Revista Mineira de Engenharia - 22ª Edição

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Ano 5 | Edição 22 | Janeiro - Fevereiro | 2014

SME JOVEM, UM NOVO OLHAR PARA O FUTURO DA ENGENHARIA

ENTREVISTA CEO da PHV Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos

Prêmio SME CT&I Valorizando o conhecimento

INFRAESTRUTURA URBANA | ARTIGOS | ENGENHEIRO DO ANO E MUITO MAIS


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ais do começo de 2012 até o fim de 2013.

EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

A soma da experiência e inovação Copa do Mundo, eleições são alguns dos principais eventos nacionais que nos aguardam neste ano de 2014. Isso com um ingrediente a mais, o protagonismo da juventude revelado na chamada “primavera brasileira”, no ano passado, quando centenas de milhares de jovens foram às ruas protestar e reivindicar por transporte público de qualidade, melhoria na segurança, educação, saúde, fim da corrupção, etc.

experimentados e aprovados com a impetuosidade e a inovação tão próprias dos jovens. Ou seja, é mais uma possibilidade de criarmos um tecido social ainda mais enriquecido, com novas texturas, novas propostas e de ações conjuntas a serem desenvolvidas pela SME.

Torna-se necessário destacar que, ao ampliarmos a participação dos jovens, estamos também criando maiores Ailton Ricaldoni Lobo possibilidade para que o debate de Se esse episódio resultará em qualidade Presidente da SME ideais seja ampliado e os frutos desse de vida para a população brasileira e trabalho sejam colhidos no futuro. Para avanços para a sociedade isso ainda teque as bandeiras pelas quais nos dedicamos sejam nortearemos que acompanhar. As mudanças dependerão em doras da ação das novas gerações de profissionais. boa parte daquilo que cada um se dispuser a fazer para construir um país melhor, sem preterir os jovens. Os jovens não são apenas elementos centrais do desenvolvimento como buscam respostas para esse desenvolviÉ nesse sentido que iniciamos 2014, buscando mesclar mento. Nada melhor que nessa busca eles possam o que, ao longo dos anos, acumulamos de melhor de aprender um pouco mais com as práticas e a história de nossas experiências com a força inovadora da juventude quem acumulou experiências e continua empenhando-se por meio da criação da SME Jovem. São dois momentos para que a entidade prossiga no seu trabalho em favor diferentes que se combinam: as experiências do passado dos seus associados. e as expectativas do futuro que, por sua vez, vai materializando-se no cotidiano por meio daquilo que fazemos Apesar da persistente crise econômica e financeira munhoje. É um encontro de gerações e de saberes para que dial, que tem efeitos preocupantes na economia brasileira possamos crescer e desenvolver. e mineira; apesar das perdas irreparáveis de amigos e colegas, no ano que passou – os engenheiros Tárcio Primo O ano de 2013 nos deixou um legado de bons projetos Belém Barbosa, em dezembro, e de Délcio Antônio executados - realização do Prêmio SME CT&I, entrega Duarte, em agosto de 2013 – estamos confiantes de que das Medalhas Lucas Lopes e Engenheiro do Ano -, debanossa atuação conjunta vai fazer a diferença no que contes profícuos nas Comissões Técnicas, entre outras inicerne à valorização e reconhecimento profissional. ciativas, e a criação da SME Jovem. A abertura desse Além, de continuarmos contribuindo para o desenvolviespaço para atuação dos estudantes e futuros profissiomento da sociedade com nossas ideias, projetos e iniciativas. nais, que nunca esteve fechado, mas que estava desocupado, é revigorante e promissor para esse novo ano de Que nesse ano de 2014, possamos construir uma entiatividades da Sociedade Mineira de Engenheiros. dade mais fortalecida, projetando um futuro sustentado na soma da firmeza e sabedoria dos mais experientes e a A entidade mantém-se sintonizada com seu tempo ao criar impetuosidade e espírito inovador da juventude para um condições para o convívio e interação entre os mais expeprotagonismo transformador. rientes e a juventude. Uma mescla de conhecimentos já 3


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22 PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte (in memoriam) DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota

Publicação

CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela de Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flavio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schüffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Júnior

CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo José Lima Gusmão

Tiragem 10 mil exemplares | Bimestral

Coordenador Editorial José Ciro Mota

Distribuição Gratuita Via Correios e Instituições parceiras

Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira MG 05203 JP

Publicação | SME Sociedade Mineira de Engenheiros Av. Álvares Cabral, 1600 | 3º andar Santo Agostinho Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30170-001 Tel. (31) 3292 3962 sme@sme.org.br

Projeto Gráfico Blog Comunicação Marcelo Távora revista@@blogconsult.com.br Av. Bento Simão, 518 | São Bento Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30350-750 (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590

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Fale conosco Contato editorial jornalismo@sme.org.br

Apoio Compromisso, Inovação e Avanço

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PRÊMIO DE SME CT&I Cobertura do evento

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ENERGIAS RENOVÁVEIS Tendência no Brasil e no mundo

SME JOVEM Nova força na gestão da Entidade

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LEGADO SME José Carlos Rodrigues de Oliveira

ENGENHARIA Obras de Engenharia demandam profissionalismo em todos os estágios

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ENTREVISTA Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos

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NOVOS ENGENHEIROS Thales Gonçalves Costa

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ENGENHEIRO DO ANO Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos

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ARTIGO Léu Soares de Oliveira

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CENÁRIO Desafios para 2014

www.sme.org.br

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COMISSÕES TÉCNICAS Novas demandas para 2014

MERCADO DE TRABALHO Demanda de engenheiros depende da economia nacional

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INFRAESTRUTURA Lincoln Dias Oliveira

LEGADO SME ESPECIAL Tárcio Primo Belém Barbosa (in memoriam)

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Cartas a Redação Repúdio à declaração de Moreira Franco Venho me solidarizar com o ilustre presidente Ailton Ricaldoni Lobo, antigo companheiro dos velhos tempos da CEMIG que hoje dedica grande parte do seu dinamismo e de sua competência a essa Sociedade, pela publicação do Editorial citado na Revista Mineira de Engenharia de Out/Nov de 2013. O presidente Ailton, bem ao seu feitio, não deixou passar em branco o desrespeito do Ministro Moreira Franco com a Engenharia brasileira. Parabéns, SME e parabéns presidente Ailton pela lucidez do artigo em que defende nossa Engenharia e, por conseguinte, todos os engenheiros brasileiros, dos ataques de um ministro de estado (logo quem!) que demonstra não conhecer a força desse segmento expressivo da nossa economia e, por isso, o menospreza. É por ações desse quilate, que só podemos aplaudir a mais do que justa outorga da Comenda JK ao ilustre engenheiro mineiro que preside essa instituição! Queiram receber nossa solidariedade. Atenciosamente Antonio M. Clarete Vilela Engenheiro Eletricista

Mais um dia de "Deadloock Traffic" em BH Belo Horizonte viveu mais um dia de “deadlock traffic”, (colapso) no trânsito no dia 23/12, e as autoridades ficaram de novo com a brocha nas mãos, sem saber o que fazer. O problema do trânsito agrava-se a cada dia, ficando evidente que está sem controle. Milhões de motoristas estão à deriva de sinais, que já não dão conta do volume de carros, isso quando não estão sem sincronia. Basta uma pane, um acidente no Anel Rodoviário ou nas rodovias que cortam a região metropolitana, uma manifestação, e a cidade trava. Na tarde de 21/12, domingo, um caminhão levou mais de 8 horas para ser retirado do Viaduto da Mutuca, paralisando a zona sul da cidade e o Anel Rodoviário, com perda de tempo, consumo de combustível e estresse.

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Parabenizo-lhe pelo seu posicionamento de repúdio relativo à declaração do Sociólogo e Ministro Wellington Moreira Franco, quando este emite uma desfocada afirmação de que os engenheiros são ruins e elaboram projetos mal feitos. Seu posicionamento é objetivo e esclarece o quanto o Sr. Ministro se afasta da visão do real problema, que faz refletir na qualidade, no cronograma e no custo das obras tão necessárias à infraestrutura brasileira e que, com a desfocada visão, se distancia ainda mais das soluções para tais questões. Executar obras relevantes, cujas licitações se baseiam em projetos básicos elaborados sobre uma especificação nem sempre rigorosa , selecionando o executor pelo menor preço, é expor em demasia os objetivos nobres a serem alcançados, que são obras com qualidade, atendendo à sua razão de ser, dentro dos prazos e dos custos. O setor público é capaz de gerar boas especificações e produzir um projeto que sirva de base sólida para a composição dos preços de quem vai executá-los? Resposta: claro que sim, já que temos bons engenheiros no mercado aptos a fazer isto. A questão é saber se o setor público tem planejado suas ações para que isto de fato aconteça, designando ou contratando profissionais preparados para executar tais tarefas em todo o processo. Um mal sinal é ver, com frequência, o fiscal ter remuneração maior que o executor, num país que o ente público se esmera em arrecadar e a tão pouco ou quase nada devolver em benefícios.

