado Parece, mas (infelizmente) Muito Longe de Casa não é uma ficção. A autobiografia de IshmaelBeah relata as situações pelas quais ele passou enquanto era criança na guerra civil de Serra Leoa. As crueldades vivenciadas por Ismael são detalhadamente relatadas, e sua transformação enquanto agente da guerra é chocante. Além de ser o diário de um sobrevivente, hoje ativista da Unicef, a biografia denuncia um dos maiores crimes cometidos a uma criança: transformá-la em assassina. R$ 41 www.livrariasaraiva.com.br

Para Assistir Frost/Nixon Ron Howard é um diretor de coragem e excelência. Pois Frost/Nixon não se trata apenas de um ótimo filme, mas de uma descrição que retrata com primor os momentos mais decisivos da maior entrevista da televisão mundial. O drama foca principalmente na produção e nos bastidores de como foi para David Frost e sua equipe, entrevistar o ex-presidente Richard Nixon, responsável pelos maiores escândalos dos Estados Unidos: a Guerra do Vietnã e o caso Watergate.

Para Ir Sig Bergamin Cascavel receberá o conceituado arquiteto e designer de interiores Sig Bergamin. Incluído na lista dos 101 Top em decoração nos Estados Unidos, pela Revista House Beautiful e reconhecido pela ousadia e o descompromisso, Sig é caracterizado por seu estilo singular, o qual ele denomina como um somatório de ecletismo, diversidades étnicas, humor e versatilidade. A palestra, promovida pelo Núcleo Decora, acontecerá às 20 horas, no dia 30 de julho, no espaço Mykonos, e será somente para convidados.

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Cuca Fundida A obra é uma compilação de 17 textos de Woody Allen. Ou seja, quando tratamos do

OS MELHORES DA ESTANTE...

talentosíssimo diretor de cinema – e o mesmo adjetivo vale para escritor - é até redundância mencionar que seu livro de contos contém um alto nível de humor, até, e principalmente, nas situações trágicas. Cuca fundida é resultado de uma mente excêntrica e extremamente genial. R$ 17 www.lpm.com.br

Hitchcock Como ele teve esta ideia? O que inspirou ele a fazer este filme? Quais foram as dificuldades que ele enfrentou? Se essas perguntas sobre Alfred Hitchcock e o processo de sua obra-prima sempre surgem na sua cabeça toda vez que você assiste a Psicose, este filme de Sacha Gervasi é a resposta para todas as suas dúvidas. Descubra como Hitchcock transformou um filme de baixo orçamento em preto e branco, num dos maiores clássicos do cinema mundial.

...por Berenice Zago Arquiteta e Urbanista, pós-graduada em Projeto e Produção do Ambiente Livro o diário de um construtor de um templo “Tenho muitos livros começados ao mesmo tempo, de diferentes tipos de histórias e estórias. Todos eles sempre conseguem transpassar algo tanto para minha vida pessoal quanto profissional. Difícil dizer um só. Talvez o que mais se relacione com a arquitetura seja o diário de um construtor de um templo, de Zé Rodrix, onde é descrito o período e a construção do Templo de Salomão em Jerusalém”. Filme

CASACOR Está acontecendo no Jockey Club de São Paulo, a CASACOR 2013, considerada a mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da América Latina. Nesta vigésima sétima edição o evento está explorando o tema “Morar Bem” e promete surpreender nos seus 26 anos de existência. Mais informações em: www.casacor.com.br

A Noviça Rebelde “Clássico do cinema, A Noviça Rebelde (1965) marcou minha infância. É um filme que descreve tudo o que gostaria de transmitir. A inocência das brincadeiras, o enfático ‘DÓ, RÉ, MI’, que ainda está gravado em minha memória. A alegria e criatividade da Governanta Maria fazem ela transformar as cortinas em roupas de brincar, é incrivelmente mágico”. Evento Casa Cor “Para ir, indico a Casa Cor, ponto de parada obrigatória para arquitetos. A edição de São Paulo está acontecendo e vai até dia 21 de julho. Gosto desse evento porque sempre traz novidades, além de ser muito bem organizado!”

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MAIL

Como não ser enrolado pelo corretor DE IMÓVEIS em 3 passos

Eliézer Rien

Gerente de Negócios Imobiliários

Para que, em meio ao ritual da compra de um imóvel, você possa dormir tranquilo, é preciso que você esteja preparado, munido de muita informação. Por isso, tenha paciência antes de assinar o contrato. O Gerente de Negócios Imobiliários Eliézer Rien conhece bem os trâmites de uma compra sem maiores dores de cabeça e, abaixo, ele clareia a mente de muitos clientes foto : Ro d r i go Vi e i ra

Em meio à negociação para a compra de um imóvel, o comprador depara com inúmeros termos que, se não explicados pelo corretor, podem desinformar. Explique quais são os termos técnicos aos quais o cliente precisa ficar atento. Alguns termos que geram dúvidas são os que determinam as medidas dos espaços do imóvel: como área útil, área privativa, área comum e área total. Área útil: é a soma das áreas do piso dos ambientes de um imóvel. Área privada: é a soma da área de uso exclusivo do proprietário ou inquilino de um imóvel, delimitada pelas paredes. Área comum: é toda área compartilhada pelos proprietários de um condomínio, tais como hall, área de lazer, corredores etc.. Área total: é a somatória da área comum mais a privada de um imóvel. Um fator importante que o cliente deve ter em mente ao se interessar por um imóvel é exatamente para qual lado os dormitórios se encontram, ou seja, qual é a sua face em relação aos pontos cardeais. É importante o comprador atentar para imóveis em que o lado dos quartos fiquem voltados para o sol, pois o sol da tarde acaba deixando o ambiente muito quente, tendo como recurso para resolver o problema somente o ar-condicionado. Por que há diferença entre o preço de apartamentos no mesmo prédio, mas com andares diferentes? Quando se trata de imóveis verticais, quanto mais alto for o andar, mais alto se torna o valor do imóvel, por razões como vista e menor barulho. Porém, um fator que vai influenciar bastante no preço, independentemente do andar, é jus-

com sua face para o sol da manhã - tem maior valor agregado, pois, subentende-se que o imóvel é mais arejado do que outro com face voltada para o sol da tarde. Obviamente, isso também depende de gosto e de condições climáticas da região. Em caso de lugares muito frios, os imóveis em que se pega mais sol são mais valorizados em relação aos imóveis em que se pega menos sol. Como você orienta que o consumidor se posicione acerca do condomínio antes de adquirir o imóvel? Este ponto é um pouco complicado, mas, de maneira geral, as construtoras, incorporadoras e loteadoras têm por critério fazer um levantamento de custos iniciais na instituição do condomínio. Esse levantamento de custos precisa determinar qual valor será cobrado de taxa para cada unidade assim que é homologado oficialmente o início do condomínio. O comprador deve ficar atento a dois fatores primordiais na compra do imóvel: se o condomínio já está instituído, o cliente precisa pedir uma cópia do boleto bancário da taxa de condomínio da unidade de interesse, a fim de ver o real valor dessa taxa; já para unidades em que o condomínio ainda não foi instituído, não existe garantia alguma de qual valor o cliente irá pagar, o que existe é uma estimativa e ela é baseada nas benfeitorias que estarão presentes no imóvel na hora de sua entrega. Se, por outros motivos, a assembleia constituinte achar por bem agregar mais serviços ao local, automaticamente, a taxa será maior. Portanto, se possível, esteja sempre presente na primeira assembleia para a criação das normas de seu condomínio.

tamente a face do imóvel - quando um apartamento está 23


P ulo - do - gato

Quem não tem lareira, caça com papel de parede, madeira, tapetes...

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Em terra de pinhão, as baixas temperaturas não dão trégua, e ignorálas pode custar alguns cobertores! A arquiteta Ana Paula Ferreira escolheu a dedo alguns revestimentos de encher os olhos para deixar a casa aquecida – do projeto à decoração. Friorentos confessos vão abraçar a causa!

Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro dri go Vi ei ra

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A arquiteta Ana Paula Ferreira é o suprassumo do requinte – seu escritório é um espetáculo à parte, tanto pelo ambiente criteriosamente planejado quanto pela bagagem de projetos que carrega. Há mais de dez anos no mercado, a profissional aprecia projetos com um tom de exclusividade e, apesar de ter um estilo próprio, garante que é a cara do cliente quem dita as rédeas do projeto. Mas a vontade de medir e desenhar não apareceu de cara, não. Foi na época da faculdade de Ana Paula Ferreira

Arquiteta e Designer de Interiores

Engenharia Química em Blumenau que descobriu, ao observar as colegas de quarto fazendo maquetes, que tinha talento pra coisa. Tanto que hoje as matérias-primas com que trabalha são bem diferentes daquelas dos laboratórios – são estas aí que você confere neste garimpo e servem pra deixar a nossa vida mais bonita e, de quebra, muito mais quentinha.

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1 O piso de bambu vem envernizado de fábrica. Espessura: 16mm/ Tamanho 18cm x 13cm. R$ 260/ m2 colocado. Madipê Madeiras 2 O piso de PVC

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Interfloor é a discrição em pisos que imitam a madeira – além de ser atérmico, não reproduzir ruídos e ser inerte a micro-organismos, não retém umidade. Espessura: 3mm/ Tamanho 15,24cm x 91,44cm. R$ 126/ m2 colocado. Prisma Revestimentos 3 O revestimento OCA Brasil, próprio para ambientes internos, é feito de madeira Teca maciça certificada. Nas cores ouro, bronze e palha. Tamanho 30cm x 30cm. De R$ 450 a R$590/ m2 colocado. Forma e Conforto Design 4 O Apareci

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Revestimento Porcelânico Espanhol da cor Neutro Blanco Guiza é o destaque gelado em meio à quentura da página. Com a composição certa, a peça geométrica em relevo pode figurar num lavabo classudo. Espessura: 7mm/ Tamanho 90cm x 30cm. R$ 98,57 a peça. Tonetto

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Pastilhas e Revestimentos 5 O tecido Jacquard Italiano Listrado, da Maison Tecidos, é um glamour que só. Em alto relevo, pode ser aplicado em paredes, almofadas e estofados. Largura: 1,40m R$ 364,00/ metro. Luize Home & Office 6 O veludo com fibras de bambu geométrico em alto relevo é pura classe. Da Maison Tecidos. Largura: 1,40m R$ 572,00/ metro. Luize Home & Office

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7 O Seabrook papel de parede, da Marrakesh, é de alta resistência. A composição com os outros dois tecidos pode render bons cenários. Dimensões: 0.68m x 8,23m R$ 1.148,00/ rolo com 5 metros. Luize Home & Office 8 O tapete Santa Mônica da cor Off White é de poliamida e pode ser feito sob medida. Espessura: 14mm. R$1.114/ m2. Forma e Conforto Design

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RECORTE

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Ô, QUEN TU RA! Calorosamente, as lareiras são o sonho de 11 em cada 10 habitantes de uma terra em época invernal. Além de aquecer o que está frio, elas dão um toque belo a qualquer cenário morno Por Tátila Pe re ira fotos: Dan ie l Sor re n tin o

Na “Sala da Lareira”, criada para a Casa Cor Paraná, o ápice do ambiente é esta lareira a gás suspensa em vidro, que mistura leveza e tecnologia. Por Suzane Simon – Casa Cor Paraná 2012

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RECORTE

Acompanhada de um paisagismo contemporâneo, esta lareira a álcool fez da entrada da casa um lugar prazeroso para o convívio – mesmo que seja do lado de fora. Por Marcelo Calixto – Casa Cor Paraná 2012

Quente e frio talvez sejam os opostos que mais se atraem. É automático: esfriou, você já sai correndo atrás de cobertor, blusa de frio, chocolate quente ou qualquer outra coisa que eleve a temperatura. Para manter a casa quentinha, também existem artimanhas. A lareira pode ser considerada um símbolo dessa história toda: antes por uma necessidade física, hoje por uma necessidade visual. Na era dos ar-condicionados, a lareira já não seria algo tão essencial. Só que, agora, não é bem a quentura do ambiente que dita a regra, mas sim o toque de design que uma lareira, independentemente do material, pode dar à moradia. Modinhas também são bem-vindas no reino das lareiras. Agora, a tendência é o cliente comprar apenas as câmaras de combustão (FOTO) para pedir que o arquiteto projete diferentes tipos de “moldura” para sua lareira, combinando com o estilo da casa e a preferência do morador. “A sala e o home theater ainda são os locais em que mais são instaladas as lareiras. No entanto, o home office e os quartos também têm recebido um reforço no aquecimento”, explica Milton Peixoto Filho, gerente comercial de uma empresa especializada. Durante o inverno, costumamos diminuir drasticamente a quantidade de tempo em que permanecemos do lado de fora de casa, aproveitando o jardim ou a varanda. Só que uma lareira tem tudo para transformar esse cenário.

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O contraste é quase sempre bem-vindo. Neste caso, o clima moderninho ganhou um toque vintage com a tradicional lareira à lenha, daquelas de chaminé e tudo! Um charme. (foto divulgação)

Nesta varanda fechada, a lareira serviu para dar um clima mais intimista. Uma proposta diferente, que oferece a esse ambiente da casa maior versatilidade. Por Guilherme de Albuquerque e Daniela Sumida de Albuquerque – Casa Cor Paraná 2012

Confirmando a tendência apontada pelo especialista, a lareira invadiu esta suíte, perfeita para um casal jovem e antenado. O destaque da peça fica por conta do design, singular e harmonioso com toda a proposta do cômodo. Por Jeslayne Valente e André Menin – Casa Cor Paraná 2012

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RECORTE Ambientes abertos também aceitam de bom grado um foguinho. Para manter o clima externo, a recomendação é usar materiais mais rústicos, como concreto e pedras. Na seara das lareiras, também existem, é claro, as opções ecológicas, ou melhor, as biolareiras. O álcool é o combustível que a torna ecológica. Dizem as boas línguas que ela é mais eficiente que a lareira elétrica, a movida à lenha ou a gás. “Não há perda de calor pela chaminé ou para as paredes, como acontece com a combustão da madeira”, diz Milton. A queima do álcool também não libera cheiro, fuligem ou fumaça. As cartas estão na mesa para que o frio não seja um intruso em sua casa. Vai por mim, no quentinho da lareira, tudo vai ficar melhor nesse inverno.

