IMPRESSO ESPECIAL
991 22 55 307- DR/MG SOC. MINEIRA DE ENGENHEIROS CORREIOS
Ano 3 | Edição 14 | Julho ‐ Agosto 2012
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, UM CAMINHO SEM VOLTA
Leia Mais
RIO + 20
ENIC / Minascon
SME analisa resultados práticos do evento
Movimenta a cadeia produtiva da construção
Tecnologia e Inovação Entrevista Evando Mirra de Paula e Silva
CARREIRA - Trainee uma oportunidade de ouro para engenheiros recém-formados
EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
Sustentabilidade, um processo contínuo sem comprometer o futuro Sustentabilidade é a palavra da moda que ganha força em praticamente todos os países, estando vinculada a todos os campos de atuação em uma sociedade. No nosso País esta expressão é cada vez mais citada, principalmente quando está em pauta o desenvolvimento. Entretanto, podemos observar que em vários aspectos a sustentabilidade encaixa-se como uma luva mais nos discursos. Será que estamos reverberando um modismo, totalmente descolado da realidade? Ou sabemos pouca ainda no que, realmente, isso implica na vida de uma nação? Prefiro a segunda opção até porque aprender e inovar, em qualquer área, é uma das vertentes da sustentabilidade.
nejamentos estratégicos, na produção industrial, nos projetos empresarias de expansão que hoje são examinados e qualificados em função da ação que exercem para o bem comum. Um empreendimento sustentável, além de obter maior competitividade, gera novos postos de trabalho e movimenta a economia em larga escala.
Ailton Ricaldoni Lobo Presidente da SME
Para ser um pouco didático, podemos recorrer ao documento Nosso Futuro Comum, ou Relatório Bruntland, publicado em 1987, originado dos estudos da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, que define sustentabilidade como “ a capacidade de suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”.Com isso, podemos alinhar que o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer o futuro.
à importância da prática sustentável. Como pode uma sociedade consumidora de recursos naturais, a exemplo da água que é um bem comum a toda a humanidade, de grande valor econômico, ambiental e social, não pensar em formas de preservar esse recurso e de utilizá-lo bem. O mesmo raciocínio se aplica em relação ao uso e conservação de recursos naturais limitados, tais como ferro, alumínio, petróleo; ao meio ambiente, à saúde, à economia, ao trabalho e aos projetos de desenvolvimento. Em todas essas áreas a sustentabilidade entra como a pedra de toque.
Um pensamento plantado no nosso cotidiano clarifica, ainda mais, quanto
Com isso, o desenvolvimento sustentável torna-se ponto essencial nos pla-
Para abreviar, citamos um outro relatório divulgado pelo Programa da ONU para o meio Ambiente (Unep) que pontifica a necessidade de investimentos anuais de 2% do PIB global para adaptar as economias mundiais a um futuro mais sustentável. Este levantamento aponta ainda que os investimentos representariam um crescimento econômico de 15,7% até o ano de 2050. No relatório são identificadas as áreas onde o aporte de maior volume de recurso é vital. São elas: indústria, agricultura, pesca, florestas, construção, turismo, energia, transporte e manejo de lixo e água. A Sustentabilidade da atividade humana atual talvez seja a principal discussão a ser explorada pela sociedade contemporânea. Em um mundo onde habitam quase sete bilhões de pessoas, além de uma infinidade de outras espécies de seres vivos, é essencial aliar às nossas ações e projetos à sustentabilidade para a construção da sociedade do futuro.
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PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
Publicação
CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela de Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flavio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schuffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Júnior
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo José Lima Gusmão
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Apoio Compromisso, Inovação e Avanço
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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Entrevista com Evando Mirra
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MEDALHA LUCAS LOPES José da Costa Carvalho Neto é o homenageado de 2012
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GESTÃO E TECNOLOGIA Software ajuda monitorar obras
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Eustáquio Pinto de Assis
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LEGADO SME Tárcio Primo Belém Barbosa
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RIO+20 Na prática as ações começam em 2015
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TRAINEE Boas oportunidades de carreira profissional começam por aqui
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1º SEMINÁRIO MOBILIDADE URBANA Desafios e propostas para RMBH
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NOVOS ENGENHEIROS Fernanda Rabelo Souza
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CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Nova concepção de projetos da boa engenharia e arquitetura ARTIGO DE JORGE RAGGI Engenheiro Mediador e Árbitro
MESTRES DA ENGENHARIA
RESPONSALIDADE SOCIAL Mendes tira homens do trabalho escravo
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ENIC / MINASCON Evento movimenta a cadeia produtiva do setor de construção
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“CAUSOS” DE ENGENHARIA Feedback
ENTREVISTA | EVANDO MIRRA DE PAULA E SILVA
Inovação, o maior de todos os desafios do Brasil Quem liga um computador hoje no país e “navega” literalmente pelo mundo deve saber que a implantação da internet é apenas um dos projetos cujo sucesso contou com a participação do engenheiro mecânico e eletricista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Evando Mirra de Paula e Silva. Professor emérito da UFMG, ex- presidente do Centro de Gestão e E s tudos Estratégicos em Ciência,Tecnologia e Inovação (CGEE) do Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovação e hoje Diretor da Academia Brasileira de Ciências.
Nesta entrevista, ele fala de inovação, o maior de todos os desafios do Brasil, um país que, em franco processo de desenvolvimento, ainda esbarra na falta de competitividade do setor produtivo e na burocracia. Ao todo, Evando Mirra publicou mais de 80 trabalhos de nível internacional e orientou 26 alunos de pós-graduação e 50 de graduação. Por que as empresas devem investir em inovação. Que benefícios a inovação traz para o país? A inovação é o grande motor da economia e um vetor decisivo para a transformação do país. Embora inovação sempre tenha existido, a intensidade em que ela ocorre atualmente, o lugar que ocupa na geração de riqueza,
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suas repercussões na organização do trabalho, na educação e na cultura mudaram. Nos países líderes esse novo lugar da inovação começou a se desenhar na década de 1970 e ganhou visibilidade 10 ou 15 anos depois, com resultados muito positivos.
As atividades de produção tornamse muito mais cooperativas, tornando triviais afirmações que antes soariam como um paradoxo (“cooperar para competir” é um exemplo). Soluções originais tornam-se disponíveis para a abordagem dos problemas econômicos e sociais.
Os trabalhos da Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo, mostram que mais da metade da riqueza gerada nos países industrializados gravita hoje em torno da inovação. Mas não é só isso. Como a inovação se alimenta de conhecimento. Atividades como educação, informação e pesquisa ganham um novo status e se fazem presentes muito mais intensamente na vida das pessoas. Muda também a organização do trabalho.
Inovação é conceito ou prática? O gesto inovador tem ainda dimensões lúdicas, solicita a criatividade e gera novas oportunidades para a realização pessoal. A inovação, se quisermos usar a expressão do etnólogo Marcel Mauss, é um fato social total. Esta mudança de paradigmas pegou o Brasil de surpresa, quando o país estava ainda no processo chamado de “substituição de importações”. Isto é, estávamos aprendendo a fazer aqui o
Evando Mirra engenheiro mecânico e eletricista pela UFMG, Professor emérito da UFMG, ex- presidente do Centro de Gestão e E s tudos Estratégicos em Ciência, Tecnologia e Inovação (CGEE) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e hoje Diretor da Academia Brasileira de Ciências.
que antes éramos obrigados a importar, quando os países avançados já estavam se deslocando para outra forma de conceber a produção, agregando mais inteligência e mais valor ao produto, abrindo espaço para o novo, criando uma dinâmica de permanente inovação.
“
A Engenharia é um ator onipresente na inovação, porque todo processo ou produto novo precisa ser “engenheirado” para poder ser colocado à disposição
Qual o desafio agora? Trata-se agora de dar escala a esse processo, de aumentar o número de atores envolvidos em atividades inovadoras, transformar sucessos ainda relativamente localizados em um grande mutirão coletivo e construir uma verdadeira cultura da inovação.
da sociedade. Mas também porque a própria Engenharia inova e, neste sentido, abre perspectivas
“
Enquanto nossa problemática aqui era a de aprender a fazer bem (a década de 1990 foi a nossa década da Qualidade) uma transformação estrutural profunda estava ocorrendo nos países avançados, criando formas de permanente produção do novo, por mais estranho que isso pareça. Mas embora tenhamos começado mais tarde nossa participação nessa aventura, podemos dizer que estamos ganhando terreno e acumulando, setorialmente, alguns sucessos extraordinários.
inéditas para as tecnologias e para as estratégias produtivas, é um extraordinário vetor de inovação.
Os benefícios para o País se traduzirão em geração de riqueza, criação de emprego e renda, maior competitividade de nossas empresas, novas abordagens de nossos problemas econômicos e sociais, valorização da educação e da cultura, sustentabilidade de nosso crescimento.
Como estão os investimentos em P&D no Brasil? Como é possível aproximar a realidade brasileira de investimentos com as realidades das nações desenvolvidas e demais países do BRICS? Primeiro é necessário lembrar, se estamos preocupados com a questão da inovação, que a inovação não depende apenas de P&D e, às vezes, nem depende de P&D. Há diferentes maneiras de inovar. Inovação é, antes de tudo, uma atitude e uma nova maneira de ver as coisas. Mas, mesmo se a inovação vem por outros caminhos, resulta, por exemplo, de transformações gerenciais, ou de marketing, ou da incorporação de novas funções, já conhecidas, ao produto, ou qualquer outro mecanismo, ainda assim, a existência de uma cultura de P&D na empresa confere a essa empresa mais desenvoltura em todos esses processos, permite que identifique mais rapidamente as oportunidades, confere a ela mecanismos para aproveitar melhor as ideias. Uma cultura de P&D torna a organização mais atenta às possibilidades de explorar o novo. E, é claro, existe a inovação visceralmente
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ENTREVISTA | EVANDO MIRRA DE PAULA E SILVA
articulada à P&D, onde, obviamente, a competência em pesquisa e desenvolvimento irá significar vantagens competitivas singulares. Isso posto, é necessário reconhecer que o País precisa investir mais em P&D. O investimento atual, ligeiramente superior a 1% do PIB, está distante dos 3% ou mais que investem os países líderes, e é mesmo menor que a média de investimento dos países da OCDE. Além disso, enquanto a maior parte do investimento, nos países avançados, é feita pelo setor privado, no Brasil o setor privado (0,4 % do PIB) ainda não acompanha o ritmo do setor público (0,6% do PIB). A própria estrutura do financiamento tem ainda muito a evoluir. Apesar dos avanços recentes quanto à cobertura das primeiras etapas de fomento à inovação, como os chamados “capital anjo” e “capital empreendedor” (angel capital & venture capital), resta ainda um grande espaço a percorrer no financiamento de toda a cadeia da inovação. Instrumentos de fomento, como aqueles previstos pela chamada “Lei do Bem”, bem como os mecanismos de subvenção econômica e outras formas de apoio, fazem parte dos esforços para ampliar o investimento em inovação. Qual o impacto da inovação na competitividade de empresas nacionais? Os resultados do levantamento do IBGE (a PINTEC), bem como o estudo abrangente levado a cabo pelo IPEA (“Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras”, IPEA, 2006) constataram que as empresas que inovam e diferenciam produtos são aquelas que faturam mais, pagam maiores salários, têm vantagens competitivas e mais facilidades na hora de exportar. A capacidade de inovar aparece, assim, como um ingrediente essencial para aumentar a competitividade das empresas. Os exemplos são inúmeros. A Petrobras, líder mundial na exploração de petróleo em
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águas profundas, deve a uma formidável estrutura de pesquisa e desenvolvimento boa parte desse sucesso; a Embraco, líder mundial em compressores herméticos, tem a competitividade assegurada também por suas estratégias de inovação. Da mesma forma, empresas líderes como Braskem, no ramo de petroquímica; Bematech, no setor de automação; Marcopolo no setor de transporte; a Weg nos motores elétricos; Boticário e Natura no setor de cosméticos e artigos de higiene, e tantas outras mais. Quais os progressos obtidos até agora na articulação entre pesquisa acadêmica e indústria? Qual é a importância dessa articulação? No Brasil, foi no setor agropecuário que a aproximação entre a universidade e o sistema de produção teve início, nos primeiros anos do século XX. A cooperação desempenhou papel fundamental na construção da competência brasileira no setor. No ambiente propriamente industrial as relações, ainda nas suas formas primitivas, foram timidamente ensaiadas desde a década de 1940. Mas os primeiros eventos de maior significado estão associados à modernização tecnológica do País nos anos 1970, quando a contribuição da universidade para o desenvolvimento tecnológico começou a ganhar visibilidade, especialmente nos casos da siderurgia, petróleo e gás, e telecomunicações. Foi preciso esperar os anos 1980, porém, para que a cooperação começasse a ganhar corpo e ser progressivamente institucionalizada. Isso ocorreu em diferentes setores, como metal-mecânico, informática, transportes, telecomunicações, farmacêutico, entre outros, envolvendo um elenco crescente de universidades. Há ainda um grande espaço a percorrer, mas já se conseguiram conquistas importantes nesse domínio.
