Primeira Colectânea do Blog Sonhar Criança
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Poemas e textos que concorreram ao evento criado no Solar de Poetas, promovidos pelo Blog Sonhar Crianรงa, segmento infantil do Grupo, onde se encontram alojados
sonhar
crianรงa http://brincandonosolar.blogspot.pt/
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A infância
Quem não se recorda das brincadeiras á tardinha logo que saia da escola... Esconde-esconde jogar bola com meninos mesmo aqueles bem traquinos... Fazer casinhas de boneca tinha até competição batizado de boneca tudo era comemoração... Que maravilha feito numa árvore gigante andar de bicicleta eu nunca consegui era só tentar e cair... Pular corda amarelinha brincava de bambolê eram tantas brincadeiras e hoje se brinca de quê? Quando era criança pedia a deus para crescer queria ser logo mocinha ir à festa sozinha... Hoje é tudo complicado trabalho preocupações saudade de ser criança só me restam as recordações... Irá Rodrigues
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Cada criança é uma benção! Cada criança é uma benção que Deus colocou para alegrar os lares e o mundo ficar mais rico! O sorriso de cada criança é maravilhoso, Revela calor humano e encanto, Ao mesmo tempo que imana luz que transmite energia e esperança. Cada criança é um ser único e a sua beleza faz-nos acreditar que é possível ser feliz e amar sem preconceitos, racismo nem egoísmo. Cada sorriso de uma criança atravessa Pontes e fronteiras, une povos e faz os humanos serem mais solidários! O seu sorriso é magia e cada criança Tem uma varinha de condão que onde toca vira alegria, colorido e beleza. Haja sempre sorrisos de crianças para Iluminar a vida e colorir o mundo de Cores lindas e bons sentimentos... Que esse sorriso de criança nunca Acabe e possa ser feliz, como quem pula E avança com vontade de apanhar estrelas E construir muita esperança e sonhos... Nunca deixes que esse sorriso de criança Deixe de brilhar e sorrir dentro do teu coração!
Bernardina Pinto
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Dança...Dança...JOANINHA! Dança...Dança...JOANINHA, Porque é lindo o teu dançar, Representas o doce Minho, Terra verde de encantar! Com o teu folclore, Em terras de França, E com Portugal na lembrança, O danças desde criança! Aqui, também se dança! Dança-se na poesia, Dança-se na arte, Dança se na literatura, Dança-se na escravatura, Há muitos dançares, Cada um seu bailar, E há aqueles... Que não bailam, nem poetam Coisa nenhuma. Não é preciso rimar! O importante é bailar! Dança... Dança...Joaninha! O teu lindo e belo folclore... O importante queridinha, É que o povo nao chore, Ele gosta de ver... Para se distrair, Ver os "taimancos" e rir.... Treina...treina... muito, Para trazeres doce "fruito" E mostrares ao povo daqui, Que não basta Falar, Cantar, Poetar, Teatrar, Literar, Que é preciso, Com juizo, Liderar, Dançar, O Folclore, Para que o povo não Chore, O pão que vai faltar! Conceição Roseiro 6
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Criança Numa ternura de encantar Encontro o teu olhar… Fascino-me com o teu ser Brindo a vida com teu querer E no brilho do teu observar Deixo-me envolver e deslumbrar! Criança de serenidade e bonança Dormes um sono profundo de magia De outro mundo… E neste nosso sofrer tu és a esperança Deste planeta em mudança! Criança ser angelical nos dá o teu amor Sem condição igual… Te amamos sem fronteira colhe flores Para ti esperando num grito de dor… Que todos sintam Amor!
Teresa Teixeira/Zinha
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Recordando: o céu estrelado da minha infância… É apenas mais uma noite quente de um sábado de Verão. Estou na varanda, a ouvir música no meu Ipod (a modernidade tem destas coisas maravilhosas) e balanço o corpo com o ritmo da melodia. Adoro perceber a letra e vibro com cada som como se fosse eu o instrumento musical que lhe dá aquele toque magistral. De repente, fixo o meu olhar no imenso céu e deixo-me ficar quieta a observá-lo, quase como se estivesse a cortejá-lo. Porém, reparo que ao seu lado está, muito atenta, a sua eterna companheira - a majestosa lua, tal qual bela rainha no seu reino intocável. Sinto uma brisa agradável e indescritível que me toca suave e delicadamente no rosto e se espalha lentamente pelo meu corpo, apoderando-se dos meus movimentos e das minhas emoções. No ar dança o perfume esquecido da pureza e da inocência… Inunda e perturba a minha alma, uma súbita nostalgia da minha infância… A minha memória recua até ao tempo em que tudo se resumia a uma sede insaciável de novidade, divertimento e uma singela felicidade! O meu coração é invadido por uma imensa saudade daqueles longos serões de Verão passados na varanda dos meus avós, nos quais a companhia destes, das minhas tias, juntamente com a das minhas companheiras de todas aquelas longas noites – as estrelas, tornava tudo simplesmente, perfeito! Lembro-me clara e demoradamente desses momentos deliciosos em que me sentava no chão quente da varanda, descalça, com os olhos deitados no céu, ouvindo os