Centro de Estudos e Acompanhamento Psicanalítico e Psicopedagógico
PÓS- GRADUAÇÃO EM PSICOANÁLISE
Psicofarmacologia Prof.: Luciano Albuquerque
CEAPP PÓS- GRADUAÇÃO EM PSICOANÁLISE PSICOFARMACOLOGIA
EMENTA Histórico, definição e classificação de Psicofármacos. Princípios de Neurofisiologia e Neuroanatomia. Princípios de Neurotransmissão. Farmacodinâmica. Farmacocinética. Psicofármacos: pesquisa pré clínica e clínica de novos medicamentos. Farmacologia dos Antidepressivos e Estabilizantes do humor. Farmacologia dos Ansiolíticos e Hipnóticos.
Farmacologia dos Antipsicóticos e Antiparkinsonianos. Drogas empregadas nos distúrbios de memória.
Farmacologia das drogas de abuso/dependência. Tratamento farmacológico do abuso/dependência de drogas psicoativas. Farmacologia dos anticonvulsivantes. Uso de fitoterápicos em psiquiatria. Outros tratamentos biológicos não farmacológicos: eletroconvulsoterapia, fototerapia, privação de sono e estimulação magnética transcraniana.
CEAPP PÓS- GRADUAÇÃO EM PSICOANÁLISE PSICOFARMACOLOGIA
Psicofarmacologia
É o estudo dos fármacos utilizados nas diversas patologias psíquicas, seu mecanismo de ação no SNC e comportamentos esperados dos indivíduos que os utilizam.
Surgiu com a invenção da clorpromazina na década de 50 do século passado.
Sistema Nervoso 1) Introdução O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. 2) Organização do sistema nervoso humano Cérebro Encéfalo
Sistema Nervoso Central (SNC)
Cerebelo Mesencéfalo Tronco Encefálico
Ponte Bulbo
Medula
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
Nervos cranianos (12 pares) Nervos raquidianos (31 pares) Terminações nervosas
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo Possui cerca de 1,4 kg nos adultos Está localizado na caixa craniana Dividido em 3 partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico Encéfalo
cérebro
cerebelo
Tronco encefálico
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Constitui cerca de 90% da massa encefálica Sua superfície é bastante pregueada (aumento da superfície) Dividido em dois hemisférios (esquerdo e direito) Dividido em duas partes: o Córtex (externo) – substância cinzenta (corpos neuronais) o Região interna – substância branca (dendritos e axônios)
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Funções: o Sensações o Atos conscientes e voluntários (movimentos) o Pensamento o Memória o Inteligência o Aprendizagem o Sentidos o Equilíbrio
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Tálamo e Hipotálamo (presentes na região inferior do cérebro) Tálamo o Reorganização dos estímulos nervosos o Percepção sensorial (consciência)
Hipotálamo o Regulador da homeostase corporal o Temperatura o Apetite o Balanço hídrico o Controle da hipófise e outras glândulas
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) I) Cerebro Tรกlamo e Hipotรกlamo
Tรกlamo Hipotรกlamo
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) II) Cerebelo Responsável pelo equilíbrio do corpo Tônus e vigor muscular Orientação espacial Coordenação dos movimentos
Cerebelo
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico 3 divisões: Mesencéfalo Ponte Bulbo
Mesencéfalo Ponte Bulbo
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico Mesencéfalo o Recepção e coordenação da contração muscular o Postura corporal
Mesencéfalo
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico Ponte o Manutenção da postura corporal, equilíbrio do corpo e tônus muscular.
Ponte
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico Bulbo o Controle dos batimentos cardíacos o Controle dos movimentos respiratórios o Controle da deglutição (engolir)
Bulbo
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Cordão cilíndrico que parte da base do encéfalo e percorre toda a coluna vertebral. Aloja-se dentro das perfurações das vértebras. Da medula espinhal partem 31 pares de nervos raquidianos
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque)
Funções da medula
o Recebe as informações de diversas partes do corpo e as enviam para o encéfalo e vice-versa. o Responsável pelos atos reflexos (reflexo medular).
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque)
Reflexo Medular
A medula espinhal é capaz de elaborar respostas rápidas em situações de emergência, sem a interferência do encéfalo.
Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) c) Meninges
São três (SNC). o o o
delicadas membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central
Dura-máter Aracnóide Pia-máter
Medula espinhal
Encéfalo
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP)
Constituído por: a) Nervos b) Gânglios nervosos c) Terminações nervosas (receptores para dor, tato, frio, pressão, calor, paladar, etc.).
Nervos São fios finos formados por vários axônios de neurônios envolvidos por tecido conjuntivo. Transmitem mensagens de várias partes do corpo para o sistema nervoso central ou destes para as regiões corporais.
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) Classificação dos nervos I) Quanto ao tipo de neurônio
Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos) Motores ou eferentes (contém apenas neurônios motores) Mistos (contém neurônios sensitivos e motores)
II) Quanto à posição anatômica
Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso perifÊrico (SNP) Gânglios nervosos o Aglomerado de corpos celulares de neurônios encontrados fora do sistema nervo central.
Corpos celulares
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) Terminações Nervosas
Captam estímulos do meio interno ou externo e os levam para o sistema nervoso central.
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) Divisão do sistema nervoso periférico
Sistema Nervoso Voluntário (somático)
Ações conscientes: andar, falar, pensar, movimentar um braço, etc.
Sistema Nervoso Autônomo (visceral)
Ações inconscientes: controle da Simpático digestão, batimentos cardíacos, Parassimpático movimento das vísceras, etc.
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) a) Sistema Nervoso Voluntário (Somático) Formado por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central (SNC) à musculatura estriada esquelética. Determina ações conscientes: Andar, falar, abraçar, correr, etc.
SNC
Corpos celulares dentro do SNC Axônios controlando a musculatura esquelética
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) b) Sistema Nervoso Autônomo (vegetativo ou visceral) Constituído por nervos motores que conduzem impulsos do sistema nervoso central à musculatura lisa de órgãos viscerais, músculos cardíacos e glândulas. Realiza o controle da digestão, sistema cardiovascular, excretor e endócrino. Os nervos do SNP autônomo possuem dois tipos de neurônios:
I. Pré-ganglionares (corpo celular dentro do SNC) II. Pós-ganglionares (Corpo celular dentro do gânglio) órgão
gânglio
SNC
Neurônio Pré-ganglionar
Neurônio Pós-ganglionar
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) b) Sistema Nervoso Autônomo É dividido em duas partes: I. Simpático II. Parassimpático
Sistema Nervoso Simpático: Prepara o organismo para o estresse (instinto de fuga ou luta)
Sistema Nervos Parassimpático: Estimula atividades relaxantes (repouso) Ações antagônicas no organismo!
Sistema Nervoso 4) Sistema nervoso periférico (SNP) Diferenças entre os sistemas nervosos simpático e parassimpático:
Sistema Nervoso Autônomo Simpático
Parassimpático
Fibra pré-ganglionar
curta
longa
Fibra pós-ganglionar
longa
curta
Origem dos nervos
Região torácica e lombar da medula (somente nervos raquidianos)
Região cervical (nervos cranianos) e região sacral da medula (nervos raquidianos)
Mediador químico
Fibras pré-ganglionares: Acetilcolina Fibras pós-ganglionares: Adrenalina
Fibras pré-ganglionares: Acetilcolina Fibras pós-ganglionares: Acetilcolina
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
Células do Tecido Nervoso ======= NEURÔNIO ====== Estrutura => Corpo celular, prolongamentos (maior e menores)
Imagem: Mariana Ruiz, traduzida por Lijealso / Public Domain
29
NEURÔNIOS
Imagem: EugeneZelenko / Public Domain
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS Árvore Dendrítica
Neurônio Piramidal Córtex Cerebral
Célula de Purkinje Córtex Cerebelar Imagem: Gray's Anatomy / Public Domain
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
===== direção do impulso nervoso ======
Imagem: Otago Polytechnic / Creative Commons Attribution 3.0 Unported
32
NEURÔNIOS ===== MIELINA=====
Imagem: LadyofHats / Public Domain
33
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
Imagem: NickGorton / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
======NÓDULOS DE RANVIER======
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
TIPOS DE NEURÔNIOS
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
MULTIPOLARES: APRESENTAM UM ÚNICO AXÔNIO E VÁRIOS DENDRITOS
BIPOLARES: APRESENTAM UM ÚNICO AXÔNIO E UM ÚNICO DENDRITO PSEUDOUNIPOLARES:
APRESENTAM UM ÚNICO AXÔNIO COM UMA SÓ NEUROFIBRA
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
UNIPOLAR BIPOLAR
Dendritos Direção do impulso
Direção do impulso
Terminal axônico
PSEUDO-UNIPOLAR
MULTIPOLAR Direção do impulso
Terminal axônico
Direção do impulso
Terminal axônico
Imagem: Juoj8 / 1: Unipolar neuron 2: Bipolar neuron 3: Multipolar neuron 4: Pseudounipolar neuron / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
Quanto à posição NEURÔNIO AFERENTE Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo.
NEURÔNIO EFERENTE Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula).
NEURÔNIO INTERNUNCIAL OU DE ASSOCIAÇÃO Faz a união entre os dois tipos anteriores. O corpo celular deste está sempre dentro do SNC (1).
38 Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEURÔNIOS
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
GLIÓCITOS OU GLIAIS PROTEGEM, ENVOLVEM E NUTREM OS NEURÔNIOS TIPOS ASTRÓCITOS GLIÓCITOS DE MAIOR TAMANHO COM GRANDE QT DE PROLONGAMENTOS CITOPLASMÁTICOS. DÃO SUSTENTAÇÃO FÍSICA AO TECIDO NERVOSO.
