Ao caír da folha

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Ao cair da folha Tempo de Outono… espalham-se à nossa volta miríades de folhas. Tempo de nostalgia… tempo de poesia. A natureza reveste-se de cor… está em festa Convidamos nossos poetas a inspirar-se sobre a natureza nesta época de rara beleza. Quarta, quinta e sexta, convidamos os nossos poetas a produzir trabalhos, inspirando-se nesta linda estação... Como nos eventos anteriores, serão distinguidos alguns trabalhos, cuja seleção será da responsabilidade da Administração, a quem distribuiremos Menções Honrosas. Todos os trabalhos figurarão, para a posteridade, no nosso Blogue e no ISSUU, em Coletânea, que será devidamente divulgada no nosso Solar. 2


Podem ser apresentados até ao máximo de três trabalhos no decorrer do evento, em verso ou em prosa poética. A publicação dos trabalhos é feita no SOLAR DE POETAS precedida do texto: AO CAÍR DA FOLHA e deverá ser feita como comentário ao post do evento, que permanecerá marcado no decorrer do evento. Os trabalhos poderão ser também ser publicados no evento. Alguma dúvida deve ser-nos colocada para que seja esclarecida. A Administração tomará as decisões que achar mais convenientes para pontos que não estejam previstos no texto deste Evento. Venha de lá essa inspiração, poetas... E divirtam-se Solar de Poetas https://www.facebook.com/groups/solardospoetas/ Evento https://www.facebook.com/events/700796413331986/700 798199998474/?notif_t=like

Formatação: José Sepúlveda

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Acácio Costa

Ao cair da folha A chuva cai na avenida! Paira no ar uma certa melancolia De mais um verão que findou. Solto um ai à chuva que cai No doce aconchego deste dia, Em que o outono chegou! O guarda-chuva vermelho, Onde te acoito e abraço, Cobre-te da chuva que cai Mas não do nó do meu braço Que sempre a ti abraçou.

Acácio Costa

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Ao cair da folha O outono chegou, como uma folha que cai no silêncio do jardim. É outra folha a cair do livro deste meu tempo, que teima fugir de mim. É a Senhora Mãe do tempo que, no fim do verão, vem à janela de cabelo ao vento anunciando outra estação. É chegado o tempo em que as árvores se despem, exibindo sua nudez. E outro tempo virá - um tempo de chuva, neve e vento, que é decerto mau tempo mas melhor que este meu tempo que a Senhora Mãe nunca fez.

© Acácio Costa.

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Adelaide Simões Rosa Simões

Outono A terra está ressequida Do Outono sente saudade A briza fresca sentida Traz consigo a novidade. Chega o Outono de mansinho Na sua lentidão traz coragem Para mudar devagarinho No campo o tom da paisagem. As folhas douradas caídas Pelo vento são levadas As árvores empobrecidas Sem a sombra não são nada. O tempo mudou a luz do dia O aroma a terra molhada O sol que erradia A chuva abençoada.

Adelaide Simões Rosa.

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Albertina Correia

Ao cair da folha Verão já vai longe Mesmo ao dobrar da esquina Levou consigo amores quentes Escondidos na neblina Com o cair da folha Na Folhagem se põem escondidos Os corpos entrelaçados Em abraços abraçados Fazendo esquecer o Verão, Vivendo Outono por antecipação Pois que ao virar da esquina Se encontra qualquer estação, Mais difícil é encontrar Um amor de quem se possa gostar Não tem mal fico assim O Outono Fica no meu jardim… Que não é ao virar da esquina Muito menos numa qualquer neblina… Albertina Correia

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Folha de outono sinto-me folha de outono atordoada e sem brilho esvoaçando dolorida como ave de asa cortada derramando dor e pranto ao compasso dum vento tristonho e barulhento pelas calçadas sombrias onde jazem palavras sem vida e a lua cansada vagueia como luz de uma candeia tentando clarear em vão minh'alma e a imensidão. Albertina

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Alice Queiroz

Outono Chegou com a chuva pela noite dentro trazia nos pés ainda agarradas as primeiras folhas que o outono lhe deu espreitou ansioso pelo vão da janela através dos seus lábios tudo aconteceu num beijo ardente com consentimento deu-lhe a provar sal mel e canela Na jarra ainda dormiam as rosas em botão espantadas despertaram abriram-se em flor atiçadas pelo calor de tamanha paixão e cúmplices inebriaram tudo de lés a lés mas ao vê-los esquecidos assim abraçados deixaram tombar as pétalas pelo chão misturando-se nas folhas que pendiam dos pés E depois ele bebeu dos seus olhos tragos perfumados ela mastigou achas em brasa da sua boca acesa nem vento nem tempo nem nada por ali passou restou na lareira uma chama mortiça uma jarra na mesa dois corpos abraçados entre pétalas de rosa e folhas caídas no silencio da sala o encanto bucólico de mais um outono e na distância primaveras verões e os invernos das vidas. Alice Queiroz

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Alice Santos

Outono O dia nasce, Sereno, lentamente Chilrear de pássaros Invadem o amanhecer.

Que deliciada Se espreguiça.

A melodia doce Penetra na alma

A manhã sorri, O sonho desperta, Espreita o sol que nasce Timidamente. As ervas debruçadas Nas margens do cálido rio Que segue seu curso, Calmamente matam a sede. A brisa beija meu rosto Ao entreabrir a janela. Sorrio, sonho, penso Como é belo o despertar do Outono. Alice Santos

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Álvaro Maio

Outono Os cabelos já brancos ondeavam ao vento As folhas das árvores pintavam um quadro em movimento O vento que soprava cantava dando som ao momento E a paisagem quase morta de outono ganhava sentimento Os sentidos despertos pela música da natureza Qual orquestra coligada pelo vento Marcavam o ritmo de uma certa tristeza Embalando as recordações de outro tempo Lembranças das folhas caídas da vida Da procura incessante do sentir Nas etapas dolorosas sem saída Por onde tentamos por vezes fugir Como as folhas caindo ao vento Vidas ondulando sem destino Guiadas pela dor e em tormento Ao encontro de um qualquer desatino De mãos trémulas e rugas já cansadas Pela vida que nos marca dia a dia Há em nós um outono sem palavras Quando pouco a pouco em nós a vida esfria! Álvaro Maio

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Amy Dine

Chegou o outono Há mil folhas já caídas Jazendo amarelecidas Ou num rodopio sem norte Sob a acção do vento forte. Chuvadas inesperadas Deixam estradas inundadas, As ruas cheias de lama E alguns até sem cama! Há dias mais ensombrados Outros mais ensolarados… E como que por magia Surge em nós a nostalgia. Já sabe bem um agasalho… E ao irmos pr’o trabalho Não sabemos que vestir… “Deus sabe o que está pr’a vir”! Já chegou o Outono amigo Trazendo no seu “umbigo” Uma série de mudanças E inúmeras contradanças. Amy Dine 12


Folha caìda Arrancada pelos ventos outonais A última folha verde caiu da árvore E juntou-se no chão com as demais. Agora apenas lhe resta esperar… Alguns dias somente e murchará. Só então serão todas iguais.

Amy Dine

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Ana Stoppa

O outono em mim As folhas amareladas A relva fresca molhada O cantar da passarada Anunciam a chegada Da estação outonal O tapete da saudade Salpicado de estrelas Enfeita a sala da vida Empresta brilho e magia Frutos grandes generosos Agarradinhos nos galhos Pedem a doce colheita Maduros bons de apreciar O outono trás consigo A magia do amadurecer A vida carrega consigo A ternura do viver. Vivo o outono presente Nos anos que já vivi Abraço a doce estação Embalo em terna canção Quero a relva molhada Para pisar de mansinho Enquanto o coração 14


Alegra-se com a paisagem Quero o fruto maduro A minha pequena porção. Basta-me apenas um deles Para vibrar a emoção. O perfume da colheita O gosto suave na boca O saciar dos desejos Ainda que em lampejos. Outono em minha vida Como é bom te vivenciar Fazes-me parte de ti Convidas-me para amar.

Ana Stoppa

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Outono Desigual Expira a tarde cansada morno outono desigual Lentamente o Sol se vai deixando opaco o viver Revoar de aves raras nos umbrais da catedral Repicar dos velhos sinos que saĂşdam a Ave Maria Cintilam escassas estrelas entremeios Ă lua cheia Cerrar das antigas janelas em busca do adormecer Afagos inexistentes, saudade que a alma sufoca. Rotina da solidĂŁo anunciada no cansativo viver. Ana Stoppa

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Outono do Amor Outono dos frutos maduros Das muitas almas alinhadas Outono que esbanja a ternura Na beleza dos tapetes Tecidos de folhas douradas Que despem a m達e natureza Da roupagem habitual Para vesti-la de novo De vida, amor, alto astral! Ana Stoppa

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Ângelo Augusto

Ao cair da folha A minha alma ao cair da folha fica Mais leve, mais suave e mais liberta Do vazio que o mal me significa, Tal e qual a uma ilha já deserta. O cheiro a outono sempre me radica Os males desta vida tão incerta, Como algo que o futuro assim indica A vinda de um amor de porta aberta... E a esperança imortal invade o peito De um jeito que parece tão perfeito, Fruto dos bons caminhos das escolhas. E assim respiro o puro ar das plantas, E refresco o meu corpo em águas santas, Renascendo ao cair das secas folhas. Ângelo Augusto

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António Cláudio

Outono Outono , As folhas caídas são levadas pelo vento !!!... Qual pintura de Van Gogh , na paisagem ... Nos rostos bronzeados fica a imagem Duns farrapos de Verão...como um lamento!!!... Outono, O vento sopra mais frio ...é mais vibrante !!!... A Natureza pouco a pouco adormeceu; Ficará repousando...mas não morreu, Irá renascer de novo...bela e pujante !!!... Outono, As cores no firmamento mudam de tom... No ar esvoaça o silêncio e nostalgia; Como num sopro de mistério e de magia, Se dilua ou desvaneça o próprio som !!!... Outono, Vivida em pleno a Primavera e o Verão; Nesta fase vivemos recordações... Alegrias...Saudades...Desilusões... Arquivadas p´lo passado!!!... No coração!!!... António Joaquim Alves cláudio 19


Arilo Cavalcanti Jr.

Ao cair da folha... o direito sublime de amar...

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Aurora Ferreira da Cruz

Outono O outono desfolhou-se emocionado em mais de mil pétalas de saudade. O vento balançou árvores com intensidade. Soprou-lhes segredos na intimidade e as folhas caíram sem demora não porque se quisessem ir embora mas porque afinal chegou a sua hora. E o Outono tudo limpou tudo varreu O céu ao ver este cenário se comoveu observando o que as árvores sentiram lágrimas em gotas de chuva caíram rolando pelo chão da terra desidratada, E a terra sedenta bebeu e ficou saciada. Os relâmpagos imitiram flashes brilhantes iluminando a terra por pequenos instantes. É a força da natureza a se pronunciar Calma! que o outono não vem para ficar tem o seu tempo para aqui permanecer O necessário para a renovação se manter. Aurora M.F.C.Martins Afonso

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Outono A poesia se desnuda perante o Outono Recita a valsa da nostalgia cheia de sono, Há palavras silenciadas pela névoa fria. Como se à poesia lhe faltasse alegria. Tristeza camuflada num riso aparente. A natureza pura... tem alma de gente Sofre com as investidas do forte vento que a despe sem piedade aparente. O sol até brilha, porém com um brilho baço Pobres arvores esperando pelo seu abraço as nuvens se comovem e choram vendo a cena. Porém o Outono as sacrifica sem ter pena. O vento vai varrendo as folhas caídas no chão. e com elas as saudades do passado Verão. A lua espreita e vê este cenário enternecida, Fica a esperança... da renovação da vida. Aurora M.F.C.Martins Afonso

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Bárbara Godinho

Dia de Outono O dia amanheceu tristonho O Sol escondeu-se É mesmo um dia de Outono De vez em quando a chuva cai os pingos escorrem nas vidraças o vento, esse...açoita as arvores e cala forte nos nossos corações As pessoas correm abrindo os guarda chuvas... Parece que o Inverno vai chegar devagar mas sorrateiro... A chuva chega de mansinho penetra na minha alma traz ao meu pensamento a nostalgia de sentimentos que o tempo não apagou... a ali no meu canto fico calma e aconchegada...