De que forma a política de inovação promove o desenvolvimento econômico sustentável e a redução da desigualdade social no Brasil? Ciência, tecnologia e inovação são fundamentais no enfrentamento dos desafios da sustentabilidade porque permitem novas soluções para problemas persistentes. O crescimento sustentável exige, entre outras, a sustentabilidade energética, que só pode ser alcançada com a construção de uma matriz energética diversificada, que incorpore os avanços da pesquisa em tecnologias de águas profundas, no que diz respeito ao petróleo, bem como ao uso da biomassa e de outras fontes alternativas, além de ganhos em eficiência no setor hidroelétrico. Os ganhos de produtividade no setor agrícola permitem a produção de maior volume de alimentos utili-
zando a mesma superfície de terreno. Inovações podem gerar novos empreendimentos, criando assim novos postos de trabalho e novas atividades geradoras de renda. Em síntese, aos meios usualmente utilizados, as inovações agregam novos instrumentos e novas estratégias, capazes de fornecer respostas inéditas aos desafios do desenvolvimento. Dentro desse quadro, qual é a importância da inovação para a Engenharia? A Engenharia é um ator onipresente na inovação. Em primeiro lugar porque todo processo ou produto novo precisa ser “engenheirado” para poder ser colocado à disposição da sociedade. Mas também porque a própria Engenharia inova e, neste sentido, abre perspectivas inéditas para as tecnologias e para as estratégias produtivas, é um extraordinário vetor de inovação.
HOMENAGEM | MEDALHA LUCAS LOPES
Lideranças empresariais e autoridades destacam a importância do evento
E
mpresários, engenheiros de várias gerapouco da brilhante trajetória do engenheiro José da ções e autoridades se reuniram, no último Costa, esse belorizontino que conheço há anos, que dia 11 de junho, no auditório da Cemig, em deixou e ainda deixa a sua marca nos setores de enerBelo Horizonte, gia e engenharia nacional e para prestigiar a internacional”, enfatizou. cerimônia de entrega da MeFlavio Campos destacou, dalha Lucas Lopes ao engeainda, que a formação de nheiro e presidente da José da Costa foi holística, Eletrobras, José da Costa completa e com invejáveis Carvalho Neto. O evento é atributos pessoais e profisparte do calendário anual da sionais. “Posso afirmar que Sociedade Mineira de o nosso homenageado coEngenheiros (SME) e tem o nhece, como ninguém, o objetivo de homenagear propapel do engenheiro na fissionais que atuam com dessociedade e como profistaque no setor energético Flavio Marques Lisbôa Campos e o homenageado, sional”, ressaltou. José da Costa Carvalho Neto nacional. O curador da Medalha e presidente da LEME Engenharia e da Tractebel Engineering América Latina, engenheiro Flavio Marques Lisbôa Campos, abriu a solenidade falando sobre a carreira do homenageado de 2012. “É um imenso prazer poder descrever um
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E encerrou sua fala afirmando que em todos os lugares onde o engenheiro José da Costa trabalhou, foi muito querido pelos profissionais por sua capacidade de ensinar, desenvolvida na experiência docente.“Tudo isso falado, justifica como ele é merecedor dessa Medalha Lucas Lopes”.
José da Costa Carvalho Neto, presidente da Eletrobras, é o homenageado com a comenda “Medalha Lucas Lopes”
Entre as autoridades presentes, o vice-governador Alberto Pinto Coelho, disse que a cerimônia de entrega da Medalha Lucas Lopes é uma noite festiva promovida pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) que busca valorizar aqueles engenheiros que, efetivamente, através de suas carreiras e de seus exemplos, dão contribuições sólidas para o desenvolvimento social e econômico de Minas Gerais.
sua contribuição para a sociedade brasileira”, destacou.
“Estamos homenageando o engenheiro José da Costa, o Costinha, que passa a fazer parte de uma galeria de notáveis, que fez uma carreira brilhante, sólida na Cemig, que hoje empresta sua inteligência, seu brilho à frente da Eletrobras em uma importante missão que é dinamizar o setor energético em nosso país, setor esse indispensável, fundamental, para que possamos alcançar maiores índices de crescimento no PIB, criando desenvolvimento e satisfação na sociedade brasileira”, afirmou.
desenvolvimento, mas, também não há desenvolvimento
O vice-governador ressaltou, ainda, que o desenvolvi-
tudos, as suas recomendações que sempre são muito
mento do país, depende fundamentalmente desse segmento, de sua capacidade de gerar energia, de diversificar energia, para que se possa chegar à chamada economia verde. “O papel do engenheiro é historicamente fundamental, mas eu diria que nesta quadra, em que o Brasil se situa entre as maiores economias, entre os países que integram o BRICS, com enormes desafios na sua estrutura logística para desenvolver, é mais valorizado do que nunca a nobre missão dos engenheiros em todos os setores e especializações. Ao longo da história, cada vez mais, nós vamos nos certificar da importância dessa profissão e de
úteis à sociedade brasileira. A noite foi especial, também,
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Olavo Machado Jr., lembrou que a outorga da Medalha Lucas Lopes é um evento de grande tradição. “A SME está sempre acompanhando o sucesso dos nossos engenheiros. Está sempre presente e homenageando aqueles que merecem. José da Costa é uma pessoa que vai valorizar ainda mais essa medalha”, disse. O homenageado, Jose da Costa, lembrou, em seu discurso, que a Engenharia é responsável pelo desenvolvimento. “Costumo dizer que não há Engenharia sem sem Engenharia. Então neste momento que queremos e fazemos tudo para ter um país que cresce a 5% ou 6% ao ano, nós necessitamos de investimento de 25% do PIB e esse investimento só é consolidado se tivermos Engenharia para fazer o planejamento, o projeto, e futuramente a construção”, pontuou. Para ele, que não escondeu a felicidade em receber a Medalha Lucas Lopes, a SME está muito bem com seus es-
disse, porque teve a oportunidade de rever colegas da Cemig, com os quais trabalhou. O ex-ministro da Indústria e Comércio no governo do presidente João Figueiredo, ex-presidente da Cemig e também de Furnas e ex-secretário da Fazenda de Minas Gerais, entre 1975 e 1979, João Camilo Penna, aponta que o Brasil é um país em construção e que ainda há muito a fazer. “Eu acredito fortemente no papel do engenheiro na vida brasileira”, adiantou.
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HOMENAGEM | MEDALHA LUCAS LOPES
Flavio Campos, José da Costa, Ailton Ricaldoni e Alberto Pinto Coelho
Alexandre Resende, Ailton Ricaldoni e Luiz Celso
Roberto Fagundes, Flavio Campos e Henrique Campos
Djalma Morais, Roberto Fagundes e Olavo Machado
Camilo Penna e José da Costa
Getúlio de Amorim, Luiz Augusto, e Paulo Henrique
Márcio Trindade, Camilo Penna , Amilcar Martins, Flávio Neiva
Ilma Lara, Kátia Lage, Isis Mesquita, Ana Elisa e Maria Olivia
Olavo Machado, Márcio Trindade, Ailton Ricaldoni e Marcílio Andrade
Carlos Eloy e Arlindo Porto
Alexandre Bueno, Maria Celeste, José da Costa e Getúlio Amorim
Luiz Michalick, José da Costa, e Djalma Morais
Ailton Ricaldoni, Ana Elisa, José da Costa e Isis Carvalho
José da Costa e Ailton Ricaldoni
GESTÃO | TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Leme Engenharia desenvolve software para monitorar obras A tecnologia digital passou a ser
ser seguido pela equipe de
uma forte aliada da engenharia
campo que orienta a verifica-
na super visão de obras. A
ção de itens essenciais na
Leme Engenharia, empresa que
obra. Além disso, o software
integra a multinacional belga
utilizado para o gerencia-
Tractebel Engineering (GDF
mento e análise das inspeções
SUEZ), incluiu, no seu portfólio
foi adaptado para a emissão
de serviços um diferencial para
de relatórios e gráficos com
os clientes: o software 4CHECK
um diagnóstico preciso da si-
que traz uma metodologia de gestão própria, para o gerenciamento confiável e de qualidade nas áreas de meio ambiente,
é gradualmente transformar o conceito de simples inspeção de campo para auditorias,
saúde e segurança, em em-
responsável pela Engenharia do
através de amostragens significa-
preendimentos civis e de mon-
Proprietário.
Foram mapeados
tivas e criteriosas, criando um
tagem eletromecânica.
aproximadamente 70 temas e cria-
produto confiável e de alta per-
dos procedimentos para a inspe-
formance”, afirma Cláudio Maia,
O 4CHECK foi desenvolvido inicialmente para aprimorar a gestão
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tuação das obras. “O objetivo Cláudio Maia, diretor geral da Leme Engenharia e de operações da Tractebel .
ção de cada um deles.
diretor geral da Leme Engenharia
das obras da Usina Hidrelétrica
Os procedimentos funcionam
e de operações da Tractebel En-
Jirau, na qual a Leme Engenharia é
como uma espécie de roteiro a
gineering América Latina.
Com o 4CHECK, as inspeções passam a ser programadas e baseadas em um método objetivo e padronizado. Após a experiência positiva em
“
permitem o envio em tempo real das conformidades e não-conformidades para um Sistema de Gerenciamento
O objetivo é gradualmente
de Documentos e Qualidade, que
transformar o conceito
emite alertas, relatórios e gráficos
de simples inspeção de
com base nos dados estatísticos co-
logia passa a ser um item opcional aos serviços nas áreas de sistemas
campo para auditorias,
elétricos, geração térmica, gás, infra-
através de
comprovaram sua eficácia, a metodo-
estrutura, além de hidroenergia. O
“
Jirau e mais de 17 mil inspeções que
lhidos nos trabalhos de campo. No caso de não-conformidades, a empresa fiscalizada é notificada na hora
amostragens significativas
em que o desvio ocorre, acelerando
Leme Engenharia com a inovação e a
e criteriosas, criando
o processo de consolidação e fecha-
prestação de serviços de qualidade.
um produto confiável
mento das ocorrências.
Além dos benefícios já alcançados
e de alta performance.
4CHECK atesta o compromisso da
pela sistematização das inspeções, o 4CHECK torna-se ainda mais eficaz com o auxílio de dispositivos portáteis do tipo tablet. Os equipamentos
Cláudio Maia
Além de permitir a tramitação online dos dados apurados e a tomada de decisão subsidiada por evidências concretas, o tablet elimina o uso de papel e da câmera fotográfica.
MESTRES DA ENGENHARIA | EUSTÁQUIO PINTO DE ASSIS
Gosto pela docência continua depois de 43 anos de atividade
N
ão é preciso conversar muito para
tituição. Das duas primeiras disciplinas, ele chegou a
constatar que o engenheiro eletricista
seis, nos cursos técnicos de Eletrotécnica e Eletro-
formado pelo Centro Federal de
mecânica, de Edificações e, também, de Mecânica.
Educação Tecnológica de Minas Ge-
curso de Engenharia de Operação Elétrica, contra-
anos, Eustáquio Pinto de Assis, 63 anos, é mesmo um
tado como professor do 3º grau.Alguns anos depois,
apaixonado pela sala de aula.
ingressou na carreira de professor de magistério de
“Quando iniciei a carreira docente, em maio de 1969,
Ensino Superior, com regime de 20 horas semanais.
o professor era muito valorizado tanto em relação
Na Engenharia de Operação Elétrica, assumiu as dis-
ao salário como profissional de destaque na socie-
ciplinas Prática Profissional e Análise de Circuitos. Na
dade. Ser professor era status”, lembra. Naquela
Engenharia Industrial Elétrica, dedicou-se aos conteú-
época, foi contratado pelo regime CLT e, após alguns
dos de Circuitos Elétricos I e Circuitos Elétricos II,
anos, passou a servidor público federal, pertencente
incluindo-se aí as práticas laboratoriais da matéria.
à carreira de professor de 2º grau, em regime de 40 horas semanais sem dedicação exclusiva.
A aposentadoria veio em 1996, mas ele continuou dando aulas. Hoje é o responsável pelas aulas de
Eustáquio de Assis comenta que tinha apenas um ano
laboratório das disciplinas: Eletrotécnica Industrial
de formado, no curso técnico de Eletrotécnica,
I e Eletrotécnica Industrial II, para o curso de En-
quando recebeu o convite para ingressar na docên-
genharia Mecânica. Ele também é membro titular
cia pelo professor Yarady de Aguiar Carvalho, para
do Conselho Diretor do CEFET-MG, represen-
dar aulas na então Escola Técnica de Minas Gerais,
tando os professores da carreira de Magistério de
antigo nome do CEFET-MG, nas disciplinas de Ajus-
Ensino Superior, nomeado em 24 de fevereiro de
tagem Mecânica para o Ginásio e Industrial e Prática
2010, com mandato de quatro anos.
Profissional para o Curso Técnico de Eletrotécnica.
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Em abril de 1978, passou a dar aulas, também, para o
rais (CEFET-MG) e professor da instituição por 43
Eustáquio de Assis define o seu jeito de dar aulas:
Como trabalhava com os estudantes que ingressaram
“mantenho o bom relacionamento e respeito com
no curso técnico do 2º grau, ele decidiu investir na
meus alunos. Uso técnicas didático-pedagógicas que
carreira de professor, com o curso de Formação Pe-
aliam teoria e prática e, ainda, gosto muito de ativi-
dagógica de Docentes. O professor “cresceu” na ins-
dades práticas”, completa.
Eustáquio Pinto de Assis, 63 anos, é mesmo um apaixonado pela sala de aula
de aula, ocupando diversos cargos no CEFET-MG. Entre eles: Coordenador do Curso Técnico de Eletromecânica, Chefeadjunto do Departamento do Ensino do 2º grau, Chefe do Departamento Acadêmico de Engenharia Elétrica, de 1985 a 1988, Chefe do Departamento de Ensino Superior de fevereiro de1996 a fevereiro de 1999,
“
Mantenho o bom relacionamento e respeito com meus alunos. Uso técnicas didático-pedagógicas que aliam teoria e prática e, ainda, gosto muito de atividades práticas.