Um ambiente requintado pede uma lareira à altura, não é?! Para que toda a exuberância desta sala de jantar pudesse estar completa, um foguinho sob a TV completa a composição. Por Vivian Tabalipa – Casa Cor Paraná 2012

Tipos de lareiras Independentemente do tipo, o que vale é esquentar!

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Biolareira Combustível: álcool 92,8 graus ou compostos similares Como funciona: coloca-se o líquido na câmara de combustão. A chama é resultado da queima do álcool Consumo: cerca de R$ 1 por hora Eficiência energética: alta (estimada em 100%). A temperatura de um ambiente de 35 metros quadrados sobe até 6 graus célsius Onde instalar: em qualquer área ventilada e até em ambientes externos Preço: a câmara de combustão custa a partir de R$ 1.700 Vantagem: não polui, é portátil e tem o menor custo de aquisição Desvantagem: é uma lareira moderna, não tem o charme da madeira estalando

Lareira a gás Combustível: gás (natural ou de botijão GLP) Como funciona: o gás chega sob pressão por meio de uma rede de dutos que precisa ser instalada Consumo: estima-se em R$ 1,50 por hora em gás de botijão Eficiência energética: média (75%). O aumento da temperatura pode chegar a 5 graus célsius em ambientes de 35 metros quadrados Onde instalar: em qualquer lugar com chaminé Preço: o kit com chaminé, nicho, válvula e queimadores custa em torno de R$ 4 mil Vantagem: como está ligada a uma rede de gás, não precisa ser reabastecida, como o modelo a álcool Desvantagem: custo de instalação e cheiro de gás no ambiente

Lareira à lenha Combustível: lenha Como funciona: o aquecimento se dá por irradiação de calor, com a queima da madeira Consumo: cerca de R$ 8 de lenha a cada hora de uso Eficiência energética: baixa (50%). Há um aumento de até 8 graus célsius em ambientes de 35 metros quadrados Onde instalar: em lugar com sistema de exaustão e chaminé Preço: chaminé, o duto e a caixa refratária saem por R$ 3.500 Vantagem: calor intenso Desvantagem: é cara e poluente, devido à liberação de fumaça

Lareira elétrica Combustível: energia elétrica Como funciona: uma hélice giratória empurra o ar contra uma resistência elétrica aquecida Consumo: cerca de R$ 2,20 por hora de uso Eficiência energética: média-alta, estimada em 80% Onde instalar: em qualquer ambiente onde haja um ponto de energia Preço: a mais simples custa a partir de R$ 2 mil Vantagem: não emite gases Desvantagem: a chama é falsa, com plástico colorido, ventilador e lenha artificial. E o calor seco pode ser desagradável



GARIMPO

A guerra está declarada! O primeiro espirro já foi dado! E você não está sozinho, caro leitor alérgico! Não me refiro aos ácaros, mas sim, a nós da equipe Construarch que damos uma força para você nesta friaca Po r Ri ca rd o Po h l foto s : Di v ul ga çã o

As estações frias são consideradas charmosas por alguns. Esses alguns certamente não são alérgicos, pois nada existe de charmoso numa série de espirros. Quem sofre das ditas reações de hipersensibilidade já sabe que, quando as folhas caem, o drama começa. Parece que tudo que esquenta traz consigo um ônus: abrigar uma República Federativa de Ácaros. Diariamente, o alérgico está rodeado de pessoas vestindo lã que não se movimentam normalmente, mas se deslocam como se estivessem dançando hip-hop, disseminando substâncias malignas pelo ar. Deixando o desabafo de um alérgico de lado... Doutor Jorge Luiz dos Santos

Em conversa com o Dr. Jorge Luiz dos Santos, milagreiro

é alergologista membro

dos alérgicos, esclareceremos algumas questões relevantes

do Instituto Paranaense

para quem possui um sistema imunológico eficaz até demais.

de Rinite, Asma e Alergias

Parece, mas não é só nas estações frias que você é tortu-

(IPRAA).

rado; “As alergias respiratórias, rinite e asma predominam principalmente no outono, inverno e primavera, sendo mais reativas às variações térmicas bruscas”, explica o doutor. Viu? Nem tudo na vida é tão ruim assim, ou seja, das quatro estações, você só sofre em três!

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Siga o protocolo de sobrevivência do Dr. Jorge Luiz e passe a sofrer de amnésia por não se lembrar de que é alérgico: Segundo o médico, os problemas são provocados por co-

b) Alimente-se equilibradamente, com foco no aumento das

bertores e roupas que estavam guardados, servindo de So-

defesas;

domas e Gomorras aos “Aeroalérgicos do ambiente (ácaros,

c) Hidrate-se em dias secos;

fungos, baratas e escamações de animais domésticos)”. Isso

d) Cuide do vestuário;

aumenta a intensidade dos sintomas, como rinite e asma.

e) Evite ambientes mal arejados;

“Manter o ambiente o mais ventilado e ensolarado possível,

f) Imunize-se com a vacina pneumocócica e da gripe.

evitar os extremos (seco e úmido); evitar tapetes, cortinas de tecidos, bichos de pelúcia, cobertores peludos, cigarro,

Obs: Sim, começa com “b” pois o item “a” era sobre higiene

animais dentro de casa e limpar o ambiente com pano úmi-

pessoal, e isso, a gente não precisa nem mencionar, né?!

do” são as precauções, de acordo com o especialita, para se livrar desses sádicos. O alergologista derruba o mito “Alergia não é baixa imunida-

cionário do mês.

de como a maioria das pessoas pensam” e dedura o culpado:

E caso você já tenha feito de tudo, e mesmo assim continue

“Mas sim o aumento de uma classe de anticorpos chama-

apanhando, ou melhor, espirrando, existe a Imunoterapia

das de IGE”. De acordo com o médico, o organismo alérgi-

através de vacinas de alergia (isso! É na base da picada!).

co funciona assim: quanto mais expostos aos agentes res-

“Com controle de até 80% em definitivo dos sintomas”, para

ponsáveis pela alergia, mais o número de IGE irá aumentar,

a alegria mundial, afirma o doutor, o tratamento médio leva

desencadeando a liberação de substâncias causadoras das

de três a quatro anos. “Praticamente sem efeitos colaterais

reações. Ou seja, a culpa é desse anticorpo aí! Mas não é por

relevantes”, assegura o especialista.

omissão que o IGE peca, e sim, por sempre tentar ser o fun-

33


GARIMPO

Material Bélico

2

Seleção de produtos q ue impedirão intrusos de prejudicar o seu aconch ego !

1

3

4

34


5 1

Tapete antialérgico Prisma Santa Mônica Preço: R$ 1 100 www.smonica.com.br

2

Edredom hipoalergênico Queen Plooma Enchimento de penas e plumas de ganso e tecido 100% algodão percal 233 fios. Preço: R$ 400 www.ecolchao.com.br

3

Protetor de colcha hipoalergênico de casal impermeável. 50% poliéster e 50% algodão. Preço: R$ 99. www.dafiti.com.br

6

4

Travesseiro hipoalergênico de fibras siliconizadas, visco-eslástica e capa em malha plush muffin. Preço: R$ 54 www.mobly.com.br

5

Travesseiro hipoalergênico Standard Enchimento de plumas e penas de ganso e revestimento 100% algodão. Preço: R$ 230. www.dafiti.com.br

6

Travesseiro hipoalergênico Stander Plooma Enchimento de penas e plumas de ganso.

7

Preço: R$ 130 www.dafiti.com.br

7

Tapete antialérgico Pixel Santa Mônica Preço: R$ 907 www.smonica.com.br

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36


CRIATIVIDADE VERDE

É do frio que elas gostam mais! Quer dar uma inovada no seu jardim, mas tem medo que as plantas se transformem em picolé? Po r Ri ca rd o Po h l foto s Ro dri go Vi ei ra

1

Pensando em você, selecionamos uma série de plantas-esquimó para que seu jardim não vire uma sorveteria verde. A Construarch conversou com um dos maiores especialistas da região, Ronaldo Santos. Segundo ele, as plantas de inverno não podem permitir que existam reservas de água em suas folhas, pois podem congelar e queimar. Em seguida, somos apresentados à, já florida, camélia (1), que demonstra sua preferência pelo frio, esbanjando suas folhas verdes e vistosas. A

2

próxima planta com alma gelada, na verdade, não vem do círculo polar ártico, mas da terra do can-

Ronaldo Santos

Arquiteto e Paisagista

guru, é o alecrim australiano (2).

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CRIATIVI DADE VERDE

3

Com aparência acinzentada, o alecrim, infelizmente, não apresentou sua formosura, o frio ainda não foi suficiente para animar seu desabrochar. Pelo formato de suas folhas, logo percebemos que se trata de uma planta acostumada à neve – por serem pontudas, elas impedem que os flocos se alojem ali. Geada para ele são cócegas! A russélia tem um apelo saudosista. Nossas reações são instantâneas: imediatamente, somos bombardeados por lembranças das casas de nossas avós! “Muitas plantas da época da casa da vó estão voltando ao uso agora“, confirma Ronaldo. Não restam dúvidas, o vintage também é aclamado no paisagismo. Simpática e encantadora, a russélia nos presenteia com sua fartura de delicados botões despertando. Outro figurante atemporal é o gerânio (3). Ele é diferente em relação ao formato de suas pétalas e folhas, que são mais largas. Distinta também é sua aparência: o gerânio é aquele tipo de planta que rouba a cena – ainda mais quando sus-

4

penso numa sacada. A planta seguinte nos é bem familiar. Mais precisamente, seu cheiro. Ele está em todos os ambientes, desde banheiros a escritórios. Assim fica fácil saber que é à lavanda (4) que estamos nos referindo. Pode ser difícil de acreditar, mas é possível deixar seu jardim com um cheirinho de encher os pulmões sem precisar gastar horrores em aromatizantes! “Ela é bem de clima europeu, cinza e meio pontuda”, explana nosso paisagista-mor. As surpresas não acabam. De longe, vemos a maior de todas, que destoa das outras não só pela sua altura, mas pelo fato de ser frutífera - o butiá (5). “A gente vê bastante essa planta na nossa região, porque no frio ele não queima com a geada. É o butiá de que se come o fruto, que é azedinho, que se coloca na pinga”. Chegando ao final do nosso tour pelo Espaço Brasil, outras plantas que não se fizeram presentes são recomendadas

5

por Ronaldo Santos: “São as forrações de época: boca-deleão, amor-perfeito e petúnia”. Daí você segue essas dicas, mas... e aí? Como manter essas plantinhas firmes e fortes até o próximo inverno? O primeiro passo é não regar como você as regava no verão, afinal de contas, você não está mais na estação mais seca do ano! “Tem que cuidar com umidade, porque, geralmente, no inverno a planta absorve menos água” justifica o profissional. Todo o processo de manutenção da planta deve ser feito no outono/inverno: adubação, poda, limpeza, retirada de folha. Ronaldo ainda reitera que essa é uma forma de manter a planta nutrida, para aguentar o inverno e se preparar para o ano todo. É, compensa muito mais investir numa manutenção de excelência do que perder toda a sua lavoura de beldades por simples descuido, não é mesmo?


IT

Pista de pouso autorizada Era uma floreira, que virou um abajur, que serve de ninho de vez em quando... Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro dri go Vi ei ra

Quem gosta de exclusividade diz sim à customização, mas,

aproveitar resíduos de outras criações, que vão de retalhos

não é só isso – esse público apela para objetos cheios de his-

a miçangas sem par), construir uma experiência. O pássaro,

tória. É o caso deste abajur, que tem nome de série artística

no seu habitat, não fica parado – e por que, então, no abajur,

– Retalhos de Luzes I – e faz parte da primeira leva de pe-

tem que ficar? A mobilidade do enfeite dá total autonomia

ças de design assinadas pela TREH Criações, marca criada

para que qualquer pessoa remaneje os elementos por onde

pelas artistas plásticas Ariadne de Assis, Gidália Sereniski

o espaço compositivo permitir. Coisa de quem é, assim, meio

e Joenara Cechet. A proposta da criação e da marca é, além

artista. R$ 375 www.facebook.com/trehcriacoes

da amizade com o meio ambiente (tem toda aquela coisa de

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A FUTURE HOME ESTÁ SEMPRE À FRENTE, DE OLHO NO FUTURO. POR ISSO, APRESENTA PARA VOCÊ A LINHA HOTFLOOR. HOTFLOOR é a marca do piso aquecido, aquece 6ºC em 1 hora, é rápido e 38% mais econômico que ar-condicionado. O HOTFLOOR é a tecnologia do conforto em calefação de ambiente por piso aquecido. A qualidade e o conforto proporcionado pelo HOTFLOOR são inigualáveis, sendo superior a qualquer outro tipo de aquecimento, pois eles ressecam o ar, consomem muita energia e interferem na decoração.

40


OFICINA

Design ADOCICADO no Velho Oeste Cansada da labuta na cidade grande, designer desembarca em Cascavel afim de paz, tranquilidade, mas não menos trabalho

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro dri go Vi ei ra /Di v ul ga ção

Pode soar estranho pensar em trocar os esses do carioquês pelo sonoros erres interioranos. A vida não acontece nas metrópoles, nas cidades que nunca param?! A resposta pode até ser positiva, porém, provas de que a globalização tem mudado esses parâmetros aparecem por toda a parte. “Tudo está ao alcance em qualquer lugar” foi a constatação de Cristiane Zilotto, que sabia bem o que estava fazendo quando trouxe sua empresa – a Carambola Gifts – para o Oeste paranaense. A cidade grande pode até oferecer muito mais opções de materiais, tendências e contatos, só que não tem a qualidade de vida de uma cidade menor – no caso, Cascavel. Esse foi o chamariz para que Cristiane, família, empresa e compa-

Cristiane Zilotto Designer

nhia viessem aportar na Capital do Oeste. “Está difícil criar os filhos em uma metrópole. Sem contar todo o problema de mobilidade que os grandes centros têm. Aqui, eu atravesso a cidade em 20 minutos e consigo fazer tudo que preciso”. Os pais dela também já haviam escolhido Cascavel como morada.