Bárbara Godinho

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Outono Ele aí está...o Outono Chegou de mansinho... Mais uma vez a natureza a lembrar-nos que tudo acontece no seu tempo completando mais um ciclo da vida Nas árvores, as folhas douradas dão-lhe um colorido outonal Acabam por secar, cair e amontoar no chão... De quando em vez sopra um vento que as arrasta, deixando no chão um tapete fofinho... As árvores secas aguardam a chegada da Primavera para se concretizar a renovação e voltarem a vestir-se de novo Vamos viver a magia de cada estação e que seja sempre renovada a esperança pois a vida nos mostra que é preciso morrer para voltar a viver...

Barbara Godinho

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Beatriz Antunes

Chegou o outono... Sopra uma brisa... E o Sol já sorri... Parece estar longe já não me aquece como antes... Mas me deixa feliz. Corro de mansinho pelos campos e essa brisa leve, no meu rosto me diz chegou o Outono!!! Olho as flores, as árvores e sim, chegou o Outono. Suas folhas de cores verdes vivas estão a amarelar, tomam cores diferentes mas não deixam de me encantar. Procuro o Sol por entre elas e num manto de folhas me vou deitar sinto o calor do Sol embora mais fraco, me acariciar brincando com a brisa que vem do mar.

Beatriz Antunes

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Ao cair da folha Quando as folhas caiem... Foi no Outono... No cair das folhas Quando os dias ficam mais pequenos E o sol já não aquecia. Foi no Outono... Teu corpo frágil E já cansado, lutava em busca do passado Que já não queria voltar. Foi nesse Outono.... Que as tuas forças se perdiam Teus poemas já não dizias E já não querias cantar. Foi nesse Outono... Foi nesse dia triste e frio te abracei com carinho Meus olhos eram um rio E tu partiste meu pai. Beatriz Antunes

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Bernardina Pinto

Ao cair da folha... Fresco aroma do Outono com cheiro a terra molhada, recomeço de novas vivências princípio de uma nova etapa. É tempo de colheitas e de plantar. Rever caras de sempre, outras novas e viver experiências renovadas. É tempo de tomar chá... Há uma brisa no ar que nos refresca a alma... Há um perfume diferente que nos encanta e inspira para novas poesias... É tempo de renovação, as árvores ficam nuas e as suas folhas voam levando sementes de paz e de esperança... É tempo de renovar muitas coisas e agir pensando no bem e em melhorar a nossa vida e a comunidade onde vivemos com determinação, dinamismo, amor e justiça...

Bernardina Pinto

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Encontro de outono Vi-te ao longe numa tarde de Outono, estavas rodeado de pombos que comiam o pão que tu ias espalhando em teu redor... Sentei-me a ler e a observar As folhas a cair e senti uma brisa no ar... Passado pouco tempo vieste sentar-te ao meu lado, perguntaste se ia chover... Olhei para o céu estava a ficar muito escuro, Começou a chover devagar e tu pegaste na minha mão e corremos até a um café ali perto. Começou a chover com maior intensidade, sorrimos um para o outro e começamos a falar primeiro de coisas banais e depois das nossas vidas. Senti uma grande cumplicidade entre nós.. Acabara de nascer uma amizade muito bonita! No Outono, a natureza e os sentimentos mudam, é lindo ver novas flores e plantas a nascer... É tempo de renascer, novas amizades fazer e encher sempre o coração de amor para repartir a sorrir... Bernardina Pinto 28


Outono com Poesia Sente-se o aroma do Outono no ar e de manhã e á noite a refrescar. Jardins coloridos e folhas a voar é uma delícia andar agora a passear! No Outono, novas flores e plantas a nascer é a beleza da natureza que nos encanta... É um novo recomeço, esperança para viver, às vezes chove e logo cada árvore dança... As árvores sentem frio com as suas folhas a cair, em bando, pássaros voam e outros vemo-los partir. É altura de ver novas cores, outras pinturas surgir e as pessoas procuram agasalhos para vestir... O Outono é uma estação linda, colorida, com poesia onde se sente mudança, outras cores e renovação. Passear neste tempo é como sentir emoções com alegria, viver rodeados de beleza e ter muito amor no coração!

Bernardina Pinto

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Carla Gonçalves

Outono Chega de mansinho após o Verão Acompanhado de frio e destruição Folhas caídas, Árvores despidas Num misto de cores quentes e reluzentes Símbolo de serenidade e estabilidade emergentes Propicio ao renascer de esperanças Convida a um restabelecer de forças Revigoriza a Alma e o Coração Sufocados, revoltados entre a destruição Desbravam a passagem Seguem viagem No meio da nua realidade Renasce a Felicidade Carla Gonçalves

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Vento de Outono Vem vindo sorrateiro Beija as árvores primeiro Acaricia as folhas demoradamente Então de repente Cansado da resistência Sem paciência Sopra forte e zangado As despe para seu agrado Débeis, Frágeis, nuas à mercê do vento Carrasco e senhor no momento Vem, vem de mansinho Sopra fininho No coração de quem maldiz e desdiz Na alma de quem não sabe o que é ser feliz Vem Carrasco e Senhor Elimina os sentimentos ruins com fervor Fortalece o espírito Para longe leva o conflito É tempo de Renascer no meio da ventania Despertar para o amor e fantasia Enfeitiçada com suave magia Do Vento de Outono

Carla Gonçalves

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Folhas caídas O verão acabou Este ano nem se mostrou Aí vem o Outono encantado Com o Sol a seu lado Com a chuva á espreita Nesta praia perfeita Em seu areal despido Embalada pela suave melodia Ondas e gaivotas em sintonia Maravilhosa calmaria Outono maravilhoso Por vezes monstruoso Árvores desnudadas Folhas cobrem Ruelas e Calçadas Vielas e Avenidas Maravilhoso manto Um espanto Intenso colorido de verdes estranhos Nuances de Laranja e castanhos Levadas pelo vento Passeiam no firmamento Por ali Por aqui Perto deste mar extenso Que teima em beijar meus pés Isto terá um revés A Calmaria vai acabar A chuva vai voltar Com ela o vento e as trovoadas Grandes enxurradas Lama, Cheias, Caos e destruição Que será da população Danos avultados, Famílias desalojadas 32


Sem teto, sem sustento, Tristes e sem alento Obrigados a Recomeçar Condenados a trabalhar a dobrar Nem tudo é fascinante Nem tudo é impressionante Nesta estação irreverente A desfrutar da maresia Da suave melodia Do Sol brilhante e reluzente Rodeada de folhas caídas Ao Outono dou as boas vindas Carla Gonçalves

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Carlos Fragata

Outono é beleza Dá o verde lugar à cor garrida Com que a terra pintaste e coloriste, Apesar da mudança, não é triste O que ofertas ao Verão na despedida. Não és morte, a morte não existe, És a preparação de nova vida… A terra rejubila, agradecida, Pelo vermelho e mel que lhe vestiste! Até o Sol, que é rei celestial, No tapete de folhas que se espalma Participa feliz e cordial! És interregno, convidando à calma E até no ar frio, outonal, Ver-te, cheirar-te, nos aquece a alma!´

Carlos Fragata

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Lugar ao Outono Sentindo que seu fim é já tão perto, O Verão, calmamente, se prepara E na tela da vida, joia rara, Pinta seu quadro, com ouro coberto! Seu tempo, inexorável, nunca para, Tudo tem o seu tempo, em tempo certo... Da missão que tivera já liberto, Dá lugar ao Outono e o ampara. A transição da vida, doce, lenta, Num pardo tom, avisa da mudança Que chega no Outono, amarelenta. Tempo de reflexão e de bonança, Atrai-nos esta calma, que se ostenta, Como sorriso calmo de criança...

Carlos Fragata

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Carlos Manuel Alves Margarido

Ao cair da Folha Folha seca, dos lágrimas de mim, Desprendida de ti, O chão, perdeu a razão. Dói a solidão, no coração. Andorinha sabia que partias, Que deixarias, o ninho no beirado, Do peito, deste apaixonado. Levas-te as asas, o voar dos amantes… Deixastes a solidão, dos instantes… Ó céu! De um Deus maior, Que chora, nos meus olhos, Dá-me asas, ensina-me a cantar, Quero partir… Faz, o sol… Faz ,o calor… Faz ,o meu amor voltar. Folha seca, das lágrimas de mim, Desprendida de ti, O chão, perdeu a razão. Dói a solidão, no coração. Carlos Margarido

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Carmen Marques

Noite de sentidos no outono Noite caiu! Horas adiantadas pela madrugada adentro! Sonhos imagens na memória cores do Outono fantasias da mente! Começa a raiar o dia o sol fraquinho doce penetra pela janela adentro! Como que a recordar os sonhos existentes na floresta sonhados por mim! Tento a cada minuto recordar a doçura das folhas devastadas pelo vento a rolar pelo chão! Neblina ofusca a visão! Este Outono um começo de inverno nos sentidos de alma e coração no vazio da sempre escuridão! Meus olhos mortos pela recordação de dias belos que para sempre se foram! Alma e coração tristonhos na madrugada doces miragens no profundo Outono que me adormece no sonhar! A Mente e o coração! Carmem Marques 37


Águas cristalinas outono esplendoroso Nas águas cristalinas de uma queda d'agua entre florestas matizadas pelo decorrer do Outono que inicia! Beleza sem igual por este imenso arvoredo começa a desfiar cores e mais cores que deambulam ao sabor do vento e o sol fraco que mal aquece os nossos sentidos mas ilumina os nossos olhos perante tal fascínio, este misterioso cheiro no ar aroma de Outono! Folhas secas terra húmida adoçam os sentidos e dão brilho esplendoroso ao nosso olhar! Quão belo este cenário morno que desperta em nós o enigmático de tão rara beleza mesmo sendo uma estação que iniciando um inverno no seu existente sonho de calor ao coração! Nos sentidos do Outono todos os sentimentos crescem na grandeza de uma nova estação! Carmem marques

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Catarina Dinis

Árvore de folhas Folha de papel, De esperança, de sonhos Amarelecida pelo verão E nada foi em vão. Folha da árvore Pendurada por instantes Esperando o vento para arranca-la E leva-la Para tão longe do infinito. Que venha o outono, A chuva, o frio, O calor de meu amor…

Catarina Dinis

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Outono de Sonho (acróstico) Ouvem-se as gotas de água Uniram-se entre caminhos Todos os silêncios Ocultam o grito da natureza Noites de escuridão que perpétua Onde o horizonte se cruza com os sonhos

Catarina Dinis

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Tantos Outonos Nem sequer o outono foi frio… Existiram outonos que eram primaveras No Etéreo Paraíso da vida. Hoje os outonos são tumbas de memórias Roubadas ao seu tempo.