Diretor do Departamento do Ensino Superior de outubro de 2003 a julho de 2008.
“
Mas ele não ficou apenas na sala
Professor Eustáquio de Assis também foi membro dos Conselhos de Professores, de Ensino e do Conselho Departamental, durante o mandato como chefe e diretor de Ensino Superior. Ele eve cadeira no Conselho Diretor, representando os professores da carreira de Magistério de Ensino Superior entre 1987 e 1991 e, depois, entre 1996 e 1999.
outubro de 1990, 03 de janeiro de 1991 a 31 de dezembro de 1993 e de 1 de janeiro de 2003 até 31 de dezembro de 2005. Do alto da sua experiência como mestre, ele sabe que os estudantes de Engenharia têm o desafio de aliar teoria e prática. “Além dos cursos de capacitação, é importante que eles façam estágio em empresas durante, no mínimo um ano, para adquirir experiência”, ensina. Ele ainda pensa em abandonar a docência, mas sem deixar de aprender.
Essa é só mais uma prova de que o professor ainda tem o gosto pela profissão de educador e, mais que isso, de ensinar aprendendo. “É um prazer conviver com jovens”, conclui. Eustáquio de Assis é representante da Sociedade Mineira de Engenheiros-SME como conselheirosuplente no CREA-MG. Ele também foi juiz de três
O professor representou o CEFET-MG, no CREA-MG
edições do Prêmio Sociedade Mineira de Engenheiros
nos períodos de 4 de fevereiro de 1988 a 31 de
de Ciência, Tecnologia e Inovação.
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SME HISTÓRIA | LEGADO DE TÁRCIO PRIMO BELÉM BARBOSA
Tárcio Primo Belém Barbosa
Ex-presidente foi responsável pela construção da sede da SME Foi parte da herança do pai e engenheiro, José Belém Barbosa – as duas cotas para a compra da primeira sede da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) – que fez com que o também engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tárcio Primo Belém Barbosa se aproximasse da entidade. Antes mesmo de se formar, Tárcio Barbosa foi convidado a fazer parte do Conselho de Defesa Profissional da entidade. “Aceitei, gostei muito e, a partir daí, os presidentes me viam com vontade de servir a SME”, lembra. Primeiro, ele foi diretor de Patrimônio e depois secretário. Só então foi eleito vice-presidente na chapa de Adhemar Ribeiro da Silva, que se afastou do cargo em 1976. Tárcio Barbosa presidiu a SME, por duas gestões consecutivas, no período de 1977 a 1981. Foi na gestão do engenheiro Tárcio Primo Belém Barbosa que foi construída a sede da Sociedade Mineira de Engenheiros, à Rua Timbiras, na região central de Belo Horizonte.
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“Ainda presidente, o Adhemar me delegou poderes para começar a trabalhar nesse projeto. Construí e inaugurei o prédio em 1978”, comenta o ex-presidente. O prédio imponente foi projetado pelo arquiteto Raul dos Lagos Cirne,
que
ganhou
concurso
aberto pela SME, especialmente para esse empreendimento. Esse não foi o único desafio do engenheiro. De outro ex-presidente da SME, Antônio Augusto Fonseca Júnior (1969/1971), ele recebeu o projeto
de
construção
da
sede
campestre da entidade, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre um projeto e outro, o engenheiro dirigia a SME e conduzia as reuniões. Ele também criou comissões que passaram a funcionar na gestão seguinte. O Departamento Feminino era atuante. “Minha mulher, Maria Regina de Assis Fonseca Barbosa, tinha presença efetiva”, resgata.
Tárcio Belém Barbosa também trabalhou para fortalecer a marca SME. Uma das grandes realizações da sua gestão foi o 4º Encontro Nacional da Construção (ENCO), realizado em Minas Gerais. Ele também comandou uma delegação de engenheiros que foi os Estados Unidos para visitas técnicas. “O atual presidente, Ailton Ricaldoni, está procurando dinamizar bem a SME e está fazendo um trabalho forte para retornar para a sede oficial, que é casa da Sociedade. A entidade está em muito boas mãos e me cabe, como ex-presidente, dar total apoio. O que a Sociedade precisar de mim, eu continuo a disposição”, declara Tárcio Barbosa. O carinho do ex-presidente pela SME continua. “Naquela época, a SME era praticamente a minha segunda casa. Eu vivi a Sociedade intensamente e quero vê-la de novo no pedestal”, deseja. Além de ser um capítulo importante na carreira, a experiência de atuar na entidade marcou a vida do engenheiro.
Projeto prevê torre de 85 andares na capital Mineira O escritório de engenharia e arquitetura FarKasVölGyi apresentou um projeto de construção de uma torre de 350 metros de altura em Belo Horizonte, ao longo do Boulevar Arrudas. O projeto inclui dois prédios para hotel. Caso seja construída, a torre de 85 andares se tornará o edifício mais alto da América Latina.Atualmente, o título pertence ao Trump Ocean Club International, com torre de 300 metros de altura, na cidade do Panamá.
Comissões Técnicas da SME A importância do papel das Comissões Técnicas (CT’s) na vida da SME foi tema debatido pela diretoria, na reunião do mês passado. Uma das decisões tomadas é de dinamizar, ao longo deste ano, os trabalhos das CT’s.
Homenagem ao ex-presidente Itamar Franco Os presidentes da Sociedade Mineira de Engenheiros, Ailton Ricaldoni e da Cemig, Djalma Morais participaram da inauguração do busto de bronze do ex-presidente Itamar Franco, no Clube de Engenheira (RJ). O ex-presidente foi o único engenheiro que ocupou o mais alto cargo da Nação. A obra está exposta no hall de entrada do edifício Edison Passos, na capital fluminense.
SME nas redes sociais A SME está buscando ferramentas mais ágeis de comunicação, a exemplo do facebook e do twitter para divulgar as atividades da entidade. Acesse os endereços: http://www.facebook.com/ SociedadeMineirade Engenheiros https://twitter.com/#!/ ComunicacaoSME
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Reforma da sede da SME Em reunião da diretoria da SME vários temas foram debatidos, a exemplo do projeto de reforma da sede da entidade, na rua Timbiras, 1514, bairro Lourdes. Antiga conquista da SME, o prédio passará por uma reforma ampla com o objetivo d e atender os associados, com maior conforto e comodidade.
Câmaras Temáticas do CREA-MG Os integrantes da bancada de representantes da SME no CREA-MG se reuniram para discutir a renovação dessa representação nas Câmaras Temáticas do conselho. As Câmaras são esferas
técnicas
Presidente da SME é entrevistado pela Rádio Inconfidência
de
articulação e planejamento
O presidente da SME e do Con-
da instituição, para ofere-
selho Empresarial de Indústria e
cer à sociedade estudos,
Energia da Associação Comercial
proposições
projetos
e Empresarial de Minas (ACMinas),
sobre grandes temas da
Ailton Ricaldoni, participa do pro-
engenharia. No dia 20 de
grama Boas Ideias Bons Negócios,
julho de 2012, foi realizada
na Rádio Inconfidência. Para se in-
na sede do Crea-Minas a
teirar das novidades acesse a pá-
primeira reunião dos mem-
gina da entidade no facebook.
bros da Câmara Temática
www.facebook.com/SociedadeMinei-
de Mobilidade da RMBH.
radeEngenheiros
e
Prezado(a) Senhor(a), A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), dando prosseguimento ao trabalho social que realiza com a contribuição indispensável de voluntárias (os), informa que está se preparando com maior antecedência na organização da Campanha de Natal 2012, cujo objetivo é ajudar famílias carentes e entidades filantrópicas necessitadas. A decisão de comunicar-lhes antecipadamente tem o intuito de possibilitar que cada colaborador possa se programar para integrar a Campanha de Natal 2012, que esperamos será ainda mais envolvente e par ticipativa. Contamos com a colaboração de todos, para que este gesto humanitário e fraternal alcance um número ainda maior de pessoas e faça a diferença nesta data tão especial. A campanha de donativos está prevista para ter início em 1º de novembro e encerramento em 30 de novembro de 2012. A distribuição será a partir de 1º de dezembro de 2012. Posteriormente, todos os colaboradores serão informados sobre a programação completa da campanha, com os endereços dos pontos de recebimento de donativos, a lista de produtos a serem recolhidos e os nomes das instituições que serão contempladas. Mais informações pelos telefones: (31) 3292 3810 ou 3292 3296.
1º Congresso Norte Mineiro de Energias Renováveis Ailton Ricaldoni Lobo, presidente da SME e José Ciro Mota, superintendente da SME
Ailton Ricaldoni Lobo e o superintende da SME, José Ciro Mota participaram, nos dias 4 e 5 de junho, do 1º Congresso Norte Mineiro de Energias Renováveis, no município de Capitão Enéas, promovido pela Agência de Desenvolvimento do Norte de Minas (Adenor) para atrair investidores. A cidade vai receber a maior usina de energia solar voltaica da América Latina.Durante o encontro, especialistas das áreas de energias renováveis, sustentabilidade e gestão de resíduos sólidos, se reuniram para discutir oportunidades de negócios na área, como também as alternativas energéticas como energia eólica, biomassa, resíduos sólidos e as diretrizes e políticas federais para o setor.
Sistema de Cobertura Metálica em Minas Minas Gerais consolida-se como pólo de atração de investimentos no setor de coberturas metálicas. Até 2011 a região recebeu 140 projetos, somando R$ 30 bilhões, gerando mais de 40 mil empregos diretos e 86 mil indiretos. A Marko Sistemas Metálicos, é uma das empresas qeu contribui para este cresimento. Com mais de 30 anos na fabricação do Sistema Roll-on, sistema de bobina de aço galvanizado, 100% reciclável, garante melhor isolamento a redução da temperatura e o consumo de energia. A empresa já instalou mais de 700,000 m² do seu sistema, desde o Centro de Distribuição da Centaurus, a fábrica da Unilever. A nova obra de 22 mil m² do sistema de cobertura é a Serra Sul Shopping com 142 lojas. Segundo Fernanda Borges, gerente de comunicação da Marko, um dos motivos pela escolha do produto foi sua rápida entrega e montagem, já que possibilita a execução de até 3 mil m² de área coberta por dia, oferecendo a possibilidade de minimizar um dos problemas crônicos da construção civil, que é a manutenção dos cronogramas, explica.
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RESPONSABILIDADE SOCIAL | MENDES JÚNIOR
Durval Fernandes da Silva e Cícero Almeida de Alcântara vítimas de trabalho escravo foram um dos beneficiados do programa na Arena Pantanal uma das sedes da Copa do Mundo de 2014
Mendes Júnior é parceira de Programa que tirou 25 homens do trabalho escravo Em Cuiabá (MT), 25 profissionais que trabalhavam em condições degradantes, foram os primeiros beneficiados pelo programa “Ação Integrada pela Qualificação e Inserção Social dos Egressos de Trabalho Escravo”, parceria firmada entre o Consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego do Mato Grosso e o Ministério Público do Trabalho. Eles foram admitidos nas obras para a construção da Arena Pantanal, em Cuiabá, uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. “Muitos chegaram sem ter o documento de identidade e agora possuem carteira assinada e todos os direitos
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exigidos por lei”, explica do gerente de Engenharia, Cláudio Marques de Souza. Esses colaboradores realizaram, por meio do SESI e SENAI, cursos de alfabetização e qualificação profissional.“Aqui trabalho de maneira digna e o melhor de tudo é que tenho a oportunidade de voltar a estudar. Tenho certeza de que a educação e o apoio oferecidos farão com que eu e meus colegas possamos crescer muito, e não só profissionalmente, mas principalmente como pessoas”, afirma o auxiliar e participante do programa, José Divino. O consórcio garante condições dignas de trabalho aos profissionais
admitidos. “Todos possuem alojamento e alimentação equilibrada. Sentem-se como cidadãos, o que é perceptível no semblante de cada um. Também vale ressaltar o desempenho que é ótimo. A dedicação e a vontade impressionam”, afirma Cláudio de Souza. Oriundo de condições de trabalho análogas à escravidão, o auxiliar Manoel do Nascimento disse que está contente com a nova oportunidade e com a possibilidade de sonhar com um futuro melhor. “Meu maior sonho é poder comprar uma casa e um carro. O estudo e a profissão vão me proporcionar isso tudo.Vão me abrir muitas portas e novas experiências”, conclui.
Relacionamento com a comunidade
O BioSer capacitou 2,7 mil alunos, sendo que metade deles foi admitida pelo consórcio mantenedor da ini-
Mendes Júnior aposta na capacitação dos trabalha-
ciativa. O restante dos alunos foi contratado por em-
dores brasileiros. Além de estabelecer novos mar-
presas da região.
cos da Engenharia, no segmento da indústria da construção pesada no Brasil e em diversos países, a Mendes Júnior se dedica à construção da cidadania nas áreas onde está presente, por meio do incentivo ao desenvolvimento de profissionais capacitados para o trabalho e para a vida.
O crescimento acelerado da região de Paulínia estimulou a demanda por trabalhadores capacitados e o BioSer contribuiu para suprir essa necessidade local. “Essas pessoas têm uma oportunidade real de ingressar no mercado de trabalho”, afirma o diretor da área de Negócios de Óleo e Gás da Mendes Júnior, Ro-
Na cidade de Paulínia, pólo de indústrias petroquí-
gério Cunha.
micas na região metropolitana de Campinas (SP), o
“Logo que chegamos, uma de nossas principais preo-
consórcio Mendes Júnior, MPE Construtora e In-
cupações foi interagir com a comunidade, visando ao
corporadora e Setal Engenharia e Construção é
bem-estar das pessoas e não apenas as necessidades
responsável pela expansão da Refinaria de Paulínia
do consórcio”, conta o coordenador de Qualidade,
(Replan), da Petrobras. De 2009 a 2012, o consór-
Meio Ambiente, Segurança, Saúde e Responsabilidade
cio criou e manteve o Centro de Treinamento Bio-
Social da Replan, Adalberto Maddia.
