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Ano 4 | Edição 21 | Outubro - Novembro | 2013
CONTEÚDO LOCAL É TENDÊNCIA PARA O MERCADO BRASILEIRO ENGENHEIRO DO ANO Paulo Henrique Vasconcelos é o homenageado
PATENTES Burocracia e falta de pessoal retardam aprovação
METRÔ LEVE CMBH aprova estudo de viabilidade econômica
SEGURANÇA NO TRABALHO | ARTIGOS | PRÊMIO CT&I | MOBILIDADE E MUITO MAIS
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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
Uma lição histórica para um futuro de desenvolvimento Juscelino Kubitscheck definiu no seu Plano de Metas o binômio “Energia e Transporte” como o carro chefe de seu governo. Para tanto, plantou as bases da industrialização do País e construiu grandes hidrelétricas, a exemplo de Furnas, tornando-se o presidente mais empreendedor e visionário que tivemos. Da década de 1950, quando JK governou (19561961), até agora, ocorreram muitas mudanças em todas as áreas, na economia, na política e na sociedade.
flete positivamente na melhoria da qualidade de vida da população.
Na área energética, o país tem feito seu "dever de casa", sendo referência internacional na geração e distribuição de energia elétrica, com seu extenso e integrado sistema de transmissão, no exponencial aproveitamento da energia eólica e solar, que Ailton Ricaldoni Lobo tem em Minas Gerais o estíPresidente da SME mulo de programa governamental; na produção de petróleo em O Brasil avançou posições entre as águas profundas e, também, de etanol, dentre ouprincipais economias do globo. Mas, convive com tros. Uma situação confortável, mas que não perproblemas estruturais que se avolumam além da mite adormecer em berço esplêndido. medida de crescimento. Por isso, a lição deixada pelo “presidente Bossa Nova”, apelido carinhoso Para muitos analistas, um dos fundamentos da sustenconferido a JK pelo seu espírito jovem e empreentabilidade econômica de um país é a capacidade de dedor, é bastante atual. criar condições para o desenvolvimento de sua produção em condições competitivas e ambientalmente Hoje, faltam rodovias e ferrovias em condições para sustentáveis. No Brasil, as dificuldades para alcançar escoar a imensa produção industrial e agrícola brasieste patamar estariam ligadas a entraves internos, que leira. Portos e aeroportos estão no limite.As reformas se repetem há muitos governos, sem solução: a bue ampliações anunciadas talvez não sejam suficientes. rocracia excessiva, a falta de tecnologia, a carência de Os rios são pouco aproveitados, apesar da imensa educação e a infraestrutura de transporte inadequada bacia hidrográfica (são mais de 4.000 quilômetros de e insuficiente. Após um período prolongado de baicostas navegáveis e milhares de quilômetros de rios, xos investimentos, o Brasil tem urgência em recupeos trechos mais importantes estão no sul e no sudeste rar, modernizar e aumentar a capacidade das do país). Nas cidades, ruas congestionadas e transporte infraestruturas, de modo a permitir o crescimento coletivo à beira do caos exigem soluções modernas sustentado da sua economia. de transporte de massa rápido, confortável e seguro. O investimento em boas estradas reduz o custo de produção, tornando o preço final mais acessível ao consumidor e mais competitivo com os concorrentes. A construção de usinas hidrelétricas aumenta a oferta de energia e viabiliza a expansão das indústrias. Portos e aeroportos eficientes diminuem os custos das exportações aumentando a capacidade das empresas nacionais na exportação. Isso gera emprego, fortalece o setor produtivo, propicia novos investimentos e re-
Portanto, lembrar o presidente JK é mais do que uma referência histórica do país. Mas, a projeção de um futuro desenvolvimento econômico e social que dependerá, em grande parte, de definições de investimentos públicos no binômio "Energia e Transporte”. A proposta é aumentar a competitividade das empresas, gerar benefícios econômicos para a população e promover o desenvolvimento do País. Essa, sim, seria a medida do crescimento.
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Seja um associado da SME São descontos de até 20% em academias, empresas automotivas, de artigos de decoração, buffets, clubes, consultórios, cursos de idiomas, empresas de turismo, faculdades, floriculturas, gráficas, informática, laboratórios, óticas, planejamento financeiro, seguros, serviços fotográficos, hotéis, beleza e estética, dentre outros.
Compromisso com Você! A Sociedade Mineira de Engenheiros, por meio de sua equipe, tem desenvolvido uma série de trabalhos para atender cada vez mais e melhor a cada um dos associados. Em seus 82 anos de existência, a SME trabalha para integrar, desenvolver e valorizar a Engenharia, a Arquitetura, a Agronomia e seus profissionais, contribuindo para o aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e econômico.
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Compromisso com o Futuro Aprimoramento profissional e inovação tecnológica também têm sido uma das grandes bandeiras da SME para oferecer os melhores produtos e serviços para você e sua família.
SME
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Produtos e Serviços Em nosso site há uma série de produtos e serviços como cursos, palestras, seminários, eventos e uma extensa gama de convênios que você poderá desfrutar.
Por meio de nosso site, da revista, dos eventos e da participação nas redes sociais, a SME tem se tornado, cada vez mais, um canal aberto para ouvir suas sugestões e para representar seu interesse.
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Mais informações: www. sme.org.br - (31) 3292 3962 ou sme@sme.org.br
20 PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte (in Memorian) DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
Publicação
CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela de Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flavio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schüffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Júnior
Depto. Comercial | Vendas Blog Comunicação revista@blogconsult.com.br (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo José Lima Gusmão
Tiragem 10 mil exemplares | Bimestral
Coordenador Editorial José Ciro Mota
Distribuição Gratuita Via Correios e Instituições parceiras
Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira MG 05203 JP
Publicação | SME Sociedade Mineira de Engenheiros Av. Álvares Cabral, 1600 | 3º andar Santo Agostinho Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30170-001 Tel. (31) 3292 3962 sme@sme.org.br
Projeto Gráfico Blog Comunicação Marcelo Távora revista@@blogconsult.com.br Av. Bento Simão, 518 | São Bento Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30350-750 (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590
Fale conosco Contato editorial jornalismo@sme.org.br
Apoio Compromisso, Inovação e Avanço
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ciado da SME
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PRÊMIO SME CT&I Novo Coordenador
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ENTREVISTA José Fernando Coura
MEDALHA JK
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LEGADO SME Heleni de Mello Fonseca
SEGURANÇA NA ENGENHARIA
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CONTEÚDO LOCAL Tendência para o mercado nacional
ENGENHEIRO DO ANO Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos
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NOVOS ENGENHEIROS Valquíria Matt
PROJETOS & PATENTES
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TELECOMUNICAÇÕES Artigo | Vicente Soares Neto
ENGENHARIA E CAPACITAÇÃO Artigo | Ronaldo Gusmão
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MOBILIDADE Metrô leve: alternativa de transporte em BH
SME JOVEM Nova força na gestão da Entidade
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SME Atraso de obras em aeroportos
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CT&I | PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
O
engenheiro eletricista formado pela
ção de desenvolvimento tecnológico ainda dentro
Pontifícia Universidade Católica de
da escola. Será a formação acadêmica prática e vol-
Minas Gerais (PUC Minas), mestre
tada para alternativas inovadoras que fará o dife-
em Engenharia Mecânica (área de
rencial dos alunos na vida profissional”, adianta.
energia solar térmica) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e especialista em energia eó-
Em sua 22ª edição, o Prêmio SME de Ciência, Tec-
lica, com curso na Alemanha, Alexandre Herin-
nologia e Inovação é considerado referência para o
ger Lisboa, é o novo coordenador do Prêmio SME
mercado. Para o coordenador, trata-se de uma ini-
de Ciência, Tecnologia e Inovação.
ciativa extremamente importante para a formação da mentalidade de inovação, pesquisa e desenvol-
Atualmente, aposentado da Companhia Energética
vimento tecnológico, bem como um chamamento
de Minas Gerais (Cemig), após 28 anos de relevan-
para que as escolas de Engenharia deem maior aten-
tes serviços, ele tem se dedicado à docência e ao tra-
ção à integração do estudante com a futura vida
balho de consultoria em gestão de projetos de
profissional de um engenheiro inovador.
energia solar. “A minha expectativa é que o Prêmio continue a despertar nos estudantes de Engenharia
Antes de deixar a estatal, o último trabalho de Ale-
a vocação para a pesquisa tecnológico e inovação,
xandre Heringer Lisboa foi a gestão e coordenação
no saber inventar e administrar soluções técnicas
do projeto da Usina Solar Fotovoltaica do Mineirão,
para problemas de Engenharia. As universidades e
que integrou o projeto de reforma do estádio. No
escolas de Engenharia deveriam incentivar os seus
momento, ele está participando da implantação de
alunos a participarem ao máximo de iniciativas
projeto similar no Estádio Nacional de Brasília, que
como essa”, recomenda.
terá 2,1 MWp de potência instalada e também da implantação de uma usina tipo BIPV (energia solar
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De acordo com Heringer, a pesquisa e o desenvol-
fotovoltaica integrada à edificação) no Centro de
vimento tecnológico impulsionam a inovação que
Energia Renovável da UFPB. “São iniciativas que
é o maior valor para a competitividade industrial
coroam mais de 30 anos de esforço de universidades
de qualquer país. “Os estudantes de Engenharia
e concessionárias na consolidação dessa fonte de
serão os futuros condutores dessas iniciativas e
energia tão promissora, quanto desacreditada até
devem começar a intervir nesse processo de inova-
alguns anos atrás”, ressalta.
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Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação tem novo coordenador
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http://br.123rf.com/
Alexandre Heringer Lisboa, coordenador do Prêmio SME - CT&I
Heringer lembra, ainda, que a energia solar é reconhecida comercial e tecnologicamente como fonte complementar de energia, merecendo inclusive destaque no Plano Decenal de Energia e elegível para próximos leilões de energia. “As fontes de energia ditas complementares tiveram impulso considerável nos últimos 10 anos, com a liderança da energia eólica, que se impôs com viabilidade econômica e técnica inquestionável”, avalia.
A energia solar fotovoltaica teve impulso considerável, com novos projetos acontecendo em todo o país, mas ainda não foi totalmente absorvida como valor competitivo porque ainda persistem o receio de investidores e a falta de incentivos tributários e fiscais. “É um absurdo a cobrança de ICMS sobre a eletricidade produzida por essa fonte, cuja vida útil das instalações é de 25 anos”, desabafa. Ele explica, ainda, que a energia solar térmica tem grande sucesso para instalações de baixa temperatura, mas para a eletricidade termosolar ainda é muito incipiente. Mas a maior atenção deve ser dada à eficientização da energia, que é a forma mais ambientalmente viável.
A SME AGRADECE A TODOS OS PATROCINADORES E APOIADORES DO 22º PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 2013 Patrocínio
Apoio
Realização
PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
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Encontro Regional
SME recebe homenagem
No período de 25 a 29 de novembro, o CREA-MG em parceria com a Ouvidoria geral do Estado de Minas Gerais realizou o Encontro Regional Políticas Públicas & Corresponsabilidade Social. Os temas centrais dos debates: meio ambiente, rodovias mineiras, urbanicidade, alimentos e impacto das chuvas. A proposta é valorizar e aperfeiçoar os profissionais ligados às áreas específicas, além de desenvolvimento de um diagnóstico técnico.
A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) foi uma das entidades homenageadas pela SAS Certificadora durante as comemorações de 15 anos de atuação da empresa, a única em Minas Gerais acreditada pelo INMETRO para certificação de Sistemas de Gestão.A SAS é responsável pela certificação de mais de três mil empresas no Brasil e no exterior, sendo a maioria das empresas do setor de construção civil. A solenidade foi realizada, no dia 22 de novembro, às 21 horas, no Museu das Minas e do Metal, na Praça da Liberdade.
Sistema de Modulação O presidente da Comissão de Telecomunicações e Informática, ngenheiro, Vicente Soares Neto, lançou o seu 16º livro, já na terceira edição, que trata do tema Sistema de Modulação Uma Visão Sistêmica. Com base na maioria dos sistemas de telecomunicações atualmente em operação nos diversos países, inclusive no Brasil, ele aborda todas as técnicas utilizadas para
a transmissão de sinais de voz dados e imagens. Define o sistema de modulação e o porquê de sua utilização. O autor é formado em Engenharia de Telecomunicações (INATEL 1972), Engenharia Elétrica e Eletrônica (INATEL 1980), com Curso de Extensão em Computação Analógica (EFEI 1972) e Extensão em Teleinformática (UFMG 1985).