41


OFICINA

CAVEIRA MEXICANA

COPACABANA

Arriba! Para levantar o astral também dos altinhos, um

Cristiane pode até ter vindo para cá, mas nela ainda há

modelo mais adulto, mais moderno, mais que perfeito!

resquícios da vida carioca. Para fazer uma homenagem, ela usou o símbolo da cidade, o Calçadão de Copacabana, e coloquei os chinelinhos para ficar mais relax.

O carro-chefe da Carambola são as luminárias. Esse tipo de

fisgar a atenção desse público-alvo. Desde a sementinha,

objeto, por si só, já é uma unanimidade no mundo do design.

foram 7 primaveras. Parece pouco ao pensar nos horizontes

Aí, acrescentam-se pitadas de criatividade e um caminhão

já alcançados pela marca, mas, para a idealizadora, foi um ca-

de materiais pra lá de fofos e pronto: nascem as peças, ba-

minho repleto de experiências, que refletem o momento da

tizadas com nomes de doçura equivalente. Com apelo tão

empresa, que tem iluminado do Oiapoque ao Chuí.

doce, bonito e diferenciado quando a fruta que lhe dá nome,

A inspiração está em tudo. Enquanto assiste um filme, repara

a Carambola já criou um estilo próprio, daqueles que, quando

no cenário. Enquanto lê uma revista, presta atenção no fun-

você bate olho, já sabe de que marca é.

do das fotos. “Virou algo natural, já aprendi a captar as coisas

A ideia foi semeada durante a faculdade de Design Gráfico,

ao meu redor e ir criando. Tenho que trazer minhas fantasias

na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), regada

para o real”. As ideias vão sendo colocadas em um caderni-

com sua ida para o Rio de Janeiro e deu frutos quando Cris-

nho, repleto de desenhos e explicações do insight para cada

tiane percebeu uma carência de mercado e um mundaréu

peça.

de possibilidades a serem explorados no universo infantojuvenil. Os gifts – as pecinhas penduradas por todo o lado em grande parte das peças – foram o atrativo perfeito para

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OLÍVIA A delicadeza dos

FOFURA

elementos faz da Olívia

Cristiane não esconde:

uma materialização da

a Fofura é sua criação

essência feminina

preferida. O lilás e os ursinhos deram um toque singular à peça, seja em uma mesa ou no teto

No caderno, ainda há uma lista de nomes para batizar as novas luminárias que vão surgir. A balacobaco, por exemplo, ainda não tem uma cara. Alguma sugestão? O caminho para o desenvolvimento das peças é o seguinte: busca por tendências, pesquisa para ver se não tem nada parecido já no mercado, procura por formas e cores, desen-

CELESTIAL Pode ser para menino. Pode ser para menina

volvimento do protótipo, testes básicos de iluminação e direcionamento, e, por fim, o lançamento da peça na Gift Fair – maior feira de artigos para a casa, decoração e design da América Latina. Essa feira serve como um termômetro e tem a Carambola como referência no setor de iluminação. Na lista de materiais eleitos, destaque para o acrílico, polipropileno (um tipo de plástico), lantejoula, corrente de alumínio, pompom, lã e todos os detalhes cute-cute. Na linha de produção, 30 mulheres – donas-de-casa que trabalham em casa - unem o gifts que formam aquilo que a designer tinha pensado na ponta do lápis. O resultado precisa “conversar com o consumidor”. “A intenção é criar um caso de amor e

AQUÁRIO

aconchego”.

Os meninos tam-

Na calmaria do interior, a vida segue, com atividade não me-

bém têm vez, com

nos intensa na produção da Carambola Gifts. Hoje, os mo-

opções não menos

delos de luminárias já somam mais de 200 e, contando as

fofas. Nesta peça,

variações, são 400. Há um ano e meio por aqui, Cristiane não

os penduricalhos de

cogita voltar a um grande centro, independentemente dos

peixinhos se uniram

rumos que o projeto tomar. “A Cidade Maravilhosa é aqui”,

às bolinhas de ar

conclui.

43


NA BASE !


Sustentabilidade com os pés no chão Um obstáculo antigo das grandes cidades pode estar com os dias contados. E a sustentabilidade, novamente ela, aparece como solução

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Di v ul ga ção / Ro dri go Vi ei ra / Lean d ro Dias Ilu stração Laila R. Sch mid t


NA BASE !

Tudo dentro dos conformes Ser prático também é uma obrigação. Logo de cara, na instalação do piso, já se percebe isso, já que a aplicação é feita diretamente sobre o solo. Se o solo não estiver rígido, deve-se aplicar de 5 a 6 cm de pedra brita e compactar. Após esse procedimento, uma camada de aproximadamente 4 a 5 cm de pedrisco deve ser sobreposta para auxiliar o nivelamento da base para a aplicação do piso Megadreno. Além disto, cada uso pede uma especificação de piso. Neste ponto, a Braston segue à risca as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas –, que prevê calçadas com no mínimo 6 cm de espessura para pedestres e 8 cm para carros.

BOM GOSTO DO LADO DE FORA Piso drenante aplicado no Espaço Brasil Paisagismo.

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Qualidade premiada Na Casa Cor Paraná, entre tantas soluções inteligentes e sustentáveis, o piso da Braston pintou como uma das preferidas. O vencedor do prêmio de “Projeto Mais Sustentável” foi a praça Casa Cor, assinada pelos paisagistas Nádia Bentz e Vanderlan Farias, que contou com os pisos Braston.

não é novidade: o desenfreado e mal planejado crescimen-

A Braston foi uma das empresas que fez a aposta nesse tipo

to das cidades acarretaria, mais cedo ou mais tarde, proble-

de material que permite a passagem da água vapt-vupt – a

mas futuros – hoje, já presentes e constantes. Basta um ven-

capacidade de drenagem é de mais de 90%, conforme lau-

to e algumas nuvens sinalizarem a chegada da chuva, para que

dos obtidos nas instituições Falcão Bauer e ABCP (Asso-

o sinal de alerta já fique aceso: as enchentes tornaram-se um

ciação Brasileira de Cimento Portland). Após um período de

mal urbano. Métodos para que essa água toda não atrapalhe

pesquisa, a mistura entre areia, pedrisco, pó de pedra, argila

a vida nas cidades vêm sendo estudados há anos, e a solução

expandida, cimento e fibra de coco – não necessariamente

para o que vem de cima pode estar sob os pés.

nessa ordem – transformou-se no chamado Megadreno, já

O piso drenante é uma dessas possibilidades que têm no pró-

considerado o queridinho da marca.

prio material a capacidade de drenagem, diferentemente dos

O que ajuda ainda mais o produto a ser um colaborador do

pisos intertravados (conhecidos como “paver”) que têm so-

meio ambiente é que 80% dos materiais utilizados são reci-

mente no formato da peça a possibilidade de escoamento da

clados. Aliada a isso, a permeabilidade do piso recai em outro

água.

ponto positivo: ao facilitar a passagem da água, o piso dre-

47


NA BASE !

Beleza se põe no piso

Novinha por aqui

E quem discrimina tecnologia achando que ela pode

A Braston Pisos Arquitetônicos está há dois anos em

não ser tão atrativa aos olhos pode deixar de lado

Cascavel. A empresa tem sede em Campinas e dispo-

suas convicções e bater palmas que a Braston quer

nibiliza uma completa linha de pisos ecologicamente

passar. O Megadreno pode ser produzido em vários

corretos. A fabricação é feita pela Ecopaver, locali-

tamanhos e cores, com a opção de várias texturas

zada em Santa Tereza do Oeste, única licenciada no

superficiais, que dão nova cara aos ambientes.

Paraná. Para a fabricação, são usados agregados e pigmentos com formulações exclusivas, criadas, inclusive, junto a universidades e entidades do setor, garantindo o desenvolvimento com segurança: desde o início visando a minimizar os impactos ao meio ambiente. O resultado são pisos versáteis e com design diferenciado que se adaptam a cada ambiente e a cada necessidade de projeto.

O Fulgê é adequado para o uso em pavimentos residenciais e comerciais, aparentando a cor das granilhas de sua composição

Levigado mantém sua suavidade com uma superfície lixada e plana.

O Klasse possui uma superfície monocromática, realçando a sua beleza superior de acabamento Mas não se prenda a esses modelos: pisos exclu-

PROBLEMA RESOLVIDO!

sivos, feitos a pedidos dos clientes, também estão

Onde antes a água empoçava, agora a tranquilidade domina. Após a

na cartela de opções da Braston.

instalação do piso drenante no estacionamento, a água vai embora sem problema algum.

48


nante também “dá de beber” aos lençóis freáticos, ávidos

mitiam que a água que caía do céu pudesse escoar. Resulta-

para que a água chegue logo a eles.

do: alagamentos recorrentes. A solução dada pela arquiteta

O conforto tátil torna-se outro atrativo. “Apesar do mix de

Márcia Melo, responsável pela reestruturação do local, foi

materiais, que poderia deixar o aspecto áspero, há o cuidado

instalar o Megadreno. No dia em que veio a primeira chuva,

do polimento do piso para que, além de ecologicamente cor-

teve até comemoração e plateia para ver o trabalho drenante

reto, ele também se torne agradável aos pés ou rodas que

do piso sendo feito. “A legislação exige que, de acordo com

passarem por cima, com um bônus de, mesmo molhado, não

o tamanho e tipo de terreno, uma determinada área seja

ficar escorregadio”, assegura o diretor de produção Adriano

permeável. No caso do projeto da clínica, como usamos em

Meier.

todo o estacionamento, fomos além, deixando todo o local

O custo para a produção desse tipo de piso é mais alto. São

com alta permeabilidade”, explica a arquiteta. Foram aplica-

vários processos para que o resultado seja alcançado. Por

dos 530 m² do piso. “O investimento vale a pena, porque a

isso, é mais caro – custa em média 30% a mais que os de-

aplicação é simples, a manutenção é fácil, e a durabillidade é

mais pisos. Só que, na relação custo/benefício, a escolha é

longa”, conclui.

vantajosa, já que o piso drenante tem vida útil superior à de

Na tendência sustentável, o piso permeável aparece como

outros pisos, como o paver. Além disto, a instalação do piso

um produto voltado a um público exigente – nos quesitos

drenante é relativamente mais rápida, pois libera o tráfego de

qualidade e cuidado com o meio ambiente. A beleza, o re-

pessoas e veículos logo na sequência de sua aplicação.

quinte e a funcionalidade do piso drenante estão a favor do

Em uma clínica de Cascavel, as intempéries cismavam em

amanhã, que pode ser bem mais prático.

atrapalhar a vida dos funcionários e dos pacientes. No estacionamento, antes terceirizado, as pedras britas não per-

49


DOSSIÊ

50


O Arquiteto mandou brasa, e o projeto ficou fogo! A madeira que foi lenha para condenar o apê agora esquenta a decoração

Po r Ri ca rdo Po hl fotos Divu lgação

51


DOSSIÊ

Os bombeiros não deram conta, mas o arquiteto fez bonito. Tudo recomeçou “em uma noite de setembro, em 2009, quando nós nos instalamos lá no teto, ou melhor, no que restou dele”, explicam os indivíduos que resolveram fixar residência num carvão vertical na França. O edifício roubou a cena em Paris de uma forma não muito bacana. “O prédio tinha sido vítima de um enorme incêndio no ano anterior” que lhe rendeu mais brilho que a Torre Eiffel – triste papel. Apesar de tostadas, as escadarias levavam ao teto do prédio, que era uma grande estrutura de andaimes. A cobertura fornecia uma vista de tirar o fôlego: ao todo eram (e ainda são) 360o graus para admirar sem limites a Cidade das Luzes. O arquiteto escolhido para o projeto foi Frédéric Flanquart. O desafio era criar o desejo do cliente de “algo novo, ambicioso e criativo, com o intuito de virar a página após 10 anos que já havia passado no loft”, esclarece Frédéric. “O objetivo era conceber um espaço amplo e convidativo com o maior espaço para objetos e ainda assim permitir uma boa circulação”. Havia um detalhe que não poderia ser esquecido: um novo sistema antichamas, no caso de... né!? Nunca se sabe!

Uma pequena demonstração da vista do loft. Repare que nem o quadro destoa das cores da decoração.

52


Mesmo com presença de elementos que retomam ao antigo, a modernidade e praticidade do loft não são anulados.

Muito bem iluminado, a disposição das luzes é harmoniosa e suave e, casando com as hastes, o resultado é um espaço de aconchego e serenidade.

53


DOSSIÊ Perceba o contraste entre as vigas e o vermelho/ branco. A madeira seria rústica se não fosse elegante. Além de ser convidativa, ela transfere segurança.

Juntamente com o cliente, o idealizador teve a ideia de criar um espaço que apaziguasse durante o dia e oferecesse a opção de se tornar um ambiente aconchegante durante a noite. Resumindo, um espaço quente – mas não muito! Um ano e meio depois, em 31 de dezembro, o projeto foi inaugurado – não se sabe se os bombeiros foram convidados. As luzes desempenharam um grande papel no espaço, desenhando novos traços no loft principal – uma, especialmente, apontava para a saída de emergência. Algumas davam, aparentemente, a impressão de que foram arranjadas aleatoriamente, porém, se vistas com atenção, configuravam uma disposição muito bem engenhada. O que antes era uma figurante indesejada se tornou a protagonista requisitada. A madeira, que era um empecilho na reparação, se tornou a peça chave para a nova cara do loft. O contraste das cores provenientes das lâmpadas deu um ar romântico à madeira; com sua aparência aconchegante, o branco contribuiu com a noção de amplitude que lhe é própria; e o vermelho, todo-todo, encabeçou o grand-finale. A mescla resultou num loft farto de emoções, deveras atraente, como todas as coisas imprevisíveis o são.

54

A madeira que antes era um problema, agora se tornou a essência da decoração. As rachaduras nas vigas concedem charmosidade ao ambiente.


