POETAS POVEIROS E AMIGOS AM DA PÓVOA
Sarau Comemorativo do DIA MUNDIAL DA POESIA 21 DE Março de 2012 Diana-Bar Póvoa de Varzim
Apoio Pelouro da Cultura Solar de Poetas (facebook)
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Mar à Tona… em Poesia Um Mar de Poemas
COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA POESIA - 21 DE MARÇO 24 DE MARÇO, PELAS 21, 00 - SARAU DE POESIA TEMA - UM MAR DE POEMAS O GRUPO POETAS POVEIROS E AMIGOS DA PÓVOA COMEMOROU O DIA MUNDIAL DA POESIA DUMA FORMA CRIATIVA E DIFERENTE. EM PARCERIA COM O SOLAR DE POETAS LANÇOU UM DESAFIO AOS POETAS QUE ALI EDITAM PARA NO DECORRER DO MÊS DE FEVEREIRO ESCREVEREM POEMAS CUJO TEMA TERÁ COMO PANO DE FUNDO O MAR. ESTES POEMAS FORAM POSTERIORMENTE COLIGIDOS EM SEPARATA EDITADA NO BLOGUE DO SOLAR E POETAS E, UM POR AUTOR, NESTA SEPARATA EXPRESSAMENTE PRODUZIDA PARA O SARAU MAR-À- TONA … EM POESIA, POR GENTILEZA DO MUNICÍPIO DA PÓVOA DE VARZIM, A QUEM EXPRESSAMOS A NOSSA GRATIDÃO. ENTRE AS DIVERSAS ATIVIDADES PARA ESSA EFEMÉRIDE, DESTACAM-SE:
DIANA-BAR 21 DE MARÇO, PELAS 11:00 DA MANHÃ SEXTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO, 2012 DIANA-BAR, BIBLIOTECA DA PRAIA PARTICIPAÇÃO NA MARATONA POÉTICA ORGANIZADA PELAS BIBLIOTECAS DA ÁREA METROPOLITANA DO PORTO, COM A SEGUINTE CONFIGURAÇÃO: - REALIZAÇÃO DE UM “ESTENDAL POÉTICO METROPOLITANO”, CONTENDO POEMAS ILUSTRADOS SELECIONADOS DOS 16 MUNICÍPIOS DA AMP, NO DIA 21 DE MARÇO. - A REALIZAR NA BIBLIOTECA DIANA-BAR. - LEITURA SIMULTÂNEA DE POESIA (SINTONIA POÉTICA) EM TODOS OS MUNICÍPIOS, NO DIA 21 DE MARÇO, PELAS 11H00, DURANTE MEIA HORA (O NÚMERO DE POEMAS SERÁ DETERMINADO POR CADA MUNICÍPIO, EM FUNÇÃO DO TAMANHO DOS POEMAS ESCOLHIDOS). LOCAL: DIANA-BAR.
LIVRARIA LOCUS 21 DE MARÇO, A PARTIR DAS 15,00, JUNTO DA LIVRARIA LOCUS, NA PÓVOA, PARTICIPAÇÃO NUMA ACÃO DE POESIA NA RUA, NUM PROGRAMA CONJUNTO DE: - ÂNGELO VAZ, CONCEIÇÃO LIMA E JOSÉ SEPÚLVEDA PARALELAMENTE, ALUNOS DAS ESCOLAS C+S CEGO DO MAIO E FLÁVIO GONÇALVES, LIDERADOS PELAS PROFESSORAS FÁTIMA VELOSO E ANA SIMÃO, LERAM E DRAMATIZARAM POESIA NAS RUAS DA PÓVOA. A FILANTRÓPICA 21 DE MARÇO, PELAS 21:00, N'A FILANTRÓPICA, PÓVOA DE VARZIM SARAU DE POESIA COM DRAMATIZAÇÕES: UM MAR DE JUVENTUDE ORGANIZADO EM PARCERIA COM A FILANTRÓPICA, QUE CONTA COM A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS DAS ESCOLAS C+S CEGO DO MAIO E FLÁVIO GONÇALVES, COORDENADOS PELAS PROFESSORAS FÁTIMA VELOSO E ANA SIMÃO. DIANA-BAR 24 DE MARÇO, PELAS 21,00 SARAU: MAR-À-TONA EM POESIA, UM MAR DE POEMAS ESTE SARAU CONTOU COM A PRESENÇA DE UM ELEVADO NÚMERO DE POETAS, ORIUNDOS DE MUITAS CIDADES DO PAÍS, QUE NELE PARTILHARAM COM OS PRESENTES ALGUMAS DAS SUAS PRODUÇÕES POÉTICAS, INSERIDAS NESTA COLETÂNEA. O GRUPO POETAS POVEIROS E AMIGOS DA PÓVOA AGRADECE A TODAS AS ENTIDADES, MEIOS DE COMUNICAÇÃO, POETAS E CONVIDADOS A SUA COLABORAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NESTE EVENTO QUE PRETENDE DIVULGAR O POESIA E DIGNIFICAR A SUA PRESENÇA
POETAS POVEIROS E AMIGOS DA PÓVOA
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Mar à Tona… em Poesia Um Mar de Poemas
UM MAR DE POEMAS Como um corcel, cavalga pela praia Em ondas de prazer e alegria Ele, saltita, solta-se, desmaia E dá-lhe um longo abraço… e a acaricia E espalha os seus segredos pela areia Beijando-a… Como brincam à porfia Em mananciais de afetos! E se enleia Num rodopio, pleno de magia Ouvi bramar seu forte pensamento E vê-de que chegado esse momento, Com sentimento, entrega com fervor Um mar de poemas, puro, terno, infindo, Tão cheio de candura, lindo, lindo, Em suaves melodias…, doce amor!
