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O jornal da comunidade luso-venezuelana

Cumaná sem ponto de encontro Os portugueses desta cidade não têm um centro ligado à comunidade p.17

ANO 07 – N.º 186 - DEPÓSITO LEGAL: 199901DF222 - PUBLICAÇÃO SEMANAL

CARACAS, 07 A 13 DE DEZEMBRO - VENEZUELA: BS.: 1.000,00 / PORTUGAL:

Venezuela escolhe Chávez até 2013 Indiferente às disputas eleitorais, a comunidade portuguesa assume que a prioridade “é continuar a trabalhar” p. 3, 6, 7 e 8

‘Pan de Jamón’ nao é rentável Padeiros pedem preço único para a farinha em todas as padarias p.10

Uma associação especial Lusodescendente vai criar associação para pessoas incapacitadas p.11

Só o Porto segue em frente Só o FC Porto seguiu em frente na Champions League. Benfica perdeu após estar a ganhar e o Sporting falhou a UEFA.

p.29,30 e 31

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EDITORIAL

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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

Tempo de produzir Director: Aleixo Vieira Subdirector Agostinho Silva Coordenação em Caracas Délia Meneses Jornalistas: António da Silva, Jean Carlos de Abreu, Tábita Barrera, Tomás Ramirez, Katiuska Martins Correspondentes: Carlos Balaguera (Maracay e Valencia) Carlos Marques (Mérida) Sandra Rodriguez (La Victoria) Trinidad Macedo (Barquisimeto) Colaborações: Raúl Caires (Madeira) António de Abreu, Arelys Gonçalves Janette Da Silva, Luís Barreira, Álvaro Dias Gerente Executivo Aurelio Antunes Contabilidade Sandra Agosta Publicidade e Marketing: Carla Vieira Ventas Ricardo de León

Para bem da Venezuela e de toda a população, não se confirmaram nenhum dos receios sobre eventuais convulsões após as eleições do passado domingo. Felizmente que os resultados foram encarados com a normalidade que a democracia exige, com os festejos e os descontentamentos a serem exteriorizados dentro dos limites do razoável. Hugo Chávez foi proclamado Presidente em face dos resultados homologados pelo CNE. Encerrado o longo ciclo de especulação eleitoral, onde se toleraram alguns exageros de linguagem e onde quase tudo era permitido, a Venezuela pode agora encarar um período de maior serenidade e de produtividade, com a economia e outros sectores vitais a ditarem as regras e a seguirem os seus rumos.

O respeito pelas minorias e o direito à diferença são bens inalienáveis num regime democrático, onde o governo que recebeu a legitimidade para comandar os destinos da Nação também deve exercer essa função. Tal como aconteceu agora nas Presidenciais, onde a vitória clara de um dos candidatos não impediu o surgimento de uma corrente oposicionista que representa cerca de 40% dos venezuelanos, teria sido conveniente à Venezuela que das eleições legislativas de há um ano tivesse resultado outra configuração do Parlamento. Tal não aconteceu e quem perde com esta ausência de dialéctica PoderOposição é a população venezuelana, para além de outros perigos que sempre representa a inexistência de debate.

Fotografia Paco Garrett José Miguel Carrasquel

Democracia em crescendo A descida da taxa de abstenção, verificada no acto eleitoral do passado domingo na Venezuela, é uma vitoria da democracia. Também foi notória a importante presença de eleitores portugueses e luso-venezuelanos que foram manifestar a sua opinião através do voto. Sinais positivos que contribuem para o amadurecimento da democracia neste grande País.

As mães e o ‘Torneio Compota’ A iniciativa anual do Centro Português, em Caracas, de realizar um torneio que junta várias equipas de crianças, designado "Torneio Compota", merece os maiores elogios. Deve destacarse principalmente o esforço e empenho das mães, que acabam por ser as grandes dinamizadores deste evento, por levarem os filhos aos treinos e aos jogos, fomentando a dinâmica desportiva nestes jogadores desde tenra idade.

Vargas: Continuar à espera...

Eventos Yamilem Gonzalez Preparação Gráfica: DN-Madeira Produção: Elsa de Sá Secretariado: Adriana Saffontt

A semana

O cartoon da semana O Embaixador de Portugal já chegou!

Sim?! Sem vê-lo, não acredito!

Distribuição: Juan Fernández e Enrique Figueroa Impressão: Editorial Melvin C. A Calle el rio con Av. Las Palmas Boleita Sur - Caracas Venezuela Endereço: Av. Las Mercedes. Edif. Centro Vectorial (Banco Plaza). Pent House, Urb. Las Mercedes, Baruta - Caracas (Ao lado de CONAVI).

Passaram-se sete anos desde que ocorreu a tragédia de Vargas. No entanto, ainda hoje há manifestações desesperadas de pessoas atingidas que esperam ser auxiliadas. Alguns dos afectados têm feito de tudo, desde visitas diárias aos organismos responsáveis até fechar ruas ou greves de fome, ou até mesmo ficar cravado num tronco de uma árvore. As únicas respostas que têm recebido é para continuarem a esperar...

Sobreposição de eventos

Telefones: (0212) 9932026 / 9571 Telefax: (0212) 9916448 E-mail: correio@cantv.net URL: www.correiodevenezuela.com Tiragem deste número: 15.000 exemplares

Novamente os desencontros e a falta de comunicação e de organização fazem com que dois eventos de especial importância se realizem no mesmo dia. As iniciativas da Academia do Bacalhau, em Maracay, e a da sua congénere em Caracas, foram marcadas para a mesma data, prejudicando quem tenciona colaborar com as duas. Apesar das frequentes críticas à sobreposição de eventos, aí está mais uma demonstração de falta de senso, ao que sabemos de Caracas.

Fontes de Informação: Agência de Notícias Lusa, Diário de Notícias, Diário de Notícias da Madeira, Ilhapress, Portuguese News Network e intercâmbio com publicações em língua portuguesa, de diferentes partes do Mundo.

Para todos los

gustos

El mejor Bodegón de Caracas con la mayor variedad en vinos Nacionales e Importados C.C.C.T. P.B. (cerca al Banco Provincial) Telfs.: (0212) 959.73.77, 959.67.28 - Caracas - venezuela


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07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006 CORREIO DA VENEZUELA

ACTUAL

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Reconhecer os resultados contribui para o diálogo Na declaração preliminar, a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia informa que detectou uma "forte propaganda institucional posta ao serviço do presidente e candidato Hugo Chávez".

"A oposição é tão importante como o governo"

Tábita Barrera

íÄ~êêÉê~]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

ónica Frassoni, chefe da Missão de Observação da União Europeia apresentou, no passado 5 de Dezembro, o relatório preliminar do trabalho de avaliação realizado por esta equipa na Venezuela, antes e durante as eleições presidenciais do dia 3 de Dezembro. A declaração contém uma série de conclusões a que os observadores que estiveram no país chegaram, entre as quais se destaca a fiabilidade do sistema eleitoral com que o país conta, razão pela qual a vitória de Hugo Chávez é "fiável", como é indicado. O grupo principal, que chegou ao país a 15 de Novembro, foi disperso por 17 estados, e no dia das eleições, um total de 154 pessoas da União Europeia, Suiça e Noruega observaram mil

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pação, disse, foi na qualidamesas, aproximadamente. Frassoni agradeceu a de de "convidados", mas todos os actores institucio- espera que as suas análises nais e políticos que intervie- sejam tidas em conta pelas auto r i da de s ram no provenezuelanas. cesso, bem coE xp l ic o u mo ao povo Guerra acredita que o que "o procesvenezuelano papel da oposição vene- so eleitoral em geral, pela "cálido" acolzuelana daqui por diante cumpriu, em geral, com os himento que será o de continuar a standards inlhes deram. ternacionais e Destacou o construir um processo a legislação trabalho do democrático nacional no Conselho Naque se refere à cional Eleitoactuação da ral (CNE), por "criar as condições suficien- administração eleitoral e ao tes para a celebração de elei- sistema de voto electrónico". ções aceites por todas as Nesse sentido, sublinhou a partes, demonstrando com "grande participação" dos factos a sua vontade de che- cidadãos e a "atmosfera pacífica" na qual decorreu gar a acordos". Antes de ler o relatório, todo o processo. Por seu recordou que os observado- turno, a aceitação dos resulres estiveram aqui para tados por parte dos candida"acompanhar o processo tos contribui para a abertueleitoral" e não para "dar ra do diálogo Não obstante, foram lições de democracia, nem para julgar". A sua partici- detectados alguns proble-

mas que persistiram ao longo da campanha, disse Frassoni, como "a forte propaganda institucional posta ao serviço do presidente e candidato Hugo Chávez e em muitíssima menor medida do governador do Zulia e candidato Manuel Rosales". A este respeito, disse que se utilizaram fundos públicos para a execução das campanhas. Insistiu na presença de um "desequilíbrio informativo dos meios de comunicação, tanto públicos como privados sem que a CNE tomasse medidas de correcção e a participação de funcionários públicos em actos do candidato oficial, seja por vontade própria ou devido a pressões de terceiros". A sua avaliação foi positiva na qualidade do processo em mais de 80% das mesas que visitaram. Considera, todavia, que sistema deve ser melhorado.

Pedro Guerra e Maria Helena Alves, observadores representantes de Portugal, visitaram quatro centros de voto, cada um deles no Distrito Capital. Ambos coincidiram na opinião de que o ambiente pós-eleitoral era de "tranquilidade e alegria". Guerra acredita que o papel da oposição venezuelana daqui por diante será o de "continuar a construir um processo democrático e depois, quando houver novamente as eleições, se o seu trabalho estiver bem feito, vai ver-se os resultados". Ambos os observadores vão estar no país até ao dia 19 de Dezembro para afinar os últimos detalhes da sua avaliação. O eurodeputado Sérgio Marques afirmou que tudo foi desenvolvido de forma "tranquila, num ambiente pleno de civismo, com uma cultura democrática e com vontade de participação". Ficou assombrado com a presença das pessoas nos centros de voto desde as 3.30 da manhã, assim como pela permanência nas filas, pois, para ele, isso é "impensável" ocorrer na Europa. Pareceu-lhe que a declaração apresentada pela Missão foi equilibrada e considerou que a oposição comportou-se à altura. Também reconheceu que "Manuel Rosales fez um excelente trabalho em dinamizar e unir este sector" e partir da agora, "a oposição é tão importante como o governo".


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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

Rosales 'ganhava' na Madeira Até às 15 horas de domingo já tinham votado 170 dos eleitores inscritos no Consulado da Venezuela na Madeira Patrícia Gaspar EakJj~ÇÉáê~F

tranquilidade pautou a afluência às urnas no Consulado-Geral da República Bolivariana da Venezuela na Madeira. Até as 15 horas, já tinham votado 170 eleitores, num total de 535 inscritos. A contrastar com o ambiente calmo junto às mesas de voto, a apreensão face a eventuais tumultos na Venezuela foi um tema recorrente entre os pequenos grupos de pessoas parados nas imediações da porta da representação consular. "Estamos preocupados sem saber exactamente o que se está a passar no outro lado", testemunhou Hélder Pestana. O ex-emigrante regressou à Madeira há mais de seis anos. Agora, concentra a sua preocupação no filho que deixou na

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Venezuela. Para a maioria das pessoas contactadas pelo DIÁRIO, a vitória justa seria a do candidato Manuel Rosales, mas poucos ousam admiti-lo perante o gravador, sob o argumento de que a família residente na Venezuela poderia sofrer represálias. Munido de um chapéu com as cores do país onde já esteve emigrado, Pedro Gonçalves foi excepção, mostrando-se inclusive confiante na derrota de Hugo Chávez. "É desta vez que se vai fazer justiça", declarou, enfatizando o facto de não "acreditar nas tendências de voto divulgadas pela comunicação social". Já Olavo Manica, antigo presidente do Clube Social das Comunidades Madeirenses - local onde vários emigrantes aguardaram até a meia-noite pelos primeiros resultados das eleições presidenciais-,

optou por não falar sobre os candidatos, revelando contudo alguma preocupação com a comunidade portuguesa na Venezuela. "Espero que quem perder aceite a derrota para que não haja tumultos porque, nesse caso, seria a comunidade portuguesa, aquela que detém restaurantes e comércios, a mais afectada", vincou. O antigo dirigente do Clube Social apelou ainda aos emigrantes venezuelanos para que se recenseiem, já que, referiu, dos cerca de "25 mil ex-emigrantes e luso-venezuelanos" que se estima residirem actualmente na Madeira apenas 535 estavam inscritos para votar. "É preciso que as pessoas tomem consciência de que quem não manifesta, através do voto, interesse no país não pode depois exigir ajuda", lembrou Olavo Manica.

Novo cônsul Félix Correa é novo responsável pelo Consulado da República Bolivariana na Madeira. O substituto de Florentina Sapene Stevenson já está na Região, embora a consulesa tenha acompanhado o acto eleitoral, no Funchal. A mudança não mereceu quaisquer comentários da parte dos funcionários que supervisionavam as mesas de voto. Todavia, a alteração já era esperada, segundo o antigo presidente do Clube Social das Comunidades Madeirenses, uma vez que a própria embaixada no continente sofreu alterações recentes. "A própria consulesa já havia manifestado o desejo de sair. Esperemos que o novo cônsul dê continuidade ao excelente trabalho que Florentina Stevenson fez na Região", afirmou Olavo Manica.