Ser, para oferecer à comunidade local e aos colaboradores do projeto, cursos de formação para carpinteiro, soldador, pedreiro, pintor industrial, eletricista e encanador, além de supletivos e cursos como “Formação de líderes” e “Como falar em público”. Os professores do Centro de Treinamento pertenciam ao quadro do Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai), mas foram contratados pelo consórcio e a ONG Instituto Futuro Cidadão, de Campinas, parceira do projeto. Os alunos receberam material didático, uniforme e cesta básica.
Arena Pantanal e a Refinaria de Paulínia (Replan), da Petrobras são palcos do programa que beneficia toda a comunidade, visando ao bem-estar das pessoas e não apenas as necessidades da empreiteiras.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | RIO+20
Rio+20
Diretoras da SME analisam resultados práticos do evento Representantes da Sociedade Mi-
evento extremamente posi-
neira de Engenheiros (SME) mar-
tivo, desafiador e impulsiona-
caram presença na Conferência
dor, mesmo sem uma decisão
das Nações Unidas sobre Desen-
uniforme dos países em atuar
volvimento Sustentável, a Rio+20,
pela proteção do meio am-
realizada entre os dias 13 e 22 de
biente global”, explica.
junho, no Rio de Janeiro, duas décadas após a realização da Rio-92.
nheiros e arquitetos podem con-
Uma delas é a engenheira eletri-
tribuir muito para um mundo
cista, diretora da Comissão de
mais sustentável, através do uso
Educação em Engenharia da SME,
de tecnologias e técnicas de efi-
coordenadora do GREEN-IPUC
cientização energética, uso de
e professora do Curso de
reciclagem, arquitetura bioclimá-
Engenharia de Energia e do Pro-
tica, transporte sustentável e,
grama de Pós-graduação em En-
ainda, adoção de matrizes limpas
genharia Mecânica., Antônia
de energias. “Ressalto a grande
Sônia Alves Cardoso Diniz. Ela
participação que a energia solar
foi uma das p a l e s trantes do
terá no futuro”, pontua.
painel do U . S . D e partament
Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz, coordenadora do GREEN-IPUC e professora do Curso de Engenharia de Energia e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica.
apresentar metas de desenvolvimento sustentável a serem perseguidas por todos os países,
A engenheira metalúrgica, dire-
assim como a origem do dinheiro
tora de Pesquisa e Desenvolvi-
para auxiliar os países mais po-
mento da Fundação Estadual de
bres a cumprir os chamados
Meio Ambiente (FEAM) e dire-
“Objetivos do Desenvolvimento
tora de Engenharia Metalúrgica
Sustentável” (ODS), inspirados
da SME, Janaína França, afirma que
nos Objetivos do Milênio, se-
“Foi muito interessante assistir
o resultado mais concreto da
gundo a qual os países em desen-
a posicionamentos divergentes,
Rio+20 só começará a aparecer,
volvimento devem perseguir, até
tentando chegar a um acordo.
de fato, a partir de 2015.“Em três
essa data, melhorias nas áreas so-
Mas considero a Rio+20 um
anos, as Nações Unidas deverão
cial e de meio ambiente”, destaca.
of Energy , denominado “Capturando o Sol – P&D em Energia Solar pode nos Transformar”, com patrocínio do National Renewable Energy Laboratory.
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Para Antônia Sônia Diniz, enge-
Por isso, a expectativa dos negociadores brasileiros é
Para ela, é preciso lem-
que os ODS motivem o início de uma nova etapa na
brar que os países que,
agenda mundial, para reduzir a pobreza e o impacto do
tradicionalmente, se en-
crescimento econômico sobre o meio ambiente.
volvem em cooperação internacional,
estão
Em relação à Engenharia, esse prazo vai permitir que
com
fiscal
as faculdades insiram em seus currículos, de forma efe-
muito difícil. Políticas
tiva, o tema sustentabilidade. O passo seguinte, expli-
ambientais têm custo, o
cou, será transformar esse conceito em projetos e
que deve ser lembrado
obras. “As Nações Unidas defendem o desenvolvi-
sempre.
situação
mento sustentável desde o início dos anos 80. Mas, pesquisa contratada pelo Ministério do Meio Ambiente mostra que mais da metade da população brasileira (53%) não sabia do que se tratava às vésperas da Rio+20. Muitos dos compromissos assumidos na agenda internacional continuavam no papel”, ressalta. O dever de casa definido durante a conferência, de acordo com a engenheira, prevê um "processo
De acordo com Janaína França, a ação do Brasil está focada não no Programa das Nações
Janaína França, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da FEAM
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) mas no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ao lado da administradora do PNUD, Helen Clark, a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Tei-
intergovernamental transparente" para definir os
xeira, anunciou a criação de um Centro Mundial para
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Mas a
o Desenvolvimento Sustentável, que terá sede no Rio.
futura adesão será voluntária, ou seja, os países que
A ministra disse que o Centro será "o legado da
não cumprirem as metas não serão punidos.
Rio+20". Ambas salientaram que a abordagem do
Um dos parágrafos da declaração final da Rio+20
centro integrará inclusão social e proteção ambiental.
diz que o cumprimento dos objetivos levará em
A delegação mineira presente na Rio+20 coorde-
conta as realidades nacionais. “Sobrou ambição
nou debates sobre a conservação de biomas, bio-
e faltou realismo ao governo brasileiro, ao insistir
diversidade
na realização da Conferência Rio+20, em um dos
discussões sobre a implementação de medidas ca-
piores momentos da maior crise econômica desde
pazes de conter os efeitos das mudanças climáticas.
a Grande Depressão dos anos 30, no século
Também vêm sendo abordadas pelos representantes
passado. Nem a anfitriã do encontro, a presidente
do Governo de Minas interfaces relativas a outras
Dilma Rousseff, pôde concentrar-se tanto quanto de-
áreas, como a chamada economia verde, o cresci-
veria nas negociações dos grandes temas ambientais.
mento urbano e o desenvolvimento rural sustentá-
Teve de ir ao México para uma dramática reunião de
vel. “Hoje, Minas tem um programa de iniciativas
cúpula do Grupo dos 20 (G-20), na segunda e na
sustentáveis alinhado com cada um dos principais
terça-feira, resgata Janaína França.
temas do evento”, conclui.
e
recursos
hídricos, bem
como
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CARREIRA | TRAINEE
Programas de Trainee são uma ótima oportunidade para engenheiros recém-formados Empresas procuram talentos. Jovens recém-formados sonham com uma boa oportunidade de começar a carreira. Unir oferta e demanda, nesse caso, não é tão difícil quanto parece e muitas empresas de engenharia já sabem disso. Não é à toa que muitas delas investem nos famosos programas de trainee.
MRV e de empresas parceiras do grupo MRL Prime. Nesse grupo, os engenheiros civis são seis. No entanto, há espaço para recém-formados nas engenharias Elétrica e Mecânica.
“A MRV quer pessoas muito qualificadas e com potencial alto para ocupar posições de liderança”, A MRV Engenharia, uma das afirma. Além de engenheimaiores empresas de construção ros, o Programa também civil do país, também tem o seu Tiago Caixeta, gestor de gesenvolvimento abre inscrições para profishumano e organizacional da MRV Programa de Trainee. O gestor sionais das áreas comercial, de Desenvolvimento Humano e crédito imobiliário, desen volvimento imobiliário e supriOrganizacional da empresa, Tiago Caixeta, relata que o mentos. O período de formação é de dois anos. Os parprojeto teve início em 2007 e, depois da ausência em ticipantes têm o desafio de conhecer todas as áreas do 2009 e 2010, retornou em 2011 em novo formato. negócio MRV antes de se dedicarem à sua. E tudo isso No ano passado, entraram 12 trainees e, neste, 14 da orientado por um executivo da companhia.
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A participação ativa dos executivos da MRV é
A analista de engenharia trainee, Ana Carolina
fato incontestável.
Rettore, 25 anos, formada em engenharia Civil pela UFMG, é uma das participantes do projeto.
Apesar da diferença de idade e know-how na profissão, eles já compreenderam a lógica do programa de trainee, como explica Caixeta. “Os executivos estão na origem e no meio desse
“Eu acho uma excelente oportunidade. Foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, relata. Mais que uma vaga de trabalho na sua área de
“jogo” porque são eles que demandam pelos
atuação, a engenheira também tem gostado da
trainees para seus setores. E esse comprometi-
ideia de conhecer pessoas diferentes todos os
mento dos executivos desde o início tem ren-
dias, “do peão aos diretores”. Mas o que ela
dido bons resultados”, pontua.
quer, mesmo é chegar na área de Obras.
Além de conhecer o negócio MRV em todas as
A relação com o mentor é outro ponto ob-
suas áreas, o Programa de Trainee também ofe-
servado por
rece cursos de gestão empresaria e matemática
caso dela, é o diretor executivo, Romero
financeira, conteúdos que os novos profissionais
Paiva. “Qualquer cinco minutos com ele
vão usar durante toda a carreira.
vale muito tempo”, declara.
Ana Carolina Rettore. No
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CARREIRA | TRAINEE
Rijane Mont’Alverne, superintendente de pessoas
Arquivo Fidens
e gestão da Fidens
A Fidens Engenharia S/A começou o seu programa de
Os resultados positivos do Programa de Trainee da em-
trainee em 2008, como relata a superintendente de
presa devem-se a diversos fatores. Entre eles a política
Pessoas e Gestão da empresa, Rijane Mont’Alverne.
de remuneração competitiva e a proposta de desenvol-
“O programa foi criado para formar profissionais que
vimento da carreira desses jovens profissionais, um as-
ocuparão posições estratégicas na empresa e, assim, dar
pecto que Rijane Mont’Alverne considera essencial. Ao
“
suporte ao processo de crescimento sustentado”, pontua. Para tanto, a empresa foca em
Ganhamos pela formação de mão
uma formação que seja a mais
de obra qualificada e alinhada
completa possível, para pro-
com os objetivos da empresa,
porcionar, ao mesmo tempo,
especialmente em um momento
conhecimento das atribuições
em que o mercado está
da função e o desenvolvimento
aquecido, o que torna a busca
final de oito meses de duração, a retenção dos talentos é de 80% para os cargos de engenheiros/gerentes de contratos e, ainda, chefes/gerentes administrativos. A empresa também conta com uma estratégia de comunicação elaborada, diferenciada e focada no público de in-
“
das competências requeridas por profissionais mais concorrida. teresse, o que tem feito como que o número de candidatos dentro do pela organização, além de ofeperfil de interesse da empresa seja recer visão ampliada da gestão do negócio Fidens.
alto. Segundo a superintendente, para
Rijane Mont’Alverne A superintendente afirma que o
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uma empresa que atua na construção pesada, o grande desafio de um pro-
ganho da empresa é muito grande. “Ganhamos pela for-
grama do gênero é vencer a concorrência das outras
mação de mão de obra qualificada e alinhada com os ob-
companhias do mesmo segmento que também estão à
jetivos da empresa, especialmente em um momento em
procura dos trainees. “Por isso, contamos com diferen-
que o mercado está aquecido, o que torna a busca por
ciais capazes de atrair a atenção e o desejo dos candida-
profissionais mais concorrida”, ressalta.
tos em trabalhar e construir carreira na Fidens .
O engenheiro civil pleno, Leandro Gontijo Soares, que participou da primeira edição do
Arquivo Fidens
programa de trainee da Fidens
Entre 2008 e 2012, já passaram 39 recém-forma-
Em um ano, ele participou da construção de uma bar-
dos na área de Engenharia pelo programa de trai-
ragem de solo e da implantação de uma estrada, tudo
nee da Fidens. Um deles é o engenheiro civil
com um plano de remuneração atrativo e grande su-
pleno Leandro Gontijo Soares, que participou da
porte para acomodação e alimentação. A oportunidade
primeira edição, em 2008 e, atualmente, trabalha
de viajar pelo país também era um diferencial interes-
na obra para a MMX em Serra Azul (MG).
sante naquele momento. “Aprendizado e crescimento
Ele formou-se pela Universidade Federal de Minas Gerais, em 2008. “No período da conclusão da graduação, fiz buscas diárias na internet por programas de trainees na área de Engenharia. Ao encontrar o da Fidens, bus-
pressupõem comprometimento com o trabalho. Acredito que o programa de trainee traz grandes oportunidades de crescimento profissional e pessoal. Para aproveitá-las da melhor forma possível, vejo que é pre-
quei entendê-lo bem por meio de informações do site
ciso ter foco, dedicação e principalmente vontade de
e das redes de amigos. Estudei sobre a empresa (mis-
se relacionar com pessoas de diferentes perfis, funções
são, visão e política) e também sobre as obras que de-
e níveis hierárquicos”, recomenda.
senvolvia e sobre os lugares em que atuava. Percebi que a organização almejava grande crescimento e optei por crescer juntamente com ela”, lembra.
O resultado tem sido muito positivo. O engenheiro disse que amadureceu com os desafios, dúvidas e incertezas com as quais tem convivido nesses anos.
