Não foi isto que pedimos!
Entre a fé e o turismo
Inácio Pereira contesta a Lei da Nacionalidade
Páscoa cada vez menos religiosa e mais prazenteira Página 11
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www.correiodecaracas.net
O jornal da comunidade luso-venezuelana
ano 07 – N.º 152 - DePósito LegaL: 199901DF222 - PubLicação semanaL
caracas, 12 De abriL De 2006 - VenezueLa: bs.: 1.000,00 / PortugaL: € 0,75
Suspeitas dos crimes geram consternação O eventual envolvimento português no assassínio do empresário italiano, e a morte dos irmãos Faddoul, marcam quadra pascal
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Catorze emissoras difundem cultura lusa em Aragua Página 15 Pedro Pinto: TAP consolida mercados venezuelano e das Caraíbas Página 25
Festa do futebol infantil arrancou em Caracas Começou o torneio de futebol de salão infantil, no Centro Português, em Caracas. É a festa dos mais pequenos que contagia os mais graúdos.
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Marítimo é a revelação do torneio no Centro Italo
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2 | EDITORIAL Alheamentos CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
Director: Aleixo Vieira Subdirector Agostinho Silva Coordenação em Caracas Délia Meneses Jornalistas: António da Silva, Carlos Orellana Jean Carlos de Abreu, Liliana da Silva, Noélia de Abreu, Tábita Barrera, Victoria Urdaneta, Yamilem Gonzalez Correspondentes: Karina Diaz (Valencia) Carlos Balaguera (Maracay) Carlos Marques (Mérida) Sandra Rodriguez (La Victoria) Trinidad Macedo (Barquisimeto) Colaborações: Raúl Caires (Madeira) António de Abreu, Arelys Gonçalves Janette Da Silva, Luís Barreira e Miguel Rodrigues Publicidade e Marketing: Carla Vieira Preparação Gráfica: DN-Madeira Produção: Samuel Calzadilla Secretariado: Carolina deNóbrega Distribuição: Enrique Figueroa Endereço: Av. Los Jabillos 905, com Av. Francisco Solano, Edif. Torre Tepuy, piso 2-2C, Sabana Grande - 1050 Caracas. Endereço Postal: Editorial Correio C.A. Sabana Grande Caracas - Venezuela Telefones: (0212) 761.41.45 Telefax: (0212) 761.12.69 E-mail: correio@cantv.net URL: www.correiodecaracas.net Tiragem deste número: 10.000 exemplares
quadra pascal, na Venezuela, já não tem a carga religiosa que a tradição sempre nos incutiu. São sinais dos tempos, que representam algum alheamento ou afastamento das questões religiosas, e que nos conduzem a um maior materialismo. Trocar o tempo de reflexão por uns dias na praia pode parecer demasiado supérfluo, mas trata-se tão somente de opções pessoais. Que não queremos nem devemos colocar em causa, por se tratar de matéria do foro particular de cada cidadão. Limitamo-nos a constatar esta alteração de hábitos, real e palpável, que não gostaríamos que se traduzisse na perda de valores ou na dimi-
A
nuição da sensibilidade para as questões menos terrenas. Outra situação bem terrena, que reflecte outro tipo de alheamento - aqui sim, frontalmente condenável - tem a ver com o continuado desinteresse manifestado por inú meros compatriotas, numa questão tão simples como a recolha do Bilhete de Identidade ou do Passaporte no Consulado Geral de Portugal em Caracas. Frequentemente, são as autoridades acusadas de não responderem cabalmente a pequenas necessidades dos cidadãos que servem. No reverso da medalha temos estas situações caricatas: documentos que se amontoam, à espera que os seus titulares os vão levantar. Incompreensível!
O CaRTOON Da SEMaNa Estamos no país onde o Jorge Ferreira mais discos vende... !
Sim, é verdade! Mas são todos piratas!!
Fontes de Informação: DIÁRIO de Notícias da Madeira Jornal de Notícias Agência de Notícias LUSA O Correio de Caracas não se responsabiliza por qualquer opinião manifestada pelos colaboradores ou assinantes nos artigos publicados, garantindo-se, de acordo com a lei do jornalismo, o direito à resposta, sempre que a mesma seja recebida dentro de 60 dias.
a SEMaNa MUITO BOM Apesar das promessas, a verdade é que ao anúncio de abertura de sucursais clubísticas, com a criação de “casas” deste e daquele clube, não se segue a real concretização do anunciado. Verdadeira excepção tem sido a Casa do FC Porto na Venezuela. Os entusiastas do clube nortenho são os únicos a manterem de pé as suas intenções, vivendo dia-adia as glórias e também os insucessos do seu clube. Um exemplo único de perseverança!
BOM Com o aproximar da data de realização de mais uma edição do “Encontro de Gerações”, cresce o entusiasmo à volta da iniciativa. A lista de participantes, onde se destaca uma forte componente jovem, tem aumentado todos os dias. Agradável surpresa tem sido, outra vez, a extraordinária adesão de lusodescendentes ligados à arte, à cultura e ao desporto. Gente nossa com espaço e destaque brilhantemente conquistados no panorama nacional e até mesmo internacional. Bem haja!
MaU A comunidade lusa voltou a sentir o calafrio pouco abonatório, devido ao suposto envolvimento de portugueses no assassinato do empresário de Maracay. Uma desconfiança que pode até redundar na total inocência. Nesse caso, parece-nos justa a exigência de uma retractação pública da imagem da nossa comunidade. No entanto, caso se confirme o contrário, pede-se o que se pediria para os prevaricadores, seja qual for a sua nacionalidade: uma condenação com todo o peso da Lei.
MUITO MaU É impossível manter a serenidade perante o assassínio das três crianças, ocorrido recentemente e que ainda nos tem em estado de choque. Uma desgraça que nos encaminha, outra vez, para a questão da falta de segurança, um flagelo que afecta todos os sectores da vida venezuelana. Não há palavras para atenuar o ocorrido com as três crianças. Tratou-se de um crime hediondo, diabólico. Mas mais que continuar a chorar sobre o “leite derramado”, importa reforçar as precauções e estar alerta. Sem displicências!
El Correio de Caracas, no se hace responsable por las opiniones manifestadas por los colaboradores o firmantes, garantizando, de acuerdo a la Ley, el derecho a respuesta, siempre que la misma sea recibida dentro de 60 días.
Para todos los
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“ Cidadãos portugueses estão sendo condenados à priori” Carlos Balaguera Jean Carlos de Abreu
oão Paulo Costa Marques, português natural de Aveiro, 35 anos de idade, radicado na Venezuela há mais de 20 anos, encontra-se detido actualmente na cadeia de Tocuyito, localizada em Carabobo, por alegada participação no sequestro e assassinato do empresário italiano, Filippo Sindoni. Juntamente com Marques, também estão detidos os seus dois cunhados, Miguel Ángel João de Jesú s, de 23 anos, e Carlos João de Jesú s, de 25 anos, luso-venezuelanos nascidos em Anaco, estado Anzoátegui. O Correio de Venezuela conseguiu uma entrevista exclusiva com Antó nio Meléndez, advogado defensor do emigrante português e dos dois luso-descendentes. “ Estes cidadãos foram presentes ante o Ministério Pú blico por presumível participação na encomenda de uma acto criminoso. No entanto, não se lhes imputa a autoria moral nem material, pois não se apresentam quaisquer indícios de convicção sobre a autoria intelectual” . De acordo com o advogado, “ lamentavelmente, moti-
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A declaração é de um dos advogados defensores do emigrante natural de Aveiro, detido na cadeia de Tocuyito por alegada participação no assassinato do empresário italiano Filippo Sindoni vações incoerentes, com â nimos ocultos, pretendem à priori condenar como autores uns cidadãos sem terem ido a julgamento e quando ainda nem sequer terminou a fase de investigação. Estes cidadão não foram formalmente acusados pela justiça venezuelana” , sublinhou o causídico. No caso de ser admitida uma acusação, ainda haverá que ultrapassar uma fase intermédia na qual os acusados vão expor as suas defesas num tribunal de juízo e o Ministério pú blico exporá a suas alegações. “ Portanto, fazer uma declaração condenató ria a esta altura do processo é totalmente irresponsável” , reiterou Meléndez. Indícios encontrados O Ministro do Interior e Justiça, Jesse Chacó n, assegurou que foram recolhidas
Está também envolvido no caso um oficial da Polícia de Aragua provas físicas que vinculam os portugueses ao sucedido. Adicionalmente deu a conhecer que está também envolvido no caso um oficial da Polícia de Aragua quem, de acordo com as investigações, facilitou os uniformes e equipas utilizados no sequestro. O cidadão português detido é gerente da padaria “ Sandra” , localizada na avenida Henry Ford de Valência, estado Carabobo. Segundo informações colhidas na cidade de Valência pelo Correio, situado em frente da padaria onde foram detidos os três ci-
dadãos, existe um posto ambulante de aluguer de telefones pú blicos, actividade econó mica muito comum dentro do sistema de trabalho dos venezuelanos. A linha telefó nica com a qual trabalham estes vendedores informais está no nome de João Costa Marques. As investigações levadas a cabo pelo Cuerpo de Investigaciones Científicas, Penales y Criminalísticas (Cicpc) indicaram que foi desde estes telefones que se realizou uma chamada para o telemó vel do empresário italiano assassinado no
mesmo dia em que foi sequestrado. Será por esta razão que os corpos policiais terão vinculado o emigrante com o sequestro e assassinato de Sindoni, empresário de 71 anos de idade, dono de vários meios de comunicação de Maracay e da empresa Pastas Sindoni. A comunidade lusa de Maracay e Valência encontrase profundamente consternada com um acto. Apenas espera que se faça justiça no caso e que a procura da verdade se desenvolva da forma mais transparente possível.
Que o sofrimento acabe com a impunidade Yamilem González yamilem@correiodevenezuela.com
morte trágica dos irmãos Faddoul sacudiu fortemente a sociedade venezuelana, em especial a comunidade libanesa, que não deixou de expressar grande consternação, dada a afinidade social e cultural com os afectados. No passado Domingo de Ramos realizou-se uma missa de homenagem aos irmãos Faddoul na igreja San Charpell, em Caracas, organizada pela associação Juvelib (Associação de Juventude Venezuelana Liba-
A
nesa). À cerimó nia assistiu um grande nú mero de fiéis libaneses, em repudio pelos factos ocorridos e em apoio aos familiares e amigos dos jovens assassinados. A adesão à missa foi massiva. O ambiente era de grande dor, indignação e temor. Mesmo assim o Correio de Venezuela pô de recolher algumas impressões junto das pessoas que ali se encontravam, ainda que a maioria delas não se mostrasse disposta a abordar o tema. José Karma, comerciante libanês, residente em Maracay, viajou até Caracas em apoio da familía Faddoul.
“ Sinto-me profundamente consternado e triste por este tipo de acontecimentos que estão a ocorrer na Venezuela. Não sei de que maneira se resolverá este caso, pois já não se pode ressuscitar as crianças” , observou. Descendente de libaneses, Fady Rahal era colega de turma de um dos irmãos Faddul. A jovem, cheia de tristeza e com voz entrecortada, disse esperar que o sofrimento dos seus amigos e a dor dos familiares pudesse servir para acabar com a impunidade que reina no país. Zoraya Tabouli, membro da associação Juvelib,
encarregada da organização de todos os eventos relacionados com a comunidade árabe na Venezuela estava igualmente triste. “ Sintome muito afectada com o sucedido. Primeiro porque eram crianças e segundo porque pertenciam à minha comunidade. Inquieta-me que a sociedade pense que por sermos estrangeiros temos dinheiro e que tal seja um motivo para que a onda de sequestros contra nó s seja tão elevada. O que as pessoas não percebem é que nem todos temos as possibilidades de pagar um sequestro multimilionário” .
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Dupla nacionalidade dá direito à segurança Tábita Barrera tabita@correiodevenezuela.com
programa de assistência para os idosos com carências (ASIC), resultado de uma resolução feita em Lisboa em Outubro de 2005, contempla os portugueses que tenham dupla nacionalidade, na medida em que lhes dá o direito de usufruir desta ajuda social. A informação foi veiculada por Inácio Pereira, primeiro secretário do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, num comunicado enviado à redacção do Correio de Venezuela. Aquele responsável expressa a sua preocupação perante a quantidade de dú vidas que lhe têm sido colocadas por algumas
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pessoas que foram aos consulados de Portugal e da Venezuela para solicitar a pensão mas que não receberam resposta, pois existe um aparente desconhecimento das normas por parte daquelas entidades. Anteriormente, Pereira, numa das suas declarações a respeito do assunto, disse que, para as pessoas que descontam para a Segurança Social na Venezuela, há um convénio entre a Venezuela e Portugal “ para que se assumam as duas contribuições e a pessoa possa receber a sua pensão quando chegar a altura certa, e no país onde se encontre, mesmo que seja na Venezuela” . Este caso foi abordado junto do Ministério dos Negó cios Estrangeiros e da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, na
reunião mantida pelo Conselho Permanente desde 30 de Março a 1 de Abril, em Portugal. Para além disso, na carta enviada por Pereira, este confirmou que a informação veiculada inicialmente sustentava-se na norma n.º 198 do dia 14 de Outubro do ano passado, do Tribunal Constitucional, “ a qual ordena, a partir desse mesmo dia, às secções e postos consulares, aceitar candidaturas dos nacionais, mesmo daqueles que detenham também a nacionalidade do Estado onde residem” . Por este motivo, Inácio Pereira referiu que as pessoas a quem negaram as suas solicitações sobre a matéria podem ir “ desde já” fazer novos requerimentos, sempre e quando reú nam as condições necessárias.
11 de Abril: Um caso ainda não resolvido Tábita Barrera tabita@correiodevenezuela.com
11 de Abril de 2002 é uma data que os venezuelanos definitivamente não vão esquecer.Os opositores do governo lançaram-se para as ruas solicitando a renú ncia do Presidente Hugo Chávez Frías, enquanto que os “ oficialistas” se opunham a tal exigência e levaram a cabo uma contra manifestação para impedir que chegassem às portas do Palácio Miraflores. A violência apoderou-se da cidade capital. 19 pessoas foram assassinadas e 100 ficaram feridas. Já de madrugada, Lucas Rincó n, que na altura ocupava o cargo de Ministro da Defesa, anunciou a renú ncia do primeiro mandatário do país. Para alguns venezuelanos, a celebração não se fez esperar. Entretanto, outros recusaram as políticas que Pedro Carmona Estanga, que assumiu a presidência, pretendia implementar, e clamavam pelo regresso de Hugo Chávez. Momentos depois da eliminação dos poderes pú blicos, o Presidente venezuelano regressava à residência oficial do Governo e ainda que muitos considerassem que o triunfo era
O
dos “ oficialistas” , a verdade é que essa batalha foi ganha apenas pela impunidade. Passaram mais de 1400 dias e tem sido pouco o que se tem feito. Os chamados “ pistoleros” de Puente Llaguno foram libertados. Por outro lado, são apenas once as pessoas que se encontram detidas actualmente; entre eles Lázaro Forero, Henry Vivas e Iván Simonovis, comandantes policiais e outro oito comissários da Policia Metropolitana. Estava-se à espera de outras punições mas, até agora, tal não aconteceu. Por sua parte, os cidadãos exigem respostas, pedem que os implicados sejam detidos e que as averiguações continuem. A oposição assegurava que o que ocorreu foi um vazio de poder. Não obstante, os que estavam afectos ao governo deram como oficial a versão do golpe de Estado. Os familiares das vítimas continuam clamando por justiça. Com o passar do tempo e a inexistência de acções punitivas contra os envolvidos no caso, o esclarecimento dos acontecimentos parece estar cada vez mais longe. A violência no país tende a consolidarse e as autoridades continuam sem dar respostas contundentes.
Pereira referiu que as pessoas a quem negaram as suas solicitações sobre a matéria podem fazer novos requerimentos ao Consulado
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Tradições de Páscoa Manuela Miranda (DN/MADEIRA)
vos. Coelhos. Pintainhos. De açú car ou de chocolate. De comer. De brincar. De enfeitar, também. Embrulhados em papel lustroso, num cesto ou dentro de um ninho, aparecem de repente, como se tivessem sido semeados de noite, às escondidas. Tudo em nome da Páscoa. Uma festa que não se festeja sempre no mesmo dia porque depende do calendário lunar.