José Sepúlveda
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GALIZA MAR Extasio-me … (Melancolia que me deu!) Perante este mar que é nosso Teu e meu Que vem dos confins da Finisterra De Mugardos, de Ferrol Que me reflete a luz do teu sol Que molha teus pés E me traz teu odor Com este sal de mar Que me adoça as marés Saliniza e retempera o paladar Da vida, do amor! Peixes, mariscos, Que no teu mar se alimentam E aqui me comprazem, me sustentam Ah! Aragem, que irrompe Ibéria fora Estupidamente dividida, por meu mal Hoje, como outrora Ex temporal Que, harmoniosa, bem poderia Unida ser Como tu e eu, neste bem-querer Peixe, sal, bruma, maresia José Maria Carneiro
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MAR SEMPRE MAR De olhos postos na paisagem, Desprendo a minha mão da tua E percorro todo este areal extenso Enquanto fixo no olhar Uma clara imagem Deste manto de água imenso Que vem à areia espraiar… Correndo descalça sobre ela, Salpico de azul, brilhos e espuma O mundo todo em meu redor … Uma brisa faz mover Um barco perdido Nessa longa estrada De estilhaços de luz ardente Onde o sol se deita E a lua à noite se enfeita Em rasgos de prata Nesse espelho eterno, pedaço de céu molhado Que a mão do Criador Fez descer à Terra… Debruço-me sobre a areia Por entre os meus dedos molhados Escorrem fios de luar salgados Deste mar tão cheio de beleza e cores De mistérios e estranhos pavores Dispo-me e mergulho nua Neste Mar indomável, infinito e profundo Neste Mar meu que abraça o mundo caminho de ondas que vão Ondas que vêm e se desfazem E vibro de volúpia e paixão E o meu corpo ondula e rodopia Neste Mar espelho de água Neste Mar de mil nortadas Que ao som das ondas aladas Me conta histórias magoadas De epopeias e aventura de odisseias de bravura De barcos afundados E de sereias encantadas… Á tona das tuas águas
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Vejo-te colado ao céu, no horizonte E sinto a tua imensidão A tua eternidade … e suspiro Mar de faróis altaneiros Mar de brisas e nevoeiros Mar de gaivotas errantes Mar dos meus sonhos Mar dos meus encantos Onde os meus olhos lassos Repousam seus cansaços Mar do meu fado Mar que eu amo Mar que eu quero abraçar Mar que serás minha sepultura… Mar, sempre Mar Fátima Veloso
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AS DUAS FACES DO MAR As ondas, uma a uma, Vêm o areal beijar Bem de mansinho Em branca espuma. A praia deserta… É fim de tarde! Bandos de gaivotas Pousadas na areia Debicam aqui e ali, Sem grande alarde, Procurando pulgas-do-mar. Já no horizonte, o sol poente Pinta o céu de tons laranja e vermelho, Qual disco de fogo refulgente! Do mar, qual prateado espelho, Surgem figuras exóticas. São rochedos que a maré vasa pôs a descoberto. Ouve-se o grito de uma cagarra Aqui bem perto. Tudo é paz… Tudo é ameno! Nas águas, uma traineira Corre veloz em direção à barra. O mar está calmo e sereno… Já é madrugada! O céu está cinzento, Acordo sobressaltada; Ouve-se da ronca o lamento. Oiço o bramido do mar, O vento açoita a crista das ondas… E como o ribombar do trovão, De um verde acastanhado (mistura de areia e moliço) Vêm a areia açoitar As águas em reboliço. Hoje as traineiras não vão pescar E as gaivotas estão em terra Pois há temporal no mar! Amy Dine
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MIRAGEM Levaste contigo meus longos abraços, Minhas alegrias Minhas mágoas E meus cansaços Levaste contigo Um mar de paixão De um azul intenso Um rio doirado De ternuras imenso Apressado Para encontrar seu mar Levaste contigo lagos calmos De desassossegos e lágrimas Partiste… Nem sequer um último olhar Agora lá do alto me guardas Eu sinto-te Só miragens… Resta-me sonhar Isabel Simões
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MAR... DOCE MAR... Onde estás ó doce mar Que te vinhas espraiar Nesta areia morna e terna Que sempre te esperava Qual amante enfeitiçada Para em meus braços te enlear?! Onde jaz teu marulhar Da onda suave e mansa Do teu canto de sereia Que me seduz e enleia Nas noites de lua cheia À luz suave do luar?! Ouço o teu rugido medonho Qual fera enjaulada E com grilhetas amarrada Nesse profundo e negro abismo Nesse rosnar enfadonho De quem já perdeu a esperança Das medusas se libertar. E, nesse lamento sem fim, Nesse choro constante e louco Que tentas aquietar Revolves as tuas entranhas E num grito forte e rouco Gemendo de dor e cansaço Desfazes-te em espuma E em molhos de sargaço Vens de novo te espreguiçar No calor do meu regaço Onde podes descansar. Maria Sá
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LEMBRANÇA… “A vida dos mortos perdura na memória dos vivos Cícero
É o nosso mar … Belo Manso Traidor Feroz Amigo Ladrão … Nunca assumes a responsabilidade! Tens desculpa para tudo És astuto, Mas … hás-de vir à mão! Lembras-te da motora “Padre Cruz”? Foi há tantos anos! Era petiz. Ficaste com os poveiros no teu ventre, Nunca mais os devolveste, E à família Eternizaste a sua Cruz. Porque insistes em ser assim? Os pescadores conhecem-te Sabes bem. Abusas da confiança Continuas a encher a pança. Eles insistem, Hoje Amanhã Depois, Porque têm bocas pequenas, E por elas te desafiam Aliviando as suas penas. Que queixa tens desses heróis? Responde!… Não ronques. Juro, Quando de mansinho vieres à praia Espreguiçar-te na areia, Estarei à tua espera. Então, Naquele instante, Dar-te-ei uma tareia!… Manuel Craveiro
