radiografia do Sonho
JOSÉ SEPÚLVEDA
Biografia JOSÉ SEPÚLVEDA, nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão, hoje a residir em Vila do Conde. Começou a escrever poesia cerca dos doze anos. No decorrer da sua carreira profissional trabalhou primeiro, como funcionário público e depois, durante 35 anos, como empregado bancário. Publicou em alguns jornais e revistas ao longo da sua carreira. Amante da literatura, administra os grupos do facebook Solar de Poetas, Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, Casa do Poeta., SolarTv–Online, Solarte e Solar-Si-Dó. Frequenta a Universidade Sénior do Rotary Clube da Póvoa de Varzim, como aluno e orientando a disciplina de Iniciação à Informática. Apoia vários projetos literários, promovendo a edição de autores em início de carreira, organiza e participa com regularidade em Saraus e tertúlias, tem prefaciado alguns livros, apresentado e participado em lançamentos de antologias e livros de autor e outros. Livros publicados: MEU VERSO, MEU BERÇO, MEU POEMA; PORQUE ELE VIVE; AKROSTICIS; JOSÍADAS; ESTÓRIAS REAIS; GENESE; AMOR PERFEITO. A Publicar: SIMBIOSE; O SEXTO SENTIDO; SABOR A MAR; JARDINS DE CORAL; QUADRATÚLIA. PARTICIPA num elevado número de Antologias portuguesas, Blog brasileiras e italianas. Tem outras publicações em E-book. ocantodoalbatroz.blogspot.com Publicado em Ebook https://issuu.com/correiasepulveda
Ă€ beira mar
À beira-mar Já sinto a brisa fresca... Junto ao mar, A caminhar ao longo da avenida E o teu suave beijo a despertar O nosso amor, amor da minha vida! E na expressão mais simples desse amar, Qual sombra duma peregrinação, Um bálsamo suave a festejar A grande amor que tens no coração. Ouvindo a voz do mar, o marulhar, Eu tento nos teus olhos encontrar O cintilar brilhante duma estrela. Mergulho em teu olhar. Ao ver-te assim, Nos olhos teus, serenos, sinto, enfim, A força deste amor. Oh, como és bela!
Abraรงa-me
Abraça-me Embala-me em teus braços, meu amor, Abraça- me com todo o teu carinho, Cheira meu corpo, sente o meu suor E fala-me em silêncio, bem baixinho. E nesse enleio pleno de fulgor, Olha meus olhos cheios de candura E beija os lábios meus, dá-lhes dulçor Neste silêncio eterno de loucura. E dá-me os olhos teus. Nesse momento, Deixa voar liberto o pensamento E fixa meu olhar, minha querida. Fiquemos abraçados. Só depois, Sigamos essa estrela que nós dois Quisemos escolher prá nossa vida!
Amie
Amie O teu olhar cativo de menina Que olha para mim com terno olhar, É bússola, é cartilha que me ensina Os trilhos em que devo caminhar. E nesse rio de água cristalina Em que me encontro ainda a navegar, Meus remos são a íris pequenina Que mostra o meu trajeto nesse mar. Envolto num enleio puro e lindo, Perdido no teu mar, eu vou seguindo Remando com teu puro e doce olhar. Nesse trajeto, vida peregrina, Guiado por teus olhos de menina, Nós vamos de mãos dadas navegar!
Amy
Amy Deixa-me ficar contigo, amor, Enlaçar-me no teu corpo e adormecer sereno, sorrindo, sem tempo nem espaço, sentindo o teu calor, o teu abraço eterno, infindo… Deixa que me esvaia no teu corpo lindo!
Amy Dine
Amy Dine A tua voz serena, delicada, Mistura-se em silêncios de paixão, Irradiando a alma enamorada, Que trazes no fulgor dessa afeição. Irmã de tanto amor, dedicação, Não deixa que me perca na jornada E faz em mim vibrar teu coração; E tua voz tão meiga, apaixonada, Mistura-se no ar, serenamente, Iluminada por teu tão doce olhar. Dos lábios teus, palavras de ternura
Incendiando o céu com tal fulgor Navegam nessa água fresca e pura E fazem-nos viver um grande amor!
Amor
Amor Amar é embalar-me nas palavras Que tenho para ti cada manhã, Cantar as coisas lindas que tu gravas No peito, sempre que o amor se dá. Amar é soletrar-te verso a verso, É traduzir teu pensamento puro, Se em noites de vigília me disperso E sinto em cada verso o amor tão puro. Amar é teu abraço caloroso Quando contigo vivo imenso gozo Entre lencóis de linho e malvasia. É neste amor tão cheio de dulçor Que vou viver contigo um grande amor No alvorescer feliz de cada dia!
Ana Maria
Ana Maria Olhei p'ra ti... e vi-te de repente Olhando para mim com alegria... meu coração saltava de contente ao ver o teu sorriso, Ana Maria!!! Ai, como é belo o teu sorriso lindo, Ai, como é meigo e doce o teu olhar!!! Deixa viver, amor, o sonho infindo Que estou seguindo em ânsias de te amar. E se este sonho se extinguisse um dia? Não sei, amor, não sei o que faria Se um dia tu partisses para sempre... Por isso, peço a Deus em oração Que viva sempre em mim teu coração E possa amar-te assim eternamente!
Anita
Anita Anita, vejo em ti essa menina De longa cabeleira que algum dia Eu encontrei na estrada, peregrina, E com subtil olhar p’ra mim sorria. Cruzamos nossas vidas. Nossa sina Cresceu de braço dado e a harmonia É para nós candeia que ilumina O nosso amor tão cheio de alegria. Não deixes que resquícios do passado Se venham interpor ao nosso lado E tragam até nós tristeza ou dor. Eu sei que mesmo o vale mais profundo Não há-de por em trevas este mundo Que aos poucos construimos com amor!
Aonde estรกs
Aonde estás? É para ti que escrevo, minha amada, Estas palavras nuas de amizade Saídas no alvor da madrugada Dum coração faminto de saudade. Viver sem ti, amor, não vale nada, Momentos que não são realidades Do teu sentir ausente, alma escoada, Perdido no silêncio em que me invades. Aonde estás, amor, quero sentir Teu coração pulsar, ver-te sorrir, Cheirar o teu perfume, o teu odor Vem para mim! Que o teu sorriso eterno Me venha abrir as portas deste inferno Aonde está vagueando o nosso amor!
Aqui
Aqui Eis me de novo em tua companhia Sentindo essa alegria e bem querer Para sentir a paz e a alegria Do teu coração lindo de mulher. Quero sentir-te pela noite ou dia, Gozar tua presença o teu querer, Ver-me envolvido nessa simpatia Tão própria duma vida com prazer. E quando em teu abraço, minha amada Sentir-me em tua alma apaixonada Que a mim se entrega com o seu fulgor,
Viver contigo essa alegria imensa Que cada instante sinto mais intensa No meu jardim florido, meu amor.
