Preciso respirar, sair à rua, E encontrar-me com quem quer que seja, Poder falar, mostrar a alma nua, Comer amendoins, beber cerveja. Sentir a voz do vento, a noite, a lua, Calcorrear a rua, entrar na Igreja, Poder cantar um Fado que insinua, Trocar ideias, sem rancor, inveja. Sentir no peito a força de um abraço Sem preocupações, sem embaraço, Ouvir dois corações a palpitar. Olhar o céu além do infinito, Poder sentir na força do meu grito Um peito aflito, pronto a respirar! José Sepúlveda