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EU AMO Eu amo as manhãs primaveris, Amo as noites frias de Março Quando as ondas do calor me afagam… Amo acolher-te em meu leito, ansioso, Que sensação incrível, ardente, Amo tudo o que fazes e eu faço. É como navegar num mar, aprazível… Homem-menino, de carinhos desejoso, Amante-mel, razão maior do meu viver… Amo ceder-te, em minhas íntimas loucuras O que melhor de mim sei que procuras, Amo de mais dar-me, satisfazer-te… Abraçar-te forte, deitada na areia, Ter-te sobre mim, sedento de amor, Sorver o teu beijo, que me incendeia, Abrir-me em desejo, sem nenhum pudor… Celebrar teu intimo e desvendar-me, A possuir-me, em carícias tamanhas, Sob o testemunho de um doce luar, Sou de ti completa, até às entranhas… Mas se não vens, se tu te vais, vejo-me enfim Sem rumo, mas até fora de mim… Ainda assim, eu sou feliz, fico a sonhar Porque, amado, amar-te é alegria, E eu amo o sonho, a ilusão, a nostalgia, E amo-te a ti, amo a vida… Eu amo amar! Lunamar
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MAR As ondas Dançam Saudade Lágrimas Salgadas Do meu olhar Distante No vazio Sem palavras Abandono Silêncio Na brisa Do Outono Lembranças Sentidas Sem sono Porto sem cais Alma esquecida Solitária no arco-íris Um adeus sem despedida
Paula OZ
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MAR IMPONENTE... Ao contemplar o mar imponente apercebo-me que somos apenas partículas deste mundo em transformação em constante mutação... Ao olhar o horizonte, que está para além do mar assumo a minha condição de ser humano. Fecho os olhos e imagino que gostava de ir para lá do horizonte, ver outras coisas, conhecer novos lugares e pessoas e outros modos de viver! O mar transmite-me muita paz, tranquilidade, ouço uma música especial e fico retida com a sua beleza e poesia... Quando estou contigo junto ao mar, que sussurra de mansinho, parece que ouvimos os seus queixumes e segredos que só ele tem... Sentimos uma paz interior enorme, é um lugar que ambos gostamos estar, de mãos dadas, sem falar... apenas a contemplar a magnitude da paisagem, que nos transmite sensações e palavras que servem apenas para sentir e reter no coração! Mas, o mar também é rebelde, imenso e impaciente. Tal como nós, o mar tem também duas maneiras de ser! O mar fascina-me tanto que retenho a sua imagem... Fecho os olhos, por uns momentos e capto a sua beleza e imponência para a levar comigo, para me dar forças no meu dia a dia, e é ele que constitui o equilíbrio na minha vida...
Bernardina Pinto
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POEMA DO MAR Buscando o Infinito Terra, é curto Fado para quem vive de sonhar, barco fiz, de um arado o chão larguei, pelo mar Da Saudade me tornei refém e fui o Horizonte reclamar, coragem, a levei mais além quanta pôde a dor suportar Quem espera, nunca tarda e quem parte, jamais esquece o que fica, é o Nada e o que foi, não perece O Rumo que lá me levou À água pediu o cheiro a Sal de novo trazendo quem o mundo ousou, este fero marinheiro de Portugal.
Paulinho César Fernandes Gonçalves
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MARATONA DE SENTIR MAR POESIA Nos braços vagas da alma Há todo um mar de sentir Em espuma ondas de Poesia Há todo um Ser que se acalma Em vagas ondas a florir Como se o poema fosse Um jardim mar fantasia De um colorido verso doce Em maratona de euforia Mar azul profundo Que em terna alegria Humedece olhar do mundo Dá colo aos sentidos Espraiados pensamentos Marés de silêncios consentidos Num desvairar de sentimentos Praia de desassossegados tormentos Rochas estáticas sobre a areia E a água salgada de consentimentos Que corpo e alma de inspiração ateia Num fogo húmido de brando sentir Em chamas de poemas ondulados Como se a Poesia aqui viesse pedir Cantem-me em versos azulados Da cor azul de intenso mar Da cor da tinta que sente Da cor do olhar a naufragar Onde o sol morre de repente Esta força de sentir que não posso mais calar Este brado eloquente ao imenso mar Bravias marés de profunda Poesia Numa Maratona de sentir em euforia Ana Bárbara Santo António
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MAR EMBRAVECIDO Ó mar imenso e faminto Que tudo queres no teu leito escuro E profundo! És feito de gotas de espuma branca Enraivecida… És uma força única, reunida, E tudo queres… Pedras e areias movediças, Peixes gigantes, navios e barquitos, Algas, plantas verdes e calhaus, Água dos rios e regatos, Se te sujeitam… Inocentes que na praia brincam Alegremente, Pescadores que ganham em ti o pão, Que queres roubar Tudo subjugas... Mais tarde tudo volta a ti Ó mar negro e caprichoso, Que tanto albergas No teu leito doloroso! Finges brincar com areia dourada Para a levares contigo... E os riachos que se formam Na praia E as minúsculas conchas Que de ti fogem, A ti voltam de novo, Submissos ao teu poder… E as crianças correm na areia, Saltam e salpicam-se De gotas salgadas… Estes salpicos que as crianças Divertiste, Estes salpicos insensíveis à dor São as lágrimas que de saudade Choram Os que engoliste!