55


FASHION I N HOME

TRIO PARADA DURA! Sozin h as , elas marcam fortemente um ambiente . J untas , comp õ em encorpadamente q ualq uer espaço

1

3 2

56


4

5

6

7

1 Relógio Queen Preço: R$ 175, Site: www.lojasala.com.br • 2 Poltrona Western Preço: R$ 9.464, Site: www.breton.com.br • 3 Escultura Bonsai Preço: R$ 229, Site: www.cantos.com.br • 4 Buda Preço aproximado: R$ 297, SIte: www.casamundodecoracao.com.br • 5 Banqueta ferro Usine Nº5 Preço: R$ 974, Site: www.estarmoveis.com.br • 6 Pufe Captone Preço: R$ 680, Site: www.tapecariagrahambell. com.br • 7 Poltrona Ibeji II Preço: R$ 1.977, Site: www.casadevalentina.com.br

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CENÁRIO

Composé classudo Maria Angélica Baú e Elisa Zanol encontram n maneiras para deixar tudo nos trinques. Composições, ideias e inspirações deram o tom ao apartamento uniformemente lindo Po r Táti l a Perei ra fo to s Edu Frei re

“Uma moradia com tons neutros e onde tudo funcione.” Com

L avabo

essa frase simples, a dona deste apartamento deu as coor-

Como o lavabo é um local apenas de passa-

denadas à dupla de arquitetas Maria Angélica e Elisa. Seguin-

gem, causar impacto é quase uma obrigação.

do a trilha, mas também propondo alguns atalhos, as duas

Uma dupla dinâmica de papéis de parede en-

imprimiram um ritmo único aos 187m2 do local, dando tchau

trou em ação e, a cor de um dos detalhes se

a algumas paredes, cores escuras e qualquer baixo astral.

transformou em mais um pedido para uma

As simpáticas arquitetas então definiram a neutralidade

cor exclusiva de um móvel da Evviva. Desafio

como pano de fundo da composição, deixando, porém, pon-

aceito e concluído com maestria.

tos de cores alegres saltitarem ambientes afora. “Por mais que a dona da casa tenha pedido um ambiente mais sóbrio, sentimos da personalidade dela que o colorido precisava estar presente em pontos estratégicos”, recorda Maria Angélica. Apesar de somente o casal morar ali, tudo precisou ser pensado para acolher bastante gente, pois eles já contam até com netinhos na família, mas esse apelo mais “senhorio” é feito de sutilezas.

H all O hall, além de ser o cartão de visita, também tem uma missão bem determinada: ser aconchegante e, ao mesmo tempo, manter a intimidade para o restante do apartamento. Colunas de gesso cartonado revestidas com painéis da Evviva servem como barreira.

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O rat ó rio O oratório fica onde antes havia uma porta. O fundo do corredor ganhou revestimento rústico e uma iluminação indireta com fita de led em mais um rasgo na alvenaria. A luz, mesmo que sutil, conferiu um ar sublime ao lugar. A funcionalidade também se vê por aqui: o móvel da Evviva, além de ser suporte para peças de decoração, também é um útil armário, daqueles discretos e que obedecem

Sala jantar / T V / B ar

ao toque.

A integração foi outra solicitação para o apartamento. Por isso, sala de jantar, sala de TV, bar e hall unem-se, cada um com sua identidade. O mix entre papéis de parede, placas de gesso e painéis de madeira mostrou uma harmônica versatilidade. O bar é a junção do frio e do quente: o frio da grade, exclusivamente feita pela Evviva, e o quente da madeira.

Coz inha Horizontalmente linda! No melhor estilo americano, os armários brancos contam com puxadores da mesma cor – camuflados no conjunto, também selecionados na Evviva. O composé entre as pastilhas e o porcelanato com cara de ladrilho ajudou a disfarçar as colunas, pré-existentes na construção.

59


CENÁRIO

B anheiro É até pecado dizer que este é o banheiro “comum” da casa. Ok, chamaremos-no assim por mera convenção social, mas de comum por aqui não há nada. As pastilhas, novamente elas, dão o tom do ambiente, só que dessa vez uma composição de azul foi a eleita.

B anheiro Olha o dourado aí de novo! Desta vez, ele aparece em forma de pastilhas nestes rasgos na alvenaria e também nos nichos de apoio dentro do box. Se o dourado já brilha sozinho, imagina só na companhia dessas minidicroicas de led?! Lembrase dos pontos coloridos? Eles também estão por aqui, nas pastilhas roxas.

Quarto No quarto de estilo clássico, é difícil escolher sobre o que comentar. A escolha de materiais nobres, entrelaçada com soluções inteligentes, tornou o cômodo um mimo só. E tem Evviva de cima a baixo. O sofá é espaçoso para abrigar a criançada. A TV com eixo giratório é ladeada por nichos híper práticos. O revestimento sobre a cama é 3D, daí o efeito legal. Trata-se de uma placa cimentícia, com detalhes em dourado envelhecido. Para se embelezar, uma penteadeira provençal – o cenário fica completo com as arandelas. Fora, cubas! As duas peças foram expulsas do banheiro, mas a causa foi nobre. Olha só o resultado que deu! Ao redor delas, nada mais, nada menos que um porcelanato com cristais swarovski, último grito em requinte.

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Quarto de costura A dona da casa queria um canto só dela. Então, voilá. Um quarto de costura/escritório/refúgio particular. Com feminilidade na veia, o ambiente partiu dos papéis de parede – na gaveta e no fundo do armário – para compor todo o resto. Depois, baseando-se nesse papel, a Fino Toque criou uma cor exclusiva para o laqueado da Evviva – este rosinha gracioso.

Sacada Um playground para os donos do apartamento – a mesa de jogos denuncia. Essa foi uma das únicas peças remanescentes da antiga morada. Apesar de ela ser um acontecimento, não é a protagonista da “varanda fechada”: é o palhaço – outro sobrevivente da decoração antiga – que bota banca e norteia o décor. As pastilhas até parecem ter saltado da roupa dele. Estrela que é ganhou até holofote.

As responsáveis por tudo isto aqui Se bom humor e simpatia puderem ser transmitidos para as paredes e os pisos, apresento-lhe Maria Angélica e Elisa. Porém, não são só sorrisos que vêm no pacote, mas também muita competência. Mesmo que as duas tenham descoberto a arquitetura de maneira diferente, a afinidade de uma amizade de 10 anos se reflete nos trabalhos, quando, no início da graduação, brotou uma empatia sem fim. Enquanto Maria Angélica queria porque queria ser estilista, Elisa descobriu já em meio à obra da casa da família que seu destino

O estilo clássico é predominante e agrada, praticamente,

era mesmo projetar. Formadas há cinco anos e es-

qualquer faixa etária.

pecializadas em Arquitetura de Interiores e Design de

Não bastasse tudo ser tão bonito, uma manada de espelhos

Mobiliário, elas criaram o escritório Croqui Arquitetura

potencializa os pontos fortes da casa. No quarto, banheiros

de interiores, com a filosofia de entender a arquitetura

ou na sala, o espelho, além de dar aquela velha conhecida

como uma arte que transforma espaços em sonhos,

amplitude ao cômodo, ainda possibilitou que, de qualquer

anseios e necessidades. Por que contratar uma du-

canto, os detalhes – minuciosamente escolhidos – pudes-

pla de arquitetas? O escritório em conjunto condensa

sem ser refletidos.

ideias que se complementam! Olha só: Maria Angélica

Mesmo com carta branca para que tudo fosse renovado, al-

é expansiva, falante, extrovertida, já Elisa é reservada,

guns pontos fundamentais foram mantidos. “É preciso man-

delicada e organizada. Personalidades discrepantes

ter a história, ter a identidade da pessoa, se não fica frio, sem

que sempre conseguem chegar a um denominador co-

vida e parece a casa de qualquer pessoa”, esclarece Elisa. E

mum a favor do cliente. Para isso, cada trabalho ganha

o melhor é que nem tudo precisou ser dito: as entrelinhas

dedicação incondicional. Elas gostam de estar ali, dia-

também foram captadas. Sintonia fina entre as duas pontas

riamente, acompanhando o passo a passo daquilo que

– coisa rara de se ver.

projetaram e colocando a mão na massa também!

61


CENÁRIO

62


Mimetismo triunfal

Aqui o luxo acontece sem frescura, a sofisticação pede licença para entrar, como sempre, triunfante – e a natureza continua ali, intacta e sorrindo! Po r Jul i e Fank fo to s Divu lgação

63


CENÁRIO

De simples, nem o sofá. Fosse um hotel, seria concorridís-

Stefan Antoni tiveram que submeter o projeto a aprovação.

simo. Poderia ser confundido com o Olimpo, mas a topogra-

Depois de todo o processo, que demorou quase um ano, uma

fia é oposta e a localização é num vale – nada de montanhas.

série de bancos de terra teve que ser levantada para “iso-

Poderia ser um spa, mas não, é um local para passar os fins

lar” o local das ondas temperamentais. A dor de cabeça por

de semana. A, que de humilde não tem nada, casa de praia

conta da demora não diminuiu seu valor – a casa é uma afir-

está localizada em Durban, um dos portos mais movimen-

mação excepcional da modernidade e um oásis em meio à

tados da África do Sul e terceira maior cidade depois de Jo-

mata nativa – de tão minuciosamente projetada, confunde-

anesburgo e Cape Town. A localidade famosa por suas ex-

se com a natureza.

tensas praias concentra o que há de mais violento quando se fala em mar – o clima é ameno no decorrer do ano e não tem grandes variações, mas a Costa Norte da África do Sul não é nada pacífica: regularmente é atingida por ciclones e furacões. Os moradores, que queriam um refúgio, um segundo porto, para fugir quando necessário fosse, encontraram, no olho do furacão, um pedaço de terra para construir seu casulo – e que casulo! O desafio inicial, além de construir uma casa com um quê de paraíso terrestre, era deixar esse paraíso bem longe da agressão das ondas bravas. A propriedade, que era o último espaço vago ao longo da linha costeira de La Lucia, era também espaço de preservação ambiental. Como o terreno, além de ser protegido, tinha abertura direta ao oceano, os projetistas da SAOTA Phillip Olmesdahl, Patrick Ferguson e Blindada pelo requinte: a residência de veraneio é envolvida por placas de alumínio banhadas em bronze.

64


O ambiente fornece serenidade e momentos únicos também. Concreto e madeira se complementam, e o efeito das cortinas externas é encantador ao pôr-do-sol.

A proposta, aparentemente difícil, de atribuir uma atmosfera de sossego para uma paisagem tão conturbada deu certo. Os arquitetos responsáveis pelo projeto dão a fórmula: "Os donos queriam que o resultado final inspirasse aquele sentimento de relaxamento e tranquilidade que pode ser resumido em roupa de banho molhada no sofá", conta o parceiro do projeto Phillip Olmesdahl. A partir dessa vontade, a equipe adotou a frase “luxo de pé descalço” e é ela que norteia o uso sensível dos materiais no projeto. O resultado? Uma sucessão de momentos “UAU!” conforme você caminha pela casa – uma síntese máxima de luxo, sofisticação e conforto ao melhor estilo “de pernas para o ar”. Para o projeto de interiores, os arquitetos Mark Rielly e Ashleigh Gilmour optaram por acabamentos e paleta que permeiam a neutralidade: no chão de concreto em tons de areia polida e na madeira que remonta à vegetação do local. Há ainda um apelo para os tons naturais, como no couro, por exemplo, e para o cinza numa combinação harmônica e suave de tons de carvão, azul-petróleo e azul-celeste. A fachada, vista da costa, é embalada por uma série de telas de alumínio banhadas no bronze e propõe um cenário cinematográfico. Parcialmente ou integralmente, as telas protagonizam diferentes desenhos na gravura configurada do A posição dos

lado de fora. Sob o olhar de quem chega, no entanto, a casa

estrados não foi

é tímida: esconde-se sob a vegetação local marginal à en-

“sem querer”,

trada, que não parece das mais convidativas. A perspectiva

suas formas con-

logo assume uma atmosfera mais entre-e-fique-à-vontade

duzem o olhar di-

quando se caminha pelo corredor de pé-direito duplo. A co-

retamente para o

nexão entre o exterior e o interior é perspicaz: os estrados

oceano – como se

de madeira orientam o olhar em direção ao oceano – e você

fosse possível que

logo esquece que a entrada não era tão convidativa assim.

a vista passasse

"Não apenas isso ameniza a austeridade do material sem

despercebida.

acabamento, como cria um foco distinto direcionado à vista.

65


CENÁRIO

Formalidade e descontração dividem o mesmo espaço harmoniosamente. A fluidez é instantânea sem ser brusca, a composição dos materiais e a iluminação mantêm a elegância.

Percebe-se o papel fundamental da natureza. Os envolvidos sabiam que a espera de um ano pela aprovação ambiental valia a pena.

66


A mistura de formas e a suavidade da luz demonstram: aqui, o corriqueiro vira singular.

Não há como os olhos evitarem de serem conduzidos para a linda vista do mar", tranquiliza Patrick Ferguson. A dança das placas remete aos suspiros de alívio inspirados pela vegetação local – nota dez em diálogo com a natureza. Diálogo, aliás, é a palavra que define esse projeto: entre os proprietários e os arquitetos, entre a casa e a natureza e entre as partes da casa, tudo conversa numa harmonia silenciosa – mas nem por isso discreta como a paleta de cores que o orienta. O equilíbrio entre a formalidade elegante e a despreocupação sossegada passeia pelas portas abertas e vista direta ao oceano; pelos quartos com acesso à sacada que percorre toda a estrutura externa; pela suíte máster com terraço privativo; pelo deck de madeira da piscina e pelo lounge – opa, são dois, que é para ter opção para todo o tipo de ocasião. Entrosamento é a ordem. E a flexibilidade vem junto com esse arrojo todo. A proposta é fluir e se jogar. Ainda que a simplicidade seja daquelas palavras que passam longe da costa de La Lucia, aqui é a harmonia quem toma as rédeas da coisa e manda todo mundo fazer as pazes: luxo e simplicidade, homem e natureza. E não é que eles obedeceram?