Ar cansado
Ar cansado Amor, esse teu ar triste, cansado E olhar amargo, cheio de langor, Me deixam infeliz , acorrentado, Com muito sofrimento, muita dor. Eu sei que teu sorrir desanimado É fruto dum meu espúrio e vil amor Com quem tu coabitas lado a lado Manchado pelas musas ao redor . Princesas tenho muitas, melhor, tinha, Mas esse olhar tão nobre de rainha Só tu, amada minha, podes dar... Ensina-me a voar, leva contigo As penas deste pássaro ferido Que faz seu ninho em ti e quer voar!
Beijinho de amor
Beijinho-de-amor Caminho debruçado sobre a areia Na esp'rança de encontrar beijos-de-amor E vejo com surpresa a praia cheia De conchas e conchinhas - quanta cor! Ao longe, a terna e doce melopeia Do mar beijando a areia com dulçor Ao som do suave canto de sereia Quiçá, no imenso mar, seja onde for. E a voz do vento sopra-me baixinho Um grito de silêncio... E o teu carinho Me segue nessa imensa caminhada. E só então, amor, me apercebi Dos lábios teus e deles recebi O beijo que minha alma procurava!
Beijo
Beijo Olhei teus lindos olhos, num instante Meus olhos despertaram teu olhar... Senti-me de repente amado, amante, Ao ver duas estrelas a brilhar. Olhei o teu sorriso. Delirante, Beijei teus lindos lábios de encantar... Momento apaixonado, cativante, No qual me sinto em suave levitar. Dá- me teus lábios doces, dá- me um beijo, Quando te beijo, amor, é meu desejo Amar-te e abraçar-te com fulgor Beija meus lábios, terno frenesim, E nesse longo beijo sente assim Quão belo e quão profundo é nosso amor.
Beijo (2)
Beijo (2) O teu sorriso lindo, delicado, Me deixa tรฃo feliz e ao ver-te assim Eu sinto-me inalando, inebriado, O teu perfume a rosas e jasmim. Deixa afagar teus seios sem pecado, Beijar teus doces lรกbios de cetim E ao desventrar teu coito apaixonado Sentir-te pura e livre para mim. Afago os teus cabelos com ternura E deixo-me embalar nessa loucura Dos lรกbios teus, sedentos de desejo. E saboreio todo o seu dulรงor Seguindo nas correntes desse amor, Perdido no sabor de um longo beijo!
Canção do mar
Canção do Mar Sentado junto ao mar, a namorar, A segredar-te versos bem baixinho Tentando nos meus versos recordar O teu imenso amor, o teu carinho. E lanço-me na areia e ao caminhar Contigo em meu olhar, sigo sozinho, Pisando neste enlevo do meu mar Pegadas que deixaste no caminho. Ó ninfa, meu amor, vem me abraçar, Eu quero nos teus braços embalar O sonho deste amor em que me inspiro. E quando nos teus braços me enlaçar, Num longo abraço havemos de encontrar A essência desse amor que em ti respiro!
Canção do Mar (2)
Canção do Mar (2) Oiço o cantar das ondas do meu mar Na sua eterna e doce melopeia, Aquele interminável marulhar Num louco desafio com a areia. Serenidade e paz, um som constante, Perene e doce o mundo ao meu redor! Um beijo e outro beijo à eterna amante Em mil abraços dados com fulgor! Ondas do mar, conforto de minha alma! Lançado sobre a areia, o gozo, a calma E o meu muito obrigado ao Criador! Como é suave e bom sentir-me assim, Ouvir o imenso mar cantar pra mim A melodia eterna deste amor!
Carta de amor
Carta de Amor Encanto de minha alma, em cada instante Tu nasces e renasces no meu peito, Tu és a minha amada, eterna amante E, envolto nos teus braços, me deleito Ai, doce companheira, doravante, Proclamarei o amor e o respeito Que sinto por te amar e nesse canto Serás no meu jardim o amor-perfeito Vem, dá-me o teu abraço, o teu carinho,, Ensina-me a trilhar esse caminho Que um dia prometemos caminhar, Quando surgirem pedras de tropeço, Galgá-las-emos sempre, a qualquer preço, Sorrindo, de mãos dadas, a cantar!
Chin chin, amor
Chin-chin, amor! Chin-chin, amor! As pétalas voaram Cruzando o tempo em forte vendaval... São pétalas de rosa que deixaram As marcas de um silêncio intemporal E entre a tempestade e a bonança, Vaguearam para além do infinito, Deixando pelo ar réstias de esp'rança Na ânsia que se ouvia em cada grito.. Sessenta e quatro lágrimas de dor Perdidas, derramadas com candor, Unguento de uma alma assaz ferida... Plantada cada rosa, cada espinho Que foi nascendo ao longo do caminho, Deixou profunda marca em tua vida!
Contigo
Contigo Contigo despertei esta manhã, Contigo estou momento após momento, Viver sem ti, amor, não sei, não dá, Tu és o meu constante pensamento. E se desperto cedo, com afã, Ao som do mar, das aves ou do vento, Meu pensamento não é meu, sei lá, O vejo diluído com o tempo. E quando estou sozinho por aqui, Só sei que já nao sei viver sem ti, Que voo para ti em cada instante. Procuro o teu amor, o teu carinho Co' a ânsia de te amar, ficar sozinho Contigo, minha doce amada-amante!
Coração mendigo
Coração mendigo Se olho p'ra teus olhos de avelã, Me sinto como um pobre peregrino Que vai calcorreando a estrada vã, Perdido, entre as arribas do destino. E quando nesse andar ao deus-dará Eu paro, exausto e triste, sem ter tino, Respiro o alvor fresco da manhã E saboreio as fontes do divino. Bem procurei por toda a madrugada Mas nessa busca intensa, apaixonada, Eu nada achei do nosso amor antigo. E choro enlouquecido, amargurado, Porque este coração dilacerado Se transformou num coração mendigo.
De manhĂŁ
De manhã... A matutina luz que p'la janela Penetra e traz consigo um novo dia, É a evidente prova de que é bela A vida se vivida em harmonia. Eu ouço o chilrear das avezinhas Nas árvores frondosas as redor E sinto esvoaçar andorinhas Cantando para nós canções de amor.
Ao longe, o marulhar perene, quisto, Daquele imenso mar... E não resisto À tentação de num silêncio infindo Ouvir pela janela do meu quarto A sinfonia desse mar tão farto, Tão verde, tão azul, cinzento, lindo!
De manhĂŁ (2)
De manhã (2) Despertei de manhãzinha Ao canto de um passarinho E foi p’ra ti, queridinha O meu amor e carinho. Ao ver os prados, os montes, Essas belezas sem fim, Meus olhos são duas fontes Porque estás longe de mim. Fecho os olhos. De repente, Tento no céu encontrar Esse sorriso silente Que cintila em teu olhar. Vem para mim, vem depressa E rejeita o despudor De tudo o que se atravessa E afronta o nosso amor
Despertar Amy
Despertar Bem cedo despertei. E tu, Amy, Estavas a sorrir à minha espera Olhaste para mim e eu p'ra ti Vivemos num abraço essa quimera. Vem para mim, amor, quero beijar Os lábios teus de rosa revestidos E no dulçor dos lábios relembrar Os beijos de mil sonhos já vividos. E quando nos meus braços te enlaçar Com todo o meu fulgor, hei de encontrar Um coração de amor que em ti vive. E num momento eterno e tão profundo Iremos gritar alto para o mundo Quão grande é nosso amor, eterno e livre!