grilos, quais afinados cantores… Lembro-me saudosa e docemente do palpitar frenético do meu coração e da curiosidade espelhada no meu olhar com aquele gozo inocente de contar as estrelas infinitas… As crianças são de fato seres especiais porque acreditam na magia do impossível! Estou numa espécie de hipnose e revejo aquele céu da aldeia em que as estrelas eram tantas que iluminavam o meu brincar cheio de encantamento, mistério e doçura. Sim! Era tal o brilho naquele céu que eu tinha dificuldade em dar um nome a todas as minhas amigas celestiais. Afinal eram as minhas companheiras cintilantes e como fieis amigas que eram, eu tinha de lhe dar um belo nome e, no mínimo, bastante adequado as características de cada uma! Claro, porque o seu nome era sinónimo do seu significado na minha curta existência de menina. O meu critério passava por escolher primeiro o nome dos meus familiares, depois dos meus amigos, a seguir dos colegas da turma, e quando se “terminava com as relações”, inventava, pura e simplesmente. Finalmente subi as escadas da infância e percebi que hoje, neste Sábado quente de Verão aparentemente tão normal me esqueci de todos aqueles nomes. Esses mesmos nomes que, na minha imaginação infantil fecunda de sonho e primavera me permitiam carinhosamente falar com as minhas amigas estreladas. Todos, a exceção de um que eu adorava: a estrela amiga POESIA! Era aquela a minha melhor amiga, a minha confidente, a minha preciosa companheira. Estava lá todas as noites para 9
conversar comigo…Para me fazer voar com as suas palavras! Refleti sobre os motivos deste esquecimento e não cheguei a nenhuma conclusão brilhante, apenas a um talvez. Não sei, agora, talvez, lhe chame crescimento, desencantamento. Porque crescer traz consigo um inimigo cruel – o frio e o vazio do triste esquecimento! Porém, este sábado quente de Verão foi tudo menos um mero sábado… Sim! Este sábado foi o dia em que reaprendi a contar as estrelas sem fim que povoam o quadro de uma infância transbordante, mágica e feliz! Sim! Este sábado foi o dia em que voltei a ouvir o canto do rouxinol! Sim! Este sábado foi o dia em que fiz as pazes com as minhas amigas e companheiras estreladas! Sim! Este sábado foi o dia em que em vez de um até sempre, as brindei com o mesmo sorriso encantado, o coração renovado e com um até amanhã… Sim, este foi o sábado, do céu estrelado da minha infância…! Marta Limbado
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Dever e crescer Criança sapeca joga peteca pula no rio. Zica o sapo tem medo de rato brinca no estio. Corre na chuva chupa macaúba malfeito não viu. Sempre leva bronca dorme nem ronca da benção ao titio. Menino danado todo desconfiado joga amarelinho. Pula corda joga bola às vezes enrola não levanta cedinho. Ama o vento a favor, tua vida é amor de mimo e carinho. Admira a vida deixa a duvida perdida em meio à multidão. Chora com pouca dor encanta e com flor sempre tem emoção. Gosta de viver na pureza se enche de beleza com a recordação. Peralta em seu universo é sim, perverso mas tem muita paixão. É cheio de esperança carrega confiança em teu coração. Também rouba maçã acredita no amanhã e na gratidão. Tem planos para crescer, mas o viver esta na sua mão. É belo em seu viver acredita em você e ama o seu irmão. Preza todos os teus e para com Deus é a sua devoção. Gosta do titulo: Amor, para com Cristo nessa imensa nação. António Montes
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Menina que fui Menina que já fui num passado Menina de sorriso envergonhado. Menina vestida de ingenuidade Vendo as horas passarem ao lado Sonhando feliz sem tempo marcado Mas como tinha que acontecer A menina virou mulher Agora com tempo limitado Mulher de rosto vincado. O tempo voou com intensidade Que marcou décadas na idade E me vesti de anos. De alegrias e desenganos. E chego realmente à conclusão e digo com determinação Que apesar de por vezes sofrer Sempre vale a pena viver Aurora M. F. C. Martins Afonso
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Criança... Quando eu era criança… Queria tudo o que via os outros ter, Mas nascida numa família modesta… E rural…tal coisa não podia ser… Brinquedos, poucos tive… Meus pais não podiam comprar… Mas uma coisa eles me deram… Um grande coração para amar; Tive uma infância feliz… Os brinquedos, era eu quem os fabricava, Lembro-me de uma boneca de pano preto… Da qual eu nunca me separava… Ela era a minha grande amiga… Com ela eu tudo conversava… E mesmo quando ia para a escola… Ela comigo viajava… Hoje as crianças têm tudo… O que o dinheiro pode comprar… É pena, porque muitas vezes… Dão-lhes tudo, mas não as ensinam a amar, Não sabem dar valor às coisas simples da vida… As crianças não têm culpa, deste mundo estar… Vazio, de sentimentos e amor… Pois brinquedos caros não compensam… Nem ensinam, ninguém a dar o devido valor… Valor sim, as coisas que com o suor se ganham. E mais tarde, eles como adultos e pais… Poderem contar aos filhos, como viviam os demais… Pois se é esta a herança que lhes queremos deixar… Então comecemos já nós mudando… Para o mundo poder mudar.