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Continuar a trabalhar Tomás Ramírez

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ngela Enma da Silva Abreu, de 66 anos, natural de Câmara do Lobos, chegou às 5 horas da manhã ao centro de votação e a fila "já era enorme", apesar de ter sido encaminhada para o lugar destinado às pessoas de terceira idade. "Nestas eleições houve muita gente com desejo de votar", disse Silva Abreu, desde a zona de Bello Monte. Uma luso-descendente, filha de pais naturais da Ribeira Brava, Nancy Pereira, de 21 anos, comentou que estas eleições decorreram muito melhor que o referendo revogatório porque as mesas foram abertas mais cedo o que tornou o "processo mais rápido e eficaz". "O que todos esperávamos era uma mudança", disse por seu turno Francisco Tomás da Graça, 46 anos, oriundo da Ribeira Brava", observando que

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agora é preciso "continuar a trabalhar". A vida continua e "não se pode deixar os nossos investimentos só porque ganha um partido político ou outro", acrescentou. Orlando Nunes, lusovenezuelano de 43 anos, defendeu que a pessoas "precisam de um pouco mais de desenvolvimento, tanto económico como comercial" pelo que espera "que o vencedor tenha a visão suficiente para que a economia do país comece a funcionar e chame o investimento estrangeiro oferecendo segurança". Para Nunes, o presidente Chávez dirige a economia apenas para o sector mais humilde, o que não é mau, mas o problema é que se tem esquecido um pouco da produtividade, do comerciante, do investidor. "Penso que ele tem trabalhado com um pouco de rancor e ressentimento contra esse sector económico, apesar de ser este que tem gerado bastante emprego", lamentou.

António Gomes Ferreira “Sinto que perdi a fé e a esperança. Tiraram-me a vontade de votar, não quero saber de nada da política. Comigo trabalham pessoas que aprecio mas não concordo com os seus ideais. Não entendo o que chamam socialismo do século XXI: os venezuelanos não progridem mas estão todos ao mesmo nível de pobreza. O que nos resta é continuar a trabalhar e a lutar pelo que temos e progredir”.


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Breves Jardim felicita Chávez

Vanessa Ordaz

Juan Gomes

Miguel de Abreu

“Sinto-me triste e decepcionada, pois sou partidária da oposição. Mas como democrata que sou, tenho que aceitar o triunfo do "oficialismo" e respeitá-lo. Antevejo um futuro difícil para a Venezuela. Considero que o Governo reeleito tem políticas que não convêm, como por exemplo a aproximação a Cuba. Não creio que eles sejam os aliados mais convenientes para a Venezuela. Mas como profissional jovem, tenho que contribuir para levar a Venezuela para a frente”.

"Estou bastante surpreendido. Não era o resultado que eu esperava como venezuelano que apoia a oposição. Mas há que assumir e ser responsável, mas continuando na luta. Duvido do futuro dos meus filhos na Venezuela. Se analisarmos bem o modelo de governo oferecido pelo tenente-coronel Hugo Chávez Frías, é-me difícil pensar num bom futuro profissional para a minha família. Há que respeitar a decisão para que continue a existir democracia".

"A diferença entre os candidatos é grande, é algo exagerada, mas há que acatar e respeitar os resultados. O futuro para os residentes da Venezuela não será muito fácil, mas tenho a convicção de que todos devemos continuar a trabalhar e a lutar pelo que temos. Eu em particular continuarei a manter à tona de água o esforço dos meus pais e defenderei esse esforço apesar das adversidades políticas".

Alberto João Jardim admitiu enviar felicitações ao candidato vitorioso do país "estrangeiro e amigo", a propósito da reeleição de Hugo Chávez na presidência da Venezuela. "Com satisfação vejo que as eleições correram com normalidade e não havia razão para um certo alarmismo que se estava a verificar", referiu o presidente do Governo Regional, convicto de que a democracia resultou. Pediu à comunidade portuguesa que saiba participar activamente na democracia e que se adapte às evoluções económicas, sociais, culturais e políticas. Jardim não vê na derrota de Rosales, candidato opositor de Chávez (apoiado por uma considerável facção da comuni-

dade madeirense), um eventual regresso dos emigrantes à Região. "Na aldeia global as pessoas deslocam-se de onde querem e para onde querem, agora ninguém se desloca sem ter casa onde viver e sem ter emprego onde trabalhar", comentou.

José Sócrates enviou telegrama de felicitações O primeiro-ministro, José Sócrates, enviou uma mensagem de felicitações a Hugo Chavez, reeleito presidente da Venezuela, a felicitá-lo "pela vitória e pela sua reeleição", disse à Agência Lusa fonte do gabinete de José Sócrates, que não divulgou uma cópia da mensagem.


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"Socialismo participativo" Jean Carlos de Abreu

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o acto durante o qual Hugo Chávez foi oficialmente proclamado Presidente da República para o período constitucional 2007-2013, com 7.161.637 votos - que representam 62,89% do total de votos -, o líder reconheceu que a oposição foi "responsável" e "séria", devido à aceitação dos resultados. Chávez assegurou que vai continuar com a sua "revolução". "Aqueles que votaram em mim não votaram por mim, votaram pelo projecto socialista para construir uma Venezuela profundamente distinta", reiterou. Garantiu liberdade de expressão e de participação para que a oposição continue a sua acção política e levando a debate nacional os seus projectos, ideias e propostas. "Como Presidente do Poder Executivo, garanto que

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Chávez disse que não cairia no "erro comunista" da Rússia de há 100 anos, mas sim numa integração social a Venezuela vai continuar, agora com o começo desta nova era de governo revolucionário, gozando das mais amplas liberdades de participação, de opinião, de pensamento, de expressão", disse. O Chefe de Estado congratulou-se por receber cada vez mais apoio a cada eleição e assegurou que isso é sinal de que virão "tempos melhores" e que a Venezuela "vai converter-se numa potência". Em conferência de imprensa em Miraflores, Chávez disse que não cairia no "erro comunista" da Rússia de há 100 anos, mas sim numa integração social, onde

os venezuelanos contribuam com ideias para construir um país rumo a um socialismo participativo". "VENEZUELA PROPOSITIVA" PEDE APOIO PARA O GOVERNO Geraldine de Sousa Couto, presidente da Organização Não Governamental (ONG) "Venezuela Propositiva", expressou a sua satisfação pela reeleição do Presidente Chávez. Esta luso-descendente comentou que, através da sua organização, está a criar projectos de trabalho para chegar às comunidades mais pobres do país, incluídos os lusos em pobreza extrema. Fez ainda um apelo à comunidade portuguesa residente no país para que apoiem o governo venezuelano "porque este tem bons projectos para reintegrar todas as comunidades" estrangeiras com a venezuelana.


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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

“O que cobramos pelo pão não nos cobre o gasto dos sacos de farinha que nos trazem", sublinhou Rocha

'Pan de jamón' não é rentável A Fevipan sugere que se venda o "pan de jamón" a 25 mil bolívares. No entanto, alguns comerciantes lusos pensam que vender a este preço vai diminuir as vendas do produto. Jean Carlos de Abreu

jcdeabreu@correiodevenezuela.com

e confeccionar a ceia de Natal se tornava difícil devido ao encarecimento dos alimentos e à escassez de pernil, agora há que somar a isso a possível falta de "pan de jamón" devido às disputas entre os trabalhadores das padarias e os patrões. À frente destas ameaças está a Federación de Trabajadores de la Industria de la Harina de Trigo (Fetraharina) e, sobre a paralisação das actividades, os representantes da Federación Venezolana de Panificadoras y Afines (Fevipan) afirmaram a intenção de sentar-se à mesa e conversar sobre as exigências destes trabalhadores. O presidente da Fevipan, Tomás Ramos, assegurou que a produção da famosa iguaria de Natal está garantida em todo o país. Muitos comerciantes padeiros referiram ao Correio que o que os clientes pagam pelo "pan de jamón" nesta época não cobre "na sua totalidade" o que é pago pela farinha para confeccionar o produto. Segundo disse Manuel Rocha, português natural da Calheta, Madeira, encarregado de uma padaria em San Bernardino, um saco de 45 quilos de farinha custa 50 mil bolívares e gastam 100 sacos deste produto por mês para

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“Deveria ser estabelecido um preço único para a farinha que se distribui nas padarias, para desta forma evitar a sobrevalorização dos preços” puderem fazer o pão em todas as suas modalidades. "Certamente que com a chegada do Natal, devemos fazer "pan de jamón", "panettone" e outros produtos típicos desta data. No entanto, o inconveniente surge quando temos de cancelar o pedido de farinha aos nossos fornecedores. O que cobramos pelo pão não nos cobre o gasto dos sacos de farinha que nos trazem", sublinhou Rocha, e acrescentou que vão fazer a iguaria de Natal apesar de os 16 mil bolívares, que é o preço do "pan de jamón", não cobrirem o que é pago às empresas de farinha. PREÇOS DIFERENTES Tomás Ramos referiu que o custo do "pan de jamón" sugerido pelas diferentes padarias do país é de 20, 22 e 25 mil bolívares, nestas datas. Entre os produtos que escasseiam para a elaboração deste alimento encontra-se o açúcar.

Muitos destes padeiros tiveram que comprar o saco de açúcar por 150 mil bolívares para poder elaborar este e outros produtos que se vendem normalmente nas padarias. José Jorge é português, natural do Caniço, Madeira, e dono da padaria "Concha Dulce", em Chacao. Este expressou que, na reunião entre a organização dos industriais da farinha e a dos padeiros, chegou-se a um acordo, mas vão subir o preço da farinha de qualquer forma. "Nesta altura, garantem-nos o despacho do produto, mas ainda não nos disseram quanto vão subir no preço deste ingrediente", disse. Cobrir o custo da farinha para o "pan de jamón" é um pouco apertado, já que "não subiremos muito o custo do pão porque as pessoas não o vão comprar. A ideia é vendê-lo e tratar de juntar o dinheiro com a venda de outras coisas para cobrir os gastos". Nesta padaria, o "pan de jamón" custa 18 mil bolívares. Carmelo Di Stefano é filho de italianos e desde há 10 anos que é dono de uma padaria, em conjunto com alguns portugueses. Este italo-venezuelano disse ao Correio que, para evitar estes "conflitos", deveria ser estabelecido um preço único para a farinha que se distribui nas padarias, para desta forma evitar a sobrevalorização dos preços nos produtos finais.

Carmelo Di Stefano

José Jorge


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07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006 CORREIO DA VENEZUELA

Um apoio para os incapacitados Apesar da sua condição física, Manuel dos Santos deseja ajudar todos aqueles que tenham sofrido amputações Katiuska Martins

âã~êíáåë]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

ara Manuel dos Santos, não foi fácil o processo de recuperação da perda das suas mãos. Dois anos depois do acidente, aquando da explosão de um artefacto pirotécnico de alta potência dentro do seu veículo, ao celebrar uma vitória de Portugal num jogo do Europeu 2004, este luso-venezuelano tem projectos para ajudar pessoas em situação idêntica à sua. A este comerciante não falta a vontade de estreitar nos braços quem precise dele, já que ao fazê-lo, ajuda-se a si mesmo. Faltou tempo a Manuel para dedicar-se ao seu

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projecto mais sonhado: A formação de uma associação sem fins lucrativos para ajudar pessoas incapacitadas. Esta terá o objectivo de ajudar pessoas que, por impossibilidade física, não possam levar a cabo certas actividades a 100 por cento. Depois do acidente, Santos dedicou parte do seu tempo ao trabalho, mas também à sua recuperação psicológica. Possui um talho no mercado Quinta Crespo. Até à data, não pôde colocar em marcha o projecto, apesar de estar a tratar dos papéis para a abertura da associação. "Não é fácil registar uma fundação. São muitos os requerimentos que são exigidos para criar uma instituição com fins

de beneficência", explicou Santos. Manuel dos Santos deixou claro que não ia deixar escapar esse sonho. Com a ajuda da sua esposa Susibel Valente, vendedora de seguros, vão levar a cabo este propósito. Nos seus tempos livres, este luso-descendente vai aos hospitais para visitar pacientes que sofreram a perda de membros do seu corpo e assim poder apoiá-los. Desde há dois meses que está já activa, na Internet, a página amputados.blogspot.com, a qual dá a conhecer histórias de pessoas com incapacidade física que conseguiram seguir em frente apesar dos impedimentos.

Natal junta academias

Sandra O. Rodriguez G çäÖ~êá~S]ó~ÜççKÅçã

cidade de Maracay recebe esta sexta-feira, 8 de Dezembro, o último jantar, deste ano, das academias de Bacalhau e Espetada. A partir das 8 da noite, compadres e comadres reúnem-se no Salão "Luís Vaz de Camões" da Casa Portuguesa do Estado Aragua na Cidade Jardim de Venezuela para degustar o tradicional prato de bacalhau e saborear o vinho português, que estarão acompanhados de outros pratos típicos da quadra natalícia. A animação musical estará a cargo do grupo Lusomania.

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Entretanto, tal e como afirma o presidente da Academia de Bacalhau de Mara-cay, Nelson Coelho, as comadres preparam uma surpresa que promete a admiração de todos os assistentes. O jantar de natal também contará com a presença do Embaixador de Portugal em Venezuela, João Caetano da Silva e do Cônsul de Portugal em Valência, Rui Monteiro. É de ressaltar que a tertúlia passada da Academia de Bacalhau em Maracay, reuniu 160 compadres no Restaurante Voga, propriedade do compadre Sérgio dos Santos. O jantar de Natal esta valorado em setenta mil bolívares por pessoa.