Deixa-me ouvir
Deixa-me ouvir Deixa-me ouvir a tua voz suave, Rasgar o céu em doce melopeia, Abrir teu coração para que grave O mavioso som na lua cheia. Que o grito do silêncio não apague O fogo intenso e forte que encandeia Os nossos corações mas neles guarde O brilho desse olhar que me incendeia. Quem sabe se ao raiar da nova aurora A bruma e a tristeza vão embora E todo o sofrimento que em ti vive Se apague nessa noite de luar, E num abraço, puro e singular, Tu possas, meu amor, sentir-te livre!
Dia dos namorados
Dia dos namorados Doce jasmim, ó flor da minha vida, Ai, como é bom olhar-te em meu jardim! Tu és e hás de ser, minha querida, A linda flor que guardo para mim! Vem dar-me a mão, regar o nosso amor, Nesse jardim florido à beira mar, Sentir ali brotar de cada flor As pétalas do nosso verbo amar. Dá-me o teu beijo, amor, quero sentir Pulsar teu coração, ver-te sorrir, Poder sentir que assim tu és feliz... E lá, no nosso mar, quando ao sol-por, Nós vamos partilhar o nosso amor Olhando cada flor em seu matiz!
Doce amor
Doce Amor Olhei para os teus olhos cor de esp’ranca, Fiquei extasiado a olhar pra ti E ao percorrer meus tempos de criança, Ao ver teus lindos olhos me perdi... Beijei teus rubros lábios... De repente, Senti-me a viajar na fantasia E nem sei bem o que me veio à mente Nem definir aquilo que eu sentia. E quando olhei p'ra ti, p'ra teu sorriso, Tão cheio de doçura, tão preciso, Senti o teu amor em mim presente. E, de repente, o tempo parecia Parar no tempo, pleno de alegria... E então, senti que és minha para sempre!
Deusa da verdura
Deusa da verdura Levanta o teu olhar cheio de esp'rança Que espreita sedutor entre a verdura E em folhas de prazer e confiança Mergulha-me em teu banho de loucura.
Afaga os meus cabelos de criança Nos teus cabelos verdes de alma pura E traz pra mim os tempos de bonança Num longo abraço cheio de ternura. Ó deusa da verdura, salta ousada Por entre o arvoredo, apaixonada, Abraça-me com todo o teu fulgor . E no alvor da nossa madrugada Serás a minha eterna apaixonada No reino da verdura e do amor.
Domingo ao almoรงo
Domingo, ao almoço Domingo, hora de almoço, ainda cedo, Chegámos... O garçon, sempre gentil, Trouxe o menu. Seguimos com o dedo, Pedimos um arroz de tamboril... Chegaram as entradas: Pataniscas, Fatias de pão-de-alho, paté, pão, Miminhos para encher as nossas vistas, Num prato, uma fatia de melão. Ficamos numa longa cavaqueira, Sem preocupações e sem canseira; Por fim, o nosso almoço terminou... Pedimos o café, descafeinado, E a conta... E ele veio, delicado, Pegou no multibanco e se cobrou...
Em ti
Em ti... O teu sereno olhar, calmo, solene, Que ao meu viver traz força e energia Transforma a minha vida assaz perene Em mananciais de paz e de harmonia!... Na minha embarcação, tu és o leme Que traça o rumo, a estrela que me guia... E em ti me sinto alguém que nada teme E enfrenta o seu viver com alegria... Em cada amanhecer, ao despertar, Eu sigo os passos teus e ouso pisar O teu andar seguro... E, peregrino, Refaço-me em pegadas. E uma a uma Eu pinto em cada onda, entre a espuma, Nos passos teus, a cor do meu destino!
Encontro
Encontro Atravessava a rua lentamente E, de repente, vi-te do outro lado À espera do autocarro que, atrasado, Parava ali na estrada indiferente. Entrámos e ficámos frente a frente Silentes, num,murmúrio apaixonado, Trocámos um olhar mal disfarçado E nosso coração saltou plangente.
A voz da alma, só, gritava aflita Num abafado som como quem grita E sente amordaçado o seu clamor. E num momento imenso e subtil Trocámos novo olhar, sorrisos mil, E no silêncio, um grito: meu amor!
Encontro (2)
Encontro (2) Ouviste-me chamar… e de repente Buscaste-me na cama, tensa, fria… Tentaste penetrar na minha mente E descobrir porquês dessa ousadia… Eu era o teu amado, à tua frente, Que te sorria, cheio de euforia,,, E via-me sorrindo de contente À espera do carinho que eu queria. E, num momento intenso de ilusão, Soprou no meu, no nosso coração, O vento do amor, minha guerida! E ao ver-te mergulhada nos meus braços Deixei meus pensamentos vãos, devassos, E amei-te ardentemente, Amy querida
Este poema lindo
Este poema lindo Este poema lindo que te escrevo Pela manhã, em suave alvorescer, É para nós um íntimo segredo Que a vida nos ensina a reviver. Amar a noite, o dia, o triste, o ledo, E tudo o que na vida dá prazer Às vezes nos assusta e mete medo Mas são lições que temos que aprender.
Amar é para nós percurso antigo Que não está isento de perigo, E aonde a cada paço se tropeça. Mas nós sabemos que esta vida é assim: Olhamos eu p’ra ti e tu p’ra mim E, num sorriso, tudo recomeça!
Estrela da manhĂŁ
da manhĂŁ
Estrela da manhã Estrela da manhã que lindo o brilho Do teu olhar tão cheio de paixão, Eu corro para ti, qual andarilho, Que tenta penetrar teu coração. És boreal aurora que partilho, Olhando o céu na sua imensidão, Como se fora mãe que tem um filho Parido no palácio da ilusão. Ai quem me dera ser polar estrela Que iluminasse a minha estrela bela No seu trajeto rumo à eternidade! Ao ter-te assim bem dentro de meu peito, Com teu amor profundo me deleito, Vivendo na maior felicidade!
Estrelas
Estrelas Teus olhos são estrelas cintilando No sideral espaço e se algum dia Brilharem para mim, me agraciando, Eu chorarei, amor, mas de alegria. E se ergo o olhar p'ró céu de quando em quando, Na Esp’rança de te ver, então, me agito E perco-me de amores, com desmando, Eu brado aos céus: Meu Deus, ouvi o meu grito! Meu lindo amor, me perco em teu olhar... Pudesse nos teus olhos encontrar Carinhos mil, tão cheios de paixão, Eu, nesse olhar celeste que irradia No brilho do teu rosto, encontraria O amor que faz vibrar meu coração!