Maria Irene Frieza
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Quando eu era criança . A vida era diferente Brincava de pega, pega. Pula corda amarelinha Brincava de boneca Fazia casinha… Quem não brincou de morto-vivo As pernas cansavam De tanto agachar E depois se levantar… Brincadeiras de roda Atirei o pau no gato Anel meu anel Era mesmo engraçado… Ciranda cirandinha Dança da cadeira Amava essa brincadeira…
Tinha os versinhos Quem perde paga prenda E tantas outras brincadeiras Era bom fazer besteiras… Mas uma besteira boa Que nada prejudicava Subir em árvores Chupar fruta no pé Ou coisa boa que é… Irá Rodrigues
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Realidade Quando era criança! Deram-me um castelo de sonhos! E logo o desfizeram! Quando eu era criança! Diziam mentir e' pecado! Eu so' via pecados! Quando eu era criança! Prometiam-me tudo! E não davam nada! Quando eu era criança! Queria saber tudo e nada me diziam! Quando eu era criança! Tive que construir o meu mundo de sonhos! E não deixar ninguém entrar! Quando eu era criança pensava! Quando crescer! Vou mudar o mundo! Mas foi ele que me mudou! E acabou. Fernanda Costa
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Quando eu era criança Quando eu era criança Alegria era minha segurança embalada pela esperança. Vivia feliz a inocente vida E nas minhas brincadeiras Inventava mil e uma maneiras Para poder rir à vontade Por vezes com certa maldade Quando fazia a minha diabrura uma travessura de alma imatura Porque adorava brincar e sonhar Saltar, pular, e conversar. E pelos campos Libertadores Colhia a mais belas flores Dava à minha mãe como presente E como ela ficava tão contente! como se fosse uma grande oferta Oferecida na hora certa Via televisão a preto e branco na tela da vida colorida. Adorava ver histórias de encantar, com princípes e princesas Que acabavam por casar E tinham muitos petizes Eram os tais finais felizes Meus sonhos eram ingénuos Sonhava com abraços ternos como ingénua era a minha vida assente na simplicidade colorida O mundo era pequenino a meu ver como pequeno era o meu ser. Nem dava pelo tempo crescer. Ansiava um dia ser mulher.
M.F.C.Martins Afonso
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Quando eu era criança Quando eu era criança… Sorria… Quando as fadas me visitavam, Chorava… Se os duendes se escondiam Viajava… Nos desenhos das nuvens, Pintava os dias… Com as cores da imaginação, Sonhava acordada… Com a minha varinha de condão… Que ainda guardo…no reino da ilusão.
Albertina Martins
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O reino dos animais! Fui à rua espreitar O pardalinho a cantar Lá no beiral do telhado. Qual não foi o meu espanto Que numa telha a uma canto Tinha um ninho enfeitado! Mais pardalitos existiam E migalhinhas comiam Daquele pão lá de casa. Depois quando eu lhes mexi Chilrearam, eu ouvi E bateram, a sua asa! E no canteiro das flores Um grilo de linda cores Entoava a sua canção. Lentamente me aproximei E com jeitinho o agarrei Colocando-o na minha mão. E o burro do vizinho Vinha devagarinho A erva do prado comer. E quando ele zurrava Um miminho eu lhe dava Cenouras…pró entreter! E as vacas na pastagem Tinham da sua linhagem Um vitelinho pequeno. Enquanto na velha eira Ia uma cobra rasteira Pra injectar o veneno. E o cão do pastor, ladrando Ali sentado, esperando Que lhe dessem osso bom O gato Óscar miava E todo ele se enrolava No seu tão longo ronrom! E o galo mariola Todo ele em festarola Ia galando as galinhas. Não querem lá ver pois isto 18
Ave-Maria, santo Cristo Deixou-as depenadinhas! Bicharada dum castigo Mas que afinal vos digo Fazem falta sim senhor. Seja bom, seja mau bicho É certo que não são lixo E devem ter…todo o amor! Renato Valadeiro
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Quando eu era criança Quando eu era criança, Via o mundo todo às cores… Os arco iris eram flores E os bebés vinham de França… Nas poças de água, no chão, Chapinhava alegremente! Saltava todo contente, Molhado até ao calção! Lá vinha a constipação, Depois dos pés ter molhado… Espirrava, estava engripado! Ralhava a mãe com razão!... Tinha, de trapo, uma bola, Feita de meias usadas… Fazia grandes jogadas, À tarde, depois da escola! Um aro de bicicleta, Que com um gancho empurrava! Eu corria , ele rodava… Brincadeira predilecta! Usei fisgas, ratoeiras, Subi às árvores, aos ninhos! Apanhei os passarinhos, Fui mau e fiz maroteiras!... José Manuel Cabrita Neves
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Quando eu era criança Quando eu era criança Meus paizinhos, Meus queridinhos, Minhas ternuras, Minhas canduras, Minhas Doçuras, Meus pingos de mel. Meus fofinhos, Meus queridinhos, Sois vós Paizinhos! Sou a vossa Mariazinha, Flor educadinha, Como vós Paizinhos, Torrão de Alicante, Da doce Beira! Paizinhos....Paizinhos…… Tenho-vos no coração Não veem a minha mão no coração
Maria Tavares
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Sonhar criança Quando eu era criança Corria de alegria com meus amiguinhos. Pulava e dançava na rua, e improvisando um microfone imitava os cantores do festival da canção, e havia aplausos de imitação. Jogava à cabra cega e às escondidas, rebolava nas ervas floridas, e fazia colares de malmequeres com que me adornava...e deliciava. gostava muito de apanhar flores campestres aos molhos, com que presenteava minha mãe adorada. Apanhava borboletas amarelas, e espreitava os grilos no buraquinho, ai que bom ser pequenino! Apanhava suculentos morangos no quintal de minha casa e comia-os com açucar. Brincava com bonecas, e saltava à corda, ouvia histórias na telefonia e para lá escrevia. Era tão boa a música que ouvia! Quando eu era criança brincava na natureza, a vida suava beleza. E as flores aos molhos, faziam-me sentir princesa.. que bom ser criança!