A cada etapa do processo concluído, o engenheiro sen-
Afinal, ele ainda está em processo de aprendizado.
tia-se motivado a integrar o time de profissionais da Fi-
Para ele, lidar com a resolução de diferentes proble-
dens, a empresa que ele escolheu para fazer a sua
mas a cada dia, viver em diferentes lugares do Brasil
carreira, já que seus valores pessoais se alinhavam com
e conviver com as equipes de trabalho trazem, ao
os da companhia. As oportunidades de aprendizado
longo do tempo, segurança e maturidade para se re-
eram contínuas, em diferentes equipes de trabalho e
lacionar com pessoas e com as situações e proble-
em empreendimentos diversos.
mas do trabalho.
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CARREIRA | TRAINEE
Anderson Ribeiro Veloso, formado em Engenharia Ambiental estudou inglês no exterior para se qualificar e depois decidiu encarar o desafio para fazer parte da montadora.
Uma das fábricas de caminhões que
da Iveco. Queremos profissionais
tem vocação para preencher os re-
mais cresce no Brasil, a Iveco tam-
que façam carreira na montadora e
quisitos que procura e, muitas vezes,
bém tem o seu programa de trainee,
que, no futuro, sejam nossos novos
não encontra no mercado”, aponta.
em um formato distinto: um curso
gestores”, enfatiza a diretora de Re-
de especialização direcionado exclu-
cursos Humanos da empresa, Ionara
sivamente para formar mão de obra
Pontes.
especializada para trabalhar na com-
formado em Engenharia Ambiental pelas Faculdades Santo Agostinho,
Para atrair a atenção dos estudan-
de Montes Claros, em 2010. Aos
tes, a Iveco disponibilizou 60 vagas
29 anos, ele está entusiasmado
Lançado em maio de 2011, o Start!
– 20 para cada curso -, além de
pelo curso. “No último ano da fa-
é o programa da montadora para
uma bolsa mensal de R$ 2387,
culdade de Engenharia, eu já tinha
atrair profissionais para o pólo auto-
sendo que a mensalidade da
colocado como meta profissional
motivo da empresa em toda a Amé-
pós-graduação é paga pela monta-
iniciar minha carreira como trai-
rica Latina. Criado por meio de uma
dora. Os cursos, que começaram
nee. Por isso li muito a respeito
parceria entre a Iveco e a Pontifícia
no dia 20 de setembro de 2011,
dos programas”, lembra.
Universidade Católica de Minas
terão duração de 18 meses, com
Gerais (PUC-Minas), o Start! é um
seis horas diárias de aulas, que
Mas ele tinha obstáculos. Um
curso de pós-graduação em Enge-
somam 1.400 horas de aulas teó-
deles é que não dominava o
nharia Automotiva, Engenharia de
ricas e práticas e outras 600 horas
idioma inglês e também não
Manufatura e Estratégia Empresarial
de On the job e Project Work. A ex-
tinha experiência no exterior.
Automotiva direcionado a profissio-
pectativa da Iveco é absorver
Depois da formatura, ele pediu
nais com até um ano de formação
100% das turmas, mas a contrata-
demissão do trabalho e fez inter-
em Engenharia, administração, logís-
ção vai depender do desempenho
câmbio na Irlanda. Ao retornar
tica e outros.“São cursos específicos
de cada um dos estudantes ao final
ao Brasil, recebeu o e-mail da
que não existem no mercado edu-
do curso. “Com esse processo, a
Iveco e decidiu encarar o desafio
cacional e que foram criados espe-
Iveco pretende identificar com
de se qualificar ainda mais para
cialmente para atender a demanda
mais precisão o profissional que
fazer parte da montadora.
panhia que integra o Grupo Fiat.
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Um deles é Anderson Ribeiro Veloso,
Para Veloso, o próprio nome do Programa - Start!, Especialização e
“
conhecimento técnico específico das engenharias que podem atuar
Carreira - já resume muita coisa.
O maior ponto positivo do
“Realmente o programa é robusto
programa é o fato de
e muito completo, pois está permi-
recebermos uma
tindo ao longo do tempo uma
especialização, antes mesmo
A admissão está prevista para se-
versas áreas da organização, fa-
de entrarmos na empresa,
tembro. Uma vez empregados, eles
zendo com que o trainee tenha
com 1.400 horas/aula
um conhecimento de toda a
em 10 meses ministradas
duração de um ano, na área em
pela PUC - Sete Lagoas.
que se graduou. “Da edição reali-
c a deia produtiva da empresa, desde os fornecedores até o cliente final”, enfatiza. O futuro é promissor, inclusive para a possibilidade de ter uma
“
imersão de forma suscinta em di-
Anderson Ribeiro Veloso
no negócio e, ainda, comportamento coerente com a cultura e os valores da empresa.
participam de um programa interno de desenvolvimento com
zada há quatro anos, cerca de 80% dos participantes continuam na empresa, o que confirma que o nosso programa atende ao seu objetivo”, argumenta. Critérios bem
carreira internacional, outra meta formados entre junho de 2010 e
definidos e regras claras são o que
agosto de 2012, nos cursos de
mantém a confiança dos jovens na
Geologia/Engenharia Geológica,
possibilidade de construir uma
Engenharia Mecânica, Engenharia
carreira de sucesso em uma das
Elétrica, Engenharia de Minas, En-
empresas mais tradicionais do
entrarmos na empresa, no meu
genharia Metalúrgica, Engenharia
setor mineral brasileiro.
caso estou cursando Engenharia
Civil, Engenharia de Automação,
de
Engenharia de Produção e En-
do engenheiro. “O maior ponto positivo do programa Start!, o que o difere da maioria dos outros no país, é o fato de recebermos uma especialização, antes mesmo de
Manufatura,
com
1.400
Diferente de outros programas, o da Samarco não se concentra ape-
horas/aula em 10 meses (tempo
genharia Química.
integral), ministradas na PUC de
De acordo com a analista de RH
guir a carreira gerencial. “Aqui
da empresa e ex- participante do
temos espaço para aqueles que
Programa, Luciana Pimenta, a
querem ser técnicos também”,
Samarco conduz um apurado pro-
afirma a analista.
cesso de triagem para escolher os
Todos os trainees da Samarco têm
profissionais. Além de provas on-
tutores que os acompanham du-
line de Inglês e raciocínio lógico,
rante o Programa que são gesto-
Até o dia 3 de julho, haviam 2,7 mil
há dinâmicas de grupo e painéis de
res ou técnicos da companhia.
candidatos inscritos para concor-
negócio onde eles são apresenta-
Para Luciana Pimenta, esse auxílio
rer às 30 vagas abertas para o
dos aos gestores da companhia.
é precioso para a adaptação do
Programa de Trainee da Samarco
De forma geral, o que a Samarco
novo profissional. O salário com-
Mineração. Essas colocações são
deseja no seu quadro de funcioná-
patível com o mercado é outro
direcionadas para profissionais
rios são jovens profissionais com
fator atrativo.
Sete Lagoas. Somente após este período, é que faremos on the job na Iveco por 8 meses, com a o p o r tunidade de aplicarmos o s conhecimentos adquiridos durante a especialização”, comenta.
nas em jovens que pretendem se-
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EVENTO | SOLUÇÕES PARA MOBILIDADE PARA RMBH
Iº SEMINÁRIO MOBILIDADE URBANA: DESAFIOS E PROPOSTAS Entidades abrem debate sobre mobilidade na RMBH A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) e a Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) realizaram, no último dia 3 de agosto, o 1º Seminário Mobilidade Urbana: Desafios e Propostas. O evento foi realizado no auditório da ACMinas e presidido pelo Secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato. O seminário contou com a participação de mais de 200 convidados entre personalidades e representantes do setor. Os principais temas abordados no Seminário que teve duração de quase cinco horas foram: “Cenário Atual da Ferrovia Centro Atlântica no contexto nacional e projetos para Minas Gerais” proferido pelo coordenador de relações institucionais da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), José Osvaldo Cruz. Outros dois assuntos de destaque foram sobre os temas “Metrô leve – uma solução para a RMBH”, tendo como palestrante o diretor
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vida urbana moderna. Por isso, procuramos reunir especialistas no assunto, gestores, empresários; profissionais de engenharia e arquitetura interessados no tema” , observa .
Presidente da SME, Ailton Ricaldoni
comercial da Construtora Queiroz Galvão, Berilo Torres e “Mobilidade Urbana e a Implantação do Trem Metropolitano de Belo Horizonte”, palestra ministrada pelo economista João Luiz da Silva Dias. Para o Presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, Ailton Ricaldoni, o seminário retratou a realidade do que é mobilidade em Belo Horizonte. “Portanto, quando nos propusemos a discutir esse tema tão importante nos dias de hoje, queríamos fazê-lo dentro dessa grande teia que é a
De acordo com Ailton Ricaldoni, “pensar em mobilidade urbana é, portanto, pensar como se organizam os fluxos na cidade. É necessário garantir que o empresário, o estudante, a dona de casa, o trabalhador, as crianças, os idosos, a população de forma geral, tenham acesso ao que a cidade oferece. Quando digo isso, pode parecer simples, mas não é”. Segundo o presidente da SME , “ é tempo de refletir e agir para que os avanços e as dificuldades na vida urbana sejam debatidos e propostas sejam apresentadas”. A contribuição da sociedade, observa, “é para que decisões sejam tomadas rumo a uma cidade mais integrada, com qualidade de vida, capaz de oferecer mobilidade com conforto e segurança”, conclui.
Alexandre Silveira
Marcelo Perrupato, Charliston Moreira e José Coutinho
João Luiz da Silva Dias
José Osvaldo Cruz
Mais de 200 pessoas participaram do seminário no auditório da ACMinas
Realização
Patrocínio
Berilo Torres
Marcelo Perrupato
Sérgio Prates, Cléo Vaz e José Aparecido
Apoio
Compromisso, Inovação e Avanço
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NOVOS ENGENHEIROS | FERNANDA RABELO SOUZA
Construir uma carreira de sucesso começa na universidade
Aos 22 anos, a estudante do sexto
conhecer áreas importantes da
ciedade Mineira de Engenheiros
período do curso de engenharia
empresa como a divisão de
(SME) para interagir com o mer-
de Energia da Pontifícia Universi-
projetos, aprender a lidar com
cado. Acabei conhecendo muitos
dade Católica de Minas Gerais
situações difíceis e ter em
profissionais do setor e sinto-me
(PUC Minas), Fernanda Rabelo
mente que ela é parte do pla-
privilegiada por ter conseguido
Souza, será a primeira enegnheira
nejamento estratégico da com-
estágios tão variados e positivos
de sua família, que mora em Car-
panhia. “A minha visão do
para a minha carreira”, ressalta.
mópolis de Minas. Por isso, está
mercado
aproveitando esse estágio da sua
afirma.
formação para ingressar no mer-
diferente”,
Para a estudante, confrontar o conhecimento teórico de sala de
Logo que começou a estudar, ela
aula com a prática de empresa
já sentiu a necessidade de conhe-
multinacional conhecer profis-
cer o mercado. No segundo ano
sionais de diferentes perfis e car-
da universidade, ingressou na Fun-
gos é aquele tipo de experiência
dação Estadual de Meio Ambiente
imperdível para uma estudante
Atualmente, está fazendo está-
(FEAM) e, depois, conseguiu uma
universitária. Esse contato tem
gio na Arcellor Mital. O pro-
vaga para fazer estágio no CREA-
feito com que ela tenha contato
grama com duração de seis
MG.“Nessa época, eu frequentava
com a realidade do mercado e
meses tem possibilitado a ela
os seminários e palestras da So-
com o tipo de profissional que as
cado. A seu favor, ela tem um momento ímpar da economia. O que abre vagas para programas de estágio cada vez mais arrojados.
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está
“
Desenvolver habilidades e competências como o
“
espírito empreendedor e cooperativo são essenciais para quem busca uma carreira de sucesso.
Fernanda Rabelo Souza
companhias procuram para in-
dade de aumentar o número de
Na mesma linha, é preciso conhe-
gressar no seu quadro de funcio-
profissionais que atuam na área”,
cer e pactuar com a proposta de
nários. “Como estudantes, não
argumenta.
desenvolvimento sustentável para
sabemos quais as características
O contato com o mercado tem
se alinhar ao mercado da Enge-
que devem ser desenvolvidas
rendido maior compreensão do
nharia. “Essa não é uma trajetória
para ingressar e se manter em
curso de Engenharia de Energia.
fácil, mas tenho orgulho do que
uma empresa como a Arcellor
Para ela, essa é uma área promis-
Mital, por exemplo”, define.
tenho conseguido até agora”, con-
sora porque leva aos estudantes
Enquanto se divide entre a PUC
uma visão integrada, com conhe-
Minas e o estágio, Fernanda Souza
cimentos em diversas áreas.
alimenta as melhores expectativas
Mas isso não é tudo. O futuro
em relação ao mercado de traba-
profissional, também. tem um
lho da sua área. “O aumento da
papel a cumprir e a estudante
demanda por energia tem cres-
sabe disso. Desenvolver habilida-
cido ano a ano e vemos que as
des e competências como o espí-
fontes energéticas alternativas
rito empreendedor e cooperativo
têm sido valorizadas também
estão em pleno desenvolvimento,
são essenciais para quem busca
pelas empresas do segmento”,
o que eleva, também, a necessi-
uma carreira de sucesso.
conclui.
sidera. Sobre aquele antigo mito de que engenharia não combina com mulheres, ela tem a convicção de que a carreira é também para elas. “O mercado tem contratado mulheres. As características femininas de trabalho e gestão
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CONSTRUÇÃO | SUSTENTABILIDADE
Construção sustentável é incorporada pela indústria m tipo inovador de construção que utiliza módulos semelhantes a contêineres feitos com concreto especiais, um sistema de Coleta e Descarte de Óleo de Cozinha, telhas em PVC e de fibras vegetais, produtos que podem ser facilmente reciclados. Completando, a famosa “Praça do Concreto” com diversas soluções urbanas que usam esse insumo, a Casa Design e, ainda, softwares que revolucionam os processos e resultados das empresas.