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COELHOS DE CHOCOLATE Dada a sua grande capacidade de reprodução, as lebres representam a fertilidade. Para os antigos Egípcios aquelas fazer. Talvez ali mesmo ao pé. explicam o nascimento do efeito de outrora, quando as Outros coelhos, porém, mundo a partir de um ovo. decorações se faziam directaeram mesmo um simbolo de entram também na alimen- Depois do caos, aquele apre- mente sobre a pró pria casca vida nova. Contudo, como outros ele- tação, como os que são feitos de senta-se como uma primeira do ovo. Por outro lado, ao ovo poforma de organização. mentos de abundâ ncia e chocolate. Assim, com passas ou Assim já na Antiguidade dem estar ligados valores comultiplicação, também as lebres podem estar ligadas à avelãs, crocante, puro ou os Chineses tinham por costu- mo o repouso, a casa, o ninho, “ light” também o chocolate me decorar ovos de galinha o seio da mãe. exuberâ ncia e ao luxo. O ovo lembra-nos que a A verdade é que na Euro- se associa a esta grande festa que depois ofereciam às pessopa foi sobretudo a partir de que dá as boas-vindas à Prima- as de quem mais gostavam. Fa- vida, para brotar, em certas ziam-no pela Festa da Prima- ocasiões, tem de renunciar ao um tempo de carestia e difi- vera. vera. O mesmo acontecendo aconchego e ao isolamento. culdades que a lebre, ou melDe facto, é ao romper da casca com outros povos e culturas. hor,o coelho que é um dos OVOS Mais tarde apareceram e ao largar o ninho, que a vida seus parentes mais chegados, Em geral, o ovo representa se celebrizou como símbolo a vida. Por um lado simboliza ovos de madeira e de ouro ou se manifesta com toda a sua desta quadra. a renovação perió dica da na- de prata, decorados com pe- pujança. Por isso é que o ovo está De facto, foi durante a Se- tureza. Representa o ressurgir dras preciosas. Com a industrialização ali- associado, não só à Primavera, gunda Guerra Mundial, quan- da vida depois de um tempo mentar surgiram também ovos mas também à Páscoa. do os pais tinham pouco que de invernia. dar aos filhos que, pela Páscoa, decidiram fazer-lhes uma surpresa. Para isso esconderam ovos nos jardins e bosques e disseram-lhes que os fossem procurar. Querendo adicionar ainda mais expectativa e emoção àquela nova aventura, inventaram que tinha sido um coelho que tinha espalhado os ovos por lá. Assim, apesar de serem mamíferos e por isso não porem ovos, os coelhos ficaram associados às celebrações da Páscoa. Alguns deles servem só para a decoração festiva pró pria desta época. Nas casas ou nas ruas, mas sobretudo nas montras ou outros espaços comerciais e na publicidade, os Seja como for, quer queiramos quer não, a Páscoa é uma festa de cariz religioso coelhos servem para anunciar que a Páscoa está a chegar. Alguns povos, como os de chocolate. Embrulhados em BALAMENTO Muitas vezes também lem- Celtas, os Gregos, os Fenícios e papéis coloridos, mais ou meOvos também os há de bram que há certas compras a os Hindus, entre outros, até nos vistosos, produzem o tal açú car. Pequeninos.
A que chamamos amêndoas. As mais tradicionais são brancas ou cor-de-rosa. Mas agora também as há em muitas outras cores. Em tons pastel ou mais garridas. Muito lisinhas como são as francesas ou salpicadas de amêndoa. Isto além das que são cobertas de chocolate, branco ou negro. Também havia, se calhar ainda há, amêndoas com a cor e a forma de ervilhas, de favas e de tremoços. Cheiinhas de licor!... Tremoços também se comiam dos verdadeiros. Postos a curtir dentro de uma saca, na levada, para serem comidos na Sexta-feira Santa. Ainda há quem mantenha essa tradição. Comprando-os, geralmente no supermercado, em embalagens de plástico, à espera de que tenham o mesmo sabor dos que se vendiam nas mercearias, em cartuxos de papel. Noutros lugares do nosso país, por esta altura, come-se o folar. Típico desta quadra, o folar apresenta algumas variações conforme onde é preparado. Assim, por exemplo, na região Centro o folar é uma espécie de pão amarelo com ovos. Já em Trás-os-Montes, o folar contém vários tipos de carne, como vaca e porco, entre outras, o que lhe confere um sabor muito característico. Já o folar do Algarve é doce e leva canela, caramelo e mel. Em alguns outros países a Páscoa também tem refeições pró prias. É o caso do México onde é costume colocar presunto, pão, sal, ovos e manteiga moldada com a forma de um cordeiro sobre a mesa do jantar, em Sábado Santo, para o padre, que anda de casa em casa, os abençoar. Isto depois de as crianças terem levado, em cortejo, os seus animais favoritos, como papagaios, cães, coelhos, pombas, vitelos ou burros, até ao adro da igreja para serem benzidos. Na Madeira, amêndoas ou ovos de Páscoa, ou mesmo uma galinhinha moldada com pasta de figos, servia para “ pagar o balamento” , um jogo tradicional que era - e para alguns continua a ser - obrigató rio jogar nestes dias. Enquanto se brincava ao
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pião, era preciso estar atento para não se perder a oportunidade de ser o primeiro a dizer “ balamento” àquele ou àquela com quem tínhamos apostado ganhar um saquinho de amêndoas ou meia dú zia de torrões. Torrões. Uma dessas iguarias deliciosas que fazem crescer água na boca! De cacau ou, morango, com nozes ou cô co, cortados em cubos mais ou menos regulares, os torrões são
ainda mais saborosos se forem feitos em casa.
LUA CHEIA Seja como for, quer queiramos quer não, a Páscoa é uma festa de cariz religioso. É o calendário litú rgico que indica quando serão as férias da Páscoa ou aquela reunião de família mais alargada. E até quando é que o comércio põe a vender as coisas gostosas de que estivemos a falar.
Desde que fugiram do Egipto, os Hebreus passaram a celebrar o que em hebraico tem o nome de “ Pessach” e que significa passagem. Neste caso, da escravidão à liberdade. Ao que parece, essa fuga deu-se aquando da celebração da chegada da Primavera. Para realizarem essa, que era uma festa de pastores, os israelitas terão pedido licença ao Faraó para saírem das povoações e se dirigirem aos campos, como
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era seu costume. Aproveitando então a oportunidade, escaparam, tomando o caminho do deserto. Foi precisamente durante a celebração dessa Páscoa judaica que Jesus foi morto e ressuscitou. Por isso, os cristãos atribuem a essa festa o sentido de passagem da morte para a Vida, do pecado para a Liberdade. Não se sabe em que dia do nosso calendário moderno isso
terá acontecido. Mas a Páscoa continua a ser celebrada no mesmo período estabelecido por Moisés: na primeira luacheia a seguir ao equinó cio da Primavera. Assim, a Páscoa é um tempo favorável para cada qual renascer. Com a frescura dos prados onde saltam os coelhos e a doçura das amêndoas que se desfazem na boca. Com o amor de quem se dá por inteiro.
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Deputados querem dados sobre saída de emigrantes O Não existem dados que esclareçam quantos portugueses têm emigrado nos últimos anos.
s deputados do Partido GOVERNO quEStiONADO Social Democrata (PSD) SObRE ENSiNO DA lí NGuA eleitos pela Emigração à NO EStRANGEiRO Assembleia da Repú blica consideraram, no passado dia 6 de Os deputados do PSD eleitos Abril, ser “ primordial” a existên- pela Emigração José Cesário e Carcia de estatísticas sobre a saída de los Gonçalves questionaram o Goportugueses que nos ú ltimos anos verno português relativamente ao optaram por trabalhar no estran- “ o novo modelo do subsistema” geiro, rumo a países como a Vene- do ensino do português no estranzuela ou a África do Sul, só para ci- geiro anunciado há cerca de um tar os países de acolhimento da ano. emigração portuguesa mais imporNum requerimento entregue na tantes. Assembleia da Repú blica, os parla“ Para que se clarifique a si- mentares perguntam aos ministétuação relativa à emigração portu- rios da Educação e dos Negó cios guesa e no sentido Estrangeiros quais de se poder as medidas previsavançar com as tas e quando entramedidas necessárá em vigor “ o norias para enquadrar vo modelo do subeficazmente este sistema” do ensinovo fenó meno, no da língua portutorna-se primordial guesa no estrangeio acesso às inforro. mações quantitatiEm Março, o vas sobre a saída de ministro dos Neportugueses no O Governo português foi gó cios Estrangeipassado pró xiros, Freitas do questionado por causa mo” , referem os Amaral, anuncio u três deputados “ do novo modelo do no parlamento a num requerimento intenção do Goverentregue na As- subsistema” do ensino do no passar para a tusembleia da Repú - português no estrangeiro tela do MNE o enblica. sino do português Carlos Gonçal- anunciado há um ano no estrangeiro. ves, José Cesário e O secretário de Carlos Páscoa querem saber se o Estado das Comunidades, Antó nio Ministério dos Negó cios Estran- braga, também referiu várias vezes geiros tem na sua possse estatísticas que o destacamento de professores actualizadas que sejam capazes de no estrangeiro iria acabar. esclarecer o nú mero de portugueNo requerimento, os deputados ses que, nos ú ltimos anos, optaram do PSD manifestam-se preocupapor deixar o país para trabalhar no dos porque o ano lectivo no estranestrangeiro, quais os destinos escol- geiro começa daqui a quatro meses hidos e ainda sobre quais as zonas e “ não se conhece qualquer decisão de maior implantação. final sobre esta matéria” . Os deputados social-democratas “ A indefinição está assim a adiantam que o ministro dos Ne- contribuir para a agitação das mais gó cios Estrangeiros, Freitas do variadas comunidades, com gravísAmaral, referiu no parlamento que simas consequências para a estabios movimentos migrató rios assu- lidade da vida escolar e de variadísmem “ valores muito considerá- simos professores que se vêem conveis, falando-se mesmo de vários frontados com a total dú vida acermilhares de portugueses que anual- ca do seu futuro” , adiantam os anmente emigram” para países euro- tigos secretários de Estado das Copeus” . munidades.
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A “ cruz” do mordomo erca de 400 pessoas vão almoçar no pró ximo domingo “ … custa” do mordomo da Cruz de Fontão, Ponte de Lima, numa tradição pascal que tem sempre como “ nú mero” mais hilariante a escolha do “ cristo” do ano seguinte. O mordomo deste ano é José Ribeiro, 49 anos, carpinteiro de profissão, que hoje mesmo cumpriu uma das outras “ pesadas” tarefas que recai sobre o mordomo da Cruz daquela freguesia: distribuir um ramo por praticamente cada uma das pessoas que assistiu … missa dominical. “ Só em ramos, e sem contabilizar o trabalho das cerca de 10 raparigas que trabalharam na confecção de alguns deles, foram mais de 200 euros” , referiu … Lusa o mordomo de 2006. Para o repasto de domingo, e para que ninguém saia de lá com fome, José Ribeiro encomendou 100 quilos de bacalhau, 60 de vitela e outros tantos de cabrito, além de 10 perus. De prevenção estão também 40 quilos de camarão e mais de 2.000 rissó is e bolinhos de bacalhau. Porque o ditado, adaptado, reza que “ no Minho, sê minhoto” , a refeição será regada com 600 litros de vinho verde, mas mesmo assim José Ribeiro garante que quem preferir maduro “ também não vai passar sede” . Na cozinha vão estar oito mulheres, cada uma delas responsável pelo seu fogão, num trabalho todo ele supervisionado por uma cozinheira já traquejada nestas andanças, ou não fosse ela a responsável pelas cerca de 600 refeições que diariamente são servidas numa escola da região. No fim dos primeiros pratos, e até para
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abrir o apetite para o peru, que por tradição é servido no fim, tem lugar o momento mais esperado e mais temido, com a mulher do anfitrião, de raminho de laranjeira na mão, a percorrer as diversas mesas, simulando, aqui e ali, deixá-lo no lugar do pró ximo mordomo. José Ribeiro não quis abrir muito o jogo, para não quebrar o efeito surpresa e para não espantar a caça - há pessoas que se recusam a ir ao almoço com medo de serem “ a pró xima vítima” - mas lá foi adiantando o “ Cristo” do pró ximo ano já está praticamente escolhido, devendo a “ cruz” ser entregue a “ uma pessoa amiga” . Ao receber o testemunho, o escolhido recebe também um compromisso que, se por um lado lhe traz prestígio, por outro também acarreta muito trabalho a favor da comunidade e algum dinheiro a menos na conta bancária, no caso de José Ribeiro cerca de 25 mil euros. Uma despesa que pode ser “ amenizada” pelas ofertas dos convidados, mas estes apenas contribuem se quiserem. “ Não há um preço estipulado por pessoa, cada um dá o que quiser, e se quiser, e eu até peço que não me dêem nada, porque eu estou nisto com imenso gosto” , referiu o anfitrião da festa deste ano. Para alegrar os dias de Páscoa, o mordomo encomendou foguetes e contratou um grupo de bombos e tocadores de concertinas e viola, que acompanhará o compasso, tanto domingo como segunda-feira. Além de tudo isto, o mordomo de Fontão tem também que, durante um ano, assegurar a limpeza da igreja e os serviços do sacristão.
Homens cumprem Bife da Páscoa num ritual sem mulheres ais de 200 homens sentam-se sábado à mesma mesa em Cardielos, Viana do Castelo, para degustar o “ Bife da Páscoa” , cumprindo um ritual iniciado há meio século, onde as mulheres apenas cabem na cozinha ou a servir. Segundo Manuel Correia, um dos actuais responsáveis pela organização, o principal fim desta iniciativa, que decorre sempre no sábado de Aleluia, “ é tirar a barriga de misérias” , apó s um período de Quaresma com vários dias em que a Igreja proíbe “ expressamente” o consumo de carne. “ Aqui, é comer e beber até fartar e, como nestas coisas as mulheres são sempre mais comedidas e cautelosas, o melhor é ficarem em casa para não impedir os homens de se desforrarem do jejum quaresmal” , acrescentou. Reconhecendo que se trata
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de uma visão “ quase medieval” , Manuel Correia explicou ainda que a ausência de mulheres se fica também a dever ao facto de elas, nesta altura, estarem normalmente muito atarefadas a preparar os “ paparicos” para o almoço de Páscoa e para oferecer ao mordomo da Cruz e seus acompanhantes. “ Isto, de facto, sem mulheres é outra coisa, pois os homens sentem-se mais à vontade, mais livres e até com mais apetite” , referiu, lembrando que a tradição manda que cada conviva coma, pelo menos, seis bifes, com cerca de um quarto de quilo cada um. Mas na edição deste ano será feita uma votação, pelo método “ dedo no ar” , para que a maioria decida se a tradição se deve abrir, ou não, às bocas femininas. No sábado, em cima da mesa, estarão mais de 150 qui-
los de bife de boi, servidos depois das entradas: 1.000 espetadinhas de gambas, 800 lulinhas no espeto, 600 pataniscas de bacalhau, 600 pinchos de porco preto e 600 espetadinhas selvagens (carne de veado e de porco ibérico). “ É tudo gente da lavoura, que sabe como ninguém emprestar aos seus cozinhados o genuíno sabor da cozinha tradicional portuguesa” , disse Manuel Correia. A refeição, que entrará pe-
la tarde dentro, será animada por gaitas de foles e por cantadores ao desafio, com o Marinho de Ponte de Barca como cabeça de cartaz, que farão as delícias dos convivas, desde médicos a pedreiros, passando por deputados, advogados e gente de várias outras profissões. A tradição do “ Bife da Páscoa” começou em Viana do Castelo, na lendária, mas já extinta, Pensão Restaurante Rio Lima, cujo proprietário, o mestre de cozinha Américo Correia, reunia um pequeno nú mero de convivas para degustar a melhor carne dos talhos da cidade, exposta na sexta-feira santa à porta dos estabelecimentos. Em 1973, Américo Correia vendeu essa unidade hoteleira e instalou-se em Cardielos, sua terra natal, onde manteve a tradição, sempre com um nú mero crescente de pessoas à
mesa. Actualmente, o “ Bife da Páscoa” é promovido pelos filhos de Américo Correia, entretanto falecido, realizandose desde há meia de dú zia de anos na Casa dos Romeiros, no Monte de S. Silvestre. Silvestre Rocha, 61 anos, reformado da PSP, confessa que todos os anos participa nesta tradição e garante que cumpre religiosamente a norma que “ obriga” cada conviva a comer pelo menos seis bifes. Antigo polícia sinaleiro na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, em Viana do Castelo, Silvestre Rocha recorda, com orgulho, as muitas medalhas com que foi condecorado, deixando perceber, nas entrelinhas, que ainda aspira a uma outra para completar a sua folha de serviços: a de recordista do “ Bife da Páscoa” .
