Charneca em Flor - Passeio da USRCPV ao Alentejo 2014

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Resumo do passeio ao Ribatejo, Alto e Baixo Alentejo Universidade S茅nior do Rotary Club da P贸voa de Varzim

Dias 21, 22 e 23 de Maio de 2014


Passeio da Universidade Sénior à planície alentejana, nos dias 21, 22 e 23 de Maio.

Por três dias mergulhamos no Alentejo profundo, por terras de Florbela, procurando maravilhas escondidas e paisagens sem fim que se iam abrindo perante os nossos olhos. Sensação imensa de paz e de muita beleza. Charneca em Flor Enche o meu peito, num encanto mago, O frêmito das coisas dolorosas... Sob as urzes queimadas nascem rosas... Nos meus olhos as lágrimas apago... Anseio! Asas abertas! O que trago Em mim? Eu oiço bocas silenciosas Murmurar-me as palavras misteriosas Que perturbam meu ser como um afago! E nesta febre ansiosa que me invade, Dispo a minha mortalha, o meu burel, E, já não sou, Amor, Sóror Saudade... Olhos a arder em êxtases de amor, Boca a saber a sol, a fruto, a mel: Sou a charneca rude a abrir em flor! Florbela Espanca, in "Charneca em Flor" O dia acabara de nascer sob um céu carregado de densas e chorosas nuvens. No parque da Avenida do Mar, os viajantes dos quatro costados abrigavam‐se como podiam debaixo dos frágeis guarda-chuvas, chineses ou não tanto, que mal resistiam à força do vento que teimava em não parar. À pressa e como podiam, entraram aos tropeções no autocarro novinho em folha que o nosso timoneiro, o amigo Batista, não se cansava de elogiar com orgulho inexcedível. A sua segunda viagem. O último grito da tecnologia. Uaaauuuuu!!! 1


Cai a chuva copiosa Lá vinda do fim do mundo E parte a gente garbosa P'ró Alentejo profundo Alentejo terra bela Berço de paz e labor Em ti nasceu Florbela Com a Charneca em Flor Partimos pro Alentejo Era alta a madrugada Levamos como desejo Trabalhar..., não fazer nada E lá fomos cantando e rindo, levados, levados sim... A chuva teimava em cair com abundância ao longo do percurso. Se uma réstia de sol, surgia, que alegria. Obrigado, ó S. Pedrinho, Avé Maria! E eis‐nos chegados à estação de serviço de Pombal na primeira paragem técnica. Lá nas terras do Marquês Parámos mas de fugida Para tomar uns cafés É dar tréguas à bexiga

E com o balãozinho aliviado, estômago enganado, seguimos viagem rumo a terras escalabitanas. Chovia que Deus a dava em Santarém. A danada da água não dava tréguas um momento que fosse. E foi refugiada debaixo do teto do coreto, frente ao local de onde há quarenta anos atrás o corajoso Salgueiro Maia e um valoroso grupo de soldados partira com alguns panhards e chaimites mal engendrados rumo ao Terreiro do Paço para depor um regime caduco e que se deixou apodrecer pelo tempo nos corredores do poder. A Drª Vera Duarte, a nossa guia, falava-nos com entusiasmo e saber daquela terra cheia de encanto e de história em cujos pergaminhos permaneciam registados retalhos imensos da memória deste povo nascido, renascido e vivido século após século neste jardim plantado à beira mar, como cantava o poeta. 2


No coreto nos falava Com toda a dedicação Que Santarém se contava Pelos dedos de uma mão. E trouxe‐nos à memória Estórias da fidalguia Falou‐nos da nossa história E esp'rancas num novo dia Bem tentou arquitetar Uma visita guiada Veio a chuva nos tramar Com visita mas molhada «Santarém é um livro de pedra em que a mais interessante e mais poética das nossas crónicas está escrita.» Almeida Garrett Pudemos mesmo assim visitar a Igreja de Nossa Senhora da Assunção de Marvila. Considerada a Catedral do Azulejo seiscentista, a sua conceção é lindíssima. Deliciou-nos de modo especial aquela mostra de azulejos antiquíssimos ali aos nossos olhos. O seu Órgão de Tubos, colocado no Coro Alto, foi construído pelo mestre organeiro António Xavier Machado e Cerveira, em 1817, em boa hora doado à Igreja fruto da extinção do Convento de Santa Clara de Santarém. É um instrumento de música de rara beleza e apresenta‐se exemplarmente conservado e em funcionamento pleno. Naquele espaço cheio de espiritualidade e encanto, têm os escalabitanos e toda a gente que o deseje a possibilidade de poder ouvir de quando em quando os maviosos sons que o ancestral instrumento insiste em soltar com galhardia. Que privilégio!...