Embora o transporte coletivo seja uma das alternativas, o carro não sai de cena, pois não é só um meio de transporte escolhido por 54% de quem desloca pela cidade, ele é um sonho de consumo que tende a aumentar, na mesma proporção que a renda do trabalhador cresce e o crédito fica mais fácil. Quem tem um carro de modelo econômico, quer ter um de maior potencia e luxo, basta sobrar alguma economia para o upgrade virar meta. Há quem prefira morar de aluguel e ter um carro, do que ter casa própria e andar a pé ou de transporte coletivo. Entender isso e preparar a cidade para esse novo cenário é tarefa que os governantes deveriam ter como prioridade, mas insistem em adiar. A municipalidade não conseguirá fazer as adequações que a cidade precisa sozinha, e precisa buscar parcerias com os governos Estadual e Federal. Não adianta mais tentativas em vão de

Se as indicações forem políticas, e não por mérito, certamente as entidades estarão expondo os projetos e especificações à parâmetros não devidamente considerados. E aí, como consequência, gerando demanda de projetos, contratações e obras carentes de informação para sua mais adequada execução, comprometendo certamente os objetivos nobres a serem alcançados, que são obras com qualidade, atendendo à sua razão de ser, dentro dos prazos e dos custos. Como engenheiro já tive oportunidade de colaborar com uma série de grandes projetos, no Brasil e exterior. Sei que o mais importante documento que a equipe gerava era o tal “ critérios de projeto”, onde o relevante, o essencial e o importante era tratado, sistemicamente. Assim, evitamos, monitoramos e controlamos as possíveis falhas. Fico pensando...... Será que as agencias de fomento tais como CEF poderiam financiar contratação de Critérios de Projetos para, por exemplo, o “ Minha Casa Minha Vida”, para a “Transposição do Rio São Francisco”, para a “Usina Hidrelétrica XYZ”, para o “Aeroporto 123”, para as “Estrada Tal” para “etc”...? Realmente um pesar a declaração do Sr. Ministro Moreira Franco. Acertada e em tempo a sua manifestação de repúdio, Engenheiro Ailton. Adalberto Carvalho de Rezende Engenheiro e Professor na Escola de Engenharia da UFMG

mudar comportamento ou movimentos ineficazes para dificultar a vida de quem tem carro. Estreitar ruas, alargar passeios penas para enfeite onde não tem pedestre, afunilar cruzamentos, instalar radares em cada esquina, pressionar a população para deixar o carro na garagem ou troca-lo pela bicicleta, ou mesmo pela caminhada é ingenuidade. Quem tem carro quer ter o direito de usálo e não vai abrir mão do conforto por que a prefeitura sugere ou pressiona. Não enxergar isso é prova de distanciamento da realidade. A cidade precisa de obras em mais de 100 gargalos, mas até que seja possível, gestão e presença humana nos cruzamentos é urgente e inadiável. José Aparecido Ribeiro Presidente do Conselho Empresarial de Política Urbana da ACMinas


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SME

Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação

Valorizando o conhecimento e a criatividade dos futuros engenheiros s vencedores do 22º Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação foram premiados no último dia 25 de novembro, em solenidade no auditório da Escola de Engenharia da UFMG, com a participação de amigos, familiares, professores, dirigentes de Instituições de Ensino Superior (IES) e diretores da SME. O professor da Escola de Engenharia da UFMG, Marcos Pinotti Barbosa, doutor em engenharia mecânica fez uma palestra sobre o tema “Inovação rima com educação”.

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A ciência, tecnologia e inovação associadas são consideradas chaves mestras para o desenvolvimento econômico e social porque proporcionam o saber e a evolução para o homem. É a partir desta concepção que a SME realiza o prêmio, anualmente, mobilizando a comunidade acadêmica das faculdades de engenharia, agronomia e arquitetura em Minas Gerais. A premiação é dirigida a alunos de graduação dessas três áreas que estejam regularmente matriculados em uma Instituição de Educação Superior (IES), em Minas.

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comissão julgadora, sem a revelação de autoria nem da instituição a que pertenciam. Essa comissão é composta de profissionais renomados e com reconhecida experiência nas diversas áreas. A comissão foi coordenada pelo engenheiro eletricista e professor Alexandre Henriger Lisboa. Nessa edição do Prêmio SME, entre os cinco vencedores estão trabalhos técnicos e científicos nas áreas de Engenharia Civil e Ambiental, Engenharia de Bioprocessos, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia da Mobilidade e, ainda, Agronomia. A menção honrosa foi para um trabalho em engenharia civil. A Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) foi a instituição de ensino com o maior número de trabalhos inscritos e classificados. O troféu foi recebido pelo coordenador do curso de engenharia de bioprocessos da UNIFEI, Carlos Roberto Rocha.

O Prêmio SME, como é conhecido, é um dos mais importantes do Estado e o único nessa categoria, com mais de 1.600 trabalhos analisados. O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo, afirmou que o objetivo do prêmio é incentivar a criatividade, a inovação e o interesse pela pesquisa acadêmica e científica nas áreas de engenharia, arquitetura e agronomia.

Os vencedores receberam do presidente da Paiva Piovesan, Rodrigo Paiva, o software financeiro “Finance Standard”. A empresa colocou à disposição dos ganhadores duas vagas de estágio remunerado. A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e as empresas Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), OI, Petrobras e Sicoob Engecred apoiaram a realização do evento.

Cada um dos trabalhos passou por uma criteriosa avaliação de enquadramento, conforme regulamento do Prêmio divulgado e publicado pela SME, feita por uma

O trabalho vencedor do primeiro lugar propõe o reaproveitamento de resíduos industriais para a produção de gesso para a construção civil, por meio da utilização de


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carbonato de cálcio e ácido sulfúrico. A ideia é transformar o lixo em produto utilizável, de acordo os idealizadores Marcone Luiz Rodrigues e Silva e Ana Luiza Costa Pereira que são alunos dos cursos de engenharia civil e ambiental e de agronomia da UNIFEI. Para Ana Luiza o prêmio “agregou novas expectativas para a minha vida. Ser premiada representou um ganho imensurável no campo profissional, principalmente para a tentativa de especialização”. Marcone Rodrigues afirma que “É muito gratificante ver o seu trabalho sendo reconhecido, sair de um ambiente fechado que é o laboratório, e conquistar um prêmio de grande importância como o da SME”. A segunda colocação ficou com o grupo de estudantes do curso de engenharia civil do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH) constituído por Grazielle Aparecida Araujo Diniz, Carina Francisca Ferreira Silva, Rafaella Magalhães Rocha, Lorena Pires Vieira e Lucas Alves de Souza. A proposta é a aplicação de um novo conceito para a construção de casas populares sustentáveis, através do estudo da biomimética, inspirado nas nervuras da planta Vitória Régia. O projeto visa a implantação de casas em áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A porta voz do grupo Carina Silva diz que a premiação “é muito importante para que vejamos que todo o nosso trabalho e esforço tem um reconhecimento muito grande e que pode, sim, ser aplicado na prática”. O prêmio também “nos dá uma motivação enorme para continuar pesquisando de forma a contribuir para a sociedade e o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis”, completou. O estudante do segundo ano de Engenharia de Bioprocessos da UNIFEI, Pedro Santoni Mota, vencedor do terceiro prêmio, apresenta com seu trabalho a síntese de arcabouços macromoleculares baseados em óleos vegetais para a utili-

zação na Engenharia de Tecidos Cardíacos. Para o estudante O Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação é muito importante porque é a primeira grande premiação do curso de Engenharia de Bioprocessos da UNIFEI, um curso novo com apenas dois anos de funcionamento. “Isso mostra todo o potencial do curso para promover o avanço tecnológico e dá força não só para mim, mas também para os outros alunos”. No aspecto profissional, “a premiação tem um grande destaque como experiência na área de inovação e desenvolvimento de projetos de pesquisa. E será também importante no meu currículo, sendo um diferencial”, analisa. O quarto lugar ficou com as alunas do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), Ana Flávia Souza Foureaux e Thuany Marra de Figueiredo Lourenço, do curso de engenharia ambiental e sanitária, que apresentam um estudo comparativo da análise de ciclo de vida de concretos geopoliméricos e de concretos à base de cimento portland. O objetivo é contribuir para a sustentabilidade na construção. Ana Flávia diz não ter dúvidas que o Prêmio SME “é de grande importância para nosso crescimento pessoal e profissional, sendo um incentivo para futuros projetos na área de ciência e tecnologia”. A quinta colocação ficou com Letícia Maria Costa Teixeira, estudante de Engenharia da Mobilidade da UNIFEI. A ideia central do projeto é avaliar a substituição parcial e total do agregado graúdo de origem natural por agregado graúdo obtido pelo beneficiamento dos resíduos da construção civil, gerados no município de Itabira, para a produção de concretos. A aluna acredita que a premiação vai contribuir para seu futuro profissional. “Estou feliz e honrada. São iniciativas como essas que nos motivam a continuar no caminho da pesquisa científica. Tenho plena convicção que fui recompensada por todo trabalho realizado e a certeza de que um projeto iniciado na universidade pode ser tornar um empreendimento de sucesso”, prevê.

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SME

Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação

Marcos Pinnoti, Alessandro Fernandes, Ailton Ricaldoni Lobo, José Ciro Mota e Alexandre Heringer

Os ganhadores do Prêmio SME de Ciência Tecnologia e Inovação receberam o troféu e a medalha da premiação, além de uma contribuição pecuniária com variação de R$ 5 mil a R$ 1 mil para os cinco primeiros colocados.

1º Lugar

Ailton Ricaldoni Lobo, Ana Luiza Pereira e Marcone Luiz

2º Lugar

Alexandre Heringer, Grazielle Diniz e Lucas Alves

5º Lugar

Maurício de Andrade Tibúrcio e Pedro Santoni Mota

5º Lugar

4º 2º Lugar

Ana Flávia Foureaux e Alan Wilckay 10

Helder Guimarães e Letícia Teixeira


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Marcos Pinnoti, Alessandro Fernandes, Ailton Ricaldoni Lobo, José Ciro Mota e Alexandre Heringer

Marita Tavares, Geraldo Fonseca, Antônia Sonia, Alexandre Heringer e Ailton Ricaldoni Lobo

Marcelo Mota, José Ciro Mota e Normando Alves

Alexandre Bueno e Professor Carlos Roberto Rocha

Palestra do Prof. Marcos Pinnoti na entrega do Prêmio SME

Letícia Teixeira, Ana Luiza Pereira, Marcone Luiz, Rodrigo Paiva e filho, Ana Flávia Foureaux, Grazielle Diniz e Lucas Alves

Letícia Teixeira e Darlan Coelho

Fabíola Veríssimo, Rodrigo Paiva,Vanessa Paiva, Alessandro Fernandes, Carlos Roberto Rocha e Marita Tavares

5º Lugar

Alexandre Bueno, Fábio Tito e Ailton Ricaldoni Lobo

Renan Damazio no lançamento da SME Jovem

Alexandre Heringer e Antônia Sônia

Léu Soares, José Ciro Mota e Alessandro Fernandes

A SME AGRADECE A TODOS OS PATROCINADORES E APOIADORES DO 22º PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 2013 Patrocínio

PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Apoio

Realização


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Nova força na gestão da Entidade Hermano Rausch

Roberto Chaves

Fabrício Falcão

Débora Nunes

Renan Damazio

Gualter Moreira

Lígia Souza

SME Jovem urante a solenidade do Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi oficializada a criação da SME Jovem que está aberta à participação de estudantes dos cursos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia em Minas. A organização dessa seção da entidade tem o propósito de interagir as gerações de profissionais que atuam na SME com os futuros profissionais.