Catarina Dinis

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Celeste Seabra

E assim se fez... O verão partiu outra vez... e folhas caíram de mim, como raios solares a queimar cetim... Como almas apaixonadas, que o tempo apagou como batidas do coração que a idade roubou! E assim se fez... Sentimentos quebrados, marcados de cores outonais, de castanhos momentos, onde os arrepios de frio são breves lamentos! E assim se fez... voltaram os ventos de norte outra vez! As árvores despidas de folhas, tentam não quebrar, deixando um tronco torto... assim como o meu corpo já meio morto! E assim se fez... de novo o outono retornou, alojando-se no meu coração como uma folha caída, como a decepção, eu, mais caída, que a própria estação espero pelo inverno da vida, fora de época... No meu coração! E assim se fez... 42


momentos da alma, vividos debaixo de um guarda-chuva negro, como gotas de orvalho, caĂ­das na madrugada, folhas de outono, de uma vida quebrada! Celeste Seabra

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Outono da minha vida Hoje vi ao acordar, uma folha a esvoaçar, na minha janela suavemente veio pousar, caindo graciosamente, batendo no vidro bem devagar... esvoaçando com o vento ainda quente, Vento que ontem era de verão, que apetecia tirar a roupa, andar descalça no chão! hoje, é vento mais frio, sente-se a brisa mais solta, Fechei os olhos, a deliciar o vento, retornei ao Outono da minha infância, parecia real o momento! E como por magia corri por montes de folhas, chutei galhos quebrados, como quem chuta uma bola, e por breves segundos sorri, voltando às ruas onde cresci! voltei apenas, ao pátio da minha antiga escola, carregando nas minhas costas, aquela velha sacola... Então de novo uma folha caiu, fazendo-me acordar do passado, olhei para a rua em que vivo, através do reflexo vidrado, vi a natureza mudada, como se fosse um belo quadro, vi folhas vermelhas e castanhas, por vezes um pouco amareladas, árvores de galhos abertos, completamente desnudadas! Ainda ontem corria feliz, à saída da velha escola, saltava poças de água, com sapatos pretos e de sola! 44


hoje adulta me encanto, com as cores de uma folha caĂ­da... na minha janela vidrada, relembrando o Outono da minha vida!

Celeste Seabra

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Cely Parente

Folhas de Outono Sopra o vento cantando melodias outonais, Dançam as árvores Rodeadas de tapetes coloridos por elas bordados, Passadeira estendida Onde o verão passa num gesto de despedida e o Inverno chega num manso bailado. As árvores choram as folhas roubadas Que aos seus pés caem, cheias de cor, Mas já sem vida. Quantos dias tem o Outono na cidade? E dentro da alma, terá ele um tempo, momento ou estação? Quantos sorrisos de criança e passos de gente, Quantos corpos despidos e olhares sinceros já caíram do peito, de uma árvore mulher? como folhas arrancadas pelo vento, Em manhãs manhosas de primavera Que afinal eram outono! Celina Parente

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Outono Primaveril Não quero manhãs nebulosas Nem flores ressequidas Ou árvores nuas Não quero campos sem semente, Nem canto de gaivota desesperada Nem ninhos desfeitos Nem pombas brancas acorrentadas Não quero sonhos dissolvidos Nem borboletas sem asas... Quero melodias garridas Voos de pássaros, livres Sorrisos de criança Campos espigados Flores brotadas Amores eternos

Sol destemido Céu límpido… Não quero chuva Nem bancos vazios Nem campos desertos Em dias de Primavera! E se este ano As andorinhas chegarem De olhar melancólico, Asas cansadas E melodias mudas Este ano, é Outono Na minha cidade!

Celina Parente

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Cléo Alves

Ao cair da folha Não quero pedras no meu sapato Nem quero sapatos voadores Nem passos retardando cores Nem as cores que pintei o céu Não quero céu que tenha buracos Nem asas dilaceradas no meu olhar Nem realidades múltiplas verdades Nem verdades sem sonhos alcançar Não quero mais do que quero sonhar Nem quero aplausos que agridam Nem elogios inventados no caminho Nem caminho sem passos pra andar Não quero passos maiores que eu Nem realidade pequena e sombria Nem loucura lúcida maior que breu Nem breu que eu não possa clarear Eu Eu Eu Eu

quero quero quero quero

pedras em meu castelo asas no meu caminhar sapatos nos meus pés nuvens pra poder pisar

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Eu Eu Eu Eu

quero Outono que o vento não leve quero folhas secas, soltas pelo ar quero prender-me onde me soltar só quero motivos pra poder voltar

Eu Eu Eu Eu

quero quero quero quero

que o vento leve a tristeza apenas a mágica nostalgia a outonal e poética beleza as páginas de um novo dia

Eu Eu Eu Eu

quero quero quero quero

palavras que ao vento voa poesia sempre rindo à toa a felicidade como escolha um poema ao cair da folha

Cléo Alves

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Outono Quem há de me trazer o Outono As folhas secas do seco sofrer A doce saudade que tira o sono Um amor de Outono ao anoitecer Quem há-de correr entre as flores Ser mais florida do que todas elas Abrir os braços cheios de amores Roubar das flores o perfume delas Quem há-de trazer a chuva amena Ventania pequena na manhã outonal Quem há que serena seja tão fatal E que de tão fatal seja mais amena A folha pequena que cai no quintal Ou a outonal paixão que me acena

Cléo Alves

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Dizeres O Outono trás a ventania, Cai a primeira folha... No céu brota a nostalgia. Rolam os tempos de espera E nesse tempo quem dera, Ao cair da folha uma alegria. Rolam as folhas entre os seres E só o vento as toca E entende seus dizeres.

Cléo Alves

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Cristina Correia

Envia-me um recado envia-me um recado numa folha de papel não precisa ser branco não precisa ter cor basta-me uma gota cristalina de teus olhos… envia-me um recado numa pétala de rosa podes secá-la no teu livro nesse teu diário de vida basta-me ter o cheiro de tuas delicadas mãos… envia-me um recado numa folha seca abandonada pelo Outono não precisa ser verde basta-me ter os laivos da frescura de teu sorriso… envia-me um recado no silêncio do vento que eu não ouça que eu não veja mas que sinta no afago o mais belíssimo recado de tua pra minha alma… Cristina Correia

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Elair Cabral

Ao cair da folha Sereno e colorido como um banho gostoso antes de ir ao baile, e mestre em suavizar momentos surge o outono, em ondas de beijos enamorados! Podia-se sentir as folhas caindo ao som da sonata de violinos, de Beethowen... O calor intenso deu adeus, e os corações aquecidos, serenaram em dégradés impressionantes, ao darem adeus à Perséfone que voltou ao tempo de contemplação..., Em louvor à natureza, as folhas festejaram, com aromas de carinho e respeito maternal, as canções de ninar vivências! Ao sabor do som do cair da chuva, as folhas passearam por entre fios de poesia e correram, como á água azul e ainda morna dos rios de serenidade e deitaram-se no leito da mãe terra a espera do renascer, em forma de presentes raros e caros à terra dadivosa! A vida passeia calmamente em nuances de olhares amenos e silvestres, no equinócio que sorri... Agora os sonhos empalidecem e se configuram em dias e noites iguais, badaladas 53


efêmeras de um tempo silencioso. Em ciclo de lunação o namoro acarinha a terra que gestara para dar, em breve, vida à novos projetos, novos brinquedos e novas leituras, muitas a florescer pelo reflexo do acaso e mesmo assim, encantam em jogos de amor e fragrâncias divinas... Ao cair das folhas o amor se aninha!

Elair Cabral

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Fernanda Bizarro

Outono Olha como esta o dia cinzento da chuva transparente do vento as folhas douradas que eram prateados mudaram de cor são douradas… o gelo mata as ervas ,as plantas, é sublime, como tudo se transforma metamorfoses do meio... para nascer descendência! é o ciclo da flora esta em mudança sempre diferente de estação em estação é surpreendente! admira-se a gente, porque onde havia natureza... e a beleza ali perto agora... é o deserto!

Fernanda Bizarro

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Ao cair da folha… A monotonia que é a mudança da vida, nas plantas Dá certa nostalgia, a cor da esperança fica esquecida É uma visão morta amorfa na vegetação, na mudança, Da estação. As folhas anémicas sem sangue caem desmaiadas, no chão. Árvores despidas de penugem, com os ossos a ver-se, É a miragem a passagem do verão, para outra estação. O OUTONO! Beleza que se entranha, no corpo e na alma, e espalha as Folhas caídas, já sem vida. Se estranha e arrepia! O vendaval o silvo entoava a melodia Da vida que se ia. Mortas, suspensas já não estão! Agora vivem no chão. Dão à paisagem as características próprias da estação, No solo deitadas, armazenadas em camadas, Aquecidas. São alimento da terra! Folhas destorcidas na paisagem, Aspeto triste que o vento faz dançar, Rodopiar, e tudo vai pelo ar, a entoar como Que, um hino divino ingénuo no tocar Ao de leve no chão …com emoção! Fernanda Bizarro

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Fernanda Costa

Outono Outono Entras Logo Tudo Queres Desnudar Pareces Ter um Certo Prazer De tudo P么r A voar Deixas Tudo Nu Vazio Com frio Seco Triste Com cor Velha Amarelada Acastanhada Fico Sem vontade 57


De sonhar S贸 queres Preparar Tudo Para Teu amigo Inverno Chegar Tua amiga Queria ser Mas n茫o Gosto Deste teu Desnudar Apesar De saber Que o tens Que fazer

Fernanda Costa

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Desculpa outono Outono Bem cedo Ele me Convidou Leu o meu Poema E não gostou Vamos passear Vou te mostrar Que desnudo Mas não gosto! Às vezes até choro! Não tenho Prazer nisso! Como tu dizes! Eu passo Para limpar E não para Desnudar È preciso Alguma Coisa fazer Para tudo Renascer Na lei da Natureza O meu Trabalho É este 59


Tenta Compreender Fiquei triste! Logo pedi Desculpa NĂŁo vou voltar A te ofender Como seria bom Que o nosso Mundo Humano fosse como O vosso!! Todos juntos Fizessemos Da Terra O ParaĂ­so

Fernanda Costa

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Gil Ordonio

Paisagem de sono´ Eis que chegou o outono Deixando a paisagem com cara de sono. Porém no mais completo abandono Ficou eu... Sem ti É chegado o tempo Mudou a estação E o sopro de um frio vento Deixou gelado o meu coração Nessa troca de estação te perdi E o inverno em mim se fez mais cedo Pois nessas estações o que me marcou Foi o momento em que te conheci E agora, desse triste inverno sinto medo Por que deixaste o vento do desconforto sobre mim? Confesso que isso eu não esperava Marcasses a minha vida quando puseste um fim Matando a esperança que em mim se renovava Que direi a minha pobre alma agora 61


Que inconformada com a tua decisão Se lamenta... Pranteia... E como chora Mergulhada em profunda solidão Que farei? diz a mim afinal Como poderei sorrir quando tudo se desfez E num golpe do destino amargo e crucial Choro mais uma vez Por sobre as ruínas que deixaste ó menino Gil Ordonio