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Mas para nosso infortúnio, a visita a Santarém findara ali. Com pés molhados, corpo encharcado, era impossível prosseguir. Nada mais restava que abandonar o plano de visita à cidade. Veio aquela chuva chata perturbar a nossa estadia naquela visita guiada que se apresentara tão promissora e fértil em aquisição de conhecimentos. Obrigado, Drª Vera. Lá fomos, inconformados, rumo ao sul, em busca de melhor sorte. Chamamos o autocarro P'ra prosseguir a viagem Frágeis seres, fútil barro, Com tristezas na bagagem O corpo humedecido e perturbado por esses momentos atribulados, pedia algum algo quente que fizesse esquecer o desalento de não termos visitado tanta coisa linda. Para trás ficavam as Portas do Sol e a belíssima paisagem da lezíria que ao longe se estendia em mananciais de beleza e alegria, beijando o leito sereno, calmo, daquele Tejo que se perdia ao longo da lezíria, até onde a vista conseguia alcançar. Tanta coisa bela que ficava para trás, quem sabe, para visitar um dia, sem que a chuva seja um empecilho. Já co’a fome a aparecer Chegados a Almeirim, No Forno fomos comer Bacalhoada e pudim

Com o estômago mais reconfortado por uma sopa de pedra ou peixe ou lá o que era, uma bacalhoada com batata a murro e um sabor doce de pudim caseiro (dizia‐se), lá seguimos com destino à cidade do Venturoso, a princesa do Alentejo - Évora. Ao passar em Montemor, lá longe, avistamos o altaneiro castelo que espreitava da colina e nos chamava a uma visita. Mas não parámos. Havia que chegar à cidade de Geraldo onde nos esperavam momentos de grande deleite. 4


Passamos a Montemor Com seu castelo altaneiro A moral era melhor E o tempo soalheiro. Já em Évora, junto ao mítico Templo que o engenho e o tempo denominaram de Diana, fomos de repente surpreendidos. A Deusa da Caça tinha ido caçar para outros pastos e, afinal, nada tinha a ver com esse lugar mítico, pelo tempo iconizdo... (ou teria???) Logo ao chegar ao lugar Já tudo se surpreendia Diana fora caçar Para outra freguesia Foi no " Templo de Diana" Que ficamos a saber Que a história nos engana Por querer ou sem querer De Diana não seria Mas de um tal imperador Sem nome, ninguém sabia Quem seria esse senhor E pergunta a fantasia Com voz altiva e profana Se o Imperador não seria O amante de Diana

E ainda não refeitos da surpresa desse lapso da história, uma pequena passagem na praça do Geraldo para um momento de café e o saborear um saboroso pastel de Belém ou de onde quer que fosse, mas uma verdadeira iguaria gastronómica. Calcorreamos então rua após rua em direção à belíssima e marcante Sé, passando aqui e ali por monumentos e recantos cheios de interesse mas cuja falta de tempo nos impedia de visitar.

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A Sé, mas que maravilha, Era digna de se ver Tudo à sua volta brilha E nos enche de prazer E seguimos para o Rossio onde apanhámos o autocarro que, através de caminhos onde mesmo as cabras teriam algum pudor em passar, chegamos ao Cromeleque dos Almendres, onde encontramos uma valiosíssima coleção de menhires do neolítico cujo descoberta e significado nos foram profissionalmente explicados por um geólogo local, Dr. Takis, que por mais que, com ar bonacheirão, bem nos falasse num seu português vernáculo, e bem disposto, nos fazia sentir gregos para o entender (pois, era natural da Grécia, que admiração!). Obrigado, Dr. Takis, bom amigo!