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De acordo com o presidente da SME, Ailton Ricaldoni, a ideia é contribuir para que nessa troca a entidade se fortaleça ainda mais e os jovens tenham no novo espaço para refletir e debater temas de interesse. O presidente da SME Jovem, o estudantede engenharia de Sistemas, Renan Damazio, que é também presidente do Diretório Acadêmico da Escola de

Engenharia da UFMG, diz que “precisamos promover uma nova agenda para a classe de engenheiros. O país foi às ruas, ansioso por mudanças. Queremos um Estado mais eficiente, com serviços de melhor qualidade. Cada vez mais, devemos ser o motor que propulsiona o desenvolvimento do país. Para isso, é importante nos unirmos em torno de um projeto político, capaz de defender nossa classe sempre que possível”.


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Durante a solenidade do Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi oficializada a criação da SME Jovem Marcelo Mota, Hermano Rausch, Gualter Moreira, Ailton Ricaldoni Lobo, presidente da SME, Renan Damazio, Débora Nunes, Fabrício Falcão e Arthur Viana.

Durante a solenidade de lançamento da entidade da juventude, Renan Damazio fez um agradecimento especial ao superintendente da SME, José Ciro Mota, que acompanhou o processo de formação da SME Jovem.

Os jovens pretendem promover a união dos estudantes dos cursos de engenharia com as mais diversas iniciativas – entidades estudantis, empresas juniores, atléticas, equipes de competição, entre outras. A responsabilidade social e a consciência ambiental são eixos importantes na realização das atividades. Para isso, já definiram uma série de atribuições da SME Jovem, a exemplo de uma participação contínua nas Comissões Técnicas da SME para a discussão de temas importantes para estudantes e profissionais e que, também sejam de interesse da sociedade. De acordo com Renan Damazio, neste ano, a SME Jovem vai escolher um mentor da SME para acompanhar os trabalhos dos jovens.

Nosso objetivo é ampliar a presença dos estudantes de Engenharia dentro da SME e expandir nossas atividades com os demais membros do nosso segmento. É importante que experiência e juventude se aliem nesse novo passo da nossa Sociedade, para perpetuar e ampliar nossos trabalhos.

Renan Damazio diz que são grandes as expectativas dos integrantes da SME Jovem para 2014. "Nós esperamos executar as tarefas previstas para 2014, que têm o objetivo de ampliar a presença dos estudantes de engenharia dentro da SME e expandir nossas atividades com os demais membros do nosso segmento. É importante que experiência e juventude se aliem nesse novo passo da nossa Sociedade, para perpetuar e ampliar nossos trabalhos. Queremos parceiros interessados em colaborar com nossas iniciativas, de modo a viabilizar a consolidação do nosso projeto, que contempla Minas Gerais como um todo".

Renan Damazio é presidente da SME Jovem e estudante de Engenharia de Sistemas

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Representações da SME A SME fez indicações de sócios e diretores para representar a entidade no Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel e na Comissão Consultiva de Licenciamento da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana (SMARU). Para o Conselho da Anatel foram indicados os engenheiros Hélio Nonato de Oliveira, Vicente Soares Neto e Wagner de Almeida Barbosa. Para o Conselho da SMARU foram: Luiz Antônio Gazzi Macedo e Mário Lúcio Silveira de Queiroz. O engenheiro Marco Antônio das Graças Antunes é o indicado para integrar o Conselho Consultivo de Segurança Contra Incêndio e Pânico de Minas de Minas(CCSIP).

Integrantes de Comissões Técnicas trocam ideias com o Gestor das Comissões, engenheiro Normando Virgílio Borges Alves.

Eventos para 2014 A SME inicia 2014 com inúmeros projetos, além daqueles que integram o calendário na anual da entidade. Na última reunião de diretoria foi discutido a realização de seminários e workshops para debater temas emergentes e que darão sequência aos trabalhos das Comissões Técnicas. Entre os temas estão: um segundo seminário sobre mobilidade urbana e um workshop que abrirá o debate sobre energia renovável em Minas. A proposta é que haja participação da Fundação Ambiental de Minas Gerais (FEAM).

8ª edição do CBMINA O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) realiza entre os dias 6 e 8 de agosto de 2014, em Belo Horizonte, a oitava edição do CBMINA, fórum que reúne o Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e o Congresso Brasileiro de Mina Subterrânea. O evento, que ocorre a cada dois, anos, é resultado de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Congresso tem o objetivo de debater os avanços tecnológicos, desafios e tendências nacionais e internacionais para as áreas de lavras a céu aberto e subterrânea, discutir as práticas rotineiras de seus processos produtivos com líderes do setor mineral, workshop técnico, palestras, trabalhos técnicos e a exposição de equipamentos e serviços. A apresentação de trabalhos técnicos pode ser feita por estudantes e profissionais de empresas do ramo da mineração. As inscrições estão abertas, podem ser efetuadas pelo site www.cbmina.org.br até 6 de junho de 2014.

Senge No dia 11 de dezembro, a nova diretoria do Sindicato de Engenheiros tomou posse, em solenidade realizada no Crea-MG. Formada por 78 engenheiros, a nova gestão vai comandar a entidade até 2016. A diretoria executiva é formada por: Raul Otávio da Silva Pereira (Presidente), Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga (1º Vice-Presidente), José Flávio Gomes (2º Vice-Presidente), Antônio Carlos de Souza (1º Tesoureiro), Abelardo Ribeiro de Novaes Filho (2º Tesoureiro), Élder Gomes Dos Reis (Secretário Geral), Anivaldo Matias De Sousa (1º Secretário).

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Raul Otávio da Silva Pereira tomou posse, em solenidade realizada no Crea-MG.


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Participe, envie notícias e novidades para: jornalismo@sme.org.br

Congresso da Água Entre 5 a 8 de março de 2014, Lisboa será o palco do 12.º Congresso da Água, do 16.º Encontro de Engenharia Sanitária e Ambiental e do XVI Simpósio LusoBrasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Espera-se que a integração de três eventos permita a troca de experiências e promover um debate mais rico e diversificado entre uma comunidade técnico-científico dos países de expressão portuguesa. A convenção "Que Futuro queremos?" terá lugar no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira, junto ao rio Tejo. Informações: email: aguaeresiduos2014@aprh.pt e pelo site http://www.aprh.pt/.

Homenagens no CREA Minas Durante solenidade de encerramento de suas atividades em 2013, o CREA Minas prestou homenagens a vários profissionais pelos relevantes serviços prestados à engenharia e ao Conselho, bem como a entrega de duas comendas, criadas em 2013: Comenda Onofre Braga de Faria e a Comenda Lourenço Baeta Neves, esta última entregue ao governador Antonio Augusto Junho Anastasia. Em reconhecimento ao trabalho e dedicação dos conselheiros que compõem o plenário foi instituída a homenagem “Conselheiro Destaque” concedida ao engenheiro mecânico Ronaldo Emílio Simi, representante da SME, e aos engenheiros Alfredo Marques Diniz e Cidélia Maria Barbosa Lima.

Jobson Andrade, Francisco Maia Neto e Clemenceau Chiabi Saliba

O presidente do Crea Minas, Jobson Andrade e o engenheiro civil e diretor da SME e presidente da CMA CREA-Minas, Clemenceau Chiabi Saliba fizeram a entrega da comenda “Engenheiro Onofre Braga de Faria” ao engenheiro Francisco Maia Neto.

Silvio Piroli e Ismael Figueiredo

Jobson Andrade e o governador Antonio Anastasia

Ismael Figueiredo Cunha e Tárcio Primo

A Câmara Especializada de Engenharia Civil do CREA Minas homenageou cinco ex-conselheiros pela atuação na Câmara. O presidente da Comissão de Transportes da SME, engenheiro Silvio Piroli, o ex-presidente da entidade Tárcio Belém Barbosa, que faleceu pouco tempo depois, além dos engenheiros Adir José de Freitas, João Evangelista Alves de Paula e Salomão Jorge Netto. A homenagem foi feita pelo coordenador da Câmara, Ismael Figueiredo Cunha.

Impressora 3D que poderá construir casa em 24 horas A pesquisa, financiada pela NASA e pelo Cal-Earth Institute, pode revolucionar a indústria da construção civil.A "Contour Crafting", a tecnologia, de acordo com o seu inventor, pode produzir uma moradia em concreto tomando como base padrões e dimensões definidos previamente em um computador. É basicamente aumentar a impressão 3D para a escala de uma construção", explica Khoshnevi. Segundo o professor, utilizando este método, a tecnologia criou paredes de 2 metros de altura, com camadas de concreto que chegam a 15 cm de altura e 10 cm de espessura. A invenção, que ainda está em fase de testes, está sendo desenvolvida com o intuito de baratear e de tornar mais rápida as construções. Fonte : techne.pini.com.br

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ENGENHARIA | GESTÃO

Obras de Engenharia demandam profissionalismo em todos os estágios O terremoto seguido de tsunami que aconteceu em 11

tos construído em dois dias. Para conferir, basta acessar

de março de 2011, tem deixado grandes contribuições

o You Tube.

para a Engenharia mundial. Embora já se tenham passado quase três anos da tragédia e o Japão continue árduo trabalho de reconstrução, muito já foi feito e – o que é melhor – com prazos reduzidos. Entre os exemplos há a estrada de 150 km que liga a cidade de Naka, ao norte do país, à capital Tóquio, liberada para o uso da população em apenas seis dias.