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Hamilton Ramos Afonso

Outono…da vida A paleta de cores em tons de amarelo, castanho e vermelho terra as folhas caindo, as árvores preparando-se para o Inverno e suspirando pela Primavera As primeiras chuvas, o cheiro, bom a terra molhada, os cogumelos a nascerem em tufos de vida no chão, juncado de folhas mortas das florestas de carvalhos As sementeiras do pão de centeio e trigo, os nabais que servirão de forragem aos animais, no Inverno os soutos com os seus castanheiros prenhes de ouriços que em partos esforçados se oferecem em castanhas que aquecem as noites já frias,a telha vã branca da geada Tudo isto faz parte das minhas recordações da minha infância e juventude, quando as aldeias nortenhas tinham vida, gente, jovens percorrendo alegremente as ruas empoeiradas do Verão, enlodadas das chuvas que caem, com os pés calçados com os socos de solas de pau de amieiro, e as suas taxas metálicas. À noite à volta da lareira, conversando e ouvindo Respeitosamente os seniores transmitindo-nos A sua imensa sabedoria caldeada na escola da vida 63


Saudade? Melancolia? As duas coisas, mas sobretudo o enorme respeito or aqueles que me moldaram o carácter, que me ajudaram A ser homem A minha gratidão e ternura a todos eles Os seniores da minha infância que tratávamos com respeito

Hamilton Ramos Afonso

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Outono A melancolia instalada na natureza em admirável e monótona paleta de cores do avermelhado , ao dourado até que se atinja o seco acastanhado da morte das folhas… Morte que , suprema contradição, vai significar , mais tarde vida ressuscitada após travessia de duro inverno, com frio , gelo e chuva , muita chuva… Também nós, humanos passamos no nosso interior por esse Outono, ao darmo-nos com todas as forças à mais dura melancolia, deixamo-nos tomar por rigoroso Inverno, mas acabamos por encontrar a nossa mais risonha Primavera… Contemplemos a beleza das cores Outonais , mas não deixemos nunca instalar a melancolia no nosso interior sorrindo sempre para a vida, porque podemos , com a nossa vontade e força de viver permanecer em constante Primavera… Hamilton Ramos Afonso 65


Saudade A saudade tomou conta de mim ao reparar nas cores outonais em caminhada por veredas que me conduzem às memórias da minha juventude, ao cair da folha das florestas de generosos carvalhos, percorridas em restolhada de botas cardadas pelas folhas caídas e o estalar de pequenos ramos no chão onde generosamente nascem e crescem os cogumelos selvagens que em rancho ajudava a colher... A saudade de, em alegres grupos de ancestrais, alguns já falecidos e contemporâneos que reencontro com alegria, apnharmos castanhas que caem dos uberes ouriços , em generosa festa de vida que nos soutos se perpetuam pelos tempos, repetindo os mesmos gestos , com a mesma gente nos nogueirais... Quem disse que o Outono é a Estação da melancolia de certeza que nunca teve o privilégio de , na terra e com as próprias mãos assistir à colheita dos frutos do trabalho árduo de gente humilde , que encara a vida com alegria, 66


ou de , na mesma estação assistir às sementeiras das cultruras de Inverno que nascem em pleno Inverno, crescendo pela Primavera e que em todo o seu esplendor dão fruto no Verão e se vão transformar no pão nosso de cada dia.

Hamilton Ramos Afonso

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A Primavera no Outono da vida No Outono da minha vida surgiste no esfusiante esplendor da tua Primavera, para me dar o alento necessário a reviver, e a voltar a acreditar que o Amor é possível, sempre... A forma como franqueaste o meu coração, entrando nele , instalando-te e tornando-te a sua dona, fez de mim alguém mais confiante, sereno, com vontade de sorrir, de lutar , sentindo de novo a seiva da vida percorrer o mais ínfímo dos vasos capilares do meu corpo predispondo-me para aceitar , de braços abertos o afecto que deu vida e cor ao meu Outono de vida , nas alegres cores de Esperança e Vida que o teu sorriso, as tuas mãos o teu terno olhar e a juventude do teu corpo que entregaste despudoradamente ao meu, aportaram à minha vida... São cores quentes, vivas, cheias de brilho as que usamos para pintar o mais belo dos quadros, em tela branca, a lembrar-nos que a melancolia associada ao Outono da vida pode e dever ser transformada todos os dias na mais radiosa das primaveras... Hamilton Ramos Afonso

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Horácio Almeida

Outono Mesclado folhas frutos e flores Amarelados na estação Outonal Salpicando os montes de odores Arvoredo multicolor sem igual. Tempo de apanha em pomares Sementeiras cereais e colheitas Armazenam nos celeiros e lagares Diversas frutas e vindimas feitas. Azáfama nos campos determinada Assacados à terra macia e molhada Os frutos saborosos são recolhidos Apanha facilitada na chuva abençoada. Mudança de estação sopra fresca brisa Paira no ar cheiro a mosto adocicado Mistura de aromas perenes suaviza O néctar que da adega vem perfumado.

Horácio Almeida

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Ilda Ruivo

Folhas secas... Estou coberta de folhas secas caídas na vida pelo Outono esperando que apareças tornando real este meu sonho. Para que resplandeça novamente feita tua Deusa amorosa... acaricia esta folha simplesmente e torna-a para ti a mais formosa. E deitados sobre a folhagem nossos corpos despidos a natureza sem a ramagem no enlevo dos ruídos. Inebriados e enamorados em todo o nosso ser… serenos mas alados... deixarmos tudo acontecer

Ilda Ruivo

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Isabel Beato

Outono Chegou o Outono E as folhas caem de sono Derrubando sonhos. Continua quente o meu amor, Embora as lรกgrimas de dor Teimam em permanecer. Mas fica a esperanรงa, Que das cinzas vai ressurgir E mais uma vez reflorir.

Isabel Beato

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Joana Rodrigues

Sou Folha De Outono Sou como uma folha de árvore que o vento levou sem vida o outono não lhe deu guarida, triste e amarelecida pelo verão chegou o Outono e eis que cai no chão Pobre folha no chão caída, seus sinais vitais a alertaram porque ao sentir-se já quase perdida chegam os ventos e a pobre folha levaram sem forças para lutar perdeu a vida E tal como o cair da folha amarelecida também eu sinto essa mágoa do outono ao saber que há tanta folha caída que são marcadas pelo abandono tantas ainda estão a lutar pela vida É no outono da vida, fica o Ser, em decadência é uma dura e triste realidade ao chegar ao inverno da vida recordando tudo com saudade até de uma folha de outono arrancada pelo vento que, esquecida, jaz a pobre folha, de outono caída. Joana Rodrigues 24/09/2014 72


Outono Outono vou pedir-te Com carinho Que me digas Bem baixinho. Num pequeno Sussurro ao meu ouvido, Que não mates Uma árvore por suas Folhas terem caído, Enquanto durar teu reinado Mostra que não queres Ser odiado, Não tragas dor, nem desgraça, Sei que ´és triste, eu também O sou, e por já ter conhecido Um outono bem sofrido, Eu te peço com carinho Que tal como uma folha caída De uma árvore quase esquecida Nunca a deixes perdida Mostra-lhe o melhor caminho Joana Rodrigues

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Outono e o Vinho Cada estação tem sua beleza e o Outono não é excepção é triste por natureza, mas é no encanto do verão que são as uvas amadurecidas mas colhidas nesta estação fazendo o vinho jus à realeza em que o Outono afasta a tristeza e o bom vinho ele oferece, acabando com alguma frieza e os corações ele aquece, esquecendo as folhas caídas na Primavera serão renascidas e novamente floresce, e no Outono se faz o vinho que reina no mundo inteiro tem sido seu companheiro e o Outono não está sozinho, cai a parra da videira recorda-se para a vida inteira o Outono e o bom vinho.

Joana Rodrigues

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Joaquim Barbosa

Outono Lentamente, suavemente e de mansinho Chega o Outono e ensombra os dias de calor Despem-se aos poucos, mas muito devagarinho Todas as árvores que temos em nosso redor. De olhos cansados vou mirando aqui e ali As folhas caem e são levadas pelo vento Algumas vão cobrindo o chão que outrora vi Muito limpinho e muito menos turbulento. Dias de Outono, o vento vem mais violento Vai mediando entre o verão e o inverno Os dias minguam e as noites são um tormento Não sei se é como caminhar para o inferno… No Outono caem as folhas ao redor É mais um fenómeno que nos vem anunciar Despem-se as árvores, do seu verde encantador É anunciado que o inverno está para chegar.

Joaquim Barbosa

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Joaquim Donizete Gomes

Ao cair da folha Ao cair da folha Percebo que as arvores não tem escolhas Porque é tempo de solidão Quando o outono vem e desfolha tudo pelo sertão... E a tarde ao cair das folhas O rouxinol se cala entre as desfolhas Pois o seu canto outonal é pranto Triste ele voa para outros campos E quando cessa o cair das folhas O limo faz suas recolhas Fertilizando assim o santo solo Faz brotar a vida do subsolo Percebo então que ao cair das folhas É Deus fazendo ali uma nova escolha Cobrindo as árvores todas em mil cores Pois a primavera é su’alma linda cheia flores... Joaquim Gomes...

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Jorge Raposo Caraça

Sopro de amor É Outono O Setembro faz a sua despedida Sopra-me no rosto uma brisa fria, Sopro de amor sopro de vida Que faz dançar as folhas caídas, Quanta tristeza nesta alegria O sol esconde-se na nuvem que passa Pequenas gotas molham-me a face, O voar das aves vai perdendo a graça A velha roseira a tudo se abraça, Como tendo medo que o vento a levasse É Outono O pequeno ribeiro que o verão secou Ganha nova vida corre alegremente, Leva as imagens daquilo que sou O verão se foi e tudo mudou, Até o teu olhar está tão diferente A lua se esconde na escuridão São longas as noites deste madrugar, Eu querendo afasta-las com a minha mão Elas se anicham no meu coração, O sol de Setembro querendo encontrar É Outono Quanta tristeza nesta alegria Que faz dançar as folhas caídas, Sopro de amor sopro de vida Sopra-me no rosto uma brisa fria, O Setembro, faz a sua despedida Jorge Raposo Caraça

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Jorge Morais

Ao cair da folha Folhas caídas cores variegadas árvores despidas natureza linda e bela na serenidade outonal pura realidade avermelhada acastanhada amarelada neste desnudar das cores esverdeadas metamorfose polícroma neste ciclo levado na transparência crendo assim na descendência renovada na natureza surpreendente com o vento a soprar novas cores irão voltar.

Jorge T. De Morais

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OUTONO As cores mudam para os tons outoniços cores quentes mescladas já há nas árvores ouriços das castanhas esperadas algumas bem apreciadas a natureza repousa num sopro de melancolia há até, quase de certeza certa beleza em sintonia. Passado está o Verão muda-se toda a paisagem fica ainda esta bela imagem na natureza e no coração! Jorge T. De Morais

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Ao cair da folha Adormece a natureza no sono de VerĂŁo mostra assim outra beleza nas cores avermelhadas na serenidade dos campos calar-se-ĂŁo os pĂĄssaros e o frio se faz anunciar neste ciclo de vida sempre a renovar.

Jorge T. De Morais

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José Carlos Moutinho

Matizes de Outono O Outono chega repentinamente molhado, Espalhando folhas matizadas por todo lado, O céu acinzenta-se, perde o seu azul belo, A melancolia ocupa-nos a alma sem apelo. Mas o Outono é também encanto Nas folhas secas que esvoaçam E formam atapetadas ruas coloridas, Imagens ornamentadas

bucolicamente Em paisagens de deslumbrante visão, No adeus ao calor que o verão ofereceu E nas boas vindas ao frio do Inverno que virá! A Natureza na sua plenitude, Com o equinócio que se faz presente, Solidário com as caducifólias Que nos oferecem a beleza das folhas secas Na escusa da sua perenidade, Voam leves como penas nas asas do tempo, Volateiam na sua curta viagem até ao solo, Onde se aconchegam delicadamente, Tecendo belos e efémeros tapetes! Outono dos nossos dias Amigo de vários anos, Que nos presenteia com o matizado da vida Com o fresco suave da atmosfera, Em terno preparativo para o frio intenso Que nos chegará brevemente com o Inverno E quando partires, Outono Sentiremos saudades de ti Pela vinda ansiosa da bela Primavera.