67


GARIMPO

Tathianne Mariotto Arquiteta e Urbanista

OLHA QUE COISA MAIS LINDA, MAIS CHEIA DE GRAÇA

1

U m mi x de objetos CH E I OS D E CHAR M E E SCO L H I D OS A D E D O p O R Francieli Lovatel

Arquiteta e Urbanista

ARQ U I T E TAS CH E IAS D E BO M G OSTO

2

4

68

3


5 1 POTE BRANCO E BEGE

6

R$105,00

2 MORINGA DE CERÂMICA R$69,90

3 cestos para pães P: R$48,00 M: R$57,00 G : R$65,00

7

4 Buda Cego/SURDO/MUDO R$ 37,90

5 CAIXA DE MADEIRA R$75,00

6 POTE BRANCO E DOURADO R$66,70

7 Conjunto de cestos cOM tampa em fibra natural R$154,50

8

8 cestos c/ alça em fibra natural R$135,00

69


REFÚGIO

Monumento à beira do lago Na Holanda, um cenário escolhido a dedo dá boas-vindas a um aconchego chamado de lar Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Di v ul ga ção

70


71


REFÚGIO

A madeira, o tapete fofinho, a lareira aquecem só de olhar.

72


Para visualizar a paisagem, dá para se acomodar no “ninho” fofo no quarto da menina.

Pode ser o barulhinho. Pode ser a brisa. Pode ser a paisagem. Estudos ainda não comprovaram quais seriam os motivos para que as moradas à beira da água – seja lagos, mares ou, até mesmo, um chafariz – possam ser tão atrativas. Pode ser a necessidade da fuga da realidade que esteja fazendo tanta gente ir em busca do seu próprio oásis. Nesta casa holandesa, a arquitetura dá sua contribuição, mas o lago IJburg é a cereja do bolo. Já que exuberância pouca é bobagem, o escritório Marc Arquitetos quis deixar o interior da residência nítido para quem À noite, a sensação de

quiser olhar. Pode parecer um ataque à privacidade, só que,

calmaria é ampliada. O

basta o morador querer, que as cortinas mantêm a discrição

lago IJ apazigua a agitada

dentro de casa. A filosofia do escritório fica nítida nas pala-

Amsterdã.

vras do arquiteto Marc van Driest: "Um bom design é caracterizado pelo equilíbrio entre técnica, funcionalidade, custos e estética”. A Villa, localizada em Amsterdã, mostra como os espaços podem ser bem aproveitados a favor justamente da nobreza e da funcionalidade. Na frente da casa, a madeira desempenha papel principal nos três pisos. Os detalhes amadeirados, acompanhados do revestimento claro e dos fechamentos de vidro, ampliam a ideia limpa e moderna que os arquitetos definiram como mote para a casa. Foram três anos, entre a concepção e a conclusão da obra, que conta ainda com um paisagismo simples, mas certeiro para a proposta do projeto. O arquiteto responsável pela concepção da obra, para aproveitar a vista para o lago, projetou uma varanda que se estende sob a forma de um deck suspenso sobre o gramado.

73


REFÚGIO

O paisagismo é simples, já que os arquitetos entenderam que os protagonistas são a casa e o lago.

Com tanta

Caso esteja difícil de visualizar, que tal aproveitar o pula-pu-

coisa pela casa, o

la, despretensiosamente colocado sobre o gramado?! Uma

banheiro poderia

baita sacada.

passar desper-

Por dentro, materiais, estampas e cores foram escolhidos

cebido, mas essa

com o intuito de aconchegar, independentemente do canto

cuba diferentona

em que a pessoa estiver. Um degrau separa, e uma lareira

não deixa...

une a cozinha e a sala de estar: com o pé direito mais alto, a cozinha, pra lá de moderna, concede espaço à lareira, sobre o balcão; um degrau acima, a sala, colorida, se vê acolhida pelo lado oposto da lareira para esquentar os mais friorentos. A estética clean só é quebrada com os pontos lúdicos espalhados pelos cômodos, sinais de que crianças habitam por ali. Da cama de princesa no quarto ao tapete felpudo na sala, tudo foi estrategicamente instalado para que a casa fosse um poço de aconchego. "No processo de desenho, o arquiteto tem duas regras: de um lado, ele é despretensioso e, de outro, ele atua decisivamente, se necessário”, completa Marc. Intuitiva ou premeditadamente, o encaixe entre o relax e o prático tornou a residência uma ilha em um rio de calmaria – o verdadeiro conceito de refúgio.

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O escritório Eduardo Paranhos faz parte de uma geração disposta a inovar e fugir do convencional. A agilidade, modernidade e economia que você procura aliadas à nossa experiência - tudo para materializar o seu sonho.

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75


GADGET

Charmosa As lareiras elétricas, digitais ou virtuais, apresentam várias vantagens se comparadas as à lenha ou a óleo. São econômicas, ecológicas e mais seguras. Sem contar que este modelo da Cadence preserva os efeitos visuais característicos que antes só as chamas de verdade possuíam. Todo aquecimento e charme que você precisava! Preço sob consulta www.cadence.com.br

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Mais conveniente impossível Muito desconfortável é quando você está na frente do monitor e vai saborear aquele delicioso chocolate quente/café e descobre que ele está gelado... Pois é. Mas os dias frustrantes acabaram, graças a este aquecedor de caneca biscoito, que mantém sua bebida maravilhosamente agradável. E você só precisa de uma porta USB. Preço: R$ 60 www.loja.imaginarium.com.br

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Raridade Além de ser um objeto vintage, este aquecedor elétrico trata-se de uma raridade: foi projetado em 1920 por Peter Behrens, um arquiteto alemão considerado o primeiro designer industrial da história. Apesar da idade, o item está em ótimas condições. Preço estimado: R$ 5 025 www.1stdibs.com

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EVENTO

OS IDEALIZADORES da plataforma Projetar

Para extravasar a criatividade: dá-lhe concurso! Em meio ao EREA Sul 2013, idealizadores da plataforma Projetar.org lançaram o primeiro de uma série de concursos voltados a estudantes de arquitetura. Esse foi o pontapé inicial da ideia que pretende se tornar um up para a criatividade e competitividade dos futuros arquitetos Po r M a rcel e Anto ni o fo to s Ro dri go Vi ei ra

78

Eram 10 da manhã e as carinhas de sono ainda predo-

desafiador. Mas os desafios já são figurinhas marcadas na

minavam. No EREA Sul 2013, Encontro Regional dos Estu-

rotina de um arquiteto, e foram eles que também fizeram as

dantes de Arquitetura, o ritmo intenso de um fim de semana

fichas de inscrições do concurso se espalharem entre os es-

cheio de palestras e oficinas, fora, claro, as descontrações

tudantes.

paralelas, deixava nítido o cansaço dos cerca de 800 futuros

Isso porque a proposta do primeiro concurso da plataforma

arquitetos que participaram do encontro em Cascavel. Anun-

Projetar.org, além de toda a temática trabalhosa, ainda exi-

ciar um concurso num momento como esse foi, no mínimo,

gia a agilidade dos estudantes para elaborar tudo em veloci-


dade relâmpago. Os participantes conheceram o tema às 11h e todo o projeto devia ser entregue até as 19h. Para os idea-

OS VENCEDORES

lizadores, os concursos são defendidos como uma das maneiras mais eficazes de estimular a competitividade entre os estudantes. “O concurso é a melhor forma de extravasar ideias e de permitir aos alunos uma comparação de nível entre eles”, explica Caio Smolarek, arquiteto cascavelense que, junto à publicitária Laila Rotter Schmidt e ao administrador Rafael Reolon, fundou a Projetar. A plataforma de concursos voltados à arquitetura nasceu da insatisfação do grupo com o julgamento dos concursos já existentes na área, e inicia agora, já com perspectivas de uma expansão: os idealizadores querem que, num futuro próximo, os concursos da Projetar permitam uma interlocução com outras áreas como a publicidade, por exemplo. “Podemos criar um concurso para que os estudantes de publicidade idealizem uma campanha para divulgar o concurso

1º lugar: Fatal Error Segundo os jurados, esse foi o projeto que melhor apresentou a proposta, com destaque para integração espacial, para a dinâmica dos espaços e setorização por meio de volumes: quesitos que renderam ao grupo o diferencial de ser o que mais permitiu a interação dos usuários do prédio. Equipe responsável: Diemesson Hemerich - UFFS - Erechim/RS Sheila Andrade - UFFS - Erechim/RS Yan Kaue S. Brasil - UFFS - Erechim/RS Alana Bruxel - UFFS - Erechim/RS

de arquitetura. Podemos pensar também em um concurso paralelo só para parte de urbanismo”, completa Caio. A primeira experiência da plataforma de concursos teve inscrição de 13 grupos de estudantes. A tarefa era colocar em pranchas as ideias para um futuro mercado público em Cascavel, que seria construído na área em que anualmente é feita a Festa das Colônias, no pátio da Catedral da cidade. Dúvidas sobre quais aspectos levar em conta surgiram antes mesmo da apresentação do tema, já que anteriormente os estudantes puderam conhecer o terreno escolhido para o concurso. Mas nada de limitações. A criatividade podia levar os estudantes onde quisessem, já que as únicas exigências do concurso eram o cumprimento do horário de entrega, as delimitações técnicas necessárias a qualquer projeto arquitetônico e o uso dos pisos da marca Braston, parceira da Pro-

2º lugar: 6E Os destaques do grupo foram, segundo os jurados, a setorização do programa do terreno, a integração com a praça da catedral, o jardim vertical na fachada da Av. Brasil, além da elaboração de um edifício à parte para o estacionamento, totalmente interligado com o mercado. Equipe responsável: João Luiz de Figueiredo Junior - UDESC - Laguna/SC Johanna Dibatin - UDESC - Laguna/SC Renato Campos da Silva - UDESC - Laguna/SC Gustavo Henrique Ferreira da Luz - UDESC - Laguna/SC Vinícius Dias Sobreira P. Barros - UDESC - Laguna/SC

jetar, para pavimentação do prédio idealizado. O resultado do julgamento, que também foi feito em formato relâmpago por três profissionais da área, deu ao grupo “Fatal Error” a primeira colocação. Segundo e terceiro lugar ficaram, respectivamente, com os grupos “6E” e “Haoles da Ilha”. Dois outros projetos ainda foram contemplados com menções honrosas. Para uma próxima, os estudantes já têm desafio lançado. A Projetar.org está com as inscrições abertas para o segundo concurso, que desta vez propõe aos estudantes um projeto para uma ala de expansão do MuBE, Museu Brasileiro da Escultura. Edital e informações estão disponíveis no site www. projetar.org.

3º lugar: Haoles da Ilha O grupo recebeu mérito pela relação integrada do edifício com o entorno. Os jurados consideraram importante a escolha dos estudantes de colocar a edificação perto da rua Rio Grande do Sul, respeitando a posição da praça da catedral voltada para Avenida Brasil. Equipe responsável: Bianca Larissa Krüger - UNISUL - Florianópolis/SC Bruna Zanin - UNISUL - Florianópolis/SC William Vefago - UNISUL - Florianópolis/SC Kayque Júnior Pereira - UNISUL - Florianópolis/SC Paulo Ricardo Kirchner - UNISUL - Florianópolis/SC

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ESPELHO

Soma de forças Um dos três pilares do escritório NBC conta a trajetória de uma empresa que orgulha Cascavel lá fora e imprime uma nova estampa à cidade todos os anos Po r Jul i e Fa nk / Táti l a Perei ra

Nelson Nastas Arquiteto

fo to s Ace r vo Pe ssoal

Uma olhadela desatenta por Cascavel não te previne de

anos depois, mais uma cabeça criativa e empreendedora se junta-

bater o olho em rastros enebecenianos. A assinatura do

ria ao grupo: Luiz Alberto Círico passou a integrar a equipe e o nome

escritório se confunde com a história da própria cidade.

NBC efetivamente nasceu: “Como toda a empresa, as pessoas se

Os cidadãos é que ficam felizes com um skyline privile-

somam. Todos têm a mesma formação, todos ficam na função de

giado. Outra conferida, desta vez mais atenta, permite

criar, mas no dia a dia, a área administrativa, a área comercial e a área

o óbvio: ver os novos empreendimentos que prome-

técnica acabam nos dividindo. Além disso, o escritório tem um corpo

tem, assim, como os outros, dar um up na silhueta cas-

com outros nove arquitetos.”, avalia Nelson.

cavelense. Nelson Nastás foi o porta-voz do escritório

A trajetória de quase 38 anos teve sempre como foco a busca de

e conta pra gente a história da arquitetura da cidade

clientes e o crescimento do escritório: “São anos traduzidos em

desde quando Cascavel ainda não tinha nem uma de-

acervos reais e atestados de órgãos e de clientes que nos habilitam

zena de arquitetos.

a participar de licitações de projetos significativos no Brasil inteiro. O

A falta de uma referência na família não fez o hoje ar-

nosso foco é o crescimento do escritório.”, orgulha-se o arquiteto.

quiteto nem pensar em seguir por outro caminho. Nascido em Pon-

O primeiro grande projeto, lá atrás, mostra a que o grupo veio: foi o

ta Grossa, escolheu Cascavel para começar na profissão, foi como

prédio onde hoje funciona a Justiça Federal na cidade de Cascavel,

assessor de planejamento na prefeitura que imprimiu as primeiras

somente a primeira de uma série de obras públicas. O centro comer-

opiniões sobre o mapa da cidade: “Eu sou de Ponta Grossa, estudei

cial Central Park, a Faculdade Fundação Assis Gurgacz e o calçadão

em Mogi das Cruzes e escolhi Cascavel por um acaso. Eu trabalhava

central são alguns dos marcos que o escritório guarda no portfólio.

numa empresa e essa empresa me trouxe para prestar serviço aqui

Entre eles, ainda figuram o Centro de Exposições da Expovel e a sede

na região. Acabei fazendo contatos e aí quem me trouxe realmente

da Prefeitura de Cascavel. “O que eu acho da cidade de Cascavel? Só

para Cascavel foi a prefeitura com o Pedro Muffato. Vim como asses-

posso tê-la como um filho. A gente tem uma parte da cidade, são

sor de planejamento em 4 de novembro de 1974.”, relembra o arqui-

mais de 1000 prédios. Como a gente não vai gostar de uma cidade

teto. Logo ele e o amigo Victor Hugo Bertolucci, ele sim cascavelense,

que a gente criou, que a gente ajudou a construir?”, reflete Nelson.