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Transformar um projeto de Engenharia em realidade é algo que demanda recursos, prazo e, sobretudo, gestão. De acordo com o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos, o caso brasileiro demanda análise específica já que o setor ficou parado por duas décadas sem formar mão

Também no continente asiático, a China tem mostrado

de obra qualificada de diferentes níveis. “Houve um gap

que projetos de Engenharia podem ser executados em

de engenheiros e projetistas. Hoje vemos que essas

pouco tempo. Um prédio de 30 andares foi concluído em

áreas que demandam experiência estão sendo entre-

15 dias. Outra experiência foi um edifício de 15 pavimen-

gues para os antigos”, reconhece.


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Teodomiro Diniz Camargos, presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg

Do ponto de vista da gestão, a Engenharia brasileira evoluiu muito. “No período da crise, as companhias tiveram que se adaptar para sobreviver”, lembra o dirigente. No entanto, no momento posterior, de incremento, faltaram profissionais qualificados também para essa área. No caso do poder público, que contrata obras a serem executadas por construtoras da iniciativa privada, também houve perda de profissionais qualificados para a gestão de grandes projetos. De acordo com Camargos, a mudança do DNER para DNIT é um bom exemplo de como as equipes técnica e de engenheiros foram desmobilizadas e desmontadas. “A gestão ficou perdida no tempo, o que dificultou muito para a execução de obras viárias”, alerta. O gap tecnológico foi revertido com maior agilidade, segundo o engenheiro. Novas metodologias construtivas foram assimiladas pelas empresas do setor por meio da importação de máquinas e equipamentos. Mesmo assim, em 2010, quando a indústria da construção civil brasileira registrou 11% de crescimento, houve atrasos nas entregas de empreendimentos imobiliários e também de grandes obras de infraestrutura. “O boom passou. O setor está em equilíbrio”, comenta Camargos. Ele afirma, ainda, que a indústria da construção brasileira tem capacidade instalada para atender a uma demanda superior à atual. O limite é, inclusive, largo se comparado ao índice de crescimento da economia nacional, projetado para 2014 em 2,5%, podendo chegar a 5%. A arquiteta com mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais e professora da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas) nas matérias de Tecnologia da Construção Civil, Tópicos

Especiais em Construção e Expressão Gráfica, Karina Bonitese Venâncio afirma que “o céu é o limite” quando se trata da execução de qualquer projeto de Engenharia. “Não se trata de reinventar a roda. Há processos construtivos que permitem agilizar a execução dos projetos resguardando-se a qualidade do empreendimento. Não temos dúvidas de que o tempo está a nosso favor”, explica.

Karina Bonitese Venâncio, arquiteta com mestrado em Engenharia Civil pela UFMG e professora PUC Minas

No entanto, a execução de um projeto, principalmente quando se trata de obras de grande porte, depende mais da gestão do projeto que do prazo propriamente dito. O diferencial é ter todos os recursos necessários disponíveis para garantir a agilidade dos processos. “Em obras públicas, a gestão de recursos é diferente porque há, além dos fatores técnicos e da adoção de métodos construtivos, outros fatores que interferem no andamento da obra”, afirma a professora. Em suma, há questões que fogem da técnica construtiva em si. A tecnologia construtiva disponível resolve parte desse problema. “Todos os sistemas construtivos a seco – que não envolvem insumos a base de água como concreto, por exemplo - são mais eficientes”, explica. Há que se equacionar, ainda, diversos impactos de uma obra de grande porte, o que depende da gestão da produção e não do trabalho dos engenheiros, peças fundamentais, mas não únicas de qualquer obra de Engenharia. Segundo Karina Bonitese, dependendo do gestor, o trâmite é absolutamente distinto. “Se o gestor público não é engenheiro, que, pelo menos, possa contar com uma assessoria técnica composta por esses profissionais para o difícil trabalho de supervisão de uma obra de grande porte”, recomenda.

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ENGENHARIA | GESTÃO

ATRASOS Em 2007, o Brasil foi ratificado oficialmente como sede para a Copa do Mundo Fifa 2014, a 20ª edição do torneio. Lá se vão quase sete anos e muitos dos projetos elencados como prioritários não foram concluídos nos prazos determinados. Um exemplo são os aeroportos que, em muitas capitais, já trabalham “no limite”, como é o caso do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins), na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Dos 12 terminais, seis ainda não passaram pelas obras de instalação necessárias não apenas para receber os milhares de turistas que chegarão ao país em 2014, mas para garantir maior conforto e estrutura para os passageiros domésticos, transporte de cargas e, também, para os trabalhadores dos aeroportos. Para tentar se desculpar, o sociólogo e ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wellington Moreira Franco, alegou que o atraso nas obras eram culpa de “engenheiros ruins”. Embora tenha tentado uma retratação, ele mobilizou ainda mais as entidades que representam a categoria no País.

José Tadeu da Silva, presidente do CONFEA

Em nota oficial, o presidente do Conselho Nacional de Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva, lembrou que já em agosto de 2007, o gargalo da infraestrutura tanto existia como era apontado como um dos fatores que poderiam impedir o Brasil de alcançar os bons resultados almejados. Nesse “pacote”, a capacidade instalada dos aeroportos era considerada insuficiente para dar suporte ao plano de desenvolvimento nacional.

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Mais que isso, para o dirigente, o atraso na execução das obras de infraestrutura do país passa, evidentemente, pela falta de gestão, planejamento e projetos de Engenharia. “Bons projetos de Engenharia são aqueles que possuem todos os elementos e informações técnicas, básicas e executivas.

Jobson Andrade, presidente do CREA-MG

Com efeito, projeto básico somente não basta, são necessários projetos executivos e também os projetos complementares, de elevada complexidade. Por isso, há uma demanda de tempo necessário para que se possa planejar e projetar”, ressalta. Ainda conforme Silva, o planejamento de grandes obras ficou esquecido durante décadas para ser retomado ao final do prazo, quando foram iniciadas as obras “ao arrepio das comezinhas regras que regem os procedimentos necessários para se realizar bons empreendimentos com qualidade, segurança e economia, que justificam a palavra Engenharia”. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais (CREA-MG), Jobson Andrade, afirma que o profissional, independente da área em que venha a atuar, só é necessário se houver oportunidade de trabalho. “Só vamos conseguir formar mais engenheiros se o país investir mais”, analisa. O engenheiro que pretenda atuar na sua área de origem demandará tempo para se qualificar. Afinal, ninguém sai pronto da universidade. De acordo com Andrade, o prazo mínimo é de 10 anos, após a formatura.


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ENGENHARIA | GESTÃO

No entanto, o engenheiro não trabalha sozinho já que depende de uma equipe que deve ser muito bem gerida para que os projetos cumpram os três requisitos básicos do que se espera de uma obra: preço competitivo, cumprimento de prazos e qualidade do empreendimento. Apesar dos elogios da presidente Dilma Roussef na ONU, no que se refere às obras públicas, o governo não valoriza a figura do engenheiro. “O setor público não planeja e compra mal”, afirma. Prova disso é a lei nº 8666/1993, que permite a contratação de obras a partir de projetos básicos, um erro já que o ideal seriam os projetos executivos. Segundo a legislação, a carta convite para participar de obras é de R$ 150 mil, valor infinitamente menor que o dos orçamentos atuais. A qualidade dos profissionais, conforme o presidente do CREA-MG, é inquestionável já que, além de tecnologia e experiência, o Brasil também exporta engenheiros para todas as partes do mundo e para os mais diferentes segmentos econômicos. “O conteúdo aqui e em Milão é praticamente o mesmo. A diferença é que o Brasil não tem projetos que motivem os engenheiros a investir na carreira. Os currículos dos cursos estão sendo aprimorados porque o momento atual requer novos conhecimentos como ciências gerenciais e meio ambiente”, aponta. Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro

O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro fez do seu repúdio, uma Carta Aberta aos Brasileiros, endereçada ao ministro e também à presidente da República. O presidente da entidade, Francis Bogossian, lamentou a declaração infeliz do ministro. “O engenheiro brasileiro é muito qualificado, um dos mais bem capacitados do mundo”, observou. Para ele, o problema está na quantidade que é menor que o necessário justamente porque, durante 20 anos, o Brasil não investiu em obras.

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Pior que não investir em obras é não ter projetos “na gaveta”. Embora todos os gargalos de infraestrutura sejam bem conhecidos – a lista é bem maior que a dos aeroportos – não havia nada pronto com antecedência. “Os governos não investiram em projetos de Engenharia. Mesmo engavetados os projetos são entre 2% e 10% do valor do empreendimento. Então, se não há recursos para fazer as obras, que sejam feitos projetos para adiantar o processo quando houver o recurso disponível”, recomenda Bogossian. Não há como dissociar a figura do engenheiro do processo de desenvolvimento nacional, mas o caminho que o Brasil está trilhando é, no mínimo, controverso já que a Engenharia tem sido relegada a segundo plano por gestores públicos que – em sua maioria, têm cargos políticos e não por conhecimento técnico.

Ailton Ricaldoni Lobo, presidente da SME

O presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), Ailton Ricaldoni Lobo, também repudiou a declaração de Moreira Franco. “Acreditamos que as afirmativas do ministro são resultado de uma visão míope quanto à participação de uma categoria profissional nas decisões de governo, muitas vezes, atreladas a interesses políticos, sem qualquer relação com as necessidades da população, quando não são frutos da ambição pessoal ou de pequenos grupos”, destaca. Ele enfatizou, ainda, que ao eximir-se de responsabilidades na gestão pública, o ministro tenta desmoralizar a classe de engenheiros perante a opinião pública. “Todo projeto de obra para obter aprovação e recursos do governo federal, passa pela aceitação de projetos básicos para a licitação e a realização da própria licitação regida pela lei nº 8.666, uma legislação dura e minuciosa que favorece, em alguns casos, o menor preço em detrimento da qualidade do serviço”, considera Ricaldoni.