Feliz Natal
Feliz Natal Neste Natal, a voz do pensamento Irei lançar ao vento num clamor E tu vais ser o eterno sentimento Que guardarei no peito com amor. E a luz do teu olhar em movimento, Rasgado pelo tempo e pela dor, Vai ser no nosso eterno firmamento A estrela que irradia luz e cor! Vem-me abraçar! No nosso sapatinho Só quero o teu amor... E o teu carinho Irradiará na pruma do pinheiro!
E num abraço puro e singular, No teu olhar meus olhos vão brilhar E então vai ser Natal o ano inteiro!
Fénix
Fénix Perdi-me nos teus olhos… E o destino Teus olhos me levou p’ra o fim do mundo E vagueei na terra, peregrino Como se fora um pobre vagabundo. E todos os meus sonhos de menino Se dissiparam nesse vale profundo. Fiquei a vaguear só e sem tino Buscando a luz num túnel sem ter fundo. E, quando em desespero, sem esp’rança, Quis pôr um fim a esta má lembrança, Lançando ao esquecimento toda a dor, Das cinzas ressurgia nova vida, Contigo… Tu voltaste, Amy querida, Trazendo nova força ao nosso amor!
Fica comigo
Fica comigo... Ai, como é bom saborear teus lábios Tão cheios de dulçor e de ternura E partilhar contigo os versos sábios Ditados pelas tua alma terna e pura! E mesmo quando estás mais agitada, Sobressaltada, quem sabe, insegura, Eu sinto-te feliz, apaixonada, Por partilhar comigo esta aventura. Ai, como é bom sentir-te assim presente No peito meu, gravada em minha mente, Tão cheia de alegria e amor profundo. Fica comigo amor, vai vir um tempo No qual vais ser meu terno pensamento, O grito desse amor puro e fecundo!
Flor do mar
Flor do mar Ali, no meu jardim à beira-mar, Cruzando essa cortina de neblina, Eu vejo a linda flor desabrochar Nos teus olhinhos lindos de menina. E eis-nos de mão dada a passear. Banhando os pés na água cristalina, Co'as ondas num suave murmurar, Cantando o imenso amor que nos anima. Vencidos pelo tempo, p'la distância, Parámos e sorvemos a fragrância Do mar, do sol, da brisa, do calor. Depois, voltamos nessa melopeia, Pegada após pegada, pela areia, Vivendo intensamente o nosso amor!
Flor de sal
Flor-de-sal Vem dar sabor à vida, meu amor, Num manto de brancura e de pureza E desfrutar no imenso mar de cor Do sal em sua flor, rara beleza! Iremos de mão dada e quando for A hora de sentar à nossa mesa Que não te esqueça nunca, por favor, Da flor de sal, um dom da natureza! E mesmo que estendida na salina Envolta numa colcha cristalina, Tu vais saboreá-la que, afinal, É nessa dança, ao som do realejo, Que havemos de alcançar nosso desejo Num doce beijo com sabor a sal!
Grande amor
Grande amor Anita, vejo em ti essa menina De longa cabeleira que algum dia Eu encontrei na estrada, peregrina E com subtil olhar p’ra mim sorria.
Cruzamos nossas vidas. Nossa sina Cresceu de braço dado e a harmonia É para nós candeia que ilumina, O nosso mundo pleno de alegria. Não deixes que resquícios do passado Se venham interpor ao nosso lado E tragam até nós tristeza ou dor. Eu sei que mesmo o vale mais profundo Não há-de por em trevas este mundo Que construímos. Grande é nosso amor!
Luz
Luz Eu que te amei, amor, desde o momento Em que te vi, não sei, não posso crer Que todo este vigor, este poder Por Cristo me foi dado em sentimento. Vieste-me dar luz ao pensamento Em trevas e fizeste-me entender Mil vícios que tinha em meu viver. Sofreste, amor, mas nem um só lamento. Voltaste! Como é lindo este meu fado, Contigo a caminhar, sempre a meu lado, Num corpo e alma, sós! Eis o esplendor. Do Deus todo-poderoso! Por ti, fiz-me Seu filho dedicado. Anda lá, diz-me Se posso mais viver sem teu amor!
Madrugada
Madrugada São cinco e trinta. Acordo no meu leito E penso em ti, estrela da manhã... A estrela brilha dentro do meu peito Em cada instante... amor assim não há! E neste enleio, o meu amor perfeito É brisa fresca, orvalho que me dá... E envolto nos teus seios me deleito Saboreando a estrela, o meu manã... Sorriso de açucena, doce encanto, O teu amor perene, puro, santo, Refulge no meu peito cada dia. Estrela, meu amor, vem-me abraçar! Envolto nos teus braços vou ficar Sorvendo os lábios teus com alegria!
Meigo olhar
Meigo olhar Ao ver o teu olhar tão puro e manso Olhando o meu olhar com tal brandura, Eu olho para ti e não me canso De olhar a tua imensa formosura. E busco em meu jardim a linda flor Na esperança de algum dia te encontrar E ao procurar eu sinto o imenso amor Que só consigo ver no teu olhar.
E se algum dia no raiar da aurora Tu vires que chegou aquela hora Que enche os corações de luz e cor. No teu olhar sereno, puro e manso Hás-de encontrar por fim paz e descanso, Sei lá, viver pra sempre um grande amor!
Menina loira
Menina loira Essa menina loira que me chama P'ra junto a si, Senhor, é verdadeira. É pura, para mim é a primeira Que conheci, que sabe porque Te ama. A sua mão estende sobre a lama Onde nadamos. Vida traiçoeira A que vivemos, sós, buscando fama No mal que praticamos! Que Deus queira Que seja esta a verdade. Se assim for, Um dia vai ser ela o meu amor. E a todos levaremos essa luz Que essa menina loira me quis dar, Em tempos de tristeza e de pesar, Quando buscava, em trevas, seu Jesus.
Meu gelado doce
Meu gelado doce São frescas as palavras que te levo Sentado ao fim da tarde a ver o mar, São frescas as carícias que recebo Se sinto essa doçura em teu olhar. São frescos estes versos que te escrevo Na taça dum gelado, em seu sabor, São frescos esses beijos que recebo Dos lábios teus tão cheios de dulçor Sentado, saboreio a malvasia Que rega o teu sorvete e com magia Transforma toda a vida ao meu redor, E quando o sol se esconde no infinito, Num longo e terno abraço eu canto e grito Perdido neste teu imenso amor!
Meu quadro
Meu quadro As cores com que pinto são disformes E cheias de emoção. E, persistente, Eu sinto que te pinto quando dormes, E se desperto estás na minha frente. E com pincéis delgados mas enormes Eu meço com cuidado e em minha mente Eu gravo e, quer tu vás ou quer retornes, No meu olhar de artista, estás presente. Com meu pincel de teu azul vestido, Eu vou pintando, dando o colorido Que quero dar à cor da tua vida.
E junto-lhe o vermelho, o amarelo, O verde e o cinzento. E o meu anelo É ver-te de esperança revestida.
Momento de amor
Momento de amor Quando te vi deitada e abraçada Beijando com ternura os lábios meus, Minha alma se sentiu apaixonada E elevou-se em preces para os céus.