Manuela Matos
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MAR MEU… Ó mar, ó mar Quantas saudades Do tempo em que te sulcava E te amava Como ninguém Eras naquele tempo O meu bem E mesmo num ou noutro contratempo Davas-me tempo Para eu ir mais além Gostava de ti à minha maneira Era garoto ainda E os dois na maroteira Mas que atitude mais bela Era bem-vinda Se me apanhavas distraído Era banho pela certa E se eu estava com sono Ele desaparecia E minh’alma ficava desperta Que tempos esses amigo Em que me embalavas E eu com todo o sentido Sabia que tu me amavas E eu logo te respondia Com uma alegria enorme Dando-te aquela alegria De um homem que de ti tem fome Era esfomeado por ti E isso até me trouxe dissabores Foi isso que eu senti Por no mar ter meus amores Foram tempos especiais Que sob ti vivi Que nunca vieram jamais A ser iguais a ti Armindo Loureiro
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MAR...ESSE DESCONHECIDO Oh... Mar imenso que me inundas a alma, Quando sentado no alto da falésia te contemplo! Tens uma mística força que me serena, Nos momentos de tristeza e solidão! Quando te observo, sinto as tuas ondas magnéticas, Que me eletrizam e me prostram, Numa letargia enfeitiçada! Acalmo-me no escutar do teu murmurar de palavras, Em sons de transbordantes sensações, Imbuídas de cheiros de maresia! Fazes-me voar sobre o teu dorso, Qual raio solar, Que se reflete em ti E que invade com alegria o meu coração! Mas também tens em ti, o medo Que traumatiza e aniquila, Quem se interpõe em teu caminho, Quando te fazes tormenta, Na tua vontade de te mostrares maior, Arrastando contigo quem te provoca, Dizimando famílias, Fazendo viúvas e órfãos! És simbiose de magnífico e terrível! Mas eu só te penso belo, mar doce mar, Quando te navego à tona da tua vontade E no brilho ondulante da esteira Do teu leito, que me acolhe. José Carlos Moutinho
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FALAR AO MAR… Estou aqui… mar imenso Falarei a linguagem das sereias Escuta… Acalma-te um pouco, Serena-me as memórias Que navegam na historia Da infância do meu país… Sim… mergulhou em ti a alma lusitana E tantos povos em ti naufragaram… Mas Hoje queria apenas este reencontro… Escuta… Onde estão os sonhos profundos Que construíram as caravelas quinhentistas? E que ondas as levaram a outros mundos? Sabes me dizer, oh mar altivo, Indestrutível ser! Desfaleceu a coragem do meu povo, O adamastor está ainda mais monstruoso, Nunca o adormeceste, porquê? Oh mar revoltoso! Preciso saber … Vá… Só hoje, Fala-me da tua coragem Da tua força, Da tua irreverência… Dos tesouros da tua profundidade… Ensina-nos a tua transparência Para que se contemplem pérolas No coração dos Homens De boa vontade… Nesta ilha em que se tornou A Humanidade. Aqui em terra, Os meus pés já não sabem Por onde ir… Precisamos de começar tudo outra vez Já não existem rotas por descobrir Afundaram-se as utopias Gaivotas perdidas em marés tardias. Oh, Mar inspirador de poetas Universo de vidas submersas Desenha, já é tempo, novos mapas Sê tu a Bússola que nos guia Para fora desta ilha de escarpas. Veste-te hoje, majestoso infinito, de verde esperança Sê para este povo Um mar de bonança…
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Mas se for preciso Oh mar de além-mundo Se for preciso voltar a ser Fado e Dor, Saudade ou luto profundo, Seja! Que nos arda a alma com o teu Sal Se preciso for, Para Redescobrir Portugal.
Ana Homem de Albergaria
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LEÇA desta janela vejo o mar desta janela recordo o dia em que comecei a sonhar o tanto que te queria já lá vão mais de trinta anos dois filhos adultos criados uma vida alegre sem enganos muitos dias felizes e amados pelo caminho sempre o mar o mar da terra onde nasci o mar da ausência a navegar o namoro em Leça que vivi aqui regresso a este mar onde há algo que me diz que aqui quero viver e amar e contigo sou feliz mar calmo e sereno de paz mar agitado e forte de guerra mas sempre um amigo capaz de me fazer voltar a esta terra Carlos Lopes
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IÇO A VIDA Tantas vezes iço a vida, em pensamento, Com medo de me deixar naufragar. Espero, impaciente, as mãos do vento, Que se estendem e me levam até ao mar. Aqui, desnudo todo o desalento, Volto a vestir cada parte de mim. Trago o que fui, o que sou e ao que vim, Faço do mar, meu tutor, meu confidente. Só ele sabe onde me leva o meu voar, Só ele acolhe a gaivota que me leva Até à paz serena em alto-mar, Da tempestade que se sente em terra. Debruço no promontório esta vontade, Para ganhar balanço e sonhar, Correr o universo em liberdade, Ser o sonho nas ondas do meu estar.
Maria da Fonte
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POEMA DE ESPERANÇA A distância não tem pernas mas asas de voar Subir alto, lentamente e muito longe Vontade de chegar ao porto de abrigo Sentir conforto na ternura das palavras Procurar aconchego a(e)fectivamente quente Pousar num colo poderosamente estável Enroscar-me nesse teu ninho protetor Permanecer eternamente, eternamente,... Sonho na intercessão dos nossos beijos Invento nesse íntimo a paz e a harmonia Adivinho as intenções no doce sabor da saliva Na procura e na esperança de desfazer dúvidas Porque me cansei das nossas incertezas Choro o tempo que já sofri em vão Quero saltar a janela e correr pela natureza do amanhecer Recuperar e agarrar o que ainda valer a pena Tenho de desatar os nós das nossas vidas Pendurar-me nas estalactites refletidas pelo sol E ver, lá em baixo, o rio a deslizar como uma serpente Que arrasta para o mar as minhas mágoas e as desfaz no rebentar das ondas alvas
Teresa Griz da Gama