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VENEZUELA | 11
Entre a fé e o turismo religioso Actividades da Missã o Cató lica Portuguesa durante a Semana Santa Domingo 09/04 Santa Missa e Bênç ão da Água 6:00 pm Confissões 7:00 pm Santa Missa Terça-feira 11/04 6:00 Confissões 7:00 Santa Missa Quarta-feira 12/ 04 1:00 pm Santa Missa presidida pelo padre Alexandre Mendonç a, na Basílica de Santa Teresa em honra do Nazareno de San Pablo 6:00 pm Confissões 7:00 pm Santa Missa Quinta-feira Santa 13/ 04 O templo abre a partir das 5:00 pm. Realizar-se-á a reconciliação, celebraç ão da ceia do Senhor e a cerimó nia do lava-pés. 7:00 pm Transladaç ão do Santíssimo sacramento ao monumento. 8:00 pm Hora Santa. 10:00 pm Fecho do Templo. Sexta-feira Santa 14/ 04 8:00 am a 12:00 pm Sacramento da reconciliaç ão e confissão Celebraç ão da Paixão do Senhor. Liturgia da palavra. Oraç ão Universal, Adoraç ão da Cruz. Sagrada Comunhão. 7:00 pm Procissão Santo Sepulcro e Virgem da Solidão Sábado Santo 15/ 04 O Templo permanecerá fechado durante a manhã. À noite será realizada a vigília Pascal, Bênç ão do Fogo e do Sírio Pascal, Liturgia da palavra e a Bênç ão da água, Renovaç ão das promessas Baptismais e Liturgia Eucarística. Domingo de Ressurreição 16/ 04 Dia do Senhor por Excelência. 5:00 pm Santa Missa de Ressurreição.
Delia Meneses Jean Carlos de Abreu s preparativos para a celebração da Semana Santa na Venezuela de 1930 eram distintos dos nossos dias. Em épocas passadas, a data era acompanhada de um ambiente místico, de paz e silêncio, propício para a recordação do martírio e o sacrifício de Cristo. Actualmente, a Semana Santa é uma ocasião perfeita para realizar turismo religioso. São dias aproveitados pelos visitantes nacionais e estrangeiros para desfrutar os diversos lugares exó ticos oferecidos pela Venezuela. Os destinos nacionais mais visitados são Porlamar, Puerto La Cruz, Maturín, Barcelona, Los Roques, Mérida, Maracaibo e Ciudad Bolívar; enquanto que os internacionais procuram as ilhas do Caribe, Miami, Nova Iorque e algumas cidades da Europa. As autoridades da Protecção Civil estimam que mais de 11 milhões de pessoas vão circular durante a pausa proporcionada pela Semana Santa nos diferentes estados do territó rio nacional, sendo que dois milhões correspondem à área metropolitana. No entanto, apesar deste importante nú mero de viajantes, também é possível constatar que nas principais cidades da Venezuela estão muitos crentes que insistem em manter vivas algumas das tradições mais emblemáticas da Semana Santa. Na Quarta-feira Santa é quando todos os crentes do país se reú nem para recordar o Dia do Nazareno. A maioria dos devotos sai à rua vestidos de hábitos azulados e dividem-se segundo as suas funções em carregadores e cumpridores de promessas. Os carregadores são as pessoas encarregadas de levar a Cruz lentamente. Os cumpridores de promessas acompanham os devotos na procissão, mas costumam andar com os pés descalços como expressão do sacrifício para com a promessa oferecida ao Nazareno. De Quinta para a Sexta-feira Santa, realiza-se a visita aos sete templos. Não existe documentação histó rica acerca das razões de por que se visitam sete templos, no entanto acredita-se que es-
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tá relacionada com a associação entre o nú mero sete e a perfeição que assume na literatura religiosa. Durante essa visita deve-se rezar pelo menos durante meia hora, virados de frente para o Santíssimo Sacramento. Em Caracas, os templos mais visitadas são a Catedral, as igrejas de San Juan, Capuchinos, La Concordia, Santa Teresa, San Francisco, Santa Capilla, Altagracia e Las Mercedes. No domingo de Ressurreição recorda-se a traição a Cristo com a celebração da Queima de Judas. Este é representado por um boneco elaborado de forma artesanal com tecido recheado de palha e trapos. É passeado pelas ruas da paró quia antes de ser finalmente pendurado numa árvore, onde é queimado. PALMEROS LUSO-DESCENDENTES Manuel dos Santos, luso-descendente de terceira geração, de 10 anos de idade, é um dos encarregados de levar, até à igreja San José de Chacao, as palmas que são recolhidas no Cerro El Ávila. Desde os cinco anos que sente o desejo de subir à montanha e participar na tradicional subida dos "palmeros". Graças ao apoio da sua mãe, Matilde Hernández, venezuelana, tem cumprin-
do o seu sonho. "Quando eu era uma criança, sempre quis ir, mas os meus pais nunca me deixaram", lembrou Hernández. Manuel disse ao CORREIO que não conhece Portugal mas que espera conhecer o país um dia. Manuel Dos Santos, o pai, é um luso-descendente nascido em Marrocos. Emigrou para a Venezuela há 25 anos, aproximadamente, e radicou-se na zona de Chacao desde então. VIAJAR PARA CUMPRIR Leonardo Ascáneo, venezuelano, está casado há cinco anos com uma portuguesa natural de Lisboa. Este "palmero" vive actualmente em Portugal, de onde regressa anualmente à Venezuela para seguir a tradição, segundo contou Elio Ascáneo, pai do jovem. Por razões econó micas e profissionais, Leonardo não poderá este ano viajar desde Portugal para cumprir com o que "desde pequeno tem feito" e que é subir ao Ávila e descer comas palmas desde Sabas Nieves. A esposa de Leonardo, Ana María, adoptou a tradição dos palmeros como sua. Elio lamentou que o seu filho não pudesse assistir este ano à colecta de palmas.
FELIPE PEREIRA DA COSTA TRADUTOR OFICIAL DE PORTUGUÊS - ADVOGADO l Traduções l Obtenção
em Geral.
de certidões de Nascimento em Portugal.
l Escritórios
em Portugal (Revisões de Sentenças de Divorcio e Heranças, etc)
l Obtenção
de Assentos de Nascimentos, Casamento, ou de Óbito, na Venezuela.
l
Aquisição da Nacionalidade (os seus pormenores)
l Legalizações
perante os Registos Principais, Ministérios correspondentes, Colégio de Médicos, assim como outros organismos competentes.
l Outros
assuntos, favor consultar.
Horário: 8:00 a.m. - 1:00 p.m. Segunda Avenida de Campo Alegre, Edifício Credival, (ao lado do Consulado Geral de Portugal), Piso 7, Ofic. 104, Chacao, Caracas, Venezuela.
e-mail:felipepereira@cantv.net Telefone: (212) 267-60-51
263-69-77
Telemóvel:(0414) 235-97-06
12 | HISTÓRIA DE VIDA
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"A Venezuela deu-me mais do que pedi" Quando sai da Ribeira Brava, em 1952, estava certo de que, ao fim de dois ou três anos, estaria de regresso a casa. Mas estava tão enganado! Posso dizer que consegui tudo o que vim buscar e muito mais. António Da Silva Sitio da Cova, Ribeira Brava, Madeira
om 22 anos, subi a bordo do Santa Maria, com uma pequena mala e uma carta de chamada. Posso dizer, sem qualquer vergonha, que éramos os mais pobres do Sítio da Cova. Éramos 11 irmãos e vivíamos apinhados numa casa de palha. Sapatos? Sim, aos 15 anos, quando pude comprá-los com o meu primeiro salário. Carne? Sim, só em Dezembro, quando, sem remorsos, matávamos o nosso "amigo" porco... Mas não tínhamos apenas coisas tristes para contar. O meu pai era um homem de muitos ofícios e assim pude também fazer de tudo: Fui mú sico, ainda que só ajudasse a carregar o seu trombone quando tocava na banda da terra nos populares arraiais. Fui sapateiro, mas odiava as marteladas nos dedos. Fui moleiro e fazíamos a farinha para o nosso pró prio pão. Fui caçador, ainda que nunca pudesse disparar contra os saborosos coelhos que levávamos para casa. Cuidava das culturas e assim podia escapar-me para os poços de água de rega para poder nadar, apesar de saber que, no regresso, o castigo seria inevitável. Mas eu gostava de nadar! A carta de chamada foi o meu passaporte para uma nova vida: Para trás deixava um trabalho duro como operário da construção nos "furados" (tú neis). Aprendi duas palavras em
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castelhano para a minha viagem: "La" e "Guaira". Os primeiros dois meses foram os mais difíceis. Longe de casa, sem dinheiro, sem conhecer o idioma e sobretudo sem emprego. Comecei a trabalhar como empregado num supermercado no sector de "El Cuartel". Trabalhava das 7 da manhã às 11 da noite e dormia no piso por cima do negó cio. Mas só assim pude cumprir com a palavra a quem me pagou a passagem de ida, que foi a de pagar a minha dívida no ano que foi contraída. E assim o fiz. Caracas era uma cidade tranquila, podia-se andar na rua e não havia delinquência. Tudo começou a deitar-se a perder quando depuseram Pérez Jiménez, que, a meu ver, foi o melhor governante que a Venezuela já teve. Apenas dois anos apó s a minha chegada, abri o meu primeiro negó cio, em Catia, com um só cio de Campanário. Quem trabalhava e não se metia em política não tinha nada a temer. Em 1957 pude trazer o
meu irmão mais velho, Francisco, a quem acomodei na minha casa e no meu negó cio. Em 1960, decidi que já era tempo de casar-me, pelo que regressei à Madeira pela primeira vez, porque queria uma mulher portuguesa. Encontrei assim a minha companheira eterna: Custó dia. Celebrámos uma boda faustosa. Quis mostrar a todos que tinha triunfado na min-
ha aposta em emigrar. Regressei à Venezuela com a minha esposa e passado pouco tempo nasceu a minha filha Zélia. Foi um regresso aos tempos difíceis, pois agora tinha que manter uma família. A nostalgia do meu país era afastada com distracções: A minha afeição pelo Desportivo Português e os churrascos dominicais no El Junquito. Conheci o futebol no exército, quando cumpri o serviço militar. Tinha um estilo pró prio: Recebia a bola, olhava para o guarda-redes e... mandava-a vários metros acima da baliza! Em 1967 estabeleci o meu actual negó cio, sempre na zona de Catia. Mandei buscar o meu irmão Agostinho, que estava no Brasil. Pouco tempo depois, começou a onda de assaltos. A primeira vez que vi um revó lver pensei que o meu assaltante estava a gozar comigo. Um tiro no
braço demonstrou-me que era a sério e desde então, tenho sido visitado com frequência por ladrões, felizmente sem consequências graves. Anos depois, no final de '75, e com surpresa para todos, chegou a casa o meu segundo filho, a quem decidi chamar Antó nio, como eu. Foi uma grande alegria para todos. Aprendeu a gostar de futebol desde pequeno, quando juntos vivíamos a melhor etapa do futebol venezuelano, nos tempos do Marítimo de Venezuela, tetracampeão nacional. O panorama voltou a obscurecer em 1989, quando muitos portugueses foram vítimas do "sacudó n". Tivemos que começar do zero. Não acumulei muitas fortunas como outros emigrantes, mas tenho a satisfação de ter inculcado valores aos meus filhos e dar-lhes tudo aquilo que me faltou quando tinha a idade deles. Eles devolveram-me muitas satisfações. Vir para a Venezuela foi a melhor decisão que tomei na vida.
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RELIGIÃO | 13
Signos e símbolos da Semana Santa
David Rodrigues
davidro33@hotmail.com
ueridos amigos leitores, apresento-lhes os signos e símbolos da Semana Santa. Algumas vezes não sabemos o seu significado nem o que querem dizer. De uma forma simples, apresento a seguir o significado de cada um deles.
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O pão e o vinho: Corpo e
Sangue de Cristo: São os elementos naturais que Jesus toma para que se convertam no seu Corpo e no seu Sangue e o tornem presente no sacramento da Eucaristia. O vinho é o novo sangue do Cordeiro sem defeitos que, colocado nas portas das casas, evitou que os filhos dos israelitas morressem à passagem de Deus. Cristo, o Cordeiro de Deus, como refere o Apocalipse, salva-nos definitivamente da morte com o Seu sangue derramado na cruz. A Sexta-feira Santa, celebrada por Jesus sobre a mesa-altar do Cenáculo, era a antecipaç ão do seu Corpo e do seu Sangue oferecidos pela Humanidade no "cálice" da cruz, sobre o "altar" do Mundo. O lava-pés: O Evangelho de São João é o ú nico que nos relata este gesto simbó lico de Jesus na Última Ceia. Um gesto pouco usual para um Mestre, pró prio dos escravos, converte-se na síntese da
sua mensagem. Numa sociedade onde as atitudes defensivas e as expressões de autonomia se multiplicam, Jesus humilha a nossa soberba e diz-nos que abraç ar a cruz, a sua cruz, hoje, é colocarse ao serviç o dos outros. É a grandeza dos que sabem tornarse pequenos. A cruz: A cruz foi, na época de Jesus, o instrumento de morte mais humilhante. Por isso, a imagem de Cristo crucificado convertese em "escâ ndalo para os judeus e loucura para os pagãos" (1 Cor 1,23). Deve ter passado muito tempo até que os cristãos se identificassem com esse símbolo e o assumissem como instrumento de salvaç ão. A cruz é expressão desse martírio quotidiano, das coisas que mais nos custam e que doem, mas que podem ser iluminadas e vividas de outra maneira, precisamente desde a Sua cruz. A coroa de espinhos, o láte-
go, os pregos, a lanç a, a esponja com vinagre: São a expressão de todos os sofrimentos que, como peç as de um quebra-cabeç as, vão compor o mosaico da Paixão de Jesus. A Paixão possui os três níveis de sofrimento que todo o ser humano pode suportar: Físico, psicoló gico e espiritual. A todos eles Jesus respondeu perdoando e abandonando-se nas mãos do Pai. O círio pascal: De todos os simbolismos derivados da luz e do fogo, o círio pascal é a expressão mais forte, porque reú ne ambos. O círio pascal representa Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte, sol que não tem ocaso. Acende-se com fogo novo, produzido em completa obscuridade, porque na Páscoa tudo se renova: Através dele acendem-se todas as outras luzes.
14 | CULTURA
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Academia do Bacalhau lança livro de receitas Mais de 200 formas de preparar bacalhau estão a ser compiladas num livro que será colocado à venda nos eventos realizados pela Academia do Bacalhau, com o fim de recolher fundos para os mais necessitados. Noelia De Abreu noeliadeabreu@gmail.com
ara os amantes de bacalhau que querem provar o seu prato favorito de uma maneira diferente ou que querem surpreender os seus comensais com uma receita incomparável, a partir do pró ximo mês de Maio poderão fazê-lo, já que a Academia do Bacalhau está a compilar mais de 200 receitas que têm como protagonista este apreciado pescado do Atlâ ntico do Norte europeu. Esta iniciativa, com a qual se pretende recolher fundos para os mais necessitados da comunidade portuguesa, é outra das obras que a Academia do Bacalhau leva a cabo, esperando que, a 6 de Maio, dia em que celebra o seu aniversário, este livro de receitas esteja à venda. Os que adquirirem um exemplar estarão a colaborar com projectos como o do lar de terceira idade "Padre Joaquim Ferreira". "No momento não sabemos exactamente se o livro de receitas vai poder estar pronto para o dia 6 de Maio, já que tudo depende do que a gráfica possa ter feito a tempo. Mas sem dú vida este material estará à venda em cada um dos eventos que realizemos posteriormente e em cada lugar do país onde se encontre uma sede da Academia, como por exemplo Valência e Maracay", explicou José Luís Ferreira,
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presidente desta fundação sem fins lucrativos. O preço do livro de receitas, que será publicado em espanhol e português, não foi, no entanto, fixado pelos compadres, que recorreram a diferentes bases de dados, livros e receitas privadas para dar à comunidade portuguesa uma compilação das mais variadas maneiras de preparar este rico prato português. Curiosidades do bacalhau: * É um dos peixes com menor quantidade de gordura na sua carne. * Existem aproximadamente 60 espé cies de bacalhau. * Na Europa, é a base de pratos regionais segundo as particularidades de cada paí s. * Durante muito tempo foi um alimento para pobres e ricos, mas hoje, devido ao seu preç o elevado, deixou de ser alimento para pobres. * Na Venezuela, até aos anos 50, não faltava nas nossas casas pelo menos um dia durante a Semana Santa. * É o pescado branco mais consumido na Europa e um dos mais populares em todo o Mundo. * Não só se consome apenas fresco, també m é muito habitual encontrar o bacalhau salgado. * Ao falar de Portugal e da sua gastronomia, é quase impossí vel não falar do bacalhau.
Saramago anuncia novo livro para Novembro "As Pequenas Memó rias" é, segundo a imprensa de Madrid, o título da obra que o Prémio Nobel entregará ao pú blico no pró ximo mês de Novembro, em edição simultâ nea em português, castelhano e... catalão, provavelmente. Durante um recente coló quio com as reclusas de Brieva (Ávila), José Saramago revelou que "As Pequenas Memó rias" tem uma intenção autobiográfica e contará aspectos da sua infâ ncia até aos 14 anos. Para o autor, esta forma de revisitação da infâ ncia é uma "forma de melhor" de se entender a si mesmo e que é surpreendente o que se pode recordar desses anos, incluindo as "circunstâ ncias, os cheiros e até os sabores".