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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

História de Vida

Juan Sequeira de Abreu Natural de Ponta do Pargo

"Tragédia de Vargas deixou-me sem lar" Eu tinha 16 anos quando cheguei à Venezuela. Foi a 30 de Outubro de 1975. Decidi vir para este país porque a guerra naqueles tempos deixava-nos sem recursos, em Portugal não havia trabalho, o que havia era fome. Estavam a levar as pessoas para Moçambique, Angola, podíamos passar até três anos sem ver a família. Nessa altura, o quartel era muito forçado, podíamos estar de castigo durante um ano, dois, e até 30 meses; por isso, toda a gente tratava de escapar. Se te agarravam, tratavam de te mandar para fora e depois não sabias quando irias regressar, se regressavas, se ficavas vivo. Eu aproveitei que, naquela época, o governo de Carlos Andrés Pérez tinha implementado o sistema de viagens e turismo, estavam a pedir gente, e vim. Quando cheguei, instaleime na segunda Loma del Polvorín e pus-me em contacto com o senhor que era dono deste local. Trabalhei com ele durante um tempo em Catia, depois a mãe dele morreu e ele ficou só, pelo que me pediu imediatamente que eu comprasse a bodega e eu comprei. Durante um tempo trabalhou connosco, mas depois foi embora. Aqui, tudo foi duro, no início. Foram dias de sofrimento, eu não tinha família nem

ninguém que me ajudasse, tive que me lançar sozinho para a frente. Por um lado, foi pesado devido ao idioma. Eu não falava uma palavra de espanhol e as pessoas achavam-me anormal, mas eu punha-me a escutar as pessoas falarem e foi assim que aprendi. Sete anos depois, mandei buscar o meu irmão Francisco, associei-me com ele e pusemo-nos a trabalhar nesta bodega e aqui estamos há já 24 anos.

Aqui tudo foi duro no início. Foram dias de sofrimento, eu não tinha família nem ninguém que me ajudasse, tive que me lançar sozinho para a frente A diferença em relação a outros portugueses é que eu não montei uma padaria, pois nunca gostei muito desse trabalho. Ainda trabalhei numa padaria durante 15 dias e não gostei, é um trabalho de escravo, levantas-te às quatro da manhã e vens descansar depois das nove da noite. Quando montei a minha bodega pensava em progredir, ter negócios de sucesso, mas não se proporcionou; os golpes da vida não permitiram que

me levantasse. Pode ser que algum dia a oportunidade se apresente, mas uma pessoa deixa de ter esses planos… Agora o que faço é sobreviver. Depois da tragédia de Vargas, o pouco que me ficou foi para comprar uma casa em Maracay, e o que obtenho é para a minha família. Durante a tragédia de La Guaira, perdi a minha casa. Também vi casas de vizinhos portugueses nas mesmas condições. A minha casa era de dois pisos e o piso de baixo ficou completamente sepultado e eu bati contra o portão e parti a coluna em três pedaços. Passei dois meses de fome, sem água; até cheguei a pensar o que todos pensaram: Que iria perder a vida. Depois tive que gastar muito dinheiro para recuperar a casa, e posteriormente vendi-a para mudar-me para Maracay. Há 24 anos que não vou a Portugal e posso dizer que a minha casa é a Venezuela, esta é a minha terra. Não viajei porque não disponho de dinheiro suficiente para ir. Às ve-zes penso em ir até Portugal, mas os preços das passagens estão muito caros. Ali, só tenho o meu pai, mas ele já está velho, tem 80 anos. Uma vez pedi-lhe que viesse aqui por um mês, mas não quis, e disse: "se não fui enquanto jovem, não posso ir agora que estou velho".

Juan Sequeira de Abreu e o seu irmão Francisco

O que nos resta é aguentar O meu irmão Francisco e eu temos passado todos estes anos aqui. De vez em quando passamos por um ou outro sufoco, e isso é normal porque esta vida não é vida se não passar por sufocos. Nos anos que aqui temos passado, sempre nos trataram bem. Conhecemos toda a gente por aqui e as pessoas conhecem-nos, sempre nos demos bem com elas, e nem sequer durante os

saques se tivemos problemas. Sempre nos apoiaram muito. Passaram 24 anos e o que nos resta é aguentar. Toda a nossa vida aqui tem sido um joguete, como uma marioneta; fazemos o mesmo trabalho desde o amanhecer, de dia e de noite, das seis às seis é a mesma coisa, todos os dias; como quando se agarra numa marioneta e se fica com ela todo o dia nas mãos…


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Encontro internacional de danças sem Portugal Onze grupos reuniram na Aula Magna da UCV para mostrar o melhor do folclore "sem competição". bém para assinalar o fim da Semana do Estudante na UCV, que se celebra a 21 de Novembro. Aula Magna da Universidade Sob o lema "união na diversidade", Central da Venezuela (UCV) o 5º encontro reuniu agrupamentos de serviu de palco para o 5º diferentes países e regiões, como Encontro de Danças Internacionais Andaluzia, Galiza, Itália, Nigéria, Sem Fronteiras. A actividade cultural, Bolívia, Estados Unidos, Indonésia, que contou com 11 grupos, foi organi- Síria, Equador e Venezuela. zada pelo "Taller de Danzas Sin Jesus precisou que Portugal não Fronteras", em parceria participou este ano porcom a referida instituição que "o convite que lhe de ensino superior, com o foi endereçado chegou propósito de reunir os Nos cinco anos da tarde e, além disso, o vários agrupamentos re- Semana do Estudante da grupo convidado não presentativos das diferen- UCV, mais de 30 grupos podia participar". Os tes comunidades de emidiferentes agrupamengrantes na Venezuela, de diferentes países pas- tos luso-venezuelanos para assim se mostrar o saram pela Aula Magna. dispersos pelo país parmelhor do folclore desses ticipam desde a primeipaíses "sem competição". ra edição do encontro, O principal responsárealizada em 2001. vel pela organização da actividade, Grupos como o do Centro José Humberto de Jesus, observou que Português, em Caracas, o grupo folclóeste é o quinto ano que se realiza o rico Internacional do Centro Luso encontro que tem por finalidade res- "Turumo" de Caracas e "Saudades" da saltar a importância das culturas emi- Casa Portuguesa de Valência são grantes no país, momento criado tam- alguns dos representantes culturais Jean Carlos de Abreu

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lusitanos que se mostram "na nossa actividade", disse Nos cinco anos da Semana do Estudante da UCV, mais de 30 grupos de diferentes países passaram pela Aula Magna. A edição deste ano contou com a participação especial do grupo "Fundación Cultural Retrovador", cujos membros se deslocaram desde o Equador para mostrar o melhor das

suas tradições ao nível das danças. DEDICADO À CULTURA José Humberto de Jesus dos Santos, economista que estudou Artes na UCV, é um luso-descendente que desde há oito anos organiza actividades culturais como a das Danças Internacionais, que encerrou a chamada semana do estudante, que se leva a cabo há mais de 40 anos.

Dalia "endiablada" António Carlos da Silva F.

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A luso-descendente Dalia Ferreira, jornalista que trabalha na emissora juvenil 92.9 FM de Caracas, conseguiu ficar em terceiro lugar no concurso 'Diablitos Underwood en la Mesa del Venezolano', no qual fotógrafos de diversos meios de comunicação expressaram através de perspectivas pessoais o vínculo entre o produto tradicional e os venezuelanos. Dalia é conhecida pela sua participação como membro do juri no 'reality show' televisivo 'Fama, sudor y lágrimas', a versão nacional do popular 'American

Idol'. Pelo seu trabalho, baptizado de "Engranaje Endiablado", foi premiada com o montante de dois milhões de bolívares mais uma dotação do produto por três meses. No segundo lugar ficou o autor da foto "El Mañana", de Marco Bermúdez, de Yelconet.com. O grande vencedor foi o fotógrafo José António López, do Diário ' La Costa ', de Puerto Cabello, pela imagem intitulada "Almorzando en la Quebrada ". O júri foi composto por José Cristóbal Hoyos, presidente da Associação Venezuelana da Comunidade Fotográfica, Fernando Sánchez, presidente do Círculo de Repórteres

Gráficos da Venezuela, e Juan Vicente Gómez Sosa, representante do Museu Nacional de Fotografia, os que arcaram com a responsabilidade de escolher um das 20 fotografias apresentadas por cada um dos 25 participantes para reduzir este total para 12 finalistas, de onde teriam de decidir quem iria ocupar os três lugares do pódio do este concurso. Durante os meses de Setembro e Outubro foram convocados os repórteres gráficos e fotógrafos de diferentes meios de comunicação do país para participarem no concurso realizado por General

Mills de Venezuela, através do seu produto líder 'Diablitos Underwood', e 'Comstat Rowland Comunicaciones Estratégicas', tendo sido lança-

do a todos o desafio de ressaltar mediante uma imagem fotográfica o vínculo estabelecido entre o venezuelano e o fiambre 'endiablado'.


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"Tenho pouco contacto com as comunidades” Sandra O. Rodriguez çäÖ~êá~S]ó~ÜççKÅçã

ogo após o fim do espectáculo, estávamos à espera para falar com o 'culpado', aquele que tinha arrancado centenas de gargalhadas entre a audiência presente. Dançou, cantou e representou. Tudo num só palco. E numa só peça: "Café Central", comédia recheada de paixões, conflitos e discussões num estabelecimento comercial, e que tem percorrido várias localidades de Portugal. Vestia calções e camisa de manga curta. Bem cheiroso, deixava por onde passava um ar de felicidade e agradecimento à sua volta. Assim chegou até nós, o popular… João Baião. O reconhecido artista da televisão portuguesa, que apresentou programas que atingiram grandes níveis de audiência como 'Vamos à Revista', 'Sábado à Noite', 'Bom Baião' e 'Big Show Sic', emocionado pela altitude do publico, e ainda surpreendido, começou a falar da grande admiração que sente pelas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e do pouco contacto que tem tido com elas. "Antigamente há uns anos atrás faziam-se muitos tournées de encontro

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com as comunidades, agora quase nem televisão, se faz tudo de hoje para se fala. Embora, já tive muitos convites amanha e ultimamente não anda muito para ir aos Estados Unidos e Canada, interessante cá no nosso pais", ressalta mas também acontece que quando se João. Enquanto relatava a sua experiência esta no teatro, é difícil a deslocação em de vida, lembrava-me das tantas vezes qualquer altura", destaca Baião. Já agora falamos de Venezuela e que a sua cara sorridente, seu carisma e com um sorriso respondeu que só, boa disponibilidade tem aparecido nos tinha feito escala no aeroporto de La ecrãs das televisões portuguesas. Foi mesmo este domingo que Guaira , mas que sempre, o vi pela RTP como um e maioritariamente nas júris residentes no ferias, nos espectáculos "Só encaro esta profissão dos programa "Dança comique realiza, encontra go", cujo formato gira em muito pessoal que esteve se me entregar 100 por as danças de salão. ou radica no pais sulcento em tudo o que faço. torno"Dança comigo é americano. Com mais de E mesmo em aqueles entretenimento puro, por quarenta anos de idade, desde os seus inícios João projectos em que na parti- isso aceitei o convite, porqueria fazer coisas Baião sempre conseguiu da parecem não ser tão que novas. A TV continua a conciliar o teatro e a teleser a caixinha de magia. visão. O comediante porinteressantes” Tem que ser espectáculo tuguês expressa que são e diversão. Mas hoje em duas linguagens e formas dia apostasse mais no meio televisivo de comunicação totalmente diferentes. Admite que é inesquecível o carin- para vasculhar a vida pessoal dos que a ho e a forma como as pessoas, ao ar aparecem e dizer mal das pessoas. Essa livre, ou mesmo numa sala, estão aten- não é a minha televisão, disse João tas ao texto e a tudo o que se desenvol- Baião. A palavra "baião", provêem do ve na peça de teatro. "Meu percurso começou no teatro, que é muito mais verbo "baiar" (de bailar), e é uma dança forte, temos tempo para trabalhar o cantada de criação 'nordestina', resulespectáculo com alguma segurança; na tante da fusão da dança africana, brasi-

leira e portuguesa. Coincidência ou não, a carreira artística de João Baião também tem estado relacionada com o baile. Com o grande encenador português, Filipe La Féria , já participou em dezenas de espectáculos, e embora nunca recebeu aulas de danças profissionalmente, só o suficiente para as peças, afirma que adorava aperfeiçoar seus conhecimentos. "Só encaro esta profissão se me entregar 100 por cento em tudo o que faço. E mesmo em aqueles projectos em que na partida parecem não ser tão interessantes, se eu me desleixar, ou seja não dar o meu melhor, as coisas acabam por não valer a pena", confessa Baião. E assim como deixamos as confissões para o fim da conversa. João Baião diz que o mais importante na vida e lutar pelos sonhos. "As vezes e muito difícil para quem esta fora do pais acreditar num sonho, bem seja ver a família ou voltar a sua terra natal, mas acho que no fundo, depois de tanto esforço vai valer a pena ver os sonhos concretizados. Tudo esta em acreditar", finalizou Baião. Assim, saindo da sala, ratificamos que João Baião é sinónimo de diversão, alegria e gosto pelas coisas bem feitas.