SME na EXPO ENGENHARIA A história da SME foi tema de palestra na EXPO ENGENHARIA - 1ª Feira de Exposição de Oportunidades da Escola de Engenharia da UFMG, ministrada pelo engenheiro e gestor das Comissões Técnicas da SME, diretor Normando Virgílio Borges Alves. O evento organizado pelo Programa ENG200 da Escola de Engenharia é uma parceria da instituição de ensino com a Associação de Ex-alunos da Escola de Engenharia. O objetivo é mostrar para a comunidade acadêmica os projetos que são, na sua maioria, planejados e executados pelos próprios estudantes da EEUFMG. O tema central da EXPO ENGENHARIA: "A Engenharia por
meio de sua experiência profissional” em que os palestrantes discorreram sobre o panorama atual da engenharia no Brasil. Durante o evento houve debates com estudantes e professores dos seguintes assuntos: Mobilidade Urbana: Monotrilho, pelo diretor da Construtora Queiroz Galvão, engenheiro Berilo Torres; Energia: Força Motriz do Desenvolvimento e seus Desafios para a Sustentabilidade, pelo engenheiro Alexandre Bueno, responsável pelas Comissões Técnicas e vice-presidente da SME, e o Licenciamento Ambiental em Obras de Engenharia, pelo engenheiro José Cláudio Junqueira Ribeiro.
Mudanças Climáticas Em solenidade realizada na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, no dia 17 de outubro, dois representantes do Crea-Minas, engenheiro químico Fabiano Baroncelli e engenheiro civil Fernando Vilaça, foram empossados membros do Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência (CMMCE), órgão da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Criado em 2006, o CMMCE busca trabalhar na articulação das políticas públicas e da iniciativa privada para a diminuição de gases poluentes na atmosfera e conscientização ambiental da sociedade.
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Participe, envie notícias e novidades para: jornalismo@sme.org.br
Concurso de Projetos - Espaço Urbano A Prefeitura de Belo Horizonte abre o Concurso Público Nacional de Projetos de Arquitetura para Requalificação Urbana de “Baixios de Viaduto”. O concurso vai selecionar as melhores propostas, em formato de estudo preliminar, que apresentem soluções para a ocupação e uso das áreas dos baixios dos viadutos Pedro Aguinaldo Fulgêncio – Eixo da Av. Francisco Sales; Elevado Castelo Branco; Viaduto Cinquenta e Dois – Av. Silva Lobo sob Av. Amazonas; e Viaduto Engenheiro Andrade Pinto, com vistas à sua efetiva requalificação urbana. O vencedor recebe R$ 8.000 por projeto. O prazo de inscrição termina no dia 13 de dezembro de 2013. O uso das áreas poderá ser destinado para prática de atividades esportivas, culturais e de lazer.
Norma Técnica para reforma O projeto da norma técnica para reforma em edificações está em consulta pública no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) até o dia 8 de dezembro. Como o título referencia, o texto trata dos requisitos de gestão no controle de processos, projetos, execução, segurança e supervisão técnica das reformas em edificações. A normativa começou a ser idealizada em agosto de 2012 pela Comissão de Estudo de Reformas em Edificações do
Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02) da ABNT, por intermédio do seu diretor Enio Canavello Barbosa. Além dos requisitos de gestão da reforma, também são abordados meios para prevenções de perda de desempenho decorrente das ações de intervenção nos sistemas, elementos ou componentes da edificação, e critérios para o registro documental da situação da edificação antes reforma, dos procedimentos utilizados e do pós-obra.
Futuro das PCHs A Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH) e o Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), com o apoio da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Frente Parlamentar
das PCHs e Subcomissão de Energias Renováveis da Câmara dos Deputados e outras instituições do setor, realizaram o Encontro “Futuro das PCHs” – Capítulo Belo Horizonte, no
dia 08 de novembro, no Auditório do CREA-MG. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento do setor energético brasileiro, principalmente por meio da fonte hidráulica de pequeno e médio porte, considerada uma alternativa viável econômica, ambientalmente vantajosa e brasileira por vocação.
Marco Regulatório O Sistema Confea/Crea vai encaminhar à Frente Parlamentar da Engenharia, coordenada pelo deputado Augusto Coutinho (DEM-PE), um documento informando sobre o posicionamento e as sugestões com relação ao Projeto de Lei 5807/2013, que institui um novo Marco Regulatório da Mineração. A decisão foi tomada pelo presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, José Tadeu da Silva, que se mostrou preocupado com a pressa do governo em aprovar o PL e reconheceu a necessidade de um posicionamento do Sistema que reúne cerca de 1,2 milhão de profissionais. Lançada em agosto último, na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Frente teve apoio do Sistema Confea/Crea e Mútua, e a adesão de 270 congressistas para que os projetos de interesse da área tecnológica sejam defendidos.
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INFORME
Camargo Corrêa lança desafio de R$ 27 mil para universitários A Construtora Camargo Corrêa lançou o “Desafio Universitário”, iniciativa que escolherá cinco melhores propostas de estudantes de graduação ou pós-graduação sobre os temas: novas metodologias construtivas, novos materiais e novas técnicas de planejamento e acompanhamento de obras. Pelo regulamento do desafio, as três equipes vencedoras vão dividir a premiação de R$ 27 mil e podem ser convidadas a participar de parcerias para o desenvolvimento junto à Camargo Corrêa. O primeiro colocado receberá até R$ 13 mil; o
segundo, até R$ 9 mil e o terceiro, R$ 5 mil. Segundo os organizadores, a universidade que enviar o maior número de ideias também será premiada com R$ 5 mil e uma palestra sobre inovação. Os interessados podem se cadastrar no site www.construtoracamargocorrea.com/desafio, que funciona como uma rede social, permitindo que os profissionais da empresa interajam com os universitários durante o processo de seleção. O prazo para inscrição dos projetos vai até 1º de dezembro desse ano e o anúncio dos finalistas do desafio será em 20 de janeiro de 2014.
Top Engenharias A Telbrax recebeu, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio Top Engenharias. A empresa foi premiada na categoria Engenharia de Telecomunicações (Telecom/Redes/Eletrotécnica) – Soluções de Telecom/Dados/Rede Óptica. A Green Gold Engenharia Multidisciplinar também foi premiada este ano, pela segunda vez consecutiva, na categoria Setor Construção Civil (Serviços/Projetos/Equipamentos/Máquinas) – Consultoria Multidisciplinar Engenharia. A premiação é uma iniciativa do Centro de Memória da Engenharia e da Associação dos Engenheiros da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (AEAEE-UFMG).
50 anos A Assembléia Legislativa de Minas prestou homenagem ao Grupo Orguel pelo transcurso dos 50 anos de sua fundação, em reunião especial requerida pelo deputado Dinis Pinheiro. O Grupo é uma holding formada por seis empresas: Orguel, Mecan, Locguel, Locbras, Orguel Plataformas e Mecanflex. A holding conta com aproximadamente 2.200 funcionários, possui cerca de 80 filiais, e conta com representantes distribuídos em todo o território nacional e países da América Latina. O grupo é líder na fabricação, venda e locação de máquinas e equipamentos para construção e prestação de serviços.
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Carlos Augusto Damasceno e Júlio Fonseca, sócio-diretores da Green Gold.
Empreendimento A Patrimar lança mais um empreendimento comercial de alto padrão em Belo Horizonte, no bairro Belvedere Plaza, na Avenida Luiz Paulo Franco, próximo ao BH Shopping. O empreendimento contará com dezoito pavimentos em uma torre e mais de 200 vagas para carros e motos.
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ART-0086
FAÇA A ESCOLHA CERTA
Na hora de preencher a ART no campo (entidade de classe) escolha a SME através do código 0086. Assim, você apoia a Sociedade Mineira de Engenheiros a representar a engenharia e oferecer os melhores serviços para você!
Compromisso com as soluções para um futuro sustentável da engenharia e bem estar social.
www.sme.org.br
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Agência Brasil Minas
HOMENAGEM | MEDALHA JK
Maristela Kubitschek Lopes, filha do presidente Juscelino Kubitschek, em cerimonia da Medalha JK, e governador de Minas, Antonio Anastasia
Personalidades recebem comenda em Diamantina O presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros, Ailton Ricaldoni Lobo, foi um dos agraciados com a Medalha Juscelino Kubitscheck, em setembro último, na histórica cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. A cerimônia é realizada anualmente em homenagem a um dos diamantinenses mais ilustres, o ex-presidente e ex-governador de Minas Juscelino Kubitscheck. Nesse dia 12 de setembro, data de aniversário do ex-presidente, o governador Antônio Anastasia conferiu a Medalha JK a 120 personalidades e
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instituições dos setores político, econômico, social e cultural do País. O orador oficial foi o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também foi agraciado com a comenda. A solenidade foi realizada no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, um dos monumentos históricos do município, local onde Juscelino estudou. Antes da entrega das medalhas, o governador Antônio Anastasia, acompanhado da filha de JK, Maria Estela Kubitschek, colocou flores na estátua que retrata o
menino JK aos 12 anos, quando entrou para o colégio do seminário. Houve apresentações dos grupos de canto coral do Seminário Arquidiocesano e Arte Miúda. Os convidados foram recepcionados pelo prefeito de Diamantina, o médico Paulo Célio de Almeida Hugo, que destacou a relevância de Juscelino Kubitscheck para o Brasil. Um homem público de origem humilde que mudou a história brasileira. O governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, deu ênfase em seu discurso, ao caráter revolucionário
Agência Brasil Minas
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Maristela Kubitschek Lopes, filha do presidente Juscelino Kubitschek, em cerimonia da Medalha JK, e governador de Minas, Antonio Anastasia
do ex-presidente: “JK se antecipou a seu tempo. Mesmo tendo vivido no século XX, tinha uma visão própria do século XXI. Priorizou projetos voltados à melhoria da infraestrutura e da capacidade energética do País, que voltam a ser obstáculo ao nosso desenvolvimento”, afirmou. O governador Antônio Anastasia lembrando a aliança histórica entre mineiros e paulistas, disse da necessidade de juntar esforços para que o Brasil continue avançando. “E, para isso, é importante racionalizar a gestão pública, retomar as exportações e remover as amarras que impedem a modernização da nossa infraestrutura”, afirmou.
Dentre as autoridades presentes estavam o vicegovernador Alberto Pinto Coelho, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro; o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Samuel Moreira; o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Joaquim Herculano; o núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D´Aniello, o senador Aécio Neves, deputados estaduais e outras autoridades.
Medalha JK - Instituída pela Lei 11.902, de 1995, a Medalha Presidente Juscelino KuO governador Antônio Anastasia e bitschek foi entregue pela o presidente da SME, Ailton Ricaldoni primeira vez em 1996. Os agraciados são escolhidos por um conselho formado O presidente da SME, Ailton Ricaldoni, disse que a por representantes da ALMG, do Tribunal de Justiça, comenda é uma honraria que simboliza o legado de da Secretaria de Estado de Cultura, da Prefeitura JK. “Um legado que mais do que nunca deve servir de Diamantina, da Casa de Juscelino, do Instituto JK de referência nas políticas e programas de desene da família do ex-presidente. volvimento econômico e social do país”.
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ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Engenharia de segurança em obras de escavação subterrânea *Silvio Piroli Recentemente, a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT divulgou a tão aguardada duplicação da BR – 381, cognominada “Rodovia da Morte”, a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT. De 2006 até junho deste ano, foram registrados 9.582 acidentes e 476 mortes, divulgados pela mídia. O projeto prevê 205 quilômetros de pistas duplicadas entre Belo Horizonte e Governador Valadares, 17 pontes, 47 viadutos, 5 túneis, defensas, passarelas e paradas de ônibus. No trecho entre Nova Era e Ribeirão Praínha, estão projetados dois túneis, um com 825 m de extensão e outro de 1.280 m de extensão. Sobre o tema consideramos oportuno tecer alguns comentários. Os túneis constituem as mais antigas obras de construção utilizadas pelo homem. São obras de arte da
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engenharia, conhecidas desde o Egito antigo e intensamente utilizadas pelos romanos nos túneis dos aquedutos há 1.800 anos, destacando-se o tratamento dado às rochas para facilitar as escavações. A primeira obra subterrânea que se tem notícia foi a construção de túnel sob o rio Eufrates, na Babilônia, há 4.000 anos, com um quilometro de comprimento e seção de 3,6m a 4,5m. O desenvolvimento dessa tecnologia foi a partir de 1869, em Londres, com o uso de um shiield cilíndrico e na construção dos metrôs de Moscou e Leningrado. Desde aquela época, a técnica de perfuração de túneis vem evoluindo, e, com ela, a questão da segurança dos trabalhadores e do empreendimento. Nos nossos dias, são exemplos experiências na Europa, nos Estados Unidos e em nosso país.
No rio São Francisco, as Usinas Hidrelétricas de Paulo Afonso I, II, III e IV, do sistema CHESF, são todas subterrâneas. Nas obras de transposição de suas águas está projetada a execução de galerias e túneis. No Estado do Rio de Janeiro foi construído túnel-gasoduto com 3.750m de extensão, na Serra dos Gaviões, em Cachoeira do Macacu, interligando cidade de Macaé à Refinaria Duque de Caxias (RJ). Compreende, também, usinas subterrâneas (Light) e diversos túneis rodoviários e municipais.