Curiosidade Cromeleque é o conjunto de diversos Meñires agrupados em um ou vários círculos, em elipses, em retângulos, em semicírculo ou mesmo sem ordem aparente. São monumentos da pré-história, associados ao culto dos astros e da natureza, considerados um local de rituais religiosos e de encontro tribal. (Wikipédia) Nos Almendres encontramos Meñires para estudar De lá depressa voltamos Com histórias p’ra contar A nossa pobre bexiga Apertava um bom bocado P'ra não doer a barriga Fomos regar o moutado

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Não se sentia o passar do tempo mas tínhamos que partir para outros lugares. O nosso bom Batista bramava impiedosamente contra a condição péssima do caminho de acesso aos menhires. Batismo de fogo para o autocarro novinho em folha – repetia. Veja lá, senhor Presidente do Município, o que pode fazer para dar um jeito nesse caminho de cabras, para não espantar os turistas e eborenses e os privar assim de ver um patrimônio com tal valia. De novo, calcorreando essas estradas sem fim. Urgia chegar à cidade de Beja que nos recebia de braços abertos. E foi no Hotel Beja Parque que arribámos para os momentos de repouso que o corpo, cansado de uma viagem de tantas horas, reclamava com razão. Seria aqui o nosso centro de estágio nas duas noites que passaríamos no Alentejo. Olhando pela janela do quarto, um anúncio algo familiar: Lactogal. Tão longe, tão perto. Comemos no Beja Hotel E ali dormimos também E nesse nosso quartel, Digamos, ficamos bem. Foi então que nos recolhemos e adormecemos... placidamente!... Esperava-nos um novo dia cheio de emoções. De manhãzinha, o telefone tocou. Hora de despertar. Uma nova jornada nos espera. Tínhamos uma aniversariante no grupo ‐ a Otília Feiteira estava de parabéns... E cantaram se os parabéns, com uma infindável partilha de sorrisos e abraços. Ó minha Otília querida, Olha a sorte que tu tens Tanta gente reunida Pra te dar os parabéns Sê feliz, tu bem mereces Nossa amizade e carinho Peço a Deus em minhas preces Que te guie em Seu caminho Dizem ditados antigos: Se queres amigos ter Tu terás muitos amigos Quando amiga souberes ser

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Animados e fortalecidos com este alento e renovar de energias, partimos para mais um dia de labor e de alegrias. Oito e trinta. Hora de partir para a visita ao castelo de Beja. A comitiva está alegre e feliz. O sol brilha. Um azul celeste irradia luz e calor, muito calor humano recheado de sorrisos. Transpira‐se felicidade. Subir àquele castelo Já toda a gente deseja Descobrir que tudo é belo Nesta cidade de Beja. Brancura, deslumbramento, Verdura em cada jardim Na raiz do pensamento Há liberdade sem fim

Na visita ao castelo, visita preparada pelo Dr. Paulo Crujo, pudemos confrontar‐nos com paisagens imensas de rara beleza. Um horizonte que se estende para além do infinito. Maria Correia, a nossa guia, era uma menina dócil e cheia de encanto. Incansável na transmissão de saber sobre as coisas mais belas da sua cidade. O seu sorriso e simpatia eram contagiantes.

Teus lindos olhos, Maria, Irradiam paz e amor; Teu sorriso é alegria Seja no lugar que for

O Convento da Conceição, agora reduzido ao tamanho de um terço sem contas, é hoje o Museu Municipal, um lugar de visita obrigatória para quem arriba à cidade. Os seus azulejos, a talha dourada, os andores de S. João Batista e de S. João Evangelista, cada qual com os seus altares de prata lavrada ‐ cujos protetores eram as freiras de origem mais nobre (S. João Batista) ou menos nobre (S. João Evangelista) ‐ são verdadeiras jóias do nosso património religioso.

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Foi ali que viveu a doce Mariana Alcoforado, a religiosa apaixonada que escreveu belíssimas cartas ao seu amado secreto ‐ um elegante general britânico que incorporava o exército que tinha vindo apoiar na defesa da cidade contra as investidas do inimigo. Paixão louca, vivida em segredo, apadrinhada pelas companheiras de clausura. Paixão peregrina e bela, imortalizada nas mais lindas cartas de amor já escritas. Pena que o tempo se escoasse tão depressa. Tanta coisa que ficou por desvendar, quem sabe, para que um dia possamos regressar com mais disponibilidade.

