entrevista • Sun Baocheng
“EsTAmOs AquI PARA APOIAR A TRAnsFORmAçãO DIGITAL”
nO BRAsIL PARA O BRAsIL
Em seus 25 anos no País, a Huawei desbrava mercados, mostra-se inovadora e conquista a confiança dos clientes.
talentos
quEm FEz E AInDA FAz Os 25 AnOs
muitas pessoas participam da construção do sucesso da Huawei no Brasil. Algumas, praticamente, desde o início, enquanto outras estão há pouco tempo na companhia. Com perfil diversificado e atuantes em várias áreas, ajudam a fazer o melhor para os clientes.
mercado
A ERA DO 5G já COmEçOu
O 5G deflagra uma nova era de conectividade, uma tempestade perfeita capaz de revolucionar vários setores. O desafio é saber aonde o Brasil pode chegar.
capacitação
PAís é PRIORIDADE nA FORmAçãO
Sun Baocheng
CEO Huawei Brasil
Public Affairs and Communications Department
Atilio Rulli
Vice-Presidente de Relações Públicas da Huawei América Latina e Caribe
Zhuli
Vice-Presidente de Relações Públicas da Huawei Brasil
Cintia Lima Diretora de Relações Públicas da Huawei Brasil
Weijiaxin Gerente de Comunicação da Huawei Brasil
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meta é formar 100 mil especialistas em tecnologias como FTTH, cloud, cibersegurança, Inteligência Artificial, 5G, IoT, entre outras, ainda em 2023.
logística
WAREHOusE TORnA A EnTREGA mAIs áGIL
Para dar agilidade ao processo de integração das partes e garantir a entrega de soluções nos prazos exigidos pelos clientes, a Huawei mantém em sorocaba o que chama de armazém inteligente.
28
estratégia
umA EmPREsA quE TEm O DnA DA
InOVAçãO
um mundo sustentável e verde exige nuvem, energia renovável e cibersegurança, e a Huawei está pronta para tudo isso.
futuro
DE mãO DE OBRA quALIFICADA 30
O FuTuRO VEm COm InTEGRAçãO
EnTRE DADOs, PEssOAs E TECnOLOGIA
um dos passos seguintes da tecnologia é a sua humanização. A Internet das Coisas inteligentes passará a ser a dos sentidos. E virá a convergência do silício com o carbono. Os próximos 25 anos prometem muitas mudanças.
artigo • atilio Rulli
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Direção Editorial
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Edição
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Editora-assistente
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Reportagem / Redação
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Fábio Barros
Fernanda Angelo
Edição de Arte e Diagramação
Pedro Costa
Fotos
Arquivo Huawei / Divulgação
Gráfica
Gráfica Athalaia
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do tempo 06 14 18 22
linha
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DEVE sER COnsIDERADO
O ACEssO à InTERnET
um DIREITO HumAnO
Sun Baocheng CEO • Huawei do Brasil
“EsTAmOs AquI PARA APOIAR A TRAnsFORmAçãO DIGITAL”
O País está abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento digital e é onde a Huawei, que completa 25 anos de atividade em solo brasileiro, quer estar agora e no futuro, assegura o CEO da Huawei Brasil, sun Baocheng.
Como o Brasil pode acelerar a transformação digital?
Sun Baocheng – Com o desenvolvimento contínuo das tecnologias de informação e comunicação, ao lado da crescente importância da transformação digital no âmbito do governo brasileiro, acreditamos que o Brasil abriu novas oportunidades para o desenvolvimento digital. A eficiência da indústria brasileira, neste momento, melhora com a implementação de tecnologias como o 5G, IPv6, computação em nuvem e IA em vários setores.
um bom exemplo são as redes 5G, que desde 2022 estão sendo implantadas em todo o País. Com a alta taxa de transferência, a baixa latência e a alta confiabilidade do 5G, muitas indústrias podem usar tecnologias digitais para aumentar a eficiência operacional e reduzir os custos operacionais. é uma nova infraestrutura digital sendo construída no Brasil.
Há também esforços do governo brasileiro para fornecer acesso à internet de alta qualidade em todas as regiões e alcançar conectividade inclusiva, além da demanda por transformação digital no campo dos meios de subsistência. Essas metas do
governo não apenas melhorarão a produtividade do trabalho, como também irão melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O Brasil ocupa hoje a segunda posição mundial em governo digital, mas ainda precisa de mais incentivos e, principalmente, de profissionais qualificados. Para isso, é necessário pensar em um plano de longo prazo que inclua investimentos na qualificação de mão de obra em diversos domínios; o desenvolvimento de novas tecnologias como 5G, cloud e IA; e o de-
senvolvimento de capacidade na criação de casos de referência e expansão ou replicações mais rápidas.
Que ações devem ser tomadas agora para pavimentar o caminho do Brasil como Nação Digital?
SB – Para o Brasil Digital, a Huawei tem cinco sugestões, elaboradas a partir de nossa experiência de cooperação com o governo chinês. A primeira é aprimorar uma rede de conectividade inclusiva em nível nacional,
entrevista
03 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
incluindo a construção de redes nacionais sem fio e fixas. A rede de dados tornouse uma das bases fundamentais para a transformação digital e o desenvolvimento da economia digital, tornando possível a circulação ubíqua de elementos de dados.
A segunda é fortalecer a inclusão digital, acelerar a implementação de projetos em educação, saúde e segurança e fornecer educação digital inclusiva, saúde digital e serviços governamentais digitais, por meio da aplicação de tecnologias destinadas a melhorar o nível digital dos serviços públicos.
A terceira sugestão é incentivar e fortalecer o desenvolvimento de cidades inteligentes e, por meio da construção de uma infraestrutura digital, aumentar a eficiência da governança urbana em segurança pública e transporte, ampliando a competitividade internacional das cidades, atraindo mais investimentos estrangeiros e promovendo o desenvolvimento do comércio internacional.
A quarta é promover a transformação digital de setores-chave e aplicar tecnologias digitais para capacitar milhares de setores. Por meio de uma série de incentivos, o governo pode orientar as empresas a aprimorar o pensamento digital e promover a transformação digital geral e da cadeia completa nas indústrias tradicionais, reduzindo custos e aumentando a eficiência das empresas, incluindo mineração, manufatura, agricultura e portos.
A quinta sugestão é o fortalecimento da construção de centros de dados e centros de computação nacionais, visando, de um lado, aumentar a soberania nacional e a segurança dos dados e, de outro, transfor-
mar o Brasil em um centro de computação e centro de inteligência artificial na América Latina, criando mais oportunidades para estimular o desenvolvimento econômico e promover o emprego.
Como o senhor e outros líderes estão construindo a Huawei no Brasil para o Brasil?
SB – j á em 1998, quando chegamos ao País, iniciamos uma parceria com operadoras de telecomunicações, com a instalação das primeiras redes 2G. Hoje, a Huawei é um participante importante na implantação de redes 5G em muitos países e também no Brasil, em parceria com operadoras de telecomunicações e o governo federal, é fornecedora de equipamentos de infraestrutura de rede e grande incentivadora do desenvolvimento de talentos qualificados em TICs.
Temos uma enorme infraestrutura em parceria com todas as grandes operadoras do Brasil, o que está ajudando a acelerar a adoção do 5G no País. Também fornecemos serviços de comunicação para 95% da população brasileira e queremos continuar trabalhando para levar conectividade a locais remotos. Para isso, todas as áreas de negócios da Huawei
atuam no Brasil – infraestrutura de TICs, infraestrutura de TICs para empresas e corporações, serviços em nuvem e serviços de energia fotovoltaica. nos próximos anos, queremos ampliar a participação dessas áreas, ajudando o Brasil a fazer a transformação digital. Em 2030, já estaremos à beira do 6G. Portanto, as decisões tomadas agora impactarão diretamente no desenvolvimento futuro do País como uma nação conectada e digitalmente inclusiva. Com o desenvolvimento contínuo das tecnologias de comunicação e computação e a crescente ênfase do governo brasileiro na transformação digital, o Brasil está abrindo novas oportunidades para o desenvolvimento digital. é aqui que a Huawei quer estar agora e no futuro.
Isso inclui projetos em novas áreas de atuação, como energia limpa e redução de carbono?
SB – sim, isso inclui áreas como energia verde e sustentabilidade que, junto com a transformação digital, serão fundamentais na próxima década. Para atingir estes dois setores, a Huawei está focando no que chama de Digital Power, que inclui o desenvolvimento de soluções que ampliem o consumo de energia limpa e reduzam as emissões de carbono. O foco é atender o Acordo de Paris e para isso estamos cooperando muito próximos aos nossos parceiros brasileiros.
Os projetos de inclusão digital também são considerados estratégicos. Conectividade e inclusão são fatores importantes não apenas para o Brasil, como também para todos os países. A Huawei vem trabalhando projetos em várias frentes: conectividade em
“O Brasil sempre teve um mercado aberto, com concorrência justa e livre no setor de TICs, beneficiando a todos na transformação digital que está em curso no País.”
04 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
“Em 2030, já estaremos à beira do 6G. Portanto, as decisões tomadas agora impactarão diretamente no desenvolvimento futuro do Brasil como uma nação conectada e digitalmente inclusiva.”
áreas rurais, ainda pouco atendidas no Brasil; conectividade escolar, buscando atender o grande número de escolas públicas brasileiras ainda sem conexão com a internet; e saúde, com o desenvolvimento de soluções que melhorem o atendimento. nossa estratégia é garantir que todos os brasileiros possam utilizar os benefícios da internet e isso passa pelo desenvolvimento de soluções inteligentes para essas áreas.
Como se desenhou essa estratégia no Brasil?
SB – nesses 25 anos, a Huawei consolidouse como agente importante em projetos de inclusão, educação e sustentabilidade. E isso acontece porque o Brasil sempre foi estratégico: o País foi, junto com a Rússia,
um dos primeiros a receber uma operação da empresa fora da China. Hoje, são quatro unidades de negócios – Huawei Carrier network Business Group (CnBG), Huawei Enterprise Business Group (EBG), Huawei Cloud e Huawei Digital Power –, e mais de mil funcionários aqui, 75% deles brasileiros, além de mais de 16 mil empregos indiretos gerados pelas operações nos cinco escritórios regionais, instalados em são Paulo, Rio de janeiro, Recife, Brasília e Curitiba. Temos ainda dois polos fabris, em manaus (Am) e jundiaí (sP), este último a primeira fábrica inteligente do Brasil conectada com 5G; e um armazém em sorocaba (sP), considerado o primeiro centro logístico inteligente conectado ao 5G.
nesse um quarto de século, também
estabelecemos parcerias com todas as operadoras locais de telefonia, o que resultou em mais de 100 mil quilômetros de fibra óptica instalada. E as parcerias vão além da oferta de telefonia: com as operadoras, instalamos a primeira rede de fibra óptica da Amazônia, conectando 20 cidades em locais remotos da floresta e atendendo a mais de 4 milhões de pessoas, além de liderar as redes 3G, 4G e 4,5G na região. Temos ainda uma forte participação na área de educação. Por meio do programa ICT Academy, mantemos parcerias com mais de 200 universidades e instituições de ensino que, nos últimos dez anos, formaram mais de 36 mil talentos em TICs. As iniciativas contemplam não apenas a formação, como também a inclusão de jovens talentos. Desde 2005, os programas seeds For the Future e ICT Competition abriram as portas do mundo de TICs para mais de 100 mil jovens.
Investimos aqui em pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a inovação e ajudando a desenvolver novos talentos locais para o setor de telecomunicações. Bons exemplos são as parcerias de P&D com instituições como o CPqD e o Inatel, que ajudam a trazer as mais recentes tecnologias e soluções para o Brasil, como as utilizadas para transformar digitalmente os setores de energia, manufatura, logística, agronegócio e mineração. Hoje somos fornecedores das principais operadoras e IsPs do Brasil, entregando infraestrutura e tecnologia para suas redes, como equipamentos de acesso fixo e sem fio (GPOn, LTE), transmissão (DWDm) e muitos outros. é com a atuação nessas frentes que estimulamos a transformação digital contínua de muitos outros setores. O Brasil sempre teve um mercado aberto, com concorrência justa e livre no setor de TICs, beneficiando a todos na transformação digital que está em curso no País. nossos esforços são para continuar avançando em direção à Indústria 4.0, Agricultura 4.0, saúde 4.0 e Cidade Inteligente 4.0.