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Artistas aplaudem atitude dos venezuelanos Tábita Barrera

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ma vez emitido o primeiro boletim do Conselho Nacional Electoral (CNE), onde se informou que Hugo Chávez tinha sido reeleito para a presidência da Ve-nezuela, apresentaram-se dois cenários. Enquanto uns estavam contentes com os resultados, outros sentiramse decepcionados. No entanto, houve algo em que todos coincidiram: no civismo, pois a atitude e a participação dos cidadãos foi admirável. Neste sentido, alguns artistas luso-descendentes partilharam com o Correio as suas impressões do processo eleitoral que decorreu no país no passado dia 3 de Dezembro. Assim, Flor Elena Gonçalves, actriz, referiu que a quantidade de

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pessoas que foi votar foi votação, considera que "estupenda", para além de houve uma grande mobilique se comportaram "à zação de pessoas e que, apealtura". Para esta actriz, sar de alguns atrasos, houve "votar foi muito fácil, rápi- organização. É também da opinião que o comportado e simples". Em relação ao futuro da mento dos cidadãos foi resnação, disse que espera que peitável. Laura Vieira, jornalista "todos os que votaram façam uso desse voto e que o e animadora, referiu, por seu turno, que venha que "a parte seja para bepositiva é nefício de to"A parte positiva é que, que, com toda dos". Também com toda esta situação, esta situação, uma o modelo criou-se uma importante criou-se impor tante Deive Garcés consciência social nos consciência deu a sua opisocial nos venião sobre as venezuelanos” nezuelanos e eleições e pouco a poumanifestou co se elimique a parte negativa de tudo foi "a e- nou a apatia". Sublinhou norme tristeza que há em que o processo foi organizagrande parte do país", mas do e que agora "todos deveque deseja que "todos os mos continuar a trabalhar venezuelanos sejam incluí- pelo que queremos e contidos nos projectos que aí nuar a lutar pelo país". "O processo eleitoral vêm". No que diz respeito à

pareceu-me sumamente democrático e bastante organizado", começou por dizer José Vieira. No centro onde este animador votou, localizado na urbanização de San Bernardino, "não se verificaram irregularidades", notou, precisando ainda que "tudo esteve tranquilo". Para José Vieira, o "panorama do país está bastante claro" porque "já está tudo definido e as cartas estão dadas". "No há nada pior que a paralisação, mas sei que havia muita gente à espera disso", observou, congratulando-se por tudo não ter passado de uma suspeita e por isso fazendo questão de "felicitar os venezuelanos" porque, "independentemente, da sua posição, foram votar civicamente" e assim demonstrar o que querem para o seu país, onde "ainda existem muitas coisas por fazer".


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Lusos de Cumaná estão dispersos O sacerdote Eduardo Gonçalves vai permanecer no estado Sucre durante seis anos para "reactivar" a fé cristã na comunidade portuguesa que vive na zona. Jean Carlos de Abreu

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esde há seis meses que o padre Eduardo Gonçalves se encontra em Cumaná, no estado Sucre, em trabalhos paroquiais. Este sacerdote viajou até à costa Oriental com a finalidade de orientar a edificação da Catedral de Santa Inés, a qual se encontra em obras de restauração, para além de juntar a comunidade lusa dispersa na localidade. Entre outras funções que Gonçalves deverá ter está o resgate do trabalho pastoral que se perdeu com o passar dos anos, devido à pouca afluência de fiéis à igreja. "O arcebispo Monsenhor Diego Rafael Padrón Sánchez chamou-me para que tomasse as rédeas do templo", afirmou Gonçalves, quando comentava

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que estava nos seus planos viajar até lanas. "Estamos a iniciar o processo de Roma para estudar e que devido a esta instauração do Tribunal Diocesano e missão teve de adiar os seus estudos. abrir a causa da beatificação do Durante seis anos, Eduardo Monsenhor para passar o caso, depois Gonçalves vai cumprir tarefas religiosas de cumpridos vários passos, à Santa Sé, em Cumaná. Uma vez terminado o seu onde deverão decidir que caminhos tempo, o Arcebispo Paseguiremos para beatifidrón Sánchez determinacar este homem que ajurá se renova a sua estadia dou o seu povo", explicou Os lusos de Cumaná ou se o envia para outra Gonçalves. paróquia. A Catedral de Santa perderam o interesse Inés é a igreja mais antisocial, cultural e religioso ga da cidade. Foi fundada TRABALHO A FAVOR que os rodeia e identifica. em 1572 e é a estrutura DA DIOCESE arquitectónica mais emEntre as suas múltiblemática do estado Suplas actividades, Eduardo Gonçalves foi também nomeado cre. "Há seis anos estive aqui a ocupar Postulador da Causa da Beatificação e cargos administrativos. Depois regressei a Caracas, após ter Canonização de Monsenhor Sixto Sosa, cumprido o meu tempo de trabalho. Primeiro Bispo de Cumaná. Monsenhor Sosa foi também fun- Agora voltei e estou como sacerdote da dador das Irmãs Carmelitas Venezue- igreja", acrescentou.

COMUNIDADE DISPERSA Gonçalves asseverou que a comunidade lusa de Cumaná está viva mas não está unida. Devido à distância a que vivem os portugueses e à inexistência de lugares recreativos, como um clube, para que estes se reúnam. Os lusos de Cumaná perderam o interesse social, cultural e religioso que os rodeia e identifica. O padre disse ainda que outra das razões pelas quais se perdeu o interesse fica a dever-se ao regresso de muitos conterrâneos a Portugal. Por outro lado, o consulado honorário que funcionava ali foi retirado, sendo assim eliminado um ponto de encontro "seguro" de portugueses. Enquanto o pároco luso-descendente estiver naquela cidade, tem projectos para reunir a comunidade portuguesa na sua paróquia e assim fomentar a troca de ideias e actividades que permitam reunir os lusos da zona.


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Portugal orgulhoso da solução de alargamento de Schengen Conselho de Justiça aprovou esta semana a proposta portuguesa O ministro português da Administração Interna, António Costa, manifestou-se orgulhoso com o sucesso da proposta portuguesa que permitirá alargar, no final de 2007, o espaço Schengen de liberdade de circulação de pessoas aos "novos" Estados-membros da UE. A solução portuguesa foi aprovada esta semana pelos 25 num Conselho de Justiça e Assuntos Internos, em Bruxelas, depois de terem sido analisados todos os aspectos e a viabilidade da solução técnica desenvolvida por Portugal para adaptar o actual Sistema de Informações Schengen (SIS), a base de dados que liga os países deste espaço. "Todos os 10 Estados-membros foram bastante efusivos na expressão das felicitações a Portugal pela iniciativa que tomou", contou António Costa, declarando: "nunca tinha participado num Conselho (da UE) em que me sentisse tão orgulhoso de uma iniciativa portuguesa". O ministro acrescentou que também recebeu de todos os antigos Estados-membros felicitações por Portugal ter ajudado a resolver um impasse que António Costa classificou como "problema político da maior gravidade", já que frustraria a ambição dos novos Estados-membros de ter direito, na data prevista, à livre circulação den-

tro da União Europeia. Frisando que esta proposta é "da maior importância para viabilizar a concretização de um objectivo político fundamental da União, o da livre circulação em todo o espaço da UE", com "um elevado nível de segurança interna", António Costa apontou que a responsabilidade de encontrar uma solução técnica cabia à União. "Esta era uma responsabilidade do conjunto da União, que não podia fazer os novos Estadosmembros pagar um atraso que era imputável ao conjunto da União", disse, referindo-se ao "atraso irremediável" na elaboração do sistema da segunda geração SIS II, que se desconhece ainda quando estará pronto. António Costa invocou razões históricas para tentar explicar a descoberta por Portugal da solução, que foi o desenvolvimento de um sistema designado "SIS 1 for all", que dará, na prática, capacidade ao SIS I para incluir os novos Estados da UE até à conclusão do SIS II. "Portugal era o país que estava mais bem colocado para perceber a dimensão da gravidade política de não abrirmos as fronteiras na data prevista. Muitos Estados-membros da União Europeia não sabem o que é ter fronteiras fechadas há dezenas de anos", frisou.

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Habitação fomenta xenofobia Denúncia é do Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia, num estudo à discriminação dos estrangeiros em Portugal O Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia revela que habitação é a principal fonte de discriminação dos estrangeiros em Portugal, que recorrem a garagens e contentores para morar, noticiou esta semana o Diário de Notícias de Lisboa "Os estrangeiros são obrigados a viver em garagens, no local de trabalho ou em bairros de lata dos grandes centros urbanos", denuncia o relatório anual daquele organismo, referente a 2005, citado pelo DN de Lisboa O diário sublinha ainda que "esta situação faz emergir um mercado de arrendamento paralelo". "Um preço demasiado elevado e condições de habitação degradadas, amplifica das pela precariedade de trabalho, obrigam os imigrantes a procurarem soluções ilegais", lê-se no documento. Contactada pelo DN, a presidente da Associação Caboverdiana, Alcestina Tolentino, afirma que o problema da habitação

A situação precária no sector da habitação favorece o mercado de arrendamento paralelo "atravessa toda a vida das comunidades imigrantes, pelo menos, a dos africanos", que seja para arrendar ou para comprar. A responsável diz ainda que não tem havido melhoras nesta área em termos de práticas não discriminatórias da população migrante. O relatório o Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia refere ainda o estudo "Reunificação Familiar e Imigração em Portugal", coordenado por Maria Lucinda Fonseca, que revela que "as habitações de fraca qualidade e a sobrepopulação são as principais características dos lares dos imigrantes". "Outros dos grupos afectados pelo problema da falta de habitação condigna são os ciganos", afirma também o relatório,

que acrescenta que "Portugal, Espanha e Itália são os três países que levam um puxão de orelhas do Observatório por a situação desta etnia não ter melhorado". "Vivem em condições de segregação e em casas de péssima qualidade. Apesar dos programas de realojamento, estas comunidades continuam a viver situações longe de serem óptimas e frequentemente são vítimas de guetização das câmaras municipais", lê-se no documento. De acordo com o DN, o primeiro grande obstáculo no acesso à habitação prende-se com os requisitos exigidos pelos bancos para concederem empréstimos. "A principal exigência é a apresentação de um contrato de trabalho efectivo e os imigrantes têm trabalhos precários", indica o jornal. No arrendamento também há dificuldades legais a ultrapassar, porque, segundo Alcestina Tolentino, é obrigatório que o fiador seja português.

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Casinos querem opinar sobre gestão de impostos O presidente do grupo EstorilSol defendeu, segunda-feira, que os casinos devem passar a ter direito a dar algum tipo de parecer no destino que é dado às contrapartidas pagas ao Estado pelas casas de diversão. "Acho que devíamos ser ouvidos porque os casinos são actividades turísticas e têm acção directa na qualidade do turismo. Como agente dinamizador do turismo, devíamos fazer parte de uma entidade que dialogasse e emitisse opinião sobre o destino dessas contrapartidas", adiantou à Lusa o presidente do grupo Estoril-Sol, Assis Ferreira, responsável pelo Casino de Lisboa. Sublinhando querer manter-se à margem da polémica entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Estado por não ter chegado aos cofres da autarquia qualquer percentagem das contrapartidas pagas pelo Casino de Lisboa nos últimos três anos, o presidente do grupo Estoril-Sol garantiu que todas as prestações devidas foram pagas. O jornal Diário Económico avançou segunda-feira que as obrigações contratuais que o grupo Estoril-

Sol tem de pagar pela exploração do Casino de Lisboa ainda não chegaram à Câmara de Lisboa e que o dinheiro está retido pelo Governo no actual Turismo Portugal (antigo Instituto do Turismo de Portugal). O jornal colocou a hipótese de as verbas só serem transferidas para a

Câmara de Lisboa em 2009, quando o grupo Estoril-Sol pagar ao Governo a totalidade dos 30 milhões de euros pela concessão da exploração do casino. Segundo explicou Assis Ferreira à Lusa, o Casino de Lisboa pagou uma primeira prestação de 7,5 milhões de euros em 2003, ano em que foi assinado o contrato, sendo as restantes prestações pagas todos os anos, a 31 de Dezembro, a par tir do ano de abertura do Casino de Lisboa (2006). Como a casa de jogos abriu portas a 19 de Abril, terá de pagar no fim deste mês mais uma prestação, desta vez de 8,2 milhões de euros, sendo que a última prestação será paga a 31 de Dezembro de 2008. Assis Ferreira explicou ainda que o Casino de Lisboa tem pago mensalmente o Imposto Especial de Jogo (IEJ) e irá também pagar as contrapartidas anuais de 50 por cento das receitas brutas. De acordo com o responsável, o Casino de Lisboa estima ter facturado cerca de 52 milhões de euros nos primeiros sete meses de actividade, pelo que terá de pagar 26 milhões de euros em contrapartidas anuais.

Jardim promete sábado explosivo O presidente do executivo madeirense, Alberto João Jardim, escusou-se a comentar terça-feira o encontro desse dia em Belém com o Presidente da República, Cavaco Silva, remetendo este fim-de-semana mais desenvolvimentos da situação política no arquipélago. "O meu partido fará um conselho regional este fim-de-semana e aí os senhores terão matéria interessante", disse, afirmando: "Nesta fase não é conveniente fazer aqui qualquer declaração". A audiência de terça-feira foi acrescentada segunda-feira à agenda do Chefe de Estado, a pedido do próprio presidente do Governo Regional da Madeira. Alberto João Jardim, recorde-se, assegurou recentemente que não tenciona demitir-se do cargo nem provocar eleições antecipadas na região, depois de este cenário ter sido agitado pela imprensa madeirense. O objectivo seria ultrapassar a fase difícil da sua carreira política, motivada pela nova proposta de Lei de Finanças Regionais, que conduzirá a um corte substancial de verbas para a região, a que se associa a redução das verbas comunitárias para o arquipélago. Para o presidente do Governo Regional da Madeira, esta solução "não resolve coisa nenhuma". Recentemente, Alberto João Jardim afirmou numa entrevista existir o objectivo de derrubar a estrutura governamental de uma Região Autónoma.