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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS

O

engenheiro civil especialista em Negócios Imobiliários, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, 39 anos, é o mais jovem profissional a receber a tradicional comenda de Engenheiro do Ano 2013 da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME). Desde 1983, a entidade homenageia os melhores do mercado em suas respectivas áreas de atuação.

sidente e CEO da PHV Engenharia Ltda., há 15 anos no mercado da construção civil de Minas Gerais, com diversos projetos em Belo Horizonte. Juventude, forte perfil empreendedor e, ainda, participação ativa em todas as etapas dos projetos que levam a assinatura da construtora são algumas das características do Engenheiro do Ano 2013. “Eu me sinto muito honrado com esta homenagem, que

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A cerimônia realizada no dia 11 de dezembro, no Automóvel Clube, em Belo Horizonte marcou, também, as comemorações do Dia do Engenheiro. O evento reuniu mais de 400 convidados entre empresários do setor, engenheiros de diversas gerações e áreas e, ainda, representantes dos poderes púbicos estadual e municipal.

considero ser uma das mais importantes condecorações

Graduado pela Faculdade Kennedy e pós-graduado pela Faculdade Fumec, Paulo Henrique de Vasconcelos é o pre-

referência na execução de empreendimentos e, ainda, da

que existem na área de Engenharia em Minas Gerais”, ressalta. Nesta entrevista, Paulo Henrique de Vasconcelos, filho de médico cirurgião, fala sobre a sua preferência pelas Ciências Exatas, do hábito que desenvolveu, desde a infância, de observar obras e projetos até se tornar flexibilidade da Engenharia, a profissão do futuro.


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Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, empresário do ramo da construção civil há 15 anos, fundador, presidente e CEO da PHV Engenharia.

Acho que a Engenharia é uma profissão do futuro e temos o privilégio de estarmos no Brasil, que é um país de enorme extensão territorial, clima privilegiado, população jovem, com boa vontade e com grande potencial de crescimento.

1) Para o Sr. o que é ser engenheiro no Brasil? Qual a importância da Engenharia? Ser engenheiro no Brasil é estar diante da oportunidade de poder participar do processo de construção de uma nação, onde tudo ainda está por fazer. A Engenharia tem um papel fundamental para o desenvolvimento ordenado e organizado do país, de maneira a trazer progresso e bem-estar às pessoas, em harmonia com o meio ambiente. 2) Como empresário, o Sr. detecta falta de engenheiros no mercado? Em quais áreas? Sim, faltam profissionais no mercado, principalmente especialistas, seja em Estrutura, Instalações, Esquadrias e principalmente nas áreas de Planejamento, Orçamento e Gerenciamento de Projetos.

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ENTREVISTA | PAULO HENRIQUE PINHEIRO DE VASCONCELOS

3) O que o Sr. falaria para engenheiros que estão ingressando no mercado de trabalho? Que eles se liguem nas áreas de interesse, porque é muito importante que façamos algo que realmente gostemos, considerando que passamos a maior parte de nossas vidas trabalhando. Diria também para tentarem fazer sempre um pouco mais que os outros, pois é justamente esse “um pouco mais” que pode nos diferenciar dos outros. Acho que a Engenharia é uma profissão do futuro e temos o privilégio de estarmos no Brasil, que é um país de enorme extensão territorial, clima privilegiado, população jovem, com boa vontade e com grande potencial de crescimento. 4) O que representa para o Sr. receber a comenda de Engenheiro do Ano 2013 pela SME? Eu fiquei muito feliz e honrado com esta tão importante comenda que representa para mim o reconhecimento do meu trabalho e de todos

os meus colegas das empresas e instituições que participo, servindo de grande estímulo para buscarmos aperfeiçoar cada vez mais nossa atuação. 5) Há algum momento da sua carreira como engenheiro que te marcou? Qual? Sim, houve vários momentos na minha carreira que me marcaram. Um deles foi quando eu ainda era recém-formado e tive que assumir a execução de diversos projetos personalizados de acabamento em um edifício residencial, com valores e prazos definidos, ocasião em que tive que por em prática técnicas de planejamento como Rede Pert, etc. Tudo funcionou muito bem e isso me ajudou a aumentar a minha autoconfiança e entusiasmo com a Engenharia. 6) É sabido que o Sr. participa de todos os estágios dos projetos da PHV. Como é possível ser empresário e engenheiro ao mesmo tempo? Esse é o seu diferencial?

O fato de ser engenheiro me ajuda muito a ser empresário, pela flexibilidade da profissão. Mas o que me ajuda muito é o fato de adorar meu trabalho e ter tido a sorte de ter uma família maravilhosa além de ter encontrado excelentes pessoas para me ajudarem. 7) Quais os planos do Sr. para a sua carreira e para o Grupo PHV? Pretendo trabalhar até quando tiver forças, mas acho importante reconhecer minhas limitações. Por isso sei que, com o tempo, devo ceder espaço para os mais novos e assumir posições mais voltadas para a estratégia dos negócios. Não tenho a pretensão de ser o maior, mas busco sempre estar entre os melhores do nosso segmento de maneira a gerar ganhos equilibrados para todos os envolvidos em nossos empreendimentos, incluindo-se aí os colaboradores internos, externos e a comunidade onde nossos empreendimentos estão inseridos.

Engenheiros do Ano homengeados pela SME 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 -

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Aureliano Chaves de Mendonça Gil César Moreira de Abreu Amaro Lanari Júnior Renato Gomes Moretzohn Maurício Hasenclever Borges Celso Mello de Azevedo Lúcio Souza Assumpção Carlos Carneiro Costa Eduardo Brandão de Azeredo Marcos Villela de Sant’Anna

1993 - Rinaldo Campos Soares 1994 - Itamar Augusto Cautiero Franco 1995 - Francisco José Schettino 1996 - Joel Mendes Rennó 1997 - Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto 1998 - José Luciano Duarte Penido 1999 - Gabriel Donato de Andrade 2000 - Eliseu Resende 2001 - João Camilo Penna 2002 - Luiz Alberto Garcia

2003 - Eliezer Batista 2004 - Ricardo Vinhas Corrêa da Silva 2005 - Paulo Safady Simão 2006 - Alysson Paolineli 2007 - Teodomiro Diniz Camargos 2008 - Manoel Vitor de Mendonça 2009 - Jésus Murillo Valle Mendes 2010 - Rubens Menin Teixeira de Souza 2011 - Otávio Marques de Azevedo 2012 - Maria das Graças Foster


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SME

Engenheiro do Ano

Paulo Henrique Vasconcelos recebe homenagem da SME Automóvel Clube de Minas Gerais, marco histórico e arquitetônico da capital mineira, foi palco da solenidade de entrega da Medalha Sociedade Mineira de Engenheiros e do título “Engenheiro do Ano de 2013” ao engenheiro civil e presidente da PHV Engenharia, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, no dia 11 de dezembro de 2013. O evento anual integra as comemorações do Dia do Engenheiro atraindo um grande público.

O

O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo saudou o agraciado falando de sua trajetória profissional de sucesso. “Este é o perfil do engenheiro moderno, integrado ao mundo acelerado e dinâmico da atualidade, que requer, além do conhecimento técnico, um espírito empreendedor e inovador. Arrisco a dizer que a formação acadêmica e técnica de excelência, o empreendedorismo e a inovação são tripé do progresso e do bem-estar de uma sociedade, de um país”, qualidades essas identificadas no homenageado.

Aos 39 anos de idade, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos é o mais novo agraciado com a Medalha Engenheiro do Ano, desde 1983, quando a comenda foi criada. A lista de homenageados reúne personalidades a exemplo do expresidente Itamar Franco, o ex vice presidente Aureliano Chaves, o ex-ministro Camilo Penna, entre outros nomes. No ano anterior, a agraciada foi a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Segundo Ricaldoni, “os desafios presentes no mundo atual requerem cada vez mais profissionais qualificados com uma visão diferenciada. Com maior capacidade de raciocínio, autonomia intelectual, pensamento crítico e iniciativa própria, além de um caráter ético e humanístico, cabendo ao engenheiro responsabilidades que antes eram impensáveis na gestão de processos econômicos e produtivos”. Nesse contexto, “a Engenharia é uma das profissões chave, pois são os engenheiros os profissionais que possuem um papel transformador na sociedade”, afirmou.

Cercado por amigos, familiares e funcionários, o empresário recebeu o título das mãos do chanceler da Medalha, professor José Rietra de quem foi aluno. Rietra disse que o homenageado, nascido dentro de uma família de engenheiros e arquitetos, tem na Engenharia no gene, tendo manifestado ainda na infância o gosto pela construção.

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Sem disfarçar a emoção, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos disse que a Medalha Sociedade Mineira de Engenheiros é a mais importante honraria que recebeu em sua carreira. Ele também creditou essa conquista ao apoio da família, amigos e funcionários e da SME.


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Fabiano Panissi, Ronaldo Gusmão, Alexandre Resende, José Luiz Nobre Ribeiro, Ailton Ricaldoni Lobo, Dilvar Oliva Salles, Carlos Gutemberg e José Andrade Neiva

Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos, Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo

Estudantes de engenharia e integrantes do novo projeto, SME Jovem

José Luiz Nobre Ribeiro, Ailton Ricaldoni Lobo e Ronaldo Gusmão

Roberto Luciano Fagundes, Paulo Henrique Pinheiro. de Vasconcelos e Alexandre Resende

Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Maria Elvira, Paulo Henrique de Vasconcelos e Marianna Vasconcelos

Marcílio Andrade e Miriam Andrade

Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo

Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, José Dimas Rietra e Ailton Ricaldoni Lobo

Carlos Orsini, Marcos Sant'Anna e Hudson Navarro

Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Marcelo Melo e Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos


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Ailton Ricaldoni Lobo e Ana Elisa Freire Lobo

Ildeu de Freitas, Marianna Vasconcelos, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos e Ozânio da Silveira

Isabela Drumond, Marina Teixeira e Marianna Vasconcelos

Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos, Betânia Pinheiro de Vasconcelos, Paulo Henrique e Marianna Vasconcellos e filhos

Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos e Fabiano Panissi

Jader Kalid, Múcio Mussy, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos e Rogério Martins Pinto

Ildeu de Freitas, Arthur Lopes Filho, Gilberto Otoni, Ozânio da Silveira e Geraldo Fonseca

Luciano Cabral, Alexandre Resende, Ronaldo Gusmão, Flávio Carvalho e Paulo Emílio Vaz

José Ciro Mota, Ailton Ricaldoni Lobo e Marcelo Mota

Patrocinadores

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Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos Marianna Vasconcelos, Luciana Schüffner e Fernando Schüffner

José de Carvalho Jorge, Paulo Henrique Pinheiro de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos e Paulo Henrique Carvalho de Vasconcelos


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r

d

A Eletrobras investe em geração hidrelÊtrica porque Ê uma energia segura e conf iåvel. E, acredite, ela estå entre as fontes mais limpas e renovåveis que existem.