José Carlos Moutinho

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Chuva de Outono Adejam, frias, as gotas desta chuva de Outono, Encharcam os meus pensamentos, Dos momentos de amor do estio que se foi, Cada pingo, encerra em si, um segredo, Que se desvendará no chão que a acolhe, Da miríade de gotas, simples e solitárias, Nascerá um rio calmo, de muitos segredos Que mergulharão no mar, Onde navegam anseios e sonhos por realizar! E tantas gotas, lágrimas de cristal Que caem como pranto de saudade Desta chuva teimosa, Trazem a nostalgia Das tardes quentes, suadas Na paixão exacerbada pelo amor, Que se refrescava do seu fulgor Nas areias molhadas, onde as ondas Beijavam os corpos escaldantes, Acariciados pela alva espuma! E a chuva cai, insistente Alheia ao meu pensamento saudoso Dos prazeres oferecidos Pelo tempo que se ausentou Chorado neste Outono que chegou. José Carlos Moutinho

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E o Outono chegou! Olá Outono sê bem-vindo nesse teu lento caminhar, traz-nos as cores matizadas do encanto das folhas cadentes, na serenidade das tardes que se encurtam pelos dias que se esmorecem! Sopra-nos a brisa que tu sabes refrescar, o calor do estio que vai partindo! Atapeta-nos o chão, com a filigrana de cores das folhas que se cansam do equilíbrio da sustentação! Tinge o céu de tons mais românticos traz-nos a nostalgia dos momentos de paixão, dos encontros dos nossos amores! Não tenhas pressa em te fazeres presente, vem suavemente... Sabes como é maravilhoso caminhar por entre árvores cansadas do verão que as atormentou! Também não tenhas pressa em partir, preferimos os tons do teu céu azul matizado aos cinzentos do inverno que virá, desliza o teu tempo entre nós calmamente, deixa-nos viver o romantismo e o deslumbramento da tua estação, Sê bem-vindo Outono! José Carlos Moutinho

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José Manuel Cabrita Neves

A folha caída Eu sou aquela folha que tombou, Ressequida e votada ao abandono, Arrastada p’ los ventos do Outono, Para longe da vida que habitou… No chão ao frio e à chuva dorme o sono, De quem já foi feliz, já vegetou! Durante a curta vida em que abanou, No ramo, entre o mês três e o mês nono… Cada ser vivo é escravo da rotina, Que a própria natureza lhe confina, Tendo uma variante duração! Mas no fundo, que importa se a vida, É para alguns mais curta ou mais comprida? Importante é vivê-la com emoção!...

José Manuel Cabrita Neves

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Setembro pardacento Chega Setembro, o Outono, sopra o vento! As árvores abanam, cai a folha! O céu, que esconde o sol, fica cinzento E a chuva de rompante, alaga e molha… O tempo fica escuro, pardacento… Quer se goste quer não, não se tem escolha! Surge ao cair da noite algum relento, Concentrando a humidade bolha a bolha… Temperatura fresca, embora amena, Lenço branco, de um verão, que nos acena! A sombra do Inverno que há-de vir… A cama pede mais um cobertor! Os corpos se aconchegam no amor… É a vida em cada Outono a ressurgir!...

José Manuel Cabrita Neves

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Nostalgia de outono Depois de um solarengo e belo Verão, Chega o Outono triste em tom cinzento! Vem pra tombar as folhas com o vento E bordar um tapete pelo chão… Tem uma nostalgia esta estação, Que embebeda e absorve o pensamento, Dá-nos outro vigor, um outro alento, Por não ser frio nem quente, ser meão… O céu, escondendo o sol, todo nublado: Vai refrescando a terra criadora, Vai engrossando o fruto do pecado… O mundo vegetal se revigora, Neste clima sombrio e temperado, Doce convite à musa inspiradora!...

José Manuel Cabrita Neves

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José Mário Silva

Outono Outono, estação Dourada Com o olhar perdido no horizonte Fixo, em silêncio a observar O despertar de um novo dia Que não tarda a chegar Com o astro rei o Sol Que imponente surgirá Como um diamante que brilha Para nos anunciar Que o outono vai chegar Sendo que do ano ele é a estação Que chega para as árvores despir Para com, uma nova roupagem, as presentear É outono, as crianças entre folhas a brincar O dourado das folhas se espalham pelo ar O outono é uma primavera sem cor Em cada folha dourada que cai, há uma flor Pois o outono é mesmo assim A estação das folhas secas Que ao cair, bailam no ar Sobre o vento, até o chão tocar E para sempre Repousar, aos pés Da bela árvore, Que um dia foi seu lar...

José Mário 87


José Sá

Outono Rasga-me a folha, ó estação de verde natura Rasga-me neste tempo, onde a força é vento Onde a razão é chuva que pinga e me atura Onde o momento é poesia e alimento Rasga-me a pele seca e desnudada Rasga-me cada pétala que se perde na estação Onde o amor é sol da época molhada Onde a humidade se sente de coração Rasga-me o sublime querer num tempo que vai Rasga-me o soberbo, num outono que se despe Onde o sol se mescla, e se derrete ou esvai Onde as nuvens são a vontade d’um céu celeste Onde o vento traz e leva, o que de ti sobressai Onde o rasgar foi outono, na nudez que me deste

José Alberto Sá

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José Sepúlveda

A Árvore A árvore crescia pontiaguda Num verde matizado multicor, Esvoaçava ao vento surda e muda E tudo era alegria ao seu redor. E quando vinha o vento, vinha a chuva, E o tempo se agitava com furor, A árvore, abalada e sem ajuda, Ali se contorcia em grande dor. Até que um dia tudo acontecia... A árvore em duas se partia Em noite de invernia e vento forte. E, quase à morte, o estranho aconteceu, Não sei se por milagre, renasceu Garbosa e orgulhosa do seu porte!

José Sepúlveda

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Leandro Amador

Outono Chegaste de mansinho, Meio sorrateiro e camuflado, Contigo o dia mais pequenino, E A folhagem esvoaça por tudo quanto é lado. As folhas mudam sua coloração, Apresentam texturas desidratadas, Atiram-se ao chão, Amareladas desfeitas, Rebolam nas ladeiras, E morrem indefesas atropeladas. Cai toda esta folhagem, Não porque querem, Mas sim porque chegou a hora, Da natureza mudar a roupagem, Para agora o verão ir embora. Enquanto ficam as Folhas molhadas, E outras na lama Estampadas. Ó Outono! com tua chegada as andorinhas expulsas, Com teus suspiros e repentinos prantos, Destas nossas terras lusas, Para distantes e desconhecidos cantos.

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E sobes, agora ao teu trono, Com os aplausos dos diospiros… Dos castanheiros e dos seus ouriços, Oh meu grisalho outono! Aleaste-te ao S. Martinho, Ao santo da tua fé, Leva-lhe castanhas e novo vinho, E a calorosa agua pé. E reinas assim, meu outono, Que de setembro a dezembro és dono, Mais a chuva e os ventos, Que para muitos será três meses de tormentos.

Leandro Amador

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Lucila Isipon

Ao cair da folha ao cair da folha em começo de outono é que percebo qual o tamanho do meu abandono me chega sorrateira a tristeza nua e crua de perceber meu leito tão vazio e feito olhar pro meu abandono e perceber me nos olhos de um cão sem dono desmorono ahhh, e vem com força sem nada perguntar vem e se instala no chão, no quarto, na sala me atirando ao chão meus planos, sonhos, nada e nada para mim seria mais irritante perceber que para ela nada poderia ser mais tocante a me olhar com olhos de hilária meu corpo inerte ao chão qual folha de outono

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deixe estar nada sabe ela tenho sonhos de Cinderela espero a estação acabar o inverno adentrar me reestruturo, me regenero primavera vai chegar só estou a dar um tempo para que me venham os botões de flores preciso do outono depois atravessar o inverno para que me venha a próxima estação me abrir em sorrisos e secar as lágrimas ir florindo tudo ai afora sou como árvore ao cair da folha sempre sei dias melhores virão

Lucila Isipon

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Ao cair da folha Ao cair da folha reverencio a mãe natureza como arvores frondosas, majestosas a despir-se de folhas em estação de outono me livro de vestes e me visto de recolhimento vago em sentimentos, pensamentos como arvore a espera da estação predileta linda primavera e como brotos de flores se abrindo em tão belo momento liberto minhas palavras guardadas vou florindo corações ai afora e tocando almas com minhas escritas sou eterna primavera Lucila Isipon

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Luís Da Mota Filipe

Quentes e boas É rainha p`lo São Martinho A castanha apetitosa Com Agua pé ou com vinho Nesta tradição tão nossa Assadas, fritas, cozidas Com erva-doce, azeite e sal E as que são também comidas Simplesmente ao natural Para mim confesso e digo: Eu quero-as a fumegar Quentes no cartucho antigo Vindas do fogareiro a estalar Luís da Mota Filipe

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Lembrando um outono O Outono chegava, Trazendo consigo as marcas da saudade, Do outro Outono que passou, Desse tempo que acabou, E que nunca mais voltou. Mas este Outono, Trouxe também recordações, Dos momentos vividos na escuridão, Em que da noite se fez dia, Apenas com a chama da paixão. Este frio que se aproxima, E o sol que não me aquece, Deixam em mim as lembranças, De um amor que não se esquece. Luís da Mota Filipe

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LuVito

Outono Sopra, no alto monte o vento forte, No horizonte, as nuvens a dançar, Na planície, correm cavalos a trote, Para a pastagem viçosa alcançar. Outono tem sempre a sua beleza, Com a floresta de folhas despida, Em cada lar, uma fogueira acesa, Para aquecer o coração e a vida. Sobre o lindo tapete ocre-amarelo, Passam as crianças para a escola, Cheira a fumo, castanhas assadas, Andam na rua pessoas apressadas, Ao longe, ouve-se um som de viola, Aproxima-se o inverno que é belo. LuVito.

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Manuel Nunes

Outono Meu pensamento já o sente, Por entre o calor, um fim... Deste Verão que ainda há em mim, Que termina... tão fugazmente. . O verde ainda não mente, Nem as folhas caem no jardim... Mas a data diz-me que sim, O Outono chegou ainda quente. . Seu descolorir vai ser encanto, A temperatura suavemente arrefece, E a nudez da natureza em pranto... . A chuva vem, o agasalho cresce, As árvores perdem seu verde manto, E a cor de castanho... se veste.