mas recém-chegado da Universidade Federal do Paraná, resolveram

“Cascavel é uma cidade linda, porque é uma cidade nova. Porque é

se somar aos não mais que três escritórios de arquitetura que exis-

uma cidade que tem um traçado com ruas largas. Se percorrermos

tiam na época.

cidades com o mesmo grau de importância de Cascavel, em termos

Foi, então, em 1975, que a primeira sociedade nasceu para aprovei-

de habitantes e renda e atuação da cidade no aspecto político, no

tar um nicho ainda não preenchido, conta o arquiteto: “A região toda

aspecto econômico de desenvolvimento, a gente vê que Cascavel é

era muito forte, Foz do Iguaçu, por exemplo, começou com a Itaipu,

uma cidade que tem um sistema viário interessante, é uma cidade

e logo a cidade começou a crescer muito. Como lá não havia muitos

que tem muito verde, é uma cidade que tem preocupações. Por ter

profissionais, a gente começou a prestar serviços em Foz, no Para-

60 anos de emancipação política, é relativamente nova. Eu tenho a

guai e na Argentina. E aí, consequentemente, acabamos irradiando

idade da cidade. (risos) Moramos em uma cidade que se preparou

para cidades como Medianeira, Céu Azul, Matelândia, começamos

para estes tempos. Diferentemente de outras cidades, que tiveram

a atuar nessas cidades todas dentro de um raio de 150km”. Treze

que radicalizar todo um processo evolutivo para se adaptar.”, com-

“ “Arq ui te t u ra é a v i d a d a ge n te, além do p rof i ss i o n a l . E u n ã o s e i fa z er out ra coi s a . ”

80

pleta. E quando ele fala nestes tempos, justifica: “É o melhor momento para a arquitetura. A tecnologia proporciona novos recursos em materiais e as tendências proporcionam alternativas na elaboração de projetos: em concepção de novos vãos, melhora da qualidade. Hoje


“ “Ca s cavel é u m a c i d a d e l i n da, po rque é uma c id a d e n ova , p o rq u e tem um t ra ça do co m r u a s l a r ga s . M o ramo s em u ma ci d a d e q u e s e p re p a ro u para Victor Hugo Bertolucci

es te s te m p o s , d i fe re n te m ente de

Outra ponta do tripé criativo

out ra s , q u e t i ve ra m q u e ra dicaliz a r

da NBC, Victor Hugo Bertolucci, quando passa o olho pela linha do

tod o um p ro ce s s o evo l u t i vo pa ra s e

tempo da arquitetura de Casca-

a da pt a r. ”

vel, verifica uma mudança. “Hoje existe a consciência de que é ne-

tudo é muito focado na questão ambiental e isso é uma reviravolta. Quando a

cessária a presença de um arqui-

gente fala em sustentabilidade, a gente vai alterar a forma de pensar a arquite-

teto para construir.” Parte disso

tura. Hoje as exigências são outras!” Os arquitetos que encabeçam o escritório

se deve, segundo ele, à formação

já foram contaminados pelo que é tendência lá fora e têm trazido isso para seus

de profissionais por aqui mesmo.

projetos mais recentes. A tecnologia, uma consequência dos tempos modernos,

“O aumento de profissionais for-

é bem diferente da época em que Cascavel contava com bem menos metros qua-

mados elevou a concorrência e, consequentemente, a qualida-

drados construídos: “A tendência é que haja essa interferência da sustentabili-

de do trabalho”. Na barca da empresa desde o início, Bertolucci

dade, por exemplo, na arquitetura e na construção para que haja crescimento na

respira – e transpira – arquitetura. Ele não se lembra de algum

construção civil. E os edifícios públicos já estão sendo executados dentro des-

dia de sua vida que tenha passado sem ter pensado em algo

ses conceitos. Isso prova que a arquitetura se adapta aos tempos... E a gente tem

para ser projetado. No decorrer da carreira, desenvolveu uma

sentido isso e tem buscado novas alternativas. Nós nos adaptamos à realidade

filosofia – vivida nestes 38 anos de caminhada. “Fazer um pro-

deste século. A arquitetura tem que se adaptar a isso porque o comportamento

jeto é simples, mas criar algo é que é o diferencial. Você precisa

do projeto está muito ligado às tendências e exigências do tempo em que vive-

oferecer soluções inteligentes e criativas ao seu cliente e fazer

mos.”, atesta o arquiteto.

isso me dá um prazer imenso”.

A tecnologia e a tendência são só detalhes a serem ajustados, já que a NBC sempre esteve à frente do seu tempo. Com um desenho preciso e reconhecido na si-

Luiz Alberto Círico

lhueta de qualquer cidade, o motivo do sucesso do escritório ao longo de quase

Caçula na sociedade, Luiz Alber-

quatro décadas de atuação é visível: a paixão dos três arquitetos pelo que fazem.

to Círico concluiu a composição

Sobre a vocação, Nelson Nastás traça seu perfil: “Arquitetura é a vida da gente,

da sigla NBC. “Foi uma somatória

além do profissional. Eu não sei fazer outra coisa. A gente tem uma formação vol-

de necessidades, eles já tinham

tada para um aprendizado. Se eu sair disso, posso até abrir um restaurante, uma

uma estrutura consistente, me

empresa qualquer, mas isso não corresponderia ao que eu realmente gosto de

deram condições e eu pude con-

fazer. Arquitetura é realmente minha profissão, gosto de ser arquiteto, sou arqui-

tribuir.” O ‘casamento’ triplo im-

teto e procuro melhorar como arquiteto.”

primou ritmo ao escritório. Ele

Hoje, em andamento, três grandes universidades no estado de São Paulo, a sede

entende que a arquitetura em

do Ministério da Fazenda em Brasília e em São Paulo são a prova de que o caminho

Cascavel representa um marco

ainda está sendo trilhado e em passos – como se fosse possível – cada vez mais

nacional em razão dos proje-

sólidos: “Nós consideramos que ainda estamos começando na profissão! A gente

tos criativos existentes por aqui, que determinarama identida-

ainda tá descobrindo muita coisa, a tecnologia está aí, né?”, comenta o arquite-

de da cidade. Círico é um entusiasta do faça diferente, mantra

to. Mas a capacidade que todo bom arquiteto tem de viver o entorno e viven-

repetido em todos esses anos de empresa. “Minha relação

ciar a cidade não muda, só se aperfeiçoa. A empresa, que inicialmente prestava

com a arquitetura é traduzida com arte e técnica. A soma des-

serviços somente na área de projetos, hoje tem um braço que envolve a área de

sas duas correntes é essencial para que você projete algo que

incorporação – mais um passo a ser sedimentado com o tempo de atuação. Per-

marque sua época. Não adianta criar algo maravilhoso se não

guntado sobre quais seriam os objetivos de um escritório que já galgou seu es-

pode ser executado, assim como não adianta criar algo só vol-

paço no almejado cenário da arquitetura nacional, o arquiteto reitera: “Continuar

tado para a técnica. O emprego da técnica precisa ser criati-

trabalhando... A história tem que continuar!”. Cascavel, que sabe do talento dos

vo. Onde conciliamos arte e técnica, obtemos o melhor da ar-

três, agradece de antemão as contribuições tão valiosas ao desenho da cidade.

quitetura ”.

81


LIFESTYLE

O mundo é analógico Guarde as digitais: o retrô dita as regras das fotos em aplicativos “antigos” e câmeras analógicas irresistíveis. E o mundo pode ficar, sim, muito mais interessante através de um filme Po r C l a r i s s a D o n d a fo to s Di v ul ga çã o

82


Não faz muito tempo, o auge da tecnologia – e do “cool” – em fotos era sair com uma Polaroid a tiracolo. Pose, “xis”, pronto: eram ansiosos segundos para ter em mãos a revelação que, luxo dos luxos, era impressa na hora. Coisas do passado: hoje as câmeras já revelam a cena capturada em telas touch-screen, pronta para ser compartilhada, geolocalizada e, claro, deletada, para não ocupar memória com algo que não ficou, no mínimo, perfeito. O mistério saiu de moda. E voltou, só que reinventado: num mundo em que tudo é para já, a febre do retrô tomou o caminho inverso e chegou na fotografia analógica. Uma volta que é sentida mesmo quando é de mentirinha: está nos catálogos de moda, devidamente fotografados com câmeras digitais e posteriormente manipulados com filtros “antigos” – tendência, aliás, catapultada pela popularidade do Instagram, que empresta o charme lotech quadrado das Polaroids para a volatilidade hi-tech das redes sociais. O frenesi ao redor do aplicativo explica um pouco da volta deste amor ao analógico: e não é que o universo da tecnologia e da resolução HD tivessem perdido a graça. É que, subitamente, percebeu-se que era preciso reinventar a foto, porque a alta-definição, embora impressionante, deixa pouco espaço para a imaginação. Surgem aí os filtros do Instagram: um retorno ao charme da revelação ou, por assim dizer, do que não é revelado e sim, sugerido. Uma foto um pouco embaçada, uma “falha” na revelação ou uma imagem granulada contam uma história e, mais que gerar imagem, viram uma expressão. Da necessidade de uma nova linguagem à liberdade de reinventar o mundo pelas analógicas, foi só um pulo. “A fotografia digital não te permite fazer muitas brincadeiras. Com a digital, o ato de fotografar é sério demais. Por exemplo, você sai com sua câmera, tira umas 20 fotos de um mesmo elemento, e certamente uma das fotos vai ficar boa. Não dá para fazer isso com uma analógica, até porque saem caros a revelação e o filme. Então você tem que pensar a sua própria fotografia antes de bater.”, explica o analista de TI Vinícius Reis, ele próprio uma apaixonado pelo hobby de fotografar com analógicas. Quem está adorando a nova onda é a Lomography (lomography.com.br) – que você pode chamar de lomo, porque a proposta analógica é esta mesmo: intimidade. O nome, que antes se restringia a uma marca de câmeras analógicas inusitada, hoje já transcendeu para uma comunidade mundial de fotógrafos - ou lomógrafos, como preferir – apaixonados por filme. Digitais não entram nesse mundo, já que é nesse espaço entre o olhar e o filme que nasce o fotógrafo, o que acontece de forma diferente no universo digital. “É preciso

83


LIFESTYLE

haver um preparo, um conhecimento prévio. Você tem que

do. E, como todo relacionamento, é sem preconceitos. “Acho

pensar no tipo de câmera que você vai usar, no ISO do filme

que tudo é permitido. É válido usar filtros do Instagram, ou de

que colocou, na lente e nos acessórios que vão te possibili-

qualquer outro aplicativo digital para ter o efeito que se quer

tar fazer o melhor com o que você tem. Até no processo de

à foto. Não é porque sua câmera é digital ou analógica que o

revelar o filme você escolhe a mensagem que está passan-

resultado vai ser mais ou menos profissional, não acho que é

do. Não dá para chegar e sair batendo a foto. E é fazer parte

para levar a fotografia tão a sério assim. Fotografia também

desse processo que eu acho muito bacana”, explica Vinícius.

é para a gente se divertir.”, conta nosso amigo lomomaníaco.

Parece trabalhoso? É a infinidade de possibilidades que tor-

A gente concorda. Por um mundo menos instantâneo e mais

na o universo da Lomography viciante: cada fotografia é úni-

espontâneo, por favor.

ca. Uma câmera, por exemplo, permite fazer bater uma foto por cima de outra no mesmo filme – e, com isso, criar uma sobreposição de imagens interessante. Outra já fotografa 4 frames do mesmo elemento simultaneamente. Acessórios como lentes e filtros coloridos acrescentam irreverência à brincadeira, mostrando que fotografia não precisa ser uma ciência explicada. E para dar conta de tantas possibilidades, lomógrafos e curiosos contam com workshops e aulas práticas realizadas semanalmente nas lojas, bem como fóruns de discussão e eventos. E como toda tendência puxa outra, a cor saturada e a atitude irreverente dos filmes lomográficos transborda para a câmera em si, através de modelos inusitados e saborosos: douradas, com estampa de zebra, grafitadas, “candy-coloured”... Objetos de desejo para ver o mundo e serem vistas por ele! E uma vez no universo, é difícil se contentar com uma câmera só. Vinícius tem três analógicas, compradas desde 2010, quando foi apresentado à lomografia pela namorada e tomou gosto pela brincadeira. De lá para cá, a namorada virou ex, mas o namoro com o analógico continua muito bem, obriga-

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CONCURSO CULTURAL DE FOTOGRAFIA

O COTIDIANO DE CASCAVEL ATRAVÉS DE SUAS LENTES

A Imobiliária Porto Seguro Personnalité convida você a clicar fotos de nossa cidade, de pessoas comuns, momentos bacanas, crianças brincado, pessoas do campo, plantações, rios, cachoeiras, fotos que falem do nosso cotidiano, que só podem ser clicadas por você.

COMO PARTICIPAR As fotos podem ser tiradas com câmeras analógicas ou digitais e devem ser enviadas com identificação por correio, e-mail ou facebook: Endereço Rua Afonso Pena, 1854, sala 02 CEP 85812-020 - Cascavel - PR

DATAS Envio das fotos Até 20/07/2013 Período de votação 21/07/2013 até 01/08/2013 Resultado vencedor 02/08/2013

A QUEM SE DESTINA Para este trabalho, nosso fotógrafo mais qualificado é você: protagonista do dia a dia! Saia por aí com a câmera na mão, de prontidão para notar e registrar aquele momento encantador, aquela imagem que vale mais do que mil palavras.

E-mail vendas@portoseguroimobiliaria.com

PREMIAÇÃO Categoria Amador*: Estadia com acompanhante no Hotel Loi Suites, em Porto Iguaçu, na Argentina Categoria Profissional: Uma câmera colecionável do modelo Diana F+ Cuvée Prestige. *Segundo e terceiro lugares da categoria Amador também serão premiados.