Deixa teu correr constante, Não vivas com tanta pressa Pois num momento, um instante, Nossa vida recomeça Eis-nos na estrada, rumo à Amieira. Uma embarcação espera‐nos para um passeio de barco pelo Alqueva que irá demorar cerca de hora e meia. Embora sentindo alguma fadiga, resquícios dos percursos pedonais de Beja, todos vão animados, cantarolando felizes, ávidos de novas aventuras. O romantismo da viagem é propício à troca de carinhos e palavras de amor. Ares apaixonados olham tudo toda a beleza ao redor. Alguns aproveitam para visualizar um filme que dá conta de factos de interesse regional e relacionados com a construção e a história da Barragem e do espaço envolvente. No fundo da Albufeira, a antiga Aldeia da Luz e o Castelo da Lousa - providencialmente selado para preservação - jazem adormecidos além do tempo e do espaço. Um percurso mágico, usufruindo a beleza natural da maior albufeira artificial já construída por mão humana. Paisagem deslumbrante. Uma infinidade de cores e beleza se estendia ao nosso ao redor. Junto à proa ou no interior da embarcação, havia sorrisos e muita animação. Um ar feliz no rosto de cada um. Partilhava‐se a amizade e companheirismo. A bandeira hasteada, algo esfarrapada pela força do vento, espelhava, na opinião satírica de um Carneiro astuto, a forma esfarrapada com que ventos de desventura ousaram colocar o nosso país amado. Esta observação imbuída de certa dose de humor negro arrancará do rosto de alguns uma mão cheia de sorrisos.

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Chegamos ao Guadiana Pra no barco passear Toda essa gente ufana Não parava de cantar Palavras de amor, carinho, Um beijinho disfarçado Um murmúrio bem baixinho Ao ouvido do amado Havia muita alegria, Muitos sorrisos no ar E toda a gente queria Amizade partilhar A deslumbrante paisagem ‐ Era opinião comum ‐ Vai gravar esta viagem Na mente de cada um Hora e meia depois estávamos no restaurante Amieira Marina. Hora de reabastecimento das nossas energias. Mais uns momentos de alegre convívio. De novo, o cantar dos parabéns à nossa aniversariante Otília. E lá fomos para Moura onde subimos ao castelo. Logo a seguir, o Museu Arqueológico, onde aprendemos um pouco sobre a ancestralidade da Vila mourisca. O Dr. Francisco Finha e Ana Carina Magalhães foram os nossos anfitriões e no decorrer da visita fomos ouvindo deliciosas histórias. Era por aqui que nos tempos da conquista dos mouros se viviam muitas das ancestrais histórias das famigeradas mouras encantadas da nossa juventude, perante quem esses valentes se vergavam e morriam de paixão. Momentos também para a aquisição dos bons produtos de Moura: o azeite, a doçaria, o queijo, enfim, coisas das boas... E o regresso a Beja para jantar e pernoitar. Alguns dos membros do grupo ousaram enfrentar o cansaço e os desa-fios da noite.

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Alguns ousados turistas Partiram p'la noite fora Não sei se p'ra dar nas vistas Se para andarem à nora Nesse vaguear noturno Numa noite não propícia Num lugar algo soturno Encontraram a polícia Perdidos na noite escura, Com um amargo de fel, Disseram 'star à procura Do seu almejado Hotel E numa troca de amores, Colhidos na noite ufana, Uma espécie de doutores Procuraram Mariana Com o Convento à distância, Buscavam por todo o lado Esse olor, essa fragrância Da sóror Alcoforado. No dia seguinte, mal o sol despontava, partimos para Serpa, terra que provocou em nós boas e agradáveis surpresas. Ali fomos encontrar coisas que nos proporcionaram alegria imensa. O dinamismo daquela gente o carinho para com aqueles que visitam o local, é de registar. Paisagem linda à nossa frente. A visita foi superiormente orientada pelo nosso amigo Rui que não poupava encómios para que aproveitássemos bem os momentos naquela terra linda. Lá em Serpa e no Museu Com quanta emoção eu vejo Neste cantinho do céu Como é lindo o Alentejo. Ali visitamos o Museu Etnográfico, um interessante espaço dedicado às artes e ofícios tradicionais. O barbeiro, o alfaiate, o agricultor, etc. etc. Lindo, lindo! Muito interessante, este museu. Um lugar a visitar com mais tempo. Nele encontramos espécies raras de peças de relojoaria apaixonantes. 11


Logo a seguir, passamos ao Museu do Relógio, o melhor do país, cheio de exemplares raros e surpreendentes. Que pena o tempo ter passado tão depressa. Tanta maravilha que ficou por ver neste local de sonho. Vale a pena regressar um dia, ninguém vai arrepender‐se.

Museu do Relógio... Vimos Um lugar lindo de ver; Foi então que descobrimos Que o tempo passa a correr.

Fizemos depois um percurso pela Vila à descoberta dos mais lindos recantos. Na entrada do castelo, uma enorme massa granítica, parte da antiga Torre de Menagem, mantinha‐se inerte em posição acrobática sobre o que resta da muralha. Fora o inimigo que armadilhara o espaço antes da sua fuga, quando sitiado pelos valorosos soldados que tinham determinado a reconquista da fortaleza.