U
Esses foram apenas alguns dos destaques da edição 2012 da Feira Internacional da Construção que reuniu mais de 300 expositores do Expominas e resultou em R$ 95 milhões em negócios, em quatro dias de evento. Em visitantes foram 34 mil. Visitar uma feira de setor, seja como mero expectador, curioso ou, ainda, como profissional da área, é uma oportunidade ímpar para conhecer novidades. No caso da indústria da construção, os produtos e serviços apresentados na Construir Minas este
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ano têm seguido a tendência de construção sustentável. A engenheira e urbanista formada pela Fumec, em 1993, e coordenadora do MBA Edifícios Sustentáveis: Projeto e Performance, lançado em abril deste ano pela mesma instituição, Cristiane Lacerda, afirma que este é o momento para que as empresas se alinhem com essa tendência para a qual não há possibilidade de retrocesso. “Dentro de 5 ou 10 anos, as gestões hídrica e energética já serão leis. Então, se as empresas se preparam com antecedência, não sofrerão grandes impactos para fazer as mudanças rapidamente”, observa.
seu resultado final, mas pela observação da cadeia produtiva. No caso da madeira certificada, por exemplo, se as empresas se preocupassem em saber a procedência do material, com certeza evitariam grande parte do desmatamento da Amazônia. Da mesma forma, se um produto, por mais econômico que seja, usa artifícios como trabalho escravo ou infantil, não há o que justifique a sua compra e uso em um projeto.
Mas o que é construção sustentável? Em primeiro lugar, sustentabilidade significa a mitigação de impactos. Levar esse conceito para esse ramo de negócios se dá pela tomada de decisões que resultem em qualidade/durabilidade sem gerar prejuízos para o meio ambiente.
A sustentabilidade em construção, não está apenas no mercado, mas dentro das empresas, a partir da adoção de novos processos. “Melhor que demolir é desconstruir e dar uma destinação final correta para os produtos”, aponta. Na mesma linha, melhor usar o “lava rodas” na saída dos canteiros que “transportar” poeira para o restante da cidade.Todas essas decisões devem gerar ganhos para a empresa, o que é justo, mas também para a cidade e para a população em geral.
Outra vertente refere-se à seleção de materiais que serão usados em cada projeto, não apenas pelo
Multidisciplinar, essa modalidade da Engenharia reúne profissionais como engenheiros ambientais, quí-
Cristiane Lacerda, engenheira e urbanista, coordenadora do MBA Edifícios Sustentáveis
usadas para a automação dos edifícios, evitando desperdício de energia elétrica e de água, “São ferramentas que devem ser usadas com inteligência e a nosso favor”, completa.
micos e arquitetos, entre outros. Segundo a professora, no caso específico da Bioarquitetura, é imprescindível usar as características climáticas do local - sol e ventilação natural - a favor do projeto, para evitar a construção de edifícios que já “nascem” doentes. “Tudo isso deve ser definido no estágio processual, ou seja, no início do projeto”, lembra. O que se pretende com a construção sustentável é justamente resgatar o que se chama de boa engenharia e boa arquitetura. Mas sem radicalismos, já que as tecnologias existentes podem ser
A construção sustentável não é um pacote fechado que contém todas as soluções, mas um processo contínuo de melhoria. Por isso, as obras, mesmo depois de concluídas, devem abrir possibilidades para o aprimoramento. Atualmente, o uso de painéis fotovoltaicos ainda é bastante oneroso. No entanto, em alguns anos, essa tecnologia estará mais acessível. Cabe aos profissionais se lembrarem de que essas melhorias terão que ser feitas em algum momento. “Se a empresa e/ou profissional vai construir que faça certo da primeira vez. Normalmente, quem constrói não é quem usa o imóvel que acaba se tornando uma herança ruim para a cidade. A qualidade dessa herança tem que mudar”, desafia a professora.
CONSTRUÇÃO | SUSTENTABILIDADE
Há quem alegue que os produtos e serviços ecológicos são mais caros que os tradicionais. Essa é outra mudança a ser conduzida pelos profissionais da indústria da construção e, depois, pelos consumidores. “Se poucas pessoas compram um produto, ele é mais caro. Se muitas compram, aumenta a produção em escala e o preço cai invariavelmente”, analisa. Embora seja o quarto lugar mundial em construções sustentáveis, o número de projetos do gênero, no Brasil, corresponde a 1% do que é feito nos Estados Unidos (EUA). “A disparidade ainda é
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“
Há pesquisas que demonstram que os produtos sustentáveis vendem mais rápido, principalmente no caso de empreendimentos que serão alugados. Uma empresa que ocupa um “Green Building” agrega valor a sua marca.
“
Os novos projetos já estão incorporando diferenciais como o reuso da água de chuva para limpeza da área externa, irrigar os jardins ou mesmo para os sanitários. No quesito energético, a otimização do recurso por meio de edifícios eficientes ou mesmo a adoção de matrizes alternativas e limpas como a eólica e a solar estão na pauta do dia. Se o projeto é urbanístico, devese pensar em cidades sustentáveis que tenham habitações e infraestrutura bem constituídas. A mobilidade também é um quesito a ser observado. Em suma, independente da obra, tudo deve ser pensando para aumentar a eficiência e reduzir gastos, mesmo porque o recurso dos usuários para operar um empreendimento varia. “A lógica é diferente porque o se pretende é investir mais no curto prazo para ter benefícios a médio e longo prazos”, ressalta.
muito grande. O Brasil ainda está no papel de observador para ver onde essa história de construção sustentável vai chegar”, explica. No entanto, os consumidores já estão mais atentos em relação aos produtos sustentáveis, aceitando, inclusive, que eles são mais caros. Certificações como a ISO 9001, ISO 14001 e a certificação de segurança do trabalho são diferenciais que agregam valor aos projetos.“Há pesquisas que demonstram que os produtos sustentáveis vendem mais rápido, principalmente no caso de empreendimentos que serão alugados. Uma empresa que ocupa um “Green Building” agrega valor a sua marca”, avalia. Belo Horizonte segue a tendência do Brasil no que se refere a construções sustentáveis. Há mais cons-
trutores observando esse movimento que aplicando essa nova tendência.“Quando o Estado se decidir, com certeza vai se destacar no cenário nacional”, provoca. Não faltam incentivos para os construtores. Em junho deste ano, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Deliberação Normativa nº 66/2009 do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), que estabeleceu as medidas de sustentabilidade e de combate às mudanças climáticas, e a Portaria da SMMA 06/2012, que estabeleceu os critérios e parâmetros para a concessão dos selos. Daí foi instituído o Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental, chamado Selo BH Sustentável, destinado aos empreendimentos públicos e privados da capital. De acordo com o engenheiro civil formado pela UFMG em 1976 e gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da SMMA, Weber Coutinho, o programa traduz uma política pública que pretende incentivar os construtores a adotarem medidas que contribuam para a redução do consumo de água, energia, de emissões diretas de gases de efeito estufa, bem como a geração de resíduos sólidos pelos empreendimentos. Os empreendimentos certificados receberão o selo nas modalidade Ouro, Prata ou Bronze. Para tanto, é preciso obter 100 pontos, com as medidas de sustentabilidade adotadas. Basicamente, isto se resume no
Weber Coutinho, engenheiro civil e gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da SMMA
alcance dos índices de redução de consumo de 25% para energia e de 30% para água, e, ainda, de redução/reciclagem de 70% de resíduos sólidos. Para os empreendimentos que emitem diretamente gases de efeito estufa, o índice de redução/compensação mínimo a ser atingido é de 80%. Os primeiros empreendimentos existentes que já receberam o selo BH Sustentável foram: Aterro Sanitário da BR 040 – SLU /Consórcio Horizonte ASJA, Hotel Quality Afonso Pena, Hotel Caesar Business, Edifício Sede da FIEMG, Edifício Sede da TV Globo Minas, Edifício Sede da Cowan, Edifício Residencial Moacyr de Figueiroa – Campo Engenharia, Condomínio Edifício Comercial Raja Hills e, ainda, o Centro de Educação Ambiental do PROPAM. Os empreendimentos em projeto que tiveram suas propostas aprovadas para futura certificação são o Hotel Lavras 150 – MASB, Edifício Comercial PRIME SAVASSI,
inclusão de dispositivos de sustentabilidade podem consultar o site www.cesa.pbh.gov.br, onde obterão as informações complementares sobre esse processo de inscrição. Construtora Ferreira Miranda e Edifício Residencial Villa Real, Construtora Diniz Camargos. “ No caso do selo BH Sustentável, a certificação é de resultados, isto é, a adoção de processos que contribuam para a sustentabilidade do empreendimento, através da eficientização dos consumos de energia e de água, e, ainda, da gestão dos resíduos sólidos e da redução direta das emissões dos gases de efeito estufa”, explica. Os construtores que querem ter projetos certificados, seja com a realização de retrofits e/ou pela
De acordo com Coutinho, a construção sustentável é um movimento que está iniciando agora em Belo Horizonte. Prova disso é que, foram os 12 empreendimentos já certificados pela PBH há outros três certificados com o selo Procel e alguns em processo de certificação com o selo LEED, do Green Building Council Brasil. A expectativa é positiva. “A médio prazo, espera-se que essa política seja incorporada definitivamente pelo setor da construção civil da cidade”, adianta. Ainda conforme o gestor, a adoção da sustentabilidade nos projetos de engenharia
Selo BH Sustentável Empreendimentos Certificados • Edifício Sede TV Globo Minas • Edifício Sede FIEMG • Hotel Quality Afonso Pena • Hotel Caesar Business • Edifício Comercial Raja Hills • Edifício Residencial Moacyr Figueiroa • Edifício-sede Cowan • Aterro Sanitário BR-040 - SLU • Centro de Educação Ambiental do PROPAM-PBH.
Edificações novas com laudo aprovado para certificação • Hotel Lavras 150 • Edifício Comercial Prime Savassi • Edifício Residencial Villa Rica.
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CONSTRUÇÃO | SUSTENTABILIDADE
e arquitetura somente será assimilada pelo setor com a avaliação do custo-benefício, ou seja, quando os projetistas mostrarem para os empreendedores e investidores que o tempo de retorno desse tipo de investimento é economicamente viável. A atuação do poder público vai além da certificação, como explica Coutinho. Através de leis, é possível exigir a incorporação de medidas sustentáveis nos projetos de engenharia e, também, de incentivos fiscais. Já a certificação, pontua Coutinho, é o reconhecimento perante a sociedade. A resposta do setor a essa mudança é positiva. De acordo com o vice-presidente da área de Materiais, Tecnologia e Meio Ambiente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Geraldo Jardim Linhares Júnior, a aplicação de sistemas construtivos e o uso de materiais que reduzem o impacto sobre o meio ambiente são uma tendência que o setor já conhece. No entanto, a questão está mais na concepção dos projetos que na escolha dos insumos. “Essa concepção nasce na cabeça de quem idealiza o empreendimento. Mas é preciso lembrar que ele deverá ser comercializado e que as pessoas pedirão argumentos para fazer a escolha por esse produto”, ressalta. O que falta, então? Para o dirigente, que o mercado absorva de fato esse conceito que tem vertentes ambiental e social mas, também, econômica. Por isso, os projetos que pretendam ser sustentáveis devem ser mais flexíveis para a incorporação de novas tecnologias. “Hoje já é possível administrar o consumo de energia com sensores. As placas de aquecimento solar são uma realidade, assim como o reuso da água e a captação da água da chuva”, exemplifica. Mas essa tecnologia não pode ser para poucos, como se fosse um artigo de luxo. Na verdade, o produto sustentável ainda é mais caro que o tradicional e o
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aumento do uso desses produtos só acontecerá. De fato, quando os consumidores entenderem que, além de bem-estar e qualidade de vida, o prédio sustentável gera riqueza futura para o proprietário. No caso de empreendimentos comerciais, garante Geraldo Júnior, é ainda mais fácil perceber essa lógica já que o valor do condomínio é menor. “Precisamos conscientizar os atores da cadeia produtiva”, considera. No entanto, reconhece o dirigente, os consumidores ainda buscam produtos imobiliários que caibam no bolso. O preço do empreendimento é o que fala mais alto na hora da compra e, por outro lado, as empresa também têm que gerar lucro. Nas classes populares, essa visão é ainda mais clara porque a prestação do financiamento não pode inviabilizar o pagamento das outras contas da família. No entanto, a captação de água da chuva é feita desde 2004 em conjuntos habitacionais. “As pessoas têm que entender que sustentabilidade é para todos”, reafirma. Quanto ao setor, o atual momento é propício para a qualificação das empresas que experimentam lucratividade menor que em 2008 e 2009, mas já compreenderam que desperdício e retrabalho são fatores que comprometem ainda mais o resultado das companhias.
Indústria sustentável. Este é o nosso compromisso.