Curiosamente, nos dias seguintes à publicação desta notícia nos principais jornais espanhó is, não foi possível encontrá-la nos seus homó logos portugueses com edição na Internet. Saramago continua a ser uma referência cada vez menos incontornável, o que tem certas vantagens e não poucos perigos. Os seus livros, com uma mensagem inconfundível e em total sintonia com a sua visão do mundo, continuam a ser usados por todos os quadrantes políticos, até mesmo pelos que lhe estão nas antípodas. O artigo que apareceu esta semana num jornal de grande circulação na Venezuela é um exemplo do que acabamos de afirmar.
Teatro português em Espanha o Teatro "La abadia", situado na capital espanhola, foram apresentadas recentemente duas obras com participaç ão portuguesa. Nuno Cardoso encenou "Woyzek", de George Buchner, e Ricardo Pais ofereceu ao pú blico Cabelo Branco "É Saudade", uma criaç ão
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mú sico-performativa. Esta produç ão, onde participam igualmente os fadistas Argentina Santos, Celeste Rodrigues, Alcindo de Carvalho e Ricardo Ribeiro, viajou posteriormente para terras galas, para espectáculo no Théatre National de Bordeaux, em "Aquitaine".
Casimiro de Brito de novo em Caracas ara o pró ximo mes de Julho é provável uma nova visita de Casimiro de Brito a Caracas, desta vez para assistir ao III Festival Mundial de Poesia, que organizará o Instituto Autó nomo Centro Nacional do Livro, de 17 a 23 desse mê s. O autor de Labyrinthus (1981), é presidente do Pen Clube Português e esteve há poucos anos nesta capital a convite do IPC, onde cumpriu intensa actividade junto da Comunidade e do pú blico venezuelano. Casimiro de Brito nasceu em
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Loulé, Algarve, em 1938, fundou, com Antó nio Ramos Rosa, os Cadernos do Meio-Dia, porta que permitiu conhecer vários poetas da década de 60. Tem mais de 40 livros publicados e vários prémios conquistados, entre eles o Grande Prémio de Poesia (1981) e o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002). Tomado do Fax Informativo de Artes e Letras do Insituto Portuguê s de Cultura (IPC)
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CULTURA | 15
Fadista do "Caravelas de Saudades" emigra para Espanha 14 emissoras difundem cultura lusa em Aragua Carlos A. Balaguera carabal@cantv.com
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A cantora Milú transmitiu mensagens de satisfação por Alves que conquistou um espaço importante no grupo
Carlos Orellana corellanacorreio@hotmail.com
o passado dia 23 de Março, teve lugar, na tasca Caribe, na cidade de Caracas, uma noite de fados organizada pelo grupo "Carabelas de Saudades", na qual se fez uma homenagem ao cantor do grupo, Rogério Alves, que agora vai viver nas Ilhas Canárias, Espanha. "A minha família está lá e quero tentar fazer uma vida com eles. Vou embora no dia 20 de Abril, mas se não me adaptar, regresso, porque este é um grande país, onde passei a minha juventude e por isso é muito difícil deixá-lo", disse ao Correio de Venezuela Rogério Alves, que já está há 47 anos neste país. "Vim para a Venezuela no ano "59, a bordo do Santa Maria.
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Quando cheguei, dediquei-me à carpintaria e assim passei a minha vida. Há 35 anos, o senhor Evaristo Vieira convidou-me para fazer parte do grupo, no qual também estava Martín Maio e Irene de Rocha, e desde então estou com "Carabelas de Saudades", contou. Foi assim que relatou parte da sua vida enquanto o som do fado se ouvia, nas vozes de Liliana Gonçalves. A cantora Milú não parou de transmitir mensagens de satisfação por este cantor que conquistou um espaço importante no grupo. Alves é natural de Espinho, Aveiro, e admite que, desde a sua infâ ncia, sempre teve um gosto especial pelo fado. De qualquer maneira, "não me considero artista. Isto é mais um hobbie. Canto fado com carinho de verdade e quem é fadista trás is-
programa "Portugal en Venezuela", dirigido pelo cantor Sidó nio Silva, na cidade de Maracay, celebrou, na Sala Rancho Tropical, o seu primeiro aniversário. Este espaço dedica-se a divulgar as tradições e costumes da comunidade portuguesa na Venezuela. Sidó nio Silva disse ao Correio de Venezuela que, a cada dia que passa, o venezuelano interpreta como sua esta influência da cultura portuguesa. "Posso afirmar que, nesta cidade, a comunidade portuguesa está mais pró xima de todo o povo. O nosso programa tem uma audiência muito boa, tanto entre portugueses como entre os venezuelanos". Esta sementeira nasce por volta dos anos 70, quando Domingo da Costa e Maria de Sales iniciaram um programa chamado "Aqui Por-
to nas veias. A primeira vez que cantei foi em Portugal, quando tinha 13 anos de idade. Nessa altura, cantei junto com Maximiliano Max", disse. O fadista teve a oportunidade de se apresentar também em Curaçao e em Portugal, país que não visita desde há 15 anos, mas ao qual pensa ir novamente "em Julho deste ano, para me encontrar com os meus dois irmãos que residem em França, os quais não vejo há 47 anos". A sua inspiração para cantar fados foi "bebida" na sua mãe, irmãos e na sua cidade natal. Entre as suas expectativas futuras está o desejo de encontrar um espaço para continuar com o fado nas ilhas Canárias e também conseguir grandes amigos como os que deixa neste país que considera sua segunda pátria.
tugal". Vinte e sete anos depois, Ernesto de Sales tomou as rédeas deste espaço que, no final do mês de Abril, também está de parabéns. Hoje, o estado Aragua conta com 10 programas de rádio e 4 de televisão. No caso específico de "Portugal en Venezuela", o programa é transmitido todas as segundas-feiras, às nove da noite, pelo canal Regional Venezuelana. "A comunidade portuguesa do estado Aragua deu todo o apoio a este crescimento da difusão da nossa cultura portuguesa, dando um exemplo de unificação", disse. Para além de dois programas de rádio e dois de televisão, Sidó nio Silva mantém uma escola de mú sica, onde dá aulas a 30 crianças entre os 7 e os 12 anos, que depois se juntam e formam grupos como os acordeonistas Nova Geração, grupo que a cada ano se recicla, já que a idade para pertencer a este grupo deve estar entre os 10 e os 15 anos.
Portugal presente na "América una sola" José Miguel Carrasquel Jocmigl1@hotmail.com
urante os dias 25 e 31 de Março, os venezuelanos deleitaram-se com a subtileza do verso cantado de improviso em "América una sola", evento organizado pelo Ministério da Cultura da Venezuela e pela Fundação de Etnomusicologia e Folclore (FUNDEF), com o objectivo de proporcionar o intercâ mbio de experiências e fomentar a integração dos povos através da oralidade. O evento contou com a parti-
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cipação de agrupamentos provenientes da Colô mbia, México, Porto Rico, Argentina, Cuba, Estados Unidos, Chile, Espanha, Equador, Peru, Portugal, Brasil, Panamá e Venezuela. Fó runs, coló quios e mesas de trabalho serviram para discutir a vigência da "décima" e o verso improvisado na Ibero-América, a capacidade de correspondência com o contexto cultural a que pertence e a existência de políticas, planos e programas que favoreçam a continuidade desta tradição. Sete dias de diálogo bastaram
para que destacados estudiosos, nacionais e internacionais, com um grande trajecto, deram continuidade na tarefa de resgate da "décima". Paulo Lima, de Portugal, na sua participação como orador, falou do uso do improviso e da décima no movimento agrário do século XIX e XX; da evolução histó rica e da importâ ncia da oralidade como forma de comunicação criativa. "O improviso é arte poética, é uma poesia de diálogo em que se constró i um discurso de determinado tema e é usado pelas pessoas como mecanismo
de defesa ante a agressão e a violência física. Hoje, em Portugal, é raro ouvi-la cantar", disse, durante a sua declaração. O Encontro Ibero-americano da Décima e do Verso Improvisado permitiu conhecer as formas mais variadas de acompanhamento musical desta arte e as suas características na América Latina. "Penso que este evento é muito importante porque permite a todos os que falam espanhol e português que possam dialogar e possam trocar experiências sobre o improviso, sobre a décima e fazer uma ponte que sir-
va de união entre todos os povos", acrescentou Paulo Lima, antes de finalizar a sua participação. Notas musicais provenientes de instrumentos como "el trés", a guitarra, o laú de, a "mejorana", a "bandola" e o bandolim acompanharam os intérpretes, que mostraram a inspiração de versos que contam com uma série de qualidades que se distinguem de outras formas escritas conhecidas, definindo a décima como uma das expressões folcló ricas mais apreciadas e criativas.
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Portugueses são a segunda força no clube Tanaguarenas A 30 de Abril, realizam-se as eleições da nova junta directiva e os candidatos desejam a reconstrução e o desenvolvimento do clube. Yamilem González yamilem@correiodevenezuela.com
m Tanaguarenas, estado Vargas, fica situado um clube recreativo multi-comunitário, a que podem associar-se todas aquelas pessoas interessadas em desfrutar do sol, praia e diversão. Actualmente, esta instituição conta com um total de 1600 só cios e a segunda força de accionistas mais importante, depois da galega, é a portuguesa. Com efeito, a primeira-dama é luso-descendente, filha de pais portugueses naturais de Ermesinde, no Porto. No pró ximo dia 30 de Abril, reali-
E
zam-se as eleições da nova junta directiva do referido clube, que será composta por um presidente, um vice-presidente, um tesoureiro, um secretário e seis directores. O tempo de mandato é de dois anos e os presidentes podem ser reeleitos. A primeira lista é composta pelo actual presidente, José Luís Andrade, que se recandidata devido à grande quantidade de apoiantes. A outra lista é encabeçada por José Antó nio Gil. Ambos os candidatos têm bons planos de reconstrução e desenvolvimento para benefício deste clube, o qual sofreu as diferentes tragédias naturais que atravessaram o estado Vargas, nos ú ltimos anos.
Barquisimeto já prepara as festas de Fátima Trinidad Macedo trini_macedo@yahoo.com
Centro Atlâ ntico Madeira Club arrancou com os preparativos para a celebração das festas em honra a Nossa Senhora de Fátima. A comissão encarregue das festas é encabeçada por Rui Manuel Rodrigues e Irene de Fernandes, acompanhados por Hélder Coelho, Antó nio Pimenta, Alfredo Gonçalves, Elther John dos Loros, Bernardino da Silva, Luís Gomes, Efraín Olavarrieta e um grande nú mero de damas colaboradoras. Para esta festividade, espera-se a realização de tudo o que está relacionado com os costumes mais ao estilo madeirense, melhorando as edições anteriores, no que se refere a comidas e demais actividades pró prias de um arraial português.
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A organização e logística das actividades religiosas estão sendo coordenadas pelo casal José e Irene Fernandes, começando com uma missa solene, com câ nticos realizados pelo grupo folcló rico do Centro Luso Larense, dirigidos por Maria Eugénia de Castro e a procissão de velas. O espectáculo que se vai apresentar no sábado, dia 13, e domingo, dia 14, conta com as seguintes participações: Carlos Kanto e a sua banda, José Silva e o seu acordeão, Grupo de baile Digital, Grupo folcló rico do Centro Luso Larense, Grupo folcló rico "Alegria da Nossa Terra" e o Grupo folcló rico infantil do Centro Atlâ ntico Madeira. Entre outras actividades deste programa encontra-se ainda a realização de um torneio de bolas crioulas, o sorteio de um automó vel e, para o encerramento, a habitual exposição de fogos artificiais.
Os candidatos têm planos de reconstrução e desenvolvimento para o clube
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18 | trAços de portugAl
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Albufeira:
histó ria e diversão Actualmente Albufeira é, sem margem de dú vida, um dos principais centros turísticos do país. Geograficamente, a região dispõe de uma costa de 30 quiló metros onde se distribuem 23 praias de areia fina e água cristalina.
Liliana Da Silva
Liliana@correiodevenezuela.com
Desconhece-se a génese de albufeira, mas tudo leva a crer que a região já era povoada em tempos pré-histó ricos e que o local onde hoje se ergue a cidade teria sido, alguns séculos antes da nossa era, uma importante povoaç ão com o seu porto marítimo. o primitivo povoamento foi ocupado pelos Romanos que lhe deram o nome de Baltum. introduziram uma organizaç ão administrativa centralizada e desenvolveram uma intensa actividade agrícola e comercial. construíram aquedutos, estradas e pontes das quais ainda hoje existem vestígios. o topó nimo albufeira provem da denominaç ão árabe "al-buhera" que significa "castelo do mar", razão que poderá estar ligada à vizinhanç a com o oceano e/ou da lagoa que se formava na zona baixa do lugar. os árabes construíram só lidas fortificaç ões defensivas, tornando-a quase inexpugnável, o que até certo ponto não era infundado, porque albufeira foi uma das praç as que os árabes conservaram por mais tempo em seu poder. o desenvolvimento da agricultura foi notável e verificou-se a introduç ão de novas técnicas e de novas culturas. os Árabes, por seu
na região mais a sul de Portugal, albufeira é sede de concelho e pertence ao Distrito administrativo de Faro de que dista 39Km. com uma área de 14.800 hectares e uma populaç ão a rondar os 40 mil habitantes está dividida em cinco freguesias: albufeira, Ferreiras, Guia, olhos d'Água e Paderne Nas primeiras décadas do século XX registou-se um aumento acentuado da exportação de peixe e de frutos secos. a vila tinha, então, cinco fábricas que empregavam 700 a 800 pessoas, sobretudo mulheres de pescadores. De 1930 a 1960 registaram-se tempos de decadência, as armaç ões de pesca arruinaram-se, as fábricas fecharam, as embarcaç ões desapareceram e muitas casas foram
turno, usavam já a charrua e os adubos, assim como as noras para a elevaç ão de águas nos poç os. introduziram novos sistemas de irrigaç ão nos campos, salientando-se os açudes e levadas, transformando assim zonas incultas em hortas e pomares. situada no centro do algarve,
abandonadas. a populaç ão ficou reduzida a metade e a pesca tornou-se novamente numa actividade de subsistência. No início da década de 60, assistiu-se ao nascimento do fenó meno turístico, albufeira foi procurada por turistas nacionais, mas
foi sobretudo com os ingleses que prosperou. Na década de 80, verificou-se um enorme surto urbanístico, tendo a cidade crescido para nascente, local para onde se transferiu a maior parte dos serviç os administrativos, incluindo a câ mara Municipal. com a chegada do turismo internacional, albufeira passou a fa-
Locais a visitaR: torre do Reló gio: situada na Rua Bernardino de sousa, é considerada o ex-libris da cidade. No século XiX foi dotada de uma coroa de ferro que sustenta o sino das horas e actualmente encontra-se iluminada em dias de festa. igreja Matriz: monumento remonta ao século Xviii (1782) e foi sagrada no dia 15 de Julho de 1800 pelo Bispo do algarve, Dom Francisco Gomes de avelar. a igreja Matriz veio substituir a antiga igreja Matriz que ruiu durante o terramoto de 1755. De estilo Neoclássico e de uma só nave, possui 4 capelas laterais, a capela baptismal, o coro, dois pú lpitos e duas salas laterais. torre sineira: construída em 1869, faz parte da igreja Matriz. com uma altura de 28m, o acesso é feito por uma longa escadaria no cimo da qual se encontra um carrilhão de oito sinos. capela da Misericó rdia: antiga mesquita árabe, situada na Rua Henrique calado foi capela dos alcaides do castelo. Em 1499 foi restaurada como capela da Misericó rdia. também esta foi afectada pelo terramoto de 1755, tendo-se depois procedido à reconstrução do primitivo corpo e do portal em estilo gó tico.
zer parte dos principais roteiros turísticos. a zona é a nível nacional, uma das de maior concentraç ão de bandeiras azuis (símbolo europeu da qualidade das praias). Paralelamente ao turismo, foram criados outros serviç os. a restauraç ão e os bares expandiram-se um pouco por todo o concelho. a animaç ão nocturna é das mais badaladas em todo o algarve. Edifício da antiga albergaria: este edifício situa-se na Rua Henrique calado e foi um dos poucos que escaparam ao terramoto de 1755. aqui acorriam e pernoitavam viajantes e mendigos aos quais a Misericó rdia prestava auxílio. igreja de são sebastião: esta igreja foi construída em meados do século Xviii e localiza-se na Praça Miguel Bombarda. as suas formas arquitectó nicas são de inspiração popular. Do seu exterior salienta-se uma cú pula e dois portais, sendo o lateral debruado por cantarias em estilo manuelino e o principal trabalhado, constituindo um belo exemplo da decoração pró pria do estilo barroco. Muralha do castelo: existe apenas um vestígio situado na rua Joaquim Pedro samora, de uma das torres da Muralha do castelo, onde ficaria situada a Porta Norte ou da Praia. Bateria de albufeira: construída, provavelmente, no século Xvi, numa zona onde a falésia mede 41 metros de altura. o desmoronamento da falésia veio pô r a descoberto este compartimento subterrâ neo que servia para armazenamento de munições e que, ainda, hoje pode ser visto hoje do muro da Rua da Bateria. Fonte: www.cm-albufeira.pt
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breves Açores: PSP apreende cocaí na que daria para cerca de 115.000 doses A PSP da Horta, ilha do Faial, anunciou a apreensão na freguesia da Fajãzinha, concelho das Lajes das Flores, de cocaína suficiente para cerca de 115.000 doses individuais. Segundo o Comando de Polícia, a apreensão ocorreu na
quinta-feira, na sequência de “uma denúncia de um particular” que “havia avistado várias embalagens suspeitas junto à costa”. Segundo nota da PSP, que refere ter dado conhecimento do caso à PJ, foram realizadas, durante o fim-de-semana, “buscas complementares” ao longo da costa, numa acção conjunta entre a Polícia Marítima e a PSP local, para “verificar-se a existência de mais estupefaciente”.