Emília Maria
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Espontâneo... Na nossa casa as brincadeiras a três estavam sempre presentes e nessa noite, estávamos muito divertidos e muito bem dispostos. Brincámos muito, cantámos muito, dançámos muito e demos grandes gargalhadas. Nunca nos davas descanso. Não tínhamos bebido café a seguir ao jantar e como já estávamos um pouco cansados, resolvemos fazer um pequeno intervalo. Sim pequeno, porque tu não deixavas que fosse de outra maneira e fomos os três para a cozinha fazer o café. Já um pouco mais calmos, mas sempre com um sorriso nos lábios de tanta alegria e felicidade, lá tomamos o café. De repente pediste-me colo e chamaste também o avô. Rodeaste com os teus bracitos os nossos pescoços e logo a seguir beijaste cada um de nós. Mas o que foi aquilo?... O que se estava a passar?... Não há palavras que possam quantificar nem qualificar, o que mais uma vez nos estava a acontecer. Eras uma luzinha na nossa vida, porque eras de facto uma coisa muito boa, muito gira, muito especial... A tua expressão era impagável! Fizeste-nos isso muitas vezes e não existem palavras que definam a nossa relação. Irradiavas tanta felicidade, que tinhas o dom de fazer feliz quem estava junto de ti. Eras uma criança muito, muito doce. Por tudo isto e não só, as coisas mais simples da vida ganhavam ainda mais sabor e tínhamos mais prazer em tudo o que fazíamos. Tentávamos que quando estivesses na nossa casa, houvesse sempre, alegria, bagunça, carinho, comida gostosa, compreensão, harmonia, respeito, ternura e muito amor. Queremos que cresças sem esgotarmos o nosso afeto. Isabel Beato
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Quando eu era criança Quando eu era criança O que me vem à lembrança É a minha escola, a minha ardósia, Onde aprendi a ler e a contar. Mas, eu nunca fazia ideia Que na minha aldeia A minha escola fosse acabar! Naquele tempo, Os meninos e as meninas Iam juntos para a escola Mas não podiam juntos estudar. Mas os meninos e as meninas, No fim da escola, O que mais queriam era brincar. Brincávamos à macaca, À cabra-cega, aos médicos, Às enfermeiras, às escondidas, Até que nossas mães queridas Nos quisessem vir buscar. Mas, eu nunca fazia ideia Que na minha aldeia A minha escola fosse acabar! Naquele tempo, Não havia dinheiro para gastar. Eram todos pobres, remediados, Mas havia sempre para educar. Por isso, eu nunca fazia ideia Que na minha aldeia A minha escola fosse acabar!..
© Acácio Costa
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Os meus animais O grilo faz gri gri Saltita que nem uma bola Mas quando está na minha mão Fica quieto e com festinhas se consola Tenho um galo de crista encarnada Porte altivo e ar galã Todo o dia o galo canta e não descansa E desassossega toda a vizinhança O coelhinho de orelhas espetadas Cenourinha na boca parece um peluche Com os olhitos brilhantes pêlo farfalhudo Pula pula e provoca gargalhadas O gato Carapau é muito engraçadinho Se não me ponho a pau Come o meu peixinho limpa o beicinho E fico sem saber que ele foi o espertinho E a cadela Mafalda é muito irrequieta Pula salta mordisca e me põe doida Mas quem tem mesmo de a aturar É o pachorrento Scott que rosna para a acalmar Helena santos
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Joaninha ainda criança Me pediram, para contar uma história do tempo em que fui menina criança mas de tudo o que tenho na memória apenas recordo, uma vida sem esperança fui uma criança, feita mulher rapidamente porque não me recordo de brincadeiras uma criança, mulher se fez precocemente porque a vida, nos armava, grandes ratoeiras a maior, foi ter levado meu pai tão cedo e minha mãe e meus irmãos,ficamos à deriva mas todos mesmo pequenos quebramos o medo e todos juntos ajudamos minha mãe, minha diva eu com os meus sete aninhos na idade de brincar já me sentia responsável, não podia cometer asneira porque tinha um irmão ainda bébé para cuidar.... minha mãe que tanto trabalhou uma vida inteira.... fiquei sem esperança na vida, porque meu pai me dizia que eu era sua menina, e que meus estudos seguiria porque és pequenina, mas tens inteligência e sabedoria o pai tudo fará para isso, mas nesse ano meu pai falecia fiquei desiludida com a vida, não me recordo da criança da escola e dos amigos sim, esses eu lembro bem ......... são as minhas recordações que tenho da vida sem esperança que como eu muitos não pudemos seguir mais além...
Joana Rodrigues
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Joana Joana, como é lindo o teu olhar Olhando o meu, assim, tão penetrante! Olho p’ra ti e logo, num instante, Eu fico enternecido, sem falar! O teu sorriso doce, de encantar, Traz aos meus olhos brilho radiante. E ouço a tua voz a cada instante A me dizer: avô, vamos brincar? Vem-me abraçar, amor, e vem trazer A força e alegria de viver A este meu cansado coração E vem dizer-me com todo o carinho: Eu quero-te abraçar, meu avozinho, E quero o teu amor, tua afeição! José Sepúlveda
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QUANDO ERA CRIANÇA
Com um beijo teu, Que nunca ias para o céu, Que ficavas pra semente.... Uma mamã não mente... Mas não quiseste ser flor!