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Santo Antônio, construído na década de 1950; o túnel de adução de água de Taquaril, da COPASA, BH/Nova Lima, com 1780m, e, o túnel viário urbano da Lagoinha, em Belo Horizonte, com 340m. O percurso da E. F. Vitória a Minas compreende alguns túneis ferroviários, na região montanhosa mineira, construídos para retificar seu traçado. Por sua vez, a mineração subterrânea utiliza-se da execução e operação de conjunto de poços (shaft) e galerias, obras de Engenharia de Minas e Civil, como foi o caso da extração de ouro na mina de Morro Velho, em Nova Lima e em Sabará, MG, operada pela empresa Anglogold Ashanti e de carvão, no Estado de Santa Catarina.
Minas Gerais detém importantes obras subterrâneas (túneis e galerias), entre as quais destacamos a da Ferrovia do Aço, com 8.645m, chamado “Tunelão”, no sentido Belo Horizonte-Volta Redonda, até então, o maior em extensão no Brasil e na América do Sul, hoje desativado. O “Tunelão” atravessa a Serra da Mantiqueira, com cobertura máxima de 297m de altura e desnível de 86,45m. Destaca-se ainda, o túnel de adução de água da UHE Salto Grande, da CEMIG, com 7.000m, no rio
Complementando, vale citar as obras de escavação do túnel de desvio de águas de refrigeração da Usina Nuclear de Angra 1, em Angra dos Reis, RJ, na década de 1980, com 992 metros de extensão, a cargo de Furnas Centrais Elétricas S.A. O respectivo projeto e apoio técnico estiveram sob a direção do engenheiro Dr. Geraldo de Almeida Fonseca, especialista em instrumentação com vasta experiência em obras subterrâneas. Ultimamente, registraram-se ocorrências de grande monta – perdas humanas e materiais - na construção do metrô de São Paulo, SP. Há pouco tempo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tornou público o projeto do trembala que ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Segundo foi divulgado, muitos tre-
chos serão subterrâneos, nas próprias cidades e em extensa região montanhosa, estando previsto execução de túneis com somatório de 80 km. Frequentemente, o noticiário divulga ocorrências de explosões em minas profundas de carvão, desmoronamentos e perdas humanas em países da América do Sul, da Europa e com mais frequência na China. Nas obras de construção de dois túneis de desvio no aproveitamento hidrelétrico de Furnas, no Rio Grande, Passos, MG, na década de 1950, registraram-se duas ocorrências que exemplificam os riscos presentes nesses trabalhos. Em um dos túneis, ocorreu colapso estrutural devido à explosão e sobrecarga de pressão hidráulica, deslocando as comportas. Foi ouvido forte estrondo e a água começou a subir, obrigando a turma de serviço a abandonar o local, sem acidente pessoal. Em outra galeria, ocorreu violenta explosão matando um homem e produzindo em outros queimaduras fatais e ferimentos. Turmas de socorro retiraram pessoas caídas entre as quais dois geólogos canadenses que prestavam assistência técnica, que vieram a falecer. Observa-se que somente após essas ocorrências é que foram mobilizados especialistas em segurança de túneis com todo o equipamento necessário para pesquisar as causas das mortes e da explosão, para que fossem obtidas as condições seguras de trabalho.
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ENGENHARIA DE SEGURANÇA
* Silvio Piroli é Engenheiro Civil e de Segurança no Traballho, presidente da Comissão de Engenharia de Segurança, Incêndio e Desastres Naturais da SME
As pesquisas por meio de explosímetro revelaram imediatamente a presença de hidrocarbonetos leves, exigindo ventilação eficiente e inspeção permanente a fim evitar a formação de bolsões explosivos. Constatou-se a presença de gás metano, NH4, conhecido também como gás dos pântanos, e, de gás sulfídrico, H2S, liberados de matéria orgânica decomposta. Por sua vez, vale citar as principais ocorrências durante a escavação do “Tunelão” acima referido: - forte percolação de água e lama, inundações parciais; - desplacamentos de blocos na abóbada sobre equipamentos e trabalhadores; - falta de energia elétrica, descargas elétricas ocasionando destruição de chaves, fusíveis, transformadores, linhas de baixa-tensão, interrupção da iluminação, da ventilação nas frentes de trabalho e do fornecimento de água e ar comprimido; - descarrilamento na linha férrea que transporta para o exterior o material escavado; - pane nas carregadeiras e bombas, entre outras. A interferência no âmago de um maciço rochoso em equilíbrio provoca a liberação de tensões, instabilidade, deslizamento, afundamento, rotação, desprendimento de blocos de rocha, ressurgência de água, poeiras e gases tóxicos e inflamáveis provenientes de matéria orgânica em decomposição. Tais condições caracterizam o meio ambiente de trabalho em obras de escavação subterrâneas.
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De forma geral, o ambiente de trabalho nas frentes de escavação apresenta-se com ar viciado, sob luz artificial, em superfícies lisas e molhadas, ruído, vibração, calor, gases, fumos e poeiras em suspensão, provenientes de explosivos e de equipamentos movidos a motores de combustão interna. Com esses exemplos, pretende-se mostrar a importância da Engenharia de Segurança dentro do conjunto das obras de construção subterrânea, ou seja, o reconhecimento e o controle dos inúmeros riscos ao empreendimento, à segurança e à saúde dos trabalhadores envolvidos nos trabalhos: engenheiros, projetistas, supervisores, mestres de obras, topógrafos e operários. Todas essas obras incorporam importantes questões de Geologia de Engenharia, Engenharia de Projetos, Engenharia de Construção e Engenharia de Segurança, as quais não podem estar dissociadas. São interdependentes. A concepção de uma obra subterrânea como um sistema, parece-nos a mais apropriada para seu planejamento, pois permite-nos o conhecimento do conjunto e do particular de todos os componentes que integram a mesma. Desta forma, o Sistema Obra Subterrânea compõese do Subsistema Geologia de Engenharia, do Subsistema Engenharia de Projetos, do Subsistema Engenharia de Construção, do Subsistema Engenharia de Segurança e do Subsistema Auxiliar de Treinamento.
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TODOS ESTES SUBSISTEMAS DESEMPENHAM FUNÇÕES DE SEGURANÇA PARALELAMENTE ÀS SUAS FUNÇÕES NORMAIS SUBSISTEMA
FUNÇÕES NORMAIS
FUNÇÕES DE SEGURANÇA
Geologia de Engenharia
Realiza a investigação e classificação dos maciços rochosos. Prevê o comportamento geomecânico e indica os respectivos sistemas de escavações, suporte e revestimento.
Objetiva manter o sistema geomecânico em condições estáveis durante e após as escavações, reduzindo os riscos de acidentes e conseguindo uma obra segura e econômica
Engenharia de Projetos
Desenvolve o projeto básico e executivo baseado nas informações do Subsistema de Geologia da Engenharia
Desenvolve as soluções mais apropriadas, assegurando-se de que as exigências de segurança sejam atendidas nos projetos, nas especificações e desenhos para firmas subcontratadas e fornecedores.
Engenharia de Construção
Utiliza a melhor técnica e a mais econômica para a execução da obra de acordo com o projeto executivo a cargo do Subsistema Engenharia de Projetos.
Assegura-se de que a aplicação das soluções planejadas não sejam degradadas por mão de obra inexperiente ou por mudanças não autorizadas.
Engenharia de Segurança
Assegura-se de que o pessoal envolvido não sofra lesões nem haja dano à propriedade, devido a acidentes.
Fornecem informações e aconselhamento aos demais subsistemas sobre ações de prevenção de acidentes.
Treinamento
Promove o desenvolvimento da capacidade técnica e gerencial de todo o pessoal da obra.
Certifica-se de que o pessoal envolvido na obra está devidamente treinado para execução segura de suas tarefas. Prepara pessoal para trabalhos em condições críticas de segurança.
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Turmas abertas 2014
ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Para que tenha sucesso, o Programa de Engenharia de Segurança precisa ser uma atividade nitidamente preventiva. Deve ser elaborado a partir dos estudos da Geologia de Engenharia, e, na fase do projeto executivo, a cargo da Engenharia de Projeto, e, posteriormente, incorporado nos trabalhos da Engenharia de Construção.
Executive MBA e
Gestão Estratégica em Minera
É necessário levar em conta experiências anteriores e basear-se nas Normas Técnicas Brasileiras (NBR) e nos dispositivos das Normas Regulamentadoras (NRs) do MTE, destacando-se, entre outras: - NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho; - NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO; - NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; - NR12 - Máquinas e Equipamentos; - NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, particularmente o Item18.20 - Locais Confinados; - NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, Item 22.15 Aberturas Subterrâneas; - NR33 - Espaços Confinados; - NR35 - Trabalhos em altura.
SÃO IMPORTANTES AS SEGUINTES MEDIDAS COMPLEMENTARES: - a elaboração de um plano de ação para emergências; - prevenção contra incêndio e explosão, cujos efeitos podem ser catastróficos. - o aspecto sanitário e de higiene: banheiros, água potável, sobras de comida que atraem moscas, baratas, ratos que transmitem doenças e são roedores de cabos e acessórios de plásticos. Compete aos Serviços Especializados de Engenharia de Segurança a avaliação e o controle dos riscos e do ar ambiental nas frentes de trabalho por meio de um programa de reconhecimento regular desses agentes e sua manutenção aos parâmetros inferiores aos limites de tolerância oficiais. O Programa de Segurança bem planejado e conduzido de forma sistêmica resultará satisfatória a relação “produção x custo x segurança”, o desenvolvimento da obra sem percalços, no prazo previsto, com o mínimo de interrupções e de danos humanos e materiais. As novas obras subterrâneas previstas representam uma oportunidade para evoluir a tecnologia de construção de túneis e aperfeiçoar as medidas prevenção e controle de riscos a que se expõem os trabalhadores em geral, bem como a salvaguarda do empreendimento. O exposto mostra que o Brasil possui um elenco de competentes e experientes engenheiros civis e geólogos para projeto e construção de obras subterrâneas.
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Turmas abertas 2014
Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração
O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e em suas perspectivas futuras.
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ENGENHEIRO DO ANO SME /2013
Aos 39 anos, o engenheiro civil e empresário, Paulo Henrique Vasconcelos será o agraciado Mineiro, jovem e empreendedor de sucesso. Este é
O empresário afirma que, ocasiões como esta ser-
Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, 39 anos,
vem de grande estímulo para os engenheiros.
engenheiro civil graduado pela Faculdade Kennedy
“O título de Engenheiro do Ano engrandece
e especializado em Negócios Imobiliários pela
a carreira. Agradeço a Deus, minha família, colegas
Fumec. Ele foi o escolhido pelos seus pares da So-
de trabalho da PHV Engenharia e a todos os cola-
ciedade Mineira de Engenheiros (SME) para rece-
boradores internos e externos a quem credito o
ber, em cerimônia tradicionalmente realizada em
sucesso do meu trabalho”, disse.
dezembro, a comenda de Engenheiro do Ano 2013, que vai incluir o seu nome em uma lista seleta de profissionais de destaque na área.
rência para o mercado do seu segmento. Com empreendimentos residenciais, comerciais e industriais
Empresário do ramo da construção civil há 15 anos,
de alto padrão, além de obras de infraestrutura e
ele é o fundador, presidente e CEO da PHV Enge-
terraplanagem, a empresa destaca-se pela quali-
nharia. Mesmo com o tempo e o crescimento dos
dade, criatividade, segurança e pontualidade.
negócios e empreendimentos, o engenheiro Paulo
A valorização do quadro de funcionários e a busca
Henrique Vasconcelos continua participando de
constante por inovação têm fortalecido cada vez
todos os projetos, desde a elaboração até o desen-
mais a sua marca.
volvimento e finalização.
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Atualmente, a PHV Engenharia é considerada refe-
Além da PHV Engenharia, Paulo Henrique Vas-
“Eu me sinto muito honrado com esta homena-
concelos fundou também várias outras empre-
gem, que considero ser uma das mais importan-
sas que formam hoje o chamado Grupo PHV.
tes condecorações que existem na área de
A PHV Empreendimentos tem foco em incor-
Engenharia de Minas Gerais. Isso se deve ao alto
porações imobiliárias e ativos patrimoniais. A
gabarito e prestígio da SME, bem como de todos
Construtora Horizontes é especializada em
os seus dirigentes”, comenta.
construção de imóveis residenciais em escala.
“
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Empresário do ramo da construção civil há 15 anos, ele é o fundador, presidente e CEO da PHV Engenharia. Outra organização do Grupo PHV é a São Judas Tadeu Empreendimentos que atua no ramo de incorporações imobiliárias, investimentos e participações. Já a Loc Power é especializada na locação de equipamentos, transportes e logística. No ramo de shoppings e centros comerciais, outra área de atuação do Grupo PHV, estão empreedimentos como o Falls Shopping, Woods Shopping, Passeio 356, Montain View Center, Savassi Mall e Serena Mall. No ramo de loteamentos espalhados por toda Minas Gerais, o Grupo PHV inclui o Vale do Sereno, Jardim da Torre, Jardim Coloniais, Residencial das Acácias, Terras de Alcatruz, Vila Arcádia e Estância das Paineiras.