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MAR! Mar?!... Ó imensidão embravecida... De ondas em rodopio e enganosas. Mar?!... Musa inspiradora do poeta... Maré de palavras, de vidas penosas. Mar?!... De rochedos bem escondidos... Onde embatem navios imprudentes. Mar?!... Cemitério de seres, sumidos... Que jamais voltam aos seus viventes. Mar?!... De mil lendas e belas sereias... De encantamentos e teimosas ilusões. Mar?!... Lar de extraordinárias baleias... Chacinadas em terra, por homens vilões. Mar?!... Caminhos de nossas caravelas... Rumo ao desconhecido mundo pagão. Mar?!... De piratas e de notáveis poetas... Escrevendo odisseias em troca de pão. Mar?!...Tua foi esta terra... Como tu nada há. Mar que tanto reclama E que um dia tudo levará! Sol da minha poesia
José Rodrigues (zeal)
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MAR – Á – TONA Sou um corredor de fundo no mundo da poesia. Meus versos correm o mundo da realidade à fantasia. Gostava de ser poeta e de ao mar me lançar. Andar pelo planeta enquanto pudesse nadar. Oh! - meu mar bela sereia! Em ondas de calmaria. Vou passear pela areia com seu cheiro a maresia. Gostava de dar a volta ao mundo indo pelo mar! No Sagres onda em revolta, mas que eu pudesse navegar. Oh! - mar que nos alimentas da tua riqueza sem fim. Que aos pescadores contentas quando as redes enches enfim. Ao mar faço este poema para o concurso “MARATONA”. Sei que o mar é um dilema para quem tem de andar à tona. Das suas águas rebeldes feitas em ondas medonhas num barco em que couberdes sem dias de enfadonhas. Joaquim Barbosa
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ENCANTADOR DE MALVADEZ Este mar que vos atrai, pudera, também a nós Malvado, que tantos leva, tem levado, para si. Que um caxineiro, se ao mar está votado, desde Logo lhe pertence, mal nasce, até que deste mundo Se vai e, não é sina, mais forte ainda, intrínseco, umbilical. Muitos de vós tendes procurado outra sorte, mudar destino Virando se para futebol, contrariando elementos, locais Numa fuga, por demais infrutífera, desta gente, de mar feita Tão cansada de lutos, tentando evitar, a que preço O mar, seus inúmeros perigos, a dureza – imensa, da sua lida. Miro, um jovem, entre tantos, que procurou, tentou Nos campos do chuto na bola, não renegando suas raízes, nunca Deixar, fugir de ti, mar( não de sua terra), que, no seu vai e vem Parece chamar os jovens, vizinhos, tal como sereia, com seu canto A todos tenta encantar, levando-os até si, sabendo de antemão Quem a(o) irá servir, por mais que tente afastar-se, egoísta este mar. Malvado mar, que de tão belo, iludes, seduzes, levando tantos Destes moços e outros, para sempre, deixando famílias órfãs A morrer de saudade e lamento, por quem lhes vai roubando. Malvado mar, tanto nos dás, ai, a que preço, de dor de caxineiros Das lágrimas que não secam, em ânsia que não pára, em levá-los Egoísta, obcecado no negro, com que teimas em vestir, marginal As gentes, que, dia após dia, esperam que permitas (esqueças), Que os seus voltem saudáveis, prontos a honrar-te, em dias seguintes. Miro, que quiseste outro destino traçar, impossível de tarefa hercúlea Sim, não se te pode negar intenção, vontade de alterar, mudar destino Não foste capaz, este malvado mar, não to permitiu, não conseguiste. E, para sempre, este, irado por tuas tentativas, louco de ciúme Se não conseguiu reter-te, em prece a outro (irmão em vontade) Se socorreu, longe, tão longe de Caxinas e te levou, te reclamou (Nesta sua irracional vontade) te levou, de seus, não te devolveu… para sempre! Caxinas, 7 de Julho de 2011 homenagem a Miro (Belmiro Graça) e seus familiares, pescador caxineiro, com quem tive a honra e prazer de viver, colegas de futebol, uns meses de minha vida. OBRIGADO descansa em paz.
Luís Gomes Pereira
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Ó MAR … ENGANADOR Beleza de capa verde ondulada azul de branca espuma raiada, arco íris multicolor. Os meus olhos perdem-se na tua imensidão O amor torna-se pluma E eu chego a perder a razão ! As tuas ondas dançam ao sabor do vento, e por ti desliza sem pressa, o tempo. Ó mar, mas eu não te entendo; por que é em ti, também, - meu belo e profundo mar azul que há um mundo abstrato triste e calado submerso e afogado, onde a beleza e a cor perdem o seu ‘sabor’ . Por que é que tu , ó mar … … impiedoso implacável, fazes acabar o amor ?! Quando te alteras Quando te revoltas e andas às voltas, vive em ti um mundo de dor onde cada coração sofredor lava a sua alma chorando, e em ti coloca uma rosa no vai vem do teu dançar. Contradição … … Matas, e tens Rosas! Onda a onda a rosa se desfolha e cada pétala … … sem saber, Adorna
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e Ilumina Uma Vida Perdida!
Magá Figueiredo
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CHEGASTE(ME) NUM PENSAMENTO Chegaste(me) num pensamento De um lindo momento Que esta praia testemunhou... Nesta areia, ficaram registados Os nossos corpos molhados Que o mar não apagou... E o Sol, marca a mesma hora Que estava outrora, Não mudou de posição... E a brisa, que se faz sentir Não me deixa mentir, Devolve(me) a emoção... Tudo neste lugar, Estagnou! Talvez por saber, que eu voltaria aqui Mesmo que sem ti...
Daniela S. Pereira
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MAR …sentei-me Olhei-te… O sol fogoso Teimosamente Cerra-me os olhos. Quedo-me… O teu som acaricia-me. Lentamente , Abri-me para Ti, Abriste-te para mim As tuas cores A tua força A tua beleza Extasiam-me, Embriagam-me, Orgasmicamente! Doce encantamento…. Quero assim ficar… Doce MAR!
Tina Tinoco
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O SOL E O MAR Sol Eu sou tua luz Sou o teu brilho Tua mulher Luz, que te aquece ao entardecer Mar Eu sou tua paz Sou os teus desejos Tua serenidade Paz, que te completa ao entardecer Somos O Sol e o Mar No horizonte Secretamente a amar.