Mamã querida, que pena teres ido para o céu. Há tanto tempo................. Não tenho um beijo teu, Ainda te não disse, Que... Quando tu partiste, Eu fiquei só e triste! Tinhas-me prometido,
Mas não quiseste ser flor! Conceição Roseiro
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Pescaria... Uns tempos atrás fui pescar com meu filho . Lá se encontrava um senhor . Pedimos licença . E por mérito de sua sabedoria , ele me ensinou uma verdade um fato valioso para vida . Meu filho foi brincar , corria , dava voltas e subia nas grandes árvores e sorria como um anjo por ver e admirar tantas belezas . O senhor me disse : Olhe e observe meu rapaz , como ele brinca e sorri , Por ... brincar com as aves , subir nas copas das árvores . Veja como é mágico . E eu lhe respondi : Tenho que tomar cuidado com o que ele esta fazendo , pois poderá se machucar ! E o senhor me olhou e disse : Preste bem atenção meu garoto , você ainda é um menino ao meu ver pela minha idade . Aprendi com meu falecido Pai assim ... Todos os fatos ruins da vida , todos aprendem muito rápidos por quererem desejarem e completamente sozinhos . Os fatos bons e maravilhosos e divinos da vida , nós como pais teremos sempre que ensinarem e demonstrarem para eles todos os dias . Pois eles demoram para aprenderem e a praticarem tudo o que é realmente bom . Para se viver . Para isto damos o nome de infância Ser criança, ser feliz . Com todos os aprendizados de sua infância que um dia você também brincou e foi feliz como seu menino das árvores , com admirações de um anjinho esperando seu pai a lhe dizer ... Brinque meu filhinho , aproveite pois são a melhores coisas do mundo que você esta fazendo neste momento . Você esta aprendendo a descobrir tudo o que é bom , ao lado do seu pai que lhe protege e admira , observando você fazer o bem à nós . Ednaldo F. Santos 29
O sorriso das criança... Olhe e aprenda a transmitir . Os sorrisos das criancinhas . Plena delicadeza angelical . Nascem em nossos rostos alegrias em Sorrir ,
Viver , Carinho , Incontrolável Pelo Ser Humano . Este sentimento é difícil de se explicar . Mas notamos os nossos corações baterem fortes . Este segredo , Estes sentimentos nascem poucos quando nos tornamos adultos . Porque será deste mistério ? Mas quando ele nasce e aparece quando estamos adultos , olhando uns para os outros Ganhamos ... Um privilégio de poder transformar corações , em alegrias e muitas bençãos , Felicidades . Pense ! ! ! Não foi assim que Jesus disse : Deixe vim a mim as criancinhas , Pois elas , pertencem ao reino de Deus . Um belo segredo ... Se pensarmos , desvendamos . De fato ele estava descrevendo nas crianças o que todos devem possuirem , Quando adultos , sentimentos de amor puros . Olhem como são as criancinhas , o sentimento puro de uniões . Sempre querendo estar perto dos amiguinhos , brincando sempre nos parquinhos , em casa em qualquer locar desde que estejam juntos com amizades puras , como anjos . De fato , Nós adultos temos muitos que aprendermos com as crianças e seus sentimentos , Puros .
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De fato não temos que descrever como é ser criança ... É permanecermos como crianças por todas nossas Vidas . Segredo revelado , de continuarmos crianças .
Ednaldo F. Santos
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Sonhar criança Quando eu era criança Nos meus bons tempos de criança Vivia de bem com a vida, a sorrir e brincar Sempre a correr, nunca parava quieta E nem todos conseguiam me alcançar Hoje, olhando para trás eu penso Que aquele meu mundo pequeno, mas imenso Tinha de tudo... Menos regras ou bom senso E até hoje, nesse mundo de cores me vejo a passear Sempre fui uma menina muito travessa Vivia a cair e quase sempre me machucava De nada eu tinha medo... Só de mal assombro Quando histórias de assombração o povo contava Meu Deus... Quantas vezes eu tremia Só de pensar que as histórias que o povo conhecia Nunca aconteciam à luz do dia E apesar do medo, eu com tudo me encantava Mas a minha infância sem dúvida foi perfeita Pais zelosos e irmãos que se amavam com alegria Sempre chamei a atenção pelo meu jeito de ser Pois amava os animais e acima de tudo os protegia E quando brigava na rua, lutava como criança valente Bastava achar que alguém ou um animal, infelizmente Estava sendo mal tratado, eu os defendia bravamente E viva a sorrir, não gostava de tristeza... Eu era só alegria
Gil Ordónio
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Quando eu era criança Quando eu era criança Corria pelos campos Alegre e a saltitar atras de borboletas que tentava apanhar... Subia ao cimo das arvores Sem pensar no perigo que corria tudo para apanhar um ninho que um pássaro ali fazia... Naquela aldeia branquinha Fui muito amada muito querida Belos momentos vivi... Para meu pai era sua “florinha” Para minha mãe tudo o que ela sempre quis... Seus valores me transmitiram fizeram a mulher que hoje sou até meu lado de criança nunca me abandonou.... Tenho saudades desse tempo vivia alegre e feliz Tinha protecção de meus pais Era uma criança feliz....