05 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
“nesses 25 anos, a Huawei consolidou-se como agente importante em projetos de inclusão, educação e sustentabilidade. E isso acontece porque o Brasil sempre foi estratégico.”
nO BRAsIL PARA O BRAsIL
deSBravar o mercado foi a tarefa dada aos primeiros funcionários da Huawei em seu desembarque em solo nacional. Em 1998, o Brasil passava por uma mudança histórica: a internet comercial engatinhava e uma nova etapa começava no setor de telecomunicações, com a privatização da Telebrás. Apresentar a tecnologia e conquistar a confiança dos clientes foi a missão delegada aos pioneiros da Huawei no Brasil. Vinte e cinco anos depois, a Huawei é marca conhecida e conceituada. Fornece equipamentos e infraestrutura a todas as operadoras de telecomunicações, atende às necessidades do mercado corporativo com soluções e infraestrutura em TICs, oferece serviços de nuvem pública e híbrida e lançou-se no segmento de energia renovável provendo soluções inteligentes voltadas para a geração, distribuição e armazenamento de energia fotovoltaica.
Criação da Anatel. 1998 Entrada da Huawei no mercado brasileiro. Privatização do setor de telecomunicações no Brasil.
1997
2001
Primeiro cliente: CTBC, atual Algar Telecom, de uberlândia/mG.
2003
O primeiro projeto em telefonia móvel foi com a então Telemig Celular, na rede 2G.
linha do tempo
Em seus 25 anos no País, a Huawei desbrava mercados, mostra-se inovadora e conquista a confiança dos clientes.
06 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
A Huawei está no Brasil para o Brasil. quer se tornar, cada vez mais, uma importante parceira na transformação digital, contribuir com tecnologias sustentáveis para a sociedade brasileira e continuar em seu propósito de capacitar milhares de profissionais em todo o País.
COmPEtItIvIDADE, AGILIDADE E CONFIANçA
“Participei da construção, estou desde o começo, quando os clientes não sabiam quem era a Huawei e nem se podiam confiar nela; eles nos olhavam com desconfiança, o que era natural, já que éramos entrantes no mercado. Foi um trabalho de construção de imagem, de relacionamento; construímos a cartela de clientes do zero”, conta Dimas Dias, que ingressou na empresa em agosto de 2004 e, hoje, é diretor da Conta Telefônica na Huawei. Dias ressalta que muito da democratização do acesso à internet no Brasil deveu-se à empresa, “porque os custos eram muito altos à época, custos de conexão e de produtos, e conseguimos nos mostrar atrativa e com diferencial.”
Luiz Gustavo medeiros queiroz foi o quarto brasileiro contratado pela empresa (leiamaisnapágina14). O atual vice-presi-
dente da área de serviços para Enterprise conta que ninguém conhecia a Huawei e a equipe precisava desbravar os primeiros clientes. As primeiras ofertas eram de switches telefônicos e equipamentos de transmissão. O ambiente era propício, já que o País vivenciava um boom de infraestrutura de telecomunicações. “A Huawei era desconhecida e chegava com o desafio de adequar os equipamentos aos padrões brasileiros, tanto junto à Anatel quanto com os clientes. A Huawei trouxe isso de atender à exigência dos clientes muito mais rapidamente do que a concorrência”, diz queiroz.
A habilidade de entregar os projetos tem sido a marca. “nosso diferencial é a capacidade de entregar um grande volume em um pequeno espaço de tempo. Isso chamou a atenção das grandes operadoras. Temos capacidade de escala grande, produto com tecnologia de ponta e entrega com implantação rápida”, destaca.
O vice-presidente divide a história da Huawei no Brasil em quatro fases. A primeira entre 1998, quando desembarca no País, até 2004, com projetos para banda larga fixa, principalmente. Entre 2005 e 2010, a entrada como fornecedora para a rede móvel de dados e a continuidade da
contribuição com o desenvolvimento da infraestrutura de banda larga fixa marcam a segunda fase.
De 2011 em diante, a complexidade cada vez maior das redes e a mudança para o digital passaram a exigir mais infraestrutura, e os clientes deixaram de buscar apenas o acesso ao serviço para almejar qualidade. Essa terceira fase abrange ainda o advento de dados móveis e mais dinamismo. Em paralelo, a infraestrutura de redes do Brasil cresceu.
no período, a Huawei saiu de dez funcionários, no ano 2000, para aproximadamente 3 mil em 2010, entre empregos diretos e indiretos, quando já estava atendendo a todas as operadoras. A partir de 2011, vem a busca por aumentar a eficiência, e nesse bojo começa a estabelecer sua primeira instalação para supplychain, em sorocaba, no interior do estado de são Paulo. Tratase de um centro de distribuição capaz de processar as crescentes demandas dos clientes, o que exigia agilidade.
Também nessa época a Huawei passa por um processo interno de transformação de processos e gestão operacional e começa a ter escritórios fora do eixo são Paulo – Rio de janeiro – Brasília. Ao criar
2004
Grande projeto com a Brasil Telecom. A telco testou o xADsL e conferiu que entregava mais capacidade. Foram quase 1 milhão de portas comercializadas.
Primeira ligação Gsm no Brasil, através de equipamentos Huawei, na CTBC (atual Algar Telecom).
2008
Primeiro suporte à tecnologia 3G no Brasil com a troca de tecnologias, de CDmA para Gsm, na operadora Vivo, em 3G.
07 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
2004
uma estrutura mais próxima dos clientes, construiu a base que apoiou os picos de volume de negócios. Essa fase se estende até 2016, quando a empresa passa a liderar o mercado em vários projetos, como na rede wireless e de dados. Também foi o alicerce que estabeleceu a Huawei como fornecedora para os grandes eventos que o Brasil recebeu: a Copa do mundo da Fifa, em 2014, e os jogos Olímpicos no Rio de janeiro, em 2016.
segundo queiroz, a quarta fase começa entre 2016 e 2017, após os grandes eventos. não se tratava mais do acesso apenas; a internet começa a ser encarada como ubíqua, isto é, deve estar em todos os lugares e disponível a qualquer hora – e com alta qualidade. Os usuários querem enviar e receber fotos e vídeos e assistir a transmissões online. Cada vez mais, a baixa latência e a alta qualidade da rede passam a ser primordiais.
Os clientes buscavam equipamentos
com escalabilidade, sustentáveis e confiáveis e com o menor custo possível para implantar a rede, aproveitando o legado. “A Huawei embarcou tecnologia de ponta, facilitando para as prestadoras de serviços de telecomunicações a preparação de suas redes para desafios do 4G e 5G. E começou a ter outro enfoque: equipamentos menores”, aponta o vice-presidente da área de serviços para Enterprise.
A quarta fase preparou o ambiente para as redes 5G. Agora, passado o leilão de frequências e as primeiras implementações de redes, é momento de um grande avanço das redes 5G no Brasil, com menor latência e maior capacidade para dados. A elas, somam-se soluções de Internet das Coisas, a indústria 4.0, as redes privativas, infraestrutura mais inteligente. O ecossistema fica muito mais complexo, com novos agentes, e é necessário um sistema que, cada vez mais, seja aberto.
u m dos diferenciais da companhia
está intimamente ligado aos fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). “Para trazer as melhores soluções de TIC, estamos constantemente inovando a infraestrutura para trazer 5G, 6G. Fazemos pesquisa para lançar novos algoritmos e materiais para que as operadoras possam ser beneficiadas com soluções que tenham mais benefícios e a custo mais baixo”, assinala Carlos Roseiro, diretor de soluções Integradas da Huawei. Hoje, 56% dos funcionários, em âmbito mundial, estão focados em P&D.
“A Huawei transformou o setor de telecomunicações no Brasil. A primeira alavanca foi a privatização. A segunda alavanca foi a entrada da Huawei, que chegou na banda larga fixa, colocando tecnologia sofisticada e tecnicamente equiparável ou mais avançada à que era usada e com preços mais competitivos”, ressalta marcio Costa da silva, diretor da conta Claro na Huawei. “A partir dali fo-
Huawei, comemoramos uma parceria de longo prazo, com o objetivo de inovar sempre e oferecer sempre o melhor serviço aos nossos clientes, apoiando o País na inclusão digital. Desde a chegada à consolidação das redes 4G até os mais modernos projetos com 5G, o histórico de realizações com a Huawei é extenso e também coloca a TIm como protagonista no mercado de telecomunicações no País.” alberto Griselli CEO da TIm Brasil
08 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
“nesses 25 anos da operação brasileira da
2012 Primeiro suporte à tecnologia 4G no Rio+20.
2011 Inauguração do Centro Logístico da Huawei em sorocaba, sP.
2009
A Huawei inicia seus investimentos em pesquisas 5G.
2011 no Brasil, a Huawei se torna a 2ª maior fornecedora de tecnologia móvel e rede wireless.
2014 Apoio à Copa do mundo. Garantia de comunicação para operadoras brasileiras durante o evento.
mos entrando em várias outras partes da rede e, quando veio o advento do 3G, foi outro grande salto, e a companhia participava de forma massiva”, complementa.
PAvImENtANDO O DESENvOLvImENtO
no início da operação local, a Huawei mirou o provimento de soluções para banda larga fixa, contribuindo para o desenvolvimento do setor e para que a internet chegasse a um número maior de brasileiros. Afinal, nenhuma internet se desenvolveria sem a infraestrutura adequada. “O foco era banda larga fixa, porque já vendia fora, e redes ópticas de transmissão de grande velocidade. Fomos ganhando mercado, clientes viram que os produtos eram bons, davam menos defeito que os dos competidores, que a Huawei era flexível para ajustes, tinha time de P&D que desenvolvia rapidamente”, diz o diretor de Cibersegurança e soluções da Huawei, marcelo motta, que ingressou na
empresa no início de 2002.
O primeiro cliente foi a CTBC (atual Algar Telecom), de uberlândia, minas Gerais. Depois, um grande projeto com a Brasil Telecom, em 2004, representou um marco para a empresa na banda larga fixa. A telco testou o xADsL e viu que entregava mais capacidade. Foram quase 1 milhão de portas comercializadas. Logo depois, a Telefônica – à época Telesp Celular – se interessou. na rede fixa, a Huawei, desde há muito tempo, vem promovendo a tecnologia FTTH ( fiber-to-the-home), em que a fibra óptica sai diretamente da central da empresa que fornece o acesso e vai até a residência do cliente. O lançamento dos planos de banda larga com velocidade de 1 Gb/s representou um ponto de inflexão no passado e a expectativa, para breve, é que a virada será de 10 Gb/s.
Após ganhar visibilidade na banda larga fixa, a Huawei passou a alçar voos na telefonia móvel. Em 2003, teve opor-
tunidade de apresentar equipamentos na área de wireless, e o primeiro projeto na telefonia móvel foi na então Telemig Celular, na rede 2G. “Foi um momento importante, um marco muito grande, porque saímos da área de transmissão para rede wireless, e a Huawei começou a ser vista como grande fornecedor para o mercado brasileiro”, lembra o vice-presidente Luiz Gustavo medeiros queiroz.
Entre o fim de 2004 e o início de 2005, outro projeto de telefonia móvel, desta vez na CTBC (atual Algar Telecom), serviu para comprovar ao mercado que o produto funcionava bem e que a Huawei desenvolvia rapidamente, entregando adaptações.
A grande virada veio em 2006, quando um projeto dirigiu holofotes para a Huawei: a troca da tecnologia CDmA para Gsm na operadora Vivo. “Foi transformador e colocou a Huawei em outro patamar, porque, até então, a Huawei estava bem desenvolvida na área fixa e precisava de um projeto
e serviços inovadores, principalmente no segmento de fibra ótica. A Huawei é uma parceira importante para alcançarmos nossa missão de expandir a conectividade, levando a vida digital para todos, sempre com foco principal na experiência dos clientes.” rodrigo abreu Presidente da Oi
2016
Apoio aos jogos Olímpicos. Fornecedora de equipamentos de comunicação para operadoras brasileiras durante a Rio 2016.
09 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
“A Huawei é parceira da Oi há muitos anos, contribuindo ativamente para nosso desenvolvimento tecnológico e comercial. Tem sido uma troca de conhecimento para trazermos produtos
2015 Lançamento, no Brasil, do programa seeds For the Future, que propicia capacitação a jovens.
2017 Claro lança 4,5G com tecnologia Huawei.
2017 Huawei traz para o Brasil sua expertise em energia solar.
2019 Construção do primeiro armazém inteligente 5G da América Latina, em sorocaba/sP. O Armazém Inteligente 5G da Huawei melhora a eficiência em 25% e reduz o timing logístico em 30%.
grande na móvel”, atesta Dimas Dias. “Este projeto revolucionou todo o setor móvel naquela época, porque a rede que a Vivo montou de 3G foi maior que a de todas as telcos juntas. Foi uma virada na cobertura móvel e com a infraestrutura da Huawei. Foi marcante”, acrescenta Carlos Roseiro. nos anos seguintes, 2007 e 2008, a Huawei entrou nas outras grandes operadoras, passando a ter forte presença no fornecimento de rede e soluções wireless Desde então, a companhia cresceu sua fatia nas telcos e hoje tem todas elas como clientes.