Ó minha flor tão doce, delicada, Quão bom sentir teus lábios. Rogo a Deus Por ter assim minha alma agraciada Por esses doces lábios que são teus. E nesse frenesim e sedução Eu sinto a palpitar meu coração Com ânsias te amar dia após dia. E nesse enleio pleno de infinito Ao mundo eu ergo a voz num alto grito Num ato de loucura e fantasia!
Muito obrigado
Muito obrigado Esta afeição sentida no teu peito Quando caí na minha enfermidade, Me faz olhar pra ti com mais respeito Na senda deste amor, felicidade... Mesmo prostrado e fraco no meu leito, Sinto um carinho imenso e lealdade Nos gestos teus, fugindo ao preconceito Dos meus momentos de leviandade.
Tu és e serás sempre o Anjo da Guarda, A luz do meu caminho que não tarda Nas lutas, nas agruras desta vida. Humilde, aqui me tens, muito obrigado, Quero sentir-te assim, sempre ao meu lado, Amando e sendo amada, Amy querida...
Mulher
Mulher Se houvera de escolher algum tesouro No meu peregrinar por esta vida, Eu nunca escolheria prata ou ouro Nem ia atrás da pérola perdida. Não ia procurar jardins em flor Nem pássaro de lira ou colibri, Iria desejar o quanto amor Tu me transmites quando ao pé de ti. Por mais que a vida corra, o tempo passe, Se esse olhar singelo que em ti nasce Voltar pra mim em cada alvorecer, De todos os tesouros desta vida A minha escolha, a escolha preferida Serás apenas tu, deusa mulher!
NĂŁo chores
Não chores Não chores, meu amor, não vês que um dia Nós vamos caminhar na eternidade Por verdejantes prados e a alegria Vai ser para nós feliz realidade? Não vês que o sol que brilha no horizonte Nos vai iluminar e dar alento E as águas vão jorrar em cada fonte Tão frescas, cristalinas, todo o tempo?
Não vês, amor, que as aves vão cantar De manhãzinha, enquanto o sol brilhar, Trinados mil tão cheios de beleza? Não chores, meu amor, declina o sol, Mas logo de manhã, ao arrebol, O sol virá beijar-nos, com certeza!
NĂŁo chores (2)
Não chores (2) Eu vi os olhos teus banhados de água Olhando para os meus com terno amor, Teu coração batia num langor Tão cheio de tristeza, dor e mágoa... As lágrimas caiam pelo rosto Profusamente… e tu, em convulsão! E no meu peito, um frágil coração Pulsava e se quedava a contragosto... Aonde estás, Estrela da Manhã, O teu sorriso lindo aonde está? Não fujas, não me deixes tão sozinho! Não quero ver-te assim, triste, cansada! Vais ver que no alvor da madrugada Contigo, vou trilhar nosso caminho!
NĂŁo temas
Não temas Não vivas inquieta, minha amada, Não temas esse meu amor vadio Porque este amor, amor, não vale nada, Mas sei que é para ti amargo e frio. Não vivas com a alma atormentada... Capricho de poeta, um desvario, A busca duma musa que, inspirada, Venha até mim e cante ao desafio. Não temas, meu amor, breve isto passa E quando isto passar, só por pirraça Iremos relembrar esses momentos. Não dês maior valor do que merece Pois esse frenesim logo arrefece, Não vai ferir teus nobres sentimentos!
Nas asas do falcĂŁo
Nas asas do falcão Nas asas do falcão voei bem alto Em busca dum amor que então sentia, Meu coração saltou em sobressalto Quando no alto o teu amor sorria. Nas asas do falcão fiquei voando Na plenitude desse imenso céu E vi no céu o olhar tão puro e brando Tentando desbravar o peito meu. Nas asas do falcão eu vou voar Em tardes e em noites de luar, Tão cheio de prazer e de alegria. E nesse voo puro e singular Que no meu peito sempre irei guardar, Havemos de voar dia após dia!
No meu jardim
No meu Jardim Um dia, passeando em meu jardim, Eu vi-me rodeado de mil cores E entre rosas, lírios e alecrim Eu encontrei a flor dos meus amores. Ei-la sorrindo... Olhava para mim, Um malmequer brilhava entre as flores, No meio de açucenas e o jasmim Lançava para mim os seus olores. E o malmequer olhava e me sorria Tão cheio de afeição e de alegria, Brilhando num jardim puro e perfeito. E uma voz do céu bem alto grita Que o malmequer é o coração de Anita Que pulsa com ternura no meu peito.
Noite de paz
Noite de paz Noite de paz, o tempo está sereno... Ao longe, a maresia, a voz do mar O vento no silêncio sopra ameno E os sons da noite pairam pelo ar. Ao lado a minha amada em paz descansa Num sono muito leve, algo agitado... Seu coração imenso de criança Parece-me algo triste, amedrontado. Quisera nesta noite de vigia Reencontrar a paz e a harmonia Que um dia construí na minha mente. E no silêncio desta noite oculta Meu coração sorri, minha alma exulta E tentam caminhar alegremente.
Nuances outonais
Nuances Outonais Nuances Outonais, vidas e vidas No Outono dessa imensa primavera, Retratos e memórias esquecidas, Perdidas entre sonhos e quimera. Ó, quantas cicatrizes e feridas Sentidas, sempre humilde e tão sincera, Vagueando entre chegadas e partidas, Em noites de vigília à minha espera.
Ao ver-te debruçada, de joelhos, Co'as lágrimas caindo, olhos vermelhos, De mãos erguidas para os altos céus, Meu coração, contrito, desfalece E busca o teu perdão. E numa prece Eu sinto em teu olhar o amor de Deus!
Num campo de alfazema
Num campo de alfazema Caminho nos caminhos do destino Ao por do sol e numa tarde amena, Eu olho aquele arbusto de azevinho E inalo o doce olor da alfazema. Campo sem fim, a ave que me acena Ao chilrear tรฃo cheia de carinho, Um passarinho lanรงa-me uma pena Que cai suavemente no caminho.
No lago, os peixes correm em cardume E eu sinto, meu amor, o teu perfume, Qual bรกlsamo que lanรงas sobre mim, E o cheiro a alfazema, a pradaria, A tarde amena e tu, quanta alegria, Eu sinto por poder sentir-te assim.
O Jardim de Amy
O Jardim de Amy Aquele pedacinho de roseira Que com amor plantamos num vasinho, Enfeita agora a nossa floreira Em cima desse toalhão de linho. Luís, Miguel e Pedro à dianteira, Gerados com amor e com carinho... E o pé de rosa encheu a casa inteira Com rosas que perfumam o caminho. O Hugo, a Joaninha e o Martim, Abigail e Marcos... um jardim Mais belo quando Pedro chega aqui. Gerados com amor e com paixão, Trouxeram muita paz, muita união, Ao nosso lar de amor, graças a ti!
O meu Abril
O meu Abril Olhando pra teu rosto de perfil Eu lembro um outro Abril do meu passado Um lindo alvorecer, um céu anil E um meigo olhar tão puro e delicado Deixara há pouco tempo o meu redil Tão cheio de alegria esperançado Nos dias de bonança, sonhos mil Que quero reviver do meu passado E neste nosso encontro eterno e doce Eu canto essa slegria que nos trouxe Um sonho construído passo a passo Eneste canto à vida à liberdade Tu dás-me tua paz serenidade E eu dou-te o meu amor num longo abraço!