“
Eu me sinto muito honrado com esta homenagem, que considero ser uma das mais importantes condecorações que existem na área de Engenharia de Minas Gerais. Isso se deve ao alto gabarito e prestígio da SME, bem como de todos os seus dirigentes
O Grupo PHV também tem presença no agronegócio com a Fazenda Alta Floresta, de pecuária e silvicultura, localizada em Esmeraldas e a Fazenda Terra Viva, de pecuária e desenvolvimento imobiliário em Guapé. Para 2013, a expectativa de crescimento é de 6% no faturamento, ante o ano anterior. A companhia gera 2.300 empregos diretos. Paulo acredita que qualidade, criatividade, segurança e pontualidade, são pilares para inovação e a busca da excelência e interação entre o homem e o meio ambiente.
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“
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ENGENHARIA | PROJETOS & PATENTES
Morosidade na tramitação das patentes no Brasil compromete a competitividade nacional
E
stima-se que no Brasil, as perdas técnicas e comerciais do setor de distribuição de energia já se aproximam da marca de R$ 10 bilhões a cada ano. Esse valor corresponde à produção de duas usinas nucleares de Angra II. Corrigir esse desperdício tem se configurado como desafio para os pesquisadores brasileiros, como é o caso do engenheiro eletricista, mestre em Eletrônica Industrial, bacharel em Física e
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em Ciências Econômicas, especialista em Auditoria Externa e professor do Departamento de Energia Nuclear da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Inácio Loiola Pereira Campos. Com diversos pedidos de patentes em tramitação no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), desde 1997, sem decisão final até hoje, ele é o responsável pelo desenvolvimento de um sistema de controle de perdas de energia que
está a quase 20 anos à frente do que existe atualmente, nos EUA. “No momento, há conversas para negociação do projeto no Brasil. Porém, há forte relutância em relação ao produto, tendo em vista a multidisciplinaridade para a implantação do projeto. Não é sensato e nem prudente retardar a adoção de soluções que visam à economia de energia no país”, afirma. Em nível internacional os agentes facilitadores são maiores e,
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Inácio Loiola Pereira Campos, engenheiro eletricista, mestre em Eletrônica Industrial, auditor e professor do Departamento de Energia Nuclear da UFMG
por isso, procura-se parceiros externos, o que pode levar a uma situação no mínimo bizarra já que o país pagará royalties ao exterior pelo uso de uma tecnologia nacional. Entre os projetos que aguardam a patente estão o da chave de autenticação dinâmica em sistemas de comunicação, além do sistema de controle, medição e monitoramento da rede secundária de distribuição de energia elétrica. Esse último em processo de análse também pelo Patento Cooperation Treaty (PCT). Outro projeto da mesma lista é o sistema de localização de fraudes e desvios de energia em redes de baixa tensão de distribuição de energia elétrica. Ainda nessa área, foram desenvolvidos projetos com a equipe de notória especialização liderada pelo engenheiro Marcos Valadão AbiAckel, com as seguintes pesquisas: redução de perdas técnicas na rede primária (Média Tensão – MT), com tecnologia genuina-
mente nacional baseada em algoritmo de otimização multiobjetivo que aborda a troca de cabos, inclusão de novas chaves e reconfiguração de rede, usando diversas heurísticas modernas e processamento paralelo massivo (cloud computing), incluindo análise financeira detalhada e ajustada aos padrões regulatórios brasileiros. O projeto permite significativa melhora no controle e operação das redes de distribuição, maior disponibilidade de energia para ser faturada, redução de custos de distribuição e incremento da arrecadação e, ainda possibilidade de redução tarifária. De acordo com o professor, esse sistema possui funções de detecção e localização de fraudes e furtos de energia, leitura, corte e controle de cargas de clientes remotamente, além do monitoramento contínuo dos parâmetros elétricos da rede, com diagnósticos dos estados de rede e de iluminação pública, a partir de uma central de
comando alocada junto ao b a r ramento secundário do transformador de distribuição e de módulos de medição nas instalações clientes. Ele explica, ainda, que a redução do hiato de desempenho dos sistemas de distribuição de energia elétrica gera significativa melhora no controle e operação das redes de distribuição e, com a redução de fraudes e furtos, aumenta a disponibilidade de energia para ser comercializada. O sistema também reduz o consumo de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, bem como os custos de distribuição e a evasão de divisas. O resultado é o incremento da arrecadação. A possibilidade de conseguir uma patente de âmbito mundial é bastante positiva, embora os processos tenham a tramitação muito lenta. “Uma patente é a síntese e materialização de um conhecimento que leva em consideração a novidade, a atividade inventiva e a aplicabilidade industrial.
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ENGENHARIA | PROJETOS & PATENTES
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Na média, há pedidos que podem levar até oito anos. Já as “Patentes Verdes”, podem ser concedidas em até um ano, se não houver exigências extras no decorrer do prazo.
É um avanço na fronteira de possibilidades de produção, uma significativa contribuição para a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade, com foco no desenvolvimento sustentável. É muito gratificante poder contribuir desta maneira”, justifica. Entre os novos projetos está a concepção de um Sistema Integrado de Identificação por Impressão Digital – SI3D que permite identificar/autenticar em tempo real um indivíduo e, assim, a implantação do Registro de Identidade Civil único é factível. Entre as características do produto estão níveis hierarquizados de classificação, sendo a última por minúcias e pontos característicos: Automated Fingerprint Identification Systen (AFIS) e, ainda, altíssima velocidade de busca, o que permite o uso em escala. A aplicação é interessante para ações de Garantia da Lei e da
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Ordem, aeroportos, rodoviárias, sistema financeiro e judiciário e, ainda, estádios de futebol. “Todas as pessoas que adentraram um estádio são passíveis de identificação, por meio da conferência automática de pelo menos uma impressão digital, com o documento de identidade apresentado e a ficha correspondente ao banco de dados da central gerenciadora do processo”, explica. O sistema tem elevada imunidade aos estigmas profissionais e armazena imagens através de “Wavelet Transform”, sistemática reconhecida como ponta tecnológica pelo FBI. “Por alguns anos, a tecnologia necessária para sua consecução não havia sido desenvolvida. Por se tratar de informação sensível, apenas os governos estão aptos à implantação. Há negociações em curso com outros países”, adianta. O INPI informou que, o prazo de patente depende da área do projeto. Há que se considerar, tam-
bém, que há mais examinadores que em outras. Na média, há pedidos que podem levar até oito anos. Já as “Patentes Verdes”, podem ser concedidas em até um ano, se não houver exigências extras no decorrer do prazo. A expectativa do Instituto é de que a realização de novos concursos e contratação de novos examinadores de patentes possa reduzir os prazos para, no máximo, quatro anos. Dos 7.905 pedidos de patentes, em 2012, 748 são de Minas Gerais, o terceiro Estado em solicitações. Na primeira posição está São Paulo com 3285 pedidos, seguido de Rio Grande do Sul, com 725. Ainda conforme dados do INPI relativos a 2011, a maior parte dos pedidos de patentes, 25.130, são encaminhados por pessoas jurídicas. Outros 5.657 por pessoas físicas. Instituições de ensino e pesquisa contribuem com 386 e órgãos públicos com 347.
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BRASIL PERDE SEIS POSIÇÕES EM RANKING DE INOVAÇÃO Um dos desafios do Brasil é tornar-se mais competitivo. No entanto, ao que tudo indica, os discursos sobre a importância de investir em pesquisas e inovação ainda não estão dando os frutos pretendidos. Em setembro deste ano, o país perdeu seis posições no Índice Global de Inovação, estudo da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Universidade CE Cornell e, também, pela escola de administração francesa Insead, com a 64ª posição geral de uma listagem de 142 economias. Os cinco primeiros são Suíça, Suécia, Reino Unido, Holanda e EUA. A classificação leva em conta 84 indicadores para avaliar elementos da economia nacional que favorecem atividades de inovação, como instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, aperfeiçoamento das empresas, além de provas manifestas em conhecimento e tecnologia e resultados criativos. Nenhum país do grupo dos Brics conseguiu ficar entre os 25 primeiros. Na verdade, todos estagnaram ou perderam posições. A China ficou em 35ª, perda de um posto em rela-
ção a 2012 e de seis em relação a 2011. A Rússia ficou com a 62ª posição, depois de ter caído 11 pontos neste ano, no comparativo com o exercício anterior e outros 17 em relação a 2011. A Índia ficou em 66ª posição, após ter perdido dois postos comparado a 2012 e quatro comparado a 2011. Já o México e a Indonésia, também emergentes, melhoraram seu desempenho. Mas a OMPI nota também que os Brics e outros países de renda média tiveram bom desempenho em outros indicadores introduzidos este ano para capturar a qualidade das inovações. O Brasil se posiciona melhor também em termos de qualidade das principais universidades ou desempenho de empresas exportadoras. Um dos desafios das universidades brasileiras é justamente atrair a atenção dos estudantes para o departamento de pesquisa. O professor Inácio Campos sempre se interessou pela área. Mas há que se investir na formação de profissionais para a área. “Muitas vezes, no desenvolvimento de uma pesquisa básica, o resultado obtido indica um caminho que não deve ser se-
guido, o que de maneira nenhuma invalida o trabalho”, ressalta o professor Inácio Loiola Pereira Campos. Há que se avaliar, ainda, que a implantação de um produto deve ter custo benefício interessante para a indústria, por exemplo. Para ele, o desenvolvimento de uma nação passa de forma obrigatória pela qualidade do sistema educacional. Para tanto, é premente a adoção de um novo modelo educacional que contemple um planejamento de longo prazo, com capacitação de todos os atores, que incentive pesquisas básicas e aplicadas, voltadas à realidade nacional e consonantes às “Estratégias e Políticas Nacionais de Defesa”, nos casos de conhecimento sensível. O financiamento das pesquisas deveria estar arraigado a um “Programa Nacional de Desenvolvimento”, com um repasse do conhecimento acadêmico para a sociedade, e vice-versa, em uma profícua sinergia, potencializadora do progresso que é um dos seis “Objetivos Fundamentais da Nação Brasileira”.
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ENGENHARIA | CAPACITAÇÃO
Médicos Cubanos e Engenheiros Alemães * Ronaldo Gusmão Brasil vive hoje um momento delicado em relação à classe médica e ao não atendimento das necessidades básicas de saúde da população mais necessitada: estamos importando profissionais de outros países por negligência ou falta de planejamento dos governos passados, por falta de recursos ou má administração de governos municipais. Na engenharia, a situação poderá ser pior. Qualquer médico atende às necessidades básicas do ser humano, mas na engenharia isso não acontece. A formação de um engenheiro eletricista é completamente diferente de um engenheiro ambiental, nuclear, etc. Hoje em
O
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dia, existem mais de 30 modalidades básicas de engenharia, e outras tantas surgirão nos próximos anos. Em 2011, o número de matrículas na engenharia superou as de direito. Foram 227 mil em engenharia e 198 mil em direito, mas ainda distante da quantidade de matrículas em administração: 508 mil. O crescimento é motivo para comemoração, porém, com algumas preocupações: qual o nível de qualidade das escolas, dos estudantes, e em quais modalidades da engenharia eles irão se formar? A distribuição de vagas das engenharias é preocupante, pois somente quatro modalidades respondem por mais de 65% das vagas: civil (24%), produção
(18%), mecânica (11%), e elétrica (11%). Hoje existem 49 especialidades de engenharia autorizadas no MEC e essa concentração nas quatro áreas pode criar uma falsa expectativa de que iremos formar profissionais em quantidade suficiente para atender às necessidades de um país desenvolvido. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), somente 28% dos profissionais formados em engenharia exercem efetivamente a função típica de engenheiro. Na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Renda em 2011, consta que a profissão de engenheiro é exercida no país por somente 232 mil profissionais.