E no castelo, na entrada, Uma armadilha dantesca Destrói a torre e a fachada Naquela atitude besta

Mais à frente, uma interessante chaminé permanecia incólume sobre o telhado daquela casa branca. Era o esconderijo dos bens dos donos da casa, sempre que acossados pelos inimigos que apareciam para molestar a população.

Lá na chaminé de Serpa O povo fica à escuta Trepa veloz, fica alerta Pra fugir à força bruta

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Deparamos então com um lugar sui generis. Um telhado junto à traseira do Palácio dos Melo, repleto de brinquedos carinhosamente criados pelo seu proprietário, já falecido, lugar a que a população, com carinho, chamava de Portugal dos Pequeninos. No Portugal da Criança, Há brinquedos no telhado Para espalhar esperança Por ali, por todo o lado À volta do castelo, uma profusão de oliveiras milenares que enchem os nossos olhos de deleite. Na esquina da muralha, uma estranha nora colocada numa espécie de torre, que elevou anos sem fim as águas que abasteceriam o Palácio. Oliveiras milenares De beleza sem igual Se espalhavam aos pares Pela muralha real Na esquina aquela nora Que no seu labor singelo Lançou água por ali fora Para o Palácio dos Melo Foi um encontro com Serpa, Co'a terra e co' a sua gente Uma terra que desperta Um sentimento dif'rente. Um salto à Rouparia, nome algo estranho para designar um lugar onde são preparados os famosos queijos de Serpa cuja fama se espalha pelo país e estrangeiro. E como manda a tradição, fomos à procura do queijo, do pão e de outras iguarias famosos da região. Mas o tempo voa e eis‐nos a caminho de Grândola para um almoço que ninguém vai esquecer, no restaurante o Cruzamento. 13


Em Grândola a grande festa Que nos encheu de alegria Do almoço muito resta De tanta, tanta iguaria Naquela vila morena Que deixou tanta saudade, O povo é quem mais ordena, Mas ordena de verdade Conhecemos Daniela No almoço do Cruzamento E essa menina bela Não nos sai do pensamento Era a hora do regresso. Uma longa viagem estava ainda à nossa frente. Uma paragem técnica na auto-estrada e rumamos para Mira, e o autocarro estacionou no parque do restaurante «Milénio», onde nos esperava mais um lauto banquete. Foi então que desvendamos o enigma do Euromilhões que o Sá Couto cismava em alimentar no decorrer da viagem. A sua dedicada esposa, a querida amiga Fátima Sá Couto fazia anos. Segredo bem guardado, encapuçado nessa engrenagem que o marido arquitetara e que encheu toda a comitiva de assaz curiosidade. Mas o jantar foi real. Um fim de jornada cheio de alegria e boa disposição com os parabéns a ecoarem por todo aquele espaço, numa simbiose de alegria e de grande amizade. O seu amigo Manel reencarnara agora na figura linda daquela amiga cujo sorriso e amizade nos encanta. Obrigado, amigos. Parabéns, Fatinha.

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Fatinha (À minha amiguinha Fátima Sá Couto, na passagem do seu aniversário) Passaram muitos dias desde o dia Em que brilhou no céu o teu olhar O teu sorriso lindo nos dizia Que vinhas a este mundo para amar E enquanto o tempo aos poucos se esvaía, Tu não deixaste nunca de sonhar E o tempo no seu tempo te sorria Correndo nesse lindo caminhar Agora, a tua vida de repente Te envolve neste imenso mar de gente Trocando as voltas ao teu calendário E há algo nos teus olhos que nos diz Que vives tão contente, tão feliz Com teu amor... Feliz aniversário! Uma palavra de agradecimento para o António Sá Couto e Fátima pela dedicação e carinho colocados na organização deste passeio que além do tempo ficará gravado na nossa memória. Obrigado, Sá Couto Sá Couto muito obrigado Por este belo passeio Que foi tão no nosso agrado E de belezas tão cheio Cada momento passado Mesmo no dia mais feio Vai ficar sempre gravado Com ou sem chuva p'lo meio Passamos momentos lindos E nesses dias infindos Vibrou nosso coração

«A alegria e boa disposição estiveram sempre presentes»

Bem hajam!

Com este grupo excelente A ideia mais premente É que os bons convosco estão.