O meu mais lindo soneto
O meu mais lindo soneto Catorze são os versos que te escrevo No meu soneto, o fruto duma vida, Catorze versos, versos a quem devo O mundo ao meu redor, Amy querida! São versos dum poema que te levo Em filhos (três), em netos (seis). Talvez, Co'as noras que aqui junto, neste enlevo, Eu conte a minha história: - Era uma vez... ...Um jovem, uma jovem, na voragem Do tempo. No decurso da viagem, Qual árvore, cresceram para o céu. E o meu soneto nasce entre a folhagem: Um Tronco a sustentar toda a ramagem, Seis netos, filhos, noras, tu e eu!
O teu abraรงo
O teu abraço Quero o teu colo, amor, teu aconchego, Sentir no teu abraço maternal Carinho e afeição e nem me atrevo Sair dessa doçura sem igual . Só quando aos teus braços eu me achego Buscando o teu candor e harmonia, No encanto desse abraço teu recebo Mananciais de paz e de alegria. Na força destes versos que te escrevo Eu hei de conseguir o doce enlevo Do terno coração que me sorri. E nesse abraço intenso hei de ficar Durante todo o tempo, a procurar A força deste amor que existe em ti!
O teu sorriso
O Teu sorriso Que paz imensa sinto a olhar para ti!... O teu olhar transmite-me candura E ao olhar-te foi que percebi Quão doce e bela é tua alma pura. Deixa-me olhar o teu olhar sereno, Sentir todo esse afeto que irradia… Quero afagar teu rosto e num aceno Vivê-lo com paixão, com alegria! Deixa-me olhar teus olhos de menina! Que paz perene e doce que me ensina A amar a vida. Dá-mo, Amy querida! Se me oferecer’s teu sorrir sereno, Guardá-lo-ei pra mim, qual verbo pleno, E ele será meu por toda a vida!
O voo da รกguia
O voo da águia À sombra dum pinhal, com minha amada, Um dia me encontrei pela tardinha E nessa tarde amena recatada Quis por a toda a prova a vida minha. Ouviam-se ruídos lá na estrada De gente curiosa que ali vinha, Mas ela olhou pra mim determinada, E abraçou-me até dobrar a espinha. Passámos bons momentos de prazer; Depois, mostrando raça da mulher, A águia ousou voar no descampado. Qual águia, libertou-se das amarras, Lançou sobre meu corpo as suas garras E ali cantou comigo o nosso fado!
Ouvi a tua voz
Ouvi a tua voz Ouvi a voz serena do amor Falando para mim com tanto afeto Que aos céus agradeci esse favor Do teu amor tão puro, tão dileto . O teu olhar sereno, esse candor Que envias num discurso mais direto, É para mim fragrância dessa flor Que inalo do teu peito são, discreto. Vem, dá me o teu carinho, anjinho meu Faz-me voar nas ondas do teu céu Em mananciais de amor e de magia. E um dia, ao despertar com o alvor Da madrugada, possa em teu candor Reencontrar a paz e a alegria.
Paixão
Paixão Setembro, fim da tarde, mais um dia Se esvaiu tão triste em meu lidar, Apenas mais um dia em que seguia Num barco desvairado a navegar. Agora, a sempre grata companhia Que no silêncio dum singelo olhar Tentava transmitir o que sentia Ao soletrar, sozinha, o verbo amar. Surpresa! De repente, vi na estrada Dourada cabeleira que brilhava No ondular mais lindo que encontrei Meu coração saltava de alegria! Olhamos e sorrimos à porfia, Depois, não sei porquê, me apaixonei!
Pela noite
Pela noite... Meti a minha mão na tua blusa E afaguei teus seios suavemente; Olhei teu terno olhar que não recusa Viver o nosso amor impenitente. Senti-me a navegar como quem cruza As ondas dum imenso mar de gente, Na senda desse amor e que se escusa Fugir do antro meu, fogoso, quente. E partilhei contigo um longo abraço, Vencido pelo tempo e pelo espaço, Amando e sendo amado em frenesim. Olhámos as estrelas, o luar, Deixámo-nos ficar a ver o mar Perdidos..., eu por ti e tu por mim!
Perdoa
Perdoa Perdoa se não sou justo contigo Se não consigo ser como devia. Por mais que tente eu quero e não consigo Ser justo para ti, Ana Maria. E quando caio em mim, penso comigo Que não sou digno desse grande amor. Por isso eis-me aqui como um mendigo Pedindo te: perdoa, por favor! Momentos há que, mesmo sem querer, Eu me descuido, deixo adormecer E faço te sofrer, minha querida.
Perdoa, tu bem sabes, sou assim E é toda esta afeição que sinto em mim Que faz de ti o amor da minha vida!
PĂŠtalas vermelhas
Pétalas vermelhas As rosas, lindas rosas, meu amor São pétalas vermelhas que espalhei Na tua cama, em tudo ao teu redor Co’as rosas mais formosas que encontrei. Inala pois o seu intenso olor, Descobre nelas tudo o que eu não sei Dizer-te por palavras, o fervor Com que te amo e sempre te amarei. E um dia, ao recordares este dia, Envolta nessas rosas, que a alegria Eu possa ver brilhar no teu olhar.
Eu sei que as rubras pétalas dirão Como é feliz e grato o coração Que envolto nessas rosas te vou dar.
Pizza grandiosa
Piza grandiosa Tu és a bela piza grandiosa, Recheada de gelado e fruta pura; Das pizas a mais doce e saborosa, Tão cheia de sabor e de frescura! Maravilhosa piza, vem, gostosa, Trazer à minha mesa o teu frescor, Sacia os meus desejos, graciosa, Com ondas de prazer e muito amor. Partilharei colher após colher Com esse doce encanto de mulher: A fruta, o creme, a mousse, a fantasia ... E quando esse dulçor, num doce beijo, Levar aos lábios seus, é meu desejo Sentir o teu sabor a malvasia!
Por ti
Por ti Monte dos Burgos, fim de mais um dia. Regresso a casa ainda sem saber Que nesse dia tinha que escolher Entre Milucha e a doce Ana Maria. Difícil o dilema, quem diria! Milucha eu conhecia; era mulher Sensível, delicada, lindo ser. Ana Maria? Enigma, fantasia! Entre paredes, louco de euforia, Meu coração gritava em extasia Num misto de alegria e de pudor. Por muito que apelasse a vã razão, Era mais forte a voz do coração E então me apaixonei por ti, amor
Por do sol
Pôr-do-sol Perto do mar na tarde que se esvai Olhando o sol imenso a declinar... O meu olhar do teu olhar não sai E quedo-me feliz a olhar, a olhar... Uma gaivota voa... Aonde vai No seu bailado simples, singular? Não sei para onde vai mas não, não sai Dos olhos meus o sonho de voar... E quando pela tarde o sol declina E sobre o mar um manto se ilumina, Eu lanço o meu olhar no imenso mar, E nesse encontro belo e eloquente, Eu sou o grande mar à tua frente E tu o suave sol que o vem beijar!