Fotografe o QR Code e saiba mais sobre a Eletrobras.

eletrobras.com

Gerar e transmitir a maior parte da energia q tarefa fåcil, mas enche de orgulho a Eletrobr muita pesquisa e estudos, que f izemos uma op AlÊm de ser uma fonte renovåvel e estar en hidrelÊtrica Ê adequada para produzir eletricidad FRQƎ  YHO LGHDO SDUD XP SDV FRPR R QRVVR T e se desenvolver, e Ê d É por isso que o trabalho da Eletrobras tem u


m geração hidrelÊtrica segura e conf iåvel. tre as fontes eis que existem.

RME EDIĂ‡ĂƒO 22_2014_Layout 1 07/02/2014 09:21 Page 31

Uma usina hidrelĂŠtrica produz

6kg de CO , o gĂĄs do efeito estufa, 2

por megawatt-hora, o melhor custo-benefĂ­cio do ponto de vista ambiental.

Estudos recentes demonstram que reservatĂłrios de hidrelĂŠtricas podem absorver gases de efeito estufa.

HidrelÊtricas são investimentos de longo prazo, capazes de beneficiar vårias geraçþes. Energia limpa e renovåvel para hoje e amanhã.

Gerar e transmitir a maior parte da energia que o paĂ­s precisa diariamente nĂŁo ĂŠ uma tarefa fĂĄcil, mas enche de orgulho a Eletrobras. Foi graças a esse desaf io, e depois de muita pesquisa e estudos, que f izemos uma opção estratĂŠgica pela energia hidrelĂŠtrica. AlĂŠm de ser uma fonte renovĂĄvel e estar entre as mais limpas que existem, a energia hidrelĂŠtrica ĂŠ adequada para produzir eletricidade em grandes escalas, de forma segura e FRQĆŽ  YHO LGHDO SDUD XP SDÂŹV FRPR R QRVVR TXH SUHFLVD GH PXLWD HQHUJLD SDUD FUHVFHU e se desenvolver, e ĂŠ dono da maior reserva hĂ­drica do mundo. É por isso que o trabalho da Eletrobras tem uma importância do tamanho do Brasil. *fonte WWF


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SME | COMISSÕES TÉCNICAS

SME dá continuidade ao processo de fortalecimento dos seus grupos de trabalho lém de grupos de

Em 2013, a diretoria da SME desen-

pelas Comissões Técnicas da SME.

trabalho altamente

volveu importante trabalho de res-

“Será o momento de “colocar o

qualificados, as

gate das Comissões Técnicas que,

bloco na rua”, com Comissões mais

Comissões Técni-

por algum motivo, estavam desativa-

participativas e provocativas”,

cas da Sociedade

das. “Foi um ano de resgate e de

destaca.

Mineira de Engenheiros (SME) são

convencimento dos engenheiros a

os canais de diálogo da instituição

retomarem sua participação nas Co-

com a sociedade. Ao mesmo tempo

missões”, ressalta o engenheiro Civil

serão retomadas, a exemplo do que

em que debatem sobre temas de in-

e de Segurança do Trabalho, diretor

aconteceu na Universidade Federal

responsável pela coordenação da

de Minas Gerais (UFMG) nesse ano.

área, Normando Virgílio Borges

As Comissões também estão no

Alves.

site da SME (www.sme.org.br) e no

A

teresse da comunidade, engenheiros de diversas gerações e áreas também propõem soluções para proble-

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Palestras em universidades, para estudantes de Engenharia também

Facebook.

mas e impasses que comprometem

Para o próximo ano, o projeto deve

a qualidade de vida das pessoas e o

avançar ainda mais, com a realização

A edição do projeto pela SME,

projeto de desenvolvimento susten-

de um evento destinado a divulgação

Ponto X Contraponto sobre o caso

tável das cidades.

pública dos trabalhos desenvolvidos

específico do incêndio da Boate


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“As Comissões dependem mais de objetivos que de currículos.Todos os participantes são altamente qualificados mas há interesse, também, em atrair novos engenheiros que terão muito a aprender e oportunidades de relacionamento interessantes” Alexandre Bueno, coordenador das Comissões Técnicas da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)

Kiss, na cidade de Santa Maria, no

O engenheiro eletricista pela

Para 2014, os debates em curso

Rio Grande do Sul, é uma prova

UFMG com especialização em

devem ser aprofundados, com a

do excelente trabalho executado

Engenharia Econômica pela Fun-

mobilização de mais engenhei-

pela Comissão de Engenharia de

dação Dom Cabral (FDC), Ale-

ros. Segundo Alexandre Bueno,

Segurança. Da mesma forma, a dis-

xandre Francisco Maia Bueno,

os profissionais participantes das

cussão sobre o metrô leve, pelos

também é coordenador das Co-

comissões têm a oportunidade

meios de comunicação é reflexo

missões Técnicas da SME. “As

de contribuir para o desenvolvi-

das discussões que começaram na

Comissões Técnicas

de

mento da Engenharia e para a

Comissão de Transportes da SME.

grande importância para a SME e

proposição de alternativas e

são

para a sociedade mineira, pois Há outras comissões como a de

são discutidas questões de Enge-

Educação em Engenharia, Cons-

nharia que envolvem toda a so-

trução Civil e Urbanismo, Energia,

ciedade”, define. Entre elas,

Acessibilidade Ambiental e Mobi-

Mobilidade Urbana, Sistema Viá-

lidade Urbana e, ainda, Telecomu-

rio, Infraestrutura Urbana,Teleco-

nicações e Informática.

municações, Cidades Inteligentes

Paralelamente, o coordenador

entre outras.

soluções para questões que afetam à sociedade, gerando oportunidades

de

cresci-

mento pessoal e profissional, além de estabelecer um forte “networking”. A SME tem grande interesse em aumentar o grupo de engenheiros

também tem trabalhado para au-

Estas comissões discutem alterna-

mentar o número de participantes

tivas e soluções de engenharia

das Comissões Técnicas. “As Co-

para as diversas questões, e reali-

nicas. Através da Secretaria da en-

missões dependem mais de obje-

zam encontros, seminários, mesas

tidade, os profissionais podem

tivos que de currículos. Todos os

redondas e publicação de artigos

obter informações sobre dias e

participantes são altamente quali-

sobre estes assuntos. Em 2013, vá-

horários das reuniões e, ainda, os

ficados mas há interesse, também,

rias Comissões marcaram pre-

contatos dos responsáveis pela

em atrair novos engenheiros que

sença na Revista Mineira de

coordenação de cada grupo de

terão muito a aprender e oportu-

Engenharia, além de realizarem

trabalho, que respondem, tam-

nidades de relacionamento inte-

debates de alto nível e eventos li-

bém, pela inscrição de novos

ressantes”, destaca.

gados aos respectivos temas.

membros.

que participam das comissões téc-

33


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ENGENHARIA | MERCADO DE TRABALHO

Demanda por engenheiros depende da econômica nacional Brasil hoje forma em média 40 mil engenheiros por ano. Nos últimos 12 anos, as matrículas nos cursos de Engenharia, Produção e Construção aumentaram 381%, ante 120% dos programas de graduação das demais áreas. O índice de conclusões também registrou incremento de 200% para novos engenheiros, ante os 149% gerais.

(manhã e noite) e também na unidade São Gabriel, com Engenharia Civil no turno da noite comprovam a necessidade de oferecer mais vagas.

Bastante atrativos, os salários dos engenheiros estão entre os 10 maiores de todos os cursos superiores. A demanda crescente por esses profissionais continua aquecida, o que justifica os investimentos feitos por diversas instituições de ensino para manter os cursos da área em evidência ou aumentar a oferta de vagas ainda mais.

A necessidade de mão de obra qualificada em estoque também está movimentando o setor produtivo. O consórcio minero metalúrgico que atua em Minas Gerais, composto pelas 15 maiores empresas desses segmentos, já anunciou que abrirá 16,9 mil vagas entre 2014 e 2016 para que os R$ 36 bilhões em investimentos destinados para o Estado nos próximos cinco anos não sejam comprometidos negativamente.

O

No vestibular da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), o curso de Engenharia Química foi o segundo mais cotado do concurso com 10,98 candidatos/vaga. A ampliação das vagas será no campus Coração Eucarístico com mais duas turmas de Engenharia de Produção

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Na mesma linha, o Centro Universitário UNA está investindo em três novos cursos que são Engenharia de Minas, Engenharia Metalúrgica e Engenharia Eletrônica para aumentar a oferta de vagas para a área.

Além de profissionais de nível técnico, que serão capacitados em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-MG), a entidade está em permanente contato com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),

Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o que demonstra a preocupação com a atração de engenheiros para esses segmentos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o fator determinante para a abertura de novos cursos de Engenharia é a situação econômica do país. Em suma, a região Sudeste, que detém cerca de 56% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, responde pela oferta de 65% das vagas abertas, um percentual que tem aumentado acima do crescimento da população e do próprio Brasil para atender a uma demanda reprimida. Divulgada em novembro, a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) sobre a mão de obra de Engenharia no Brasil aponta que não há risco de apagão generalizado, ainda que existam sinais de pressões de curto prazo no mercado de trabalho.