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* Ronaldo Gusmão, Vice-presidente da SME e Presidente do Ietec
QUALIDADE
Engenheiros Alemães
A qualidade dos engenheiros formados, segundo dados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes Enade (2005 a 2008) é questionável, pois 42,3% dos formandos neste período obtiveram seus diplomas em instituições de baixo desempenho, 29,6% obtiveram desempenho mediano e somente 28,1% das instituições de ensino de engenharia obtiveram alto desempenho. Precisamos proporcionar a união da teoria acadêmica avançada dos pesquisadores com a prática profissional dos engenheiros de campo, formando assim profissionais com base conceitual sólida associada à necessidade empresarial. É assim que se faz num dos países que mais exportam tecnologia: a Alemanha. Em 2013 é comemorado o ano da Alemanha no Brasil e o país é uma referência a ser seguida por nós. A formação do engenheiro alemão tem contato muito íntimo com as empresas, num processo misto, isto é, escola-empresa. “Diferentemente de outros países, o estudo aqui é fundamentalmente voltado para a aplicação prática e industrial. A receita do sucesso da for-
mação alemã de engenheiros é a combinação de uma base ampla de conhecimento matemático teórico com know-how prático”. QUANTIDADE Hoje, há no Brasil 6 engenheiros por mil trabalhadores; nos Estados Unidos e Japão este número é de 25, e na Alemanha há 39 engenheiros por mil trabalhadores. Não há como comparar. O Brasil tem cerca de 668 mil engenheiros registrados nos conselhos regionais de engenharia e agronomia (CREAs). Em 2010, o Brasil tinha 1,4 doutores para cada mil trabalhadores, já na Alemanha, eram 15,4.Além de termos menos doutores que a Alemanha, no Brasil somente 7,1% destes doutores estão na indústria, enquanto na Alemanha são 26,7%. Em 2007, somente 5% dos formandos em cursos superiores no Brasil eram de engenharia, na Alemanha, 12,4%. Conclusão: temos que ser mais ousados. Como despertar os jovens para os estudos de engenharia? Os estudantes de nível médio não se apaixonam por equações matemáticas,
derivadas e integrais; mas são loucos por computadores, aviões, carros e smartphones. Como formar engenheiros, e principalmente bons engenheiros, se não conseguimos sequer ensinar matemática no nível médio? Devemos ter como objetivo nacional melhorar substancialmente o ensino da matemática nas escolas de nível fundamental e médio. É necessário subsidiar intensamente as atuais escolas de engenharia, a flexibilização dos currículos e, principalmente, a internacionalização de nossas escolas através de intercâmbio com as melhores escolas mundiais (aproveitar este momento de grande desemprego na Europa). O programa Ciência sem Fronteiras contribuirá substancialmente para a melhoria da qualidade na formação destes futuros engenheiros. Engenheiros brasileiros, fiquem tranqüilos! Pelo menos quanto à concorrência dos engenheiros alemães. O mercado alemão tem atualmente aproximadamente 1,5 milhão de engenheiros (o que é considerado baixo por eles) e havia mais de 111 mil vagas disponíveis para engenheiros, em abril de 2012, no país. Quanta precisão!
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SME JOVEM
Já estão adiantados os trabalhos
mais de 7 mil alunos da nossa Es-
seguinte, propiciado pelo amigo
para o lançamento da Sociedade
cola de Engenharia, sempre tive
Bernardo Alvarenga, foi conhecer
Mineira de Engenheiros Jovem,
a necessidade de envolver meus
pessoalmente os membros da di-
um dos projetos da atual direto-
colegas em torno de um projeto
retoria atual e apresentar o pro-
ria da entidade. Além de preser-
político. Em meio às manifesta-
jeto da SME Jovem.
var e ressaltar as tradições, esse
çõe que tomaram as ruas em
grupo que pretende congregar
junho deste ano, faltava um en-
estudantes das 15 áreas da Enge-
volvimento maior dos estudantes
nharia vai desenvolver um traba-
da área, como parte de uma en-
lho contínuo de divulgação e
tidade de classe”, ressalta.
aproximação desse público com
tremamente importante para Minas Gerais, como um órgão capaz de discutir todos os assuntos que envolvem nossa profis-
A expectativa em relação ao
são e nosso Estado em geral.
projeto SME Jovem é grande.
Além disso, a Sociedade tem
Estratégia de comunicação, marca,
Para o estudante, a entidade de-
exercido um excelente papel de
estatuto e configuração da dire-
verá ser atuante e legítima, para
promover o convívio entre os
toria estão entre os trabalhos
dar continuidade ao projeto de
engenheiros e suas famílias. É
que estão sendo desenvolvidos
aproximação dos estudantes.
preciso expandir e oxigenar tais
pela equipe coordenada pelo
“Vamos
uma
ações. Daí a importância do
aluno do curso de Engenharia
agenda pautada na responsabili-
nosso secretariado Jovem, de
de Sistemas e presidente do
dade social e ambiental e com
modo a atrair novas parcelas
Diretório Acadêmico da Escola
um viés político, para oferecer
para a SME”, destaca.
de Engenharia da Universidade
aos nossos representantes a
Federal de Minas Gerais (DA-
visão dos jovens engenheiros de
EEUFMG), Renan Damazio. Aos
Minas Gerais”, afirma
a entidade.
20 anos, ele tem formatura pre-
trabalhar
por
A SME Jovem será um espelho da entidade original, que representa a tradição que deve servir de inspi-
Segundo Damazio, ao receber os
ração para juventude. “Portanto,
exemplares da Revista Mineira de
teremos diretores, dos mais diver-
DA-
Engenharia, ele passou a acompa-
sos segmentos de iniciativas estu-
EEUFMG e representante dos
nhar o trabalho da SME. O passo
dantis
vista para 2015. “Como
32
“A SME realiza um trabalho ex-
presidente
do
–
empresas
juniores,
Bruce Atman
SME Jovem vai representar os estudantes de Engenharia de Minas Gerais
RME quark 10_Layout 1 11/11/2013 10:32 Página 33
Bruce Atman
Hermano Rausch (Projeto ENG200); Fabrício Falcão (Vice-Presidente do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia da UFMG); Gualter Moreira (Presidente da PJ); Renan Damazio (Presidente do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia da UFMG); Rafael Tocafundo (Presidente da MULT Jr.)
“
“
Os estudantes precisam se organizar para exercer seu papel de direito na sociedade. Isso só será possível se nós entendermos a função das entidades de classe e fizermos nossa parte.
grêmios, atléticas, etc. – e um presi-
dos, promovendo a associação
das empresas juniores da UFMG e
dente, capaz de ser a referência para
com a SME e a oferta de ativida-
de parceiros que manifestaram o
os estudantes de Engenharia do
des próprias, de acordo com a ne-
desejo de que os estudantes de
nosso Estado. O método de escolha
cessidade. “Gosto de dizer que
Engenharia se organizassem em
será definido pela coordenação que
juventude não depende de idade,
torno de um plano político capaz
está liderando o projeto”, explica.
é um estado de espírito. Todos que
de pautar a sociedade. De acordo
estiverem comprometidos com
com Damazio, os alunos precisam
nosso projeto serão convidados
se organizar para poder exercer
para compor a SME Jovem”, res-
seu papel de direito na sociedade.
No primeiro momento, a SME Jovem vai atuar junto aos estudantes de Engenharia do Estado. Segundo Damazio, a medida em que
salta o futuro engenheiro.
“Isso só será possível se nós entendermos a função das entidades
o projeto ganhar corpo, serão in-
A SME Jovem é um projeto que
de classe e fizermos nossa parte”,
cluídos, também, os recém-forma-
conta com o apoio fundamental
conclui.
33
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Roberto Jayme
ENTREVISTA | JOSÉ FERNANDO COURA
o centro das discussões sobre o novo marco regulatório da mineração (PL nº5807/2013) está um engenheiro de Minas mineiro incansável na sua missão de defender o setor em que milita e, ainda, mostrar para a sociedade brasileira o valor da atividade não apenas para a balança comercial, mas para a melhoria da qualidade de vida da população.
N
Técnico metalúrgico pela Escola Técnica Federal de Ouro Preto e Engenheiro de Minas pela Escola de Minas e Metalurgia da Universidade Federal de Ouro Preto (MG) em 1976, ano do Centenário da instituição, com formação complementar em programas de Planejamento Estratégico, Gestão Industrial, Tecnologia 34
e Curso de Especialização em Economia Mineral, José Fernando Coura é Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Presidente do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Vice- Presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos (Sinferbase) e VicePresidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Participa também de vários conselhos temáticos estaduais bem como de conselhos de administrações de empresas. Com 59 anos, casado e pai de três filhos, sua história se confunde com a trajetória do setor mineral. Sua experiência e representatividade são incontestáveis. Coura tem dedicado sua vida profissional
exclusivamente ao segmento e, desde sempre, prega que a mineração só sobreviverá se estiver intimamente ligada à sustentabilidade ambiental. “Precisamos ver o setor não só como uma indústria primária, mas como promotor da inclusão social nos municípios das regiões mineradas”, frisa. Como reconhecimento ao trabalho que vem desenvolvendo, o engenheiro tem recebido inúmeras premiações, condecorações de entidades federais e títulos de cidadão honorário de diversos municípios mineiros, assim como dos estados do Pará e Espírito Santo. A mais nova foi a de Aluno Destaque 2013, pela UFOP. Nesta entrevista, José Fernando Coura fala sobre mineração, Engenharia e desenvolvimento nacional.
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Roberto Jayme
José Fernando Coura é Diretor-Presidente do IBRAM, Presidente do Sindiextra,Vice-Presidente do SINFERBASE e Vice-Presidente da FIEMG
Como o Sr. chegou à presidência do IBRAM? Fui eleito presidente do Sindiextra-MG e fiz carreira de liderança também na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), onde hoje sou vice-presidente. No meio do caminho fui convidado, pela experiência profissional e empresarial na área, para presidir o IBRAM. Foi a primeira vez que um gestor sindical foi eleito para essa vaga. Comecei minha carreira na área de calcário. Em 1984 mudei-me para a Amazônia para trabalhar como gerente da mina da Caulim da Amazônia (Cadam), empresa na qual cheguei ao cargo de diretor. Depois, fiz parte da equipe da Caemi – Mineração e Metalurgia, também como diretor. Após 10 anos, retornei a Belo Horizonte para dedicar-me a empresas de consultoria bem como à área de mineração e siderurgia, com a empresa AVG. Em janeiro de 1999, fui convidado para assumir o cargo de secretário adjunto de Estado de
Minas e Energia, na Secretaria de Minas e Energia do Estado de Minas Gerais. Pouco tempo depois, em 2001, assumi a presidência do Sindiextra. Quais os seus objetivos no momento, como presidente do IBRAM? O IBRAM tem 37 anos de existência e foi construído por grandes profissionais. Minha meta no IBRAM é consolidar e fortalecer a instituição como legítima representante da mineração brasileira, em parceria com toda a cadeia produtiva do setor. A mineração é um setor que gera empregos e renda. A sua ligação com a cadeia da Engenharia é muito forte, em diversas frentes. O que fizemos na 15ª edição do Congresso Brasileiro de Mineração/Exposibram, em setembro deste ano, no Expominas, foi reunir toda a cadeia do setor para debater cada uma dessas áreas que são essenciais para o desenvolvimento brasileiro. O evento que acontece nos anos ímpares já consolidou Belo Horizonte
como a capital nacional da mineração. Nos anos pares, realizamos a Exposibram Amazônia, que é a nova fronteira mineral do país. Lá, tratamos das questões regionais e divulgamos a mineração junto à comunidade local. O IBRAM tem participado ativamente da discussão do novo marco regulatório do setor mineral brasileiro. Qual a sua expectativa? A discussão sobre o marco regulatório é um projeto importante mas temporal. O projeto de lei já foi muito discutido pelo Congresso Nacional e nas mais de 20 audiências públicas realizadas em todo o país. A expectativa é que o texto seja votado ainda neste ano, como prometeu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Acredito que essa é a esfera de discussão para um tema de tamanha relevância para o processo de desenvolvimento nacional, mas só posso falar sobre o marco após a votação porque não sabemos o que será aprovado ou não no texto. 35
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ENTREVISTA | JOSÉ FERNANDO COURA
“
Nesse setor, o engenheiro deve ser igual ao cirurgião cardíaco que tem que abrir o peito do paciente para fazer a ponte safena, mas quando fecha ninguém vê
“
Um dos temas mais abordados durante o Congresso foi a responsabilidade social das empresas do setor. Isso é marketing ou realidade? Realidade. A recuperação das minas, atualmente, é de 85% a 90%, com pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Basta ver o Parque das Mangabeiras que, antes de ser inaugurado como tal em 1982, era uma área degradada pela mineração. E naquela época não se falava em sustentabilidade como hoje. A parte mais sensível do corpo é o bolso e, no caso da atividade mineral, as empresas que não tiverem competitividade, função social e sustentabilidade social não permanecerão no mercado. Não há lugar para operações que não contemplem esses três quesitos. Hoje, o setor recircula 90% da água. A empresa que gasta muita energia e água e gera mais rejeito que
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as demais perde em competitividade. Por outro lado, quem não tiver o apoio social “estará morto”. Diferente do que se pensa, todo minério de ferro é circulado. É usado na produção de aço, vira sucata e retorna para a linha de produção “n” vezes. O alumínio é outro metal que segue o mesmo caminho e o Brasil continua a ser o campeão na reciclagem de latinhas de alumínio. O asfalto, que também é produto mineral, é recuperado e reaproveitado. A imagem do setor mineral para a sociedade brasileira ainda é um dos desafios enfrentados pela atividade. Como mudar isso? A mineração gera emprego, renda e desenvolvimento para as cidades. Dos municípios mineiros, os sete com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) são aqueles que têm a atividade na sua base econômica. Isso com-
prova o poder do setor. Mas é importante lembrar que trata-se de uma atividade pontual, já que os recursos são finitos. Em Minas Gerais que é o maior Estado minerador do país, apenas 0,45% do território é ocupado por operações do setor. Diferente de outros ramos, a mineração não vende produtos, pois é representante da base da cadeia produtiva. Não se compra um quilo de minério de ferro, mas um veículo, uma lata de alimentos e um aparelho celular. A indústria da construção usa areia, brita, cimento, vidro, cerâmica, ardósia entre outros produtos que são fruto da mineração. A mineração também está na base da cadeia do agronegócio. A produção de alimentos depende da mineração que é base para a produção de fertilizantes. O Brasil tem um desafio que é aumentar a produção de potássio e equalizar a de calcário.