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OPINIÃO

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Manuelita: poemas de mulher emigrante

António de Abreu Xavier eáëíçêá~Ççê

epois de ter deixado para trás a sua Fátima natal, Manuelita Ferreira chega à Venezuela em 1954. Não teve oportunidade de se instruir, tão pouco de fazer cursos de literatura ou de seguir uma formação universitária, mas, entre os resquícios da sua vida, fez a sua própria filosofia. Ela conteve os desejos de crescimento pessoal através da escola e da literatura académica, mas as lições dadas pela sua própria existência amadureceram o seu holístico espírito cosmopolita. Por isso, seguiu as velhas regras sociais que limitavam a educação das mul-

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heres do seu tempo a uma vida de lar e de crianças. Foi mãe de cinco filhos, experiência que lhe valeu uma maior compreensão da união entre os homens e a universalidade do ser humano. O empirismo, que supriu a falta de instrução, ficou plasmado nos seus poemários, para gentilmente partilhar as suas vivências. Poemas y pensamientos (1986), dedicado ao seu esposo, filhos e às Damas da Acção Voluntária de Hospitais, é um livro que recolhe os seus primeiros 104 poemas, que falam do amor de esposa e de mulher, assim como da relação da humanidade com o Mundo, porque "O Mundo foi criado para o Homem". No poemário seguinte, Otra Mujer (1989), Manuelita confessa os seus pensamentos mais subjectivos, expõe-se diante do leitor em confissões intimistas e explica-nos a sua inquietude: "Jamais tive o espírito quieto quando senti a necessidade de saber". A policromia poética de Manuelita observa-se também em

"Siete colores en un zafiro" (1990), compêndio carregado de simbolismos sobre a filosofia e o ser, sobre a criatividade e a realidade. Esperançada na sua experiência presente e futura, assegura: "O meu poema ainda não escrito será mais longo", enquanto renasce num contínuo deixar de ser para ser. Em 2004, publica Burbujas oníricas, no qual Manuelita se aventura na cuentística com sentimentos encontrados. Assim, perante a emotividade da recordação da sua vida em Portugal, expressa na "Burla del tiempo", o leitor enche-se de curiosidade e abrigase esperançado sob o azul da tarde. No ano seguinte, publica outros dois livros: Abanico de frases, um compêndio dos seus pensamentos já publicados, e o livro de memórias Mis Hojas de plata. Já em 2006, publicou "Lo Blanco en el vuelo", um poemário surrealista onde sonhos e análises filosóficas se conjugam com reflexões próprias da maturidade da sua vida. Estes poemas interiorizam a visão do tempo decorrido: "Cierro los ojos, para sentir la nieve que cae dentro".

Recordando momentos que se foram (2.ª parte)

Antonio López Villegas

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izia, na primeira parte deste artigo, que a Venezuela mudou. Tem vindo a fazê-lo de uma maneira quase vertiginosa, do ponto de vista da história. Muitos venezuelanos, tanto de nascimento como de coração, quiseram "fugir", praticamente, da actual situação. Ontem, ouvia na comunicação social que o nosso país encabeça, a par do Haiti e do Equador, a lista de países com maior índice de corrupção administrativa. Afirmação feita por um prestigioso organismo internacional de muita credibilidade. O que acontece no dia-a-dia aos que aqui vivem já não nos incomo-

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da. Na realidade, já nada nos surpreende. Começamos a ver tudo o que ocorre como algo normal. A realidade que nos circunda já não nos choca em nada. São tantos os que se atreveram e puderam sair que em Miami, por exemplo, há já uma zona onde vivem muitos venezuelanos à qual se deu o nome de Venezuela Ville, onde as pessoas comem as suas arepas recheadas com carne e com queijo llanero, as suas "cachapas", o "pabellón criollo", bebe-se a popular Polar e até se iça a bandeira da Venezuela. Há locais comerciais com os nomes de Margarita, praia Yaque, Caracas, etc. A realidade que apenas os cubanos "balseros", os dominicanos, os hondurenhos, os equatorianos, os colombianos, os peruanos, etc., conheciam, também nos chegou. É comum ver em Miami e em Nova Iorque licenciados vendendo quinquilharias e bijutarias, num McDonalds e/ou vendendo donuts num "carrinho". São empregos de segunda. Diz-se que "o trabalho não desonra o homem"; no entanto,

as pessoas estudam para ocupar um lugar melhor na sociedade e para poder desfrutar de uma melhor qualidade de vida, mas isso para nada lhes serviu nesta altura. Os portugueses, italianos, espanhóis, eslavos, alemães e de outras latitudes, foram chegando à nossa terra fugindo de uma situação pósguerra de miséria e necessidades. Agora, paradoxalmente, essa mesma situação está a começar a ser vivida nesta "terra de graça". Incrivel-mente, o fenómeno repete-se com os emigrantes. Muitos querem regressar porque nalguns dos países de origem, a situação já se normalizou. Os filhos e netos desta geração regressam aos países de onde vieram os seus ascendentes, para se encontrarem numa situação de terem de começar tudo de novo. Na realidade, os venezuelanos não emigraram mas em menos de uma década convertemo-nos num povo de emigrantes que recordam os momentos que se foram e que aspiram a que esses momentos regressem um dia.

Etnografia & Folclore

Um Povo sem "Memória" não existe Lino Mendes Quando a todo o momento, e por força do desejado progresso, somos confrontados com padrões universais, nunca como hoje foi tão importante a defesa da nossa identidade cultural. O que, necessariamente, passa pelo respeito das nossas tradições, pelos usos e costumes daqueles que nos antecederam. E aqui os grupos de folclore têm um relevante papel a desenvolver. É preciso que no dia-adia este país que é o nosso vá sendo construído em português. O que não significa o erguer de barreiras, a delimitação de fronteiras para além das "culturais", porque é nas diferenças que o convívio entre os povos se consolida, e na identidade que se reforça a evolução natural das coisas. É a maneira de ser e de estar de um povo que o define. E, quando hoje se pretende definir o que é um homem culto, várias interrogações se nos colocam, uma certeza de imediato se perfila: De nada importa a soma de conhecimentos se ignorarmos a identidade do meio em que nos inserimos. E é esta verdade que, sem manipulações, deve estar presente desde os bancos da Escola, que a criança só pode amar aquilo que não desconhece. E que se o desenvolvimento só coabita com uma população culturalmente evoluída, esta não assenta no desconhecimento das raízes que nos definem, no ignorar da memória do povo que somos. Preservar de modo algum significa parar no tempo, antes garantir um ponto de referência que não podemos deixar perderse. E se recordar é viver, importa que HOJE se conheça o ONTEM para, com mais consistência, se possa construir o AMANHÃ. Não é, de modo algum, um indesejado saudosismo, mas os caboucos de uma existência firme na certeza de que um povo sem "memória" não existe. Entretanto, o que são a "etnografia" e o "folclore", o que é a nossa "cultura tradicional"? O que deve ser, afinal, um "Grupo de Folclore"? Sobre o assunto iremos "conversando" em artigos futuros.


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07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006 CORREIO DA VENEZUELA

OPINIÃO

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CARTAS

Basta de corrupção

Identificação lusa

Na última edição do CORREIO foi publicado um artigo referente à avaliação dos níveis de corrupção no Mundo.Foi muito lamentável saber que a Venezuela está posicionada nos últimos lugares e que tem estado nessa posição há vários anos consecutivos. Vivemos num país com muitas riquezas e é muito triste ver como, ano após ano, a situação piora. Pergunto-me porque não podemos seguir o exemplo de outros países como Uruguai ou Paraguai, que conseguiram melhorar a sua condição neste capítulo.Sem querer mais comparar a Venezuela com qualquer outro Estado, creio

Li no vosso jornal que o Consulado de Portugal da cidade de Caracas está a ter problemas com a ligação com Lisboa ao nível da transmissão de dados para o fabrico dos passaportes.Também fiquei a saber que o Cônsul de Portugal na capital disse que esperava a chegada do técnico, que vem directamente de Lisboa, para o mês de Janeiro.Penso que o problema devia ser resolvido o mais brevemente possível. Para nós, luso-descendentes, é importante ter e dia a nossa documentação portuguesa, já

que contamos com o necessário para progredir.Mas parecemos estar empenhados em viver na miséria. Também considero que fazem falta mais organismos que, activamente, regulem o desenvolvimento das diversas entidades públicas e privadas da nação.É indispensável uma constante avaliação que acabe com os subornos e o desvio de fundos que vulgarmente ocorrem nas organizações.É hora de que se comece a trabalhar seriamente em prol de diminuir os níveis de corrupção. Carmen Gómes

que nos permite identificar como portugueses.Espero que a pessoa que vem arranjar a máquina chegue o mais rapidamente possível porque necessito de viajar para os Estados Unidos para realizar uma especialização na minha carreira e o meu passaporte, que me identifica como português, garante-me o tempo que preciso para lá para terminar os meus estudos. Devo felicitar os funcionários consulares pela melhor atenção que estão prestando aos pedidos que dão entrada nos serviços consulares, ainda

Máquinas perturbadoras

Emigrantes até quando?

A Constituição e as leis amparamnos e exigem-nos que, como cidadãos, tenhamos que decidir o destino da nossa nação através do sufrágio.Esta afirmação é muito bonita no papel mas quando se deseja exercer o santo direito do voto bem cedo, de manhã, e tudo o que consegues encontrar é uma fila de quilómetros, fica a beleza de lado e a ideia converte-se num pesadelo. O elemento mais perturbador é sem dúvida alguma representado pelas máquinas "captahuellas", das quais não se deixou de falar em nenhuma fase da jornada eleitoral. Sinceramente, é incrível que depois

Gostaria de fazer uma reflexão sobre a palavra emigrante, já que, quanto a mim, e devido a tantos anos de má interpretação acerca da condição, desvirtuaram a palavra. Quando estive em Portugal não é por acaso que todos os candidatos à Presidência da República, excepto um, usaram muito a palavra emigrante, e em contrapartida, o candidato ganhador sempre utilizou "Portugueses a residirem fora de Portugal". Acho que de uma vez por

de madrugar e permanecer numa fila durante toda a manhã e parte da tarde, tivéssemos que continuar à espera, porque as inúteis máquinas não funcionavam correctamente. No acto eleitoral de domingo, ficou demonstrado que, apesar das críticas, o sector opositor venezuelano tinha toda a razão no que diz respeito à eliminação das ditas máquinas, já que estas só serviram para cumprir com o que parece ser a sua verdadeira função: Retardar o processo eleitoral nas zonas onde a oposição é maioria. Arturo Gonçalves

todas deveríamos acabar com esta palavra, já que na actualidade não expressa nada sobre a nossa condição de Portugueses a viver na Venezuela e noutras partes do mundo. Se repararem, bastou ver as alterações de ordem pública em França, que foram atribuídas aos imigrantes, para que, cada vez assaltam alguém ou roubam alguém, se diga que é da autoria de uma pessoa estrangeira, primeiro de "um emigrante", portanto, até se confunde muito "emigrante" com "imigrante".

que continuem verificar-se certas situações que deviam melhorar. Quanto ao vosso jornal, devo expressar o meu maior agrado pelas notícias e pelo profissionalismo de cada um dos jornalistas periodistas que as produzem. Penso que o CORREIO chegou à Venezuela para unir todos os portugueses que vivem neste país, o que estão a conseguir pouco a pouco. Desejo-vos muito êxito e um Feliz Natal para todos. Demian Lucas Soares

Então peço através do vosso jornal para que não se utilize mais esta expressão que descrimina a nossa condição de vida e também para que sensibilizem as autoridades para que de uma vez por todas acabem por tratar-nos como portugueses a residir fora de Portugal. É apenas uma reflexão que vai ao encontro de milhares de pessoas que como eu não gostam de ser tratados como emigrantes em Portugal. Rodrigo Pestana

INQUÉRITO: Que presente deseja para a Venezuela neste Natal?

Narcisa Dias açãÐëíáÅ~

"Quero que a situação no país melhore, que a Venezuela siga em frente, mas sobretudo espero que haja muita paz neste final de ano e em 2007. Também que acabe a insegurança, porque cada vez é mais perigoso sair à rua. A melhor prenda seria uma verdadeira mudança."

Samuel Ferreira bëíìÇ~åíÉ

"Espero um Natal em paz e com muita harmonia, onde todos os venezuelanos estejam unidos, sem distinções políticas nem sociais. Que juntos recebamos o novo ano dispostos a dar o melhor de nós e desejo que o país melhore em todos os seus aspectos."

Sebastián Figueira de Sousa aÉëáÖåÉê ÖêˇÑáÅç

"O que desejo são mais casas para as pessoas que não têm onde viver. Desejo menos pobreza e mais segurança. Mas principalmente gostava que nos trouxessem tranquilidade e união."

Laura Martínez da Silva bëíìÇ~åíÉ

"Espero que a qualidade de vida de todos os venezuelanos e da comunidade em geral melhore, que se tenha maior consciência do que está a acontecer no país. Que haja uma melhor educação para que o povo saiba discernir o que está bem e o que está mal."