DESAFIOS
DO 700 mHZ, 4G E 5G
Bruno Alvarenga, diretor-executivo de soluções móveis na Huawei, ingressou na companhia logo que houve a liberação do espectro de 700 mHz, que constituía um tema difícil para as operadoras, pois podiam enfrentar dificuldades em implementar antenas novas e em lugares novos. Com
a liberação da faixa de 700 mHz, as redes começaram a ser implantadas em 2015. “junto com os 700 mHz, fomos criando novas tecnologias, novas padronizações de indústria e, em 2017, depois de termos desenvolvido algumas antenas novas, veio o marco do 4,5G”, conta Alvarenga, que participou ativamente desse processo.
Em março de 2017, o 4,5G no Brasil foi uma virada de página. “Também lançamos uma nova padronização, que era a solução mimo 4x4, e, além destes dois itens, tinha a agregação de frequências. Estabelecemos um novo parâmetro da indústria”, aponta Alvarenga. “A Claro foi a primeira a lançar o 4,5G e com a Huawei. um ano depois, a Huawei já tinha o 5G em pauta e as informações sobre essa nova tecnologia começavam a ganhar corpo entre os funcionários, que precisavam entender que se tratava de uma arquitetura bem diferente das anteriores”, detalha Carlos Roseiro.
O lançamento efetivo do 5G para o
mercado viria bem mais tarde, em meados de 2022, quando a Claro lançou comercialmente sua rede 5G em Brasília poweredby Huawei. A TIm viria na sequência, ofertando o serviço em Curitiba. “A Huawei é o vendor que mais contribui para a implantação do 5G no Brasil”, destaca Roseiro.
Antes da quinta geração, houve outros avanços. Em 2019, a Huawei fez a primeira transmissão em 8K do Brasil via 5G, durante uma demonstração com protótipo de equipamento no evento Futurecom. E, antes também da implantação do 5G, o mundo vivenciou a pandemia da Covid-19.
Em 2020, a Huawei firmou parcerias com as operadoras e fornecedores para levar mais cobertura a regiões com menor concentração de acessos à internet, algo fundamental para atravessar um período em que era obrigatório ficar em casa. “A Huawei, como empresa privada, teve de reduzir a margem de lucro, aumentando seu custo, para fazer o desenvolvimento
“Para nós da Algar Telecom é gratificante acompanhar a trajetória de 25 anos da Huawei no Brasil. Fomos o primeiro cliente da empresa no País e ela nos ajudou a implantar não só nossa rede fixa e móvel, como vários itens do nosso portfólio de serviços. A infraestrutura de TICs tem um papel importante na inclusão digital e a história da Huawei tem contribuído de diversas formas para levar a inovação e uma experiência tecnológica para os vários ‘Brasis’ que temos.”
Jean Borges Presidente da Algar Telecom
2019 Huawei lança o primeiro site 5G do Brasil, com velocidade de conexão acima de 1 Gbps.
em 8K do Brasil, via 5G, durante o Futurecom.
2020 Huawei e Vivo lançam o primeiro Centro Logístico 5G+AI+IoT, em sorocaba/sP.
com operadoras e fornecedores para ampliar o acesso à conectividade durante a pandemia da Covid-19.
2021 Lançamento do laboratório de cibersegurança em parceria com o Inatel.
10 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
2019 Primeira transmissão
2019 Lançamento da Huawei Cloud no Brasil.
2020 Parceria
raio-X
• Cinco escritórios no Brasil: Brasília, são Paulo, Rio de janeiro, Recife e Curitiba
• Dois centros de produção e um centro de treinamento
• Investimentos de R$ 500 milhões nos últimos cinco anos
• mais de R$ 6,3 bilhões em compras locais e mais de R$ 7,1 bilhões em impostos
• Criação de mais de 16 mil empregos locais diretos e indiretos
• Eleita pelo Top Employers Institute, autoridade global na certificação de excelência na gestão de pessoas, entre as melhores empregadoras do Brasil por três anos consecutivos: 2020, 2021 e 2022
• Atendimento às principais operadoras no Brasil, cobrindo 95% da população brasileira
• Construção das primeiras redes 3G, 4G, 4.5G e 5G. Atualmente, são aproximadamente 5.000 sites 5G. Rio de janeiro, Curitiba e Brasília foram testadas como cidades com cobertura total de sites 5G
• Apoio a operadoras na construção da primeira rede de fibra óptica na Região Amazônica, conectando 20 cidades e 4 milhões de pessoas
• Cooperação com operadoras na Região nordeste para ajudar os residentes locais em áreas remotas com população inferior a 10.000 habitantes e apoio aos residentes locais para o acesso à internet a um custo razoável
• Participação no projeto de conexão de 1.800 escolas estaduais de Ensino Fundamental e médio na Bahia
• Construção de uma rede de campus e conexão de 1.500 escolas de Ensino Fundamental em Goiás
“nesses 25 anos no Brasil, a Claro e a Huawei estiveram muitas vezes juntas na jornada pela evolução tecnológica. Por compartilharmos a mesma missão de conectar as pessoas e as empresas, atuamos como parceiras em vários momentos. Tanto na consolidação da excelência das redes da Claro, quanto na criação de soluções para o futuro, com cases inovadores na agricultura e na indústria. Parabéns pelo aniversário e que a Huawei siga apoiando o Brasil nos desafios da conectividade.” andre Sarcinelli Diretor de engenharia da Claro
2021
Lançamento do projeto piloto com o governo de Goiás para usar 5G+AI+nuvem para melhorar a produtividade. é o primeiro projeto de agricultura inteligente do Brasil.
2022
Inauguração da primeira fábrica inteligente no Brasil (5G+IoT, AI e Cloud) e lançamento de white papers IA e 5G no Brasil.
2022
A Claro primeiro lança redes 5G em Brasília e depois a TIm, em Curitiba, com infraestrutura Huawei.
2023
A Huawei coopera com sete das principais instituições relacionadas a TICs no Brasil para construir 16 laboratórios de treinamento e ajudar mais de 600 alunos a concluir cursos por meio do programa “nem-nem FTTH Training”.
2021
11 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
Lançamento do programa Women in Tech
desse ecossistema. Tivemos de dar um passo para trás para ajudar a sociedade a dar dois passos à frente”, reflete Alvarenga.
A partir de meados de 2022, as redes 5G começam a pipocar pelo País, ainda timidamente, mas sempre tendo a Huawei entre os fornecedores de infraestrutura. Em 2023, há muito mercado a cobrir. Alvarenga prevê que a implantação de infraestrutura segue até 2025, para chegar a uma cobertura massiva de 5G, inclusive em cidades em que antes havia limitações. “A partir de 2025, vamos começar a falar de 5,5G, que é a utilização de frequências diferentes para aumento da banda espectral. A meta que colocamos é atingir 10 Gb/s e trazer um novo conceito na indústria, denominado
sensing, que é usar a rede de telecomunicação em conjunto com toda a infraestrutura de uma cidade. mirando 2030, teremos o lançamento do 6G”, antecipa o diretor-executivo de soluções móveis.
Paralelamente à evolução das redes, a Huawei focou no desenvolvimento de tecnologias como network Functions
Virtualization (nFV) e software Defined networks (sDn). marcelo motta, que teve a oportunidade de trabalhar com elas na sede, na China, conta que a mudança representou um marco, uma vez que a infraestrutura de telecom era muito baseada em hardware. “Trouxemos as tecnologias de virtualização para dentro da área de telecom, e isso é fundamento da compu-
APOsTA ALTA Em nOVOs mERCADOs
Empresa investe no segmento corporativo, na nuvem e em energia renovável
com aS conquiStaS no setor de telecomunicações, a Huawei Brasil seguiu o movimento global e ingressou no mercado corporativo vendendo infraestrutura digital, computação em nuvem e, mais recentemente, entrou na área de energia.
“Hoje, a área de carriers é consolidada globalmente e no Brasil; e a Huawei está olhando para novas abordagens, para expandir a presença em enterprise, levando os produtos para segmentos de B2B, e para expandir também a participação em nuvem pública”, aponta marcio Costa da s ilva, diretor da conta Claro na
Huawei. “Está, igualmente, posicionando-se na área de energia renovável. O Brasil vive um momento muito importante de mudança de matriz da geração de energia, e a Huawei vem trabalhando de forma muito forte para se posicionar como líder”, acrescenta.
Anunciada em fevereiro de 2017 na China, a Huawei Cloud foi lançada no Brasil em novembro de 2019, com foco na venda direta ao mercado corporativo. Até meados de 2019, a venda de computação em nuvem ocorria através de parceria com a Vivo, sob o nome de Vivo
tação em nuvem. Primeiro, trabalhamos com nFV e sDn para redes de telecom e, depois, resolvemos atuar globalmente com computação em nuvem usando a expertise que tínhamos com telecom”, diz. sergio Battaglia, senior managing consultant, entrou na Huawei em 2012, já com 20 anos de experiência no setor. Acompanhou todo o ciclo do 4G, quando houve uma consolidação do serviço móvel como parte da vida das pessoas em muitas aplicações no dia a dia. “O fato é que o 4G explodiu a demanda por serviços digitais e, agora, o 5G eleva isso para uma busca por experiências mais ricas”, constata. Paralelamente, a banda larga fixa evoluiu em cima da fibra ótica, o que levou a uma mudança do patamar de
Open Cloud. “O lançamento da Huawei Cloud foi um marco. nesses quatro anos, crescemos muito, tanto em infraestrutura, quanto em quantidade de serviços disponíveis, principalmente, na parte de inteligência artificial”, aponta Fernando Penna, gerente de Desenvolvimento de n egócios em n uvem da Huawei.
Ele considera que três verticais têm sido particularmente importantes: o ecossistema de e-commerce, o mercado financeiro e o setor público.
“A nuvem é tão importante que todas as unidades de negócios têm como desafio vender a Huawei Cloud, independentemente se é para operadora ou para o mercado corporativo. Todos têm o objetivo de vender a nuvem, que é o futuro da empresa”, justifica Penna.
Airton m elo, diretor de Vendas e n egócios para o m ercado Enterprise da Huawei Brasil, com foco no mercado financeiro, conta que, em 2016, a Huawei começou a oferecer infraestrutura digital para os grandes bancos governamentais, incluindo backbone,
12 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
conectividade nas residências. se, quando chegou, a Huawei precisou desbravar o mercado, hoje, a companhia está entre as líderes no mercado brasileiro: todas as operadoras usam suas soluções e/ ou têm alguma conectividade rodando em sua plataforma. Ela se consolidou como liderança não apenas do ponto de vista de inovação, mas também de confiabilidade. Energia renovável, computação em nuvem e o avanço da inteligência artificial estão entre as tecnologias que vão pavimentar o caminho da Huawei nos próximos 25 anos. A gigante chinesa está bem posicionada para um futuro que deve mudar – e muito – o conceito de tudo o que temos hoje.
elmo matos
grandes roteadores e rede privada. Com backbone próprio, ele explica, o banco não depende de operadora para fazer o atendimento às agências.
A partir de 2017, a Huawei levou a tecnologia s D-WA n aos bancos para que eles conseguissem detectar de forma inteligente as aplicações que requerem mais dados e identificar qual é o melhor link para cada uma delas. n os anos seguintes, m elo diz que houve grande adoção de soluções WiFi, com os grandes bancos oferecendo rede de convidados para os clientes. “De 2019 para 2020, um grande banco nos procurou, porque ia fazer uma revolução dentro do contact center. Concorremos com uma solução de contact center inteligente com IA e 100% baseada em nuvem, o que dava a possibilidade de o atendente estar em casa. Ganhamos o contrato com a nossa cloud”, relata.
m elo aposta que, nos próximos anos, o 5G irá ganhar mais relevância para a área de negócios financeiros, porque melhora – e muito – a experiência das
aplicações. Ele assinala ainda as oportunidades que vêm com o 5G indoor e redes 5G conectadas à Internet das Coisas. Para m arcelo m otta, diretor de Cibersegurança e s oluções da Huawei, o futuro é verde, preocupado com a questão energética e com a segurança do ambiente, porque a tendência é de aumento no número e na complexidade de coisas conectadas.
Para além dos bancos, a Huawei também está presente como fornecedora do governo. Com vasta carreira em TI, Ricardo m ansano entrou em 2017 com o objetivo de fomentar a área de soluções para governo. “A Huawei tem um portfólio de produtos vasto, e o grande desafio da área é como juntar todas essas caixas de produtos para ajudar os clientes a resolver problemas de negócios”, diz o CTO da companhia para o s etor Público.
n essa jornada, os principais marcos estão ligados à transformação da visão de caixa de produtos em grandes soluções. “q uando vamos aos clientes, temos de olhar o problema como um
todo, entender o todo para conseguir desenhar junto com eles as melhores soluções”, detalha mansano, que participou muito de perto do projeto de transformação digital do governo da Bahia.