Facebook Inscreva-se através do Facebook Click Cascavel

As fotos ficarão expostas no Museu da Imagem e do Som (MIS), no espaço Galeria Sierra e serão divulgadas em jornais locais. MAIS INFORMAÇÕES

CLICK CASCAVEL

REALIZAÇÃO

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www.portoseguroimobiliaria.com


BUCKET LIST

Inverno fora da rota! Fondue, lareira e cobertor? Aí está uma trindade tentadora, mas as delícias do inverno prometem muito mais surpresas e sensações. Basta esmiuçar um pouco mais o mapa para além dos destinos clássicos de inverno para descobrir lugares interessantes, calorosos e bastante inusitados para curtir as baixas temperaturas. Po r C l a r i s s a D o n d a fo to s Cl a ri ssa Do nda

Dica de estadia: Pousada do Bié, na Rodovia Cunha-Paraty (SP 171) km 58,8 + 6km de estrada não pavimentada. 6 chalés recebem os convidados com mimos necessários, como cama king-size, lençóis térmicos para os dias frios, amenities da L`Occitane, lareiras e um festival de cremes e sopas especiais para acompanhar o frio. www.pousadabarradobie.com.br

Cunha, interior de São Paulo: inverno é tempo de altas temperaturas Há mais calor no interior de São Paulo do que a badalação tradicional de Campos de Jordão. E para quem busca uma opção mais calorosa que os fondues do Capivari, é possível render-se ao calor de outro tipo de forno: o das cerâmicas de Cunha, a quase 240 quilômetros de São Paulo e no caminho do Vale do Paraíba. A cidade, conhecida como a terra dos ceramistas artesanais, é refe-

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rência nacional na produção em fornos de alta temperatura. Parte da tradição

Praia do Rosa, Santa Catarina: quando a boa do inverno é ir

está em acompanhar a abertura de uma fornada, que toma ares de espetá-

para a praia

culo nas mãos dos artistas locais nos meses de junho e julho. Um programa

Poucos destinos são versáteis a ponto de ser boas pedidas em todas as

clássico é visitar um dos 19 ateliês espalhados pela cidade para registrar esse

estações e temperaturas. A combinação privilegiada, porém, é mais do

momento – e, após as visitas, aproveitar para se aquecer no inverno cunhen-

que um marketing turístico, e sim um capricho da natureza. A Praia do

se também longe dos fornos. A cidade, como todo destino de inverno que se

Rosa é, por assim dizer, democrática neste sentido: junta uma mescla de

preze, é tão pequena quanto aconchegante, daquelas que rima com chocolate

vibe praiana com clima de montanha, e por isso é sempre uma boa pe-

quente, descanso e cheiro de verde. Muito verde, aliás: Cunha fica pertinho do

dida em qualquer estação. Mas é agora, com a chegada do inverno, que

Parque Estadual da Serra do Mar, cercado de Mata Atlântica e no meio de um

o diferencial da cidade está longe das lareiras e sim, no mar: em junho é

belo caminho rumo à simpática Paraty. Melhor vizinhança, impossível.

dada a abertura da temporada das baleias franca, que vai até novembro.

E quem estará pela cidade em julho ainda tira uma palhinha da programação:

As visitantes, atraídas pelas águas mais quentes, procuram as águas da

acontece de 3 a 28 de julho o festival Acordes na Serra, em que ritmos de MPB

região para fazer dali um berçário natural de seus filhotes, o que resul-

e Bossa Nova, chorinho, samba e jazz tomam conta da praça principal da cida-

tou na criação de uma Área de Preservação Ambiental da baleia franca

de, em shows gratuitos.

na região, antes quase ameaçadas de extinção. A quantidade de baleias


aumenta a cada ano na região e, em 2013, a Praia do Rosa já recebeu até a visita de uma Jubarte, para comemoração dos biólogos locais. Quem ganha com isso são os turistas, que podem admirá-las com binóculos nas sacadas das pousadas, ou durante os passeios de barco, já que as baleias têm um temperamento bastante dócil. Fora das águas, a programação de inverno continua. Cavalgadas, trilhas ecológicas, hospedagens charmosas e uma excelente gastronomia dão a tônica de calor da praia, que continua dispensando elogios, mesmo sob vento frio. Para os amantes do surf, é hora de buscar o neoprene para enfrentar as baixas temperaturas e as melhores ondas, que sempre chegam no inverno. Já os amantes do vinho e da boa mesa encontram calor e boas-vindas nos festivais gastronômicos dos restaurantes: é tempo de baleias e também de trutas na região. Com tanta opção, fica fácil entender porque não são só as baleias que gostam tanto de voltar.

Dica de passeio: O passeio de barco tem duração de uma hora e meia, para um grupo com no mínimo seis pessoas. O custo vai de R$ 90 a R$ 140, dependendo da proposta escolhida. Para agendar sua hospedagem, acesse o site no ACIM: Núcleo de Turismo Sustentável da Praia do Rosa: www.praiadorosaimb.br

Deserto do Atacama: para um inverno incandescente Matar as saudades da neve no inverno é a desculpa ideal para escapulir em julho para qualquer um dos resorts de esqui de “nuestros hermanos” na América do Sul. Mas se a paisagem branca já ficou monótona ou se a avalanche de turistas inundou as pistas de Bariloche ou Portillo, fica a dica de seguir para um lugar mais, digamos, rústico. E não há nada mais alternativo para um destino de inverno do que ir para um deserto. Engana-se quem pensa que desertos são infinidades monótonas de aridez: pelo menos essa não é a impressão de quem visita o Deserto do Atacama, no norte do Chile, considerado um dos mais secos do mundo. É exatamente a adversidade dessas condições climáticas que torna a paisagem do Atacama uma das mais dramáticas paisagens do mundo: temperaturas negativas podem ser facilmente encontradas em trilhas de altitude nos picos ao redor do deserto, e os gêiseres de Tatio oferecem a experiência única de águas termais misturadas a temperaturas congelantes. Um frenesi exuberante de natureza e sensações para o visitante. Aproveite o inverno para visitar a região, favorecida pelas temperaturas mais amenas: durante o dia, os termômetros giram em torno de agradáveis 22 graus e despencam para 4 ao cair da noite – dando o tempo e o clima necessário para curtir o seu friozinho próprio da estação. Entre uma parte do dia e outra, não perca os passeios aos gêiseres e a caminhada pela cidade “chica” e simpática de San Pedro, sem esquecer do encontro marcado no final da tarde: o pôrdo-sol de Atacama é tido como um dos mais espetaculares do planeta – graças, mais uma vez, à umidade quase zero do ar. Assista-o quantas vezes for necessário: é o maior dos bônus da região, seguido pelo imponente vulcão Licancabur, uma espécie de guardião silencioso da cidade. Aqui, a beleza estonteante passa longe de la-

natureza rústica, que ela desabrocha o seu melhor. Por isso, talvez, que San Pedro de Atacama tenha nome de santo: tem certos presentes que só podem vir lá de cima mesmo. Dica de estadia: Tierra Atacama Hotel & SPA, em San Pedro de Atacama. São 32 apartamentos voltados para a as paisagens mais intrigantes do planeta, admiradas através de varandas privativas. O toque de luxúria fica por conta do UMA Spa, que oferece tratamentos corporais com elementos da região, como areia e sal para esfoliações e barro vulcânico para eliminação de toxinas. www. tierraatacama.com

reiras e lugares fechados: e como uma flor de deserto, é lá fora, na

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BOM APETITE!

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Fatia europeia Da sobremesa italiana, o Pastiera Restaurante empresta não só o nome, mas a riqueza de ingredientes, a delicadeza da história e o gostinho apurado. De 2010 para cá, Cascavel pode saborear um pedaço generoso da culinária europeia, num ambiente que passaria fácil fácil por um tradicional café italiano ou francês. Nas linhas seguintes, uma dose sofisticada da gastronomia de Cascavel. Po r M a rcel e Anton io fotos Rod r igo Vie ira/ Divu lgação

A sobremesa é à base de trigo e ricota. É tradicionalmente italiana: originária, mais especificamente, de Nápoles, onde a culinária é bastante rica. “Pastiera di Grano” é o nome do doce italiano que é, além de minucioso na receita, detalhista na história de origem. Sintetizando bem o contexto histórico, a Pastiera é uma torta bastante preparada pelas donas de casa napolitanas como forma de presente para amigos na época da Páscoa. O doce italiano tem ainda uma forte simbologia: é a uma sobremesa que celebra a chegada da primavera. Toda essa referência ao prato típico italiano foi a inspiração para nomear o Pastiera Restaurante que, desde 2010, é uma das melhores opções da cidade para almoços e jantares mais aconchegantes e reservados. “A percepção que tivemos é que Cascavel precisa e merece um lugar assim, em que, por exemplo, é possível fechar negócios durante a refeição”, detalha Vinicius Fabreti, proprietário do restaurante. A riqueza de detalhes da torta italiana pode ser comparada à minúcia da decoração do local. Cada canto é propositalmente planejado e iluminado para o aconchego, tudo na maior inspiração europeia. “Um dos desafios foi transformar um imóvel residencial em restaurante: transformar cozinha comum em cozinha profissional, quartos e salas em salões. Tudo isso sem afetar muito a estrutura da casa”, comenta Carolina Campelo Festugato, arquiteta responsável pelo projeto de interiores. As linhas retas típicas do estilo arquitetônico da década de

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BOM APETITE!

A fachada deixa clara a inspiração europeia: janelões arredondados, tijolinhos à vista e rampa com a cerâmica original de 1976.

Um cantinho que mostra bem a proposta do restaurante: aconchego do começo ao fim da refeição. As poltronas na entrada dão as boas vindas e já convidam para uma prosa depois dos pratos. Ah, e a feminilidade ganha sempre espaço: nas flores reais e nas estampadas nas luminárias.

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70, época em que a casa foi construída, permaneceram, mas com uma remodelagem que trouxe bem mais romantismo ao lugar. Nesse contexto, antigo e novo se complementaram: as portas de ferro foram redesenhadas, ganharam mais curvas. A fachada ainda recebeu tijolos à vista e um deck. E por casar bem com o entorno, a rampa de acesso continuou como a original: a cerâmica trabalhada é até hoje o piso da entrada. Por dentro, a impressão que se tem é que é possível fazer, a cada nova visita, uma refeição em um lugar diferente. Primeiro porque o próprio piso já se diferencia: um ambiente tem o chão mais rústico, com pedras. No outro, a rusticidade permanece no piso, mas proporcionada pela madeira. E o espaço te dá opção de sobra: tem um cantinho para quem quer um petisco a dois, mesas maiores para um jantar em grupo, sofás e poltronas para uma conversa confortável pós almoço. Decoração e cardápio estão na mesma sintonia: os pratos também trazem um pouquinho do gostinho europeu. “O cardápio tem uma linha baseada na culinária italiana e francesa,

Por dentro, transbordam detalhes: tem romantismo do chão ao teto! Os tons mais

mas adaptada ao contemporâneo”, explica o proprietário.

quentes e iluminação baixa redobram o romance.

Já Felipe Sonda, chef de cozinha da casa, destaca mais uma característica do Pastiera Restaurante: a variedade. “Nossas especialidades são o bacalhau do chef e as carnes grelhadas, todas servidas com molhos tradicionais da cozinha clássica A decoração sempre casa o novo e o antigo: a janela ainda ao estilo da época em que a casa foi construída soma charme ao ambiente que se enriquece com quadros, luminárias e vasos.


BOM APETITE!

Um canto confortável: as cadeiras se somam aos sofazinhos. Todo o charme “quente” do ambiente é reforçado com as folhas que lembram o outono.

Tem referência europeia por tudo quanto é lado: nos retratos, em cada abajur, no tecido dos acentos.

A variedade é característica da Pastiera tanto nos pratos quanto na decoração. Dá para escolher qual estilo de mesa e cadeira combina mais com a sua refeição. O ambiente mistura formas, sem perder a sincronia. 92


O queridinho do chef! De todas as delícias inspiradas na cozinha europeia, o chef de cozinha da Pastiera elegeu o Risoto de Mesmo com tantos elementos, aqui o teto rouba a cena. Olha que ideia! O tecido xadrez que complementa a iluminação faz lembrar ainda mais a inspiração italiana do restaurante.

presunto Parma e aspargos como favorito. Ingredientes 150g arroz arbóreo 35g presunto parma 4 un. aspargos verdes Fundo de legumes ou frango 50g parmesão ralado 5g de manteiga Vinho Modo de preparo Refogue em uma panela alho e cebola até a cebola ficar translúcida. Adicione o arroz arbóreo e refogue um pouco. Adicione o vinho e deixe secar. Adicione o fundo de legumes ou de frango e cozinhe o arroz até atingir o ponto adequado (al dente). Coloque o presunto parma cortado em julienne e os aspargos cortados em rodelas finas. Para finalizar, parmesão e manteiga.

europeia”, descreve, acrescentando que o restaurante trouxe a Cascavel a novidade do buffet de saladas. “São saladas diferenciadas como cous-cous marroquino, arroz negro, entre outras. Sempre procuramos aprimorar os sabores, texturas e apresentações dos pratos. Esse é um dos nossos pontos fortes”, complementa. Já tradicional por aqui, o restaurante deve passar por uma renovação em breve. Nos planos do proprietário, ainda estão uma adega e mais um ambiente. Tudo para deixar o local ainda mais receptivo para os encontros em família e os almoços a negócios.


RELAX

O descolado ficou phyno Um casarão com ares modernos é bem receptivo aos viajantes de plantão

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s: Di v ul gaçã o

Na extensa lista de itens a serem checados antes de uma viagem, a estadia está no topo. Ter um lugar aconchegante e seguro para passar a noite, garante dias mais bem aproveitados no seu passeio ou viagem a trabalho. Na hora da escolha, nem sempre o óbvio – como ir para um hotel - é a melhor opção. Lá pelo Velho Mundo, a tendência que empolga os viajantes mais descolados, mesmo sem ser uma novidade, são os hostels. Um tempo atrás, a característica máster desse tipo de hospedagem era ser baratinho – isso fez com que ele se tornasse a primeira escolha dos mochileiros que queriam ter as experiências de um novo lugar sem despender muita grana para o descanso. Mesmo assim, esse não é o único chamariz: o Hostel evoluiu. A palavrinha “Design”, que já foi unida com a palavra Hotel, passou a ser a companheira também do verbete hostel. Na transformação, foi acrescida uma pitada a mais de charme e estilo, sem abandonar o ambiente integrador.