© Mensageiro da Lua (MNunes)

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Ao cair da folha

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Outono... Há em ti Estranha beleza... Há em ti Tamanha ternura... Traços ténues De tristeza... Mas que se difundem Em pura doçura... E não me digam que ele é feio. Se ele é tão Encantado e puro... No cair das folhas Em seu seio... Num amarelo pálido Que nos meus olhos Tanto apuro! Mensageiro da Lua

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Maria Alice

Poemas de Outono Ventos leves, ventos fortes Ventos do sul ventos do norte Neste Outono devagarinho deixa cair a folha Coloridas pelo secar do Sol As folhas perdem sua verdura Mudam de cor Despem-se as plantas mesmo num entusiasmo As árvores já começam a envergonhar-se Mas coloridas pelo despir das suas cores em fantasia Ao bailar caem levemente Ou o vento empurrando forte Crianças empurram com seus pezinhos as folhas em jardins Brincam com entusiasmo repetindo os pulinhos da folha seca O esvoaçar é tão lindo transforma-se em chuvas de folhas Assim o vento as leva De dia ou de noite o Outono se apodera Tempos lindos que na passagem a todos nos encantam As meias idades já se agasalham Os mais velhos já frio sentem Os novos num desembaraço ainda passam de meias mangas Os pássaros já meios fracos ainda cantam em terraços As margens dos rios já se molham com salpicos das águas 101


E orvalhadas já sorriem aos espaços verdes que ainda restam O Sol matreiro entre as Nuvens arregaça as mangas fingindo-se forte Explode seus raios contrariado como se quisesse ultrapassar vidraças É o Outono fazendo graças Que sorrindo já entra em nossas casas Nós tementes já vamos fechando as portas Mas sorrimos a Estação dos ventos fortes e fracos Os mares já se debatem e ondas mais lançadas Tentando molhar os namorados A Lua como sempre espreita por entre os nevoeiros Já as lareiras com seus estilhaços pelo lume que arde! Uma vez forte outras vezes fraco! Maria Alice Fernandes

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Outono

(Mas em ti gravei meu olhar)

Ao... Outono escrevo Com minha pena de tinta temendo o frio Tenho de cobrir-me com manta que nos cobre o amor Não o receeis eu entrego-te com ardor O Amor é palavra que bem dita nos grava no coração Eu sou tímida … mas em ti gravei meu olhar Este Outono quero despertar as palavras que te quero dar Num abraço te dar prazer e conforto de amar No teu rosto poisar um beijo com a leveza de uma borboleta Com carinhos doces te afagar... Olho lá fora... com meu doce olhar ainda a rever-te Estou indo ao teu encontro Espera...olha as folhas...coloridas Olha são sorrisos … que te seguem Apesar do Outono um pouco frio Eu quero brincar contigo agarrando-as Somos crianças no nosso instinto Esquece que és grande Adulto charmoso... Vem correr nas folhas...despertar olhos maldosos Quando elas cair dá-me um beijo gostoso Eu to devolverei em conflitos Fazendo -me rogada mas corada pedindo mais E mais... Não te percas jamais Em teu sorriso lindo quero me esconder E Lembrar o doce beijo Outonal ! Maria Alice Fernandes

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Outono chegas partindo Ei... Outono Tá um pouco frio Corres nas escadas do Céu Tapando tudo Fazendo escuro Brincando em algazarra Não tens pena dos velhos Que entristecidos já pedem mantas Ei... Outono já aos tropeços levas as flores Agitas o Inverno corres com o Verão Que pega nas trouxas e vai embora Ei... leva as mantas cobre as plantas da geada Os nevoeiros já sem graça caem nas árvores Levanta-se o Sol..., espreita... é minha vez Me sinto fraco... E todos entristecidos pela época que se apresenta Esquecem-se que o Outono também nos enfeita Aproxima-se o aniversário do Jesus Pensando nas castanhas com sua pinga São boas quentinhas Ah... mas as folhas douradinhas são lindas E as suas cores! Meus olhos brilham! Eheh... Esquecem-se que já mesmo com um pouco de frio És uma época linda Outono olha para ti mesmo frio és colorido! Embora já um pouco tristonho 104


Jรก vais partindo! Mas pousa a mala ainda falta um pouquinho! Maria Alice Fernandes

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Maria Irene Frieza

Ao cair da folha Outono... A terra se cobre de espanto Ao descobrir cores quentes, Suaves, debaixo de tão divino Manto... Outono, tons amarelos, e doirados Pela natureza pintados, A terra se torna mais suave Como mulher apaixonada, quem sabe?! Por amor a natureza se transforma, Deixando o verão descansar num sono, E assim dá as boas vindas ao outono... Como por magia. Tudo nos campos se transforma, Tons em degradé, perfeita harmonia... Dos alaranjados, aos castanhos doirados, Dos vermelhos, ao verde musgo... Dos rosa-lilases aos cinzentos prateados. A terra dá as boas vindas ao outono... A estação da mudança e do sonho Ao riacho que corre alegremente, Por vales de arvoredos ainda verdejantes Preparando-se para dias frios Onde a neve tecerá seus brancos fios. Maria Irene Frieza 106


Mira Maia

Outono O verão se foi Com exuberância Outono chegou Em meio à euforia Vento presente Desnuda as árvores Folhas ao chão Restaura-se a vida Amadurecimento Surge a nostalgia Versos dolentes Coração plangente Lembranças que voam Deixa-nos a toa Renova aliança Aviva a esperança Mira Maia

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Estações da minha vida Na aurora da minha vida Sonhos e anseios realizei Por todos muito amada Sem restrições muito amei Na Primavera sorria Ninfa entre as rosas perfumadas Deslumbrava-me com toda beleza Recordações bem guardadas Outono, tempo de colher. Reconhecer, nem tudo é perfeito Acordar e encarar a realidade Chorar o amor desfeito. O Inverno, trás frio n’ alma. Até que chegue o Verão... Trazendo também as chuvas Fertilizando o coração Mira Maia

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Nazaré Gonçalves

O outono Ao cair da folha... É a estação que precede ao verão E antecede o inverno… Baixa a temperatura, A paisagem quase sempre fica escura As folhas se transformam em várias cores De um belo colorido… Hoje ao olhar pela janela Percebi que a natureza tinha mudado E logo senti a tristeza invadir meu coração Pensei… estamos a mudar de estação. Muito calmamente olhei o arvoredo E deparei com as folhas forrando o chão Transformando-o num tapete Amarelo-avermelhado… O chão também estava molhado E ouvia ao longe o canto triste de um passarinho Que se tinha descuidado… Em se despedir desta linda estação que foi o verão!

Nazaré Gonçalves

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Imaginário outono Nunca foi tão real o imaginário Nunca vi estação com tanto charme As folhas matizadas se desprendem dos galhos Caem, já foram verdes, belas… Agora… perdem-se no solo deixando as calçadas atapetadas! Morreram… porque é outono, estranha sensação… Entristece-me ver tanta beleza estendida no chão Aqui sozinha desconsolada, nesta manhã frio·Vejo-te surgido, esperançado, querido De guarda-chuva na mão procurando abrigo! A ótica de meus olhos fotografa as marcas deste dia Dia cinzento, dia cinzento, dia triste e frio… Do outro lado da lente momentos movem-se instantâneos Sucedem-se alguns flagrantes captando namorados, amantes Nesta paisagem deslumbrante! Folhas que caiem dizem adeus ao outono Faz reverência ao inverno desfolhou minhas pétalas Porém não destruiu meu aroma nem senti revolta… Porque na Primavera vindoura terei as pétalas de volta! Como o amor, o Outono é passageiro É a esperança que brota no rosto…da mulher madura, Ou de uma criança, Outono é parábola de nós mesmos Coisa que só o Outono ensina O resto são folhas mortas aos olhos da criancinha! Nazaré Gonçalves

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Céu de outono Sol ameno, céu azul, nuvens claras Raios límpidos, céu de Outono Campo aberto, céu encoberto Sem cheiro de flores, de jasmim Rios a correr sem fim, o Outono é assim! Luz do luar, Sem flores pra ornar Doei carinhos em desmazelo Tudo vi o vento levar… Mas sou forte não desarmo Tenho armas para vencer e lutar! É outono a tempestade ade passar Refractando-se as cores suaves Desta mágica natureza solar Paisagem perfeita dentro dos olhos cansados Outros sorrisos hão-me embriagar! Semearei rosas na Primavera sem espinhos Hão-de surgir novos caminhos Meu espírito é jovem não envelheceu Ainda suspiro, que culpa tenho eu? Outono é melodia que me inspira Apagam-se as luzes do dia com emoção É ciclo que se completa, nada se perde Deve viver-se com alegria esta suave magia, cada estação! Nazaré Gonçalves

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Nilce Rosa Dos Santos

Outono

Para quando Ao cair O tapete Se formar Quantos passos Se der sob as Folhas possa Encontrar Outono Venha Me acariciar.

Nas Folhas que caem Nas Cores a se fazer No canto Dos pássaros Outono Venha nos conceder O amor mais puro O seu nos deixar Respirar Com a perfume ·De sua folha Coloridas Bailar Ao vento que As levando Está

Nilce Rosa Dos Santos

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Ao cair das folhas Outono Estação Amena Que nos faz sentir Um pequeno frio Mas ver quão belo És O orvalho a cair Folhas ao chão Ver nas nuances Das cores querer Outono vem Nos fazer Caminhar Em sua névoa Amar Defronte A uma lareira No tapete De folhas estendido Cores de vinho Nas taças a borbulhar Cada sorver Que der Verás Que maravilhosa Estação para Se amar Nilce Rosa Dos Santos

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Odete Ferreira

Faltou arrojo a este outono Não me fica bem este rio embrumado. Nota-se escorrendo de minhas faces pálidas. O vermelho desbota-se no pregueado. Marcas perenes de noites outrora cálidas. Vestiu-me esta noite de folhas em recorte. O sorriso, este sorriso iluminado, acrescentou-o o sol ao seu fino porte, num amanhecer pálido e envergonhado. Procuro o rosto dos sentidos outonais. Mas cega àqueles indícios subversivos que, vós, sábia natureza aclarais, toldam-me somente de uivos compulsivos. Perdi-te num intenso sonho diluvial vergastado pelos deuses da intempérie ainda não sei se foi providencial, um outono assassino de almas em série.

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Por entre veredas selvagens e estreitas, quotidiano sem poética visão, carecem as utópicas cores escorreitas Um outono velho, tímido de emoção. Onde para a natureza que me encantava, o colorido de telas inconfessáveis, as encostas macias onde te afagava, os leitos floridos de segredos palpáveis? Sei que a resposta está na espera tranquila. Na paradoxal ânsia de alma intranquila. Os tons outonais ficaram presos nas filas. Ergue-te! Faz-te tela nas minhas pupilas!

Odete Ferreira

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Paula Delgado

Outono

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Paula Oliveira

Outono Outono de muitas cores Mas o amarelo Cor brilhante e alegre De longe o mais belo Outono de dias curtos e chuva miudinha Já não dá para passear Começou a escola, começou a ladainha Vamos é estudar As folhas caem ao sabor do vento Vão fazendo lindas danças no ar As árvores já despidas e com intento Esticam seus galhos, para nos abraçar Fazem-se as vindimas e a videira sem as uvas ficou Cheira a vinho novo no ar Só faltam as castanhas para saborear O dia que passou No outono faz frio Desfolhamos o milho A cantar dizemos, que belo dia Vamos trabalhar, mas com alegria Outono, estação de boa fruta Romãs e marmelos, alegria absoluta Sementes vermelhas e boa marmelada É o que a gente quer à entrada Outono, cheira a magusto Vamos preparar a fogueira Saltar por cima dela é uma canseira Vamos é aproveitar O quente que tem para dar Esta fogueira e dia de outono O mais belo para apreciar…. Paula Oliveira 117


Paulina Lima Rodrigues

Ao cair da folha Ao cair da folha, recordo-me do meu primeiro beijo Lá atrás da Escola, Perto do campo onde você costumava jogar bola! É Sofhia, lembro-me que foi muito engraçado e emocionante Queria muito te beijar e impressionar Mas nem eu e nem você éramos experiente! Ao cair da folha, recordo-me dos seus olhos verdes onde eu me perdia na selva Como você era formoso Thiago, educado, atencioso... Sinto ainda o teu suave beijar E o gosto pastoso de sua quente saliva! Minha morena flor, de cabelos negros e lisos, corpo bem esculpido Em teus sedosos cabelos longos, penetrava meus dedos arrancando-te gemidos e suspiros Ao cair da tarde, íamos de mãos dadas sentar em baixo do pé de Beribá, forrado de folhas secas E ao cair da folha, como gato ligeiro o apanha, arrancando118


te o teu exuberante sorriso! Ao cair da folha, viajo no tempo de outrora e vejo-me abraçar teu corpo de deus egípcio Bagunçar teus cabelos loiros, cacheados e beijar teus lábios de carmim Eu a sentir teus abraços envolventes Teus beijos cada vez mais apimentados Nós na praça central, em meio às folhas a caírem junto com o sereno e nos sentíamos como no deserto Serpenteiam as serpentes! Ao cair da folha...