Ele conta que a meta do governo do estado da Bahia era modernizar e ter áreas públicas mais seguras. O projeto, batizado de “videopolícia”, tem cerca de três anos e começou pequeno, com um piloto, para depois evoluir. Hoje, todos os policiais contam com uma solução de inteligência artificial e conectividade de alta performance.
m ansano explica que o projeto é uma grande conquista, mas ressalta que o principal é que os governos começaram a entender o quão importante é a conectividade para a inclusão social. “O grande marco que estamos vivenciando agora é a prioridade da conectividade nas áreas remotas para depois levar inteligência”, comenta. Hoje, a Huawei tem 80% dos ministérios federais e 60% dos estados como clientes das mais diferentes soluções.
13 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
“A Huawei compartilha do objetivo de impulsionar a transformação digital no Brasil, que resultará em benefícios para toda a sociedade. seguimos em frente, com parceiros como a Huawei, para levar a melhor infraestrutura de internet para as pessoas e as empresas, facilitando o acesso a conectividade e serviços de excelência.”
Diretor de Planejamento de Redes da Vivo
quEm FEz E AInDA FAz Os 25 AnOs
muitas
tEStEmuNHA DOS PRImEIROS tEmPOS
oS talentoS são o alicerce na construção sólida de qualquer empresa. quando a Huawei desembarcou no Brasil, 25 anos atrás, ocupou um pequeno escritório em Campinas, são Paulo. “Era uma casa e éramos sete pessoas, a maioria, chineses. nosso escritório começou ali”, conta Luis Gustavo medeiros queiroz, atualmente vice-presidente da área de serviços para Enterprise, que neste ano completa 23 anos na empresa. Dimas Dias, diretor da conta Telefônica na Huawei, e marcio Costa da silva, diretor da conta Claro na Huawei, também ingressaram na companhia em seus primórdios e acompanharam seu crescimento, exercendo várias funções.
Em comum, tanto os veteranos quantos os novatos Elise machado e matheus Carrijo, ambos contratados após um período de estágio, identificaram-se com os princípios da companhia: colaboração aberta com os parceiros do ecossistema de telecomunicações, valor duradouro para os clientes, capacitação profissional e inovação. Os talentos mencionados representam um pouco do que é a Huawei Brasil.
O atual vice-presidente da á rea de serviços para Enterprise, Luis Gustavo medeiros queiroz, foi o quarto brasileiro a entrar na Huawei, que, até então, contava com maioria de chineses. O ano era 2000 e ele, recém-formado pelo Instituto nacional de Telecomunicações (Inatel) e estagiário em outra empresa, soube da vaga por meio de anúncio na contracapa da revista especializada RTI - Redes, Telecom e Instalações. “Eu seria contratado pela empresa em que estagiava, mas acabei optando pela Huawei, na qual entrei em dezembro de 2000”, lembra.
O Brasil já havia privatizado as telecomunicações e o mercado estava aquecido. “ninguém conhecia a Huawei e estávamos ali para desbravar os primeiros clientes”, diz queiroz, à época um engenheiro recémformado e com conhecimento em centrais telefônicas. no Brasil, a empresa ofertava switches e equipamentos de transmissão; e tinha à frente o desafio de adequar os produtos aos padrões brasileiros. “A Huawei trouxe isso [ao mercado] de aten-
talentos
pessoas participam da construção do sucesso da Huawei no Brasil. Algumas, praticamente, desde o início, enquanto outras estão há pouco tempo na companhia. Com perfis diversificados e atuantes em várias áreas, ajudam a fazer o melhor para os clientes.
14 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
luis Gustavo queiroz, atualmente, vice-presidente da Área de Serviços para Enterprise, ingressou na empresa em dezembro de 2000
der às exigências dos clientes muito mais rapidamente que a concorrência”, aponta.
queiroz testemunhou como a Huawei participou ativamente do crescimento, no País, da infraestrutura de telecomunicações, tanto móvel quanto fixa. Acompanhou fechamentos de contratos, como o da CTBC (antecessora da Algar Telecom), primeiro cliente da companhia, e o projeto da Vivo, em 2006, quando a operadora trocou a tecnologia de CDmA para Gsm na implantação de rede móvel 2G.
Luis Gustavo medeiros queiroz pode dizer que teve uma carreira dinâmica durante esse período. “Gosto muito de desafios e, na Huawei, temos muitas oportunidades de crescer. A organização impulsiona a gente para a frente. u m dia não é igual ao outro; e há inúmeras possibilidades”, relata. Para tanto, uma característica necessária aos funcionários é estarem abertos a esse movimento e terem capacidade de se adaptar para atender às diferentes demandas que surgem.
Do começo como engenheiro de rede fixa, queiroz passou por vários departamentos, em diversos cargos. Foi diretor
de contas, atendendo diretamente aos clientes, e também diretor de compras. Atualmente, é vice-presidente de uma área criada em 2011 para atender a empresas que não são prestadoras de serviços de telecomunicações: uma mudança e tanto para quem havia feito carreira trabalhando com as operadoras. “um dos grandes desafios do passado é que vendíamos para as operadoras e pensávamos em como vender as soluções para bancos e outras empresas. Começamos a entrar fortemente no mundo enterprise. O que sonhávamos há anos, hoje, é realidade.”
umA ESCOLHA QuE DEu CERtO
Dimas Dias ocupa há cinco anos o cargo de diretor de contas, mas, em seus 19 anos de Huawei, passou por diversas áreas. “é uma experiência muito inovadora, sempre com novos desafios”, diz o executivo de 47 anos, que entrou na companhia em agosto de 2004, quando ela ainda era bem pequena. Formado há 24 anos em Engenharia Eletrônica pelo Inatel, ele atuou em outros dois fornecedores de tecnologia e em uma operadora europeia antes de
dimas dias, atualmente, diretor da Conta Telefônica, ingressou na companhia em agosto de 2004
ingressar na Huawei. mas seu caminho já havia se cruzado com o da gigante chinesa. “minha história é antiga, porque, no fim de 1998, participei de um processo para outra empresa e ali tive meu primeiro contato com a Huawei, que era parceira”, lembra. Dias ingressou na empresa como gerente de produtos da rede fixa. Ocorriam as primeiras conexões de banda larga com transmissão óptica, e a Huawei entrava nesse mercado. “Comecei a trabalhar no escritório de Brasília, com a Brasil Telecom como cliente. Depois também atendi à GVT e a clientes de menor porte”, diz.
O executivo afirma que a Huawei sempre se diferenciou em termos de produtos e tecnologias, tendo como base a cultura de muito foco no atendimento aos clientes. “A Huawei foi construindo nome e colaborou muito para a democratização do acesso à internet, porque os custos de conexão eram muito altos naquela época, e a empresa conseguiu ser atrativa com diferencial tecnológico.”
sobre sua carreira, Dias conta que, logo que entrou, entendeu que a companhia era bem meritocrática. “se você
“Gosto muito de desafios e, na Huawei, temos muitas oportunidades de crescer. A organização impulsiona a gente para a frente. um dia não é igual ao outro; e há inúmeras possibilidades.”
“A Huawei foi construindo nome e colaborou muito para a democratização do acesso à internet, porque os custos de conexão eram muito altos naquela época, e a empresa conseguiu ser atrativa com diferencial tecnológico.”
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contribui, você tem o reconhecimento. Isso me atraiu muito à época, porque vi a projeção de desenvolvimento na empresa, vi que se contribuísse cresceria junto, e isso aconteceu.” Dias afirma que sempre foi desafiado e teve a oportunidade de participar de congressos, fazer apresentações e palestras e conhecer a cultura chinesa.
Passou pela área de produtos, mudou para são Paulo para cuidar de rede fixa, inicialmente com abrangência Brasil e depois América Latina, em seguida atendeu a uma grande conta, e desde 2011/2012 atende à Telefônica. “Em todas as áreas aprendi algo. nunca me apeguei a nenhuma posição; o foco é a contribuição.”
Olhando para trás, Dias diz que faria tudo de novo. “quando saí da antiga empresa para vir para a Huawei, meu então chefe comentou: ‘Você tem certeza? é uma empresa nova, ela não tem condições de competir com a nossa companhia, que tem marca estabelecida. Você tem certeza? Porque acho que você vai se arrepender.‘ Eu disse que sim, que estava em linha com o que esperava”, revela. “na época era uma aposta, mas, conforme fui trabalhando, vi
que iria prosperar, que é uma empresa com foco muito forte em pesquisa e desenvolvimento e muito consistente no que faz”, conta. A escolha se mostrou acertada, já que a antiga empresa decretou falência.
OPORtuNIDADES DE CRESCER
O ano era 2001 e m arcio Costa da silva avaliava o rumo de sua carreira. Os dez anos iniciais de sua vida profissional haviam sido no pós-vendas; depois passou dois anos na área de manutenção e, então, teve vontade de trabalhar com vendas, mas, na empresa em que estava, não havia como fazer essa transição. A Huawei estava há pouco tempo no Brasil e buscava profissionais. “Abriram a porta e me deram oportunidade de desenvolver-me, mesmo sem ter todas as competências”, diz o atual diretor da conta Claro na Huawei.
silva diz que fez uma mudança radical, saindo de uma empresa consolidada para uma iniciante; de pós-vendas para vendas; e do mercado de são Paulo para o do Rio de janeiro. Ele mudou de cidade quando a Huawei começava a expandir geografias dentro do Brasil. “Fiz três mudanças
radicais e, em novembro de 2001, tinha todas as inseguranças do mundo. mas, em maio de 2002, com quase seis meses de companhia, tive a oportunidade de fazer a primeira viagem à China. E foi lá que tive certeza absoluta de que havia feito uma mudança acertada, porque a China se mostrava um país pronto para o futuro em tecnologia e telecomunicações”, aponta. Engenheiro de formação, marcio Costa da silva começou na área de vendas como gerente de soluções. Passou por diversos cargos e trabalhou com diferentes produtos. “A liderança identifica potenciais e abre espaço para crescimento. Esta é uma característica da Huawei”, diz. Em 2006, ele se tornou diretor de conta da Embratel. “Era uma conta muito grande e tivemos vários casos de sucesso: implantamos a primeira rede fixa de nova geração, fizemos a portabilidade numérica, fizemos swap de rede CDmA no Brasil”, lembra.
Em seguida, decidiu conhecer outras filosofias de vendas e optou por buscar experiência em culturas que não fossem a chinesa. “senti que precisava de contrastes. Trabalhei em outras empresas; fiquei
“Os valores que, lá atrás, percebi dentro da Huawei, ao longo de toda a jornada, nunca mudaram. um deles é colocar o cliente no centro de tudo e outro é a dedicação.”
marcio costa da Silva, atual diretor da conta Claro na Huawei, ingressou na companhia em novembro de 2001
“A empresa abre caminhos muito interessantes para eu me desenvolver e oferece uma plataforma de capacitação completa.”
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matheus carrijo entrou na empresa como estagiário em meados de 2021 e, hoje, é executivo de Vendas para o Setor Público
* Foto do acervo pessoal de Marcio Costa da Silva com ele no Centro de Treinamento da Huawei em Shenzhen (2002)
quatro anos fora da Huawei, dois em cada empresa, e pude conhecer outras formas de fazer negócios. E tive a certeza de que trabalhar com vendas dentro da Huawei era o melhor cenário. Voltei em 2016 para desenvolver negócios na conta da Oi e fiquei nisso até o plano de recuperação da operadora ser aprovado”, relata. Em 2018, mais duas mudanças: foi para a conta da Claro e retornou a são Paulo. “Os valores que, lá atrás, percebi dentro da Huawei, ao longo de toda a jornada, nunca mudaram. u m deles é colocar o cliente no centro de tudo e outro é a dedicação. Você tem de se identificar com a cultura”, conta.
APOStA REAL NOS jOvENS
As trajetórias de Elise machado e matheus Carrijo são bem parecidas. Ambos de Brasília, entraram na empresa como estagiários em meados de 2021, trabalharam em algumas áreas, atuaram no projeto seeds For the Future [leia matéria na página 22], foram efetivados e, agora, estão bastante animados com o que o futuro na Huawei reserva para eles.
Elise machado completou 23 anos em abril e é uma das funcionárias mais jovens da companhia. Antes de ingressar na Huawei, a estudante de Ciências Políticas da universidade de Brasília (unB) já havia feito dois estágios. Ela conta que conheceu a Huawei por meio do monitoramento das notícias na época do leilão de 5G e identificou-se bastante com a empresa. Começou como estagiária, passou por diversas áreas, como energias renováveis, organizações internacionais e projetos ambientais e sociais. Hoje, trabalha no departamento de relações públicas e governamentais.
“Ainda como estagiária, participei do seeds For the Future, um programa global da Huawei que acontece desde 2015 e já capacitou milhares de estudantes. A ideia é inspirar jovens e talentos a seguir carreira no mercado de TICs e, por meio dele, eu consegui compreender melhor o papel transformador que a tecnologia tem. Foi um marco na minha vida”, relata.