Praia Verde
Praia Verde O verde se estendia pela frente Num manto de esperança e de ilusão, A paz perene estava tão presente, Silencio, harmonia, perfeição. Na praia passeava um mar de gente Buscando o equilíbrio e a afeição E nesse mar suave, imenso e quente, Eu procurava a minha inspiração. E envoltos nessa linda melopeia, Seguíamos felizes pela areia, Cantando, assobiando com dulçor. Colhemos buzios, conchas e beijinhos, Trocámos mil sorrisos e carinhos Vivendo intensamente o nosso amor.
Primeiro encontro
Primeiro encontro Estava na paragem do autocarro Sozinha, a cogitar com seus botões, Vivendo esse momento tão bizarro Na mente que se trava de razões. Eu saio do Instituto e logo esbarro Com seus cabelos longos e brilhantes. E atravesso a rua, carro a carro, Perdido em meus silêncios, por instantes. E eis-me frente a si, enfeitiçado, A olhar o seu sorriso disfarçado, Perdido no meu antro de paixão. E quando, enfim, desperto do meu sonho, O seu olhar sereno, tão risonho Vagueia em meu palácio de olusão!
Quarenta anos depois... Um ano e outro ano, minha amada, Iremos neste dia relembrar Os dias de aventura apaixonada Que um dia prometemos partilhar.
Penoso e longo o nosso caminhar Com rosas e espinhos na jornada, Coragem sem limite a derrubar As pedras de tropeço dessa estrada. E agora, ao declinar o sol poente, Olhamos para trås como quem sente Tristezas, alegrias sem medida E neste humilde lar que Deus nos deu, Olho pra ti, a estrela do meu cÊu, Meu verso, meu poema, minha vida.
Quarenta e um anos depois
Quarenta e um anos depois... Quarenta e uma rosas, quanto espinho Tivemos que afastar o ano inteiro, Que às vezes, disfarçado de azevinho, Tentava sufocar nosso canteiro... Quarenta e uma provas de coragem, De força, de vigor, de confiança Que no decurso desta atroz viagem Testaram nossa assaz perseverança... Quarenta e um caminhos calcorreados, Quarenta e um os pedregais saltados Na caminhada bruta desta vida... Quarenta e um os gritos de vitória Que um dia hão de narrar a nossa historia Gravada em Rocha firme, Amy querida!
Quarenta e dois anos depois
Quarenta e dois anos O tempo voa, amor, nem dei por isso, Já vão quarenta e dois à nossa conta; Ultrapassámos grande reboliço, Algumas dissensões, talvez de afronta. Mas já lá vai, querida... Depois disso Aquilo que passou não nos fez monta, Quebrámos um enguiço e outro enguiço Logrados nesses jogos faz-de-conta. E ao soprar o vento lá do norte, Corremos, procuramos nossa sorte Buscando solos firmes e seguros. Dos erros retiramos ilações E ao refinar com fogo os corações Tornámo-nos mais fortes, mais maduros!..
Que bom
Que bom Que bom ao despertar de manhãzinha, Sentir-te viva no meu pensamento Pulsar no peito teu que me acarinha Com tanto amor momento após momento. E quando, p'la frescura matutina, Te tornas no mais puro sentimento, Eu vejo nos teus olhos de menina O meu olhar levado pelo vento. Ai, como é bom, amor, sentir-te assim! Vem pra meus braços, quero-te pra mim, Sentir-te no meu peito tão sozinho. E quando tu vieres hei-de amar-te Com todo o meu candor, a nobre arte De partilhar contigo o meu carinho.
Raínha
Rainha Rainha, minha amada, desce ao paço E olha como é belo o nosso lar, As andorinhas voam no espaço, O rubro sol estende-se no mar... Subamos de mão dada pelo monte, Cantando, partilhando o nosso amor, Saciemos nossa sede em pura fonte Que jorra para nós com seu frescor. Fiquemo-nos amando, minha amada, P'la noite dentro, até de madrugada, Sozinhos, partilhando esta afeição. Eu quero ver ter olhos a sorrir Confiantes no futuro, no porvir E canto porque é meu teu coração
Ramalhete
Ramalhete Aquele ramo rubro de papoulas Que coloquei em tempos, minha amada, No teu formoso peito, duas rolas, Na noite dessa eterna madrugada, Traduz o meu desejo, ideias tolas Que pairam nesta mente depravada, Amar-te porque quando me consolas Eu vivo com minha alma apaixonada. E penso nesse intenso amor tão belo, No brilho desse olhar, puro, singelo E sinto o teu carinho , o teu dulçor.. E aguardo com fervor o alvorecer De um novo dia.. Então, vou te oferecer Um outro ramalhete, meu amor!
Regresso
Regresso Um calmo despertar neste domingo Em que o Algarve deixo pra voltar E neste meu regresso vou seguindo Para o conforto doce do meu lar. O sol desponta... Pois que seja lindo E possa em segurança viajar Num caminhar seguro, longo infindo E possa a paz ali reencontrar.
Ó, como é bom espairecer uns dias E seja com percalços , alegrias, Mudar um pouco o rumo desta vida. E um lenitivo assim vou encontrando, Ao viajar em paz de quando em quando, Tornando assim a vida mais florida.
Se eu fosse
Se eu fosse Se eu fosse um costureiro respeitado E dominasse a agulha e o dedal, Serias um modelo acarinhado Em todo o nosso espectro sideral. Levar-te-ia então por toda a parte E em todo o lado aonde quer que fosse, Embaixatriz serias dessa arte, Que nos transmite o teu sorriso doce. Se eu fosse um costureiro, minha amada, Serias tu a eterna apaixonada Do humilde coração que te acarinha. E sobre a tua aurea cabeleira Colocaria para a vida inteira Uma coroa digna de rainha.
Serenidade
Serenidade O mar está sereno. Esta acalmia Me traz descanso e paz ao coração; Olhando o mar, ouvindo a maresia Mergulho pelo sonho, a ilusão. Ai, quem me dera ter sossego um dia, Viver aquela paz que já vivi, Olhar ao meu redor e essa energia Sentir porque me encontro ao pé de ti! O vento sopra. Ao longe, o mar sereno, Gaivotas a grasnar num tom ameno, Silêncio e paz se espalham ao redor. E nesta nostalgia, fria, quente, Meu coração se sente, se ressente No teu olhar, qual fonte deste amor!