Oliveira do Douro: Fogo destroi fábrica de componentes Um incêndio deflagrou de madrugada numa fábrica de componentes de calçado, sedeada em Oliveira do Douro, provocando prejuízos materiais “muito elevados”, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros.O fogo destruiu
maquinaria, matéria-prima, instalação eléctrica e danificou vários pavilhões, disse a mesma fonte, estimando o prejuízo em “muitos milhares de euros”.O incêndio terá iniciado na estufa de aquecimento, propagando- se de imediato à secção de injecção e à matéria-prima que se encontrava no local. Segundo a fonte foi necessário arrombar o portão da unidade fabril para conseguir entrar nas instalações.
Ministro reconhece “ infecções hospitalares” Correia de Campos reconheceu “ um problema sério” , com forte probabilidade de um em cada 100 doentes internados vir a morrer. Sócrates foi recebido por Chirac em Paris.
Portugal e França em sintonia primeiro-ministro português, José Só crates, realçou a sintonia do seu governo socialista e do executivo de direita francê s liderado por Dominique de Villepin quanto ao desenvolvimento econó mico, ao futuro da Europa e à política internacional. No final da segunda cimeira luso-francesa, em conferência de imprensa c onjunta com Dominique de Villepin, no Palácio de Matignon, em Paris, José
O O último levantamento nacional, realizado em 2003 e 2004 junto de 53 hospitais está longe de ser animador.
ministro da Saú de, Correia de Campos reconheceu que Portugal tem “ um problema sério a nível das infecções hospitalares” , com forte probabilidade de um em cada 100 doentes internados vir a morrer por este motivo. Correia de Campos falava à margem de uma reunião de ministros europeus da saú de a decorrer em Sintra, a propó sito da estimativa da Organização Mundial de Saú de (OMS) de que em todo o mundo 50 a 60 por cento dos médicos e enfermeiros não lavam nem desinfectam as mãos quando tratam dos doentes. De acordo com uma notícia avançada pelo jornal Pú blico, a OMS considera que esta falha é responsável pela maior parte das infecções transmitidas nos hospitais de doente para doente através das mãos dos profissionais de saú de. O jornal avança que em Portugal está a ser preparada uma campanha nacional para
O
sensibilizar os profissionais para o problema, mas em 40 por cento dos hospitais não há lavató rios adequados ou em nú mero suficiente. Correia de Campos reconheceu que nos hospitais mais antigos a situação é mais difícil porque há de facto falta de locais pró prios para o cumprimento de regras de higiene, mas nos novos isso já não acontece. Contudo, o ministro defendeu que este é essencialmente um problema cultural. De acordo com a OMS, algo tão simples como a boa higiene das mãos por parte de médicos e enfermeiros continua a ser a melhor arma para reduzir as infecções cruzadas. No entanto, a adesão dos profissionais à lavagem e desinfecção das mãos é “ extremamente fraca” , alerta o organismo, que tem em vigor a campanha de sensibilização “ Cuidados limpos, Cuidados mais seguros” . Segundo o Pú blico, em Portugal não há dados sobre os
hábitos de higiene das mãos dos profissionais de saú de, mas há informação indirecta, como os relativos à inexistência nos hospitais de lavató rios e produtos de higiene para o cumprimento destas regras. O ú ltimo levantamento nacional, realizado em 2003 e 2004 junto de 53 hospitais de todo o país está longe de ser animador, escreve o jornal. Cerca de 40 por cento das unidades não estavam equipadas com lavató rios adequados ou em nú mero suficiente, revela a auditoria do Plano Nacional de Controlo da Infecção (PNCI). O estudo, citado pelo Pú blico, indica que 64 por cento dos hospitais tinham normas para a higienização das mãos, mas apenas 55,4 por cento as divulgavam junto dos profissionais. Já quase 70 por cento dos hospitais tinham políticas para o uso de anti-sépticos, que permitem desinfectar as mãos e são alternativas à lavagem na maioria das situações.
Só crat es manifestou “ grande satisfação” pela “ coincidência de pontos de vista” entre o s dois países. “ Partilhamos uma identidade de perspectivas quer quanto ao desenvolvime nto econó mico, quanto ao futuro da Europa e quanto às grandes questões internaci onais” , afirmou o primeiro-ministro português, salientando a prioridade comum à “ aposta na Agenda de Lisboa” .
Cavaco Silva inicia nova fase Presidente da Repú blica, Aníbal Cavaco Silva, indicou domingo que irá iniciar “ uma outra fase” na sua acção como Chefe de Estado, depois de ter dedicado o primeiro mês em Belém a “ contactar com muita gente” e a “ informar-se” . “ Nestes primeiros 30 dias procurei contactar com muita gente. Foi um trabalho muito no meu gabinete, para me informar. Penso que neste momento estou já muito melhor informado do
O
que estava quando tomei posse. Com certeza que agora se vai iniciar uma outra fase da minha acção como Presidente da Repú blica” , disse, no final de uma visita ao Hospital D. Estefâ nia, a primeira acção pú blica enquanto Chefe de Estado. Na ocasião, Cavaco Silva escusou-se a falar sobre as iniciativas em que participará na fase que agora se inicia, nomeadamente se optará ou não pela realização de presidências abertas temáticas pelo País.
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Territó rio sujeito a intervenção humana cresceu 42% em 15 anos territó rio nacional sujeito a intervenção humana aumentou 42 por cento entre 1985 e 2000, enquanto a vegetação natural perdeu no ve por cento de área no mesmo período, revela o ú ltimo Relató rio do Estado do Am biente em Portugal (REA). O REA relativo ao ano de 2004, apresentado em Lisboa, inclui uma séri e de 29 indicadores, divididos por sete áreas temáticas, que permitem acompanhar os avanços e retrocessos verificados nos ú ltimos anos em Portugal no que respei ta ao ambiente. A área “ Ocupação do territó rio e degradação do solo” foi a que obteve pior es resultados. Dos seis indicadores analisados, apenas a “ Agricultura bioló gica” mereceu uma apreciação po-
O
sitiva, graças ao aumento de quase dez vezes das áreas ocupadas por este modo de produção, que passaram de 2.799 hectares em 1994 para 206.524 em 2004. No campo do “ uso do solo” , 72 por cento do territó rio continental continua va a ser ocupado, em 2000, por “ Floresta” e “ Agricultura” . Entre 1985 e 2000, só as classes “ Floresta” e “ Territó rios Artificializado s” registaram crescimento, sendo esta ú ltima a que mais se alterou, enquanto as restantes classes (Agricultura, Agricultura com áreas naturais e Vegetação natur al) regrediram. Manteve-se a “ forte litoralização” que se reflecte na descaracterização e pressão do litoral, desertificação humana do interior e dos terrenos agrícolas. Outro ponto negativo refere-se às áreas
protegidas que continuam sem plano s de ordenamento (quase metade). No que respeita ao indicador “ Erosão Costeira” , a situação é idêntica à re tratada no anterior REA, relativo ao ano de 2003. Portugal é o sexto país da União Europeia com maior risco de erosão costei ra, com o litoral a recuar nalguns casos até nove metros por ano. Só a Grécia, Eslovénia, Letó nia, Chipre e Poló nia ultrapassam os 28,5 por cento de costa nacional afectada pela erosão. Segundo a análise do Instituto da Água, os principais problemas de risco e ncontram-se no trecho entre a Foz do Douro e a Nazaré, “ onde existe um intenso e generalizado processo erosivo numa costa arenosa baixa” , que coincide muitas ve zes com uma “ elevada pressão urbana” e um “ clima de agitação marítima severo” .
Meio natrual diminuiu em Portugal nos últimos anos.
breves
Centro Portugués de Caracas
19 mil mortes entre os portugueses
PROGRAMA DO MÊS DE ABRIL 2006 Missa - Domingos 11:30 horas
Sexta-Feira 28 20:00 horas
Recordamos aos
Show de Jorge Ferreira
estimados sócios que todos os domingos pelas
Lugar: Salão Nobre
11:30 horas tem lugar na nossa Capela a tradicional Missa dominical.
Sexta-Feira 16:00 horas Classes de Pintura
Eventos a destacar do Mês de Maio Dias 11 e 12 de Maio no Salâo Nobre: Obra de Teatro “Me pinto los labios y te digo adios”
15 mortos na estrada na última semana Quinze pessoas morreram e 65 ficaram gravemente feridas nos 1.750 acidentes de viação ocorridos nas estradas do Continente na última semana, anunciou segunda-feira a Brigada de Trânsito (BT) da GNR. Os acidentes, registados entre a segunda-feira anterior e domingo último, causa ram ainda 490 feridos ligeiros, segundo os dados provisórios da Brigada de Trânsito. Segundo a Brigada de Trânsito, 333 condutores apresentaram uma taxa de alcoolemia positiva (superior a 0,5 gramas de álcool por litro de sangue), 109 dos quais foram detidos por apresentarem valor igual ou superior a 1,20 gramas. Outros 56 condutores foram detidos por não possuírem carta de condução.
Os novos cenários sobre uma eventual pandemia de gripe em Portugal serão conhecidos em Junho e terão em conta novos parâmetros, como a existência de uma reserva nacional de medicamentos, explicou o director do Observatório Nacional de Saúde. O primeiro relatório com os cenários preliminares para uma eventual pandemia da gripe em Portugal foi apresentado em Junho do ano passado e previa entre 7.975 e 11.166 óbitos. Estes cenários estão a ser actualizados e deverão apresentar previsões de 19 mil óbitos, um aumento que se deve à subavaliação dos doentes crónicos. A rádio refere que, na primeira amostra realizada no âmbito desta revisão, com 300 mil residentes no distrito de Coimbra, o número de vítimas mortais foi corrigido para mais 50 por cento. O aumento de vítimas mortais deve-se a uma subavaliação do número de doentes crónicos na população idosa, que se situa nos 60 por cento, contra os 40 por cento inicialmente contabilizados.
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Os madeirenses na agricultura e no comercio venezuelanos António de Abreu Xavier Historiador
o ano 1989, um trabalho académico na Universidade Central da Venezuela pô s a Madeira na palestra dos estudos sobre imigraç ão. De facto, Luísa Fernandes de Andrade, uma filha de madeirenses nascida em Caracas, estruturou um marco geral de investigaç ão sobre a participaç ão da comunidade portuguesa de Venezuela no desenvolvimento econó mico-social deste país para assim, de uma maneira mais pontual, dar a conhecer a contribuiç ão da imigraç ão madeirense no desenvolvimento da agricultura e do comércio venezuelano. O trabalho de Fernandes de Andrade mostra, em primeiro lugar, um contexto geográfico do lugar de origem da emigração. O leitor não experimentado da
N
uma curta viagem pelo Atlâ ntico até chegar a localizaç ão geográfica da Ilha para entranhar-se na sua geografia e na sua histó ria. O fenó meno da emigraç ão madeirense no século XX, a que deu lugar as vagas de emigrantes que chegaram a este maravilhoso país de acolhimento, é estudada nas suas causas e dentro do contexto geral da diáspora portuguesa. Outro capítulo da histó ria tem que ver com a ilha de Curaç ao que Fernandes chama 'uma escala emigrató ria madeirense para Venezuela'. Não resulta fácil determinar a data exacta em que se iniciou a emigraç ão para Curaç ao mas a ilha neerlandesa foi a ponte para os trabalhadores da companhia de refinaç ão se fixarem em Caracas e começ ar uma nova vida. O estudo das actividades econó micas desenvolvidas pelo emigrante consta de dois partes: dum lado, fala da presenç a no comércio e para isso Fernandes avalia o tipo de ocupaç ão e inversão do madeirense; de
outro, que ressalta como a mais interessante parte do trabalho, está a contribuiç ão da emigraç ão à agricultura venezuelana Como não há filho sem mãe, não podia faltar nesta investigaç ão um aparte sobre a influência na Madeira dos emigrantes que viveram na Venezuela. Uma série de dados estatísticos mostram a distribuiç ão percentual dos registados no Consulado venezuelano no Funchal e de outros tantos residentes na Ilha. Esta ú ltima parte do trabalho de Fernandes fá-lo especial porque não temos conhecimento de outra investigaç ão igual. A falta de publicaç ão e divulgaç ão desta investigaç ão fala da necessidade de um Centro de Informaç ão e Documentaç ão que dê apoio aos nossos profissionais luso-descendentes. Obras como a de Fernandes têm que ser dadas a conhecer porque, neste caso, trata-se de um trabalho curto, de leitura rápida e agradável, bem ilustrado e instrutivo para toda a Comunidade.
Encontro de Gerações é um exemplo para outras comunidades
Yamilem González yamilem@correiodevenezuela.com
o longo dos quatro anos em que tive a oportunidade de assistir aos encontros de gerações, e de participar na organização dos mesmos, pude observar, com satisfação, a evolução e o crescimento que anos apó s ano tem caracterizado este evento. A iniciativa começou com o objectivo de promover o reencontro da comunidade portuguesa na Venezuela pelo
A
menos uma vez por ano. Esta finalidade principal tem sido cumprida, tanto em relação à constâ ncia que vem sendo demonstrada pelos organizadores, como pelo interesse que têm manifestado todas as pessoas que se têm associado ao evento. A percentagem da assistência e o interesse demonstrado por jovens, adultos e idosos acerca do Encontro de Gerações, foram o desenvolvimento mais notável de estes ú ltimos quatro anos. Sem ser a minha participação na equipa do Correio de Venezuela, não há outro laço que me una à comunidade portuguesa, mas o assistir aos diferentes encontros e informar-me sobre as necessidades da comunidade, os benefícios e a sua importâ ncia para o
país, fez com que me sincronizasse numa mesma linha com os membros da comunidade. Para além de ganhar carinho e interesse por esta iniciativa, que me faz sentir mais uma deles. Os portugueses estão-se a converter num exemplo, para o resto das comunidades imigrantes na Venezuela, com a importâ ncia que estão transmitindo através dos encontros de gerações. Se todas as comunidades estrangeiras radicadas na Venezuela se organizarem com o objectivo de melhorar, dar a conhecer a importâ ncia da sua presença neste país e valorizar a sua histó ria, têm a possibilidade tal como a comunidade portuguesa de se converterem num beneficio para a Venezuela ao nível social e cultural.