De fato, o programa semeou na jovem a paixão por tecnologia. “Encanta-me perceber o impacto que a tecnologia tem na vida
das pessoas. sempre falamos em levar o digital para as pessoas, as casas e as organizações; vi o impacto sendo gerado e como meu trabalho contribui”, comenta. Atualmente analista de Relações Públicas, Elise machado já acompanhou ao méxico um grupo de brasileiros formado por estudantes, professores e autoridades públicas para conhecer as instalações naquele país e discutir o papel do talento digital na América Latina. “A experiência internacional foi incrível. Isso mostra a cultura e o valor da Huawei em investir na juventude; eu era recém-contratada. é muito fácil se apaixonar pela empresa”, pontua. matheus Carrijo, executivo de Vendas para o setor Público, atende a clientes governamentais na unidade de negócios Enterprise. m as, em seus dois anos de companhia, passou por diferentes funções. A primeira delas, ainda como estagiário, no departamento de relações públicas e governamentais, na área de responsabilidade social.
Também participou do programa seeds For the Future e, em agosto de 2022, passou a estagiar na unidade de negócios Enterprise. “Ali comecei a entender o mundo de vendas e em janeiro de 2023 fui efetivado”, conta.
Carrijo formou-se em Relações Internacionais pelo Centro de Ensino unificado de Brasília (CEuB) em dezembro de 2022. “Esta nova experiência é muito diferente; tenho algumas responsabilidades e uma certa rotina semelhante à anterior, mas agora com metas mais ousadas do ponto de vista comercial”, diz.
A experiência tem sido interessante e desafiadora, além de recompensadora, segundo o jovem. “A Huawei dá oportunidade e apoio para você alcançar os objetivos e desenvolver um bom trabalho.” Carrijo diz que há espaço para crescimento individual. “A empresa abre caminhos muito interessantes para eu me desenvolver e oferece uma plataforma de capacitação completa.”
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“Ainda como estagiária, participei do seeds For the Future (...). Por meio dele, eu consegui compreender melhor o papel transformador que a tecnologia tem. Foi um marco na minha vida.” elise machado entrou na empresa como estagiária em meados de 2021 e, hoje, é analista de Relações Públicas
em um paSSado não tão distante, a conectividade móvel à internet era um luxo. Da mera possibilidade de navegar na web nos telefones, ainda que de forma lenta e muitas vezes frustrante, avançou-se a uma revolução tecnológica digital. A era do 5G já começou. E com ela um novo movimento catalisador da inovação, que promete impactar profundamente a humanidade. A atual onda tecnológica prepara a sociedade para o uso massivo de dispositivos e dos dados por eles gerados. E a próxima década verá os frutos desse salto.
Da mistura de apetite inovador, investimentos, novas tecnologias e novas áreas do conhecimento, o Brasil pode extrair caminhos para o desenvolvimento. O governo sinaliza estar atento. segundo o ministro das Comunicações, juscelino Filho, uma série de iniciativas vai ampliar o acesso de regiões ainda desatendidas, cobrir a totalidade das escolas, levar serviços digitais ao campo, além de promover a conectividade significativa, a efetiva conversão de avanços tecnológicos em bem-estar.
“O futuro dos brasileiros será transformado por diversas iniciativas nos próximos anos. Por meio da inclusão digital e social, eles passarão a exercer a cidadania de forma efetiva, não só usufruindo das benesses advindas da conectividade significativa, mas como partícipes das decisões que afetam o bem-estar das famílias e indivíduos”, afirma o ministro da Comunicações.
é uma nova era de conectividade, uma tempestade perfeita capaz de revolucionar vários setores. n o setor de saúde, a baixa latência e a alta largura de
A ERA DO 5G já COmEçOu
O 5G deflagra uma nova era
tempestade
de conectividade, uma
perfeita capaz de revolucionar vários setores. O desafio é saber aonde o Brasil pode chegar.
“Acabamos de começar e já temos uma das melhores redes 5G do planeta. Isso significa que o Brasil pode ser um celeiro de aplicações que vão mudar a vida das pessoas.”
mercado 18 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
carlos Baigorri Presidente da Anatel
banda do 5G permitem que os cirurgiões realizem cirurgias remotas com precisão, conectando especialistas a pacientes em todo o mundo. na educação, as salas de aula virtuais se tornarão mais imersivas, oferecendo aos alunos experiências interativas que quebram barreiras entre continentes. Empresas otimizarão suas operações com transferência de dados instantânea, aprimorando a produtividade e as experiências do cliente. nada disso é futuro. Está aqui. “Com um ano de 5G no Brasil, o sucesso já pode ser medido em várias frentes. A principal é o grande apetite na instalação da infraestrutura. Isso demonstra que o mercado acredita no potencial do Brasil como referência em tecnologia. Com exceção da China, o Brasil tem mais estações de 5G stand alone do que todo o mundo somado. Acabamos de começar e já temos uma das melhores redes 5G do planeta. Isso significa que o Brasil pode ser um celeiro de aplicações que vão mudar a vida das pessoas”, destaca o presidente da
Agência nacional de Telecomunicações, Carlos Baigorri.
“Do 1G até o 5G, muita coisa aconteceu. Desde o analógico, da troca de mensagem, ao acesso a dados. no 4G já começamos a perceber uma mudança significativa. O aumento da taxa associado a uma capacidade de processamento distribuído começou a trazer o nascimento dos aplicativos”, diz o professor Carlos nazareth, diretor do Instituto nacional de Telecomunicações (Inatel). “O grande fator disruptivo é não precisar ter tudo embarcado no smartphone. O aplicativo coleta informação, a computação em nuvem processa e devolve praticamente em tempo real. Com isso, o smartphone passou a ter funcionalidades que só a computação em larga escala pode oferecer”, resume.
Para ele, o futuro prometido chegou. “Estamos agora indo para uma situação muito mais sofisticada. Hoje, o 5G já permite monitorar todas as câmeras de um ambiente, ativar ou desativar sensores por zona, acionar dispositivos dentro de
“Por meio da inclusão digital e social, os brasileiros passarão a exercer a cidadania de forma efetiva, não só usufruindo das benesses advindas da conectividade significativa, mas como partícipes das decisões que afetam o bem-estar das famílias e indivíduos.”
Juscelino Filho ministro das Comunicações
“O setor investiu mais de R$ 38 bilhões somente em 2022, mas a expansão da rede e o futuro do setor vão depender também da demanda por soluções de 5G e de investimentos em novas aplicações.”
19 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
marcos Ferrari Presidente da Conexis Brasil Digital
casa. A Internet das Coisas ganha vulto e começa uma segunda etapa, associada à ciência de dados e à inteligência artificial. O acúmulo de informações provindas de sensores cria o verdadeiro big data, permite a inter-relação entre causa e efeito, e tem a IA para monitorar essa absurda quantidade de informações.”
INtELIGêNCIA NAS CIDADES, CASAS E INDúStRIAS
Há um apetite bilionário, que parece indicar aportes ainda maiores do que os estimados antes do leilão de frequências
que abriu caminho ao 5G no País. Em compromissos associados ao leilão, o mercado vai investir mais de R$ 50 bilhões até o fim desta década. Outros R$ 100 bilhões são esperados na geração de serviços. mas o primeiro ano da nova tecnologia já apresentou cifras elevadas.
“O setor investiu mais de R$ 38 bilhões somente em 2022, mas a expansão da rede e o futuro do setor vão depender também da demanda por soluções de 5G e de investimentos em novas aplicações que serão possíveis com a nova tecnologia”, diz o economista m arcos Ferrari, presi -
dente da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as principais operadoras móveis do país.
A capacidade do 5G de suportar vários dispositivos simultaneamente garante o florescimento de cidades inteligentes, casas inteligentes e indústrias inteligentes. Essa interconectividade levará ao consumo otimizado de energia, redução do congestionamento do tráfego e maior segurança por meio da implantação de veículos autônomos.
n ão é por menos, lembra o presidente da
sALTO TECnOLóGICO EsTá nA RAIz DA TRAnsFORmAçãO DIGITAL
eSSa tranSFormação muda a natureza das próprias redes de telecomunicações, em uma simbiose com a computação em nuvem. Com baixa latência e alta capacidade de lidar com múltiplas conexões, o 5G é a espinha dorsal da Internet das Coisas, esse novo ecossistema interconectado que trará uma nova era de automação e eficiência para os mais diversos setores, como ressaltam as prestadoras. m as o salto tecnológico vai muito além para dar significado e valor ao já mencionado big data que resulta desse ecossistema. E essa combinação está na raiz da transformação digital.
Esse conceito encapsula uma série de mudanças sociais e econômicas que são viabilizadas a partir de uma moderna infraestrutura de telecomunicações e dos serviços a ela associados. E como ressalta o diretor de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações na América Latina da IDC, Luciano saboia, é uma transformação que começa por modificar o próprio setor que a fornece.
“A indústria de telecomunicações está sofrendo ela mesma uma transformação digital, ela mesma indo para virtualização, para a nuvem. é um aspecto dúbio, porque ao mesmo tempo em que promove a transformação, também se transforma”, afirma, ao vislumbrar nesse movimento um novo significado para a conectividade.
“é a ressignificação da conectividade. Os serviços que a gente
projeta para os próximos 10 anos não vão se limitar a conectar a ponta A com a ponta B. será necessário oferecer um conjunto tecnológico, em que não vai mais se dissociar conectividade da segurança, dos serviços gerenciados, dos maiores volumes de dados, dos insights em tempo real”, diz saboia.
Para o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, os casos de uso ficarão mais evidentes de 2025 em diante, a partir dos novos releases de padronizações técnicas do 5G. mas um movimento que já está evidenciado é a aproximação das redes de telecomunicações das tecnologias envolvidas na computação em nuvem.
“O que o 5G procurou fazer com seu novo core é ter um sistema operacional com APIs que facilitem a interligação com as OTTs. Cada vez mais o caminho das operadoras é avançar nessa direção, com serviços mais integrados com a conectividade. E vai começar a se fazer a computação mais próxima, com a disseminação do edge computing”, afirma Eduardo Tude.
Essa transformação muda a natureza das próprias redes de telecomunicações, em uma simbiose com a computação em nuvem. Essa cloudificação permite às operadoras de telecomunicações mover funções de rede tradicionalmente executadas em hardware dedicado para ambientes baseados em nuvem, garantindo maior flexibilidade e escalabilidade, facilitando a rápida adaptação da
20 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
Conexis, que o 5G torna a relação intersetorial ainda mais relevante. “A grande transformação tecnológica e econômica que se dá com a chegada do 5G vai revolucionar a economia, o que só será possível com investimentos de todos os setores econômicos. Os benefícios do aumento da produtividade que o 5G proporcionará para a indústria, por exemplo, vai exigir investimentos em equipamentos inteligentes para serem conectados à rede.”
rede às necessidades do tráfego em tempo real.
Também facilita levar o processamento mais perto do cliente e viabiliza a implantação rápida de novos serviços e aplicativos por meio de funções de rede virtualizadas. E tudo isso abre caminho para uma infinidade de casos de uso inovadores, em Internet das Coisas, comunicação máquina a máquina (m2m) e serviços de missão crítica.
“A adoção da nuvem é cada vez mais forte, com operadoras fazendo migração de workloads não apenas de TI, mas colocando o core da rede em nuvem. Isso tem uma série de impactos importantes, de automação, de redução de custos, de eficiência. O core 5G já tem que estar preparado para operar virtualizado. E isso só vai se aprofundar daqui para frente”, destaca o gerente-sênior da Omdia nas Américas, Ari Lopes.
Para ele, “o conceito de telecom cloud vai se aprofundar cada vez mais tanto no core da rede quanto na rede de acesso, na RAn”, em sintonia com a disseminação de redes inteligentes pelos diversos setores econômicos. “Cada vez mais teremos um processo produtivo, seja em manufatura, área financeira, logística, seja o que for, cada vez mais conectado, com mais utilização de tecnologia”, emenda. E nada mais ilustrativo desse movimento do que abrir as redes para APIs. “As empresas lançaram a iniciativa do Open Gateway, abrindo a rede para ter APIs e, portanto, desenvolvedo-
res usando as redes para aplicações. E fazem isso junto com as empresas de cloud. muda a discussão e passa-se a colaborar em novos serviços, aplicações mais ricas”, diz Ari Lopes. se, como diz o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, o País conta com a mais avançada rede 5G em todo o mundo, para além da China, tem-se um momento também de convergência importante para o Brasil, que pode se valer dessa onda para garantir lugar como criador e fornecedor de novas soluções – ao mesmo tempo em que proporciona a inclusão social a partir da inclusão digital como ferramenta de desenvolvimento.