Olga Bueno
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MAR Â TONA... Esmeraldas vivas Não são ilusões da verdade Nem tampouco mentiras Que a vida é finita, por um milagre Acima do oceano Gaivotas sobrevoam a praia Entre os rochedos molhados Diante do teu olhar Tudo o que está em cima Está refletido abaixo E, tudo o que está abaixo Está refletido em cima O Sol é o pai A Lua a mãe O vento o ventre A Terra a nutris Mas, neste instante Estou entre as gaivotas Voando no horizonte Do teu olhar Alimentando-me Da tua emoção Através das gotas De tuas lágrimas Lembre-se: À deriva Navegue no meu manso oceano Que eu te juro Dar-te-ei sempre Meu porto seguro Guarda-me Para sempre Por onde for Teu coração... Sol Poente
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O VELHO MARINHEIRO Eu conheço um velho marinheiro Que de tanto, tanto navegar Impregnou-se assim de mar: Cheira a peixe, concha e algas. Que jamais desprezou o seu veleiro Mesmo desbotado e corroído Viveu nele o tempo inteiro Bebeu nele o seu juízo. Enfiou-se afoito sobre as ondas Derrotou tormentas sem cessar Lutou feroz contra o tempo Nem viu o tempo passar. Tempo bom que sempre lhe negou Sua história veio me contar Que a luta incontida Valeu toda a sua vida. E aquele velho marinheiro Velho pescador, velho guerreiro Fez a sua moradia Na maré do dia a dia. Sobre uma falésia de pedras O seu barco, hoje é um botequim Aonde bebe-se aguardente De cheiro e gosto ruim. E o velho mira o horizonte Vê que a onda vem, bate e desmaia Serpenteando espumas sobre a areia Espalhando conchas pela praia.
Geraldo Aguiar
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SERES INANIMADOS. Porque ralhas, mar bravio? Como se estivesses zangado, Gritas ao ouvido das pedras rochosas O tempo plantou no teu caminho, Seres inanimados, Cravados no teu corpo imaginário. São pedras com raízes de fogo, e nós simples mortais, Deveríamos ser criaturas aquáticas, Procurando tesouros subterrâneos, Perdidos nas águas, por desvendar, Mergulho nas tuas entranhas, sem medo de me perder, Ó mar envolvente que banhas a Terra, abre-te, Deixa-nos profanar tuas sepulturas navais, Mar de piratas, e almas penadas, Que Correm desenfreadas procurando o barco fantasma, Onde gaivotas descansam em segredo, num ninho inacabado. Mar morto da vida, mar com vida escondida, Agita teus braços ondulados, fossem eles reais! Teus filhos, serão os peixes, deste-lhes o ser, Acolheste-os em teu regaço, mar doce de sal e sargaço Travas conversas com o amanhecer, Á noite namora a lua, que brilha em ti, prateada e nua. Mar alado, apaixonado pelo universo, Vai e vem sem regresso, beijando areia da praia.
Celeste Seabra
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MAR…PROCURANDO O NORTE Um grito eterno Um andar sob a navalha Penetro (me) na turbulência Dos areais sem saber… navegar. A alma veleja (me) sem bússola E rema (me) por beijos, ao pôr-do-sol. O coração anda (me) sem sossego E o corpo sem leme grita, pela Lua. Sem orientação as mãos Passeiam-se por mares revoltos… Sem Norte, fico em pranto. Ó Sol! Acode (me) E escalda (me) a alma Abraça (me) e mergulha (te) No meu porto. Aflui (me) e ensina (me) A ciência exata dos oceanos. Beija (me) a epiderme Que pulsa com odor a mar… Navega (me) e transporta (me) Para o calor das águas do Sul.
Telma Estêvão
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O MAR Olhando fixo no horizonte, Percebendo as marolas causadas pelo vento E o brilho sedutor dos últimos raios de sol Que transportam meus pensamentos Em busca do encontro com a paz. Suas profundezas incógnitas Causam a curiosidade sem medo, Em busca da beleza intocada De seres serenos e majestosos. O mar... Que me abraça com suavidade, Que tira de mim o peso das ansiedades... O mar que compõe através de mim Desejos de encontros internos E na sua imensidão Reflete as inconstâncias Humanas de meu ser.
Valeska Cabral
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" MAR-À-TONA " A minha mente voa No meu sonho de verão e mar Queria... Voltar a ver o mar Sentar-me no cimo dos rochedos Ouvir o suave murmúrio do vento Contemplar com meu olhar A magia do nascer do sol Sorrindo seus segredos No brilho do girassol O meu sentimento Sinto quando as ondas desejam repousar Num véu de algas azuis Sua frescura sussurros no ar Barcos sua majestade num arco-íris A aurora, sorrindo na fonte O céu encantado na imensidão do mar Marinheiresco... Felizes no horizonte O sal da lagosta e do peixe Na solidão do meu pensar Senti na pele a frescura Da fragrância salgada do mar A brisa sua bravura Beijada pelo som do vento Meu corpo fazia arrepiar Perfumando meu pensamento Do dia se fez noite Admirei o pôr-do-sol Adormecer no horizonte… No céu surgiu a lua As estrelas sorriam radiantes… Tão branca...nua e pura Misteriosa para me encantar Naquele azul fascinante Iluminando o meu corpo com seu olhar No sonho daquele instante
Fatty Sonhadora
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MENINO GIRINO NO MAR DA VIDA Precisei correr uma maratona Nadar, lutar, e enfim vencer Feito menino girino Subi à tona deste mar Vencer eu venci Deixei milhões de mim se afogar Feito menino girino subi à tona deste mar Alcancei o oceano uterino Da sopa primordial Feito menino girino Subi à tona deste mar Nadei e venci Subi a tonar deste mar Ganhei essa maratona Feito menino girino
Valter Arauto
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MEU MAR Meu mar tão meu, como de todos Um pouco meu quando o prendo em meus olhos Quando tenho teus movimentos, na minha imagem Tu junto a meu corpo, num balançar de ondas. És meu amor, somente tu, meu mar Feito para te amar, és eterno, pois lá…sempre estarás Meu amor também é eterno, fica preso em minha mente Tua presença, corpos juntos, a caminhar na tarde mar de águas serenas é teu aconchego, teu arrego Minha eterna paixão, de carinhos , de frescuras e brisas Nem me avisa quando ficas a meus pés, antes que me deite em tua ondas que entrelaçam meu corpo inteiro Mergulhar em ti, no teu gosto salinizado e sentir o sabor Somente de ti, meu mar de amar, és tu somente tu o meu amor Amo, amo te amar, meu doce mar!