Bárbara Godinho
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Quando eu era criança Nas minhas horas de lazer o meu prazer era caçar borboletas. Encantava-me com elas. Só queria vê-las de pertinho, depois as soltavam. Mas tinha as minhas tarefas. Estudar e cuidar dos meus irmãozinhos menores. Que trabalho davam eles. Minha mãe saía e eu os cuidava. Banhava-os e preparava o lanche. Depois coitadinhos tinham que ficar quietinhos. Sentadinhos assistindo televisão e eu estudando. Para quando a minha mãe chegasse os vissem arrumadinhos. E ficavam. Dizia para eles fiquem quietinhos que estou cheia de problemas. Ouvia sempre os adultos falando sobre esta palavra e eu a achava linda e sentia que impunha respeito muito tempo depois que descobri direito o seu tal significado. Agradeço aos meus irmãos coitadinhos. A paciência e a quietude que ficavam e o respeito que tinham pela palavra problema! Solange Moreira 19.01.13
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quando eu era criança... Belas recordações! Que não da para esquecer! Era a do meio! Cinco mais velhos! Cinco mais novos! Mimada protegida! Mas eu criava o meu mundo! Com belas histo'rias! Contadas pelos mais velhos! "a carochinha" "a branca de neve" "o capuchinho vermelho" e outras!... Para me contarem uma histo'ria! Eu fazia maravilhas! Quando não contavam! Eu construía o meu mundo! E não deixava ninguém entrar!... Era a rainha! Era o meu reino! De fantasia! Horas e horas esquecida num canto da casa! Acordando quando me chamavam! Muita vezes não queria sair! Do meu reino de fantasia! Não vai dar Para esquecer. Fernanda Costa
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QUANDO ERA PEQUENO... Às vezes, quando era pequeno, Carlos fingia dormir na tentativa de flagrar seus brinquedos, os poucos que possuía ganharem vida, porém nunca conseguira. Mas o que mais gostava de fazer era fingir estar dormindo no sofá para que seu pai, ao chegar do trabalho, passasse a mão em seus cabelos e perguntasse. “Meu escoteiro leal está dormindo?”, logo, Carlos abria um belo sorriso e o abraçava. Mas isso já fazia tanto tempo e foram tão poucas às vezes que aconteceu, que ele já nem distinguia se tinha sido um sonho ou realidade. Mesmo após a separação, a mãe de Carlos continuou a dormir em sua cama de casal, com dois travesseiros, dizia que dessa forma não sentia solidão à noite, mas a verdade era que com aquele travesseiro ao lado podia fingir que ainda era casada, que ainda era feliz, que tudo estava bem, que as feridas não cicatrizadas não existiam; que era feliz. Às vezes à noite a mente de Carlos ficava tempestiva, era como se todas as ânsias secretas que tinha do mundo se revelassem na hora de dormir. Deitava na cama, dormia, mas não adormecia, acabava se perdendo nas possibilidades de vidas que almejava, no entanto, nunca buscou. E nessas noites inquietantes acabava acordando ainda mais cansando do que quando tinha ido deitar. Certa noite escutou sua mãe chorar, era uma noite calma, daquelas que se pode ouvir uma agulha caindo do outro lado da rua. Quis tanto ir ao quarto da mãe e dizer que tudo ficaria bem, que ficariam bem. Chegou até a se levantar, ficou cerca de cinco minutos, ali, parado, então voltou a se deitar e algo desligou nele, algo que fazia com que não se importasse mais. Mas uma vez teve coragem de perguntar algo que estava lhe incomodando a um bom tempo. “Mãe, quando o papai vai voltar.” “Nunca!”, respondeu de forma bruta. “E isso leva muito tempo?”, indagou de forma ingênua. “A eternidade.” “E quanto tempo custa à eternidade, mãe?” “O mesmo de eu ir até ai e lhe dar uns bofetes.”, disse erguendo a mão em tom ameaçador. Ninguém nasce amargo, a amargura vem como um bônus em vidas sofríveis. A mãe de Carlos o amava do jeito dela, mas o amava, ela só não tinha as respostas amáveis e corretas... E o tempo se encarregara de adormecer as perguntas inocentes e inconvenientes de seu filho. (...) Marcos Martins.
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Que faço aqui... Que faço eu aqui Se não te tenho a ti Aqui A solidão O cansaço Um coração Que virou estilhaço Que faço eu aqui Sem ti Se a vontade é de desistir Mas não posso, não consigo Tanto há para ser feito E eu aqui deste jeito Mas não paro de pensar De te amar Ah se estivesses aqui Para me apoiar Para me ajudar A levantar Tudo seria diferente O carinho do teu abraço quente Cheio de força e vigor Ah como seria bom Tudo mudaria de cor
Rosa Ferreira/tulipanegra
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Quando eu era criança Quando eu era criança Eu viajava para a Cidade de Ipu Tenho uma agradável lembrança Dos deliciosos banhos no Rio Acaraú Lembro da Fazenda Lages Velha e dos meus avós Acordava com o canto da passarada Aquilo era maravilhoso e fantástico para nós Era a alegria de toda a criançada Vovô Chiquinho tirando o leite no curral A vaca de tetas cheias, amojada Eu tomada o leite mungido especial Ainda bem cedinho, de madrugada Depois tomava um café bem quentinho Com tapioca e bolo de milho Para aquecer o corpo daquele friozinho Enquanto minha mãe dizia: Bom dia, filho! Esta é a mais doce lembrança De um tempo que eu jamais quero esquecer Recordação de quando eu era criança Uma coisa boa que a Deus sempre vou agradecer
Arilo Cavalcanti Jr.
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SONHO DE CRIANÇA... Sonho de criança Criança de infância colorida Saudade que invade a alma Lindas histórias, toque de carinho, amor de pais Daquele sonhos dourados , Com aromas do campo alentejano Da roseira, alecrim, rosmaninho Riachos onde contemplava, A beleza infinita, o chilrear dos pássaros O cantar dos grilos, ao escurecer Serões em que o brilho das estrelas Irradiavam o coração da doce criança Desenhando um mundo de fantasia Quebrando os muros da indiferença Encontro divinal se fazia acontecer Entre um silêncio profundo e Renovador.