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
Imagem: Jdifool / GNU Free Documentation License
CÉLULAS DA GLIA
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso OLIGODENDRÓCITOS GLIÓCITOS DE MENOR TAMANHO COM MENORAIOR TAMANHO COM PEQUENA QT DE PROLONGAMENTOS CITOPLASMÁTICOS. Imagem: Aceofhearts1968 / 1.)Ependymocites, 2.)Neurons, 3.)Axons, 4.)Oligodendrocyte, 5.)Astrocyte, 6.)Myelination, 7.)Microglial cell, 8.)Capilary / Public Domain
FORMAM A BAINHA DE MIELINA
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso MICRÓGLIAS SÃO MACRÓFAGOS QUE FAGOCITAM DENTRITOS E RESTOS CELULARES DO TECIDO NERVOSO APRESENTAM PEQUENA QUANTIDADE DE PROLONGAMENTOS CITOPLASMÁTICOS.
CÉLULA DE SCHAWNN GLIÓCITOS PRESENTES NO SNP. PROTEGEM A BAINHA DE MIELINA.
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEUROFIBRAS MIELINIZADAS APRESENTAM BAINHA DE MIELINA AUMENTAM A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS APRESENTAM O NÓDULOS DE RANVIER
ESCLEROSE MÚLTIPLA DEGENERAÇÃO GRADUAL DO ESTRATO MIELÍNICO
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
NEUROFIBRAS NÃO MIELINIZADAS NÃO APRESENTAM BAINHA DE MIELINA
DIMINUEM A VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
SINAPSES São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras (Músculo ou Glândula).
Imagem: Nrets / GNU Free Documentation License
Imagem: Looie496 created file, US National Institutes of Health, National Institute on Aging created original / Public Domain
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA
POTENCIAL DE REPOUSO
É o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa. É o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os seus gradientes de concentração
=> -75 mV
Na+ K+ ATP ADP Pi
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA POTENCIAL DE AÇÃO DESPOLARIZAÇÃO
HIPERPOLARIZAÇÃO
Imagem: Medicina82 / GNU Free Documentation License
REPOLARIZAÇÃO
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA PROPAGAÇÃO DO IMPULSO
Imagem: Vulpes / Public Domain
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BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
CONDUÇÃO SALTATÓRIA
Condução saltatória
Imagem: Eleska / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso Sinapse: local de comunicação entre neurônios ou entre neurônios e outras células (músculos, por exemplo.)
SINAPSE QUÍMICA Neurotransmissores: Acetilcolina, adrenalina dopamina, serotonina. 1.
Remoção dos neurotransmissores (enzimas) 2. Agentes que impedem esta remoção.
Imagem: Nrets / GNU Free Documentation License
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso Transferindo informações dos neurônios para outras células
Sinapse excitatória:
“Facilitam” o potencial de ação.
Sinapse inibitória:
Dificultam o potencial de ação.
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
Vesícula Sináptica
Transportador
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
Receptor
Droga 3.O NÚMERO DE 1.NEUROTRANSMISSORES 2.AS MOLÉCULAS DA RECEPTORES SÃO REABSORVIDOS NAS DROGA IMPEDEM A DIMINUI. REABSORÇÃO E SINAPSES NORMAIS. PROVOCAM A SUPERESTIMULAÇÃO DA MEMBRANA PÓSSINÁPTICA.
4.A SINAPSE É MENOS SENSÍVEL APÓS A RETIRADA DA DROGA.
DEPENDÊNCIA DE DROGAS E A SINAPSE
BIOLOGIA, Série 1º ANO Classificação e Características do Tecido Nervoso
TIPOS DE NEUROTRANSMISSORES •Acetilcolina •Aminoácidos: glicina, glutamato, aspartato,ácido gama-amino-butírico.
•Monoaminas: dopamina, noradrenalina, adrenalina, histamina.
Neuropsicofarmacologia
precursor
enzima NT Ca2+
transportador
enzima transportador enzima Receptores
IDENTIFICAÇÃO DOS NT • Ocorrem nos terminais pré-sinápticos. • Liberação concomitante atividade neural. • Aplicados nas células produzem efeitos idênticos a estimulação pré-sináptica. • Podem coexistir numa mesma sinapse.
REGULAÇÃO NEURAL • Neurohormônios: secreção na corrente sanguínea. • Neuromoduladores: secreção à partir de sítios não sinápticos, influenciam atividade. • Neuromediadores: secreção em sítios específicos celulares (mensageiros). • Fatores neurotróficos: produzidas no SNC para reparar lesões (NGF)
Etapas da neurotransmissão síntese e armazenamento liberação na fenda sináptica difusão e reconhecimento pelos receptores pós-sináptico transdução do sinal transmissão rápida transmissão lenta
recaptura do transmissor desativação do neurotransmissor
Neurotransmissores • • • •
GABA (Ácido gama-amino-butírico) Principal neurotransmissor inibitório no SNC. Distribuído por todo SNC Participa nos efeitos de ansiolíticos, hipnóticos e anticonvulsivantes
Neurotransmissores • GLICINA : • neurotransmissor inibitório no SNC • Localizado principalmente nas regiões do tronco cerebral e na medula espinal. • Estricnina - antagonista farmacológico que induz convulsões.
Neurotransmissores • • • •
GLUTAMATO: neurotransmissor excitatório no SNC. Distribuído por todo SNC. Envolvido em patologias relacionadas ao aumento de susceptibilidade às convulsões epilépticas. • Fármacos antagonistas do glutamato estão sendo testados para tratamento da epilepsia.
Neurotransmissores • ACETILCOLINA: neurotransmissor de distribuição difusa no SNC • Aumento de sua atividade nos núcleos da base relaciona-se com o Mal de Parkinson. • Diminuição de sua atividade no Hipocampo e Neocortex parece se relacionar com a Doença de Alzheimer.
Neurotransmissores • DOPAMINA: neurotransmissor que se concentra em algumas regiões do SNC, nos sistemas: • Nigroestriatal - Parkinson • Mesocorticolímbico - Esquizofrenia • Tuberoinfundibular - Secreções hormonais
Neurotransmissores
• SEROTONINA: Corpos celulares que se localizam nos núcleos da rafe com projeções para o cérebro anterior e medula. • Receptores do tipo HT3 - emese • Bloqueio na recaptação neuronal de 5HT – mecanismo de ação de vários antidepressivos.
Peptídeos • Capazes de regular a atividade neural, isoladamente ou em conjunto com NT. • Síntese no retículo endoplasmatico liso Propeptideo clivado migra através de vesículas do citoplasma até o terminal. • Não existem mecanismos de recaptura
Principais peptideos • • • • •
VIP ( vasoactive intestinal peptideo) CCK ( colecistoquinina ) Encefalinas (endorfinas) Substância P Somatostatina.
Efeitos dos Fármacos • Os fármacos que atuam sobre o SNC o fazem sobre sistemas neurais específicos de forma aditiva ou competitiva.
• As condições fisiológicas dos indivíduos influenciam os efeitos de fármacos no SNC. – Ex.: hipnóticos são menos efetivos em indivíduos hiperexcitados.
Neuropsicofarmacologia ESTIMULANTES: • psicostimulantes (ex. anfetaminas) • energizantes ( ex. piracetam)
Neuropsicofarmacologia
REGULADORES DO HUMOR – antidepressivos (ex. tricíclicos) – lítio
Neuropsicofarmacologia DEPRESSORES: – antipsicóticos – ansiolíticos – hipnóticos – anestésicos – antiepilépticos
Dependência “um conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que indicam que o indivíduo perdeu o controle do uso da droga e continua a usar a substância apesar das conseqüências adversas deste uso “ (DSM-IV, 1994)
Farmacodependência • CONCEITO – Perda do controle do uso da droga – Uso a despeito das consequências adversas
Farmacodependência
• FATORES RELACIONADOS – fármaco – indivíduo – ambiente
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
DROGA • • • • •
disponibilidade custo potência e grau de pureza via de administração farmacocinética
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
INDIVÍDUO •
fatores hereditários: predisposição tolerância inata, velocidade do desenvolvimento de tolerância
•
transtornos psiquiátricos
•
experiência/expectativa anterior
•
propensão para “comportamento de risco”
VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM
AMBIENTE
•
atitudes da comunidade: ambiente social, contexto de época
•
disponibilidade de outros reforçadores (prazer e recreação)
•
estresse
Drogas mais consumidas no Brasil Estudo domiciliar - Dependentes รกlcool tabaco maconha
11,2
porcentagem
12
9
10 8 6 4
1
2 0
1
(CEBRID, 2001)
Tolerância
Uso prolongado
Interrupção do uso
neuroadaptação Síndrome de abstinência
• Wise & Bozarth (1987) – “Todas as drogas que produzem dependência tem em comum a propriedade de produzir efeito prazeiroso”
Wise & Bozarth, Psychol. Rev., v.94, p.469-92, 1987
Diagnóstico de dependência (DSM-IV, 1994) pelo menos 3 durante os últimos 12 meses
• • • • • • •
Tolerância Abstinência Uso freqüente de quantidades maiores ou por períodos mais prolongados do que o pretendido Desejo persistente ou esforços mal-sucedidos para controlar o uso Muito tempo é consumido em conseguir, usar ou recuperar-se do uso Abandono ou redução de atividades sociais, ocupacionais ou recreativas devido ao uso Uso mantido apesar do reconhecimento de problemas físicos ou psicológicos persistentes ou recorrentes, causados ou agravados pelo uso
Síndrome de abstinência • Conceito - conjunto de sinais e sintomas, geralmente opostos aos efeitos agudos, que causam desconforto intenso ao indivíduo – resulta de neuroadaptação que aparece como tolerância no decorrer do uso
• Fatores Relacionados – fármaco/indivíduo
CASO CLÍNICO Paciente ansioso, utilizando Valium® sob prescrição médica, passa a consultar outros médicos na tentativa de conseguir um número maior de prescrições. Quadro provável do paciente?