“O desafio é aonde poderemos chegar. O que muda a vida das pessoas, o que gera valor não é somente a rede, mas as aplicações viabilizadas pela tecnologia. Os unicórnios das próximas décadas podem surgir aqui na maior rede 5G sA fora da China, desde que startups surjam aqui para testar. Isso exige que poder público, empresas, academia, sociedade como um todo estejam engajados para que essas oportunidades sejam aproveitadas pelos brasileiros”, insiste Baigorri.
O impacto é amplo, como reforça o presidente da softex, Ruben Delgado. E tem tudo para favorecer novas oportunidades de mercado de trabalho. “Essas tecnologias, fruto de grandes investimentos em P&D, viabilizam um profundo salto tecnológico, econômico e social para o País”, afirma.
“A transformação digital traz crescimento aos negócios e oportunidades profissionais em programação, análise de dados, segurança cibernética, marketing digital, desenvolvimento de software, serviços de nuvem. Podemos projetar para os próximos dez anos um cenário em que a digitalização estará ainda mais presente em diferentes setores da economia brasileira”, completa Delgado.
“O grande fator disruptivo é não precisar ter tudo embarcado no smartphone. O aplicativo coleta informação, a computação em nuvem processa e devolve praticamente em tempo real.”
carlos nazareth
Diretor do Inatel
21 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
PAís é PRIORIDADE nA FORmAçãO DE mãO DE OBRA quALIFICADA
meta é formar 100 mil especialistas em tecnologias como FTTH, cloud, cibersegurança, Inteligência Artificial, 5G, IoT, entre outras, ainda em 2023.
a carência de mão de obra capacitada para o mercado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) não é recente. Estudo realizado no fim de 2022 pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) indica que, até 2025, o mercado vai gerar aproximadamente 797 mil vagas na área de tecnologia. Enquanto isso, as universidades formarão apenas 50 mil novos profissionais ao ano. Para minimizar esse déficit, a Huawei vem investindo fortemente em programas de capacitação.
n a sua operação brasileira, a Huawei mantém uma série de programas de
capacitação de talentos e planeja qualificar cerca de 100 mil pessoas no País em 2023. Elise m achado, analista de Relações Públicas da empresa no Brasil, explica que a proposta é promover uma jornada de incentivo ao talento tendo como principal programa a ICT Academy, uma iniciativa global que conecta a companhia às instituições privadas e públicas de Ensino s uperior.
“ é um programa voltado a acelerar a habilitação de jovens, professores e servidores públicos nas escolas para a transformação digital, com o objetivo de contribuir para o equilíbrio do déficit de profissionais capacitados em TICs no
Brasil”, resume Victor montenegro, gerente de Talentos e Ecossistema da Huawei Brasil, lembrando que o alinhamento com as universidades abrange treinamentos em tecnologias FTTH, cloud, cibersegurança, Inteligência Artificial, 5G e IoT, entre outras. Ao todo, são mais de 200 treinamentos em diferentes níveis. A ICT Academy também abrange a criação de laboratórios físicos e virtuais para que os alunos treinem suas habilidades: até aqui, mais de 52 laboratórios foram implantados em conjunto com as melhores universidades do País.
BRASIL é PRIORIDADE
A ICT Academy foi criada em 2013 e chegou ao Brasil em 2017. “A Huawei, em nível global, colocou o Brasil como prioridade”, celebra m ontenegro. Atualmente, 95% do mercado de TICs no Brasil passa de alguma forma pela Huawei, o que significa que “a companhia, cada vez mais, precisa colaborar com as
capacitação 22 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
Gerente de Talentos e Ecossistema da Huawei Brasil
instituições brasileiras no processo de qualificação e transformação digital para o futuro.”
Até 2022, a ICT Academy treinou aqui 36 mil profissionais, no que foi considerada sua fase de amadurecimento. A partir daquele ano, a iniciativa acelerou sua expansão: iniciou o ano com 99 instituições de ensino parceiras, terminou com mais de 220 e a expectativa para 2023 é superar os 100 mil treinamentos. A colaboração global também é incentivada por meio de competições entre as universidades. Elas acontecem em nível nacional, seguem para a América Latina e, por último, são realizadas em âmbito global. “A ideia é conectar as instituições de ensino brasileiras a um novo patamar de colaboração global”, afirma m ontenegro. Para fechar o ciclo, há a Talent Bridge Platform, uma plataforma de vagas abertas de estágio e emprego na companhia para os jovens qualificados pelos programas de capacitação.
Qualificação em números
+ 1.500 certificações globais em 2022
52 laboratórios em universidades ou centros de tecnologia
ICt Academy
• meta de 100 mil treinamentos em 2023
• 36 mil treinamentos (2017 a 2022)
Nem-Nem
• + de 600 jovens treinados
Seeds For the Future Brasil
• 250 estudantes treinados desde 2015
tecnologia para todos
• + de 70 cidades no Brasil
Caminhão 5G
• 1.500 treinamentos em 19 cidades em 2022
P&D
• + de R$ 250 milhões investidos desde 2018
• 20 projetos com universidades
“A companhia, cada vez mais, precisa colaborar com as instituições brasileiras no processo de qualificação e transformação digital para o futuro.” victor montenegro
23 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
PROjEtOS CAPACItAm PROFISSIONAIS Em DIFERENtES EtAPAS DA vIDA
além de Forte atuação junto aos universitários, a Huawei mantém – ou está desenvolvendo – uma série de iniciativas voltadas a jovens e pessoas em diferentes estágios da vida, tais como:
nem-nem . Destinada àqueles que não trabalham nem estudam. Em sua maioria, são pessoas que têm o Ensino médio completo e ainda não definiram qual carreira seguir. “Apresentamos a elas as tecnologias da Huawei e como podem ajudá-las a entrar no mercado de trabalho”, diz Elise machado, destacando que, até aqui, o projeto formou mais de 600 jovens.
Seeds For the Future . Composta por aulas com transmissão ao vivo, ministradas por especialistas de mercado e profissionais da Huawei, sobre liderança, sustentabilidade e cultura chinesa. Os jovens também recebem aulas sobre tecnologias 5G, inteligência artificial, cloud, bigdatae IoT em um modelo self-learning, além de mentorias para desenvolver, com base em tecnologias da Huawei, soluções que resolvam problemas sociais reais ligados aos Objetivos de Desenvolvimento sustentável da Organização das nações unidas (Onu). A edição 2023 do seeds For the Future, prevista para outubro, terá 50% das vagas reservadas a mulheres. Desde 2015, quando foi implementado no Brasil, o programa já treinou 250 estudantes.
tecnologia para todos . Denominado BusinessTransformationTruck, o veículo da ICT Academy vai rodar por mais de 70 cidades no Brasil, levando treinamentos para todos os tipos de pessoas. Trará salas de aula e universidades com conceitos inteligentes, minicursos para alunos que não puderem fazer cursos online e eventos em localidades estratégicas.
caminhão 5G . A exemplo do Business Transformation Truck, o Caminhão 5G roda o Brasil levando conhecimento para o público em geral. Em 2022, visitou 19 cidades e foi sala de aula para mais de 1.500 treinamentos em 5G. Em 2023, visitará 35 cidades. pesquisa e desenvolvimento . A Huawei mantém 20 projetos de P&D com universidades brasileiras em áreas como mineração, Agricultura, Pecuária, Varejo, Logística, manufatura e Finanças. Desde 2018, a companhia investiu mais de R$ 250 milhões em projetos de P&D, incluindo a instalação de laboratórios em instituições de Ensino superior e centros de ensino no Brasil.
tech4all . Iniciativa de longo prazo para inclusão digital. Em conjunto com seus parceiros, aí incluídos governos, clientes, companhias internacionais, institutos de pesquisas e organizações não-governamentais, a Huawei está comprometida com tecnologias, tais como plataformas de conectividade, nuvem, inteligência artificial e dispositivos, que possibilitam o desenvolvimento de aplicações novas e inovadoras para tornar o mundo mais inclusivo e sustentável.
A Huawei está também planejando para o Brasil uma série de novos projetos, a exemplo da story sign, plataforma de alfabetização para crianças com deficiência auditiva e surdas que usa Inteligência Artificial e realidade aumentada com o objetivo de ajudá-las a aprender a ler, e que já está disponível na palataforma mECPlace, do governo federal.
24 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
INICIAtIvA DISSEmINA CONHECImENtOS AINDA NO ENSINO méDIO
a lém de capacitar profissionais em curto prazo, é fundamental inserir a tecnologia no aprendizado dos jovens antes que cheguem ao mercado de trabalho. “Ao tratar do tema dentro da sala de aula ainda no Ensino m édio, conseguimos ampliar as perspectivas das próximas gerações de trabalhadores e a forma como enxergam o futuro”, explica m ontenegro. A Huawei tem trabalhado muito próxima a escolas em todo o Brasil, especialmente as públicas.
A empresa atua junto a secretarias de educação em diferentes regiões, levando treinamentos a professores da rede pública. “são treinamentos para que os educadores estejam qualificados para mostrar aos jovens tudo aquilo que a tecnologia pode fazer em suas vidas. q ue consigam
absorver os materiais de atualização em suas aulas e, claro, estimular o interesse dos alunos por carreiras ligadas a inovação tecnológica”, destaca m ontenegro.
Em 2022, acordos desse tipo capacitaram mais de 200 mil professores em todo o País. “ s ão treinamentos de alto padrão e com potencial para apoiar e nos ajudar a guiar a transformação tecnológica e educacional brasileira”, avalia m ontenegro, revelando que em maio deste ano a Huawei assinou um acordo de cooperação com a s ecretaria de Estado de Educação do Governo de m inas Gerais para treinar toda a rede de professores de Ensino m édio mineiro, o que deve gerar mais de 60 mil treinamentos apenas em 2023.
EStímuLO PARA AmPLIAR O INtERESSE DAS muLHERES
Braço nacional do programa global Techfor Women, o Women in Tech foi lançado no Brasil em 2022. “Como líder em sua indústria, a Huawei sabe que a falta de equidade implica menor ritmo de inovação. queremos evitar que a menor representatividade desencoraje outras mulheres a seguirem carreiras em TICs”, completa Elise, também líder do projeto no Brasil.
Entre as principais ações, o Women in Tech apoiou o evento m ulheres Exponenciais, que foi palco de encontros entre personalidades e lideranças femininas para debater a atuação de mulheres na sociedade e na política. A companhia também aderiu à campanha global Girls
in ICT e, como parte da ação, realizou um evento em conjunto com o Instituto nacional de Telecomunicações (Inatel) para encorajar as mulheres a ingressar no mercado de TICs.
A Huawei deve lançar ainda este ano um projeto focado em mulheres de baixa renda. Também organizada em parceria com o Inatel, a iniciativa vai apoiar profissionais de baixa renda interessadas em fazer carreira em TICs, oferecendo bolsas de estudo na instituição. A Huawei vai custear o estudo e oferecer mentoria ao longo de toda a trajetória acadêmica, tanto para o desenvolvimento de softskills, quanto de capacidade de liderança.
25 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
WAREHOusE TORnA A EnTREGA mAIs áGIL
o WarehouSe 5G é uma inovação que a Huawei utiliza em benefício próprio já há algum tempo. no Brasil, a companhia utiliza o processo chamado picking & packing, o que significa que ela reúne partes e peças e monta suas soluções aqui. Esse processo é realizado no armazém da companhia, localizado em sorocaba/sP, onde os materiais são recebidos, montados e, então, encaminhados aos clientes.
O diretor de Logística da Huawei Brasil, Emerson de Oliveira, explica que a empresa importa cerca de 33% do que utiliza, compra outros 33% no mercado local e o restante é fabricado pela parceira Foxconn. Para dar agilidade ao processo de integração das partes e garantir a entrega de soluções nos prazos exigidos pelos clientes, a Huawei construiu em sorocaba o que chama de armazém inteligente.
“Este armazém consolida o que antes
era disperso em sete armazéns, o que dificultava o gerenciamento dos materiais”, explica Oliveira, lembrando que a centralização “otimizou a logística, aumentou a previsibilidade, melhorou o gerenciamento de estoque e reduziu custos.” mas estes benefícios não ocorrem somente por conta da centralização. Além dela, há várias tecnologias que, trabalhando em conjunto, revolucionaram o processo.
“Temos, por exemplo, a RFID, ou identificação por radiofrequência, que ajuda na parte de gerenciamento de estoque, recebimento, inventário e na parte de rastreabilidade de material, e a rede 5G com cinco robôs conectados”, revela. O armazém conta ainda com veículos autônomos, câmeras inteligentes instaladas e uso de cloud para armazenagem das informações do processo. “Isso nos permite chamar de armazém inteligente
porque tudo é feito por meio de sistemas, que indicam a próxima tarefa a ser executada”, diz.