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ECONOMIA

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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

Excelsior Gama bate recorde de ajuda O grupo Gama colabora desde há cinco anos com mais de 30 instituições de beneficência Jean Carlos De Abreu

àÅÉÇÉ~ÄêÉì]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

E

m cinco anos de ajuda social, o Excelsior Gama arrecadou dois mil milhões de bolívares graças ao apoio dos clientes desta rede de supermercados ao plano de responsabilidade social chamado "Una sonrisa a su cuenta", que tem como finalidade contribuir com ajuda económica para instituições de beneficência não governamentais com necessidades no país. Segundo disse Luís Miguel Mirabent disse ainda ao Mirabent, vice-presidente coCorreio que em princípio tinmercial da empresa, foram arrecadados, em quatro anos, mil ham pensado criar uma fundamilhões de bolívares, e em 2006, ção própria, mas depois pensaaté ao passado mês de ram que isso seria competir com Novembro, obtiveram mais mil outras fundações que existem há milhões, graças ao apoio dos mais tempo e optaram por criar clientes que contribuíram com planos de ajudas. "Iniciámos a nossa ajuda com seis instituiçõdonativos para esta causa. "Una sonrisa a su cuenta" é es. Os donativos arrecadados são um programa que tem a finali- entregues a cada dois meses. À dade de socorrer instituições medida que as nossas metas que têm projectos de ajuda a foram aparecendo, chegámos a dar o dinheiro mensalmente". crianças, mulheQuanto às instituires e idosos ções que apoiam, com necessidavariadas, acresdes ou abandoMirabent comentou que têm são centa o vice-presinados. vindo a levar a cabo este dente do Excelsior. Mirabent Durante estes cinco plano de ajuda desde há comentou que anos, a rede Gama têm vindo a cinco anos e com o passar colaborou com mais levar a cabo do tempo, o projecto ganhou de 30 instituições este plano de em todo o país. ajuda desde há "maior credibilidade". Entre as associações cinco anos e mais beneficiadas com o passar do encontra-se a tempo, o projecAssociação Venezuelana para o to ganhou "maior credibilidade". Reiterou que os donativos dos Síndrome de Down (AVESID), clientes do Gama incrementa- com 128 milhões de bolívares ram as cifras entregues às insti- entregues. Outra foi a Hogares Bambi e ainda a Associação de tuições. Ajuda à Criança Queimando CRIAR UMA FUNDAÇÃO (ASOCIRPLA). Neste mês de

Dezembro, o Excelsior vai juntar donativos para doar ao Hospital Ortopédico Infantil. As associações que desejem receber a ajuda do Excelsior Gama devem trabalhar preferencialmente com crianças, devem possuir um projecto concreto, por escrito, com números e especificações, e devem estar constituídas, assim como ter um trajecto comprovado na beneficência. 2007: "BATER O RECORDE" Para o próximo ano, o grupo de supermercados Excelsior Gama tem previsto bater o recorde e arrecadar mais mil milhões em menos de 10 meses. Luís Miguel sublinhou que os clientes do Gama "estão sempre dispostos a colaborar" e agradeceu o "incansável trabalho" realizado pelas caixeiras nas diferentes sucursais. Recentemente, um cliente doou 500 mil bolívares do seu bolso para colaborar com a causa de ajuda às crianças queimadas. "É bom saber que há pessoas que ainda acreditam na seriedade dos projectos de beneficência", disse Mirabent.

ASOPAN já conta com 120 associados Jean Carlos De Abreu

àÅÉÇÉ~ÄêÉì]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

Associação de Padarias Anzoátegui Nororiental (ASOPAN), fundada em Puerto La Cruz, no estado Anzoátegui, há mais de 25 anos, realizou, no passado dia 9 de Dezembro, a habitual ceia de Natal para afiliados e patrocinadores. José da Costa, actual presidente da ASOPAN, disse ao Correio que esta associação cumpre, há mais de um quarto de século, com as linhas orientadoras estabelecidas por altura da fundação. Referiu ainda que esta associação tem como finalidade "atender os nossos clientes como eles merecem" e demonstrar, assim, que as padarias da região oriental da Venezuela "também têm qualidade". Estes empresários dedicados ao ramo do pão dispuseram-se, em 1980, a formar

A

uma associação com 20 padarias. Agora, quase no fim de 2006, já são mais de 120 os estabelecimentos, das zonas Norte e Sul da região, que compõem este grupo. A maioria dos afiliados desta corporação é de origem portuguesa e vive e trabalha na região Oriental do país. "Nós não só temos como prioridade o serviço, como também apoiamos os proprietários destes estabelecimentos e damos assessoria", acrescentou Costa, explicando que desta forma asseguram o êxito na atenção e qualidade dispensadas na região. A festa de Natal foi levada a cabo no hotel Puerto La Cruz, antigo Meliá, no salão Fénix. A recepção reuniu 300 pessoas, entre afiliados, amigos e patrocinadores. O grupo folclórico luso-venezuelano "Danças e Cantares de Portugal de Puerto La Cruz" animou o serão.

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Governo quer TAP "entre as melhores" da Europa O ministro dos Transportes afirmou que quer a TAP "entre as melhores empresas europeias do sector" e apresentou os objectivos para a companhia até 2008, ano em que a meta é aumentar o lucro para 26,8 milhões de euros. Mário Lino, que presidiu esta semana à assinatura das cartas de missão pelos novos órgãos sociais da transporta-

Breves Novas refeições servidas na linha de Madrid

A TAP introduziu no dia 1 de Dezembro um novo conceito de refeição, da autoria do Chef Vítor Sobral, nos menus servidos a todos os passageiros que viajem em Classe Top Executive na linha de Madrid. Os passageiros da TAP têm agora à sua disposição refeições renovadas, com diferentes composições, consoante a hora do voo (pequeno almoço, lanche, almoço e jantar). Ao pequeno - almoço, a TAP oferece uma maior diversidade de pães e pastelaria ( danish pastries)e a meio da manhã ou durante a tarde, os passageiros podem optar por um snack (o pen sandwich ). Nas refeições principais (almoço e jantar), a Companhia disponibiliza três novos pratos originais, concebidos pelo Chef Vítor Sobral: camarão com compota de papaia, manga e courgettes; lombo de porco com salada de ananás e tomate grelhado; e rosbife com espargos, puré de pêra e salada de rúcula.

dora aérea nacional, salientou a manutenção da estabilidade e o aprofundamento do trabalho já feito, de modo a "levar a TAP para novos voos", ao justificar a opção por separar os poderes executivo e de supervisão na TAP SGPS e na TAP SA. O ministro falava numa conferência de imprensa para apresentação dos novos órgãos sociais da TAP para o

mandato 2006/2008, nos quais o presidente do conselho de administração executivo continua a ser Fernando Pinto, e dos objectivos do grupo até 2008, no âmbito do novo modelo de gestão por objectivos que o Ministério quer implementar em todas as entidades tuteladas. Um dos desafios que a TAP tem de enfrentar é a preparação para a privatização,

para a qual o Governo tenciona avançar em 2007, embora o ministro tenha afirmado não ter programa definido para esta operação. Quanto aos objectivos traçados para a actividade da TAP nos próximos anos, que integram "rentabilidade, crescimento e qualidade de serviço", o secretário de Estado adjunto, Paulo Campos, explicou que a empresa vai ser

comparada com o desempenho médio de um grupo das nove melhores companhias aéreas europeias, nomeadamente KLM e British Airways. Assim, por exemplo, no que respeita ao retorno do capital investido o Governo pretende que este ano a TAP atinja 70 por cento da média daquele grupo contra 27 por cento em 2005.


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II Divisão - Série A 10ª Jornada

II Divisão - Série B 10ª Jornada

II Divisão - Série C 10ª Jornada

II Divisão - Série D 10ª Jornada

DESPORTO

Liga de Honra 12ª Jornada

Bragança - Vila Meã

1-1

Infesta - Portosantense

1-0

Avanca - Fátima

0-3

Atlético - Rio Maior

2-2

Chaves - Portimonense

1-2

Fafe - Freamunde

1-1

Lusitânia - Paredes

0-3

Lusitânia - Portomosense

3-1

Est. V. Novas - Abrantes

1-3

Estoril - Olhanense

1-2

Famalicão - Pontassolense

1-2

Machico - Dragões S.

1-0

Mirandense - Sp. Covilhã

0-0

Louletano - Pinhalnovense

2-0

Feirense - Vizela

0-2

Maria Fonte - Lixa

3-0

Marco - Fiães

3-2

Oliv. Bairro - Pampilhosa

0-0

Mafra - Eléctrico

2-0

Marítimo B - Lousada

2-2

Oliveirense - Camacha

1-1

Penalva - Operário

1-2

Odivelas - Imortal

3-0

Rio Ave - V. Guimarães

5-3

Ribeira Brava - Maia

0-1

Sp. Espinho - Esmoriz

1-1

Pombal - Madalena

1-0

Real - Barreirense

2-0

Santa Clara - Penafiel

0-0

Ribeirão - Moreirense

0-1

U. Lamas - União

1-3

Tourizense - Nelas

2-0

Torreense - Messinense

2-2

Trofense - Gondomar

2-2

Classificação J V E D G

Classificação P

J V E D G

Classificação P

J V E D G

Classificação P

J V E D G

10 6 3 1 21-11 21

1º Fátima

10 8 1 1 21-3 25

1º Louletano

10 6 3 1 11-5 21

2º Lixa

10 5 3 2 10-8 18

2º Infesta

10 6 1 3 18-14 19

2º Operário

10 6 2 2 22-1220

2º Atlético

10 5 4 1 18-7 19

3º Freamunde

10 4 3 3 13-9 15

3º União

10 6 1 3 17-113 19

3º Nelas

10 6 1 3 13-8 19

3º Mafra

10 6 1 3 14-5 19

4º Moreirense

10 4 3 3 8-7 15

4º Esmoriz

10 5 3 2 14-9 18

4º Oliv. Bairro

10 5 2 3 15-12 17

4º Pinhalnovense 10 5 3 2 18-11 18

5º Ribeira Brava

10 3 5 2 11-66 14

5º Oliveirense

10 4 4 2 16-10 16

5º Penalva

10 3 5 2 8-6 14

5º Real

10 5 2 3 21-17 17

6º Maia

10 4 2 4 13-15 14

6º Marco

10 4 3 3 16-15 15

6º Pombal

10 4 2 4 8-8 14

6º Rio Maior

10 4 3 3 16-13 15

7º Marítimo B

10 3 4 3 15-111 13

7º Lusitânia

10 4 2 4 13-17 14

7º Sp. Covilhã

10 3 4 3 14-12 13

7º Abrantes

10 4 3 3 13-11 15

8º Fafe

10 3 4 3 16-19 13

8º Fiães

10 3 4 3 13-13 13

8º Tourizense

10 3 4 3 15-15 13

8º Torreense

10 4 3 3 9-11 15

10 3 3 4 10-10 12

9º Camacha

10 3 3 4 10-112 12

10 3 3 4 11-13 12

10º Machico

10 3 3 4 14-117 12

9º Pampilhosa

10 3 2 5 15-15 11

10º Lusitânia

10 2 4 4 13-17 10

9º Odivelas 10º Barreirense

10 4 2 4 11-11 14 10 3 2 5 8-12 11

11º Lousada

10 2 5 3 12-16 11

11º Portosantense 10 2 3 5 10-112 9

11º Mirandense

10 2 4 4 11-17 10

11º Eléctrico

10 2 4 4 7-14 10

12º Ribeirão

10 2 3 5 8-13 9

12º Paredes

10 2 3 5 10-12 9

12º Avanca

10 3 1 6 12-22 10

12º Imortal

10 3 1 6 8-17 10

13º Vila Meã

10 2 2 6 9-18 8

13º Dragões S.

10 2 2 6 8-16 8

13º Madalena

10 2 3 5 6-11 9

13º Messinense

10 1 2 7 5-14 5

14º Bragança

10 1 4 5 8-12 7

14º U. Lamas

10 2 1 7 10-19 7

14º Portomosense 10 1 3 6 6-21 6

14º Est. V. Novas

10 1 1 8 4-15 4

11ª Jornada (10-12)

11ª Jornada (10-12)

11ª Jornada (10-12)

11ª Jornada (10-12)

Freamunde - Famalicão

Camacha - U. Lamas

Fátima - Penalva

Abrantes - Louletano

Lixa - Fafe

Dragões S. - Infesta

Lusitânia - Avanca

Barreirense - Est. V. Novas

Maia - Bragança

Esmoriz - Fiães

Madalena - Tourizense

Imortal - Mafra

Moreirense - Lousada

Paredes - Oliveirense

Nelas - Oliv. Bairro

Messinense - Eléctrico

Pontassolense - Ribeira Brava

Portosantense - Marco

Operário - Mirandense

Pinhalnovense - Atlético

Ribeirão - Maria Fonte

Sp. Espinho - Lusitânia

Portomosense - Pampilhosa

Rio Maior - Odivelas

Vila Meã - Marítimo B

União - Machico

Sp. Covilhã - Pombal

Torreense - Real

4-0

P

1º Sp. Espinho

9º Maria Fonte

1-0

Leixões - Varzim

Classificação

1º Pontassolense 10 8 2 0 17-44 26

10º Famalicão

Gil Vicente - O. Moscavide

J V E D G P 1º Feirense 2º Leixões 3º Santa Clara 4º O. Moscavide 5º Rio Ave 6º V. Guimarães 7º Penafiel 8º Trofense 9º Varzim 10º Olhanense 11º Gondomar 12º Estoril 13º Portimonense 14º Vizela 15º Gil Vicente 16º Chaves

12 11 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 11 12

6 7 6 5 5 5 4 4 5 4 4 4 3 3 2 1

5 1 3 4 4 3 6 5 2 4 3 3 3 1 4 3

1 3 3 3 3 4 2 3 5 4 5 5 6 8 5 8

18-8 23 19-10 22 15-14 21 14-11 19 18-17 19 16-13 18 9-9 18 12-9 17 13-17 17 13-15 16 14-13 15 11-12 15 14-17 12 13-16 10 6-15 10 8-17 6

13ª Jornada (10-12) Chaves - Gil Vicente Gondomar - Rio Ave O. Moscavide - Santa Clara Olhanense - Trofense Penafiel - Leixões Portimonense - V. Guimarães Varzim - Feirense Vizela - Estoril

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Cristiano e Deco candidatos à selecção da UEFA Os portugueses Cristiano Ronaldo e Deco são candidatos à equipa do ano da UEFA, numa votação que fecha a 04 de Janeiro de 2007. Cristiano Ronaldo concorre com o italiano Gennaro Gattuso, o francês Franck Ribéry o argentino Lionel Messi e o inglês Steven Gerrard ao lugar de melhor médio direito do ano. Por seu lado, Deco vai "medir forças" com os brasileiros Kaká e Juninho Pernambucano, o argentino Juan Román Riquelme e o alemão Michael Ballack para o posto de melhor médio ofensivo. A lista incluiu um total de 55 jogadores (10 defesas centrais, 10 avançados e cinco nas restantes posições).