Paulina Rodrigues

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Nostálgicas Vejo-me despencando ao cair da folha, em tuas armadilhas Oh, tristeza maldita em minhas tardes nostálgicas! Vejo-me como uma leoa feroz a lutar contra os fantasmas a me assustar Oh, meu Deus. Só tu podes quebrar essa maldição e me curar! Vejo-me sem forças e desequilibrada, encolhidinha e como uma rosa, pelo orvalho ser orvalhada! Vejo-me sendo tocada ao cair da folha, pelo suave sopro do vento Acariciar a minha pele arrepiada Penso em você, que se tivesse me amado verdadeiramente, esse terrível sofrimento já teria me abandonado em dispara da, pois só o amor cura e salva! Vejo-me aqui abandonada, ao cair da folha estou sendo adubada, com o adubo do amor Divino que está a me levantar Sei que nunca ninguém vai-me amar como Ele me ama Ninguém vai está ao meu lado como Ele está Ninguém jamais vai me compreender como Ele me compreende Seu amor por mim é incondicional Ele ordena Anjos a me vigiar e me proteger! Paulina Rodrigues 120


Ao cair da folha Deus sabe tudo e ao cair da folha, Deus observa o vento transportandoa É a natureza se desnudando, se deixando acariciar pelo sopro do vento a lhes tocar Ao cair da folha, a natureza guarda seus segredos em cada folha que cai No seio da terra são bem acolhidas, viram adubo e serão úteis ainda mais! Folhas são vidas, alimentos, nutrientes, remédios e ao cair da folha Formigas chegam a cair com elas, às formigas sabem como ninguém a importância das folhas Ao cair da folha, doentes esperam suas curas, o outono faz bem o seu trabalho e a natureza enfrenta uma nova batalha! Ao cair da folha, a sábia natureza tem seus mistérios e encantos Ela sabe ter uma boa convivência com os que moram na terra, com os que voam e os da água Mães dão a luz a seus rebentos ao cair da folha, Padres, Pastores, missionários seguem pregando de Deus a Palavra! Poetas e escritores são concebidos no útero secreto da natureza 121


Ao cair da folha, eles crescem na aliança dessa união de uma alegre vida Mesmo ao cair da folha! Ao cair da folha, os poetas e escritores bem sabem tirar bons proveitos Por ser filhos da Mãe Natureza, eles tem os sentimentos e olhares mais apurados, ao cair da folha, os Querubins cantam suas canções Divinais e os poetas e escritores escrevem seus textos encantados!

Paulina Rodrigues

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Rosângela Ferris

Amor de outono Saiba que as noites mais frias me fazer desejar ainda mais de ti? É esta sua ausência que de mansinho instalou-se como campo magnético Cheio de brisas partidas ao meio, desfolhadas e dispersas. E se instalaram entre nós dois e se aquecerem por dentro E tudo o que está entre nós foi muito mais além. Não sei como conseguiu, diz-me como fizeste? Para marcar teu nome na minha pele como um holograma de murmúrios e paixão, distantes do teu toque (e do gosto teu beijo a arder na minha boca). Tenho gravado no coração o teu eco na minha voz como uma vida que desponta árida na ponta da língua a morder o ar que me rodeia, tão vazio de ti, tão cheio de desejos, tanta paixão, tanta plenitude. Porque você fica, mesmo depois de ter ido embora. Porque você está até quando não está. Porque agora, quando o céu fica vermelho, e as folhas do outono caem sem vida avermelhando o gramado na noite outonal, isso é seu também, e faz parte de ti. A sua presença permanece em mim, incrustada no vento perene o seu cheiro, sua voz, seu gosto, o seu calor. Sinto falta do seu carinho que era tão meu, teu peso sobre o lençol, dos beijinhos nos cabelos enquanto durmo, da sua mão me acarinhando no sono. Todos os dias meu primeiro olhar é para você mesmo estando distante... Rosângela Férris

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Rosete Cansado

Outono Chegaste no alvo da madrugada Com alguma chuva sentida Lágrimas do verão que partiu Sentindo suas penas na despedida. Contemplo a tua chegada… Sempre com alguma nostalgia Árvores que ficam desnudas Pássaros preparam-se para a partida. Outono, tempo de reflexão Fim de amores que ficaram na areia Colorido de vários tons, que nos encanta Trás magia e trás beleza, cheiros frescos Sabor a terra. Tudo se transforma Pela Natureza. Os dias começam a descer O sol não tem tanto brilho O céu fica mais cinzento A neblina aparece em seus olhos Sentimos o vazio no coração Com sentimento e emoção. Ficamos mais vulneráveis. Outono amigo do Inverno Trás dias bons e menos bons Trás tradições e sabores Trás vários tons de beleza Acendem-se lumes e lareiras Que alegram com veemência Levando de nós a tristeza. Rosete Cansado 124


Outono em amor Folha seca que caís de mansinho Pareces penas no ar a voar Voas sem sentido nem carinho Não sabes onde vais parar. Perdoa-me por não poder cuidar de ti Vim para amar com ardor, mas dele Como tu perdi o norte, não sei por onde vou Tu voltarás de novo cheia de vigor Com entrega total ao teu amor. No silêncio dos seus dias Vai aguardando solitária e desnuda Que voltes na Primavera colorida de amor Do Outono não te salvas, lutas confiante Que o teu amor por ti sempre espera Pois as raízes perduram no tempo E no tempo as encontrarás. Tu és folha do Outono, Voas nele com saudade e teces amor Na tua forma de ser, cores de terra Que o mundo verá neste Outono em amor Voltarás com essência, linda e ressurgiras No verde em verdes de esplendor Eu sou gente que amo e sinto o amor Pela Natureza e de todos os seres. Gosto do Outono e dos seus coloridos Mas adoro a folha que virá na Primavera em Flor. Rosete Cansado

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Sanjo Muchanga

Ao cair da folha Já secou o mar dos teus olhos natureza Minha certeza esgotou ao cair da folha Toda amarelada despede-se do Verão E dá boas vindas ao Outono na estação Vira meus encantos do verdejar das árvores E ao cair da folha me inspira o seu amarelar Mas não me dá alegria como a primavera Pela tristeza dos pássaros e das borboletas Ao cair da folha minha inspiração subtilmente Esgota como a água que cai dos olhos meus Pede a terra a volta mas sem piedade desfalece E seca vidas que antes verdejava os meus olhos Outono me inspira a sua força ao cair da folha E me entristece a sua queda no chão como a morte Despede o Verão e prepara a vinda do Inverno Minhas esmolas esgotam gota a gota… Outono

Sanjo Muchanga 126


Sara Ribeiro

Coração de outono Aconteceu ao amor Como acontece ao Outono... Subitamente um dia o verde coração, Coberto de folhas que o escondiam, Acordou de rompante com vento Que o abalou com precisão. De sobressalto despertado Não acreditava no que via Ganhavam cores suas ramagens Que belo quadro ali surgia... Amarelas, castanhas, vermelhas E meios tons que lhe sorriam... Nesse coração de Outono A beleza era imensa... E como ao Outono mais lhe acrescia... Nuvens cinzentas se aproximaram As primeiras chuvas caíram E com a força do vento que soprava As primeiras folhas tombaram. O tempo passou vagaroso Mas rapidamente despiu o coração. As folhas no chão secaram... O mundo as pisou distraído Ignorando o coração despido. Sara Ribeiro

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Sofia Valadares

Outono Todos os anos, tu, nos visitas acompanhado de uma suave melodia a apelar que o Verão prossiga a sua viagem, e que cada Ser abra o seu coração para mergulhar nas belas cores e intensos aromas de cada paisagem. Sob o nosso olhar as folhas enamoram-se, a chuva embala as noites recitando uma misteriosa poesia que acaricia a alma, apazigua os devaneios da mente. As crianças regressam à escola, a rotina instala-se nos campos e cidades. O sol envergonhado esconde-se timidamente entre as nuvens, surge a melancolia em admirável e monótona paleta de cores vivas. Os ouriços cacheiros abrem o seu tesouro escondido para o olhar dos mais pequenos 128


que, depois, fazem a festa e o saboreiam em redor de fogueiras cantando alegres cançþes. Uma brisa diferente Ê escutada solfejada pelos rufos de tambores, outras vezes por uma suave flauta ou, pelo simples assobio do vento comunicando com a natureza. Sofia Valadares

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Sol Figueiredo

Mil folhas de outono Mil folhas de outono sobre esse meu jardim, São folhas de abandono, restos de tais dores... Tantas, tantas flores que morreram em mim, Debulhadas em pedaços, sem nem ter odores!... Folhas colhidas no verão, sem ter carmim... Até as margaridas choraram por seus amores, São pétalas perdidas, d' uma dor sem fim! Lágrimas contidas... No fim, nascerão flores!... Mil flores trarão beleza e doce perfume... Um lindo buquê tal a vida enfim nos arrume! São lírios, rosas, dálias... Flores d' várias cores... Retratos pintados de teus e os meus amores, retalhos espalhados sem ter mais valores... Pois nunca terão na essência d'alma o teu lume!...

©SOL Figueiredo

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Os dias mais sobejos Por quando em meu castelo a ti componho, Tu és o único rei neste meu trono! Amor doce e fiel, que te proponho... Felicidade é lei; já tem um dono! Carinhos, beijos, desejos,... Um sonho... De ter-te novamente... Então entono Um canto de amor, ora tão risonho, Ou ora triste; folhas deste outono... E quero ter a alegria tua em mim! És o raiar do meu dia; paz sem fim... Um amor infinito em meu viver... Tu és a eterna joia, linda e rara, A minha luz do amanhã, lua clara... Os dias mais sobejos, renascer!...

Sol Figueiredo

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Outono do amor A cada folha qual cai neste outono... É resto de lágrima de emoção... É o orvalho que sai do coração! Da dor sofrida por teu abandono! Vivendo com coração já sem dono, Percorro o jardim com flores ao chão... Árvores amareladas, em vão... Choram com este canto que ora entono... Viver, sem ter jardim bordado em cor Fora a minha sina, desde menina! Só caminhei em vias cobertas de dor! Agora, quero em mim o teu calor... E dançar como leve bailarina Pelos canteiros repletos de amor!

© SOL Figueiredo

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Solange Moreira de Souza

Ao cair da folha Um imenso sentimento de nostalgia Invade o peito um misto de alegria, Beleza e tristeza um sentir ambíguo. Remete a lembrança de tempos longínquos. Estação onde ao cair da folha faz pensar, O quanto tudo passa e as folhas caem. Apesar de tudo elas adubam e renovam a terra. Grande é a sabedoria de este ser Divino que não erra. Outono da vida, onde o vento deixa a sua brisa.