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RELAX

O casarão de 450 m² abriga 46 quartos, entre dormitórios coletivos, privativos, uma suíte para mulheres e um quarto de casal.

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Como um Muro das Lamentações às avessas, o teto da área comum do hostel serve para lembranças. Frases que mostram de onde são as pessoas que já passaram por ali, desenhos abstratos ou palavras avulsas, que no todo, formam uma unidade bonita de se ver.

Os móveis vintage deram um upgrade no ambiente de paredes brancas. O rádio antigo, com o detalhe de pé palito, o abajur como ponto de referência e o pôster conseguem dar agito a qualquer cômodo.

Então para agradar os que ainda viam um Hostel como algo não tão interessante – e para deixar ainda mais felizes os que já eram adeptos – surge o hostel design, oferecendo bem mais que o tradicional “bed & breakfast”. Na cidade mais intensa do Brasil, o que não falta é viajante a fim de conhecer as belezuras por aí. Por isso, uma estadia nesse estilo cai como uma luva nas necessidades dos jovens – ou nem tão jovens também – que preferem uma atmosfera mais descontraída para passar uns dias. E, sob o clima cultural e boêmio da Vila Mariana, região nobre de São Paulo, do ladinho do Parque Ibirapuera, o WE Hostel Design consegue arrancar uma olhadela de quem passa. O WE fica em uma mansão antiga, do século passado. A casa paulistana teve diversos ambientes mantidos com sutis interferências.

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RELAX

Por dentro do que há de inovador entre o mundo real e o virtual, a casa dispões de QrCodes em pontos estratégicos. Na Sala de Vidro, no Eat & Drink e nos quartos, os hóspedes conseguem acessar setlists personalizadas através da leitura dos códigos em seus celulares. Além disso, mapas do serviço de Metrô e de pontos turísticos também podem ser baixados no celular do hóspede facilitando os passeios pela cidade.

A cor branca foi conservada e o tom preto foi aplicado em lugares estratégicos para dar profundidade e definir a identidade visual do projeto. Para não deixar tudo meio apagado, cores fortes foram usadas de forma pontual na decoração. E não é à toa que cada móvel arranca suspiros dos hóspedes. Eles foram minuciosamente garimpados em mercados de pulga e antiquários de São Paulo. O ar vintage proposto pelo arquiteto responsável, Felipe Hess, inunda os quatro cantos do Hostel. Mas, como a mistura do velho e do novo continua com tudo, a contemporaneidade também foi usada, potencializando a ideia eclética No WE, aquela chateação de alguém acender uma luz e incomodar o restante dos hóspedes é minimizada: cada um tem, do lado da cama, um spot de luz, assim, quando precisa da luminosidade, é só apertar o botãozinho – sem aborrecer ninguém.

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do lugar. No descompasso da metrópole, o WeHostel Hotel Design tem a cara de uma São Paulo, com ar de nostalgia, refinamento e descontração.


SKETCH MAP

Paris “Poilâne é outra padaria muito tradicional, famosa pelo Miche, um pão redondo de quase 2kg. As tartines servidas no restaurante são maravilhosas e a padaria é toda decorada com lustres feitos de esculturas de pão.”

Pão com tudo o que é coisa e de tudo o que é tipo

Barcelona “A Barcelona Reykjavik é toda decorada em estilo industrial e, lá, eles usam somente farinha de espelta, um tipo de trigo 'selvagem'. Uma das minhas preferidas!”

Montreal “A Guillaume Bakery é uma padaria bem pequena onde marido e mulher preparam os

Priscila Figuera, padeira de mão cheia, conta as referências que buscou ao redor do mundo na hora de montar sua própria padaria gourmet. Confira spots que servem pães muito além do francezinho básico!

pães. A padaria tem um conceito moderno e eles fazem coisas deliciosas. Ali perto, tem um pequena loja de uma família italiana que faz maravilhosos molhos de tomates e outras conservas.”

foto s D i v u l ga çã o

Roma “A Forno Campo di Fiori é como uma volta no tempo. A padaria enche de gente, é uma bagunça bem italiana.”

New York “Vá no Chelsea Market e experimente os pães da Sarabeth's Bakery (amo os danishs com geléias da casa) ou a Amy's Bread! Aproveite para ver a produção dos pães, a fábrica é toda envidraçada e é muito interessante ficar assistindo a habilidade dos padeiros.”

San Francisco “Tartine é a padaria dos hipsters/descolados da cidade e todos os dias tem uma enorme fila na porta. O atendimento não é dos mais simpáticos, mas os produtos valem a pena. Os donos são padeiros/surfistas. ”


ONDE ENCONTRAR

1stidibs www.1stdibs.com Ana Paula Ferreira Arquitetura de Interiores Rua Castro Alves, 1642 sala 03 Cascavel-PR (45) 3035 - 4260 www.anapaulaferreira.arq.br Braston BR-277 km 611 Santa Tereza do Oeste - PR 0800-645-1934 www.braston.com.br

Luize Home & Office Rua Minas Gerais, 2604 Cascavel – PR (45) 3038-5097 www.luizehomeoffice.com.br

Dr. Jorge Luiz dos Santos – Clínica Modelo Rua Matogrosso, 2356 Cascavel - PR (45) 3225-3622

Madipê Madeiras Av. Tancredo Neves, 3701 Cascavel – PR (45) 3226-0022 www.madipe.com.br

Ecolchão (71) 4020 – 8282 www.ecolchao.com.br

Breton Actual Av. Nações Unidas, 12 555 São Paulo – SP (11) 5506-5248 www.breton.com.br

Edu Freire Photography Rua Matogrosso, 2800 Cascavel – PR (45) 3037 - 3771 www.edufreire.com.br

Cadence (54) 3290 2200 www.cadence.com.br

Espaço Brasil Rua Visconde de Guarapuava, 4320 Cascavel – PR (45) 3227 – 1001 www.ronaldopaisagismo.com.br

Cantos Av. Rui Barbosa, 827 Niterói – RJ (21) 3611-0654 www.cantos.com.br Carambola Gifts (45) 3229-2478 www.carambolagifts.com

Estar Moveis Rua Jurubatuba, 362 São Bernardo do Campo – SP (11) 4125-7743 www.estarmoveis.com.br

Casa de Valentina (11) 3854-6051 www.casadevalentina.com.br

Evviva Bertolini Rua Minas Gerais, 2296 Cascavel – PR (45) 3038-9001 www.evviva.com.br

Casa Mundo Rua Quintino Bocaiúva, 1054 Ribeirão Preto – SP (16) 3610-9797 www.casamundodecoracao.com.br

Forma & Conforto Rua Visconde de Guarapuava, 2022 Cascavel-PR (45) 3055-7900 www.formaeconforto.com.br

Century 21 MM’s Imóveis Rua Santa Catarina, 621 Cascavel - PR (45) 3038-2821

Ibacana (11) 2626 – 0495 www.ibacana.com.br

Cidadela Arquitetura e Interiores Rua Salgado Filho, 2366 Cascavel – PR (45) 3038-1701 www.cidadelaarquitetura.com.br Croqui Arquitetura e Interiores Rua Matogrosso, 1169 sala 02 Cascavel – PR (45) 3039-4131 D’Angelis Megastore Rua Pernambuco, 592 Cascavel - PR (45) 3038-3535 www.dangelismegastore.com.br

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Delá Av. Pedroso de Morais, 344 São Paulo - SP (11) 3097-0828 www.lojadela.com.br

Imaginarium (45) 3035-1885 www.imaginarium.com.br Inusual Rua Humaitá, 168 Bento Gonçalves - RS (54) 3055 4353 www.inusual.com.br Lelena Design Av. Brasil, 4716 Cascavel - PR (45) 3037-6643 Loja Sala Rua Bela Cintra, 1693 São Paulo – SP (11) 3081-3184 www.lojasala.com.br

Mobly 0800-940-0326 www.mobly.com.br Pepper Rua Leopoldo Couto Magalhães Jr, 753 São Paulo – SP (11) 3168-3369 www.pepper.com.br Prisma Revestimentos Rua Minas Gerais, 2122 Cascavel - PR (45) 3038-9697 www.prismarevestimentos.com.br Santa Mônica www.smonica.com.br SD Online (11) 3848 – 4642 www.sdonline.com.br Super Limão Studio São Paulo - SP (11) 3518-8919 www.superlimao.com.br Studio 12 02 DZGN Rua Sergio Gerbelli, 101 São Bernardo do Campo – SP (11) 4351-6274 www.studio1202.com.br Tapeçaria Graham Bell Rua Graham Bell, 200 São Paulo – SP (11) 5687-9707 www.tapecariagrahambell.com.br Tonetto Revestimentos Rua Erechim, 783 Cascavel – PR (45) 3223-1664 www.tonettorevestimentos.com.br We Hostel Rua Morgado de Mateus, 567 São Paulo - SP (11) 2615-2262 www.wehostel.com.br


COLABORADORES

Eles botaram lenha na fogueira Os experts que deram aquela força nesta edição foto s D i v u l ga çã o

C larissa D onda A travel-writer Clarissa Donda conhece o quente e o frio do mundo como a palma de sua mão. Quando a temperatura baixa, ela curte aquela coisa de aconchego, de ver uma moda que é elegante por natureza, do contato da lã com a pele, de barulho de lareira estalando, de sentir cheiro de chocolate quente no ar e gosto de fondue e vinho. E, já que é a friaca quem dita a regra nessa edição, ela tratou de montar uma rota para fugir do lugar comum no quesito inverno para a seção Bucket List.

E du F reire O fotógrafo Eduardo Freire saiu da academia com o canudo de publicitário. No currículo, acumula trabalhos em agências de publicidade em Guarapuava e Cascavel. Só que o que o fisgou mesmo na vida foi a fotografia de casamento. Com o tempo, ele ainda descobriu outras coisas bonitas para fotografar, como a arquitetura. Quando o termômetro marca temperaturas lá em baixo, uma sopa junto a um bom vinho são seus aliados. Na revista, ele emprestou seu talento para as fotos de um apartamento cheio de classe em nossa seção Cenário.

E duardo V eronese O engenheiro civil Eduardo Veronese

R odrigo V ieira

adora conjugar os verbos empreender

O fotógrafo Rodrigo Vieira adora trabalhar no in-

e viajar. Se possível, os dois ao mesmo

verno. É nessa charmosa estação do ano que

tempo. Nos Estados Unidos, na Univer-

ele encontra a elegância elevada ao máximo e

sidade do Colorado, foi buscar aprimora-

pessoas bem grudadinhas para se aquecer – e,

mento e voltou cheio de informações so-

claro, registra tudo. Como brincadeira, a fotografia

bre o mercado imobiliário e a arquitetura,

entrou na vida dele há seis anos.

áreas em que atua hoje. Nas temperaturas baixas, a casa

Hoje, já tem a carreira consolidada

é seu melhor abrigo e, o cappuccino, um salvador. Atual-

como um dos principais profissio-

mente, está envolvido na criação de uma plataforma onli-

nais da região, tanto que a meni-

ne para fomentar a participação de pessoas engajadas no

nada já abre um sorriso quando

desenvolvimento das cidades. Na seção Bate-Papo, ele

o vê, todas loucas por um clique.

discorre sobre sua aversão ao imutável.

Por aqui, várias seções contaram com seu olhar apurado e criativo.

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BATE-PAPO

Qual é a versão do seu imóvel? Pessoas singulares pedem imóveis únicos, mas o mercado ainda não está totalmente atento à tendência Po r Eduardo Vero nes e Ra ns olin

Personalizável. Dinâmico. Flexível. Esses são conceitos que guiam o estilo de vida de toda uma nova geração, tornando cada vez maior a procura de produtos e servi-ços que rapidamente atendem as singularidades de cada indivíduo. Seguindo essa tendência, por que não esperar que o espaço construído à nossa volta também acompanhe as mudanças que ocorrem nas nossas vidas? Embora muita inovação esteja a caminho, é fácil perceber que pouquíssimos imóveis verdadeiramente incorporam essas ideias no presente. Ainda hoje, muitos empreendimentos imobiliários são pensados de forma estática, feitos para permanecerem inalterados durante toda sua vida útil. O resultado disso é que muitas vezes trocamos de endereço porque não conseguimos adaptar o imóvel às nossas novas necessidades. Felizmente, a difusão de tecnologias construtivas vem provocando mudanças no cenário brasileiro de lançamentos imobiliários. Como já vemos nos grandes centros, a possibilidade de customizar radicalmente a habitação está se tornando um diferencial mais e mais Eduardo Veronese Ransolin é empreendedor no mercado imobiliário e incansável contestador do "sempre foi feito assim".

desejado. Os filhos já têm suas próprias casas? Amplia-se a sala por meio da demolição das paredes em drywall dos antigos quartos, sem precisar passar uma temporada no hotel. Vai instalar aquele sofisticado sistema de som e imagem no quartinho abandonado? Há espaço de sobra para abrigar toda a fiação necessária no forro falso ou no piso elevado. Enjoou de ter o apartamento separado em vários cômodos? Ambientes abertos podem ser criados sem pilares de centro, por meio do uso de lajes de alto desempenho. Alguns empreendimentos vão ainda mais longe, possibilitando que pontos hidráulicos sejam reposicionados e que janelas externas mudem de forma e de lugar. A princípio, lançar um imóvel personalizável implica no maior uso de um recurso muito valioso: criatividade! Incorporadores devem estar preparados para coordenar arquitetos, engenheiros e fornecedores a fim de planejar e executar um empreendimento flexível. Alguns custos adicionais podem ocorrer devido ao aumento do pé-direito e ao uso de tecnologias inéditas, por exemplo. Entretanto, muitas vezes esses gastos complementares se traduzem em maior produtividade e qualidade na execução da obra. Nesse novo panorama, ganham os profissionais que souberem atender melhor as novas demandas de um público cada vez mais informado e exigente.

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Design de Interiores VESTIBULAR AGENDADO 2013/2

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(45) 3321-3900

+INFO no site www.fag.edu.br

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