Este resumo é um trabalho de José Sepúlveda A edição é um trabalho da JP Sá Couto

«E, assim, se passaram 3 dias a passear, conviver, divertir e aprender» 15


PARTICIPANTES ABÍLIO SÁ COUTO ADELAIDE FERREIRA ALBERTO COSTA ALFREDO RIBEIRO ALZIRA Mª BARATA ANA Mª GOMES ANA Mª SEPÚLVEDA ANTÓNIO Mª GOMES ANTÓNIO SÁ COUTO CARMEN REINA CONCEIÇÃO MILHAZES DIGNA VELASQUEZ ISABEL C. MARTINS ELISABETE M. MAIA EMÍLIA GODINHO ERNESTINA ANTUNES FERNANDO GASPAR GABRIELA MIRANDA HENRIQUE GONÇALVES HENRIQUE SOUTO ILDA SOUSA IRENE MOREIRA IVO FARIA JOAQUIM TOUGUINHA JOSÉ Mª CARNEIRO JOSÉ MAURÍCIO JOSÉ SEPÚLVEDA LEENA ANNELI

LUÍSA FERREIRA LOPES ISABEL MOREIRA Mª ADELINA NUNES Mª DE FÁTIMA SÁ COUTO Mª DE LURDES VAZ Mª DELFINA SOUTO Mª EDUARDA Mª EMÍLIA AMBRÓSIO Mª JOSÉ MARTINS Mª DE LURDES CODESSO Mª ODETE FERREIRA Mª ONDINA PACHECO MANUEL OLIVEIRA MANUEL SOUSA NOVO MARGARETTE NOVAIS NATÁLIA SOUSA OTÍLIA FEITEIRA ROSALINA BARROS SÍLVIO DINIZ TERESA Mª GONÇALVES VALDEMIRA RODRIGUES VENÍLIA Mª RIBEIRO VIRGÍNIA Mª P. SILVA

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Resultado dos 37 questionários (+ de 90%) do Passeio de 3 dias (21, 22 E 23 de Maio de 2014) O PASSEIO VIVIDO POR SI (nº de respostas dadas a cada classificação)

Questionário 1• Conforto e segurança autocarro

Mau Médio Aceitável Bom M.Bom Excelente Branco -

-

-

2• Visita em Santarém

-

2

3• Almoço em Almeirim

1

-

4• Visitas em Évora

-

5• Visita aos Cromeleques

-

6• Jantares no hotel 7• Intalações do hotel (quarto)

-

6

31

-

9

7

11

6

2

2

12

13

8

1

2

-

8

11

14

2

-

-

1

9

24

3

-

-

4

11

11

7

4

-

-

-

6

14

14

3

8• Visitas em Beja

-

-

1

4

11

19

2

9• Passeio de barco

-

-

-

-

15

22

-

10• Tempo para visitas

1

-

9

14

8

4

1

11• Almoço na Amieira

-

-

2

14

12

7

2

12• Visitas em Moura

-

1

3

8

12

10

3

13• Visitas em Serpa

-

1

1

3

9

22

1

14• Almoço em Grândola

-

-

1

3

6

24

3

15• Presença de guias locais

-

-

-

-

13

24

-

16• Preço serviço/qualidade

-

-

1

3

6

24

3

17• Organização da USRCPV

-

-

-

-

4

31

2

Com uma só palavra, diga da sua satisfação ou insatisfação em relação à globalidade do passeio: Excelente (17 vezes); Ótimo (5 vezes); Muito bom (6 vezes); Bom (3 vezes); Maravilhoso; Radiante; Bestial; Fabuloso; Satisfeita (2 vezes); Dê uma sugestão para melhorar os nossos passeios: Queremos mais (5 vezes); Continuar (3 vezes); A mesma qualidade (3 vezes); Mais tempo para as visitas (3 vezes); Repeti-los e criar novos; Menos visitas e mais convívios (2 vezes); Menos visitas e mais tempo para compras (2 vezes); Assim tá bom; Ouvir + e falar -; Bastavam 2 dias; Esteve tudo perfeito. Com esta organização não tenho sugestões a dar. Fazem o melhor em todas as vertentes: cultural, lúdica e gastronómica. Muitos não deram qualquer sugestão


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1989 Fundação

1994 Criação da marca própria Tsunami. Início da distribuição de hardware

2008 Arranque do projeto Magalhães. Internacionalização da empresa.

2014 Maior empresa de TI em Portugal. Presença em mais de 70 países.


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