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A mineração continua abrindo vagas para engenheiros? Em quais especialidades? Há número suficiente de profissionais para atender a demanda do mercado nacional? Composto por 17 empresas, o Consórcio Minero Metalúrgico continua demandando engenheiros de diversas áreas. Trata-se de uma ação inteligente para transformar o contexto atual, gerando profissionais qualificados para atender a demanda de 17 empresas do ramo. Juntas essas organizações geram 139 mil empregados no Brasil e deles, 70 mil diretos e 124 mil indiretos no Estado. Pela sua experiência, quais as características que um engenheiro de minas deve ter? Como o Sr. observa os novos profissionais que estão ingressando no mercado? Alguma mensagem para eles?
Eu acredito que, diferente do passado, o engenheiro de minas deve ter a visão de que ele é o responsável pela aplicação da moderna engenharia no sentido de maximizar aproveitamento de recursos com mínimo impacto ambiental. Eu penso no balanço econômico e social que a mineração pode ter. Nesse setor, o engenheiro deve ser igual ao cirurgião cardíaco que tem que “abrir o peito do paciente para fazer a ponte safena, mas quando fecha ninguém vê”. Quais as perspectivas para o setor nos próximos anos? A análise é otimista. O setor aguarda ansioso pelas concessões das estradas e demais obras. Apenas déficit habitacional de 9 milhões de unidades é um indicativo do potencial do mercado e essa é
uma oportunidade fantástica para o crescimento do setor, sempre aliado ao projeto de desenvolvimento socioeconômico nacional. Há que se plantar mais para alimentar a população. Por isso, o mercado de fertilizantes também está bastante atraente porque há perspectiva para aumentar a produção de potássio que, hoje, é quase todo importado. Embora esteja crescendo menos, a China está com percentual de 7,8% em 2013, EUA está retomando sua condição econômica e a Europa parou de piorar. A redução do preço das commodities minerais será contornada com o aumento da demanda. Hoje, as pessoas não podem viver sem os bens minerais transformados em produtos.
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O SISTEMA FIEMG TRABALHA PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA E PARA MELHORAR A SUA VIDA.
Você sabe o que é o
O Sistema FIEMG é u
privada, ou seja, é c uma grande empres
mais cinco empresa
o SENAI, a FIEMG, o
Todas elas trabalham
desenvolver a indús
os empresários. E ta
melhorar a sua vida. Acesse www.fiemg
MA FIEMG HA PARA OLVER TRIA MELHORAR IDA.
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Você sabe o que é o Sistema FIEMG? O Sistema FIEMG é uma organização privada, ou seja, é como se ele fosse uma grande empresa formada por mais cinco empresas. O SESI, o SENAI, a FIEMG, o CIEMG e o IEL. Todas elas trabalham juntas para desenvolver a indústria e apoiar os empresários. E também para melhorar a sua vida. Quer saber mais? Acesse www.fiemg.com.br.
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LEGADO SME | HELENI DE MELLO FONSECA
Heleni de Mello Fonseca, engenheira eletricista com ênfase em Eletrônica e Telecomunicações
A única presidente da SME em 82 anos de história Única presidente mulher da Sociedade Mineira de Engenheiros, a engenheira eletricista com ênfase em Eletrônica e Telecomunicações, formada em 1976 pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL – Santa Rita do Sapucaí), Heleni de Mello Fonseca afirma que sempre se sentiu muito a vontade nos ambientes “característicamente” masculinos. Quando saiu de casa aos 15 anos para fazer o curso técnico de Eletrônica na Escola Técnica de Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí, havia apenas cinco alunas matriculadas. Na universidade não foi muito diferente mas ela já estava acostumada. E essa capacidade também rendeu bons frutos na sua carreira, “abrindo portas” para suas pares. Ela foi a primeira diretorageral do Departamento Estadual de Telecomunicações de Minas Gerias DETEL/MG; a primeira diretora da TE-
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LEMIG; a primeira diretora da TELEMAR e a primeira diretora da CEMIG. “Conheci a Sociedade Mineira de Engenheiros através de meu querido amigo Otávio Marques de Azevedo (hoje Presidente da Construtora Andrade Gutierrez), que à época fazia uma campanha para ampliar o quadro de associados para a entidade. Logo depois ele candidatou-se e venceu a eleição para Presidente da SME”, lembra. Em 1999, o então presidente da entidade, José da Costa Carvalho Neto fez um “elegante e surpreendente convite” para que participasse da composição da chapa que concorreria às próximas eleições. Vencedora, Heleni Fonseca ficou à frente da SME entre 1999 e 2002. “Confesso que não foi um período fácil em função da agenda profissional
com carga horária pesada e muitas viagens, além de enfrentar o desafio de presidir uma entidade que ajudou a escrever parte da história de Minas. Muitas vezes fui levada a pensar que não estivesse a altura da missão, mas a intensa e fraternal solidariedade dos integrantes da diretoria executiva e o excelente desempenho das comissões técnicas foram fundamentais para que eu pudesse fazer um trabalho e render legados”, enfatiza. Uma característica marcante da gestão foi a atuação do Conselho Deliberativo, liderado por Luiz Alberto Garcia (Grupo Algar). Apesar dos intensos compromissos pessoais e profissionais, ele jamais faltou a uma reunião e deu a todos uma lição de desprendimento, compromisso e comprometimento com a entidade.
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LEGADO SME | HELENI DE MELLO FONSECA
Como entidade de classe, a SME tinha que privilegiar sempre o debate. Assim, as reuniões do Conselho Deliberativo eram realizadas no horário do almoço e o Luiz Alberto Garcia se preocupava em trazer temas do momento com debatedores de destaque nacional. Isso enriqueceu muito as reuniões. Um dos primeiros palestrantes que ele trouxe foi Antônio Kandir, para debater a Lei Kandir que estava, naquele momento, sendo discutida em Brasília. A continuidade do Projeto SME 12:30 reuniu personalidades e autoridades de Minas Gerais e do país para discutir com os associados temas de maior interesse dos profissionais e da sociedade naquele momento, tais como: o Plano de Obras do Estado de Minas Gerais ; a criação da Agência Nacional de Transportes; o Plano de Investimentos da Telemar para Minas Gerais; a renovação da concessão dos Serviços de Água e Esgoto do município de Belo Horizonte, todos realiazados no ano 2000; o Metrô como solução para o transporte em BH e tantos outros temas de relevância. “É irônico dizer, mas um tema bastante atual, o transporte, a logística, enfim a mobilidade foi um tema largamente discutido pela SME nos anos 2000 e 2001. Criamos até o Fórum de Mobilidade Logística para o desenvolvimento da Grande BH”, destaca. A desverticalização da CEMIG também foi um dos temas bastante discutido nesta gestão, contando, inclusive, com a presença de nomes de “peso” do setor, como por exem-
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plo, o engenheiro José da Costa Carvalho Neto, ex-presidente da SME, ex- presidente da CEMIG e atual presidente da Eletrobras. A engenheira ressaltou a grande repercussão do Seminário Internacional sobre o Uso de Estruturas Metálicas na Construção Civil que cresceu tanto que ganhou a dimensão de Congresso Internacional (Congresso Internacional da Construção Metálica – CICOM). Esse evento, já em sua segunda edição, em 2001, realizado em São Paulo, reuniu mais de 800 participantes e 17 palestrantes estrangeiros. No triênio 1999/2001, foram criadas mais duas comissões técnicas dadas as demandas de debates e conhecimento: a de Perícias, Mediações e Arbitragens e a Comissão de Desenvolvimento Gerencial. Uma parceria com o IBMEC possibilitou a oferta de cursos de MBA para os associados. A primeira turma formou-se no ano seguinte. Foi na gestão de Heleni Fonseca que foi instituída a Medalha Engenheiro Amaro Lanari Júnior que distingue o desempenho de profissionais de talento no setor siderúrgico de MG. “Na área cultural, podemos citar que tivemos agradáveis momentos com a realização de recitais de piano”, rememora saudosa. Os 70 anos de existência da SME foram brindados no clima dos famosos bailes que a entidade promovia nos anos 50 e 60. A entidade foi homenageada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e pela Câmara Municipal de Belo Horizonte num reconhecimento justo pelo trabalho
realizado pela entidade com seriedade, imparcialidade e dedicação. “Minha experiência como presidente da SME foi única e apaixonante, pois, além de ampliar consideravelmente meu ciclo de amizade, vejo o quanto pude desfrutar como cidadã e como engenheira da companhia e de debates com pessoas de conhecimentos tão diversos e profundos sobre os mais diversos ramos da engenharia. No trabalho em uma entidade de classe, você se associa voluntariamente e trabalha em defesa da coletividade”, aponta. Para a engenheira, administrar uma entidade de classe é sempre um exercício de paciência, diálogo e intuição. Um esforço permanente de conciliação e a busca do equilíbrio entre o sonho e a realidade. “Assim procurando pensar e planejar o futuro da entidade, desenvolvemos um seminário com o objetivo de repensar e construir a SME dos novos tempos, denominado “O Futuro da SME”, e que gerou a “Carta de Ouro Preto”, documento norteador de uma nova estratégia para a SME” comenta. Atualmente, em função da agenda pessoal e profissional, a engenheira tem acompanhado os eventos da SME por meio de informativos e pela Revista Mineira de Engenharia. Ela aproveitou a oportunidade para cumprimentar a atual diretoria na pessoa do presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo, pela brilhante e eficiente gestão.
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ENGENHARIA | MERCADO E TENDÊNCIA
Conteúdo Local é utilizado por fornecedores de petróleo e gás natural Conteúdo Local é a relação entre o valor dos bens produzidos e serviços prestados no país para executar o contrato e o valor total dos bens e serviços utilizados para esta finalidade. A finalidade é aumentar, em bases competitivas, a participação doméstica de fabricantes e empresas de serviços na cadeia de fornecedores de petróleo e gás natural.
Luciano da Silva Fiori,gerente de Suprimentos da Mendes Júnior
N
o segundo semestre
deste ano, o coorLuciano Silva Flori, gerente de Suprimentos da Mendes Júnior
denador de Conteúdo Local (CL) da
Petrobras, Sandro Furtado, esteve em Belo Horizonte em duas ocasiões para palestras sobre o tema que é uma exigência legal prevista na cláusula 20ª dos contratos de Concessão da área de Petróleo e Gás Natural (P&G), para definir quais os compromissos sociais e econômicos que devem ser assumidos - e cumpridos - nas fases de exploração e desenvolvimento da produção para todas as companhias operadoras (aquelas que exploram e produzem) que venceram as licitações de áreas realizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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Maior operadora de P&G do país, a Petrobras tem como prática divulgar sua política de CL em fóruns empresariais para influenciar a decisão do setor produtivo nacional a aderir a essa metodologia que, mais que exigência contratual, visa contribuir de forma sustentável para o desenvolvimento nacional.
sobre CL. O gerente de Suprimentos
A Construtora Mendes Júnior foi uma das empresas a receber a palestra
de novas tecnologias e maior facili-
da companhia, Luciano Silva Flori destacou que além de ser uma exigência de um dos principais clientes – Petrobras – a companhia usa o método como forma de desenvolvimento de fornecedores nacionais para aprimorar a cadeia produtiva de maneira geral, em termos de conhecimento e aplicação dade nas negociações comerciais.
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“Sendo assim, o processo de aquisi-
contínuo de aprimoramento. Isso
ção, fornecimento e controle de
denota que o modelo é de fácil
entrega do material, serviço ou
compreensão para outras empre-
equipamento para as obras se torna
sas ou segmentos de atuação. A
mais ágil e seguro, bem como o sis-
base para essa adaptação está na
de Minas e Energia, em articula-
tema de reposição de peças sobres-
Resolução ANP nº 36/2007. A
ção com entidades empresariais
salentes e assistência técnica, além
outra reunião aconteceu na Fiemg,
da indústria e operadoras de
de contribuirmos para o desenvol-
em agosto.
petróleo que atuam no Brasil
vimento da indústria nacional, com geração de empregos e renda para o Brasil”, ressaltou.
