SANGRADORES E PRODUTORES CRIAM PETIÇÃO E DEFENDEM HEVEICULTURA

O1º Encontro dos Produtores e Sangradores ocorreu no dia 22 de janeiro no Centro de Lazer do Trabalhador em Palestina com o objetivo de buscar soluções para impedir o fim da cadeia produtiva da heveicultura brasileira e melhores condições para o setor, que está ameaçado e preocupa o cenário do agronegócio.

O evento, considerado um marco nacional e o maior encontro da heveicultura, foi organizado por Mário Nunes Miranda Neto e Natalino de Freitas, fundadores do Movimento Nacional de Produtores e Sangradores. Os assuntos destaques pautados na assembleia foram: o aumento no imposto de importação da borracha, a substituição do índice de referência usado atualmente para a venda da produção pelo Índice de Preços do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo, e a desburocratização e agilidade da Lei de Garantia de Preço Minuto.

Os profissionais exigem medidas protetivas e conservadoras em prol da valorização da borracha natural nacional. Segundo o engenheiro agrônomo e produtor de borracha, Mário Miranda, a pandemia da Covid-19 influenciou o governo federal a baixar os impostos de importação da borracha e os produtores nacionais não conseguem disputar com os preços do produto no mercado internacional.

O engenheiro Mário Miranda ressalta que o livre acesso dos produtores internacionais ao mercado brasileiro é consequência do desequilíbrio provocado pela atual alíquota de importação. Dessa forma, o produtor brasileiro não consegue produzir um quilo de borracha pelo mesmo preço praticado em outros países, pois os impedimentos são legais.

Já em relação ao índice, o setor pede a mudança do índice referência para a venda da produção. Eles reivindicam que seja usado o Índice de Preços do Instituto de Economia Agrícola do estado de São Paulo. As reinvindicações propostas por Miranda estão oficializadas em uma petição, que já foi assinada por mais de quatro mil produtores e sangradores de todo o país e será destinada ao governo federal.