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DESPORTO

III divisão Série A 11ª Jornada

CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

III divisão Série B 11ª Jornada

Amares - Mirandela

1-2

AD Oliveirense - Amarante FC

Atl Cabeceirense - GDU Torcatense

0-3

CA Mac Cavaleiros - GD Joane

2-1

D. Cerveira - C. Atl Valdevez

0-1

Leça FC - Canedo FC

Merelinense FC - Vila Verdense FC

2-0

Mondinense FC - FC Marinhas

III divisão Série C 11ª Jornada 3-3

Anadia FC - Santacombadense

2-0

C Rec Ataense - Ermesinde

1-1

CD Tondela - SPG S João Ver

2-0

FC Tirsense - CF Oliveira Douro

1-1

FC Oli Hospital - Gafanha

1-3

4-0

Lamas - Valonguense

1-1

S Pedro Cova - Aliados FC Lordelo

0-0

Rec D Agueda - AD Satão

1-1

4-3

Torre Moncorvo - Atl C Alijoense

1-0

Tocha - Sanjoanense

2-2

SC Vianense - AD Limianos

1-0

Vila Real - FC Pedras Rubras

1-1

Valcambrense - Paços Brandão

1-1

Vieira Sport Clube - Brito Spor Clube

2-1

Vilanovense FC - Rebordosa Atl C

0-1

Milheiroense - Descansa

Classificação 1º C. Atl Valdevez 2º Vieira Sport Clube 3º Merelinense FC 4º SC Vianense 5º GDU Torcatense 6º CA Mac Cavaleiros 7º FC Marinhas 8º Mirandela 9º Mondinense FC 10º GD Joane 11º D. Cerveira 12º Brito Spor Clube 13º Amares 14º Vila Verdense FC 15º AD Limianos 16º Atl Cabeceirense

Classificação

J V E D G

P

11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

25 21 21 20 20 18 17 17 16 15 15 13 7 7 7 7

8 6 6 6 6 5 5 5 4 4 5 3 2 2 1 2

1 3 3 2 2 3 2 2 4 3 0 4 1 1 4 1

2 2 2 3 3 3 4 4 3 4 6 4 8 8 6 8

21-7 15-9 13-8 18-13 13-9 19-14 21-15 14-15 13-13 12-13 14-16 19-19 12-17 12-21 11-21 10-27

12ª Jornada (10-12)

1º FC Pedras Rubras 2º Leça FC 3º Torre Moncorvo 4º Rebordosa Atl C 5º FC Tirsense 6º AD Oliveirense 7º S Pedro Cova 8º Aliados FC Lordelo 9º Vilanovense FC 10º CF Oliveira Douro 11º Amarante FC 12º Ermesinde 13º Vila Real 14º Atl C Alijoense 15º C Rec Ataense 16º Canedo FC

Classificação

J V E D G

P

11 11 11 11 11 10 11 11 10 11 11 11 11 11 11 11

23 21 21 18 18 17 17 13 13 13 12 9 9 9 7 5

6 5 6 5 4 4 4 3 3 2 3 1 1 2 1 1

5 6 3 3 6 5 5 4 4 7 3 6 6 3 4 2

0 0 2 3 1 1 2 4 3 2 5 4 4 6 6 8

17-8 16-6 14-9 15-10 15-11 20-10 13-9 13-10 8-7 9-9 14-16 7-12 6-13 6-18 13-18 7-27

12ª Jornada (10-12)

AD Limianos - CA Mac Cavaleiros Brito Spor Clube - Amares C. Atl Valdevez - Mondinense FC FC Marinhas - Merelinense FC GD Joane - Atl Cabeceirense GDU Torcatense - Vieira Sport Clube Mirandela - D. Cerveira Vila Verdense FC - SC Vianense

P

11 7 3 1 19-9 24

2º Milheiroense

10 7 1 2 17-8 22

3º Valcambrense

10 6 2 2 12-4 20

4º Lamas

11 5 3 3 15-10 18

5º Anadia FC

10 5 2 3 14-11 17

6º SPG S João Ver

10 5 2 3 8-10 17

7º AD Satão

10 4 4 2 15-11 16

8º FC Oli Hospital

10 4 2 4 11-11 14

9º Valonguense

10 3 3 4 10-12 12

10º Santacombadense 10 3 3 4 5-9 12 11º Sanjoanense

10 3 2 5 7-12 11

12º Tocha

11 2 4 5 12-16 10

13º Gafanha

10 2 2 6 5-10 8

14º Rec D Agueda

11 2 1 8 9-17 7

15º Paços Brandão

10 1 2 7 6-15 5

12ª Jornada (10-12)

Aliados FC Lordelo - Torre Moncorvo Amarante FC - S Pedro Cova Atl C Alijoense - Vilanovense FC Canedo FC - FC Tirsense CF Oliveira Douro - Vila Real Ermesinde - Leça FC FC Pedras Rubras - AD Oliveirense Rebordosa Atl C - C Rec Ataense

III divisão Série D 11ª Jornada

J V E D G 1º CD Tondela

AD Satão - Lamas Gafanha - Anadia FC Paços Brandão - FC Oli Hospital Sanjoanense - CD Tondela Santacombadense - Milheiroense SPG S João Ver - Valcambrense Valonguense - Tocha Descansa - Rec D Agueda

III divisão Série E 11ª Jornada

III divisão Série F 11ª Jornada

Atl C Marinhense - Penamacorense

0-0

Cacém - Alcochetense

1-2

Amora - Cova Piedade

2-1

Bidoeirense - União Desp. Gandara

0-2

Carregado - 1º Dezembro

0-0

Atlético SC - GD Lagoa

3-0

Bombarralense - C Atl Riachense

3-2

Casa Pia - "O Elvas"

1-1

FC Ferreiras - Vitoria FC SAD B

0-3

Peniche - UD Caranguejeira

0-1

Câmara de Lobos - Sintrense

0-2

FC Serpa - GD Beira Mar

S Benf C Branco - Caldas Sport Clube

2-1

Lourel - Cartaxo

0-2

Juv Campinense - Beja

0-0

Sertanense - Idanhense

0-1

Montijo - Caniçal

3-3

Lusitano G C - Almansilense

0-1

Sourense - Monsanto

2-0

Oeiras - Oriental

0-2

Lusitano VRSA - Juventude SC

3-1

União Coimbra - Ginasio C Alcobaça

2-1

Povoense - Santana

2-4

Silves - Descansa

Classificação

Classificação

J V E D G 1º Caldas Sport Clube 11 11 2º Peniche 11 3º Monsanto 4º União Desp. Gandara 11 5º UD Caranguejeira 11 11 6º Sourense 11 7º Bombarralense 8º S Benf C Branco 11 9º C Atl Riachense 11 10º Penamacorense 11 11º Ginasio C Alcobaça 11 10 12º Idanhense 13º Atl C Marinhense 11 11 14º Sertanense 10 15º União Coimbra 11 16º Bidoeirense

7 6 6 4 5 5 4 3 4 3 4 4 2 2 2 0

1 2 2 6 2 2 3 6 3 5 2 2 6 4 4 2

3 3 3 1 4 4 4 2 4 3 5 4 3 5 4 9

22-7 15-10 17-15 11-7 15-14 16-16 19-19 12-12 18-19 19-16 11-9 15-16 8-9 17-19 10-17 9-29

P 22 20 20 18 17 17 15 15 15 14 14 14 12 10 10 2

12ª Jornada (10-12) C Atl Riachense - Sertanense Caldas Sport Clube - Bidoeirense Ginasio C Alcobaça - Atl C Marinhense Idanhense - Sourense Monsanto - S Benf C Branco Penamacorense - Peniche UD Caranguejeira - Bombarralense União Desp. Gandara - União Coimbra

1º Caniçal 2º Carregado 3º Alcochetense 4º Santana 5º Oriental 6º Câmara de Lobos 7º Sintrense 8º Cacém 9º Casa Pia 10º Montijo 11º Povoense 12º 1º Dezembro 13º Cartaxo 14º Oeiras 15º "O Elvas" 16º Lourel

P

J V E D G

P

11 6 4 1 24-115 22

1º GD Lagoa

10 8 0 2 19-12 24

11 6 3 2 21-13 21 11 6 2 3 18-13 20 11 6 2 3 18-114 20

2º Amora

10 6 3 1 13-8 21

3º Cova Piedade

10 6 0 4 22-14 18

11 4 5 2 15-12 17 11 5 1 5 13-111 16 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

4 3 2 3 3 2 3 2 3 2

4 4 7 4 3 6 3 5 2 1

3 4 2 4 5 3 5 4 6 8

20-19 20-18 11-14 17-28 21-16 11-11 17-20 16-19 7-13 12-25

12ª Jornada (10-12) "O Elvas" - Carregado 1º Dezembro - Lourel Alcochetense - Câmara de Lobos Caniçal - Casa Pia Cartaxo - Cacém Oriental - Povoense Santana - Montijo Sintrense - Oeiras

16 13 13 13 12 12 12 11 11 7

4º Juventude SC

11 5 3 3 19-14 18

5º Vitoria FC SAD B

10 5 1 4 14-13 16

6º Beja

11 5 1 5 9-9 16

7º Atlético SC

10 4 3 3 15-13 15

8º Almansilense

10 4 2 4 17-14 14

9º FC Ferreiras

10 4 2 4 15-15 14

10º Lusitano VRSA

11 4 2 5 11-13 14

11º GD Beira Mar

10 3 4 3 10-10 13

12º Juv Campinense

11 2 5 4 8-13 11

13º Lusitano G C

10 3 1 6 9-14 10

14º FC Serpa

10 2 1 7 6-19 7

15º Silves

10 1 2 7 7-13 5

12ª Jornada (10-12) Almansilense - FC Serpa Beja - Lusitano G C Cova Piedade - Silves GD Beira Mar - Atlético SC GD Lagoa - FC Ferreiras Juventude SC - Juv Campinense Vitoria FC SAD B - Amora Descansa - Lusitano VRSA

António Carlos da Silva

~Ç~ëáäî~]ÅçêêÉáçÇÉîÉåÉòìÉä~KÅçã

odos os clubes sociais lusitanos organizam torneios de futsal nas mais diversas categorias. Mas é só o Centro Português, de Caracas, que se pode orgulhar de ter o torneio de futsal para futebolistas mais jovens. Estamos a falar do cada vez mais popular torneio da categoria "Compota". Quem o diz é Domenico Carnevalli, director desportivo do clube de Macaracuay, que confirma tudo o que se diz acerca do referido torneio. "É todo um êxito dentro do centro social", observa. Os clubes e associações iniciavam as actividades desde a chamada categoria pré-infantil "B" (para crianças maiores de seis anos de idade), mas segundo o dirigente desportivo, dado a grande quantidade de 'craques' que surgem no clube com idades de três e quatro

T

anos, foi decidido organizar uma prova para eles desde há dos anos. "Os 'chamos' já pisam a bola, rematam forte e até celebram os golos colocando a camisa sobre a cabeça, um verdadeiro espectáculo", afirma Carnevalli, que inclusivamente diz que "de todas as categorias e disciplinas que lidou directamente, aquela que gera mais emoções, mais barulho e que mais pessoas atrai é a categoria 'Compota'". Os novos 'craques' treinam às quartas-feiras, onde marcam presença quase religiosa cerca de 30 crianças. Os jogos do torneio são disputados aos sábados, desde as 2 horas da tarde, sendo integrados por quatro equipas. Dado que os participantes são muito novos, cabe perguntar até que ponto esta iniciativa deve ser uma competição ou simplesmente limitarse a ser um momento de diversão para estas crianças. Domenico

Marítimo vence e "rouba" quinto lugar ao Nacional

1-1

Classificação

J V E D G

Torneio 'Compota' já arrancou

Marítimo "roubou" segunda-feira o quinto lugar da Liga de futebol ao Nacional, ao vencer o Vitória de Setúbal por 1-0 no jogo de encerramento da 12ª jornada, apesar de ter os mesmos pontos que o vizinho da Choupana. No estádio dos Barreiros, um golo solitário de Marcelo Lapatin, aos 67 minutos, foi suficiente para o Marítimo somar 19 pontos e fazer o Nacional "cair" para o sexto posto, devido à desvantagem no confronto directo com a outra equipa da Madeira. Por seu turno, o Vitória de Setúbal sofreu nova derrota e mantém-se muito em baixo na tabela classificativa, ocupando o 14º posto, com apenas nove pontos e a um da zona de despromoção, no termo de uma ronda marcada pela vitória do Benfica no "derby" frente ao Sporting, na sexta-feira. Um golo de Ricardo Rocha e outro Simão deram o triunfo ao Benfica no terreno do eterno rival e permitiram ao FC Porto consolidar a liderança da tabela, com cinco pontos de vantagem sobre a formação "leonina", segunda classificada, depois de os "dragões" também terem ganho sábado ao

O

Boavista pelo mesmo resultado, graças aos tentos de Quaresma e Postiga. No domingo, o Sporting de Braga recuperou de um golo de desvantagem e ganhou por 4-2 na recepção à Académica de Coimbra, mantendo o terceiro lugar, com mais um ponto que o Benfica, quarto classificado, e menos três que o Sporting, segundo. A União de Leiria não conseguiu melhor que empatar a zero na recepção ao Paços de Ferreira, num jogo realizado também domingo e que opôs o sétimo e o oitavo classificados, respectivamente. No mesmo dia, o Desportivo das Aves alcançou a segunda vitória da época e deixou o último lugar, batendo em casa a Naval 1º de Maio por 2-0. Como no sábado o Belenenses tinha vencido na visita ao Beira- Mar, por 2-1, os aveirenses são o novo "lanterna vermelha", enquanto os lisboetas, com um encontro a menos, subiram ao 10º posto, impondo a segunda derrota em três jogos ao treinador Carlos Carvalhal, que só obteve um empate desde que deixou o Sporting de Braga para orientar a equipa de Aveiro.