Solange Moreira de Souza

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Teresa Almeida

Faz-se outono Faz-se outono e a minha pele torna-se sensual, molhada, acariciada da forma mais pura. A cadência é meiga, redentora. Deixo-me penetrar! Escuto a harmonia desta batida

outonal! Os primeiros frios exultam a sensibilidade, o sentir; hidratam-me a mente. O outono depura-me o paladar. Que venham as uvas maduras a beijar-me os lábios sedentos, que venha a chuva, o vento e as aves tresloucadas, que se dispam as árvores e para ti sejam verdade. E nós, aquelas folhas bailarinas, esvoaçantes sem sabermos onde arrumar o rigor do inverno, conceberemos um recanto, um socalco nas arribas aonde o rio nos possa namorar. E todas as horas serão nossas e cantarão nos olhos dos grifos e no orvalho das palavras as madrugadas que se acenderão para nós. O riso celebrará a festa que abriremos. Ah! e os olhares! os olhares espelharão o regalo da tarde e a luxúria do sol pôr. E por ali ficaremos até sermos humos, flor, vida; até percebermos o mistério a explodir e o fio da emoção a abrir indefinidamente.

Teresa Almeida... 134


Teresa Costa

O cair da folha! O vento ruidoso do fim de tarde sopra aflito num vai e vem varre do chão as folhas caídas levando pedaços de vida também… morre o verão velho e cansado, deixa o vento de Outono enervado soprando com toda a força que tem… e as folhas já amarelas que o sol em tempos queimou compõem cores de uma tela que o dedo de Deus pintou… e voam para longe as folhas levando estórias p’ra contar de tempos passados e escolhas e cansaços…de tanto andar…

Teresa Costa

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E o silêncio da noite... Cai sobre a noite o peso d’uma nova Estação… já o céu se cobre com as nuvens de Outono, noite sem luar, sem hora e no silêncio do quarto oiço lá fora o ribombar d’um trovão... vem junto um relâmpago e o fustigar do vento que corre veloz e sem tempo fazendo bater mais forte o coração… na rua, um tapete de folhas caídas enfeita a passerelle da vida onde meus olhos passeiam a emoção… começa então a chuva a cair sem pressa da noite fugir molhando de amor…uma paixão… e o Outono jaz na minha rua fazendo dela…o seu chão… Teresa Costa

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Tina Gante

Ao cair da folha No interior Da noite densa e chuvosa Vagueia perdido Meu coração Em exasperado sofrimento Por seu amado Não encontrar. Talvez aquela chama Se tenha apagado... Oh que saudades tenho Daquela luz Que iluminava A minha alma. Agora, Triste Por ter acreditado Em tão forte amor Que se dizia Para sempre enamorado Assim me sinto Qual folha de outono Esmorecida Batida e no chão caída... Porém segura de mim estou Que o vento a levará E mesmo morta, decomposta Alguém De novo dará vida. Tina Gante 137


Viviane Pennisi

No teu cair Cais mansinha feita pena quando tua beleza termina neste ciclo de perfeito lema em secar-te na tua sina morrer para um novo viver dando força a quem te secou para outro rebento voltar a nascer nas perdas que tanto amou que agora está despida restando-lhe apenas galhos nesta estação com pouca vida que nos tirou o verde dos teus folhos não fiques triste no teu cair porque fizeste bem o teu papel deste-nos a cor de um belo existir no teu seco de exuberante pastel onde foste guerreira até ao fim suportando os ciclos de calor com lagrimas caídas por mim na tua luta para não mudar de cor ... No teu cair

Viviana Pennisi 138


Formatação: José Sepúlveda 139


Conteúdo Acácio Costa .......................................................................................... 4 Ao cair da folha ................................................................................ 4 Ao cair da folha ................................................................................ 5 Adelaide Simões Rosa Simões .......................................................... 6 Outono ................................................................................................ 6 Albertina Correia .................................................................................. 7 Ao cair da folha ................................................................................ 7 Folha de outono ............................................................................... 8 Alice Queiroz .......................................................................................... 9 Outono ................................................................................................ 9 Alice Santos.......................................................................................... 10 Outono .............................................................................................. 10 Álvaro Maio .......................................................................................... 11 Outono .............................................................................................. 11 Amy Dine .............................................................................................. 12 Chegou o outono ............................................................................ 12 Folha caìda ...................................................................................... 13 Ana Stoppa ........................................................................................... 14 O outono em mim .......................................................................... 14 Outono Desigual ............................................................................ 16 140


Outono do Amor ............................................................................. 17 ร ngelo Augusto ................................................................................... 18 Ao cair da folha .............................................................................. 18 Antรณnio Clรกudio................................................................................... 19 O u t o n o ........................................................................................ 19 Arilo Cavalcanti Jr. ............................................................................ 20 Ao cair da folha... ........................................................................... 20 o direito sublime de amar... ....................................................... 20 Aurora Ferreira da Cruz ................................................................... 21 Outono .............................................................................................. 21 Outono .............................................................................................. 22 Bรกrbara Godinho ................................................................................ 23 Dia de Outono ................................................................................. 23 Outono .............................................................................................. 24 Beatriz Antunes .................................................................................. 25 Chegou o outono... ........................................................................ 25 Ao cair da folha .............................................................................. 26 Bernardina Pinto ................................................................................. 27 Ao cair da folha... ........................................................................... 27 Encontro de outono ...................................................................... 28 Outono com Poesia........................................................................ 29 Carla Gonรงalves .................................................................................. 30 Outono .............................................................................................. 30 141


Vento de Outono ............................................................................ 31 Folhas caídas .................................................................................. 32 Carlos Fragata .................................................................................... 34 Outono é beleza .............................................................................. 34 Lugar ao Outono ............................................................................ 35 Carlos Manuel Alves Margarido ..................................................... 36 Ao cair da Folha ............................................................................. 36 Carmen Marques ................................................................................ 37 Noite de sentidos no outono ....................................................... 37 Águas cristalinas outono esplendoroso .................................. 38 Catarina Dinis ..................................................................................... 39 Árvore de folhas.............................................................................. 39 Outono de Sonho (acróstico) ...................................................... 40 Tantos Outonos .............................................................................. 41 Celeste Seabra .................................................................................... 42 E assim se fez... .............................................................................. 42 Outono da minha vida ................................................................. 44 Cely Parente ......................................................................................... 46 Folhas de Outono .......................................................................... 46 Outono Primaveril ......................................................................... 47 Cléo Alves ............................................................................................. 48 Ao cair da folha .............................................................................. 48 Outono .............................................................................................. 50 142


Outono .............................................................................................. 50 Dizeres ............................................................................................... 51 Cristina Correia ................................................................................... 52 Envia-me um recado..................................................................... 52 Elair Cabral .......................................................................................... 53 Ao cair da folha .............................................................................. 53 Fernanda Bizarro ............................................................................... 55 Outono .............................................................................................. 55 Ao cair da folha… .......................................................................... 56 Fernanda Costa .................................................................................. 57 Outono .............................................................................................. 57 Desculpa outono ........................................................................... 59 Gil Ordonio ........................................................................................... 61 Paisagem de sono´ ......................................................................... 61 Hamilton Ramos Afonso ................................................................... 63 Outono…da vida ............................................................................ 63 Outono .............................................................................................. 65 Saudade ............................................................................................ 66 A Primavera no Outono da vida ................................................ 68 Horácio Almeida.................................................................................. 69 Outono .............................................................................................. 69 Ilda Ruivo .............................................................................................. 70 Folhas secas... ................................................................................ 70 143


Isabel Beato ......................................................................................... 71 Outono............................................................................................... 71 Joana Rodrigues ................................................................................. 72 Sou Folha De Outono ................................................................... 72 Outono .............................................................................................. 73 Outono e o Vinho ........................................................................... 74 Joaquim Barbosa................................................................................ 75 Outono .............................................................................................. 75 Joaquim Donizete Gomes ................................................................. 76 Ao cair da folha .............................................................................. 76 Jorge Raposo Caraça ........................................................................ 77 Sopro de amor................................................................................. 77 Jorge Morais......................................................................................... 78 Ao cair da folha .............................................................................. 78 O U T O N O..................................................................................... 79 Ao cair da folha .............................................................................. 80 José Carlos Moutinho ........................................................................ 81 Matizes de Outono ......................................................................... 81 Chuva de Outono ........................................................................... 82 E o Outono chegou! ...................................................................... 83 José Manuel Cabrita Neves ............................................................. 84 A folha caída .................................................................................... 84 Setembro pardacento ................................................................... 85 144


Nostalgia de outono ...................................................................... 86 José Mário Silva .................................................................................. 87 Outono .............................................................................................. 87 José Sá .................................................................................................. 88 Outono .............................................................................................. 88 José Sepúlveda ................................................................................... 89 A Árvore ............................................................................................ 89 Leandro Amador ................................................................................. 90 Outono .............................................................................................. 90 Lucila Isipon ......................................................................................... 92 Ao cair da folha .............................................................................. 92 Ao cair da folha .............................................................................. 94 Luís Da Mota Filipe ............................................................................ 95 Quentes e boas ............................................................................... 95 Lembrando um outono ................................................................ 96 LuVito ..................................................................................................... 97 Outono .............................................................................................. 97 Manuel Nunes...................................................................................... 98 Outono .............................................................................................. 98 Ao cair da folha .............................................................................. 99 Outono... ......................................................................................... 100 Maria Alice .......................................................................................... 101 Poemas de Outono ...................................................................... 101 145


Outono ............................................................................................ 103 Outono chegas partindo ............................................................ 104 Maria Irene Frieza ............................................................................ 106 Ao cair da folha ............................................................................ 106 Mira Maia ............................................................................................ 107 Outono ............................................................................................ 107 Estações da minha vida............................................................. 108 Nazaré Gonçalves............................................................................. 109 O outono ......................................................................................... 109 Imaginário outono ....................................................................... 110 Céu de outono............................................................................... 111 Nilce Rosa Dos Santos .................................................................... 112 Outono ............................................................................................ 112 Ao cair das folhas ........................................................................ 113 Odete Ferreira ................................................................................... 114 Faltou arrojo a este outono ...................................................... 114 Paula Delgado ................................................................................... 116 Outono ............................................................................................ 116 Paula Oliveira .................................................................................... 117 Outono ............................................................................................ 117 Paulina Lima Rodrigues ................................................................. 118 Ao cair da folha ............................................................................ 118 Nostálgicas ..................................................................................... 120 146


Ao cair da folha ............................................................................ 121 Rosângela Ferris ............................................................................... 123 Amor de outono ............................................................................ 123 Rosete Cansado ................................................................................ 124 Outono ............................................................................................ 124 Outono em amor .......................................................................... 125 Sanjo Muchanga ............................................................................... 126 Ao cair da folha ............................................................................ 126 Sara Ribeiro ....................................................................................... 127 Coração de outono ...................................................................... 127 Sofia Valadares ................................................................................ 128 Outono ............................................................................................ 128 Sol Figueiredo .................................................................................... 130 Mil folhas de outono ................................................................... 130 Os dias mais sobejos .................................................................. 131 Outono do amor ........................................................................... 132 Solange Moreira de Souza ............................................................. 133 Ao cair da folha ............................................................................ 133 Teresa Almeida ................................................................................. 134 Faz-se outono ................................................................................ 134 Teresa Costa ...................................................................................... 135 O cair da folha! ............................................................................. 135 E o silêncio da noite... ................................................................ 136 147


Tina Gante .......................................................................................... 137 Ao cair da folha ............................................................................ 137 Viviane Pennisi .................................................................................. 138 No teu cair...................................................................................... 138

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