POR DENtRO DO ARmAZém 5G
Para garantir a conexão entre todos os componentes automatizados, o armazém – com 22 mil metros quadrados – tem a cobertura de uma rede 5G fornecida pela Vivo. Trata-se de rede privada non-standalone (nsA), que funciona na faixa de 3,5GHz e é composta por 12 antenas capazes de conectar até 300 dispositivos inteligentes.
Graças à rede, é possível conectar, em tempo real, vários equipamentos, como os veículos que se deslocam sem a dependência de humanos, câmeras de
logística 26 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
Para dar agilidade ao processo de integração das partes e garantir a entrega de soluções nos prazos exigidos pelos clientes, a Huawei mantém em sorocaba o que chama de armazém inteligente.
monitoramento com inteligência artificial e dispositivos de radiofrequência. O uso de uma rede mais estável e veloz permitiu ganhos no processo logístico, como aumento de 25% na eficiência operacional, redução do ciclo de produção de 17 horas para 7 horas, melhoria de 20% na movimentação de estoque, eliminação de erros operacionais e uso de papel.
Entre as máquinas conectadas ao 5G estão 12 AGV ( Autonomous Guided Vehicle), carrinhos de transporte criados para levar a matéria-prima e equipamentos para diferentes pontos, circulando pelos corredores como funcionários. Para esse deslocamento, eles utilizam sensores de obstáculos.
Também utilizam IA para entrar em-
baixo de bases suspensas e levantá-las para deslocar um equipamento até um destino específico. Cada um suporta até 800 quilos de carga e funciona autonomamente de acordo com sua programação: sabem o que pegar e onde levar, param diante de alguma barreira e vão para a base carregadora quando estão com pouca bateria. Cada carrinho AGV requer um uplink (transmissão de sinal) de 20 mb/s, além de precisar de respostas imediatas para funcionar com eficiência, o que só acontece na baixa latência do 5G.
A RFID é utilizada em toda a cadeia, do recebimento dos equipamentos fabricados à expedição, passando pelo estoque. Tudo que chega no armazém recebe uma etiqueta inteligente, e os dados já entram digitalmente no siste -
ma, sem necessidade de papéis. A RFID é lida por sensores nas empilhadeiras e por leitores manuais usados pelos funcionários, indicando onde cada caixa deve ser armazenada. Os pallets e as prateleiras também são etiquetados, o que facilita o inventário e a contagem de estoque – um processo que levava quatro dias para ser feito manualmente.
RESuLtADOS E EvOLuçãO
De acordo com Oliveira, a rede 5G está em funcionamento no armazém há três anos e, nesse período, foram apurados benefícios como maior controle do inventário, cujo tempo foi reduzido de 48 horas para 2 horas numa área de matéria-prima, e eliminação de erros na parte de expedição, já que hoje todo material recebe etiqueta de radiofrequência e é registrado em um portal que faz o controle de estoque.
“A partir da implementação do 5G tivemos ganho de 25% na eficiência operacional, com redução de tempo para vários processos, eliminação de erros e de papel, entre outros”, reforça.
“Também estamos em vias de implantar empilhadeiras autônomas, que vieram da China e estão em processo de configuração, o que vai aumentar nosso nível de automação. A ideia é ganhar eficiência, previsibilidade e custo. Acredito que até o fim deste ano estaremos com elas em funcionamento, sendo usadas de fato no processo produtivo”, prevê.
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“[O armazém inteligente] otimizou a logística, aumentou a previsibilidade, melhorou o gerenciamento de estoque e reduziu custos.” emerson de oliveira Diretor de Logística da Huawei Brasil
umA EmPREsA quE TEm O DnA DA InOVAçãO
um mundo sustentável e verde exige nuvem, energia renovável e cibersegurança, e a Huawei está pronta para tudo isso.
para além da da infraestrutura de telecomunicações, a Huawei – que tem o DnA da inovação – olha a demanda do cliente para ampliar sua atuação no País por meio de duas unidades que ganham cada vez mais espaço no negócio: Huawei Cloud e Digital Power. “A empresa vem investindo muito no crescimento da nuvem no mundo inteiro. Todas as áreas de negócios têm como objetivo vender também a Huawei Cloud, de modo que vire venda orgânica”, aponta Fernando Penna, gerente de Desenvolvimento de negócios em nuvem.
A expansão dos negócios de cloud passa por uma infraestrutura robusta. A Huawei Cloud tem duas zonas de disponibilidade (Az, na sigla em inglês para availabilityzone) no Brasil e está previsto o lançamento, no segundo semestre, de uma terceira. na América Latina, a Huawei
Cloud tem presença em cinco países: Brasil, Argentina, Chile, méxico e Peru.
Para a Huawei, a transformação digital passa pelo uso nativo da nuvem. O uso das tecnologias abertas também é uma missão, e os datacenters próprios são cruciais para a redução da latência, uma exigência crescente dos clientes, principalmente, com a evolução do 5G e a massificação de ambientes com várias nuvens.
A nova geração da digitalização significa, na visão da Huawei, a combinação de cloud+IA+5G aliada à tecnologia verde. Esta pode ser alcançada com a utilização de energia limpa, ou seja, de fontes renováveis, e também por meio da geração mais eficiente da própria energia.
Energia sustentável já é e será cada vez mais prioridade global. no Brasil, a unidade de Digital Power está presente há seis anos e consolidada há pouco mais de
Fernando penna
dois anos. A unidade oferta soluções inteligentes voltadas para geração, distribuição e armazenamento de energia fotovoltaica. “ s em energia, o Brasil não cresce. nos próximos anos, a planta de energia terá de ser quadruplicada, com muito respeito ao meio ambiente, até por conta de entender que tipo de sociedade nós queremos para o mundo e para o nosso País. E aqui há um potencial ainda muito
Gerente de Desenvolvimento de negócios em nuvem da Huawei Brasil
estratégia 28 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
“A Huawei vem investindo muito no crescimento da nuvem no mundo inteiro. Todas as áreas de negócio têm como objetivo vender também a Huawei Cloud.”
ONDE EStá O PRóxImO PAtAmAR DA ENERGIA
a diviSão voltada à energia solar está há seis anos no Brasil (12 na China) e há dois seu nome mudou para Digital Power, quando deixou de estar vinculada à unidade Enterprise para se tornar protagonista. Até porque a urgência climática demanda o uso de fontes renováveis e mais ecológicas.
A Huawei enxergou este potencial. Tanto que, em pouco tempo, a companhia ajudou a modernizar usinas. “Hoje, 50% do que é implantado no Brasil é com a nossa arquitetura e a tendência de mercado é ir para stringer
inverter, que desenvolvemos e lideramos”, aponta Bruno Guerra, diretor de vendas da unidade de Energia solar na Huawei.
Para Humberto Cravo neto, vice-presidente da unidade Digital Power, o mercado de energia está como a área de telecomunicações há 10 anos, e vem impulsionado pela meta de carbono zero. “é um mercado que vai passar por mudanças, fusões, aquisições, mas tem um potencial sem igual”, observa. A Huawei também avalia que o futuro passa pelo armazenamento de energia
com bateria de lítio. Esta será uma nova onda de crescimento da área – a primeira foi o boom das usinas solares. Em seguida será a vez do hidrogênio verde, isto é, armazenamento da energia renovável para injetá-la na rede sem emissão de carbono. Os negócios de energia digital da Huawei, juntamente com parceiros, já forneceram energia limpa a mais de 50 milhões de residências no Brasil e criaram cerca de 20 mil empregos. Até 2022, a Huawei havia ajudado o Brasil a reduzir as emissões de carbono em 10 milhões de toneladas e gerar 21,6 bilhões de quilowatts-hora de eletricidade, o equivalente ao plantio de 14 milhões de árvores.
pouco explorado”, afirma Humberto Cravo neto, vice-presidente da Huawei Digital Power (leiamaisemOndeestáopróximo patamar da energia, acima).
ECOSSIStEmA COmPLEtO
Em 2015, no auge da chegada do 4G no Brasil, a Huawei estabeleceu um centro de experiência – Customer solutions and Innovation Center (C s IC) – para mostrar aos clientes como usar conectividade 4G, fibra ótica e datacenter para alavancar novos negócios.
Com o início dos debates acerca do 5G no Brasil, a Huawei decidiu mudar o Cs IC para EITC (Ecosystem Innovation TechnologyCenter), ampliando o escopo, já que a tecnologia envolve outros atores e promove uma grande transforma -
ção digital, porque tem alta largura de banda, baixa latência e a possibilidade de conectar muitos dispositivos. “Este conglomerado de atores forma um ecossistema, então, nosso CsIC migrou para ser ecossistema”, detalha Tiago Fontes, diretor de m arketing e Ecossistema na Huawei Brasil.
Trata-se de um lugar para mostrar a vanguarda da tecnologia, com casos de uso apontando de que forma o que há de novo em produtos e soluções na Huawei pode mudar a vida das empresas e pessoas. O EITC recebe mais de 300 visitas de empresas por ano, somando 3 mil pessoas, entre clientes, parceiros e, principalmente, representantes de governo e indústrias.
Outro exemplo nesta linha é o Open
Lab. Estabelecido no Brasil em 2017, ele passou a ser ferramenta tanto para a Huawei quanto para seus parceiros que atuam no mercado corporativo. s erve como showroom e também como espaço de experimentação, no qual os parceiros podem levar clientes para apresentar os potenciais das ferramentas.
“Investimos em todas essas áreas: temos a parte de conectividade, os dispositivos e a plataforma na nuvem. Temos portfólio completo na construção desse ecossistema, com a infraestrutura necessária para suportar este mundo conectado. E é também um futuro verde, porque tem de ter a preocupação energética, além da questão de cibersegurança do ambiente”, adiciona marcelo motta, diretor de Cibersegurança e soluções da Huawei.
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“sem energia, o Brasil não cresce. E nos próximos anos, a planta de energia terá de ser quadruplicada, com muito respeito ao meio ambiente, e a energia solar é o caminho.” humberto cravo neto
Vice-presidente da Huawei Digital Power no Brasil
O FuTuRO VEm COm InTEGRAçãO EnTRE DADOs, PEssOAs E TECnOLOGIA
um dos passos seguintes da tecnologia é a sua humanização. A Internet das Coisas inteligentes passará a ser a dos sentidos. E virá a convergência do silício com o carbono. Os próximos 25 anos prometem muitas mudanças.
em uma Geração, a tecnologia na palma da mão passou do ‘jogo da cobrinha’ para a verificação biométrica que libera o pagamento de um benefício. m ais do que saltos tecnológicos, foram duas décadas de convergência digital, das redes de telecomunicações à computação em nuvem, da capacidade de processamento à inteligência artificial capaz de perceber nuances comportamentais.
Da mistura de apetite inovador, investimentos, novas tecnologias e novas áreas do conhecimento, o Brasil pode extrair caminhos para o desenvolvimento. O governo
futuro 30 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
Diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei
rossana maria de castro andrade
Coordenadora do GREat da universidade Federal do Ceará
sinaliza estar atento. segundo o ministro das Comunicações, juscelino Filho, uma série de iniciativas vai ampliar o acesso de regiões ainda desatendidas, cobrir a totalidade das escolas, levar serviços digitais ao campo, além de promover a conectividade significativa, a efetiva conversão de avanços tecnológicos em bem-estar. se há uma constante, é a aproximação entre tecnologia e pessoas. Algo presente nos 4 bilhões de dispositivos pessoais de comunicação, computação, entretenimento e criação. m as especialmente notável na emulação humana dos assis-
tentes virtuais ou no desenvolvimento de linguagens de programação cada vez mais em direção à natural.
“Há uma boa parcela de imponderável para os próximos 25 anos, mas soluções bem-sucedidas, boas aplicações, virão para humanizar a tecnologia. A inteligência artificial e o aprendizado de máquina serão ampliados para atender muito melhor a demandas que existem e que nem existem ainda”, diz o diretor de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios da Huawei, Carlos Lauria.
u m dos próximos passos tecnoló -
gicos é, justamente, em direção ao que sentem os humanos. “O 6G, que é algo para daqui a alguns anos, já tem muito envolvimento dos sentidos, de internet com tato, com cheiro. Ao lado de uma Internet das Coisas inteligentes, com dispositivos e sensores diferentes dos que temos hoje”, emenda Lauria, sem esquecer que é das condições técnicas que surgem novas aplicações.
“A integração dos dados, pessoas e tecnologia é o que vem por aí. Em todas as áreas”, afirma a pesquisadora Rossana maria de Castro Andrade, professora de
“A inteligência artificial e o aprendizado de máquina serão ampliados para atender muito melhor a demandas que existem e que nem existem ainda.” carlos lauria
“A primeira coisa a se pensar é na integração do humano com a tecnologia (...), que vai ficando cada vez maior.”