Sem Papas na língua Álvaro Dias
alvarodias63@hotmail.com
VINHO MADEIRA: Quero aproveitar a grande penetração que o Correio de Venezuela possui na nossa adorada Madeira para manifestar o meu descontentamento e consequente crítica ao Instituto do Vinho da Madeira. Um Instituto que foi criado pelo Governo Regional há mais de 25 anos, e que um dos seus três grandes e principais objectivos (ainda vigente), era e é, a promoção e divulgado do emblemático Vinho Madeira nos mercados externos. Então, como é possível que se visitarmos o seu site na Internet, nó s acedemos a uma página tão pobre e por cima tão desactualizada, que os ú ltimos dados sobre a exportação e consumo do Vinho Madeira no estrangeiro têm mais de seis anos. Mas o pior e o inacreditável e que num país (Venezuela) com tantos milhares de Madeirenses, não consigamos em nenhuma parte do mercado Venezuelano o nosso tão querido e afamado Vinho Madeira? No Natal passado eu até quis oferecer com orgulho uma garrafinha de vinho da minha terra a alguns amigos, e para grande surpresa, informaram-me que desistisse dessa ideia, porque não ia encontrar o produto a venda. Tive que pensar noutra alternativa, e optei então por comprar uma caixa (12 garrafas) do também afamado Vinho do Porto, e devo confessar que até tive dificuldade em escolher entre sete marcas de Vinho do Porto existentes no Supermercado que visitei. Resultado final: -Instituto dos Vinhos do Douro e Porto 7 - Instituto do Vinho da Madeira 0 (falta de comparência). UNIÃO: Grande… e significativa fotografia publicada no ú ltimo Correio de Venezuela, assim como também nas imagens transmitidas por Meridiano Televisão: o Presidente actual do C. Português de Caracas Sr. Andrés Pita lado a lado
com o ex-presidente Sr. José Luís Ferreira. É assombroso o poder que tem o Desporto para poder fazer conviver, juntar e confraternizar pessoas que têm tido as suas diferenças, que têm distintas perspectivas e que representam duas posições opostas, mas que ao fim e ao cabo até se parecem em muito. Oxalá esse momento, felizmente captado, possa servir de exemplo e de motivo para que haja mais e muita mais união no nosso C.P.C. É que definitivamente o Desporto faz milagres! Só faltou um golo do "Glorioso" Benfica para que esse abraço (que tinha que vir…) nos contagiasse a todos. ESPECTÁCULOS: É sempre a mesma musica… quando é que a nossa grande comunidade vai ter a alegria de receber a visita de artistas ou cantores portugueses de renome, qualidade e sobretudo mais na moda ou actuais? Como gostaríamos de assistir a concertos de cantores da valor e qualidade de Madredeus, Mariza, Luís Represas, Os Anjos e muitos outros que estão na "onda". Claro que era preciso que também houvesse a consciência e compreensão da parte de estas "estrelas" para que deixassem um pouco de parte os seus interesses e olhassem com "pena" um pouco mais para os seus emigrantes. Talvez, também se podia apelar ao patrocínio de grandes Empresas com presencia na Venezuela para que com o seu apoio se tornasse possível este sonho. Mas por enquanto temos que conformar-nos com os mesmos cantantes de sempre e com a mesma mú sica de sempre, ainda que seja só para matar as saudades. A propó sito, já se esta anunciando para os pró ximos dias, as apresentações de um tradicional cantante que sempre nos honra com a sua visita, e já lá vão mais de 20 anos (será que ainda vem com o mesmo carro preto dos anos 80?).
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OPINIÃO | 23
CARTAS Os sequestros são um mal que afecta o paí s Sinto uma grande indignação por causa dos acontecimentos injustos ocorridos no país, quer seja em relação aos irmãos Faddoul, como com o caso Sindoni e o do jornalista assassinado. Todos estes casos tocaram-me profundamente e parece-me insólito que estejam ocorrendo este tipo de situações na minha Venezuela, no lugar onde nasci. Mas os venezuelanos não podem render-se tão facilmente e aceitar o que está sucedendo. Porque ninguém sabe se vamos a fazer parte desta lista ou algum dos nossos familiares, já que tal como as vítimas também corremos um grande risco. Mesmo sabendo que se não somos vítimas do crime organizado, somos vítimas das autoridades policiais. Se nos pusermos a analisar mais profundamente a situação em toda a Venezuela, estes são apenas alguns dos casos de morte e sequestro que saem à luz do dia, pois para além de estas vítimas existem muitas outras, até famílias inteiras, sequestradas, no interior do país, e sobre as quais a grande maioria de nós não chegar a ter conhecimento. Temos de nos consciencializar que estas situações afectam todo o país e que é preciso
colaborar com todas as pessoas que estão atravessando este terrível mal. Enquanto esperamos pela solução. Maria Teresa Dias
Desconhecimento total No princípio do mês passado, tomei conhecimento de que o Governo português aprovou uma nova lei da nacionalidade que tornava possível que a terceira geração também a obtivesse. Como neto de portugueses, fiquei bastante inquieto e comecei a tentar conseguir maior informação sobre o assunto. No entanto, as pessoas que contactei não souberam dar-me uma resposta, pelo que até hoje desconheço os limites, condições e requisitos que foram estabelecidos pelo referido diploma. Parece-me incrível que face a um acontecimento tão importante, não se tenham dado quaisquer explicações pertinentes adicionais. Ainda por cima quando dentro da comunidade há uma grande incerteza e uma grande quantidade de dúvidas que devem ser aclaradas. Queria fazer uma chamada de atenção para que as autoridades competentes se pronunciaram e nos dizerem o que necessitamos saber, enquanto esperamos a publicação da Lei no Diário da República.
Luí s dos Santos
Paí s destruí do e sem justiça Não é possível que num país tão belo como a Venezuela em cada dia que passa estejam acontecendo coisas tão atrozes. É necessário que se faça justiça mas é injusto que se incriminem, sem investigar bem, pessoas que não têm nada a ver com sequestros e assassinatos. É verdade que alguns portugueses foram "protagonistas" de acontecimentos pouco agradáveis e desonrosos contra membros da sua própria comunidade. Mas é insólito que de uma forma ágil e fatal acusem s pessoas que talvez não tenham nada a com um assassinato. Sinto uma profunda tristeza por causa desta situação com a família libanesa. Afecta-me porque tenho medo que aos meus filhos possa acontecer o mesmo. Sinto-me frustrada e impotente. Mas pergunto: Que se está a passar com o país e com a justiça venezuelana? Será que algum dia poderá haver paz? Convido e apelo a toda a comunidade lusa na Venezuela que se reúnam, se unifiquem e se consolidem. Também convido as autoridades portuguesas para que levem sério o seu trabalho e oiçam a sua comunidade. Também peço a
todos os jovens para que tomem cuidados extra na hora de sair de casa. Maribel P. Rodriguez
Uma vergonha mais Outra vez portugueses envolvidos num escândalo de lei na Venezuela. Acho que o vosso diário deveria mostrar as fotografias para conhecer essas caras. Saber primeiro se realmente são portugueses e se alguém conhece as "posturas". Segundo, depois de confirmado enviar fotos a Portugal para que a família saiba quem ele é, para que passe vergonha como aquela que nós aqui passamos quando o Ministro anunciou que havia portugueses novamente metidos num acto de sequestro. Acho que já basta. Que alguém faça alguma coisa para que não nos sigam envergonhando. Somos gente de trabalho, com defeitos e muitos mas nunca aqueles de fora da lei extrema como ladroagem, sequestros e assassinatos. José Manuel C. Farias
InquéRITo:
Que costuma fazer na Semana Santa? José Manuel de Sousa Comerciante
"Normalmente costumamos ficar em casa, em família, porque há muita gente na rua e nas estradas, o que é muito perigoso. Então, evitamos sair, convivemos e aproveitamos esse tempo para descansar."
Emanuel João Rodrigues Comerciante
"Tenho o costume de ficar em Caracas para descansar. Ocasionalmente vou ao Centro Português porque passo muito bem o tempo ali e não há tanto alvoroço. Mas penso que a Semana Santa é, principalmente, um tempo de espiritualidade, onde há que aproveitar para ir à igreja."
Ana Maria Amaro de Sousa
Teresa Gouveia de Azevedo
"Vou à praia, em Higuerote, onde tenho uma casa. Vou com os meus filhos e o meu marido, para conviver em família. Também vamos à missa, porque este tempo significa, para nós que somos católicos, um respeito a Cristo. É, igualmente, um momento para descansar e relaxar da labuta diária em que vivemos."
"Tenho por hábito ir à praia porque são os únicos dias em que posso descansar e ao pé do mar é o lugar ideal. Apesar de ser uma data religiosa, eu aproveito o tempo para repousar e sair de Caracas para passar momento diferente com a família. No entanto este ano não vou a nenhum lado, porque todos estamos comovidos e sentidos com o se passou com a família Faddoul”.
Dona de casa
Farmacêutica
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O vinho toma Caracas Carlos Orellana corellanacorreio@hotmail.com
partir do pró ximo dia 11 e até 14 de Maio, os amantes dos bons vinhos terão oportunidade de apreciar os sabores e aromas das melhores colheitas do Mundo, durante o evento “ El Vino Toma Caracas” , o qual se vai realizar nos espaços do Centro Comercial San Ignacio, em Caracas. Distribuidores, importadores, casas especializadas e restaurantes diversos abrirão as suas portas para promover o conhecimento e desfrute do vinho entre os venezuelanos. O evento, que se realiza pela primeira vez no país, vai utilizar os espaços abertos do Centro Comercial San Ignacio e convertê-los em pavilhões nos quais se poderá apreciar os produtos do Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, África do Sul e outros países do Novo Mundo, assim como Espanha, Itália, Portugal, França, entre outros. Como convidado especial do
A
evento vai estar presente Patrício Tapia, jornalista chileno e figura do canal Gourmet que, junto com Vladimir Viloria - crítico venezuelano - levará a cabo as degustações do melhor do Chile, da Argentina emergente, do mapamú ndi do vinho: África do Sul, Austrália e Nova Zelâ ndia, da Espanha e seus vinhos, da Toscana fascinante, da França maravilhosa, e a tertú lia como iniciar-se no mundo do vinho e não morrer na tentativa… Os organizadores do evento, Mancha de Vino Producciones e Viña del Señor, têm previsto o funcionamento de um “ lounge VIP” , no qual os distribuidores vão vender os seus produtos a preço de custo. Os restaurantes do San Ignacio também vão oferecer uma programação especial, em aliança com “ El Vino toma Caracas” . Prevê-se ainda um jantar de gala para fazer um “ maridaje” . O custo do jantar será de Bs. 200.000, enquanto a entrada no evento vai custar Bs. 20.000.
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Telfs.: (0291) 651.36395 / 94.11
TRABAJAMOS
TAP acrescentou sopas caseiras aos menus servidos a bordo da classe TOP Executive, numa aposta da companhia na renovação e diversidade dos menus tendo por base o conceito de “ portugalidade” , revelada recentemente pela Presstur.
Viaje A Unidades con:
CARACAS
O evento “El Vino toma Caracas” se realiza pela primeira vez no país
PARA BRINDARLE MAS
Concebidas pelo chefe Vítor Sobral, as sopas estão disponíveis, já desde 27 de Março, nos voos de longo curso. A partir de 1 de Junho, os novos menus serão alargados aos restantes voos de longo curso da companhia. Os passageiros da TAP que
viajem em classe TOP Executive poderão optar por Creme de abó bora com camarão e coentros, Sopa de grão com bacalhau e espinafres, Sopa de perdiz com tártaro de tomate e hortelã, Creme de legumes e Gengibre com courgette e lombardo.
Monaca premia lealdade olinos Nacionales, C.A. (Monaca), filial de Gruma na Venezuela, terminou com êxito a promoção “ Sácale partido a Monaca - Gruma con la Copa Mundial Alemania 2006” , concurso concebido para os seus clientes do sector Industrial. Esta promoção teve uma duração de um ano, tendo a primeira fase se iniciado em Abril de 2005 e ter-
M
minado em Janeiro passado. A intenção era premiar a lealdade e confiança dos clientes industriais da empresa, através dos seus produtos. Num concorrido acto realizado no Centro Português, em Caracas, na passada quinta-feira 30 de abril, foram sorteadas, entre os clientes participantes na promoção, dez viagens à Alemanha, que
incluíam todos os gastos para duas pessoas, para assistir ao jogo México Portugal e outro dos quartos de final. A promoção ainda ofereceu outros prémios: dez câ maras de filmar, dez câ maras fotográficas digitais e dez malas. Um total de 40 prémios foram distribuídos entre os representantes das padarias participantes na promoção.
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
ECONOMIA | 25
TAP consolida mercados venezuelano e das Caraíbas Jean Carlos de Abreu jeancarlos@correiodevenezuela.com
urante o Verão, sete dias por semana, a TAP - companhia aérea portuguesa vai realizar voos com partida de Caracas tendo Portugal como destino. Quatro dos voos que irão sair daquela cidade venezuelana vão directamente para a Madeira. Para aprofundar o tema destes novos serviços e melhorias da TAP, Pedro Pinto, director geral para a Venezuela, explicou ao Correio as vantagens do voo diário para Portugal a partir do mês de Abril, assim como os projectos para o futuro da companhia portuguesa.
D
Abril marcará o início de voos diários da TAP a Portugal. Que propõe e que espera a companhia cumprir neste novo projecto com a comunidade lusa na Venezuela? Nó s propomo-nos, a partir do dia 13 de Abril realizar voos diários entre Portugal e a Venezuela. Depois no Verão quatro dos sete voos semanais escalarão o Aeroporto da Madeira. Na volta, uma vez terminada a temporada de férias, haverá dois voos directos com destino à Venezuela. Muitos emigrantes que vivem no Curaçao queixam-se que a TAP não chega à ilha. Qual é a solução para que estes lusos não tenham tantos problemas no
transbordo? Em relação à comunidade lusa do Curaçao, não haverá voo directo desde a ilha uma vez que não é viável do ponto de vista econó mico. O nosso avião chega só para a escala. A realidade é que não há pessoas suficientes para justificar um voo permanente para o Curaçao. Estamos a negociar com companhias domésticas da ilha e da Venezuela que permitam aos portugueses fazer transbordo e possam viajar até Portugal com o mesmo bilhete. Acerca da adquisição dos novos modelos dos aviões da TAP: Quais são as vantagens desses aparelhos? O novo avião da TAP é o A330. No entanto, este não vem para a Venezuela porque estamos a tentar chegar a um voo diário para poder trazê-lo, porque este avião tem uma ocupação superior ao 333. Assim que tenhamos o voo diário, traremos aviões com maior capacidade. A vantagem deste avião é que tem uma ampla capacidade para levar mais 20 por cento de passageiros, é confortável por dentro e tem um modelo inovador. Quais são as novas apostas no mercado? Estamos apostando no mercado venezuelano. Passar de dois ou três voos no Inverno a um diário diz muito do que queremos fazer pela nossa comunidade na Venezuela. O inconveniente que existe no país é que a viagem para Portugal fora de época nem sem-
pre é concorrida. É um risco que se corre, mas apostamos na inversão e no mercado de Caracas. E quanto a preços, haverá mais ofertas? Quanto maior a procura do produto, melhor será a oferta. Na Venezuela, esta questão dos preços prende-se com a ausência de procura, já que, se não há procura do produto, o preço será mais caro.
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CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
TAP e Croatia estabelecem cooperação TAP, companhiamembro da Star Alliance e a Croatia Airlines, sua congénere croata, e membro regional da Star Alliance, estabeleceram um Acordo de Cooperação Comercial, que abrange a operação de voos
A
breves
Diversificar Com a cooperação com a TAP, a Croatia Airlines promove a melhoria do modelo de exploração da sua Rede em conjunto com as companhias da Star Alliance, de modo a oferecer aos seus passageiros elevada qualidade e um produto internacional de maior regularidade e comodidade de utilização. No quadro do presente acordo, tanto a TAP como a Croatia diversificam as opções colocadas à disposição dos seus Clientes para viagens entre Portugal e a Croácia, passando agora a oferecerlhes melhor serviço e ligações nos horários mais convenientes. A TAP é a companhia aérea portuguesa líder de mercado, membro da Star Alliance desde 14 de Março de 2005, data em que celebrou também o seu 60º aniversário. O seu hub em Lisboa é uma plataforma de acesso privilegiada à Europa, na encruzilhada com outros continentes, nomeadamente, África, América do Norte e do Sul, mercado em que a TAP se destaca como a companhia aérea europeia líder no Brasil. A sua Rede mundial abrange actualmente 43 destinos em 25 países, aos quais se junta ainda um vasto conjunto de outros destinos servidos em codeshare com companhias suas parceiras.
em code-share e entra em vigor hoje, dia 10 de Abril. Com o acordo agora estabelecido, ambas as companhias passam a oferecer aos seus Clientes serviços em code-share nas respectivas Redes, proporcionandolhes, assim, as melhores e
mais fáceis ligações aéreas entre Portugal e a Croácia. A partir do dia 2 de Junho, a TAP inaugura voos regulares para Zagreb, com três frequências semanais às quartas, sextas e Domingos. Além destes serviços operados pela TAP, as duas em-
presas começarão já a comercializar, em code- share, voos entre Lisboa e as cidades croatas de Zagreb, Dubrovnik e Split, via aeroportos seleccionados na Europa, designadamente, Frankfurt, Zurique, Paris e Londres. No â mbito da crescen-
te expansão da sua Rede para o centro e leste da Europa, a TAP continua, desta forma, a trabalhar no sentido de antecipar as necessidades do mercado e corresponder às expectativas dos seus Clientes.