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381% de aumento das matrículas para cursos de Engenharia, em 12 anos Sudeste responde por 56% do PIB nacional, e 65% das vagas de engenharias

A expectativa é de que, até 2020, o número de engenheiros demandados pelo mercado de trabalho brasileiro varie entre 600 mil e 1,15 milhão, dependendo do cenário econômico. Esse é o principal motivo para investir na formação desses profissionais. Foram analisados os mercados nas oito maiores regiões metropolitanas do país. A situação é mais crítica em Recife, Fortaleza e Distrito Federal apresentam uma demanda acima da oferta de mão obra especializada. Confirmando os dados do IBGE, nas duas maiores cidades - São Paulo e Rio de Janeiro – ainda não faltam profissionais, mas a quantidade de engenheiros merece atenção. O texto, de autoria dos pesquisadores da USP, Mario Sérgio Salerno, Leonardo Melo Lins, Bruno Cesar Pino Oliveira de Araujo, Leonardo Augusto Vasconcelos Gomes, Demétrio Toledo e Paulo Meyer Nascimento, do IPEA, indica que, em termos quantitativos, as pressões tendem a ser resolvidas com a am-

pliação da oferta de novos profissionais. Um facilitador é que a atração dos estudantes que ingressam na universidade pelos cursos tem se mantido aquecida nos últimos cinco anos. A pesquisa aponta quatro dimensões que podem explicar a percepção de alguns agentes econômicos sobre escassez de mão-de-obra em Engenharia: a qualidade dos engenheiros formados, uma vez que a evolução na quantidade não foi acompanhada pela mesma evolução na qualidade. Há, ainda, o hiato geracional, o que dificulta a contratação de profissionais experientes para liderar projetos e obras. Nesse aspecto, é preciso lembrar que, após décadas de retração, poucos foram os estudantes que buscaram a Engenharia como profissão. O déficits em competências específicas e em regiões localizadas como as cidades do interior do país e as regiões Norte e Nordeste, por exemplo, também devem ser considerados como fator de peso.

40 mil engenheiros formam todo ano no Brasil

Por outro lado, os autores alertam para o fato de que a inexistência de gargalos não torna desnecessária a ampliação dos investimentos no ensino de Engenharia, particularmente nas universidades públicas. Como área de conhecimento estreitamente ligada ao desenvolvimento econômico dos países e à inovação, a atividade deve ser continuamente valorizada. Basta lembrar que, mesmo com o incremento já registrado, o número de engenheiros por habitante ou por formandos no ensino superior ainda é baixo. O texto trouxe, ainda, a evolução do salário médio dos engenheiros em relação aos dos demais profissionais com educação de nível superior, com valores sistematicamente acima dos demais empregados com escolaridade superior. Entre 2000 e 2009, os setores que mais apresentaram elevação do salário pago a esses profissionais foram os de cimento, álcool, artefatos de couro e calçados, serviços imobiliários e aluguel e Construção.

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ENGENHARIA | ENERGIA

Uso de energias renováveis aumenta em todo o mundo

Ele esteve em Belo Horizonte entre novembro e dezembro para uma série de atividades do Grupo de Estudos em Energia (Green) do Instituto Politécnico da universidade e falou sobre os desafios dos países para o uso de energias renováveis. A Europa, por exemplo, tem sido líder na oferta de incentivos financeiros para que os consumidores instalem e usem as energias solar e eólica. Especificamente na Alemanha, o governo não se envolve na questão e é a população que paga pela oferta do serviço, por meio de um modesto aumento na fatura de energia elétrica.

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vido à queda incrível no preço do módulo de que placas, que caiu de US$ 2,50 watt para US $ 0.70/watt em apenas dois anos”, relata.

O acidente Fukishima é o que tem motivado o Japão a investir cada vez mais em energia solar. Em contrapartida, o governo não está fornecendo incentivos ou fazendo investimentos para compensar as perdas de energia decorrentes do encerramento das atividades das outras instalações nucleares.

E tudo isso foi possível graças à China, que tem se firmado como o maior responsável pela fabricação das placas. Note-se que cerca de 90% do PV instalado é no mundo desenvolvido e ligado em rede. Além de abastecer o mercado internacional, esse país também tem programas próprios para o uso da energia eólica e solar, de forma a reduzir a dependência do carvão, que é muito poluente. “Deve-se notar, também, que todos os municípios envolvidos iniciaram programas de educação bastante substancial em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e projetos de qualificação da mão de obra.

Já nos Estados Unidos, os incentivos vêm principalmente dos governos estaduais, com crescimento de 82% em 2012 ante o exercício anterior e previsão de 100% para este ano. O líder é a Califórnia, com os maiores aportes em energia solar fotovoltaica, Wind-e e veículos elétricos, térmico-solares e biocombustíveis. “Todo esse crescimento mundial em energia solar fotovoltaica é principalmente de-

Segundo o professor, o Oriente Médio está investido muito em energia solar. Embora tenha reservas substanciais de petróleo, a Arábia Saudita tem um programa para ter 41GW de energia solar até 2025. Por quê? Para preservar o seu petróleo e não ter que gerar sua própria eletricidade usando os combustíveis fósseis enquanto recursos limitados e, também por isso, valiosos.

Lawrence Kazmerski, Ph.D. em Engenharia Elétrica pela Universidade de Notre Dame (EUA) e professor convidado da PUC Minas

o

Fotos de empreendimentos prontos

Cada país encontra uma razão para incentivar o uso de energias renováveis. Para o Ph.D. em Engenharia Elétrica pela Universidade de Notre Dame (EUA) , membro da Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos, diretor emérito do Laboratório Nacional de Energia Renovável e professor convidado da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Lawrence Kazmerski, o intercâmbio de experiências é fundamental para que outras economias também enfrentem os desafios naturais da implantação de sistemas inovadores como esses.

Colocar sempre a qualidade de vida dos seus cliente diferenciados em tudo: na localização, nos projetos

e nas condições de pagamento. Atuar na preservaç

educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MR

de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz qu 30 mil colaboradores. De coração.

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A MRV construiu sua trajetória num lugar com localização privilegiada:

Fotos de empreendimentos prontos

o coração dos brasileiros.

Colocar sempre a qualidade de vida dos seus clientes em primeiro lugar, oferecendo empreendimentos diferenciados em tudo: na localização, nos projetos, nas fachadas, nas opções de lazer, no paisagismo e nas condições de pagamento. Atuar na preservação do meio ambiente e no incentivo ao esporte e à educação. É por pensar e agir assim que, hoje, a MRV é uma das marcas mais lembradas e prestigiadas de Minas e do Brasil. Um orgulho que a gente faz questão de dividir com cada um dos nossos mais de 30 mil colaboradores. De coração.

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Turmas abertas 2014

Executive MBA e

ENGENHARIA | ENERGIA

Gestão Estratégica em Minera

“Temos um caminho a percorrer, mas os nossos melhores recursos - nossos jovens cientistas e engenheiros - vão fazer essa verdadeira energia renovável porque eles sabem o que o nosso futuro deve ser semelhante e que a melhor maneira de trazer esse futuro é criá-lo” Lawrence Kazmerski

A estratégia visa, ainda, reduzir as emissões de carbono. A Índia também está apostando em um futuro solar com a Missão Nehru Solar, com meta de gerar 20 GW em 2022 e 2 GW adicionais de remota, a energia de rede. O Brasil tem alguns dos melhores recursos solares do mundo, como afirma Kazmerski. Há, também, investimentos significativos em hidroeletricidade, bioenergia e energia eólica. Já a energia solar está posicionada na quarta posição. “Agora é o momento perfeito para esse investimento com queda de preços da energia fotovoltaica e outros produtos de energia solar, pesquisas na área, crescente interesse da comunidade internacional em investimen-

tos no país e, ainda, o aumento da demanda por eletricidade, tanto pela população quanto pelo setor produtivo”, listou. Nesse contexto, o Brasil tem visão de futuro e prova disso são as instalações nos estádios que vão receber a Copa do Mundo de 2014, como ressalta o professor. No entanto, é preciso fazer mais para democratizar o acesso às energias renováveis. “Se você considerar os perigos para as próximas gerações com a devastação potencial da mudança climática global que já está acontecendo e que os recursos energéticos tradicionais estão diminuindo, o futuro energético sustentável será baseado em energia limpa”, aponta.

O avanço e a aceitação das tecnologias de geração de energia renováveis, o que aumenta a expectativa pela aceitação desse produto não como algo alternativo, mas como um produto real e perfeitamente integrado à infraestrutura. Seja solar, eólica ou bioenergia, a aplicação dessas formas de energia estão crescendo para segmentos como transporte, eletricidade e combustíveis etc. “Temos um caminho a percorrer, mas os nossos melhores recursos - nossos jovens cientistas e engenheiros - vão fazer essa verdadeira energia renovável porque eles sabem o que o nosso futuro deve ser semelhante e que a melhor maneira de trazer esse futuro é criá-lo “, conclui.

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Turmas abertas 2014

Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração

O Executive MBA em Gestão Estratégica em Mineração tem por objetivo principal formar profissionais de alta performance para análise e gestão de empreendimentos na área mineral, com base nos mercados atuais e em suas perspectivas futuras.

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LEGADO SME | JOSÉ CARLOS RODRIGUES DE OLIVEIRA

Convite para estudar e aprender cada vez mais ngenheiro eletricista gra-

de Oliveira também foi orientador de

Oliveira tem clareza do poder multi-

duado pela Universidade

projetos de conclusão do curso.

plicador da profissão de professor e

E

Federal de Minas Gerais em 1974, o professor José Car-

los Rodrigues de Oliveira, 62 anos, iniciou suas atividades como professor dois anos após a formatura. Ele rece-

em Engenharia Elétrica, ele conduziu os conteúdos de Sistemas de Controle, Seminários, Acionamentos de

da sua responsabilidade como educador. Para tanto, basta lembrar que ele contribuiu para a formação de 3,5 mil engenheiros em sua carreira no magistério. Como um profissional é o re-

beu um convite para lecionar no De-

Máquinas Elétricas, Observadores

partamento de Engenharia Eletrônica,

para Máquinas de Indução e Progra-

como professor assistente e, parale-

mação em Ambiente Matlab. No Ins-

lamente, cursar o mestrado. Como

tituto Católico de Minas Gerais

Depois de tantos anos de trabalho,

tinha interesse em estudar e apren-

(ICMG – Coronel Fabriciano), ele deu

ele andava estressado com correção

der mais aceitou prontamente o de-

aulas de Sistemas de Controle.

de provas e trabalhos. “A pressão

safio que o envolveu por 37 anos até a aposentadoria, neste ano.