Ana Bento
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Quando eu era criança
Quando eu era criança, Vivia os sonhos em forma de alegria… Cantava os momentos em palcos de magia, Acordava ao sabor da eterna fantasia, Todo o Mundo era composto de esperança. Quando eu era criança, Certamente o Mundo era pequeno para viver… As aventuras o verdadeiro ensaio para crescer, A imaginação a ânfora que nos fazia perceber, Que a chuva era a marca da mudança. Quando eu era criança, Corria na rua acompanhado pela solidão… Sorria a alegria que jorrava do coração, Sentia a inocência nas estrelas da paixão, Vivia as cores que pintavam a lembrança.
José Miguel Araújo
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Quando eu era criança Quando eu era criança Cheio de força e de esperança Dentro do meu coração Surgiu a voz de mudança Deu-se a Revolução. Apareceram no seu percurso Homens bons no seu discurso Com ideias e políticas controversas Não tendo outro recurso Senão ouvir falsas promessas. Arrastaram pelo chão As conquistas da Revolução Sem contemplações ou piedade Hipotecaram a Nação E o futuro da sociedade.
J. Morais
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Quando eu era criança Quando eu era criança mamãe dizia Para não mentir falava que é pecado fingir Ás vezes eu não entendia porque queria tanto algo Mas a mamãe não me permitia. Quando eu era criança ela me falou de Deus disse-me, que tudo ele estava vendo e a mim, sempre protegendo Ás vezes eu tinha medo e para baixo da cama eu corria e pensava: aqui vou me esconder para que Deus não possa me ver Quando eu era criança até de Deus eu fugia.
Enide Santos
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SONHAR CRIANÇA! Eu era uma criança feliz, gostava muito de brincar, de imaginar situações bonitas e muitas brincadeiras inventar... Adorava brincar com as minhas lindas bonecas de trapo... Havia uma que eu até dormia com ela. Tinha também a minha gata Fifi, que era toda branquinha e fofinha, era a mina melhor amiga... Gostava de fazer travessuras e escondia-me em lugares com árvores grandes que eu tinha no quintal. Adorava apanhar bichinhos e flores e depois ia oferecer á minha mãe... Não gostava muito de comer a sopa e lembro-me de ralharem comigo porque aparecia toda suja... Na escola era boa aluna e tinha boas notas, gostava de estudar para ler e saber contar. Gostava muito de histórias de encantar, com princesas e fadas e tinham de ter finais felizes... Adorava ler e sonhar... imaginar que eu era uma linda princesa... Fui sempre muito alegre e tinha umas traças e uma sardas engraçadas... Agradeço todos os valores e o amor que me deram na infância e que foram os alicerces para a pessoa que sou hoje, uma mulher sensível que tem ainda muito de criança dentro de si!
Bernardina Pinto
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E bem pequeno
minha mãe reprimia com carinho assim. Educando pra ser aceito no mundo fazendo-me conhecer amor puro profundo. Felicidade existia moldada a carinho tinha paz alegria e meigo jeitinho. Só tinha família e tudo era belo andava na trilha era lindo castelo. Continha jardim todo cheio de flor simplicidade vivia envolvendo amor. Tinha primo e irmão escola sem merenda tinha forno e pão não tinha contenda. Era belo os pássaros em seu revoar a noite tinha sapo na lagoa a bradar. Boa noite meu pai _ com anjo filho meu historia agora sai e sonhe com Deus.
Quando criança meu pai era tudo heróis de confiança espelho do mundo. Arteiro eu queria o foco em mim
A. Montes
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Sonhar criança!... Sorri, sorri guarda a tua lança Sorri, sorri eu sou uma criança!... Tu, aí, olha o meu sorriso rasgado, olha nos meus olhos esbugalhados clamando por amor que tantas vezes me é negado!... Tu, aí, és adulto, eu sou criança!... somos iguais desde a nascença com uma diferença: Eu dependo de ti do teu alimento que me deixes viver com os meus direitos de poder crescer, brincar, aprender, ter um lar, ter o teu respeito!... Sorri, sorri, eu não tenho lança sorri, sorri eu sou só uma criança!...
© Acácio Costa
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Crianças
Crianças, limbos da esperança andorinhas a rasgar o ar, rasantes a manhãs em flor, de boas novas, em marés de sol e luares de bonança, Alegre e chilreada dança reluz nos olhos das crianças, toda a verdade e luz na novidade que produz… …a sua andança. Num desbravar de boa esperança, de, em nossos sonhos ver e aspirar, o respirar do recomeçar. Na sagração de um ar mais leve e mais profundo, e que tudo o que é imundo, seja em breve, colorida estrada, por onde todos vão, por esse Mundo, levados por crianças, de mão dada, Com eles a dar-nos sua mão, por tal portão, por tal entrada, com paixão, perdão,sem dor, partamos com o destino de o mudar , seja onde for, num urgente bailar de desatino. Também nós meninos, desta ou outra cor, os pequeninos, nesta ou outra hora, somos cravos, trovas de amor, aqui e neste agora, rosas, margaridas, desta nova vida, ou despedidas, sem travos. Saibamos ser Avós, Filhos, meninos, novos Pais sem vergonhas de nós, sem dós, nem ais. 46
Em chilreada de pardais, saibamos voar mais, sermos singelos e perfeitos, belos ao abrir sem medos, nossos peitos, varrendo preconceitos de raças, credos ou idades, países, sítios ou cidades, raízes, sexos ou morais, que não são mais que matrizes cercadas, entaipadas… …por varais! António Sales
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Sempre vem...