Estrutura e função dos neurônios
Neurônios: células cerebrais responsáveis pela comunicação química; Cérebro humano: dezenas de bilhões de neurônios, cada um ligado a centenas de outros – sinapses; Possuem diversos tamanhos, formatos e localização – determinantes de sua função.;
Estrutura e função dos neurônios
Dendritos + corpo = zona somatodendrítica – recepção de sinais (outros neurônios, ambiente, substâncias químicas, hormônios, drogas) Corpo – integração química do sinal (genoma decodifica o sinal e realiza a produção de proteínas) Segmento inicial do axônio (integração elétrica – ocorre disparo ou não)
Síntese protéica
Maioria das moléculas estruturais e regulatórias de um neurônio são proteínas A síntese de proteínas é uma das funções mais importantes do neurônio -resultado da ativação genética Por exemplo: novas sinapses = proteína Novos receptores = proteína Novas enzimas = proteína DNA RNA RIBOSSOMOS PROTEÍNA
Neurodesenvolvimento
Desenvolvimento do Sistema Nervoso
Vídeo sobre neurogênese
Vídeo – funcionamento do neurônio
O que são neurotransmissores?
Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios com a função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem também estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou músculo alvo. Essas substâncias atuam no encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos e na junção neuromuscular ou placa motora.
O que são neurotransmissores?
Quimicamente, os neurotransmissores são moléculas relativamente pequenas e simples. Diferentes tipos de células secretam diferentes neurotransmisores. Cada substância química cerebral funciona em áreas bastante espalhadas mas muito específicas do cérebro e podem ter efeitos diferentes dependendo do local de ativação. Cerca de 60 neurotransmissores foram identificados.
Neurotransmissores
Os neurotransmissores são produzidos na célula transmissora (A) e são acumulados em vesículas, as vesículas sinápticas (1).
Neurotransmissores
Quando um potencial de ação ocorre, as vesículas se fundem com a membrana plasmática, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica, por exocitose (B).
Neurotransmissores
Estes neurotransmissores agem sobre a célula receptora (C), através de proteínas que se situam na membrana plasmática desta, os receptores celulares pós-sinápticos (6).
Neurotransmissores
Os receptores ativados geram modificações no interior da célula receptora, através dos segundos mensageiros (2). Estas modificações é que originarão a resposta final desta celula.
Classificação de neurotransmissores
Aminas
Aminoácidos Neuropeptíd Hormônios eos
Serotonina Noradrenalina Dopamina DOPA Histamina Melatonina Acetilcolina
Glutamato Aspartato GABA Glicina Taurina
Encefalinas Endorfinas
Insulina Leptina estrogênio Prolactina
VIAS SEROTONINÉRGICAS Origem
-Núcleo medial da rafe
Projeções
Implicações fisiológicas e clínicas
-Formação reticular, tálamo e áreas inervadas pelo fascículo prosencefálico medial (Hipocampo)
-Regulação do fluxo sanguíneo cerebral, sono e enxaqueca, tolerância ao estresse persistente,inibição comportamental. Impulsividade
-Núcleo dorsal da rafe -Colículos, matéria cinzenta periaquedutal, amígdala, ganglios da base, neocórtex
-Estimulado por eventos aversivos, regulação do comportamento defensivo, ansiedade
-Núcleo magno da rafe
-Vias descendentes inibitórias da dor
-Medula espinhal
VIAS NORADRENÉRGICAS Origem
Projeções
Implicações fisiológicas e clínicas
-Locus Coeruleus
-áreas mesencefálicas, núcleos talâmicos, áreas inervadas pelo fascículo prosencefálico medial
-Atenção seletiva, sinaliza estímulos ameaçadores, vigilância. Prepara o individuo para situações de emergência. Ansiedade
-Locus Coeruleus
-núcleos -Coordenação de hipotalâmicos, núcleo respostas do leito da estria neuroendócrinas terminal
-Núcleo do Trato solitário
-Vias descendentes para medula espinhal
- Coordenação de respostas autonômicas
VIAS DOPAMINÉRGICAS Origem
Projeções
Implicações fisiológicas e clínicas
-Sistema Nigroestriatal
-Estriado
-Comutação de programas motores, doença de Parkinson
- Sistema mesolímbico
-fascículo -Esquizofrenia prosencefálico medial
-Sistema meso cortical
-córtex préfrontal, piriforme, entorrinal e cingulado)
- Esquizofrenia
-Sistema tuberoinfundibular
-Eminência média do hipotálamo
-Galactorréia induzido por drogas antipsicóticas
Farmacologia
“ O desejo de ingerir medicamentos e a principal característica que distingue o homem dos animais”
William Osler ( médico canadense )
Farmacologia
Por que? MELHORAR SUA QUALIDADE DE VIDA ALIVIAR OU SE POSSÍVEL ABOLIR A DOR PROLONGAR A VIDA ... 1. Nem sempre logram o resultado desejado 2. Muitas vezes só alcançam o alívio ou consolo do paciente 3. Do ponto de vista histórico existem relatos muito antigos sobre o uso de drogas no tratamento de enfermidades
Farmacologia
É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico (tóxico) ou benéfico ( medicamento ).
Farmacologia – Droga Ideal
Farmacologia e suas vertentes
Farmacologia e suas vertentes
Farmacogenética: trata-se do estudo das influências genéticas sobre as respostas a fármacos. Originalmente, a farmacogenética tratava das reações farmacológicas idiossincrásicas familiares, em que os indivíduos afetados exibiam uma resposta anormal – habitualmente adversa – a uma classe de fármaco. Hoje um dia, abrange variações mais amplas na resposta a fármacos a banse genética é mais complexa.
Farmacologia e suas vertentes
Farmacogenômica:
Este novo termo superpõese à farmacogenética, descrevendo o uso da informação genética para orientar a escolha da terapia farmacológica numa base individual. A pressuposição de base é a de que o possível prever diferenças na resposta a agentes terapêuticos entre indivíduos a partir de sua constituição genética. A partir deste princípio, a descoberta das variações gênicas específicas associadas a uma resposta terapêutica boa ou inadequada a determinado fármaco deverá permitir a individualização das escolhas terapêuticas com base no genótipo do indivíduo. A farmacogenômica é, em sua essência, um ramo da farmacogenética com boa dose de liberdade. Até o momento, o conceito é, em grande parte, teórico; entretanto, se for comprovada a sua validade, as consequências para a terapêutica serão de longo alcance.
Farmacologia e suas vertentes
Farmacoepidemiologia:
Trata-se do estudo dos efeitos dos fármacos em nível populacional. Ocupa-se com a variabilidade dos efeitos farmacológicos entre indivíduos de uma determinada população e entre populações. Constitui um tópico cada vez mais importante para as autoridades regulamentadoras, que decidem se um novo fármaco pode ou não ser aprovado para uso terapêutico. A variabilidade entre indivíduos ou populações tem um efeito adverso sobre a utilidade de um fármaco, embora seu nível de efeito médio possa ser satisfatório. Os estudos farmacoepidemiológicos também consideram a aderência do paciente ao tratamento e outros fatores pertinentes quando o fármaco é utilizado em condições reais.
Farmacologia e suas vertentes
Farmacoeconomia: Este ramo da economia da saúde visa quantificar, em termos econômicos, o custo e o benefício das substâncias utilizadas terapeuticamente. Surgiu em decorrência da preocupação de muitos governos em fornecer uma assistência à saúde a partir dos impostos de renda. Levando questões sobre quais os tipos de procedimentos terapêuticos mais convenientes em termos monetários.
Introdução à farmacologia
Farmacologia básica
Fármaco: substância de estrutura química definida que quando em um sistema biológico, modifica uma ou mais funções fisiológicas.
Droga: matéria-prima de origem mineral, vegetal ou animal que contém um ou mais fármacos.
Farmacologia Básica
Farmacologia
Farmacodin âmica
Farmacocín ética
Farmacologia básica
FARMACOCINÉTICA: ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO DE FARMACOS
FARMACODINÂMICA: ESTUDA OS EFEITOS FISIOLÓGICOS, BIOQUÍMICOS E MECANISMO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS
Farmacologia - definições
VEÍCULO FARMACOLÓGICO: meio em que a droga se encontra dispersa
FORMA FARMACÊUTICA: forma como a droga se apresenta para uso EX: COMPRIMIDOS CÁPSULAS DRÁGEAS INJETÁVEIS LÍQUIDOS
Farmacologia - defnições
DOSE: é a quantidade de droga administrada
BIODISPONIBILIDADE: é a fração de um fármaco administrado que é evado à circulação sistêmica
BIOEQUIVALÊNCIA: quando um fármaco pode ser substituído por outro sem consequências clínicas adversas.
Farmacologia- definições
TEMPO 1/2 VIDA: é o tempo ncessário para que a concentração plasmática do fármaco chegue em 50 %. É utilizado para o cálculo da posologia.
ESTADO DE EQUILIBRIO ESTÁVEL: indica quando o fármaco atinge a concentração terapêutica.
Farmacologia
Atua sobre proteínas-alvo:
Enzimas Transportadores Canais de ions Receptores
Farmacologia
Especificidade: Recíproca entre substâncias e ligantes. (subst se liga somente em determinados alvos e os alvos só reconhecem determinada substancia)
Nenhum fármaco é totalmente específico: o aumento da dose faz com que ele atue em outros alvos diferentes peovocando efeitos colaterais.
Farmacologia
Interação Fármaco – Receptor:
A tendência de um fármaco se ligar a um receptor é determinada pela sua afinidade, enquanto a tendência, uma vez ligada. De ativar o receptor é indicada pela sua eficácia
Farmacologia
Droga A agonista
+
Droga B
+
antagonista
Ocupação Ativação regulada pela regulada pela afinidade eficácia R AR AR
R
AR
Respos ta
Nenhums Resposta
Farmacologia
Agonistas: causam alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos.
Antagonistas. Substância que se liga ao receptor sem causar ativação impedindo consequentemente a ligação do agonista.