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computação e coordenadora do grupo de Redes de Computadores, Engenharia de software e sistemas (GREat) da universidade Federal do Ceará. Ela também destaca a convergência das inovações com as pessoas como fator determinante do desenvolvimento.
“A primeira coisa a se pensar é na
integração do humano com a tecnologia. Hoje temos tecnologias espalhadas em todos os lugares, câmeras, vários sensores nos celulares, carros autônomos, toda a parte de sistemas, de software, que está em toda parte, e ainda as cidades humanas inteligentes. E a integração da tecnologia com o homem vai ficando cada
um ADmIRáVEL munDO nOVO EsTá BEm PRóxImO
Já é lícito arriscar que tecnologias de realidade virtual e aumentada estarão totalmente integradas ao nosso cotidiano, oferecendo experiências imersivas e envolventes. que cada vez mais as interfaces de usuário serão projetadas para trabalhar perfeitamente com os sentidos. que os dispositivos serão amplamente capazes de dialogar e serem programados com linguagem natural.
“Teremos realidades mistas, aumentadas, virtuais, que vão nos dar a capacidade de fazer futebol no metaverso. um ‘Fla-Flu’ de cada time no seu campo, cada torcida no seu estádio, projetados um no outro, com a percepção de que estão todos ali. A bola na IoT conectada com a bola no outro estádio”, descreve o professor, cientista e empreendedor silvio meira, fundador do Centro de Estudos e sistemas Avançados do Recife (Cesar), professor da Cesar s chool e cientistachefe da TD s Company, consultoria estratégica de negócios digitais.
“Isso exige uma latência de rede abaixo de 2 milissegundos. Talvez lá para
o 10G, mas virá. E será possível porque vão aparecer novas empresas iradas, não as metas e googles de hoje, que vão criar dispositivos, redes, infraestrutura, internet de borda, interface, de forma a ser viável ter uma partida de futebol na Copa do mundo em que ninguém precisa viajar para participar”, completa.
O futebol no metaverso pode muito bem ser um dos marcos nos avanços tecnológicos que impactam a relação entre físico, digital e social. Assim como a maior
vez maior”, diz a especialista.
Os sinais disso estão evidenciados na própria jornada de desenvolvimento das novas ondas tecnológicas, reforça o professor Carlos nazareth, diretor do Instituto nacional de Telecomunicações (Inatel). “A migração de um mundo físico para virtual está acontecendo e se
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tornando cada vez mais forte. O 6G tem uma proposta de unir o mundo biólogo e físico ao digital, com uma leitura de tudo isso no mundo digital”, afirma.
“Os gêmeos digitais vão se intensificar cada vez mais; uma cidade no mundo físico, uma cidade gêmea retratada digitalmente. O mesmo vale para a fábrica, o
veículo inteligente. é Internet das Coisas, gêmeos digitais e a interpretação dos dados aplicada a tudo que existe no mundo.” é possível vislumbrar um novo mundo em um futuro relativamente próximo. Falta menos de uma década para o 6G, que começa a dar as condições técnicas para a internet dos sentidos. é
de se imaginar que interações digitais serão mais naturais e intuitivas, que as pessoas vão mergulhar em ambientes virtuais indistinguíveis do mundo real. E que o entretenimento tende a ser campo natural de aplicações, mas elas também estarão em treinamentos, na medicina, design, comunicação.
Fundador do Cesar, professor da Cesar school e cientista-chefe da TDs Company
ra. E da convergência dos códigos digitais e humanos, abre-se um novo universo de possibilidades.
colaboração entre humanos e máquinas promovida pela inteligência artificial e a conectividade. Plataformas de inteligência coletiva permitirão que grupos de pessoas trabalhem em conjunto com sistemas inteligentes para resolver problemas complexos. Entre eles, nós mesmos.
“no médio prazo, vamos pegar o que entendemos de computação em larga escala e vamos usar para reprogramar, entender, medicar, conservar, manipular o código dos humanos”, acredita silvio mei-
“Do ponto de vista da inteligência, podemos imaginar um aumento computacional da nossa capacidade de aprender, onde será possível treinar máquinas para fazer coisas parecidas com humanos. E será possível usar parte desse conhecimento para treinar redes de neurônios em humanos, em escala”, diz o professor.
“no lugar de 20 anos estudando mandarim – ou mBA em estratégia em Harvard, ou transformação na Cesar school – será possível ir a uma clínica de aprendizado, em uma cama, em ambiente refrigerado, treinar os neurônios e aprender mandarim”, descreve silvio meira.
Por aí, cabe tranquilamente imaginar o freguês na Feira de Taperoá, na Paraíba, editando o código genético da célula incubada que vai gerar o filho dele, avaliando
no cardápio a cura da miopia, da calvície, da hérnia de disco. “E já que vai mexer, porque não colocar mais memória ou mudar a cor dos olhos?”, provoca o cientista e professor.
Esta é, afinal, a próxima revolução, a convergência entre a inteligência humana e a artificial. Como conclui s ilvio m eira: “ n os próximos 20 a 30 anos, vamos começar a brincar a sério com problemas de um tipo de computação que vai levar a um outro tipo de convergência digital: a convergência entre o processamento de informação sobre plataformas de silício e o processamento de informação sobre plataformas de carbono. Editar o D n A das pessoas para curá-las, não com bioquímicos que vêm da Idade m édia, mas por entrar em uma era de convergência entre silício e carbono, com arquiteturas de uma capaz de interferências na outra.”
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“no médio prazo, vamos pegar o que entendemos de computação em larga escala e vamos usar para reprogramar, entender, medicar, conservar, manipular o código dos humanos.”
Silvio meira
O ACEssO à InTERnET DEVE sER COnsIDERADO
um DIREITO HumAnO
mesmo com avanços, o Brasil ainda tem 20% de cidadãos desconectados. Inclusão digital deve ser vista como serviço essencial, tal qual a eletricidade.
Por atilio rulli Vice-presidente de Relações Públicas • Huawei América Latina e Caribe
o aceSSo à conexão de internet se tornou uma questão de cidadania. O rápido avanço das tecnologias está exigindo dos gestores públicos e privados a conscientização de que o desenvolvimento econômico do País hoje está vinculado a uma infraestrutura de conectividade ampla e de qualidade. O acesso à internet é tão fundamental quanto o acesso à eletricidade.
Infelizmente, apesar dos avanços, ainda temos 20% dos brasileiros desconectados, seja porque a infraestrutura leva um sinal ruim, seja porque os aparelhos móveis são caros. são milhões de brasileiros alheios às imensas oportunidades do mundo digital. O Brasil tem tudo para ser uma nação Digital. mas dados como esse podem atrasar o processo.
Desde que a Huawei desembarcou no Brasil, há 25 anos, muito foi feito e a infraestrutura digital avançou. n o entanto, a construção de uma n ação Digital pressupõe uma visão holística da parte dos tomadores de decisão sobre o trabalho necessário para que a economia conectada e inteligente gere desenvolvi-
mento e prosperidade.
O que temos hoje? m uitas políticas digitais, várias delas muito boas, que se espalham por diversas esferas dos governos, agências, instituições, empresas e universidades, sem que haja interação entre elas. Boas ações em andamento em um município não chegam a outros porque falta essa visão do todo que permita que os bons exemplos sejam replicados rapidamente. Políticas públicas unificadas em um planejamento de médio e longo prazo permitirão que o Brasil se destaque no atual cenário internacional e aproveite uma janela de oportunidades histórica e única.
um ANO DO 5G NO BRASIL: um BALANçO POSItIvO
é fato que há tecnologia disponível para levar acesso à internet a todos os brasileiros, não importa onde estejam ou qual é a sua renda. O fator humano é fundamental nesse processo do desenvolvimento do Brasil como nação conectada. Celebramos um ano da implantação do 5G no País e temos resultados efetivos. A
forma como o leilão foi organizado é uma vitória da sociedade e serviu para assegurar os recursos que estão ampliando a infraestrutura de conexão.
Assim, as estradas, até então desconectadas, começam a ganhar cobertura 4G e 5G fora dos grandes centros. Os fundos setoriais despontam como poderosos aliados para viabilizar as políticas públicas. Discute-se o uso do Fundo de universalização dos serviços de Telecomunicações (Fust) para levar conexão às escolas em todos os estados, impactando no aprendizado de milhões de estudantes. Pode-se usar mais ainda esses fundos setoriais para massificar a banda larga móvel e fixa.
O 5G E A tRANSFORmAçãO
DA INDúStRIA
O 5G cresce de forma rápida e a tendência é a transformação dos setores econômicos. Há uma tradição nas gerações de conectividade que mostra que as ímpares tendem ao B2B e as pares ao B2C. na geração 3G, por exemplo, tivemos o surgimento do comércio eletrônico e o uso massivo das maquininhas de pagamentos. O 4G trouxe serviços novos ao consumidor como o vídeo streaming e o comércio eletrônico mais sofisticado. Agora, percebemos que o consumidor está ansioso por novidades, mas a tendência é que o 5G esteja mais voltado para criar a agricultura 5G, a indústria 5G, a saúde 5G, a educação 5G, os portos 5G, os governos 5G e assim por diante.
“A construção de uma nação Digital pressupõe uma visão holística da parte dos tomadores de decisão sobre o trabalho necessário para que a economia conectada e inteligente gere desenvolvimento e prosperidade.”
artigo
34 Huawei . 25 anos no Brasil www.huawei.com.br
A NECESSIDADE DE CAPACItAçãO PARA O DIGItAL
Em breve, a tecnologia deve chegar ao 5.5G e, até o final da década, ao 6G, quando a transformação digital da economia impactará no cotidiano de todos nós de modo totalmente diferente. O 5G conecta 1 milhão de dispositivos por metro quadrado. no 6G serão 10 milhões. se hoje já temos a revolução do Pix, um sucesso brasileiro para o mundo, com o 6G, a computação na nuvem e a inteligência artificial devem inovar ainda mais as transações bancárias. Para que o potencial dessa transformação beneficie a todos, o País deve começar a se preparar agora para esse cenário.
segundo a Anatel, o Brasil conta hoje com 261 milhões de celulares e cerca de 100 milhões de tablets que, somados, chegam a 361 milhões de aparelhos ou
1,6 aparelho por habitante. no entanto, a distribuição, como a renda, é muito desigual. Os gestores públicos podem fazer muito para reduzir essa desigualdade com políticas que facilitem a aquisição e a distribuição de celulares ou o acesso subsidiado e mais barato a essas tecnologias.
Outro fator de igual importância é a capacitação, a formação e o treinamento voltados para duas frentes: a redução do analfabetismo digital e a formação de uma mão de obra qualificada, essencial para garantir o desenvolvimento do setor de TICs no País. A educação é a área que requer o maior esforço dos diversos atores sociais.
O poder público precisa fomentar políticas educacionais direcionadas às novas demandas, as instituições de ensino públicas e privadas devem atualizar suas grades curriculares e oferecer cursos,
treinamentos e certificações e, por fim, as empresas precisam participar ativamente desse sistema de capacitação. A Huawei, por exemplo, tem inúmeras iniciativas, como o ICTAcademy, o seeds for the Future e o WomeninTech, que são realizadas em parceria com governos, instituições e mais de 200 universidades só no Brasil. Desenvolver talentos é a chave para o sucesso digital de qualquer nação.
A situação brasileira, se comparada a outras realidades, e desde que não se perca a janela de oportunidades aberta neste momento, é positiva. A inclusão está acontecendo de maneira rápida. Dados do Banco Central mostram que temos mais de 182,2 milhões de brasileiros com acesso ao sistema bancário, graças ao advento do Pix, aos programas sociais de renda mínima e aos bancos digitais.
n a área de e-gov, segundo o Banco mundial, em uma pesquisa que englobou 198 países, o Brasil ocupa a 2ª posição em serviços digitais oferecidos pelas três esferas de governo, atrás somente da Coreia do sul. Ocupamos a primeira posição entre todos os países das Américas e entre os países com mais de 100 milhões de habitantes, com mais de quatro mil serviços oferecidos à população. é um fato notável.
O CAmINHO é POSSívEL
Para ampliar esse sucesso, o Brasil já tem o mapa. Conectividade universal, políticas públicas integradas, acesso fácil a dispositivos móveis e educação para o digital : essas são as ações necessárias para que o País realize a transformação digital de sua economia e aproveite as enormes oportunidades de desenvolvimento e de geração de novos negócios e de novos empregos nos próximos anos. Essa é a essência da Nação Digital . A Huawei, completando 25 anos no País, continuará a colocar seus esforços para auxiliar os brasileiros nessa tarefa que é, na verdade, um trabalho de todos nós.
35 www.huawei.com.br Huawei . 25 anos no Brasil
“Conectividade universal, políticas públicas integradas, acesso fácil a dispositivos móveis e educação para o digital: essa é a essência da nação Digital, e a Huawei continuará a colocar seus esforços para auxiliar os brasileiros nessa tarefa.”