Jorge Fontoura
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O Mar é um sonho Infinitamente profundo O mar é a natureza em pessoa Me emociona, me atordoa. Ah! O Mar!
Cecília Fideli
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REFAZ-ME Penetras-me todos os dias, sempre que te apetece. Deixas que eu me encha de ti, naturalmente. Namoras-me e saboreias-me da mesma forma e ao mesmo tempo que te namoro e te saboreio. As crianças a brincarem com a nossa espuma. A corrente leva-me sempre para ti, e traz-te de volta. Mas é de noite que nos amamos melhor. Com as estrelas como manto. Às vezes a lua, cúmplice dos nossos beijos e abraços. Enquanto as crianças sonham com castelos de areia e sorriem. Nas minhas margens costumam chapinhar os mais pequenos e deixo que os barquinhos se passeiem imaginando viagens que não fazem. Mas estes dias foram de tempestades e amores proibidos, e as margens que em mim deixaste são enormes. Cavaste um fosso entre mim e o que resta da praia, que continuas a lamber. As minhas margens são agora enormes. Como podem as crianças voltar a brincar no meu regaço? Refaz-me, uma e outra vez, com a doçura com que sempre o fizeste. Preciso do teu abraço, forte. E das gargalhadas das crianças...
MM
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MEU SORRISO ( ACRÓSTICO ) Meu sorriso... Estará para sempre Umbilicalmente ligado a mim! Silenciando a tristeza, Os seus ecos são ilimitados. Renova o espírito, Reabre portas, Irradia alegria. Simplesmente... Opera milagres!
Jorge Brites
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ERRÁTICO (sobre obra de Joseph Mallord William Turner)
Três dias e noites Deuses fizeram chover pedras - quentes, leves, porosas – Após pôr-se o sol em rosa, à enorme luz a leste seguiu-se o som de explosão horrenda, terrível, desconhecida. E negras nuvens, e chuva e pedra. Era a luta pela vida. Pedras e água, para não sucumbir - peixes, em oferenda Três dias e noites em que os quatro Homens lançaram do barco água, pesca e pedras. Dedicação, compenetração, teimosia Inabalável, resoluta - frenético, indemovível Essencial a submissão: absoluta. Chame-se como quiser o determinado, compulsivo, galgar de infindáveis degraus de ondas. Herdou de seus ancestrais a orientação - dava-se pelo oriente Orientado assim norteava-se ainda. Mas sem sentidos, sem norte, pois já sem destino. O tempo de tambor marcava as batidas das pás dos remos. O sal causticando a pele como que petrificava mais e mais suas faces. O cálido bloquear do cérebro no forçar dos remos. Reforçando forças que nem sabia ter. Chorava apenas com os cabelos, que vez por outra, rápido, jogava de lado, traindo involuntários pesares ao pingar na testa ao bater n'água de remar autista, forçando piscar de pálpebras. - Cada descer trazia consequente subir. escorregando os remos, escorrendo paro mar;
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- ritmar teluricamente acompanhando até o pintar das ondas, em suaves círculos de artista. Por cada degrau deslizado - desatino de seu teimoso instinto – ressoava Como o tam - tam - tam que marcava suas têmporas do mesmo sangue que lhe escorria pelos dedos Nômade marítimo convertido, seguia.... a força do ar volátil significava, à vista do sol, alteração no sentido fútil, altura e força de ondas a galgar e deslizar. Mas não em seu marasmo, - castelos ondulantes alçando à proa embora – já nem os vê, lamenta, canta, grita: sorri. No madeirame do convés o seu guia. Pois a um tempo etéreo e sólido. Ali devoto mas inútil capitão de pobre nau, - assombrado a perder-se entre brumas e escumas – a cada degrau deslizado, a direção solar do barco raso dava por marco... seguir no sentido do anterior do moto das marés - a força de remos – o sombreado aquático do velame roto. E ainda os pés do último filho, ali, por um instante enfrentavam, estáticos, o ritmo que impunha. Ainda assim afinal seguia aéreo, balouçante, solto, - hesitante por um átimo – o sentido para o qual pendia o barco. Onde seu povo, sua ilha... Nas profundezas repousavam com deuses d’água e fogo pai e mãe, e mulher e filha. Sem direção, sem sentido, só ao oriente rumava. Só remava.