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
III Divisão - Série A 28ª Jornada A Cabeceirense - GD Valpaços Brito SC - AD Esposende Desp. Monção - CD Cerveira FC Amares - GD Bragança FC Vinhais - ADC Correlhã Mondinense FC - Merelinense FC SC Maria Fonte - AD Oliveirense SC Valenciano - GD Joane SC Vianense - SC Mirandela
III Divisão - Série B 28ª Jornada AD S. Pedro Cova - AC Vila Meã ADR Tarouquense - Descansa CD Cinfães - CR Ataense Leça FC - Vilanovense FC Lusitânia FC Lourosa - Ermesinde SC Padroense FC - Canedo FC SC Rio Tinto - FC Tirsense SC Vila Real - Torre Moncorvo UD Valonguense - Rebordosa AC
5-2 2-1 1-1 0-3 2-0 1-1 1-0 1-2 1-1
Classificação J V E D 1º SC Maria Fonte 2º GD Bragança 3º SC Mirandela 4º GD Joane 5º FC Amares 6º Brito SC 7º AD Oliveirense 8º Merelinense FC 9º A Cabeceirense 10º CD Cerveira 11º FC Vinhais 12º Mondinense FC 13º SC Vianense 14º Desp. Monção 15º ADC Correlhã 16º AD Esposende 17º SC Valenciano 18º GD Valpaços
28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28
18 17 17 15 15 13 12 12 12 8 8 9 7 7 7 5 5 6
7 9 7 10 3 7 9 8 4 12 6 3 7 6 3 8 6 3
3 2 4 3 10 8 7 8 12 8 14 16 14 15 18 15 17 19
G 60-16 53-19 52-25 40-22 43-31 39-33 43-25 36-30 41-34 37-38 24-38 41-56 26-42 33-44 33-62 28-48 27-57 22-58
P 61 60 58 55 48 46 45 44 40 36 30 30 28 27 24 23 21 21
9 6 10 7 12 8 8 5 10 7 7 4 7 9 8 6 3
5 7 5 9 6 8 8 10 7 9 10 12 10 10 12 15 18
G
P
35-19 38-28 38-22 31-31 43-31 32-24 37-30 36-32 33-30 37-35 36-40 31-43 32-40 30-36 24-35 25-32 27-57
48 48 43 40 39 38 38 38 37 37 37 37 34 30 26 21 18
33-21 32-23 36-30 34-24 42-31 38-25 35-28 29-29 31-33 25-23 40-37 25-31 26-32 20-29 27-37 19-32 20-47
P 52 47 45 44 43 42 41 37 36 34 32 30 29 29 26 25 17
29ª Jornada (16-04) A Beneditense CD - Descansa AC Marinhense - CU Idanhense CA Mirandense - Eléctrico FC CA Riachense - GC Alcobaça Caldas SC - GD "O Vigor da Mocidade" CD Amiense - AD Fundão GD Peniche - UD Caranguejeira GDR Bidoeirense - GDR Monsanto Sertanense FC - GD Sourense
1º Carregado 2º Atlético 3º Machico 4º C. Lobos 5º Cacém 6º 1º Dezembro 7º Sintrense 8º O Elvas 9º Alcochetense 10º Caniçal 11º Montijo 12º Santana 13º Vialonga 14º Fut. Benfica 15º Loures 16º Ouriquense 17º Tires 18º Vilafranquense
28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28
16 16 15 13 13 13 12 10 10 11 10 8 9 9 10 7 5 5
8 5 7 8 7 6 4 9 8 5 8 10 6 6 2 8 7 6
4 7 6 7 8 9 12 9 10 12 10 10 13 13 16 13 16 17
6 5 8 7 7 9 6 8 10 8 10 9 11 9 14 12 16 16
G
P
41-18 47-32 46-24 37-27 28-25 35-33 38-33 43-31 34-33 27-28 32-31 28-34 31-41 25-27 22-34 26-39 24-47 21-48
56 49 48 47 43 43 42 42 40 38 36 35 31 31 30 26 24 14
AD Oeiras - Vasco Gama AC 4-1 Amora FC - SCM Aljustrelense 1-1 Farense - Fut. SAD - CD Beja Não Jogado FC Castrense - GD Sesimbra 1-0 FC Ferreiras - Estrela FC Vendas Novas 1-1 GD Lagoa - Lusitano GC Évora 0-0 GD Monte Trigo - UD Messinense 0-3 Juventude SC Évora - GD Beira-Mar Mt. Gordo 0-1 Lusitano FC VRSA - SR Almacilense 0-0
Classificação G
46-23 66-28 41-28 41-45 46-41 40-31 37-37 33-32 33-31 37-36 32-27 34-32 33-41 24-35 41-47 27-44 24-48 31-60
P 56 53 52 47 46 45 40 39 38 38 38 34 33 33 32 29 22 21
29ª Jornada (16-04) Alcochetense - Ouriquense Atlético - Montijo C. Lobos - Sintrense Cacém - Fut. Benfica Caniçal - Loures Carregado - 1º Dezembro Santana - Machico Tires - O Elvas Vialonga - Vilafranquense
5 10 6 8 10 7 12 9 7 11 9 11 10 13 6 11 6 11
III Divisão - Série F 28ª Jornada
0-1 2-3 1-2 2-2 5-0 0-0 0-0 0-1 1-1
J V E D
17 13 14 13 11 12 10 11 11 9 9 8 7 6 8 5 6 1
29ª Jornada (16-04)
Classificação G
J V E D 1º CF U. Lamas 28 2º GDRC S Lamas 28 28 3º AA Avanca 4º CRC Souropires 28 28 5º Anadia FC 6º SC São João Ver 28 7º AD Valecambrense 28 28 8º CD Tondela 9º GD Milheiroense 28 10º AD Valonguense 28 28 11º AD Satão 12º FC Cesarense 28 13º GD Gafanha 28 28 14º UD Tocha 15º AD fAlgodres 28 16º CD Estarreja 28 17º CF "Os Marialvas"28 18º CD Arrifanense 28
AA Avanca - Anadia FC AD Valecambrense - FC Cesarense AD Valonguense - AD Fornos Algodres CD Tondela - CF U. Lamas GD Gafanha - AD Satão GD Milheiroense - CF "Os Marialvas" GDRC Social Lamas - CD Estarreja SC São João Ver - CRC Souropires UD Tocha - CD Arrifanense
1º Dezembro - Vialonga Fut. Benfica - Santana Loures - C. Lobos Machico - Atlético Montijo - Tires O Elvas - Alcochetense Ouriquense - Caniçal Sintrense - Carregado Vilafranquense - Cacém
Classificação 4 7 7 9 6 9 6 9 11 8 10 10 12 13 12 13 15
13 14 11 11 9 10 10 11 9 10 10 11 9 7 6 5 5
III Divisão - Série E 28ª Jornada
AC Marinhense Descansa AD Fundão - Caldas SC 0-1 CU Idanhense - Sertanense FC 1-0 Eléctrico FC - CA Riachense 0-1 GC Alcobaça - GD Peniche 2-0 GD "O Vigor da Mocidade" - CA Mirandense 1-2 GD Sourense - GDR Bidoeirense 2-2 GDR Monsanto - CD Amiense 0-0 UD Caranguejeira - A Beneditense CD 1-1
7 5 6 5 10 6 11 7 6 10 8 9 8 5 8 7 8
J V E D 1º AC Vila Meã 27 2º Torre Moncorvo 27 3º L FC Lourosa 26 27 4º Canedo FC 5º Rebordosa AC 27 6º SC Vila Real 26 7º AD S. Pedro Cova26 26 8º FC Tirsense 26 9º Leça FC 10º Ermesinde SC 26 27 11º CR Ataense 12º Vilanovense FC 27 13º UD Valonguense 26 14º SC Rio Tinto 26 26 15º CD Cinfães 16º Padroense FC 26 17º ADR Tarouquense26
0-0 1-0 2-0 0-0 1-1 0-3 3-2 2-0 0-0
Classificação
AC Vila Meã - Padroense FC ADR Tarouquense - SC Rio Tinto Canedo FC - SC Vila Real CR Ataense - Descansa Ermesinde SC - Leça FC FC Tirsense - Lusitânia FC Lourosa Rebordosa AC - CD Cinfães Torre Moncorvo - UD Valonguense Vilanovense FC - AD S. Pedro Cova
III Divisão - Série D 28ª Jornada
15 14 13 13 11 12 10 10 10 8 8 7 7 8 6 6 3
1-1 2-2 1-3 1-2 1-3 2-1 0-0
29ª Jornada (16-04)
AD Esposende - A Cabeceirense AD Oliveirense - FC Amares ADC Correlhã - Brito SC CD Cerveira - FC Vinhais GD Bragança - SC Vianense GD Joane - Desp. Monção GD Valpaços - Mondinense FC Merelinense FC - SC Maria Fonte SC Mirandela - SC Valenciano
1º Eléctrico FC 26 2º CA Mirandense 26 26 3º Caldas SC 4º GDR Monsanto 27 5º GD Sourense 27 6º CU Idanhense 27 7º UD Caranguejeira 27 8º CA Riachense 26 27 9º GD Peniche 10º GC Alcobaça 26 11º AC Marinhense 26 12º Sertanense FC 26 13º A Beneditense CD 27 26 14º AD Fundão 15º GDR Bidoeirense 26 16º V Mocidade 26 17º CD Amiense 26
AD Fornos Algodres - GD Gafanha AD Satão - UD Tocha Anadia FC - GDRC Social Lamas CD Arrifanense - AD Valecambrense CD Estarreja - AD Valonguense CF "Os Marialvas" - CD Tondela CF U. Lamas - SC São João Ver CRC Souropires - AA Avanca FC Cesarense - GD Milheiroense
1-0
Classificação
29ª Jornada (16-04)
J V E D
III Divisão - Série C 28ª Jornada
J V E D 1º EFC Vendas Novas27 27 2º AD Oeiras 3º Lusitano GC Évora 26 4º UD Messinense 26 27 5º JSC Évora 6º Lusitano FC VRSA 26 SR Almacilense 26 7º Amora FC 27 8º CD Beja 26 9º GD B Mt. Gordo 26 10º FC Ferreiras 26 11º Vasco Gama AC 26 12º GD Sesimbra 26 13º SCM Aljustrelense 26 14º GD Lagoa 26 15º FC Castrense 27 16º GD Monte Trigo 27 17º Farense - Fut. SAD 0
15 14 14 13 13 10 11 9 9 8 8 7 8 8 6 6 2 0
8 8 7 9 4 12 9 7 6 8 8 9 6 6 10 6 3 0
4 5 5 4 10 4 6 11 11 10 10 10 12 12 10 15 22 0
G
P
39-19 52-25 38-22 37-18 32-22 42-29 30-22 34-35 30-30 24-28 34-37 22-29 24-35 24-30 22-33 25-40 14-69 0-0
53 50 49 48 43 42 42 34 33 32 32 30 30 30 28 24 9 0
29ª Jornada (16-04) CD Beja - Juventude SC Évora Estrela FC Vendas Novas - Farense - Fut. SAD GD Beira-Mar Mt. Gordo - GD Monte Trigo GD Sesimbra - AD Oeiras Lusitano GC Évora - Lusitano FC VRSA SCM Aljustrelense - GD Lagoa SR Almacilense - FC Ferreiras UD Messinense - FC Castrense Vasco Gama AC - Amora FC
DESPORTO | 27
28 | DESPORTO
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
Clube vencedor do Torneio Relâ mpago, categoria Compota
Equipa A Encumeada
Torneio infantil já arrancou desporto é uma das actividades mais nobres e facilitadoras da integração social no mundo. Quer sejam adultos, jovens ou crianças, são poucos os que conseguem manter-se alheios a este fenó meno. No Centro Português em Caracas são dezenas os jovens que dia apó s dia praticam a modalidade de futebol de salão. A emoção das crianças é indescritível, vestem a rigor, correm, saltam, glorificados pela emoção dos pais que os incentivam a marcar um golo ou a defender um ataque da equipa contrária. Se alguém lhes pergunta quais são os seus ídolos sobre a relva, vários dos nomes se repetem: Ronaldo, Ronaldinho, Figo, ou Cristiano Ronaldo A organização do Torneio de Abertura 2006 está a cargo de um grupo de mães composto por mais de 20 elementos que de entrega desinteressada torna possível a realização deste tipo de torneio infantil, entre elas Nelly Fernandes, Lidia Dos Santos e Kelly De Sousa. Antó nio Benitez (Candela) e Tony Gomes são os monitores encarregados de ensinar os primeiros passos desportivos às crianças. A inauguração do torneio decorreu no dia 25 de Março, pelas 10 a.m., com um desfile de madrinhas e equipas nas categorias Mini-compotas, Compotas e Pré-infantil B. Foi realizado um torneio relâ mpago no qual saíram campeões El Caney (mini-compota y Compota) y Agencia de festejos ABC (Pré-infantil B). Participam duas equipas em Mini-compotas e Compotas: El Caney e a Encumeada e 3 equipas em Pré-infantil B: Agencias de festejos ABC, Autopartes 2011GT e Supermercados Luvebras. Este torneio será vai decorrer até ao mês de Maio, aos sábados a partir das 10 a.m.
O
Equipa El Caney, categoria Compota
Clube vencedor do Torneio Relâ mpago, categoria Pre B
Equipa Agencias de festejos ABC, categoria Pre B
Equipa Supermercados Luvebras, categoria Pre B
As Madrinhas: Fernanda, Victoria, Arlett, Mó nica, Oriana
Equipa Autopartes 2011GT, categoria Pre B
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
DESPORTO | 29
FC Porto já encomendou as faixas ó nos descontos da recepção ao Marítimo, na 30.ª ronda da Liga de futebol, o Benfica “ lucrou” domingo um ponto na corrida ao apuramento directo para a Liga dos Campeões, apó s derrota do Sporting frente ao líder, FC Porto. Por seu turno, o Sporting de Braga perdeu, por 1-0, na visita ao Vitó ria de Setú bal, confortavelmente instalado no sétimo lugar, e desperdiçou a oportunidade de reentrar na luta pelo terceiro lugar. Na Luz, um penálti cobrado por Simão, no 96.º e ú ltimo minuto da partida do Estádio da Luz, deu o empate a dois golos diante dos insulares, que estiveram a ganhar por 2-0 até ao minuto 80, altura em que Petit rematou forte e de primeira … entrada da área - um grande golo. Sábado, no “ clássico” de Alvalade, o brasileiro Jorginho pô s o FC Porto na rota do título, a cinco minutos do fim, ao marcar o golo solitário que per-
S
mitiu aos “ dragões” ganhar uma vantagem de cinco pontos sobre os “ leões” . Na “ fuga” … Liga de Honra, seguem Gil Vicente, Vitó ria de Guimarães e Académica de Coimbra, com os “ galos” a empatarem a um golo na recepção ao Estrela da Amadora, os vimaranenses a perderem por 1-0 na visita … União de Leiria e os “ estudantes” a empatarem a dois golos na recepção … Naval 1.º de Maio. No sábado, o Guimarães sofreu novo revés, com um golo solitário de Cadú da Silva que valeu … União de Leiria somar 40 pontos. A equipa da CidadeBerço encontra-se na antepenú ltima posição, com os mesmos 30 pontos do Gil Vicente. Quatro pontos acima, mas no derrairo posto que implica despromoção encontra-se a Académica de Coimbra, que sofreu hoje uma terceira derrota consecutiva. A ganhar por 20, com “ bis” de Joeano, a “ Briosa” deixou-se empatar
Liga Betandwin 30ª Jornada
Académica - Naval 1º Maio Benfica - Marítimo Gil Vicente - E. Amadora Nacional - Belenenses P. Ferreira - Rio Ave Penafiel - Boavista Sporting - FC Porto U. de Leiria - V. Guimarães V. Setúbal - Braga
2-2 2-2 1-1 4-0 2-1 Não Jogado 0-1 1-0 1-0
Classificação J V E D
pela Naval, que marcou por intermédio de Lito e Saulo. Três “ estudantes” acabaram expulsos. No “ duelo de aflitos” de Paços de Ferreira, o visitante Rio Ave conseguiu empatar a um golo, por Niquinha, aos 60 minutos, mas João Paulo conseguiu a vitó ria para os “ canarinhos” , aos 75, seguindo o Paços de Ferreira em 13§ lugar, com 34 pontos, os mesmos dos vila- condenses, que estão imediatamente acima na tabela. Sexta-feira, o Nacional da Madeira regressou …s vitó rias,
apó s seis jogos sem ganhar, reafirmando as suas ambições europeias com uma goleada, em casa, sobre o Belenenses, por 40. Dois golos de Alexandre Goulart e outros tantos de André Pinto colocaram o Nacional provisoriamente no quinto lugar, em zona elegível para as competições europeias, com 47 pontos, tantos como o Boavista (6.º ), que visitava o Penafiel segunda-feira. O Belenenses (14§ ) somou a terceira derrota consecutiva e ficou pró ximo da zona de despromoção.