No caso da Petrobras, as exigências contratuais foram estendidas também para as áreas de Transporte e
PROMINP Há exatos 10 anos, o governo brasileiro, através do Ministério
trabalham para implementar as propostas do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Pro-
Mas a empresa também está se
Refino. Isso quer dizer que, todas as
qualificando para CL, por meio
companhias que pretendem ingres-
de mapeamentos e prospecção de
sar na lista de fornecedores da
a participação do setor produ-
potenciais fornecedores que são
companhia terão que observar e in-
tivo nacional como principal
informados sobre as exigências do
cluir nas suas práticas o CL que
fornecedor de bens e serviços
CL para determinado projeto. A
prevê, ainda, metodologias e proces-
na implantação de projetos de
partir daí começa a troca de ideias
sos de medição previamente defini-
investimentos do setor em bases
e experiências em um trabalho
dos para sua aplicação.
competitivas e sustentáveis.
minp), criado para maximizar
45
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ENGENHARIA | MERCADO E TENDÊNCIA
No período de 2004 a 2012, 11 mil micro e pequenas empresas foram atendidas para se tornarem fornecedoras da cadeia produtiva de P&G. Além disso, foram realizadas 100 Rodadas de Negócios, que geraram expectativas para fornecimento de bens e serviços em torno de R$ 4,5 bilhões. Com o lema “Agora é assim. Tudo
Engenharia Industrial (ABEMI),
esbarra nos mesmos gargalos so-
o que pode ser feito no Brasil, tem
Associação Brasileira de Consulto-
cioeconômicos que afetam e até
que ser feito no Brasil”, o Programa
res de Engenharia (ABCE), Associa-
comprometem o processo de de-
tem estruturado conjunto de mais
ção Brasileira da Infra-Estrutura e
senvolvimento nacional. O pri-
de 150 iniciativas e propostas im-
Indústrias de Base (ABDIB),Associa-
meiro deles é a competitividade do
plantadas através de Comitês Seto-
ção Brasileira da Indústria de Máquinas
setor produtivo. Para atender a de-
riais e Temáticos que reúnem
e Equipamentos (ABIMAQ), Associa-
mandas tão específicas, é necessá-
representantes do governo, opera-
ção Brasileira da Indústria Elétrica e
doras e indústria. A coordenação
rio que as empresas se preparem
Eletrônica (ABINEE), Associação Bra-
fica a cargo do Ministério de Minas
para fazer frente às necessidades
sileira da Indústria de Tubos e Acessó-
e Energia (MME), com a participa-
do setor de petróleo e gás e
rios de Metal (ABITAM), Sindicato
ção do Banco Nacional de Desen-
Nacional da Indústria da Construção
volvimento Econômico e Social (BNDES), do Instituto Brasileiro
Naval (SINAVAL) e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
de Petróleo e Gás (IBP), da Orga-
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atendê-las com presteza. Incentivos à pesquisa e desenvolvimento da cadeia produtiva é um dos aspectos considerados pelo Plano de
nização Nacional da Indústria do
No entanto, assim como ocorre
Desenvolvimento Tecnológico In-
Petróleo (ONIP) e das associações
em diversos segmentos econômi-
dustrial, o “Prominp Tecnológico”,
de classe: Associação Brasileira de
cos, também a indústria de P&G
em fase de implantação.
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Mas a iniciativa foi além. Para fortalecer e preparar a Cadeia de Fornecedores do Setor de P&G para o atendimento às expressivas demandas do setor estão em desenvolvimento três grandes iniciativas: Inserção de micro e pequenas empresas na cadeia de P&G (Convênio Petrobras-Sebrae); Mecanismos alternativos de captação de recursos financeiros (Financiamento) e, ainda, Portal de Oportunidades da Cadeia de Suprimentos de P&G. No período de 2004 a 2012, 11 mil micro e pequenas empresas foram atendidas para se tornarem fornecedoras da cadeia produtiva de P&G. Além disso, foram realizadas 100 Rodadas de Negócios, que geraram expectativas para fornecimento de bens e serviços em torno de R$ 4,5 bilhões. Há que se considerar, também, a formação de mão de obra qualificada, outro gargalo que afeta o país. O aumento dos investimentos no setor - de US$ 35 bilhões entre 2003/2007 para US$ 190 bilhões entre 2009/2013 vai elevar ainda mais a demanda por trabalhadores devidamente capacitados para atender aos projetos, tanto na fase de construção civil, como nas fases de construção e montagem, engenharia e manutenção da operação. Como resposta, foi estruturado, em 2006, o Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP) que tem capacitado, por meio de cursos gratuitos, milhares de pessoas em 185 categorias ligadas ao setor. Estão envolvidas cerca de 77 instituições de ensino de 17 Estados. Em 2012 foram abertas 11.671 vagas do sexto ciclo de qualificação profissionais no país, para cursos gratuitos nas categorias profissionais de níveis básico, médio, técnico e superior, para atender ao segmento. Delas, Minas Gerais ficou com 180. Do total, 7.335 para cursos gratuitos de nível básico; 3.706 para os de nível médio e técnico; e 630 para as categorias de nível superior.
Mas a expectativa continua positiva para profissionais que queiram direcionar suas carreiras para o setor de P&G. A previsão até 2015 é de que a necessidade de qualificação adicional seja de 212.600 pessoas. Há um processo de seleção para as vagas que exige candidatos com idade igual ou superior a 18 anos, além do preenchimento dos pré-requisitos do curso desejado, com avaliações posteriores. Os aprovados recebem bolsa-auxílio de estudo durante o período. Os cinco ciclos de qualificação anteriores capacitaram 80 mil profissionais.A empregabilidade formal antes do curso é de 32,8%, e após o curso, de 67,1%.
Caio Mucio Barbosa Pimenta, superintendente regional da ONIP/MG
Um dos maiores estudiosos de CL no Brasil é o engenheiro químico formado pela Universidade Federal de Minas Gerais e superintendente regional de Minas Gerais, da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Caio Mucio Barbosa Pimenta. Para ele, essa metodologia denota, de forma clara, o compromisso com o desenvolvimento do país. “Conteúdo Local significa o valor agregado no País para a produção de um bem, sistema ou serviço.A exigência de CL isoladamente não é suficiente para promover o desenvolvimento de um parque fabril nacional competitivo e sustentável, carecendo de outros elementos de política industrial, onde se destaca a necessidade de absorção, retenção e domínio tecnológico. Produzir no Brasil é importante - emprego e renda - mas é necessário se estar atento para a sustentabilidade desse processo”, destaca.
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ENGENHARIA | MERCADO E TENDÊNCIA
O desafio é justamente qualificar os fornecedores, um trabalho complexo já que, em muitos casos, alterará a cultura das empresas. Ao Governo cabe definir políticas de regulação, incentivo e apoio, com estrutura adequada à certificação e controle
De acordo com o engenheiro,
O desafio é justamente qualificar
maior interlocução com os forne-
sendo uma exigência do processo
os fornecedores, um trabalho
cedores de bens e serviços.
de licitação, CL mobiliza as empre-
complexo já que, em muitos casos,
sas operadoras a explorarem o
alterará a cultura das empresas.
potencial de “fazer no Brasil” que
“Ao governo cabe definir políticas
já existe na base industrial e, tam-
de regulação, incentivo e apoio,
bém, nas unidades e centros de
com estrutura adequada para
pesquisa.
regulação, certificação e controle. Política tributária, legislação traba-
Ponte JK. Aqui tem nióbio.
As Empresas Operadoras precisam participar ativamente do processo, definindo claramente suas demandas, especificações técnicas e uma maior interlocução com os fornecedores de bens e serviços. Por outro lado, as empresas terão
Para a indústria representa mer-
lhista, critério de Drawback, juros,
cado e uma série de políticas para
subsídios creditícios, fomento e
a indução e apoio ao fabricar no
logística são pontos que devem
Brasil, levando a criação de empre-
ser estudados, pois a competição
gos, inovações e melhorias dos
é mundial”, lembra.
processos produtivos, aumentando
Todo o processo, adianta Caio Pi-
tecnologias e processos de fabri-
a qualidade e a competitividade da
menta, deve ter a participação
cação solicitados, de forma que o
indústria para a sua inserção mun-
ativa das operadoras, que, ao defi-
conhecimento seja acessível para
utiliza mais de 14 mil toneladas de aços de alta resis
dial.“A indústria de petróleo é uma
nirem suas demandas com clareza,
todos. “Essa é uma discussão im-
microligados com nióbio da CBMM. Seus três grande
indústria “engenheirada” em nível
poderão fazer as especificações
portante para os engenheiros e
metálicos com 240 metros de vão. Um projeto gran
mundial. O produto ofertado aqui
técnicas necessárias para o desen-
deve começar o quanto antes”,
ao concreto, tanto na redução do peso, quanto no tem
é de classe mundial”, avalia.
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a responsabilidade de buscar financiamentos e parcerias necessárias com universidades, centros de pesquisa, acordos ou joint ventures para o desenvolvimento das
A Ponte JK, com os seus arcos, se tornou uma atraçã
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Ponte JK. Aqui tem nióbio.
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A Ponte JK, com os seus arcos, se tornou uma atração em Brasília. Criada pelo arquiteto Alexandre Chan e premiada nas categorias beleza e adequação ambiental pela International Bridge Conference, sua estrutura utiliza mais de 14 mil toneladas de aços de alta resistência produzidos pela Usiminas. Entre eles, os aços microligados com nióbio da CBMM. Seus três grandes arcos sustentam, com cabos de aço, três tabuleiros metálicos com 240 metros de vão. Um projeto grandioso, que revela as vantagens do aço em relação ao concreto, tanto na redução do peso, quanto no tempo de execução da obra.
Ponte JK. Aqui tem nióbio.
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NOVOS ENGENHEIROS | VALQUÍRIA MATT
O interesse pela mineração foi alimentado desde a infância
Lado a lado com executivos e profissionais de todos os níveis, os estudantes de Engenharia de Minas também participaram ativamente da programação de palestras do 15º Congresso Brasileiro de Mineração/Exposibram, entre os dias 23 e 26 de setembro, no Expominas. O evento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), abre espaço para que esse público também tenha acesso às tendências e projetos do setor mineral brasileiro e mundial. Mais que isso, o evento abriga outro direcionado especificamente para o futuro da profissão.A sexta edição do Encontro Nacional dos Estudantes de Engenharia de Minas (Eneminas), realizado a cada dois anos, teve como tema central “Diferenciais para o Mercado de Trabalho”, com programação direcionada para os futuros profissionais da área.
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Ao se encontrarem, estudantes de diversas instituições trocaram experiências e debateram o ensino da Engenharia de Minas no Brasil. Mas eles também podiam assistir a toda programação do Congresso Brasileiro de Mineração. No grupo havia muitas jovens, com um perfil diferente do passado, quando aquelas que pretendiam ingressar em “territórios masculinos”, na maioria das vezes, tinham que deixar de lado a feminilidade. Perfeitamente integradas ao ambiente e muito ativas, as futuras engenheiras de Minas já são entre 10% e 20% dos matriculados nas universidades que oferecem o curso. Ao que tudo indica, esse percentual vai deve crescer ainda mais, juntamente com a demanda do setor mineral por mão de obra qualificada. Valquíria da Silva Matt, 20 anos, é uma delas. Aluna do Bacharelado
Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, que corresponde ao primeiro ciclo de matérias gerais dos cursos de Engenharia oferecidos pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), no Campus Avançado de Poços de Caldas, ela vai dedicar-se, nos dois anos finais da sua formação profissional, ao estudo da Engenharia de Minas propriamente dita. A formatura está prevista para 2016. “Cresci em meio à mineração, uma vez que meu pai trabalha em uma empresa do ramo. Além disso, sempre fui muito curiosa sobre geologia e, por ter um amigo da família que é dessa área e tem muita experiência, sei que fui bastante influenciada na minha escolha”, afirma. Para ela, não há empecilhos para mulheres no segmento mineral, o que abre possibilidades interessantes
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Cresci em meio à mineração, uma vez que meu pai trabalha em uma empresa do ramo. Além disso, sempre fui muito curiosa sobre geologia e, por ter um amigo da família que é dessa área e tem muita experiência, sei que fui bastante influenciada na minha escolha.
para as estudantes que optam por essa área do conhecimento. Com isso, as expectativas da futura engenheira de minas são as melhores possíveis. Sua principal área de interesse são as lavras a céu aberto, que é o setor de atuação dos negócios da família. Outros segmentos também a atraem muito são a recuperação dos espaços degradados pela mineração e, ainda, o direito e a economia mineral.
A participação no 6º Eneminas foi muito positiva, pois permitiu à estudante conhecer futuros colegas de profissão, suas ideias e, também, expectativas em relação ao mercado de trabalho na área de mineração. “Foi a primeira vez que participei do evento, mas pretendo voltar nos próximos anos. Acredito que a troca de informações acrescenta muito para a minha formação”, destaca a estudante.