Geraldo Facó Vidigal
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MAR! NAS TUAS ÁGUAS MEU AMOR PERECEU! Gota a gota a água flui da terra ou cai do céu. Os mares nasceram dos rios e estes dos riachos... Carregam no seu ventre incríveis histórias, que as acho De puro amor, batalhas de titãs e contos dos ilhéus! A verdade é que do abissal dos golfos e mares Formou-se a vida que todo o Planeta Azul povoou: De micros vidas invisíveis a baleias e dinos antares. Belos arrecifes de corais onde sereias cantam o amor! Mar de Sargaços, Mar Morto, Mar Tirreno, Mar de Flores, Mar Vermelho, Mar de Bering, Mar Negro, Mar Egeu... Mares de domínios épicos ou sonhos dantescos de amores... Poderio onde Posídeon dragões e procelas venceu Doído, venho, hoje, te deixar ofertas e aplacar as dores E pedir-te que devolva, por favor, o amado, amor meu... Paulo Paixão
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"MARES DE MISTÉRIOS" Miro-te nesse horizonte infindo E deleito-me nas suaves espumas E brumas de suas ondas magníficas Que nas brancas areias vem me beijar Mergulho nas suas profundezas Em busca de cores e palavras escondidas Sou guiado pela escolta de Neptuno Que sorrindo reina o seu mundo Em suas mágicas cantigas tenazes vozes Entoadas pelas Ondinas junto as Sereias Que hipnotizam os homens mais ferozes Levando-os a loucura derradeira Tu és o mar que oculta histórias e segredos De grandiosidade que chega a causar medo Tu és o mar que alimenta o pirangueiro Mar que enfeita e banha o litoral brasileiro
Jonas R. Sanches
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MAR DOCE MAR O Mar acalma As minhas revoltas As ondas borbulham Como notas soltas Oceano de Amor Imenso Profundo ... Estrelas do Mar Iluminando o Mundo A Lua sorri Ao Mar companheiro Cheia Grandiosa Sem Ela Ele não é nada Não existem marés E Ela Vaidosa Sente que tem O Mar A seus pés... Cris Anvago
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Índice COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA POESIA. ...............................................................................................2 UM MAR DE POEMAS ........................................................................................................................................3 JOSÉ SEPÚLVEDA ...................................................................................................................................................... 3 GALIZA MAR ......................................................................................................................................................4 JOSÉ MARIA CARNEIRO .............................................................................................................................................. 4 MAR SEMPRE MAR ............................................................................................................................................5 FÁTIMA VELOSO ....................................................................................................................................................... 6 AS DUAS FACES DO MAR ...................................................................................................................................7 AMY DINE ............................................................................................................................................................... 7 MIRAGEM ..........................................................................................................................................................8 ISABEL SIMÕES ......................................................................................................................................................... 8 MAR... DOCE MAR... ..........................................................................................................................................9 MARIA SÁ ............................................................................................................................................................... 9 LEMBRANÇA… ................................................................................................................................................. 10 MANUEL CRAVEIRO ................................................................................................................................................ 10 EU AMO ........................................................................................................................................................... 11 LUNAMAR ............................................................................................................................................................. 11 MAR................................................................................................................................................................. 12 PAULA OZ ............................................................................................................................................................. 12 MAR IMPONENTE... .. .................................................................................................................................... 13 BERNARDINA PINTO ................................................................................................................................................ 13 POEMA DO MAR .............................................................................................................................................. 14 PAULINHO CÉSAR FERNANDES GONÇALVES.................................................................................................................. 14 MARATONA DE SENTIR MAR POESIA ............................................................................................................... 15 ANA BÁRBARA SANTO ANTÓNIO................................................................................................................................ 15 MAR EMBRAVECIDO ........................................................................................................................................ 16 MANUELA MATOS .................................................................................................................................................. 16 MAR MEU… ..................................................................................................................................................... 17 ARMINDO LOUREIRO ............................................................................................................................................... 17 MAR...ESSE DESCONHECIDO ............................................................................................................................ 18 JOSÉ CARLOS MOUTINHO......................................................................................................................................... 18 FALAR AO MAR… ............................................................................................................................................. 19 ANA HOMEM DE ALBERGARIA ................................................................................................................................... 20 LEÇA................................................................................................................................................................. 21 CARLOS LOPES ....................................................................................................................................................... 21 IÇO A VIDA ....................................................................................................................................................... 22 MARIA DA FONTE ................................................................................................................................................... 22
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Mar à Tona… em Poesia Um Mar de Poemas POEMA DE ESPERANÇA.................................................................................................................................... 23 TERESA GRIZ DA GAMA............................................................................................................................................ 23 MAR! ............................................................................................................................................................... 24 JOSÉ RODRIGUES (ZEAL) ........................................................................................................................................... 24 MAR – Á – TONA .............................................................................................................................................. 25 JOAQUIM BARBOSA................................................................................................................................................. 25 ENCANTADOR DE MALVADEZ ........................................................................................................................ 26 LUÍS GOMES PEREIRA .............................................................................................................................................. 26 Ó MAR … ENGANADOR .................................................................................................................................... 27 MAGÁ FIGUEIREDO ................................................................................................................................................. 28 CHEGASTE(ME) NUM PENSAMENTO .............................................................................................................. 29 DANIELA S. PEREIRA ............................................................................................................................................... 29 MAR................................................................................................................................................................. 30 TINA TINOCO ......................................................................................................................................................... 30 O SOL E O MAR ................................................................................................................................................ 31 OLGA BUENO......................................................................................................................................................... 31 MAR Â TONA... ................................................................................................................................................ 32 SOL POENTE .......................................................................................................................................................... 32 O VELHO MARINHEIRO .................................................................................................................................... 33 GERALDO AGUIAR................................................................................................................................................... 33 SERES INANIMADOS. ....................................................................................................................................... 34 CELESTE SEABRA..................................................................................................................................................... 34 MAR…PROCURANDO O NORTE ........................................................................................................................ 35 TELMA ESTÊVÃO..................................................................................................................................................... 35 O MAR ............................................................................................................................................................. 36 VALESKA CABRAL .................................................................................................................................................... 36 " MAR-À-TONA " .............................................................................................................................................. 37 FATTY SONHADORA................................................................................................................................................. 37 MENINO GIRINO NO MAR DA VIDA ................................................................................................................. 38 VALTER ARAUTO .................................................................................................................................................... 38 MEU MAR ........................................................................................................................................................ 39 JORGE FONTOURA .................................................................................................................................................. 39 CECÍLIA FIDELI ........................................................................................................................................................ 40 REFAZ-ME ........................................................................................................................................................ 41 MM .................................................................................................................................................................... 41 MEU SORRISO ( ACRÓSTICO ) ........................................................................................................................... 42 JORGE BRITES ........................................................................................................................................................ 42 ERRÁTICO ........................................................................................................................................................ 43
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Mar à Tona… em Poesia Um Mar de Poemas GERALDO FACÓ VIDIGAL .......................................................................................................................................... 44 MAR! NAS TUAS ÁGUAS MEU AMOR PERECEU!............................................................................................... 45 PAULO PAIXÃO....................................................................................................................................................... 45 "MARES DE MISTÉRIOS" .................................................................................................................................. 46 JONAS R. SANCHES ................................................................................................................................................. 46 MAR DOCE MAR .............................................................................................................................................. 47 CRIS ANVAGO ........................................................................................................................................................ 47
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