Farmacologia
Antagonismos: Antagonismo químico: duas substâncias se combinam em solução , perdendo-se o efeito do fármaco ativo. Ex: Uso de agentes quelantes (dimercaprol)que se ligam a metais pesados reduzindo sua toxicidade
Farmacologia
Antagonismo farmacocinético: o Antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. Podendo ser: Através do aumento da velocidade de degradação do fármaco ativo. Ex: Warfarin + Fenobarbital = efeito do warfarin; Redução da velocidade de absorção da susbstância ativa ; Aumento na taxa de excreção renal
Farmacologia Antagonismo competitivo: ambos os fármacos se ligam aos mesmos receptores (reversível ou irreversível) Antagonismo fisiológico: substâncias de ações opostas tendem anular uma o efeito da outra. Ex: histamina atua sobre os receptores das células parietais da mucosa gástrica estimulando a secreção de ácido, enquanto o omeprazol bloqueia esse efeito ao inibir a bomba de prótons.
Farmacologia Dessensibilização e Taquifilaxia: Diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de modo contínuo ou repetidamente.
Farmacologia Mecanismos envolvidos Alterações nos receptores Perda de recepores: exposição prolongada reduz o número de receptores expressos na superfície celular. Aumento do metabolismo da substância. Substâncias como etanol e barbitúricos quando administradas repetidamente, aparecem em concentrações plasmáticas reduzidas.
Farmacologia
Exaustão de mediadores : a dessensibilização está associada à depleção de uma substância intermediária essencial. Ex: Anfetaminas atuam através da liberação de aminas nas termnações nervosas, portanto apresentam elevada taquifilaxia devido à depleção das reservas de aminas.
Farmacologia
Adaptação fisiológica: Pode ocorrer uma diminuição do efeito de um fármaco, devido à sua anulação por uma resposta homeostátia. Ex: Redução de efeitos colaterias como náuseas e sonolência de alguns fármacos quando se dá a administração contínua.
Farmacologia Farmacocinética: Estuda quantitativamente a cronologia dos processos metabólicos da absorção, distribuição, biotransformação e eliminação.
Absorção Distribuição Biotransformação Excreção
Farmacocinética
MODELOS FARMACOCINÉTICOS:
1- Corpo é imaginado como um só compartimento, onde a droga penetra e onde é eliminada 2- Corpo formado por 2 compartimentos: um central – representado pelo sangue e o periférico - tecidos
Modelo farmacocinĂŠtico 1
Modelo FarmacocinĂŠtico 2
Farmacocinética
Transferência da droga de um compartimento para o outro segue regras da cinética – que esta relacionada com a velocidade de transferência
Regras da farmacocinĂŠtica
Regras da farmacocinĂŠtica
Regras da farmacocinĂŠtica
Farmacologia
Fatores que podem influenciar os processos farmacocinéticos Fatores relacionados ao paciente Estados fisiopatológicos
Idade Sexo Tabagismo Consumo de Alcool Uso de outros Medicamentos
Anemias Disfunção hepática Doenças renais Insuficiência Cardíaca Infecção Queimaduras Febre
Farmacologia
Absorção É o processo pelo qual o medicamento, principalmente administrado por via oral, intramuscular ou retal, chegam, sem sofrer alterações, ao meio tissular, de onde se distribuirão pelo corpo, em geral atrtavés do sangue. Fatores que influenciam a absorção: características físico-químicas da substância ativa, propriedades da formulação farmacêutica e processos fisiológicos característicos do paciente
Farmacologia
Distribuição
Após alcançar a circulação sistêmica , a passagem do fármaco ou sua captação por qualquer tecido dependem de vários fatores: propriedades físicoquímicas, tamanho molecular, solubilidade e tamanho do tecido e fluxo sanguíneo tecidual.
Distribuição dos Fármacos
FÁRMACOS LIGADOS À PROTEÍNAS E HIDROSSOLÚVEIS FICAM PRINCIPALMENTE NO COMPARTIMENTO PLASMÁTICO
FÁRMACOS LIPOSSOLÚVEIS ACUMULAM-SE NO TECIDO ADIPOSO
Biotransformação
O fígado é o principal órgão de biotransformação de medicamentos, embora algumas drogas sejam biotransformadas no plasma, intestino (como o salbutamol que é biotransformado no intestino) ou outro órgão.
Atualmente, tem sido criticados por alguns autores as palavras metabolismo, metabolizado, e metabolização, referindo que devem ser substituídas por biotransformação e biotransformado.
A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de
reações bioquímicas, conhecidos como reações de fase I e de fase II (ou metabolismo I, e,
metabolismo II).
Biotransformação
Freqüentemente, elas ocorrem em seqüência, mas, não invariavelmente, e, consistem em reações enzimáticas que normalmente acontecem no fígado. O retículo endoplasmático da célula hepática é degradado em fragmentos muito pequenos. A biotransformação realizada pelo fígado é menos importante para as drogas polares (ionizadas), tendo em vista que estas atravessam mais lentamente a membrana plasmática do hepatócito do que as não polares.
Biotransformação
Assim, as drogas polares são excretadas em maior proporção pela urina, de forma inalterada. Enquanto os fármacos lipossolúveis (ou lipofílicos ou não polares) não são excretados de modo eficiente pelo rim, pois, a maioria é reabsorvida pelo túbulo distal voltando à circulação sistêmica.
Biotransformação
As reações de fase I consistem principalmente em oxidação, redução ou hidrólise, e, os produtos, com freqüência, são mais reativos quimicamente, entretanto, essas reações químicas podem resultar na inativação de um fármaco. Após as reações da Fase I, alguns medicamentos também podem se tornar mais tóxicos ou carcinogênicos do que a droga original. Muitas enzimas hepáticas participam da biotransformação das drogas da fase I, incluindo o sistema citocromo P-450 que importância fundamental. Se o metabólito (produto resultante do metabolismo) não for facilmente excretado ocorre a reação da II fase subseqüente.
Biotransformação
O sistema citocromo P-450 contém um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com substratos orgânicos, e, assim, cataliza uma quantidade diversificada de reações oxidativas envolvidas na biotransformação do medicamento que sofre redução e oxidação durante o seu ciclo catalítico.
Biotransformação
A maioria das interações medicamentosas que ocorrem na biotransformação está relacionadas com a estimulação (indução) ou inibição do sistema citocromo P-450 microssomial hepático.
Por exemplo, o fármaco fenobarbital (Gardenal) (medicamento anticonvulsivante) é um potente indutor (estimulador) das enzimas do citocromo P-450 hepático, o que provoca interações medicamentosas levando à redução das concentrações plasmáticas e aumento da eliminação de vários medicamentos, como doo cloranfenicol (fármaco antibiótico), da fenitoína (anticonvulsivante), e, de outros como os anticoncepcionais orais, e, dos
corticosteróides, assim, conseqüentemente, pode reduzir os efeitos terapêuticos destes fármacos.
Biotransformação
Enquanto a cimetidina (Tagamet) (medicamento que reduz a secreção do ácido clorídrico no estomago) pode provocar interações medicamentosas porque pode inibir enzimas (inibição do metabolismo) do sistema citocromo P450 diminuindo a biotransformação, e, conseqüentemente, a eliminação de outros fármacos, o que pode provocar a toxicidade destes medicamentos sendo necessário o reajuste da dosagem (nestes casos, diminuir a dose), como por exemplo, do propranolol, diltiazem (Cardizem) (Balcor), (medicamentos anti-hipertensivos), e, de medicamentos anticoagulantes.
Biotransformação
As reações de fase II envolvem a conjugação que, normalmente, resulta em compostos inativos, e facilmente excretáveis, embora com exceções. A glicuronidação (também chamada de glicuronização) é a reação de conjugação mais comum e a mais importante, embora possa ocorrer outra conjugação nesta fase que pode ser acetilação, sulfatação ou amidação.
Como os recém-nascidos são deficientes deste sistema de conjugação, além de suas funções renais que não estão completamente desenvolvidas, deve ser evitado o uso de alguns fármacos, como por exemplo, o cloranfenicol que pode se acumular no organismo provocando depressão da respiração, colapso cardiovascular, cianose e morte. Como provoca a cianose, também é denominada de Síndrome cinzenta do recém-nascido.
Eliminação
Eliminação: Os fármacos são eliminados do organismo por biotransformação e excreção . Rins e fígado: Fígado: biotransformação – enzimas capazes de reduzir, oxidar, hidrolisar ou conjugar compostos Rins: excreção dos fármacos e seus metabólitos: fármacos excretados na bile e eliminados nas fezes
Eliminação dos Fármacos
RINS GRANDE MAIORIA DOS FÁRMACOS PULMÕES AGENTES VOLÁTEIS OU GASOSOS SISTEMA BILIAR EXCRETADAS PELA BILE ATRAVÉS DO FÍGADO SOFRE REABSORÇÃO INTESTINAL
Farmacodinâmica Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação.
Vias de Administração
Vias de Administração SUBLINGUAL:
INSTABILIDADE COM pH BAIXO DROGAS RAPIDAMENTE METABOLIZADAS PELO FÍGADO
Vias de Administração ORAL DROGAS ABSORVIDAS NO ESTÔMAGO MAIORIA ABSORVIDA APÓS O ESFÍNCTER PILÓRICO.
FATORES: MOTILIDADE GASTROINTESTINAL pH GASTROINTESTINAL TAMANHO DA PARTÍCULA INTERAÇÃO QUÍMICA COM CONTEÚDO INTESTINAL
Vias de Administração RETAL SOFREM EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM IMPOSSIBILIDADE DE DEGLUTIR FÁRMACOS QUE PROVOCAM IRRITAÇÃO GÁSTRICA
Vias de Administração CUTÂNEA: MÁ ABSORÇÃO EFEITO LOCAL INALATÓRIA: VIA RÁPIDA DE ADMINISTRAÇÃO E ELIMINAÇÃO DROGAS QUE POSSUEM EFEITO PULMONAR E DEVE-SE EVITAR EFEITOS SISTÊMICOS
Vias de Administração - Injetáveis INTRAVENOSA:
MAIS RÁPIDA DAS VIAS
ATINGE PRIMEIRO OS PULMÕES
SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR:
MAIS RÁPIDA QUE A VIA ORAL
DIFUSÃO ATRAVÉS TECIDO
REMOÇÃO PELO FLUXO SANGÜÍNEO
INTRATECAL ADMINISTRADO NO
ESPAÇO SUBARACNÓIDE ATRAVÉS DE PUNÇÃO LOMBAR
EX: ANESTÉSICO REGIONAL
ANTIBIÓTICOS EM MENINGITE
FARMACOCINÉTICA
FARMACOCINÉTICA
Farmacocinética (grego kinetós = móvel) estuda o caminho percorrido pelo fármaco no organismo animal.