Sessenta rosas
Sessenta rosas Sessenta rosas, doces primaveras Vividas desde o tempo de menina São rosas simples, sonhos e quimeras Que vão passando. Vida peregrina! Sessenta beijos numa eterna espera De ser feliz. A vida nos ensina Que o mundo gira, gira nesta esfera De sonhos, de ventura em cada esquina. Sessenta abraços, gritos de meu peito, Que busca em teu olhar puro, perfeito, O amor e o carinho que há em ti São rosas que me trazem a alegria Por ter-te como minha companhia, Sentindo, amor, que a vida nos sorri
Sonhei
Sonhei! Andei a noite inteira como um louco, Desenfreado e triste atrás de ti; Corri pelo Marão, pelo Larouco, A ver se te encontrava... E não te vi! Busquei-te pela praia... O grito rouco Da longa embarcação que andava ali Nada me quis dizer... E nem tampouco Vestígios de pegadas descobri... Na minha noite longa, triste, escura, Qual pária, vagueei sempre à procura De te encontrar no tempo e no espaço... E de repente, amor, eu despertei E aqui, mesmo ao meu lado, te encontrei Sorrindo e esperando um longo abraço!
Sonho
Sonho As pétalas caiam uma a uma No teu formoso peito, minha amada... E deleitado frente ao mar de espuma, Perdido nos teus braços, te beijava. Cruzamos nosso olhar em meio à bruma, Silenciosos... Alma apaixonada? Não há na vida nada que consuma O amor que o nosso peito alimentava.
E ali permanecemos tempo infindo Envoltos nesse enleio, construindo O nosso amor profundo, a nossa mente... Cruzámos nosso olhar e num momento Ali fomos vencidos pelo tempo Que se extinguiu veloz à nossa frente.
Sonho lindo
Sonho Lindo Esta noite sonhei contigo… E no momento doce do teu beijo, Penetrei numa fonte mágica De desejo E te senti… E vimo-nos abraçados Entre linhos e brocados, Rodeados nessa hora De pétalas vermelhas, Centelhas de fogo Plenas de cor E de magia… Tempo de bonança, Tempos de alegria, Réstias de esperança, Gestos de amor…
…
… E estendidos Nesse leito de paixão Eis-nos peito com peito, Num só coração, Nessa profusão de amor Perfeito… Sorvi teus beijos E candura, Desejos e ternura, Ensejos e loucura, Com pudor… E, mergulhada Nessas pétalas sem fim, Olhaste para mim Com terno amor…
…
… Depois, Num longo abraço, No tempo e no espaço, Sem cansaço, Amei-te Com deleite Até ser dia… E ali, Entrelaçados, Com gestos delicados, Sorrimos um para o outro Apaixonados No nosso sonho lido…, Eterno, Infindo… Os dois, Sorrindo!...
Sorri
Sorri Que ocultas nos teus olhos, minha amada? Quando te sinto nesse olhar tão triste, Minha alma fica turva, perturbada, E o coração fenece, não resiste! A vida assim, amor, não vale nada... Se vires que esse teu sofrer persiste, Não fiques nessa cela, acorrentada A coisas que passaram, mas resiste. Vais ver que ao chegar a primavera Um novo mundo está à tua espera E tudo vai mudar... Vá lá, sorri! Confia, amor, aceita com dulçor O meu carinho e tenta, por favor, Sentir o amor que guardo para ti!
Tempestade
Tempestade Que ventania, amor, é forte o vento Que sopra impiedoso sobre o mar, Varrendo num instante o pensamento De dias tão felizes a cantar.
Olhando para trás, num só momento Vivido na esperança de te amar, Ficou cá dentro um triste sentimento De frustração e medo a torturar. Agora, quando olho em teu olhar, Procuro nos teus olhos encontrar Os dias de bonança, o teu calor… Vestido de esperança, hei-de ficar Na ânsia de ainda um dia despertar O teu olhar para este imenso amor.
Ternura
Ternura De manhã, ao despertar, De quando em quando, Abro os olhos com desmando Para ver teus lindos olhos Me olhando, me olhando… E se cedo, muito cedo, Qualquer sonho me desperta, Eu corro com afã, De mente aberta, Buscando o teu sorriso, O teu calor, Que me seduz, Buscando com fervor A tua luz, Que só traduz amor. …
… O teu sorriso aberto, Semi encoberto Entre os lençóis, Vai, desperto, penetrando Lento, lentamente, No meu pensamento, Na minha mente. E quando dou por mim, Caio perdido, Entrelaçado Na ternura Dos teus braços… Que loucura, amor! E o meu corpo, a mente, a voz, Já não estão sós, Que alegria, Que afinal Eu e tu somos nós, Ana Maria!
Teus olhos
Teus olhos Quanta beleza encerra teu olhar, Quanta beleza amor, tanta harmonia... Meu coração não para de saltar Ao contemplar-te, amor, quanta alegria! E num silêncio louco de pasmar Eu fico por aqui nesta agonia E sem saber se te hei de amar E seres tu o amor que eu tanto qu’ria.
Quisera que algum dia chegue um dia Coberto de ternura, de alegria E, num abraço puro e singular, Eu possa partilhar esta paixão Que sinto em meu singelo coração Que não se cansa nunca de te amar.
Tristeza
Tristeza Não quero ver te triste meu amor Eu quero ver teus olhos a brilhar Sentir esse carinho, esse calor Vivido na esperança de te amar. Esquece todo o sofrimento, a dor Que teimam nossa vida perturbar E lembra esses momentos de fervor Que ambos partilhámos a cantar. Não deixes perturbar-te minha amada, Um sofrimento assim não vale nada, Apenas nos trará perturbação. Mas quando vir o teu sorriso lindo Eu sei, meu coração fica sentindo Quão grande amor nos vai no coração.
Um dia
Um dia Não vamos cometer essa loucura De destruiu o nosso doce lar E abraçar os dois uma aventura Que não sabemos onde vai parar. Eu quero amar-te, amor e com ternura, Beijar teus lábios, neles levitar, E ao afagar teus seios com candura Sentir-te no meu peito a palpitar. E quando te sentir firme, segura, Então, penetrarei na alma pura Que vai desabrochar em linda flor. E no alvor da nossa madrugada Iremos lado a lado, de mão dada, Viver, enfim, nosso imenso amor.
Vamos ver o mar
Vamos ver o mar Ó! Vamos ver o mar, meu amorzinho? Iremos de mãos dadas pela areia A partilhar candor, muito carinho, Deixar-nos enlevar na maré cheia. Gravamos nossos passos no caminho E ouvimos lá no mar a melopeia Das ondas que sussurram bem baixinho E deixam nossa alma cheia, cheia. E quando uma gaivota esvoaçar E no seu canto tão peculiar Cantar a melodia do amor, Eu hei de sussurrar no teu ouvido O grande amor aqui por nós vivido, Sentido neste mar de tanta cor
Amie
Amy Dine
Ana Maria
Ana Maria (Amy)
Ana Sincer
Anita
Chin chin, Amy
Deixa-me ouvir
Este poema lindo que te deixo
Flor do mar
Nuances Outonais
Papoula
Quarenta e um anos depois
Quero
Quisera
São Rosas
Silêncio
Tempestade
Abraรงa-me
Ficha Técnica
Título: Amor
Perfeito Autor: José Sepúlveda Capa: Lídia Moura Arranjo: José Sepúlveda Edição: Edito-me Março de 2017
Blog
ocantodoalbatroz.blogspot.com
Publicado em Ebook https://issuu.com/correiasepulveda