As lembranças gostosas De tempos passados Recordações saudosas… Lembro-me Dos filmes a tarde Tom e Jerry loantasminha Sitio do pica-pau amarelo Era nosso cineminha… Ao caminho da escola Saia rodada Cabelo preso Lacinho cor-de-rosa Blusa arrumada… Fim de tarde Depois das tarefas Brincar na rua Amarelinha Pega- pega Brincar de roda… As bonecas de pano Ainda lembro-me da Tina Só dormia agarrada Minha boneca adorada… Sei que ficou no passado Criança hoje É Inter/net E-mail Face book... Qual criança hoje Ler historinhas A turma da Mónica Pica-pau E tantas outras... É tanto computador Que no final Ficam tontas… Irá Rodrigues
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O Ursinho Era um ursinho branco de peluche Que andava ao dependuro no roupeiro E quando preparava um suave duche Olhoupra mim com seu olhar matreiro Vestia jardineira azul marinho Em seu sorrir alegre e sedutor Parecia que dizia bem baixinho - Bom dia, como está, meu bom senhor Fique ali parado à sua frente E coisas tais passaram-me p’la mente Que quase apeteceu deita-lo ao chão E o urso de peluche ali, franzino, Olhava para mim com tal carinho Que quase me partia o coração! José Sepúlveda
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Conteúdo Irá Rodrigues ....................................................................................................................................4 Cada criança é uma benção! .................................................................................................................5 Conceição Roseiro............................................................................................................................6 Criança .................................................................................................................................................8 Teresa Teixeira/Zinha ......................................................................................................................8 Recordando: o céu estrelado da minha infância… ..............................................................................9 Marta Limbado ...............................................................................................................................10 Dever e crescer ...................................................................................................................................11 António Montes ..............................................................................................................................11 Menina que fui ...................................................................................................................................12 Aurora M. F. C. Martins Afonso ....................................................................................................12 Criança... ............................................................................................................................................13 Maria Irene Frieza ..........................................................................................................................13 Quando eu era criança ........................................................................................................................14 Irá Rodrigues ..................................................................................................................................14 Realidade ............................................................................................................................................15 Fernanda Costa ...............................................................................................................................15 Quando eu era criança ........................................................................................................................16 M.F.C.Martins Afonso ...................................................................................................................16 Quando eu era criança ........................................................................................................................17 Albertina Martins ...........................................................................................................................17 O reino dos animais! ..........................................................................................................................18 Renato Valadeiro ..........................................................................................................................19 Quando eu era criança ........................................................................................................................20 José Manuel Cabrita Neves ............................................................................................................20 Quando eu era criança ........................................................................................................................21 Maria Tavares .................................................................................................................................21 Sonhar criança ....................................................................................................................................22 Emília Maria ...................................................................................................................................22 Espontâneo... ......................................................................................................................................23 Isabel Beato ....................................................................................................................................23 Quando eu era criança ........................................................................................................................24 © Acácio Costa ..............................................................................................................................24 Os meus animais.................................................................................................................................25 Helena santos..................................................................................................................................25 51
Joaninha ainda criança .......................................................................................................................26 Joana Rodrigues .............................................................................................................................26 Joana ...................................................................................................................................................27 José Sepúlveda ...............................................................................................................................27 QUANDO ERA CRIANÇA...............................................................................................................28 Pescaria...............................................................................................................................................29 Ednaldo F. Santos ...........................................................................................................................29 O sorriso das criança... .......................................................................................................................30 Ednaldo F. Santos ...........................................................................................................................31 Sonhar criança ....................................................................................................................................32 Gil Ordónio ....................................................................................................................................32 Quando eu era criança ........................................................................................................................33 Bárbara Godinho ............................................................................................................................33 Quando eu era criança ........................................................................................................................34 Solange Moreira 19.01.13 ..............................................................................................................34 quando eu era criança... ......................................................................................................................35 Fernanda Costa ...............................................................................................................................35 QUANDO ERA PEQUENO... ...........................................................................................................36 Marcos Martins. .............................................................................................................................36 Que faço aqui... ..................................................................................................................................37 Rosa Ferreira/tulipanegra ...............................................................................................................37 Quando eu era criança ........................................................................................................................38 Arilo Cavalcanti Jr. ........................................................................................................................38 SONHO DE CRIANÇA... ..................................................................................................................39 Ana Bento .......................................................................................................................................39 Quando eu era criança ........................................................................................................................40 José Miguel Araújo ........................................................................................................................40 J. Morais .........................................................................................................................................41 Quando eu era criança ........................................................................................................................42 Enide Santos ...................................................................................................................................42 SONHAR CRIANÇA! .......................................................................................................................43 Bernardina Pinto .............................................................................................................................43 E bem pequeno ...................................................................................................................................44 A. Montes .......................................................................................................................................44 Sonhar criança!... ................................................................................................................................45 © Acácio Costa ..............................................................................................................................45 Crianças ..............................................................................................................................................46 52
Ant贸nio Sales .................................................................................................................................47 Sempre vem... .....................................................................................................................................48 Ir谩 Rodrigues ..................................................................................................................................48 O Ursinho ...........................................................................................................................................49
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