Definição: É o estudo do movimento de uma substância química, em particular, um fármaco no interior de um organismo vivo.
FARMACOCINÉTICA
1953- Dost empregou o termo farmacocinética para descrever o caminho dos fármacos no organismo. Estuda quantitativamente a cronologia dos processos de absorção, distribuição biotransformação e eliminação. Correlação com a via de administração, dose, concentração, forma farmacêutica propriedades físico-química dos fármacos.
FARMACOCINÉTICA
Inclui os processos de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação dos fármacos. Estes processos são realizados através das membranas celulares. O tamanho e formato da molécula, a solubilidade no local da absorção, o grau de ionização e a lipossolubilidade relativa das formas ionizadas e não ionizadas são características importantes.
FARMACOCINÉTICA
Importância prática:
1) Determinação adequada da posologia de acordo com: forma farmacêutica dose indicada no caso clínico intervalo entre as doses Vias de administração
FARMACOCINÉTICA
Importância prática:
2)
Reajuste da posologia, quando necessário, de acordo com a resposta clínica.
FARMACOCINÉTICA
Importância prática:
3) Interpretação de resposta inesperada (ausência de efeito ou efeitos colaterais pronunciados) transgressão as instruções falta de orientação adequada modificações da biodisponibilidade erros de medição interações medicamentosas cinética anormal (distribuição e eliminação)
FARMACOCINÉTICA
4)
Importância prática: Melhor compreensão da ação dos fármacos, pois a intensidade e a duração dos efeitos dependem dos processos farmacocinéticos
5) Posologia em situações especiais
FARMACOCINÉTICA
Absorção:
Definição- é a transferência de um fármaco desde o seu local de administração até a circulação sangüínea. A velocidade e a eficiência da absorção vai depender entre outros fatores da via de administração.
FARMACOCINÉTICA
Absorção: Fármaco precisa estar presente em concentrações adequadas nos seus locais de ação para produzir seus efeitos característicos.
FARMACOCINÉTICA
Absorção: Passagem biológicas
dos
fármacos
por
membranas
A absorção dos fármacos na maior parte das vezes ocorre por processos passivos
MEMBRANAS BIOLÓGICAS
(STRYER, L. Biochemistry, 4et ed. San Francisco, W.H. Freeman, 1995)
MEMBRANAS BIOLÓGICAS
(SATIR,B. The final steps in secretion. Scient. Amer., 233:29,1973).
FARMACOCINÉTICA
Absorção: Processos Passivos A membrana biológica funciona como uma estrutura inerte e porosa, que os fármacos ultrapassam por simples difusão.
FARMACOCINÉTICA
Difusão Simples ou Passiva As moléculas do fármaco (soluto) se distribuem de acordo com o gradiente de concentração. (local de maior concentração → menor concentração). As moléculas devem ser apolares e apresentem peso molecular compatível com a membrana a ser atravessada.
FARMACOCINÉTICA
Filtração
Mecanismo comum para transferências de substâncias pequenas (hidrossolúveis, apolares ou polares). Fármaco atravessa a membrana celular através de canais aquosos (varia de diâmetro de acordo com a localização) Importante na excreção renal e na remoção de substâncias do líquido cerebroespinhal.
FARMACOCINÉTICA
Transporte mediado por carreadores Difusão facilitada transporte sem gasto de energia, mediado por carreador no qual o substrato (fármaco) se move a favor do gradiente de concentração. Saturação, especificidade e competição .
MEMBRANAS BIOLÓGICAS
(STRYER, L. Biochemistry, 4et ed. San Francisco, W.H. Freeman, 1995)
FARMACOCINÉTICA
Transporte Ativo contra o gradiente de concentração Requer gasto de energia (hidrólise de ATP ou outras ligações ricas em energia)
FARMACOCINÉTICA
Transporte Ativo Endocitose Pinocitose e Fagocitose
Processo de absorção na qual ocorre invaginação da membrana celular em torno de moléculas → vesículas intracelulares que se destacam da membrana exigem gasto de energia e não requerem transportadores nas membranas celulares
FARMACOCINÉTICA
Transporte Ativo Exocitose
FARMACOCINÉTICA
Absorção:
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DAS DROGAS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO 1- Lipossolubilidade (difusão passiva) 2- Hidrossolubilidade (transportadores específicos ou poros hidrofílicos) 3- Peso molecular
FARMACOCINÉTICA
Absorção:
4-
Carga elétrica (polaridade, ionização e pH do meio)
5-
Forma farmacêutica
6-
Velocidade de dissolução da forma farmacêutica (compatibilidade com secreções TGI)
7-
Concentração da droga no local de absorção
a)
constante de dissociação (pKa)
b)
pH do meio
c)
coeficiente de partição gordura/água (quanto maior o coeficiente, maior a lipossolubilidade)
FARMACOCINÉTICA
Influência do pH na polaridade dos fármacos
Para cálculo da proporção entre forma ionizada e não ionizada de um fármaco em determinado pH → Equação de Henderson –Hasselbalch:
HA A- + H+ HA = ácido orgânico na forma molecular
A- + H+ = ácido orgânico na forma dissociada
FARMACOCINÉTICA
Influência do pH na polaridade dos fármacos
Para ácidos fracos:
Se pH < pKa → NI > I Se pH > pKa → NI < I Se PH = pKa → NI = I
FARMACOCINÉTICA
Influência do pH na polaridade dos fármacos
Para bases fracas:
Se pH < pKa → NI < I Se pH > pKa → NI > I Se PH = pKa → NI = I
FARMACOCINÉTICA Para ácidos:
pH – pK = log (I/ NI) ou
pH – pKa = _(concentração do ácido ionizado)___
(concentração do ácido não ionizado)
FARMACOCINÉTICA
Para bases: pH – pK = log (NI/I)
ou
pH – pKa = _(concentração da base não ionizada)___ (concentração da base ionizada)
FARMACOCINÉTICA
Absorção
8- Fatores físicos: a) fluxo sangüíneo local b) área de superfície disponível para absorção (epitélio alveolar pulmonar, TGI)
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração
Oral Vantagens: mais utilizado, seguro, facilidade e econômico Desvantagens: - Incapacidade de absorção devido às características físicas (ex. polaridade) - Vômitos (irritação da mucosa gástrica)
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração
Oral - destruição de alguns fármacos por enzimas e/ou pH gástrico - irregularidades na absorção ou na propulsão na presença de alimentos ou outros fármacos - colaboração do paciente - os fármacos podem ser metabolizados pelas enzimas da mucosa, pela flora intestinal ou pelo fígado → circulação sistêmica.
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Sublingual Importante para alguns fármacos (ex. nitroglicerina não iônico e possui alta lipossolubilidade) A drenagem venosa ocorre através da cava cranial impedindo o metabolismo hepático de primeira passagem.
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Retal Vantagem em pacientes inconscientes / Vômitos
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo), significa a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal ( CASTRO & COSTA, 1999 ).
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intravenosa
Vantagens:
Exatidão e rapidez da dose desejada na circulação (ajuste de acordo com a resposta do paciente)
- soluções irritantes por outras vias → injeção lenta promovendo diluição no sangue
Desvantagens: Possibilidade de reações desfavoráveis/ efeitos colaterais → altas concentrações com rapidez no plasma e nos tecidos Não existe recuperação após administração
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intravenosa
Vantagens:
Exatidão e rapidez na concentração desejada na circulação (ajuste de acordo com a resposta do paciente)
- soluções irritantes por outras vias → injeção lenta promovendo diluição no sangue
Desvantagens: Possibilidade de reações desfavoráveis/ efeitos colaterais → altas concentrações com rapidez no plasma e nos tecidos Não existe recuperação após administração
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intravenosa
Desvantagens:
Injeções repetidas → manutenção de uma via fármacos que precipitam ou hemolisam os componentes sanguíneos não devem ser administrados IV De modo geral a injeção deve ser lenta e com monitoração constante do paciente.
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral
Subcutânea
Somente fármacos que não irritam os tecido (dor intensa, necrose e descamação) A velocidade de absorção constante e lenta para proporcionar um efeito duradouro. Associação de vasoconstritores na solução → diminui a absorção. pellets sólidos absorção lenta (semanas ou meses) ex. hormônios.
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intramuscular Fármacos em solução aquosa são absorvidos rapidamente após administração IM (fluxo sanguíneo no local Pacientes muito obesos ou muito magros apresentam diferentes padrões de absorção após administração SC ou IM Absorção constante muito lenta quando fármaco é injetado em sol. oleosa (ex. penicilina)
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intra-arterial
Administração de agentes diagnósticos Cuidado (especialistas)
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intraperitoneal Grande superfície de absorção → circulação (veia porta) → primeira passagem pelo fígado (perdas). Procedimento laboratorial / risco de infecção e aderências
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração - Parenteral Intratecal
A barreira hemato-encefálica e barreira sangue-líquor impedem ou retardam a passagem dos fármacos para o SNC. Utilizada para efeitos locais e rápidos nas meninges ou SNC (ex. anestesias/ infecções do SNC). Peridural
FARMACOCINÃ&#x2030;TICA
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Pulmonar
Absorção pelo epitélio pulmonar e pelas mucosas do trato respiratório → grande área de absorção → circulação.
Pneumopatias administração no local de ação desejado (aerossol).ex. tratamento da asma brônquica.
Desvantagens:
Dificuldade de ajustar as doses / risco de toxicidade
Irritação do epitélio pulmonar
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Aplicação Tópica Mucosas conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, vagina cólon, uretra e bexiga principalmente para efeitos locais. Algumas vezes com a finalidade de ação sistêmica ex. hormônio anti-diurético – mucosa nasal. Rápida absorção (anestésico local)
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Aplicação Tópica Pele Poucos fármacos penetram na pele íntegra Absorção proporcional à área aplicada e a lipossolubilidade do agente. Derme é permeável a muitos solutos → absorção sistêmica muito mais rápida na pele lesionada (escoriada ou queimada) A inflamação e outras situações que aumentam o aporte de sangue facilitam a absorção.
