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Deloitte: mudança para o digital pode ser gradativa
De acordo com os especialistas da área de SAP da consultoria, Carlos Eduardo Fogarolli e Marco Antonio Dearo, a transformação digital pode ser gradual e com adequações à estratégia do negócio.
ACOMPANHAR A velocidade da transformação digital exigida pela pandemia tem sido um dos maiores desafios para as empresas e seus sistemas corporativos. Embora a meta ainda seja a jornada digital integral, o que inclui migrações intensas de ERPs, é possível encontrar um caminho do meio. Ou seja, um processo que identifica as dores dos clientes e as áreas que necessitam de mudanças mais urgentes, promovendo transformações digitais rápidas e parciais.
Marco Antonio Dearo, sócio da área de SAP da Deloitte no Brasil, disse que a pandemia acelerou a necessidade de transformação digital dos negócios, mas observou que ela pode acontecer de forma mais seletiva. Em vez de promover uma transformação gigantesca, plurianual, o processo pode priorizar setores de acordo com a realidade do negócio de cada cliente.
“A percepção do valor da tecnologia se torna mais rápida. Essa é a chave da questão: fazer com que as pessoas sintam o valor da transformação mais rapidamente. Isso aumenta o engajamento das equipes, com ganho em quantidade e qualidade”, completou Carlos Eduardo Fogarolli, sócio da área de SAP da Deloitte no Brasil.
Para 2021, Fogarolli acredita que, em algum momento, serão retomadas as discussões em que o S/4HANA é o habilitador para as grandes transformações digitais. Ele apontou, porém, no curto prazo, para a necessidade mais urgente de descomplicar a experiência do usuário. Segundo Fogarolli, as transformações mais pontuais e com alto valor agregado para o negócio vão ganhar preferência no mundo dos negócios.
“Já reparamos agora um crescimento acentuado em relação à cadeia de suprimentos; muita gente querendo
CARLOS EDUARDO FOGAROLLI, sócio da área de SAP da Deloitte no Brasil
MARCO ANTONIO DEARO, sócio da área de SAP da Deloitte no Brasil
entregar mais rápido e com menor custo. Nesse cenário em que o comércio eletrônico e o varejo foram potencializados, vejo muitas oportunidades ao redor da cadeia de suprimentos”, afirmou Fogarolli.
Desde o lançamento do SAP Leonardo, a Deloitte se reconhece como um parceiro protagonista, capaz de acompanhar o mesmo ritmo de transformação vivenciado pela SAP nos últimos quatro anos. Desde então, a consultoria vem trabalhando com o conceito Kinetic Enterprise. Relacionado ao processo de migração que enfatiza as tecnologias inteligentes do S/4HANA, o Kinetic Enterprise se divide em quatro grandes grupos: finanças, cadeia de suprimentos, clientes e talentos (capital humano).
Fogarolli e Dearo contaram que a Deloitte começou a trabalhar com ênfase na abordagem do negócio no ano passado. “Foi fundamental não apenas mostrar o valor da solução para os CIOs, mas também ajudá-los a promover internamente a solução para cada área de negócio. Fizemos isso nos quatro pilares do Kinetic Enterprise”, explica Dearo.
Para Fogarolli, a abordagem moldada à necessidade do negócio de cada cliente foi crucial para os sucessos alcançados pela equipe em 2020. Ele afirmou que sete projetos SAP foram concluídos sem quaisquer alterações durante a pandemia. “Combinamos a entrega da tecnologia com a capacidade de entender o negócio e o potencial da solução num projeto de transformação digital.” •