O Sistema FIEMG acredita que uma indústria sustentável se constrói através da competitividade, da inovação e da responsabilidade. Ser sustentável é ser competitivo. É produzir mais e melhor. É conquistar o mercado global e se preparar para um mundo cada vez mais exigente. Ser sustentável é ser inovador. É investir em novas tecnologias. É incentivar estudos e pesquisas para o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços. Ser sustentável é ser responsável. É fazer da economia verde e da preservação da natureza uma realidade. É buscar processos de produção cada vez mais limpos. É promover a educação em todos os níveis e lugares. É investir em cultura, esporte, saúde e lazer. A sustentabilidade é assim: está na maneira como pensamos o mundo. No caminho que escolhemos para a nossa indústria.
Um investimento da indústria
MERCADO | CONSTRUÇÃO
ENIC / Minascon movimenta cadeia produtiva do setor na capital mineira
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Entre os dias 27 e 30 de junho,
O resultado foi um sucesso, com
de Minas Gerais (Codemig),
Belo Horizontes foi a capital na-
2 mil inscritos para o ENIC con-
Caixa Econômica Federal (Caixa)
cional da indústria da constru-
feriram palestras sobre diversos
e Confederação Nacional da
ção. Depois de 10 anos, a capital
temas que compõem o dia a dia
Indústria (CNI).
voltou a sediar o Encontro Na-
da indústria da construção. O
cional da Indústria da Constru-
evento é uma promoção da Câ-
ção (ENIC), na sua 84ª edição. A
mara Brasileira da Indústria da
ENIC, no Palácio das Artes, reuniu
programação incluiu, também,
Construção (CBIC), com a reali-
autoridades, gestores e empresá-
dois eventos paralelos que já en-
zação do Sindicato da Indústria
rios da indústria da construção. O
traram para o calendário do
da Construção Civil de Minas
presidente da CBIC, Paulo Safady
setor no Estado: a Feira Interna-
Gerais (Sinduscon-MG) e o Sin-
Simão, falou sobre a importância
cional da Construção (Construir
dicato da Indústria da Constru-
do segmento para a economia na-
Minas 2012) e o 9º Encontro
ção Pesada de Minas Gerais
cional e reivindicou a desonera-
Unificado da Cadeia Produtiva
(Sicepot-MG) com patrocínio
ção da folha de pagamento das
da Indústria da Construção
do Plano de Amparo Social Ime-
empresas, como medida que pode
(Minascon 2012), realizados
diato (PASI), Gerdau, Companhia
fortalecer ainda mais a cadeia
no Expominas.
de Desenvolvimento Econômico
produtiva.
A cerimônia de abertura do
Atualmente, a indústria da construção responde por mais de 10% dos empregos formais no Brasil, percentual que pode aumentar ainda mais com o aumento da demanda por obras de infraestrutura para preparar as cidades para eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, a velocidade com que os investimentos têm sido feitos está aquém. Das metas estipuladas para o Ministério dos Transportes, menos de 20% foram atingidas após cinco meses.
Luiz Fernando Pires, presidente do Sinduscon-MG
De acordo com presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas GePaulo Safady Simão, presidente da CBIC
rais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, o ENIC é o evento do setor que consegue reunir todos os atores que decidem sobre a construção brasileira, desde construtoras, representantes dos poderes
públicos,
clientes
e
entidades
de
financiamento para um debate contínuo sobre a Simão destacou, ainda, que a abordagem de três temas principais - inovação, sustentabilidade e desenvolvimento das cidades – foi apropriada para o atual momento do setor, que experimenta crescimento sucessivo. “Estamos em ano eleitoral e a nossa meta é contribuir , com um documento oficial do setor que apresente ferramentas para que os candidatos a prefeito tenham mais cuidado ao fazer o planejamento urbano das cidades agradáveis para viver e sustentáveis dos pontos de vista ambiental e social”, enfatiza. Mais que isso, as reuniões das comissões técnicas possibilitaram amplo debate sobre as questões do dia a dia da atividade que experimenta diversos desafios. “As empresas têm que ser sustentáveis do ponto de vista financeiro também”, lembra.
atividade, já que as comissões técnicas permanentes da CBIC, e também do Sindicato, continuarão debatendo e estudando esses temas que se configuram como desafios para o segmento até o próximo ano, quando o encontro acontecerá em Fortaleza. “O nível das palestras e eventos técnicos foi muito alto. Tenho a convicção de que conseguimos debater assuntos de grande interesse para o nosso segmento em profundidade”, reafirma. Nesse sentido, o objetivo do ENIC foi cumprido, como destaca o dirigente, já que as empresas e profissionais participantes saíram do evento com informações suficientes para assegurar o bom andamento do setor.
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MERCADO | CONSTRUÇÃO
Diversas paletras foram ministradas por personalidades de destaque como ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o
Já o presidente do Sicepot-MG, Alberto José Salum, reforçou a importância dos agentes discutirem questões para tornar o setor de construção um elemento ainda mais importante na geração de riquezas no país. “O evento abre espaço para a discussão dos problemas atuais e para traçarmos uma linha de ação para o futuro da atividade”, enfatiza. No caso da construção pesada, os temas abordados são de grande interesse. Entre eles estão o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), a lei da terceirização e o cuidado com o meio ambiente, que são problemas inerentes ao segmento. “Hoje há recursos, mas desarticularam o Ministério do Transporte nos modais ferroviário e rodoviário, o que comprometeu a atuação do nosso setor. A infraestrutura está sem aportes condizentes com as obras de infraestrutura que devem ser feitas para dar suporte ao momento econômico nacional”, completa. Para o dirigente, ainda permanece a dicotomia entre o impacto de uma obra de infraestrutura e os benefícios que ela pode trazer para uma cidade ou Estado. “Esses projetos geram progresso e o país demanda isso”, considera.
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Destaques Um momento importante do evento que contou com palestrantes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro Mailson da Nóbrega e o cineasta Arnaldo Jabor, foi o lançamento do Seguro Garantia de Entrega de Obra, desenvolvido pelo Núcleo de Seguros da CBIC, é destinado à incorporação imobiliária e considerado uma inovação no mercado de seguro garantia, por meio da parceria entre a CBIC e a Essor Seguros. Segundo a entidade, o seguro foi criado com o obAlberto José Salum, jetivo de mudar o cenário presidente do atual do mercado de imóSicepot-MG veis comercializados na planta. Nessa linha, assegura a entrega da obra dentro do prazo acordado em contrato. Entre as coberturas desenhadas se destacam a fiscalização e o acompanhamento permanente da construção segurada, prevenção e qualidade em longo prazo, mapeamento e solução das principais causas de sinistros, análise de risco com foco na viabilidade do empreendimento além da padronização documental das etapas do empreendimento. Cerca de 800 corretores habilitados em todo o Brasil começaram a oferecer o produto a desde 1º de julho.
Divulgação Construir Minas - 84º ENIC - BH
o, o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o cineasta Arnaldo Jabor e o arquiteto Gustavo Penna, entre outros.
O ENIC também apresentou ferra-
de exigência referentes à segurança
nas residências. A medida tem im-
menta desenvolvida pelo Serviço So-
e ao ambiente de trabalho dos fun-
pacto econômico nas regiões Sul,
cial da Indústria da Construção Civil
cionários. O profissional marca os
Sudeste e Centro-Oeste. Mas seu
no Estado de Minas Gerais (Seconci-
itens contemplados frente ao que
efeito é restrito no Norte e Nordeste
MG) que vai facilitar a percepção da
a legislação determina e quando há
porque, devido às altas temperaturas,
segurança no planejamento e cons-
uma diretriz não obedecida, o sis-
os moradores já têm hábito de tomar
trução de empreendimentos com
tema informa o valor da multa e as
banhos frios.
base na na Norma Regulamentadora
sanções previstas.
Nº 18 (NR 18), do Ministério do
Além da mudança em alguns re-
As diferenças regionais do Brasil têm
quisitos, o painel também debateu
motivado o desenvolvimento de três
aplicações que podem ser incor-
Com o software Segcon, empresários,
projetos ideais para imóveis do Pro-
poradas a esses imóveis. Uma é o
engenheiros e técnicos vão utilizar as
grama Minha Casa Minha Vida
uso de janelas que só abrem pela
exigências legais para estabelecer o
(PMCMV) para as macrorregiões Sul
metade, já que a outra é uma per-
plano de execução das obras, com
e Sudeste, Centro-Oeste e Norte e,
siana, o que reduz a área de ilumi-
sistemas de controle voltados para a
ainda Nordeste, buscando flexibilizar
nação dos cômodos. A cor das
segurança no ambiente de trabalho.
as exigências do projeto governa-
tintas também foi tema discutido.
As construtoras devem adotar prá-
mental e melhorar o nível de eficiên-
ticas e condutas preventivas que
A possibilidade de incorporar aos
cia dos empreendimentos.
imóveis do PMCMV os painéis foto-
A norma estabelece diretrizes dife-
As propostas levam em considera-
voltaicos, que transformam energia
rentes para cada tipo de atividade, do
ção a disponibilidade de materiais e
solar em energia elétrica para o uso
treinamento admissional até traba-
a sustentabilidade nas edificações.
em eletrodomésticos, é outra alter-
lhos de escavação, o acesso a
A Caixa Econômica Federal, respon-
nativa a ser estudada. Com a nova re-
informações rápidas sobre os requi-
sável pela operacionalização do
sitos legais pode aumentar a produ-
PMCMV, determina alguns requisitos
tividade, além de evitar penalidades.
e características para que os imóveis
Trabalho e Emprego (MTE).
minimizem os riscos de acidentes.
possam ser inseridos no principal O processo consiste na alimentação de um banco de dados com as
projeto de habitação popular do país.
gulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os usuários poderão produzir energia a partir dos raios solares durante o dia e exportar para rede e à noite ou em dias nublados ele importaria da rede.
características de cada obra e o
Outro ponto da discussão foi a regra
A quantidade disponibilizada para o
Segcon identifica quais são os graus
que estabelece aquecimento solar
sistema será debitada do consumo.
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MERCADO | CONSTRUÇÃO
Premiação de projetos, palestras e workshops valorizaram
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão firmará acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o lançamento do Manual Operacional que regulamenta os procedimentos e prazos para implantação das infraestruturas de energia nos empreendimentos do PMCMV. “Queremos diminuir os descompassos”, comentou a diretora do Departamento de Infraestrutura Social do Ministério do Planejamento, Maria Fernanda Caldas. A iniciativa também deverá
Minascon “O Minascon já faz parte do calendário da indústria da construção civil no Estado. Essa foi a 9ª edição e, a cada ano, aumenta o número de pessoas e de sindicatos que participam”, avalia o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais ( CIC-FIEMG) , Te o d o m i r o D i n i z Camargos. A entidade é a realizadora do evento, em parceria com Fagga l GL exhibitions e Tambasa Atacadistas.
ser adotada para diminuir gargalos com cartórios, concessionárias de saneamento e prefeituras. Quanto ao uso racional da água nas residências, a evolução do setor é fato incontestável. Na década 1990 a
Teodomiro
indústria tem apresentando soluções. Até 1998, a des-
Diniz
carga dos vasos sanitários utilizava 12 litros de água.
Camargos,
Em 2000, elas passaram a usar 9 litros, e, a partir de
presidente
2002, definiu-se a meta para algo entorno de 6 litros.
da CIC-FIEMG
A inserção das pessoas com deficiência na construção civil também foi tema abordado durante o 84º ENIC, por meio da apresentação do Estudo de Viabilidade para Inserção Segura de Pessoas com Deficiência na Construção Civil, feito por médicos e representantes do Serviço Social da Indústria da Construção Civil de São Paulo. O projeto foi realizado em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), e faz parte do Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência na Construção Civil.
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Para o dirigente, o evento é completo pois auxilia os profissionais da cadeia produtiva da construção a melhorarem seu nível de conhecimento. O encontro de clientes e fornecedores possibilita, ainda, agregar valor ao segmento, um dos desafios que a indústria enfrenta. “Atualmente, compramos muitos produtos de outros estados em vez de estimular a indústria mineira a produzir ela mesma estes artigos”, afirma.
a
m
Divulgação Construir Minas - 84º ENIC - BH
ainda mais a importância da interação do público com os diversos segmentos do setor.