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Aplicação Tópica Olho
Os agentes oftálmicos são principalmente para efeitos locais.
empregados
FARMACOCINÉTICA
Vias de Administração Aplicação Tópica “Pour On”
Controle de ectoparasitas. O agente é aplicado sobre o dorso do paciente na região cervical Fármacos organofosforados e piretróides (veículo oleoso) se difundem pela camada gordurosa sobre a epiderme.
Formulação moderna dos transtornos psiquiátricos
Integração de, no mínimo, quatro elementoschave: vulnerabilidade genética à expressão da doença eventos estressores na vida do indivíduo (divórcio, problemas financeiros, etc); a personalidade do indivíduo, a capacidade de lidar com problemas e o apoio social por parte de terceiros e outras influências ambientais sobre o indivíduo e seu genoma (vírus, toxinas e diversas doenças).
Geneticistas não falam mais em herdar uma doença mental, e sim sua vulnerabilidade. (1) predisposição genética; (2) circuito neuronal alterado; (3) circuito neuronal pouco ativado; (4) compensação mal sucedida.
Hipótese de Dois Impactos
Todas as vulnerabilidades genéticas críticas devem ser apresentadas e também um segundo impacto de algum tipo proveniente do ambiente. Alguns transtornos possuem predisposição relativamente elevada para manifestar-se em indivíduos vulneráveis (alta determinação biológica), e necessitam de estressores ambientais menores para ativar o gene anormal: esquizofrenia
Hipótese de Dois Impactos
Outros, possuem predisposição genética relativamente pequena (determinação biológica baixa), necessitando de estressores ambientais maiores. Finalmente, mesmo aqueles com DNA aparentemente normal, podem descompensar sob estressores maiores e insuportáveis.
Epigenética em Psiquiatria
Risco doença Conspiração entre genes e ambiente Hipótese estresse/diátese – interação gene/ ambiente = doença mental Mecanismo importante: Epigenética Método que as células se utilizam para controlar qual parte de seu DNA será transcrito e traduzido
Epigenética em Psiquiatria
Toda célula pode controlar este processo ao modificar o próprio gene ou modificar a proteína histona ligada ao gene
Epigenética em Psiquiatria
Modificação bioquímica da proteína histona altera a transcrição gênica Metilação, acetilação, fosforilação e ubiquitinização
Epigenética em Psiquiatria
Acetilação – ativa a produção da proteína Metilação – silencia a produção da proteína Experiências de vida podem recrutar mecanismos epigenéticos de neurônios para ativar ou silenciar genes reguladores de cognição, comportamento e até mesmo transtornos psiquiátricos
Efeitos da TCC ou Tratamento com Citalopram na atividade cerebral em pacientes com fobia social ao realizar uma tarefa de falar em público. TCC (esquerda) e Citalopram (direita) estão ambos associados com a ativação diminuída da amígdala durante o desempenho de uma tarefa ansiogênica.
Casos clĂnicos
Caso 01
B, sexo masculino, 32 anos, branco, reside em Londrina com a mãe. Paciente veio encaminhado por sua psicóloga (analista do comportamento), não informou o motivo, porém a mesma acompanhou o paciente ao consultório. B refere que em 1998, época em que passou no vestibular, “o mataram”. Na época falou que queria ser o prefeito de Londrina, acha que sofreu um bullying muito forte. Está fazendo um curso para ser caminhoneiro, inclusive precisa de laudo. Está muito triste e desanimado.
Caso 01
Veio à consulta por insistência de sua psicóloga.
Mãe e psicóloga entram para conversarmos. A mãe do paciente refere diagnóstico do filho de esquizofrenia desde os 18 anos, que o mesmo não vai a nenhum psiquiatra, apenas a mãe comparece (!), pega as receitas e fala como o filho está. Atualmente sua médica prescreveu as seguintes medicações: Olanzapina 20mg por dia, Quetiapina 300mg por dia. Mãe admite que está dando apenas 10mgde Olanzapina e um comprimido de Fluoxetina 20 mg (por conta própria – acha filho muito ansioso)
Caso 01
Paciente delirante – refere que todas as coisas “pretinhas” são dele, e as pessoas o roubaram. Alucinações táteis – tira cobras de seus ombros várias vezes ao dia. Humor depressivo Mãe refere: “o problema do B. é que ele nunca tomou remédio direito”. Ao ser questionada sobre o porquê de não administrar as medicações corretamente, mãe responde que achava que dose era muito alta.
Caso 01 - questões
Quais as dificuldades a psicóloga poderia ter encontrado no trabalho com o cliente que a levaram a encaminhá-lo para o psiquiatra?
Quais dificuldades o psiquiatra poderia encontrar neste caso se o paciente não estivesse em psicoterapia, além da medicação?
Caso 02
C, 23 anos, sexo feminino Encaminhada por psicóloga: “O atendimento psicoterapêutico foi iniciado em 2010. Os maiores focos deste processo foram: assertividade, autocontrole, valorização pessoal, redução de esquiva e maior envolvimento em situações prazerosas. Foram realizadas sessões semanais de psicoterapia sem o acompanhamento medicamentoso durante a maior parte da intervenção. C. foi acompanhada por uma médica, a qual prescreveu Paroxetina. Inicialmente foram observados vários efeitos colaterais como náuseas freqûentes, redução expressiva do apetite, sonolência.
Caso 02
Diante disso, a dosagem foi reduzida para 5 mg e aumentada gradualmente. Aproximadamente em Abril de 2012, C. Interrompeu o tratamento medicamentoso abruptamente e não teve mais acompanhamento neste sentido até o presente momento. Diante de alguns episódios que vêm dificultando o envolvimento com uma condição mais propícia a redução de padrões que geram prejuízos, esta psicóloga entende como necessário o acompanhamento psiquiátrico. Análise: observou-se um grande avanço de C. durante a psicoterapia, especialmente ao que se refere à assertividade.
Caso 02
No entanto, quando as situações ambientais se agravaram, ela apresentou os seguintes comportamentos: sensação de desesperança e desamparo freqûentes, desinteresse generalizado (inclusive por atividades antes prazerosas), pensamentos repetitivos de desvalia, isolamento social, alterações de sono e apetite, esquiva de ocupações pessoais e independentes, resistência à adesão ao tratamento medicamentoso e padrão de grande exigência pessoal. Salienta-se, ainda, que seu ambiente permanece predominantemente desfavorável.
Caso 02 - questões
De qual forma o tratamento medicamentoso poderia auxiliar a psicoterapia de C. ?
Como o médico poderia se beneficiar do diálogo com a psicóloga de C.?
Quais as vantagens de C. em contar com dois profissionais que se comunicam e dialogam?
Classificação dos medicamentos
Termo geral: medicamento psicotrópico, psicoativo ou psicoterapêutico Divisão tradicional Antipsicóticos ou neurolépticos Antidepressivos Antimaníacos ou estabilizadores do humor Ansiolíticos
Divisão pouco válida: indicação clínica, uso de outras drogas que não se encaixam nesta classificação, termos descritivos restringem os efeitos da droga.
FarmacocinĂŠtica
Droga
Movimento
Estudo do movimento da droga pelo organismo, o que envolve 4 eventos principais
ADME
Absorção, distribuição, biotransformação e excreção
Relevante para TODAS as drogas Essencial na pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Importante para o tratamento farmacológico Frequente causa de falha do tratamento: atingir níveis efetivos; produção de efeitos tóxicos por níveis altos
Falha de aceitação do tratamento Pode aumentar a satisfação do paciente com o tratamento
Farmacocinética - absorção
medicamento psicotrópico chega ao cérebro pela corrente sangüínea Via oral: dissolvidos no líquido do trato gastrointestinal – variação de lipossolubilidade, pH local, motilidade e da área de superfície. Administração parenteral pode atingir concentrações plasmáticas de forma mais rápida que a via oral Se um medicamento é administrado em emulsão insolúvel, a administração intramuscular pode manter a liberação gradativa do medicamento por várias semanas depot
Farmacocinética
Distribuição e biodisponibilidade Porção ligada às proteínas plasmáticas Porção livre – fração que atravessa a barreira hematoencefálica Distribuição - varia com o fluxo sangüíneo regional do cérebro, barreira hematoencefálica e afinidade pelos receptores cerebrais Biodisponibilidade – fração da quantidade total do medicamento administrado que pode ser recuperada da corrente sangüínea. (teste de bioequivalência do genérico, além da equivalência farmacêutica)
Metabolismo e excreção
Metabolismo: transformação do fármaco em metabólitos inativos, que podem ser excretados com mais facilidade. Também transforma pré-medicamentos inativos em matabólitos terapeuticamente ativos. Fígado – principal órgão Bile, fezes e urina – principais vias de excreção, porém ainda temos suor, saliva, leite materno, lágrimas.
RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO DE FÁRMACO EM SÍTIO ALVO E EFEITOS CORRESPONDENTES
CONCENTRAÇÃO EM SÍTO-ALVO
EFEITOS
Excessiva
Tóxicos
Máxima permitida
Potencialmente Tóxicos
Ótima
Terapêuticos
Limiar
Parcialmente eficazes
Insuficiente
Ausentes
Quantificação do metabolismo e da excreção
Pico da concentração plasmática – varia de acordo com a via de administração e a taxa de absorção Meia-vida: quantidade de tempo que leva para o metabolismo e a excreção reduzirem pela metade a concentração plasmática de um medicamento. (steady state – 5 adm mais curtas que a meia-vida)
Efeito de primeira passagem: metabolismo inicial de medicamentos via oral dentro da circulação porta do fígado. Depuração – quantidade de medicamento excretado em determinado tempo
Enzimas do citocromo P450
A maioria dos psicotrópicos é oxidada pelo sistema de enzimas hepáticas do citocromo P450
Enzimas do citocromo P450
Várias famílias e subfamílias Família é um número, subfamília é letra e um mebro da subfamília é um número, p. Ex. CYP2D6 São responsáveis pela inativação da maioria dos medicamentos psiquiátricos – cuidado com interações medicamentosas!! *** interação medicamentosa – evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos
Interações medicamentosas pelo CYP450
Indução – expressão de genes do CYP pode ser induzida pelo álcool e certos medicamentos Inibição não-competitiva – certos medicamentos podem inibir determinada enzima de forma indireta e retardar o metabolismo de outros substratos medicamentosos. Ex. Fluoxetina e amitriptilina Inibição competitiva – administração de 2 ou mais substratos de uma mesma enzima
Polimorfismo genético – farmacogenomica
Escolha do medicamento
Avaliação acurada e completa Diagnóstico Identificação dos sintomas-alvo Às vezes, é necessário retirar medicamento para a avaliação – situação hospitalar, ambulatorial, em crise, estável História de resposta ao medicamento (adesão, resposta terapêutica, efeitos adversos) História familiar de resposta a um medicamento Obter registros médicos anteriores
Doses não constantes da bula e utilizações não aprovadas
ANVISA – a agência exerce o controle sanitário de todos os produtos e serviços (nacionais ou importados) submetidos à vigilância sanitária, tais como medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes, derivados do tabaco, produtos médicos, sangue, hemoderivados e serviços de saúde. Médicos podem prescrever em dosagem diferente e utilizar um medicamento para uso não-aprovado – sem respaldo da bula, maior responsabilidade para o médico Exercício do julgamento clínico
Tentativa terapêutica
Sintomas comportamentais são mais difíceis de se avaliar Médico e paciente precisam avaliar se o medicamento foi efetivo por um período de tempo pré-determinado O cérebro não é um grupo de chaves neuroquímicas para se ligar ou desligar, é uma rede interativa de neurônios com uma homeostase complexa.
Fracasso terapêutico
Foi correto o diagnóstico inicial? Medicamento foi administrado por tempo suficiente e dose adequada? (adesão ao tratamento) Pacientes podem apresentar taxas muito diferentes de absorção e metabolismo (dosagem sérica, testagem genética) Interação medicamentosa?
Considerações especiais - Crianças
Taxas mais altas de metabolismo – não hesitar em fazer uso de doses de adultos, porém sempre iniciamos com doses mais baixas. Crianças menores de 6 anos – uso de medicação deve ser extremamente cuidadoso e em último caso
Considerações especiais - idosos
Especialmente suscetíveis a efeitos adversos Metabolização mais lenta Polifarmácia – interações medicamentosas Iniciar com a metade da dose de adulto
Grávidas e lactantes
Transtorno psiquiátrico grave indica uso de medicação Dois agentes mais teratogênicos: lítio e anticonvulsivantes ECT é mais segura
Farmacodinâmica
A Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre concentraçãodo fármaco e efeito. De forma simplificada, podemos considerar farmacodinâmica como o estudo do efeito da droga nos tecidos.
Antipsicóticos Típicos
Mecanismo de ação: bloqueio receptores D2 nos sistemas mesolímbico e mesocortical - efeitos antipsicóticos;
Bloqueio receptores D2 na via nigro-estriatal – sintomas extrapiramidais;
Hipersensibilidade dos receptores D2 na via nigro estriatal – discinesia tardia;
Bloqueio dos receptores muscarínicos, α1 e H1, 5-HT – efeitos colaterais.
Sintomas Extrapiramidais agudos – distonias (A) intermediário: acatisia (B), parkinsonismo (C) crônico: discinesia tardia (D)
Antipsicóticos Atípicos ä
Clozapina (Leponex)
ä
Risperidona (Risperdal)
ä
Olanzapina (Zyprexa)
ä
Quetiapina (Seroquel)
ä
Ziprasidona (Geodon)
ä
Aripiprazol (Abilify)
Mecanismo de ação
Droga
D1
D2
5-HT1A 5-HT2A
M1
1
Clozapina +++ +++ Risperidona +++ ++++ Olanzapina ++++ ++++ Quetiapina + ++++
+ ++ + ++++
•Ziprasidona •?
•Aripiprazol •Agonista D2 pré-sináptico •Antagonista D2 pós-sináptico
++++ ++++ ++++ ++++
++++ 0 ++++ 0
H1
++++ ++++ ++++ +++ ++++ ++++ ++++ ++++
PERFIL DO EFEITO CLÍNICO DOS ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS Sintomas Positivos
Sintomas Negativos
Sintomas Cognitivos
Clozapina
+++
+
++?
Risperidona
+++?
+
++?
Olanzapina
+++?
+
++?
Quetiapina
++
+
?
Ziprasidona
++
+
?
Droga
Miyamoto et al., 2002
Antipsicóticos Atípicos Sintomas Negativos Sintomas Extrapiramidais
Discinesia Tardia
Atípicos vantagens Não Aderência
Cognição Disforia
Jibson MD, Tandon R, J Psychiatr Res., 1998
ESTABILIZADORES DOPAMINÃ&#x2030;RGICOS Agonista parcial D2
ARIPIPRAZOL
EFICÁCIA
Esquizofrenia: sintomas positivos e negativos
Transtorno Esquizoafetivo
EFEITOS ADVERSOS
Hipotensão ortostática
Náuseas, vômitos
Acatisia
Insônia
Não se observou peso ou PRL
Risco de Recaídas em Pacientes Esquizofrênicos e Esquizoafetivos
Taxa de recaída em pacientes tratados com Antipsicóticos Atípicos (1o episódio de esquizofrenia e transtorno esquizoafetiva)
16% após 1 ano
54% após 2 anos
82% após 5 anos
O risco de recaídas de pacientes sem tratamento é quase 5x maior do que se estivesse tomando medicação
Robinson D, Woerner MG, Alvir JMJ, et al. Arch Gen Psychiatry. 1999;56:241-247.
ANTIDEPRESSIVOS
AMBIENTAL
PSICOLÓGICO
DEPRESSÃO
BIOLÓGICO
NORADRENALINA
DOPAMINA ATENÇÃO MOTIVAÇÃO PRAZER RECOMPENSA SEXUALIDADE
ALERTA ENERGIA
HUMOR ANSIEDADE
OBSESSÕES COMPULSÕES
SEROTONINA
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS
ANTAGONISTA DE RECEPTORES MONOAMINÉRGICOS
INIBIDORES
RECAPTAÇÃO
OUTROS
METABOLIZAÇÃO PRÉ-SINÁPTICOS: -2
SELETIVOS: NA, 5-HT, DA
NÃO SELETIVOS: NA/5-HT, NA/DA
MAO PÓS-SINÁPTICOS 5-HT2 ANTIGLUTAMATÉRGICAS ESTIMULANTES DA RECAPTAÇÃO DE 5-HT AGONISTA MT1/ MT2
FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES
RECAPTAÇÃO
SELETIVOS
SEROTONINA (5-TH) fluoxetina paroxetina, citalopram/ escitalopram clomipramina*
NORADRENALINA (NA) reboxetina atomoxetina nortriptilina* desipramina* maprotilina* DOPAMINA amineptina
METABOLIZAÇÃO
NÃO SELETIVOS
NA/ 5-HT (dual) venlafaxina duloxetina imipramina* amitriptilina*
NA/ DA (dual) bupropiona
*tricíclcios
ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE 5-HT
FLUOXETINA
IR 5-HT
• • • • • •
E. ANTIDEPRESSIVO ALT. SEXUAIS INSÔNIA DIST. G INTESTINAIS SINT. EXTRAPIRAMIDAIS ANSIEDADE
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE DOPAMINA
AMINEPTINA
IR DA
• • • •
EF. ANTIDEPRESSIVO EFEITO ANTIPARKINSONIANO PIORA SINT. PSICÓTICOS POTENCIAL ABUSO (?)
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DE NORADRENALINA ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS - AMINAS SECUNDÁRIAS • SEDAÇÃO • PESO
IR NA
BLOQUEIO
H1 • HIPOTENSÃO POSTURAL • TAQUICARDIA REFLEXA
• • • •
EF. ANTIDEPRESSIVO TREMORES TAQUICARDIA DISF. EREÇÃO/ EJACULAÇÃO
NORTRIPTILINA BLOQUEIO CANAIS RÁPIDOS DE Na+
BLOQUEIO
BLOQUEIO • • • • • • •
PREJUÍZOS MNÊMICOS CONFUSÃO MENTAL VISÃO TURVA XEROSTOMIA OBSTIPAÇÃO RETENSÃO URINÁRIA TAQUICARDIA SINUSAL
M1 • ALTERAÇÒES DE CONDUÇÃO
ISNS - ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS AMINAS TERCIÁRIAS
• SEDAÇÃO • PESO • EF. ANTIDEPRESSIVO ?
• HIPOTENSÃO POSTURAL • TAQUICARDIA REFLEXA
BLOQUEIO
BLOQUEIO 5-HT2A
IMIPRAMINA BLOQUEIO
• • • • • • •
PREJUÍZOS MNÊMICOS CONFUSÃO MENTAL VISÃO TURVA XEROSTOMIA OBSTIPAÇÃO RETENSÃO URINÁRIA TAQUICARDIA SINUSAL
IR NA
EF. ANTIDEPRESSIVO TREMORES TAQUICARDIA DISF. EREÇÃO/ EJACULAÇÃO
H1
BLOQUEIO
• • • •
M1
BLOQUEIO CANAIS RÁPIDOS DE Na+
IR 5-HT • • • • • •
EF. ANTIDEPRESSIVO ALT. SEXUAIS INSÔNIA DIST. G-INTESTINAIS SINT. EXTRAPIRAMIDAIS ANSIEDADE
• ALTERAÇÕES DE CONDUÇÃO
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA / NORADRENALINA • • • •
IR NA
VENLAFAXINA
IR 5-HT
EF. ANTIDEPRESSIVO TREMORES TAQUICARDIA DISF. EREÇÃO/ EJACULAÇÃO
• • • • • •
E. ANTIDEPRESSIVO ALT. SEXUAIS INSÔNIA DIST. G INTESTINAIS SINT. EXTRAPIRAMIDAIS ANSIEDADE
INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE DOPAMINA / NORADRENALINA
IR NA
EF. ANTIDEPRESSIVO TREMORES TAQUICARDIA DISF. EREÇÃO/ EJACULAÇÃO
(+)HIDROXIBUPROPIONA
BUPROPIONA
IR DA
• • • •
• • • •
EF. ANTIDEPRESSIVO EFEITO ANTIPARKINSONIANO PIORA SINT. PSICÓTICOS POTENCIAL ABUSO (?)