30 1º FC Porto 30 2º Sporting 30 3º Benfica 30 4º Braga 29 5º Boavista 30 6º Nacional 7º V. Setúbal 30 8º U. de Leiria 30 9º E. Amadora 30 30 10º Marítimo 11º Naval 1º Maio 30 12º Belenenses 30 30 13º Rio Ave 14º P. Ferreira 30 15º Académica 30 16º V. Guimarães 30 17º Gil Vicente 30 18º Penafiel 29
21 20 18 16 12 13 14 11 10 8 10 10 8 9 9 7 8 2
G
31ª Jornada (15-04) Belenenses - V. Setúbal Boavista - Benfica Braga - P. Ferreira E. Amadora - Sporting FC Porto - U. de Leiria Marítimo - Nacional Naval 1º Maio - Gil Vicente Rio Ave - Académica V. Guimarães - Penafiel
P
6 3 48-14 69 4 6 46-23 64 6 6 46-2560 6 8 32-17 54 11 6 35-24 47 8 9 37-28 47 3 13 26-27 45 7 12 36-38 40 7 13 28-32 37 12 10 32-34 36 5 15 33-42 35 4 16 36-39 34 10 12 30-4034 7 14 30-4434 7 14 31-42 34 9 14 23-35 30 6 16 30-4030 8 19 20-55 14
30 | DESPORTO Liga de Honra 30ª Jornada
II Divisão - serie A 26ª Jornada
Beira-Mar - Moreirense Covilhã - Gondomar Estoril - Vizela Feirense - Desp. Aves Maia - Barreirense Marco - Leixões Olhanense - Varzim Ovarense - Chaves Santa Clara - Portimonense
2-0 0-0 1-0 1-2 1-0 0-5 1-1 2-3 2-0
J V E D 15 15 15 12 13 12 11 12 10 10 9 9 9 8 6 7 6 6
G
CU Micaelense - Real SC
0-0
FC Madalena - Odivelas
2-1
Imortal - Operário
0-2
Louletano - Pinhalnovense
2-0
1-1
Mafra - Vitória Setúbal B
1-1
Oliveirense - Penalva Castelo
2-0
Olivais Moscavide - Casa Pia
3-1
Pampilhosa - Rio Maior
2-0
Silves - Oriental
3-1
Sp. Pombal - Abrantes
2-3
SL Benfica B - Torreense
0-1
"A Designar" - U. Coimbra
Não Jogado
"A Designar III" - Lousada
2-1
Ali. Lordelo - Esmoriz
Famalicão - At. Valdevez
1-4
Dragões Sand.
Freamunde - Fafe
0-1
Espinho - P. Rubras
2-1
Oliveira Bairro - Portomosense
2-2
Ribeirão - Torcatense
1-0
FC Porto B - Fiães
2-2
Oliveira Hospital - Benfica C. Branco
Infesta - Rib. Brava
2-1
Pontassolense - Marítimo B
2-0
Sanjoanense - Paredes
1-2
Não Jogado 0-1
Vilaverdense
Descansa
P
J V E D 1º Trofense
C.D. Fátima - Tourizense
1-1
G
P
22 13 6 3 34-15 45
22 9 7 6 16-14 34 23 9 6 8 37-27 33 22 9 6 7 23-23 33 22 9 4 9 21-23 31 22 8 6 8 22-21 30 23 7 9 7 24-18 30 22 7 8 7 20-21 29 22 6 10 6 22-25 28
J V E D 1º Espinho
G
P
22 12 5 5 33-19 41 2º Lousada 3º Dragões Sand.22 10 6 6 32-22 36 10 5 8 32-27 35 9 7 7 30-31 34 8 8 7 26-27 32 8 7 8 29-30 31 9 3 11 33-32 30 9 2 11 32-28 29 7 7 8 22-27 28 6 7 9 23-33 25
J V E D 1º Oliveirense
G
P
23 15 5 3 43-22 50
2º C.D. Fátima 21 11 7 3 33-15 40 3º Tourizense 22 12 4 6 32-20 40 21 4º Abrantes Pampilhosa 21 5º Rio Maior 23 6º Penalva Castelo22 7º Sp. Pombal 21 8º Nelas 21 9º Oliveira Bairro22 10º Benfica C. Branco 22
12 3 6 33-27 39 9 7 5 30-24 34 8 8 7 29-2832 9 5 8 27-29 32 7 6 8 28-2527 6 8 7 24-24 26 5 10 7 30-30 25 5 7 10 21-35 22
23 7 3 13 18-32 24 13º Sanjoanense 22 4 7 11 19-31 19
11º Portomosense23 3 11 9 22-26 20 12º U. Coimbra 21 4 3 14 17-39 15 13º Oliveira Hospital 21 1 6 14 17-42 9
14º "A Designar" 0 0 0 0 0-0 0
14º "A Designar" 0 0 0 0 0-0 0
14º "A Designar" 0 0 0 0 0-0 0
27ª Jornada (15-04)
27ª Jornada (15-04)
27ª Jornada (15-04)
www.correiodevenezuela.com
23 5 9 9 26-29 24
Esmoriz - FC Porto B Espinho - Descansa Fiães - "A Designar" Lousada - Sanjoanense Marítimo B - Dragões Sand. P. Rubras - Infesta Paredes - Pontassolense Rib. Brava - Ali. Lordelo
Abrantes - Oliveira Hospital Benfica C. Branco - Pampilhosa Oliveirense - Descansa Penalva Castelo - Oliveira Bairro Portomosense - C.D. Fátima Rio Maior - Nelas Tourizense - "A Designar" U. Coimbra - Sp. Pombal
Tudo igual na II Liga
Classificação
11º At. Valdevez 22 6 6 10 21-27 24 12º Vilaverdense 23 5 3 15 22-4018 13º Torcatense 22 3 3 16 15-39 12
"A Designar" - Camacha At. Valdevez - Trofense Fafe - Ribeirão Lixa - Famalicão Portosantense - Vilaverdense Sandinenses - Freamunde Torcatense - Braga B União - Descansa
11º Fiães 12º P. Rubras
Descansa
Classificação
23 11 10 2 28-15 43
23 4º Paredes Infesta 23 5º Rib. Brava 23 6º Esmoriz 23 7º Marítimo B 23 8º Pontassolense22 9º FC Porto B 22 10º Ali. Lordelo 22
3-0
Nelas
Descansa
Classificação
23 13 6 4 27-12 45 2º União 3º Portosantense 24 9 8 7 20-19 35 4º Ribeirão Camacha 5º Fafe 6º Lixa 7º Braga B 8º Freamunde 9º Sandinenses 10º Famalicão
Não Jogado
breves
II Divisão - serie D 26ª Jornada
1-0
União - Sandinenses
14 1 38-16 59 9 6 40-16 54 9 6 41-28 54 12 6 37-26 48 8 9 53-39 47 10 8 43-31 46 13 6 42-34 46 9 9 33-30 45 10 10 31-34 40 9 11 41-41 39 11 10 33-34 38 10 11 38-41 37 8 13 40-4335 9 13 28-35 33 10 14 27-38 28 7 16 31-56 28 6 18 32-59 24 6 18 30-57 24
II Divisão - serie C 26ª Jornada
Camacha - Portosantense
Classificação
31ª Jornada (15-04) Barreirense - Covilhã Chaves - Santa Clara Desp. Aves - Maia Gondomar - Marco Leixões - Estoril Moreirense - Ovarense Portimonense - Feirense Varzim - Beira-Mar Vizela - Olhanense
II Divisão - serie b 26ª Jornada
Braga B - Lixa
Trofense - "A Designar"
Classificação 1º Beira-Mar 30 30 2º Leixões 3º Desp. Aves 30 4º Olhanense 30 5º Gondomar 30 6º Santa Clara 30 30 7º Varzim 30 8º Chaves 30 9º Covilhã 30 10º Estoril 11º Portimonense 30 30 12º Vizela 30 13º Feirense 14º Moreirense 30 15º Barreirense 30 16º Marco 30 17º Ovarense 30 18º Maia 30
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
J V E D 1º O.Moscavide 26 2º Louletano 26 25 3º Operário 4º Pinhalnovense26 5º FC Madalena 25 26 6º Odivelas 26 7º Mafra 8º SL Benfica B 26 26 9º Imortal 10º CU Micaelense 26 26 11º Casa Pia 12º Torreense 26 26 13º Real SC 14º V. Setúbal B 26 15º Silves 26 16º Oriental 26
14 14 14 13 13 13 11 10 10 10 10 10 8 8 5 1
7 7 5 6 4 3 6 7 6 6 5 4 5 4 5 6
G
P
5 40-2249 5 50-2549 6 34-22 47 7 31-23 45 8 28-31 43 10 34-31 42 9 37-33 39 9 35-34 37 10 37-31 36 10 27-25 36 11 38-43 35 12 30-31 34 13 28-39 29 14 28-37 28 16 32-47 20 19 18-53 9
27ª Jornada (15-04) Casa Pia - Louletano Odivelas - SL Benfica B Operário - Olivais Moscavide Oriental - Mafra Pinhalnovense - CU Micaelense Real SC - Silves Torreense - Imortal Vitória Setúbal B - FC Madalena
O líder Beira-Mar, o Aves e o Leixões venceram e deixaram tudo igual na frente da Liga de Honra em futebol, enquanto o Estoril foi o grande vencedor da 30.ª jornada no que respeita à luta pela permanência. A quatro rondas do final, os aveirenses, vencedores na recepção ao Moreirense (2-0), continuam com cinco pontos de avanço do duo perseguidor, que conquistou triunfos fora, os da Vila das Aves frente ao Feirense (2-1) e os de Matosinhos face ao Marco (5-0). Em Aveiro, o “onze” de Augusto Inácio voltou aos triunfos caseiros, após três “nulos” seguidos, e está agora a sete pontos do regresso ao convívio com os “grandes” - somou o 25.º embate sem perder (só caiu no Marco de Canaveses, à 5.ª ronda).
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
DESPORTO | 31
Marítimo é a revelação do torneio italiano eja por nostalgia, seja por uma maneira de trazer de novo a ribalta as cores maritimistas, Mário Pereira, o antigo presidente do Marítimo da Venezuela em conjunto com outros ex-dirigentes, estão a liderar a participação do Marítimo no torneio interno do Centro Í taloVenezuelano, aceitando um convite inédito feito pela directiva do clube social italiano. O plantel foi constituído numa carreira contra o tempo, e esta integrado por jovens futebolistas amadores da zona da Capital. Depois de uma estreia algo “ morna” , este equipa tem sabido dar continuidade a essa mística ganhadora e de luta, e já é reconhecida por todos os seus rivais do campeonato, não só como a surpresa da prova, senão como o alvo a abater na luta pelo título.
Segunda jornada em Super Master
S
O “ TiMONeiRO” FRANCO Rizzi No comando técnico da equipa encontra-se o ex-capitão da equipa Professional do Marítimo: Franco Rizzi. O conjunto lusitano ocupa o segundo lugar na tabela classificativa, a três pontos do líder Palermo (que já foi derrotado pelos maritimistas), mais tendo ainda um jogo por disputar contra o ú ltimo classificado (Roma). A “ intromissão” nos lugares cimeiros de este “ forasteiro” , mais a eterna rivalidade futebolística entre portugueses e italianos, já estar a fazer-se sentir nas hostes maritimistas, pois segundo palavras do treinador verde-rubro é cada vez mais notó ria a agressividade com a que os rivais estão a enfrentar a equipa do Marítimo, pois “ para eles e difícil aceitar que venha uma equipa de fora do clube italiano a estar a mandar no campeonato” . O “ capitão” destaca acima de tudo o valor do grupo no seu conjunto, mais pode-se fazer um destaque individual ao guarda-redes José Luís, que
Maritimo da Venezuela a revelaçao do torneio
compensa a sua pequena estatura com uns reflexos de felino e ao avanç ado Victorconhecido como “ Piojo” (Piolho), que tardou em mostrar as suas qualidades mais agora lidera a tabela dos melhores marcadores do campeonato, vital em várias das vitó rias alcançadas.
O pró ximo jogo do Marítimo no Centro Í talo vai disputar-se no dia 19 de Abril pelas 7 p.m. Os adeptos que desejem assistir ao encontro não vão ter qualquer problema em aceder as instalações do clube, identificando-se na porta de entrada como espectadores ao jogo.
Na segunda jornada do 1.º Torneio Super Master "Copa Millenium", o FC Porto venceu o Benfica e a A. D. Camacha impô s-se ao Nacional. A prova disputa-se no complexo desportivo do Centro Português, em Caracas. Resultados: Benfica, 5 - FC Porto, 6 Nacional, 0 - AD Camacha, 4 Com estes resultados, a classificação é comandada pela Associação Desportiva da Camacha, com dois jogos e duas vitó rias, perfazendo seis pontos. Seguem-se o Gama Club (apenas um jogo) e o FC Porto, ambos com três pontos. Nacional (apenas um jogo) e Benfica ainda não pontuaram. Nesta semana da Páscoa não se disputam jogos, nem em Super Veteranos nem em Super Master.
CLASSIFICAÇÃO Centro Ítalo-venezuelano Campeonato Interno Categoría Libre Clube
PJ
PG
PE
PP
GF
GC
B
P
MELHOR MARCADOR
PALERMO MARÍTIMO PESCARA SORRENTO ROMA
6 5 6 6 5
5 4 3 1 0
0 0 1 1 0
1 1 2 4 5
24 23 16 14 6
8 11 13 29 22
16 12 3 -15 -16
15 12 10 4 0
1° VÍCTOR FER (MARÍTIMO) 2° HUGO SAVARESE (PALERMO) 3° ANDRÉS DANESI (PALERMO)
GOLOS
Próximo Jogo 19/04/2006 Marítimo vs. Roma 7 p.m.
9 7 6
CORREIO DE VENEZUELA - 12 DE ABRIL DE 2006
“ Lei da nacionalidade não foi a que pedimos” Tábita Barrera tabita@correiodevenezuela.com
endo por motivo a realização da reunião ordinária dos membros do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, desde o passado dia 30 de Março até 1 de Abril, os conselheiros estiveram em Lisboa para discutir aspectos que concernem às comunidades portuguesas a nível mundial. Inácio Pereira, o primeiro secretário das Comunidades, apresentou as suas impressões do encontro ao Correio de Venezuela e manifestou a sua satisfação quanto aos resultados obtidos, pois puderam expor às autoridades certas as suas inquietudes e obter respostas às mesmas. Um dos pontos tratados foi a nova Lei da Nacionalidade, aprovada pelo Parlamento português a 16 de Fevereiro. A respeito deste assunto, Pereira referiu que, em conversações com Antó nio Braga, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, mostraram o seu descontentamento com o conteú do do documento legal. “ A Lei da Nacionalidade não é o que pedimos. Acreditamos que esta prejudicará os portugueses que se encontram no Brasil, por exemplo, porque se trata de naturalização e eles teriam que renunciar à sua nacionalidade brasileira” , sublinhou. Disse ainda que esta lei foi criada para dar certos benefícios aos emigrantes que se encontram em Portugal e aos netos de portugueses. Este processo de aquisição de nacionalidade dá-se por consanguinidade de pais a filhos, mas se o filho não a adquire e
T
ÚLTIMA horA 20 equipas florestais por ano até 2012 O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas anunciou em Santo Tirso que o Governo pretende criar até 201 2 vinte novas equipas por ano de sapadores florestais. Rui Nobre Gonçalves, que falava aos jornalistas esta manhã no final de uma palestra sobre “Defesa da Floresta contra Incêndios”, afirmou que, devido à esc assez de verbas, não é possível criar por ano mais do que 20 unidades, que terão cinco elementos cada uma.
Conselheiro Andorra recebe prémio
Antó nio Braga vai realizar novos estudos sobre a lei há uma interrupção, a terceira geração já não tem direito. Através da nova lei, desejava-se que também os netos de portugueses obtivessem a nacionalidade por nascimento, pois assim eles não teriam que deixar a sua outra nacionalidade, como ocorreria no caso dos países a que não permitem a dupla nacionalidade, com este documento legal que foi aprovado. A ideia é que os luso-descendentes não sejam prejudicados, explicou Pereira. Antó nio Braga vai, assim, realizar novos estudos e solicitará novos argumentos jurídicos para benefício de todos. Por outro lado, abordou-se também o problema dos portugueses deportados do Canadá e daqueles que são explorados na Holanda e em Espanha.
Também foi dada a conhecer a apresentação que o secretário das Comunidades fez do novo passaporte, a qual será realizada em Portugal. Este virá com um chip que guarda os dados biométricos da pessoa. Neste sentido, os passaportes actuais estarão vigentes até ao fim do prazo, mas logo que possam, quem os possua deve fazer o novo, pois não haverá renovação. Falaram ainda com o Presidente Aníbal Cavaco Silva, que reconheceu que Portugal tem as costas voltadas aos processos de participação na vida política do país e indicou que fará o possível para que isso mude. Este ú ltimo expressou o desejo de reunir-se novamente com o Conselho Permanente para dar seguimento à discussão aos problemas que foram expostos na reunião.
O Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas (CPCP) felicitou o conselheiro em Andorra, José Luís Carvalho, por ter sido distinguido com o prémio “Andorranos 2006” pelo seu trabalho junto da comunidad e portuguesa residente naquele principado.
Défice comercial com paí ses fora da UE aumenta 31,2% O défice da balança comercial portuguesa com países exteriores à União Europeia (UE) aumentou 31,2 por cento nos dois primeiros meses do ano, anunciou o Instituto Nacional de Estatística. As exportações extracomunitárias portuguesas aumentaram 23,4 por cento, até Fevereiro, e as importações cresceram 27,1 por cento, muito penalizadas pelo aumento de 102,9 por cento das importações de combustíveis e lubrificantes.