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07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006 CORREIO DA VENEZUELA

Hot Point

Carnevalli concorda plenamente: "Os nossos técnicos estão todos de acordo de que antes de se cumprir os 13 anos, a criança não deve ser submetida a exigências competitivas, mas só apenas diversão". Acontece que os papás e as mamãs, muitas vezes, "são os que se enganam e pedem-lhes para ganhar". Felizmente, segundo o dirigente e treinador, as crianças passam ao lado do que transpira das bancadas e apenas querem jogar futebol no seu estado puro. Pese a curta idade, já se pode ir apreciando o perfilhamento de verdadeiros talentos. As crianças jogam cumprindo

na íntegra as regras do jogo. Sabem quando há um fora, quando há falta, quando há devolução da bola, quando têm de marcar com o pé. Nestes desafios já se pode ir apreciando quem tem aptidão técnica, quem é mais más veloz, quem é más forte para saltar e defender, quem utiliza ambos pés. O que não deixa dúvidas ao entrevistado do CORREIO é que a "iniciativa de nosso clube foi definitivamente de grande acerto". Em Macaracuay já há muitos que preferem ver as crianças a divertir-se em vez de assistir aos jogos dos "craques" milionários da primeira divisão.

DESPORTO

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06/12/2006

09:46 p.m.

DESPORTO

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CORREIO DA VENEZUELA 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

Sonho do Benfica durou pouco tempo Benfica falhou quarta-feira a qualificação para os oitavos-definal da Liga dos Campeões de futebol e foi relegado para a Taça UEFA ao perder com o Manchester United, por 3-1, em jogo da sexta jornada do Grupo F da competição. Em Old Trafford, o Benfica colocouse em vantagem aos 27 minutos, por intermédio de Nelson, mas o Manchester United chegou ao empate já em tempo de descontos da primeira parte, com um tento de Vidic. A equipa do português Cristiano Ronaldo colocou-se em vantagem ao minuto 61, com um golo de Giggs, e estabeleceu o resultado final aos 75, por intermédio de Saha. Fernando Santos, treinador do Benfica, apontou "três/quatro minutos fatais" para justificar o "balde de água fria", na derrota (3-1), em visita ao Manchester United, que eliminou os "encarnados" da Liga dos Campeões de futebol. "Inexplicavelmente, nos últimos três/quatro minutos da primeira parte, a equipa retraiu-se muito, em vez de controlar a bola e o Manchester instalou-se ali. Foi pena. Estamos muito longe e não

O

conseguimos comunicar para dentro de campo", disse, em declarações ao canal de televisão codificado SportTV. Nélson ainda inaugurou o marcador, aos 27 minutos, mas o sérvio Vidic, nos descontos da primeira parte, o galês Giggs, aos 61 minutos, e o francês Saha, aos 75, vingaram a eliminação da prova na última temporada, então no Estádio da Luz. "Aguentámos bem os primeiros 15

minutos e até marcámos, mas a partir daí a malta entrou um pouco em ansiedade, mas continuamos na Europa e temos que levantar a cabeça", disse Nélson, referindo-se à qualificação das "águias" para os 1/16 avos-de-final da Taça UEFA, devido ao terceiro lugar no agrupamento. O técnico do Benfica também referiu a necessidade de "levantar a cabeça", ressalvando que a equipa "fez quase tudo bem, à excepção dos últimos minutos da primeira parte: um autêntico "balde de água fria". "Ao intervalo, tentei reanimar os jogadores e disse que 1-1 era como se fosse 0-0, que devíamos manter a mesma postura e tranquilidade, mas sofremos o segundo golo na segunda parte e o Miccoli pediu para sair (dores). Ainda tivemos duas jogadas brilhantes do Simão, mas não conseguimos concretizar", continuou Santos. O Benfica classificou-se no terceiro lugar da "poule", cinco pontos atrás do Manchester United e com menos quatro pontos que o Celtic de Glasgow, que hoje foi derrotado na visita ao "lanterna vermelha" FC Copenhaga.

Breves Sporting despede-se da Europa O Sporting despediu-se sem glória, terça-feira, das competições europeias, ao ser derrotado por 31 pelo Spartak de Moscovo, em jogo da sexta jornada do Grupo B da Liga dos Campeões de futebol, disputado no Estádio José Alvalade. Já sem hipóteses de chegarem aos oitavos-de-final da "Champions", os "leões" estavam obrigados a pontuar no encontro de hoje para garantirem a passagem à Taça UEFA. A formação russa, que assim garantiu o terceiro lugar da "poule" e a presença na Taça UEFA, colocou-se em vantagem aos sete minutos, por intermédio de Pavlyuchenko. Apenas nove minutos depois, o Spartak, que na recepção ao Sporting empatou a um golo, dilatou a vantagem, com um tento de Kalynychenko. "passagem da meia-hora de jogo, o Sporting reduziu a desvantagem, por intermédio de Carlos Bueno, mas a um minuto dos 90, os russos fecharam a contagem, com um tento de Boyarintsev.


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07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006 CORREIO DA VENEZUELA

FC Porto apurado para os "oitavos" FC Porto conseguiu o apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões de futebol, ao empatar quarta-feira (0- 0) no Estádio do Dragão com o Arsenal de Londres, que também assegurou a continuação na prova. O jogo, da sexta jornada do grupo G da prova, determinou que o Arsenal ganha o grupo, com 11 pontos, tantos quantos o campeão português, que no entanto tem desvantagem directa, já que foi derrotado em Londres por 2-0. O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, considerou hoje que a equipa se qualificou para os oitavos- de-final da Liga dos Campeões de futebol "com brilhantismo, com eficácia em alguns jogos e inteligência no último". Em declarações à SportTV, após o jogo com o Arsenal (0-0), da última jornada do Grupo F, Jesualdo considerou que a equipa "não entrou bem na competição, mas subiu de rendimento"

O

e conseguiu gerir o último encontro para conseguir o objectivo da qualificação para a próxima fase. "Foi um jogo difícil, contra uma equipa com os mesmos objectivos, mas foi o FC Porto quem mais quis ganhar, pois não me recordo de grandes oportunidades do Arsenal", afirmou o técnico. Jesualdo Ferreira recordou que, apesar de um empate ser suficiente, o FC Porto "não se podia descuidar, até porque o CSKA de Moscovo esteve a vencer", no outro jogo do Grupo frente ao Hamburgo, que terminou com a vitória dos alemães por 3-2. O técnico portista minimizou o facto de a equipa se qualificar para os "oitavos" na segunda posição do Grupo, afirmando: "Olho para o topo dos outros grupos e não há adversários fáceis, por exemplo, o FC Barcelona (campeão europeu em título) terminou em segundo". "O FC Porto tem de subir as

31

DESPORTO

Liga Bwin 12ª Jornada Beira Mar - Belenenses

1-2

D. das Aves - Naval

2-0

E. Amadora - Nacional

2-0

FC Porto - Boavista

2-0

Marítimo - V. Setúbal

1-0

S. Braga - Académica

4-2

Sporting - Benfica

0-2

União de Leiria - P. Ferreira

0-0

Classificação J V E D G P 1º FC Porto 2º Sporting 3º S. Braga 4º Benfica 5º Nacional 6º Marítimo 7º União de Leiria 8º P. Ferreira 9º Naval 10º Belenenses 11º Académica 12º Boavista 13º E. Amadora 14º V. Setúbal 15º D. das Aves 16º Beira Mar

escadas da progressão com serenidade, o objectivo é fazer a equipa subir passo a passo", afirmou Jesualdo, recordando a juventude do plantel portista. O FC Porto confirmou, na recepção ao Arsenal, para a Liga dos Campeões de futebol, que se dá muito bem no seu estádio

com as equipas inglesas nas competições europeias, continuando sem derrotas. O "nulo" no Dragão foi o nono jogo "caseiro" contra ingleses, com o FC Porto a registar um positivo saldo de quatro vitórias e cinco empates, e 12-3 na contabilidade de grandes.

12 12 12 11 12 12

10 1 8 2 7 2 7 1 6 1 6 1

1 26-7 31 2 18-9 26 3 19-15 23 3 23-1322 5 19-113 19 5 13-112 19

12 12 12 11 12 12 12 12 12 12

5 4 4 4 3 3 3 2 2 1

4 11-13 18 3 13-14 17 4 10-11 16 5 9-9 14 5 17-19 13 6 12-17 12 7 7-16 11 7 8-16 9 8 10-19 8 7 14-26 7

3 5 4 2 4 3 2 3 2 4

13ª Jornada (10-12) Académica - Marítimo Belenenses - S. Braga Boavista - Beira Mar D. das Aves - União de Leiria Nacional - FC Porto Naval - Benfica P. Ferreira - E. Amadora V. Setúbal - Sporting


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CORREIO DE VENEZUELA - 07 A 13 DE DEZEMBRO DE 2006

Revisão do acordo aéreo Portugal-Venezuela Catanho Fernandes ak j~ÇÉáê~

s condições para a revisão do acordo aéreo Portugal-Venezuela, que data dos anos cinquenta, deverão ser renegociadas ainda este ano, para que possa ser autorizada em definitivo a operação regular da Santa Bárbara Airlines entre Caracas e a Madeira. Como já noticiámos, o governo venezuelano, através do seu embaixador na capital portuguesa, já fez sentir essa vontade, havendo da parte das autoridades de Lisboa disponibilidade para iniciar as negociações.

A

Uma primeira delegação da Venezuela poderá chegar a Portugal no primeiro voo da Santa Bárbara, que será efectuado no dia 16 de Dezembro, com chegada à Madeira no dia seguinte. Face à impossibilidade de o voo ser regular, por impedimento das normas em vigor, consignadas no acordo aéreo, o INAC irá autorizar os voos semanais da companhia venezuelana, um a um, até que seja ratificado e publicado o novo acordo entre os dois países. Embora a decisão oficial só deva ser conhecida esta semana, sabemos que o INAC irá facilitar, recorrendo a autorizações pontuais.

N

ma que "Chegou o momento de novos desafios" e está liderada por João da Silva Gonçalves, actual vice-presidente do clube. "A única intenção que tenho é a de melhorar as relações entre os sócios, as famílias, incentivar a prática do desporto e o gosto pela cultura, melhorar as instalações e transformar o Centro Português num lugar acolhedor para os nossos filhos e netos", promete.

Salário mínimo O poder de compra do salário mínimo nacional (SMN) decidido para 2007, de 403 euros, caiu 18,2 por cento desde o ano da sua criação, em 1974, segundo as contas da agência Lusa utilizando dados do INE.

Governo aliena O Governo vai alienar o Quartel da Trafaria, uma infraestrutura militar situada na margem sul do Tejo com uma área total de quase 70 quilómetros quadrados.

Porto no centro

Centro Português vai a votos o próximo domingo, 10 de Dezembro, a partir das 8 horas da manhã, todos os sócios do Centro Português, em Caracas, poderão exercer, nas instalações do clube, o seu direito de voto nas eleições que visam eleger a direcção para o período 2006 - 2007. As urnas estão localizadas na sede da Urbanização Macaracuay. Há duas listas à escolha dos eleitores. A lista 1 afir-

Breves

A lista 2 apresenta-se ao eleitorado sob o lema "União e Eficiência" e está encabeçada por Maurílio Santos, que promete ser "um bom administrador para o clube". Este empre-

sário, que já foi vice-presidente do Centro Português, quer recuperar áreas para a juventude, e deseja fomentar mais comunicação com os sócios a través de foros e reuniões. As urnas estarão abertas ate as oito da noite. Posteriormente, vão ser levadas para o Salão Nobre a fim de se contarem os votos. Actualmente, existem aproximadamente dois mil sócios neste clube.

A Europa socialista concentrase hoje e amanhã no Porto, num congresso que reunirá "vedetas" como a francesa Ségolène Royal e o dinamarquês Poul Rasmussen, "pai" da "flexisegurança", para discutir o Modelo Social Europeu, o ambiente e o aborto.

Mau transporte A GNR de Faro detectou quarenta infracções por falta de "cadeirinhas" para transporte de crianças e de cinto de segurança numa operação de fiscalização realizada terça-feira no Sotavento algarvio, em que foram inspeccionados 232 carros.


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