AGOMELATINA AGONISTA DOS RECEPTORES MELATONINÉRGICOS ANTAGONISTA RECEPTORES 5-HT2C
Receptores Melatoninérgicos: MT1 e MT2
agomelatina
LAMOTRIGINA: REDUÇÃO DA LIBERAÇÃO DE GLUTAMATO PELO BLOQUEIO DOS CANAIS DE Na+ VOLTAGEM DEPENDENTES
x
LAMOTRIGINA
Hypericum perforatum (LI 160) MECANISMO DE AÇÃO
INIBIÇÃO DA RECAPTAÇÃO DE 5-HT E NA INIBIÇÃO DA MAO (FRACO) EFEITOS ADVERSOS (<5% DOS PACIENTES) GASTROINTESTINAIS (LEVE NÁUSEA, DIMINUIÇÃO DO
APETITE E DESCONFORTO GÁSTRICO), REAÇÕES ALÉRGICAS
FADIGA TONTURA ANSIEDADE
FOTOSENSIBILIDADE VIRADA MANÍACA
67% Responsivos 10 % Recaem
Humor normal Início da medicação
33% Não responsivos
Depressão 8 semanas
24 semanas
Stahl. Essential Psychopharmacology. 1996
DROGAS ANSIOLÍTICAS
Anxiety
DROGAS ANSIOLÍTICAS •
BENZODIAZEPÍNICOS
• Diazepam, Bromazepam, Lorazepam, Clonazepam, Alprazolam • AZASPIRONAS/ AZASPIRODECANEDIONAS • Buspirona, Gepirona, Ipsapirona OUTROS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS DA ANSIEDADE • Antidepressivos (Tricíclicos, ISRS, Venlafaxina)
• -bloqueadores • Fitoterápicos (Piper methistycum, Passiflora, Valeriana)
• Antipsicóticos • Anticonvulsivantes (Pregabalina, Gabapentina)
BENZODIAZEPÍNICOS FARMACOCINÉTICA • ALTAMENTE LIPOFÍLICOS:
• BOA ABSORÇÃO GASTRO-INTESTINAL • RÁPIDA PENETRAÇÃO SNC • BOA BIDISPONIBILIDADE
• METABOLISMO DE 1a. PASSAGEM (midazolam, brotizolam) • LIGAÇÃO PROTEINAS PLASMÁTICAS: • Extensa (99% diazepam; 66% clonazepam) • METABOLIZAÇÃO HEPÁTICA: • OXIDAÇÃO (N-desmetilação e hidroxilação): metabólitos ativos (diazepam, bromazepam, alprazolam) • SOMENTE CONJUGAÇÃO: metabólitos inativos (lorazepam, oxazepam)
BENZODIAZEPÍNICOS EFEITOS ADVERSOS • SEDAÇÃO E DEPRESSÃO DO SNC INTERAÇÃO COM OUTROS DEPRESSORES (p.ex. álcool) • ATAXIA • PREJUÍZO CONGNITVO: AMNÉSIA ANTERÓGRADA (Idosos agravamento de prejuízos prévios )
• DESINIBIÇÃO COMPORTAMENTAL • DEPENDÊNCIA
• SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA
COMPARAÇÃO ENTRE OS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS DO T. DE ANSIEDADE BDZ
TCA
Buspirona
Lento
ISRS/ Venlafaxina Lento
Rápido
Piora Inicial
-
+
+
+/0
Tolerância
Pouca
-
-
-
Abstinência
++
+
+
-
Pot. Abuso
+
-
-
-
Int. Álcool
+++
+
+
-
Sedação
++
++
-
-
Amnésia
++
+
-
-
Overdose
-
+++
-
-
Início de ação
Lento
(adaptado de Argyopoulus et al., 20
Agentes específicos –estabilizadores do humor
Lítio
Aprovado pela FDA no tratamento da mania em 1970 – primeiro estabilizador de humor. Mecanismo de ação ainda não totalmente compreendido.
Agentes específicos –estabilizadores do humor
Lítio
Ação em 2ºs mensageiros, ↓ resposta neuronal a neurotransmissores. Também atua na regulação da expressão gênica para fatores de crescimento e plasticidade neuronal.
Carbonato de Lítio
Controla episódios de mania aguda e previne recidiva em 80% dos pacientes. Início lento de ação, com melhora sintomática dentro de 1-3 semanas Também indicado nos episódios depressivos, inclusive com efeito anti-suicídio. Interrupção abrupta associada a ↑ taxas de recidiva dos episódios de humor.
Carbonato de Lítio
Doses entre 900 e 1800 mg/dia. Monitoração laboratorial é regra. Intoxicação: tremor grosseiro, disartria, ataxia, sintomas gastrointestinais, alterações cardiovasculares e renal, perturbação da consciência, fasciculações musculares, mioclonias, convulsões e coma.
Carbonato de Lítio
Fatores de risco para intoxicação: idade avançada, exceder dose recomendada, comprometimento renal, dieta pobre em sódio, desidratação e interações medicamentosas. Efeitos colaterais variam desde perda do apetite, náuseas, vômitos, diarréia até poliúria, edema, tremor. Considerar hipotireoidismo.
Estabilizadores do humor
Ácido valpróico/divalproato
Classe dos anticonvulsivantes. Mecanismo de ação exato é incerto. Controla sintomas de mania aguda em 2/3 dos pacientes, sendo menos eficaz nos episódios depressivos. Ciclagem rápida e ultra rápida, mania disfórica ou mista e nos pacientes com co-morbidade de abuso de substâncias e transtorno do pânico.
Ácido valpróico/divalproato
Efeitos ocorrem entre 5 e 15 dias com concentrações plasmáticas entre 50 e 100 μg/ml. Em vista de seu perfil mais favorável de efeitos adversos é preferível ao lítio em crianças e idosos com mania aguda. Efeitos adversos: ganho de peso, diarréia, dor de cabeça, alterações no fígado e sanguíneas, tremores finos e raramente perda de cabelos.
Estabilizadores do humor
Carbamazepina
Anticonvulsivante. Age sobre canais de sódio e cálcio dependentes de voltagem, levando a ↓ da transmissão sináptica. Nos episódios de mania aguda tem eficácia comparada ao lítio e antipsicóticos, principalmente quando há disforia e/ou ciclagem rápida. 2ª linha na profilaxia de episódios tanto maníacos quanto depressivos.
Carbamazepina
Por induzir várias enzimas hepáticas, pode haver interferência no metabolismo de outras medicações usadas concomitantemente.
Efeitos adversos: visão dupla, alterações sanguíneas,
fadiga, dificuldade para urinar, tonturas, sonolência, sódio sanguíneo. Não causa ganho de peso.
Estabilizadores do humor
Oxcarbazepina
Relaciona-se estruturalmente com a Carbamazepina,. Menor grau de sedação, menos toxicidade à medula óssea e menos interações medicamentosas via complexo citocromo P450. Não aprovada como estabilizador de humor e seu uso é “off label” (fora da bula).
Estabilizadores do humor
Lamotrigina
Aprovada em 2003 pelo FDA para uso no TAB na fase de manutenção e prevenção de episódios depressivos. Pouco efetiva em monoterapia . Efeitos adversos: ataxia, cefaléia, diplopia, sonolência, tonturas, visão turva e náuseas. Devido risco de lesões de pele evitar uso com valproato.
Estabilizadores do humor
Topiramato: perda de peso, bulimia, alcoolismo, automutilação, enxaqueca. Gabapentina: dor crônica, ansiedade e insônia.
Verdadeiro ou falso:
O carbonato de lítio deve ser prescrito para todos os pacientes com transtorno bipolar pois tal doença resulta em redução do nível de lítio corporal e portanto estes pacientes possuem déficit de lítio no sangue.
Sintomas psicóticos, ideação suicida e agitação grave são indicações de tratamento medicamentoso.
Antipsicóticos típicos (1ª geração), como haloperidol e clorpromazina, quando usados por muitos anos resultam em perda neuronal acelerada, com efeito neurotóxico.
Verdadeiro ou falso:
A hipótese estresse-diátese procura explicar como genética e ambiente interagem de forma conjunta no aparecimento da doença mental.
O carbonato de lítio possui efeito neuroprotetor pois aumenta os níveis cerebrais de BNDF, diminuindo apoptose neuronal.
O tratamento multiprofissional de doenças psiquiátricas é cada vez menos utilizado uma vez que profissionais de diferentes abordagens podem confundir o paciente.
Em seu consultรณrio...
Situação 01
Carlos é seu cliente há alguns meses. Você solicitou que ele procurasse um médico psiquiatra para avaliar a necessidade de medicação. O médico psiquiatra prescreveu um antidepressivo, porém Carlos refere que não quer tomar pois tem medo de ficar dependente de medicação, não acha certo usar um remédio que mudará o seu jeito de ser.
Como você abordaria esta questão?
Situação 02
Carolina, 27 anos, empresária, procura sua clínica pois há um mês sente-se muito ansiosa, chorosa, não consegue dormir bem. Relaciona o início dos sintomas com o diagnóstico de câncer de mama que sua mãe recebeu. Na entrevista inicial relata estar em uso de Rivotril (clonazepam) meio cp à noite há 2 semanas, relata que sua tia sempre tomou e lhe deu uma caixinha. Obs: a tia não é médica.
Como você discutiria a questão da medicação com a paciente?