Valquíria Matt não estuda na mesma cidade onde mora. Porém, a distância de 80 km permite que ela volte para casa, em São Paulo, todos os finais de semana. Nos momentos de lazer, ela faz pesquisas sobre a área mineral e pratica Jiu-Jitsu, embora seja amante das artes marciais de forma geral. Para manter-se em forma e prepar-se para o desafio de trabalhar na mineração ela também frequenta a academia.
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TELECOMUNICAÇÕES
Os desafios para os engenheiros do setor de telecomunicações Vicente Soares Neto
Um grande avanço foi proporcionado pela criação da TELEBRAS, onde as melhores técnicas para a época foram aplicadas, inclusive com a criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento – CPqD empresa também do Sistema Telebras, responsável pela inclusão do país no cenário mundial, possibilitando a realização de pesquisas relevantes para o setor.A qualidade dos serviços proporcionados pelas empresas sempre foi excelente, contudo, deixavam a desejar quanto ao processo de universalização. Nesta época, devido ao grande avanço proporcionado em todas as regiões do Brasil, os engenheiros eletricistas, eletrônicos e de telecomunicações jogaram um
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papel fundamental para o desenvolvimento do país e do setor de telecomunicações. A demanda por profissionais foi muito acentuada. A partir de meados de 1997, com a privatização do setor de telecomunicações, um grande passo foi dado visando propiciar metas de universalização e a inclusão de novos serviços, por exemplo, a telefonia celular e o acesso à internet. O crescimento do setor de telecomunicações tem sido muito acentuado desde a privatização. Entretanto, cabe ressaltar que os engenheiros que tão bem desempenharam o seu papel no primeiro passo do desenvolvimento do setor, agora não podem ocupar o seu lugar, muitas vezes desempenhando funções de assistentes, pois a função de engenheiro é limitada por um valor mínimo salarial. Para colaborar com este pensamento, este artigo escrito em uma revista da Sociedade Mineira de Engenheiros, isto é, uma sociedade de mineiros e dos engenheiros, não poderia deixar passar a oportunidade de analisar as perspectivas dos engenheiros eletricistas, eletrônicos e de telecomunicações.
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O setor de telecomunicações no Brasil teve o seu primeiro passo para o desenvolvimento, em junho de 1972, com a criação da TELEBRAS, empresa holding do sistema, composta pela EMBRATEL, responsável pelas comunicações nacionais e internacionais e as empresas estaduais. Na época, o Brasil dispunha de uma rede de telecomunicações que atendia a poucos centros urbanos, suportados pela comunicação interurbana realizada por meio de telefonistas.
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Vicente Soares Neto, Engenheiro Eletricista e Eletrônico, presidente da Comissão de Telecomunicações e Informática A Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL - tem desempenhado um papel fundamental para a adequação das novas tecnologias, através de suas resoluções, adequando-as à nova realidade, cujo processo de digitalização tem sido pronunciado em todos os segmentos da utilização de radiofrequência. Cada projeto, cada instalação requer o recolhimento de uma Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contudo, a responsabilidade técnica pela operação e manutenção das estações de telecomunicações já instaladas, não há uma fiscalização adequada quanto à quantidade de profissionais responsável por elas. A qualidade dos serviços, por ironia do destino, mesmo com a melhora na qualidade dos equipamentos, já não é a mesma da época de antes da privatização. Vários são os tipos de serviços outorgados pela ANATEL, portanto na realização de uma macro análise referente à quantidade de estações de radiofrequência cadastradas no banco de dados da ANATEL, vamos nos ater somente aos seguintes serviços: Serviço Limitado Privado - SLP, Serviço Móvel Pessoal - SMP (Celular) e Serviço de Telefonia Fixa Comutada – STFC. A quantidade de estações utilizando rádio frequência no Estado de Minas Gerais é mostrada no gráfico a seguir.
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TELECOMUNICAÇÕES
ESTAÇÕES UTILIZANDO RÁDIO FREQUÊNCIA EM MINAS GERAIS
Fonte :Anatel
Fonte :Anatel
O grande desafio que temos que ter em mente é o de saber o número necessário de engenheiros para atuarem como responsáveis pela operação e manutenção destas estações implantadas no Estado de Minas Gerais. Não podemos deixar de ressaltar, que outras centenas de estações de telecomunicações, que suportam outros tipos de outorgas, estão sim implantadas, mas não foram contempladas neste artigo. Em um total de 11.861 estações analisadas, então, a grande pergunta seria: quantos engenheiros seriam
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necessários para a operação e manutenção destas estações? Este quantitativo de engenheiros teria a responsabilidade técnica pelo funcionamento adequado destas estações, fato necessário, para a melhoria da qualidade dos sistemas. Para realizarmos somente um exercício racional tomemos como premissa de pelo menos 1 engenheiro para cada 5 estações, portanto, haverá a necessidade de 2.372 engenheiros. Se fosse 1 engenheiro para cada 10 estações, a necessidade seria de 1.186.
Estamos abrindo um tema que seria muito bem aceito pela comunidade de engenheiros do Estado de Minas Gerais, buscando a qualidade dos serviços no setor de telecomunicações através da inserção de engenheiros no cenário da operação e manutenção, despertando sem sombra de dúvidas o interesse do CREA, que a exemplo de outros órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil OAB, o Conselho Regional de Farmácia – CRF, o Conselho Regional de Medicina – CRM, os quais têm defendido os seus profissionais membros, com força e determinação.
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TRANSPORTE | METRÔ LEVE
Sistema vai integrar os estudos de trânsito e transporte coletivo da capital o que tudo indica, Belo Horizonte está se rendendo ao metrô leve como alternativa de viabilidade econômica para implantar o sistema na cidade. No dia 14 de outubro, os vereadores da capital aprovaram, em primeiro turno, o projeto de lei (PL) 163/13, do vereador Wagner Messias “Preto” (DEM), que autoriza o executivo municipal a iniciar estudos de viabilidade econômica para implantar, na cidade, o sistema.
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De acordo com o parlamentar, o metrô leve contribuirá para a mitigação dos problemas de trânsito enfrentados pela capital. “Trata-se de um modal moderno, seguro e eficiente”, justificou. A aprovação em primeiro turno é considerada uma vitória pelo presidente da Comissão de Transportes da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), Geraldo Dirceu de Oliveira. “Temos espírito público e a inclusão do metrô leve na discussão da política de transportes da capital é uma reivindicação antiga da entidade”, afirma. 56
Geraldo Dirceu de Oliveira, presidente da Comissão de Transportes da SME
Frente à morosidade e custo de implantação do metrô subterrâneo na capital, o monotrilho ou metrô leve tem sido apontado pelos engenheiros mineiros como a solução mais indicada para o transporte coletivo da capital. No comparativo, a implantação do sistema de metrô leve demanda cinco vezes menos tempo que a do similar subterrâneo. Nos custos, o sistema é quatro vezes mais econômico e, se as obras forem realizadas durante a noite, não gerará impactos para a população.
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Outras vantagens do sistema são: o metrô leve não ocupa espaço no chão, é confortável, não polui e pode transportar até 48 mil passageiros/hora/sentido, dependendo do número de composições usadas. O engenheiro Luiz Otávio Silva Portela, também membro da Comissão de Transportes da SME, é um estudioso do sistema e já tem, inclusive, projeto de implantação do metrô leve no trecho entre a Praça da Assembléia e o BH Shopping.
Engenheiro, Luiz Otávio Silva Portela
Além deles, BH também tem outros trechos para os quais essa solução é indicada. Um deles é a Avenida Cristiano Machado-Aeroporto Internacional Presidente Tancredo Neves. Há outra que ligaria a região Central até a Noroeste. Outro faria a ponte entre o hipercentro e a região hospitalar e a Centro-Sul.
Suspenso por vigas de concreto que podem ter entre 15 metros de altura e 30 metros de comprimento, o metrô leve é movido por energia elétrica e pode ser construído no canteiro central de grandes avenidas, ocupando apenas dois metros de largura, com capacidade de inclinação de 8% o que significa melhor mobilidade na topografia da cidade.
A ligação da capital com as cidades da Região Metropolitana (RMBH) também pode ser viabilizada por meio do sistema de metrô leve. Entre os projetos há um que beneficiaria a Via Expressa. Outro ligaria a estação Eldorado (Contagem) a Betim. O trecho entre o hipercentro de Belo Horizonte e Betim, passando pela Avenida Amazonas, também já foi analisado pelos especialistas. Suspenso por vigas de concreto que podem ter entre 15 metros de altura e 30 metros de comprimento, o metrô leve é movido por energia elétrica e pode ser construído no canteiro central de grandes avenidas, ocupando apenas dois metros de largura, com capacidade de inclinação de 8% o que significa melhor mobilidade na topografia da cidade. Rápido, seguro e confortável, o metrô leve está em avançado processo de implantação na cidade de São Paulo, o sistema deve ser construído também em Manaus. Em diversos países do mundo, o metrô neve já é realidade. Na Alemanha, por exemplo, a cidade de Wuppertal, conhecida como “a cidade com o trem suspenso” foi inaugurado em 1901 com capacidade para transportar, diariamente, mais de 80 mil passageiros. A estrutura de sustentação está passando por ampla reforma desde 1997, para manter-se fiel à obra histórica. Nos Estados Unidos, o transporte usado no Wall Disney World é o monotrilho, que corta todo o parque, localizado em Orlando, no Estado da Flórida. Atualmente, há mais de mil veículos leves sobre trilhos em operação no mundo. Cidades como Barcelona, Buenos Aires, Dublin, Istambul, Madrid, Melbourne, Rotterdam, Tenerife e Tunis buscaram nesta tecnologia soluções para mobilidade e renovação urbana. Outras centenas de veículos estão em fabricação para atender cidades como Dubai, Jerusalém, Reims, Rabat, Oran,Alger e Constantine. Na América Latina, o VLT está presente em Buenos Aires. No Brasil, há pelo menos 50 prefeituras interessadas em implantar sistemas semelhantes, além de Brasília.
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SME repudia declarações de Moreira Franco A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) repudia as declarações do Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação Civil, o sociólogo Wellington Moreira Franco, que atribui aos engenheiros brasileiros a culpa pelo atraso de obras em seis dos 12 aeroportos em capitais que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014. Demonstrando total desrespeito pela classe de engenheiros, o ministro afirmou, ainda, que esses profissionais “são ruins e elaboram projetos mal feitos". Acreditamos que as afirmativas do ministro são resultado de uma visão míope quanto à participação de uma categoria profissional nas decisões de governo, muitas vezes, atreladas a interesses políticos, sem qualquer relação com as necessidades da população, quando não são frutos da ambição pessoal ou de pequenos grupos. Ao eximir-se de responsabilidades na gestão pública, o ministro tenta desmoralizar a classe de engenheiros perante a opinião pública. Mas, a diatribe cometida por ele revela tão somente a ignorância ou o desconhecimento dos trâmites para aprovação de projetos dentro de um ministério, ou a má fé ou, ainda, todos esses ingredientes juntos. Todo projeto de obra para obter aprovação e recursos do governo federal, passa pela aceitação de projetos básicos para a licitação e a realização da própria licitação regida pela lei nº 8.666, uma legislação dura e minuciosa que favorece, em alguns casos, o menor preço em detrimento da qualidade do serviço. Além disso, esse processo fica submetido à lentidão da burocracia estatal, sendo contaminado pela falta de zelo e pela incompetência de dirigentes dos ministérios. É patente que os problemas e atrasos das obras de infraestrutura do país passam necessariamente pela falta de gestão e de planejamento. Nós da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), estamos seguros e à vontade para fazer, não apenas a defesa dos profissionais de engenharia, porque essa é a nossa função primeira, mas dizer da importância que têm na história do nosso País, cujo papel obteve o reconhecimento recente da presidente Dilma Rousseff, durante reunião na ONU. Os engenheiros participam e contribuem de maneira decisiva, com engenhosidade, criatividade, técnica e saber científico, para a transformação do Brasil. Na construção de ferrovias, rodovias, hidrelétricas, plataformas de exploração de minerais, na aviação; na medicina, nas pesquisas e descobertas na genética, na farmacologia, na robótica e na telemática, entre outros campos. Enfim, no dia a dia de cada brasileiro a engenharia e a capacidade inovadora dos engenheiros deixam suas marcas registradas. Esse é o legado dos engenheiros brasileiros que assumem suas responsabilidades e se dedicam a edificar um país desenvolvido, uma nação soberana para todos. Pontificamos que esse país desejado precisa de dirigentes competentes, de políticos comprometidos, de gestores sabedores de suas responsabilidades e eficientes. Declaramos nosso empenho junto com o Sistema Confea/Crea colocando-nos, também, à disposição do Governo brasileiro para o aprimoramento dos níveis de qualidade dos projetos e da execução das obras, cujo objetivo em curto prazo é a realização dos eventos internacionais no próximo ano. Neste cenário, reafirmamos mais uma vez nosso compromisso com o desenvolvimento e o progresso do País.
Ailton Ricaldoni Lobo Engenheiro eletricista, presidente da SME
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