A programação do Minascon foi bas-
Os resultados apresentados levaram
A Associação Brasileira de Cimento
tante diversificada. Um dos destaques
em consideração determinadas hi-
Portland (ABCP) promoveu o Pro-
foi a 1ª Rodada de Negócios do Setor
póteses, contextos e cenários para
grama Soluções para Cidades, colo-
de Cerâmica de Minas Gerais, que
que os fabricantes e consumidores
cou as ciclovias em lugar de
abriu espaço para o intercâmbio co-
assimilassem melhor o conteúdo
destaque nos projetos de desenvol-
mercial e apresentação de novos
para colocar em prática no seu dia
vimento urbano. O gerente regional
produtos e tecnologias disponíveis
a dia profissional.
da entidade, Lincoln Raydan, disse
no mercado entre empresas âncoras (construtoras, escritórios de arquitetura, etc) e fornecedores do ramo.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Cerâmica para Construção e Olaria no Estado de Minas
que o evento é benéfico por reunir diversos representantes da cadeia da construção. “A realização de cursos e seminários dentro da pro-
Entre os palestrantes do workshop
Gerais (Sindicer) e vice-presidente
Análise do Ciclo de Vida dos Produ-
da Associação Nacional da Indústria
tos, Blocos e Telhas do Setor de Ce-
Cerâmica (Anicer), Ralph Luiz Per-
râmica de Minas Gerais, o engenheiro
rupato apresentou um filme sobre
nas empresas”, aponta.
ambiental e sócio-administrador da
a sustentabilidade da cerâmica. “De-
A coordenadora do Programa Solu-
ACB Brasil, Felipe Lion Motta, falou
finitivamente, é o material mais na-
ções para as Cidades da ABCP,
sobre “Avaliação do Ciclo de Vida:
tural, durável e sustentável que
Érika Mota, afirma que o grande de-
cobertura cerâmica x cobertura de
existe, pois é feito de terra, água,
safio é pensar os diversos tipos de
concreto”, por meio da apresentação
fogo e ar. A cerâmica é muito valo-
de resultados dos estudos de avalia-
rizada no mercado externo, princi-
ção do ciclo de vida dos materiais, a
palmente o europeu e é utilizado
partir do método que contabiliza o
em 90% das residências”, comenta.
impacto ambiental de produtos ou
gramação também é importante para a difusão de novas tecnologias
transporte de forma integrada. Uma das principais dificuldades encontradas pelos municípios é obter recursos financeiros para a implan-
O Programa Expoforte, promovido
tação de projetos de mobilidade
pelo Instituto Euvaldo Lodi – IEL, por
urbana. Ela ressalta, porém, que isso
meio de seu Centro Internacional de
ocorre devido à falta de conheci-
“Esses estudos foram desenvolvidos
Negócios – CIN, em parceria com o
mento técnico para a captação des-
pela consultoria canadense Quantis
Banco do Brasil, reuniu mais de 25 em-
ses recursos e não pela inexistência
e mostram um contraponto entre os
presas com compradores internacio-
de projetos. “É necessário formar
impactos no uso de concreto e ce-
nais de Porto Rico e do Panamá para
uma rede de cooperação entre as
râmica através da avaliação do ciclo
a troca de informações e negociação
esferas pública e privada para bus-
de vida”, explicou o engenheiro.
de vendas de produtos brasileiros.
car soluções eficazes.”
serviços desde a extração dos recursos até o descarte final.
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ART | A RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENGENHEIRO
ART-0086 De acordo com a Lei Federal 6496 de 07 de ao longo da carreira, forma um acervo técnico de dezembro de 1977, todo contrato para prestação propriedade legal, reconhecido pelas empresas na de serviços por engenheiro, agrônomo, análise de seu currículo. geógrafo e meteorologista, seja ele LEMBRE-SE! Parte da taxa recolhida para profissional autônomo ou com Ao preencher o campo o registro da ART é desvínculo empregatício, está su“entidade de classe” na ART, tinada à entidade de jeito à Anotação de Responescolha a SME através do classe escolhida por sabilidade Técnica - ART. código 0086. Assim, você ajuda a SME opção do profissional, O documento deve ser preena representar a engenharia e oferecer para aplicação em prochido e assinado pelo profissioos melhores cursos, serviços, convênios e jetos de valorização da nal e pelo seu contratante, para produtos para você. profissão e do profissional registro no Conselho Regional de e de outras atividades assoEngenharia e Agronomia - CREA da reciadas às suas atividades. O formugião onde os serviços serão executados. lário para preenchimento dos dados está disponível no site do CREA-MG, mas o registro Além de ser uma necessidade legal, o profissional, pode ser feito pela internet. ao registrar os projetos de sua autoria no CREA
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ARTIGO | JORGE RAGGI
Engenheiro Mediador e Árbitro Por Jorge Raggi (*)
A Câmara de Mediação e Arbitragem do Instituto de Engenharia de São Paulo (www.ie.org.br/cmaie) constituída em 1999 é um modelo para todos nós engenheiros.As estatísticas da Câmara de Arbitragem de Paris - ICC, indicam que mais de 50% das Arbitragens estão relacionadas a problemas na área da Engenharia. E não poderia ser diferente, tendo em vista que a Engenharia está ligada a quase todas as áreas do conhecimento humano. A construção de uma sociedade interativa e ágil poderá significar uma alavacagem que nosso estado necessita. Em nossa evolução social utilizamos várias formas de resolver as controvérsias: • o poder e/ou a força; • meios baseados na lei ou na razão – o poder jurídico; • métodos que focam os interesses
nas partes envolvidas.
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Esta última forma é a proposta utilizada atualmente conhecida como ADR – Alternative Dispute Resolution, que pode ser traduzida como Resolução Alternativa de Disputas, sendo considerada a Alternativa ao Judiciário. Mas alguns autores já sugerem a tradução como Resolução Apropriada de Disputas, pois é a proposta para uma sociedade mais evoluída. A mediação e arbitragem teve um significativo desenvolvimento nos Estados Unidos, a partir de 1960 e na União Européia, após 1985. No Brasil, um projeto de lei apresentado em 1992 tornou-se a Lei Brasileira de Arbitragem, nº 9.307 / 1996. Esta lei se consolidou em 12 / 12 / 2001, com uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre sua constitucionalidade. A arbitragem, no Brasil, já estava prevista na constituição de 1824, mas era preciso que fosse homologada. A sua
eficácia dependia da justiça. Agora, o art. 31 da lei 9.307 / 96 diz : “A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo judicial.” Há um conceito que é fundamental: árbitro não é profissão. É o reconhecimento de alguém em uma profissão que o qualifica como árbitro e a esta pessoa é atribuída a função enquanto durar a questão. Ela é eleita e aceita a partir de seu conhecimento do assunto em questão. A complexidade e profundidade das controvérsias, e os custos envolvidos na ação são muitos variáveis. Os meios citados possuem muitas subdivisões mas, em essência, o seu entendimento pode proporcionar uma boa com-
preensão da metodologia, que se apoia em princípios de respeito mútuo, confiança e credibilidade.
mentos e sabotagens conscientes e não conscientes prejudicam muito a obtenção de acordo.
O fortalecimento da arbitragem, incrementou outros meios, alternativos ao meio judicial, para Solução de Controvérsias :
Os levantamentos de expectativas próprias do grupo e do que se imagina da outra Parte é um bom início do trabalho. Há necessidade de realizar encontros para afinar os temas, itens negociáveis, pontos polêmicos, de forma que cada grupo se entenda entre si primeiro, para depois buscar acordo com a outra Parte. Consultores podem fazer parte da equipe, mas desde que participem destes encontros que antecedem as reuniões das Partes. O planejamento inicial deve considerar o tempo previsível para um acordo, que poderá ser reajustado de acordo com o andamento dos trabalhos, e é importante já listar o que pode ser concedido – cabendo aqui aquela recomendação de que o que for difícil precisará de dureza, mas o que for bom pode vir em gotas, para melhorar o clima.As demoras desnecessárias constituem pontos de desgastes, e devem ser levantadas e consultadas naquilo em que for possível de ser negociado e atingido pelos acordos futuros.
1 – Laudo de Avaliação. 2 – Acordo entre as Partes. 3 – Mediação. 4 – Conciliação. 5 – Arbitragem.
1 – Laudo de Avaliação. As partes envolvidas em controvérsias escolhem um profissional de reconhecida competência para elaborar um laudo sobre a questão e obter uma visão imparcial de terceiro. Este laudo precisa ser definido seu escopo a fim de poder conduzir entendimentos.
2- Acordo entre as Partes A adoção do Acordo entre as Partes como um meio de Solução de Controvérsias pressupõe um clima de bons relacionamentos que deve ser mantido durante todo o processo. Os princípios de confiança, lealdade, integridade irão garantir relações duradouras, que devem ser monitoradas pelas Partes no andamento do processo e nos necessários detalhamentos posteriores. Cada uma das Partes poderá ter um grupo de apoio, mas é necessário definir as lideranças e seus substitutos para uma melhor empatia . Por estas razões, se alguém se indispõe será preciso estudar e decidir sua manutenção no grupo, ou a mudança de comportamentos, no que for possível. Ressenti-
3- Mediação A Mediação busca levar as partes à construção de uma solução. A Mediação trabalha mais o conflito, estuda causas, pendências, desejos das partes. Exige procedimentos. É como um meio diplomático de atuação. É uma etapa que antecede a conciliação e a arbitragem e visa à obtenção de um acordo que satisfaça o interesse das partes. O mediador deve ser um especialista imparcial, crível e comprometido com o sigilo. Ele trabalha para viabilizar a comunicação entre os envolvidos, auxi-
(*) Jorge Raggi é engenheiro geólogo, foi professor de engenharia de produção na UFOP e UFMG. e Consultor. Cometários envie e-mail: jorgeraggi@geoconomica.com.br liando na busca da identificação dos interesses reais, que muitas vezes as partes insistem em ocultar. Por estas razões é desejável que seja um profissional capaz. A mediação busca atender cada caso de acordo com suas necessidades e, assim como a conciliação e a arbitragem, prestigia a vontade das partes, possibilita a celeridade na resolução das controvérsias e reduz custos. Os procedimentos são confidenciais e a responsabilidade das decisões cabe aos envolvidos e não ao mediador. A mediação obrigatória, implantada na Argentina de 1996 a 2001, reduziu para 36,23% os procedimentos que iniciaram com mediação e deram origem a ações judiciais. E, realizados os acordos, só 1,8% precisaram de execuções judiciais, conforme a Profª Helena Higton; Profª Gladys Alvarez, citadas por Ana Tereza Palhares Basílio – Trench, Rossi e Watanabe Advogados.
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ARTIGO | JORGE RAGGI
4- Conciliação A Conciliação já é um meio mais positivo onde as partes escolhem uma ou mais pessoas, que farão intervenções, procurando agir no sentido de se obter acordo, que poderá ser formalizado por um termo de compromisso. Existe uma diferença conceitual entre mediar e conciliar. O Mediador não intervém nas questões controversas, mas age no sentido de sempre aproximar as partes, aparar as arestas, a fim de que construam uma solução consensual. O Conciliador intervém mais nas ques-
tões, propõe, age buscando o consenso, e baliza o processo, de forma não ferir os preceitos legais.
rem a Lei Federal de Nº 9.307 de 23/09/1996, emite um veredicto, denominado Sentença Arbitral.
5- Arbitragem
As partes em disputa têm oportunidade durante o procedimento de apresentar suas razões, suas petições e defesas nos moldes do que ocorre em um processo judicial, no entanto as regras e regulamentos que regem esta prática alternativa são menos formais e rígidas e podem ser modificadas mediante acordo comum das partes.
A Arbitragem acontece quando as partes concordam mediante cláusula em contrato ou compromisso arbitral, em submeter o litígio resultante de determinado contrato a um árbitro ou câmara arbitral, à qual é atribuído o poder para apresentar uma decisão em face de uma determinada disputa. Na arbitragem, o árbitro e, ou, a câmara arbitral, pelos poderes que lhe confe-
A Sentença Arbitral tem o mesmo valor que a Sentença Judicial, e com amparo da lei.
21º Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação Inscrições até 10 de setembro de 2012 A Sociedade Mineira de Engenheiros – SME abre inscrições gratui‑ tas para o Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação para os estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação de instituições de ensino superior em Minas Gerais nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. O regulamento está disponível no site: www.sme.org.br/premio ou pode ser solicitado por e‑mail: premio@sme.org.br ou fabiola@sme.org.br
www.sme.org.br/premio
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CAUSOS DA ENGENHARIA
Por Rodrigo Germani A palavra inglesa feedback é hoje muito familiar a todos os habitantes do planeta, mesmo aos que não se comunicam pelo idioma inglês. Mas não era assim há uns vinte anos atrás, sobretudo para o Chiquinho, operador de máquinas da MBR, antiga mina de Águas Claras. Por causa desse anglicismo, cujo significado ele e seus colegas de trabalho desconheciam, quase sua reputação moral foi pro brejo. Tudo aconteceu por causa de um mal entendido entre ele e o engenheiro chefe da mina MBR à época, Num dia qualquer, ao fazer a ronda diária, o chefe constatou que uma das principais escavadeiras não estava operando. De imediato ligou pelo rádio para o Chiquinho, o responsável imediato, e entabularam o seguinte diálogo.
operadores da mina, dado que a frequência do rádio não era privativa. Nos dias subsequentes era notório o aspecto depressivo do Chiquinho, antes um cara muito comunicativo. Ficou assim, até um dia que não suportou mais o sofrimento, e decidiu solicitar uma audiência com o engenheiro chefe. O novo dialogo foi assim.
todo mundo da mina tá me gozando, dizendo que “o senhor vai passar ni mim o feedback”. O Chefão abriu um sorriso e explicou ao Chiquinho que feedback siginficava retorno. Só retroinformação, nada do que ele imaginara. Ato contínuo mandou o Chiquinho
- Entra Chiquinho, tudo bem?
retornar ao trabalho. Mas a partir
- Atenção Chiquinho.
- Num tá não, doutor.
de então a palavra feedback foi
- Na escuta, Chefe
- Então abre o jogo homem.
excluída dos diálogos da mina de
- Por que a máquina não está operando?
- O negocio é o seguinte. Respeito é bom e eu gosto. Eu sou pai de família, doutor. Se o senhor não está gostando do meu serviço, pode me mandar embora agora mesmo. Mas não “faiz” isso comigo.
- Não sei ainda, mas acho que é problema na mesa de giro. - A manutenção já esteve aí? - Teve, mas saíram sem dizer nada. - Vou falar com eles e te passo um “feedback”.
- Faz o que, Chiquinho? E logo com você, meu melhor operador de escavadeira!
O diálogo foi ouvido por todos os
- Doutor, já tem uns três dias que
Águas Claras.
Rodrigo Augusto Campos Germani, 50 anos, graduado em Engenharia de Minas pela UFMG, atualmente é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da SNC – Lavalin, Miner Consult.
P ar ti ci pe e e n v ie s e u “c a u s o ” p a ra j o r n alismo@sme.org .br
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o
Rat gital -
gem di
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