40

Para os estudantes da pós-graduação

Com experiência acumulada, ele também proferiu cursos de aperfeiçoa-

sultado do concurso de muitos, ele fez a parte que lhe cabia.

sobre os docentes é muito grande, incluindo orientações, bancas, administração acadêmica e de projetos de

Assim como acontece com outros

mento e seminários para empresas,

profissionais, a formação de um pro-

em controle de processos, eletrônica,

fessor só se efetiva no dia a dia da sala

acionamento de máquinas elétricas e

de aula. E foi assim. No curso de En-

montagem automática de placas de

genharia Elétrica, ele deu aula nas dis-

circuito impresso. “Procurei exercer

ciplinas de Eletrônica, Sistemas de

o magistério com dedicação e ética,

Controle e História da Engenharia

sempre tentando dar o máximo da

Elétrica (participação). Para os alunos

minha capacidade de forma coope-

do curso de Engenharia de Controle

rativa, na contramão do espírito

Dessa forma, poderia guardar os bons

e Automação, dedicou-se ao Labora-

competitivo e individualista que, in-

momentos vividos como professor.

tório de Controle, Máquinas Elétricas

felizmente, tem sido o padrão da so-

Entre eles, as vezes em que foi home-

e Eletrônica de Potência. José Carlos

ciedade”, comenta.

nageado e escolhido paraninfo.

pesquisa, relatórios e publicações”, relata. Apesar do receio em ficar em casa e deixar a vida passar, ele recorreu a textos, conversas, anotou as atividades que gostaria de fazer e até buscou ajuda psicológica para conseguir se aposentar.


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estudar ada vez mais

José Carlos Rodrigues de Oliveira professor, engenheiro eletricista graduado pela UFMG

“Fiz mestrado e doutorado dando

Instrumentação”, relata. Ele também

liar de Engenharia na primeira equipe

aulas e com muita luta”, relembra.

pretende trabalhar com consultoria,

a aplicar CLPs, nos anos 1970. Oli-

por meio de cursos para engenheiros

veira também atuou como enge-

e professores, em modelagem, simu-

nheiro de projetos. “Sempre aliei, na

lação, instrumentação e controle de

atividade acadêmica, a base teórica às

processos industriais.

atividades de cunho prático. Fiz tra-

nharia Elétrica descobriu a sua voca-

Com mais tempo livre, ele tem se de-

balhos de consultoria para empresas

ção para Comunicação Social, mas

dicado à família, aos negócios particu-

e para a UFMG”, relata.

tinha receio de abandonar todo o es-

lares e, também, a alguns hobbies.

forço já feito. Pedi a minha irmã jor-

“Pretendo aprofundar minha espiri-

nalista que a orientasse e, hoje, ela

tualidade. Penso em ser voluntário

certamente já se formou em Comu-

em sustentabilidade e na inclusão so-

nicação”, ressalta.

cial de jovens. Quero estudar mais Fi-

sas, e piorou em outras. Mas perma-

losofia da Ciência, História Geral e da

necem certos princípios, como os

Outra situação muito cara foi ter al-

Ciência, bem como manter as habili-

valores éticos de seriedade, compro-

guns de seus ex-alunos como profes-

dades em português, inglês e francês.

misso e cooperação, sem os quais

sores do seu casal de filhos, hoje

Planejo viagens internacionais. Gosto

não se poderá seguir adiante. É im-

engenheiros. Oliveira também foi

de ler, principalmente literatura e His-

portante fazer as coisas com paixão,

mestre de filhos de colegas de turma

tória. Criarei brevemente um site na

ir a fundo e procurar nisso a felici-

e/ou de trabalho.

Internet, para divulgar meu trabalho”,

dade. Gostaria muito que, no Brasil,

promete. Desde já, afirma que se rea-

os professores fossem mais valoriza-

lizar a metade dos planos que tem, fi-

dos, mas não adianta reclamar desse

Também foram marcantes os momentos em que ele atendeu alunos que queriam deixar o curso. “Em um episódio oposto, uma aluna de Enge-

A aposentadoria não o afastou da sala de aula. “Continuo na UFMG, agora como Professor Voluntário. Participo

caria muito satisfeito.

Aos jovens professores, o mestre dá uma mensagem clara. “O mundo mudou para melhor em muitas coi-

ou daquele governo, porque isso vem

de um Projeto de Ensino, desenvol-

A experiência que o professor acu-

é do seio da sociedade, é a família que

vendo textos e protótipos em escala

mulou como professor também foi

molda o caráter dos cidadãos”,

reduzida para ensino de Controle e

usada no mercado. Oliveira foi auxi-

aponta.

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TENDÊNCIAS E MERCADO

Desafios em 2014 para a economia brasileira pesar de todo o otimismo que cerca o ano de 2014, as previsões econômicas para o Brasil não seguem na mesma direção. Prova disso é que a meta de crescimento para o período sofreu redução de 2% para 1,95% logo nos primeiros dias de janeiro pelo Boletim Focus do Banco Central do Brasil (Bacen). A estimativa da inflação teve leve queda de 5,98% para 5,97% e a previsão para a taxa de juros Selic foi mantida em 10,5%, assim como o dólar, em R$ 2,45.

A

Repetir o cenário econômico de 2013 é a previsão mais confiável, segundo o coordenador do curso de Economia do Ibmec Minas, Marcio Antônio Salvato. A falta de investimentos, a inflação, a elevação da Selic e, ainda, o endividamento crescente da população são fatores que combinados, não geram crescimento. “Os setores de Turismo e Serviços devem puxar o PIB em 2014”, aposta.

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Márcio Antônio Salvato, coordenador do curso de Economia do IBMEC-MG

Para o professor, a falta de investimentos em 2013 deve ter reflexos sobre o desempenho do setor produtivo neste ano. “Investimentos acontecem antes da realização e da produção. A realidade é que o Brasil não investiu e perdeu um precioso tempo”, ressalta. A falha foi a falta de planejamento e implementação pelo governo, sobretudo em relação às obras de infraestrutura e mobilidade urbana. O resultado foi a declaração do presidente da Fifa, Joseph Blater, de que o Brasil começou a preparar o torneio muito tarde.


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No entanto, as mesmas obras têm sido apontadas como essenciais para o projeto de crescimento do país, como enfatiza o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), Alberto Salum. “Sem planejamento não se fazem obras e o nosso setor avisou ao governo”, destaca. O desempenho da atividade é consequência das oportunidades do governo que projeta e contrata a iniciativa privada para executar as obras. Segundo o dirigente, 2014 requer cautela já que os governos estaduais e federal serão afetados diretamente pela legislação eleitoral. A expectativa para 2015 também não é das mais positivas, com tendência a mais retração, independente de quem ganhar as eleições.

André de Souza Lima Campos, vice-presidente do Sinduscon-MG

A indústria da construção civil até que começou 2013 com expectativa de crescimento entre 3% e 4%, mas não atingiu essa meta. Acabou empatando com o PIB nacional nos 2%. A meta para este ano é de 2,8%. “Não atingimos devido ao cenário macroeconômico. A quantidade de investimentos previstos não se efetivou, nas áreas de infraestrutura e mobilidade” explica o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), André de Souza Lima Campos. A burocracia e o modelo de gestão das famílias adotado pelas prefeituras comprometeram o andamento do programa “Minha Casa, Minha Vida” que, mesmo assim, continua a ser uma ótima oportunidade de negócios.

Por outro lado, depois do boom de 2010, quando o setor registrou incremento de 11%,era natural um período de acomodação do mercado, para que a atividade não perca a sua viabilidade. Mesmo assim, as expectativas são positivas para 2014, principalmente em decorrência do ano eleitoral, quando os governos aceleram a execução de obras. “Otimismo com pé no chão”, adianta. A regra vale para mais de 8,2 mil empresas mineiras, sendo mais de 300 associadas ao Sindicato.

Paulo Casaca, economista da Fiemg

Depois de um ano fraco, a indústria mineira também quer reencontrar o “lugar ao sol”, já que Minas Gerais cresceu menos que o país. O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Paulo Casaca, afirma que, no geral, o setor produziu menos em 2013 que no exercício anterior. Até outubro, a queda foi de 0,8%, depois de 12 meses com taxa de crescimento. “Entre os setores que registraram queda de produção está a indústria extrativa, que teve desempenho ruim no país e, principalmente, em Minas Gerais, onde tem representatividade maior para a balança comercial”, avalia. A retração do mercado chinês em relação às comodities é um dos fatores que explica esse resultado. A indústria metalúrgica também foi impactada pelo mesmo problema. No entanto, as mineradoras vão manter os investimentos previstos para voltar a crescer. Em sua sexta edição, o estudo “As tendências da mineração - As dez principais questões que as empresas enfrentarão em 2014”, realizado pela Deloitte, aponta que as empresas do setor

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“Depois de um ano sem crescimento, é mais fácil crescer no ano seguinte. A base de 2013 é mais fraca e a expectativa torna-se mais positiva”

devem alterar suas abordagens à redução de custos por meio da adoção de práticas mais sustentáveis de gestão de custos. Uma das consequências desse cenário é que a indústria mineira contratou 30% menos em 2013 que no ano anterior. No total foram 66 mil trabalhadores que ingressaram no mercado formal de trabalho. Na contramão, a indústria de transformação foi a que mais cresceu em 2013, com índice de 19% no comparativo com o exercício anterior, o que revela que as empresas investiram em máquinas e equipamentos para ganhar competitividade. Para 2014, a indústria de alimentos e bebidas deve ter desempenho positivo, principalmente por causa da Copa do Mundo. “Depois de um ano sem crescimento, é mais fácil crescer no ano seguinte. A base de 2013 é mais fraca e a expectativa torna-se mais positiva”, aponta o economista. Fenômeno semelhante aconteceu em 2010, no comparativo com o exercício anterior, quando a crise financeira mundial estava no ápice. O vice-presidente da Fumsoft, Leonardo Fares Menhem, ressalta que o segmento de Tecnologia da Informação (TI) tem características específicas já que trata-se de uma atividade transversal que perpassa todos os outros setores econômicos. “Se esses setores crescem, a TI cresce junto”, pontua.

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Leonardo Fares Menhem, vice-presidente da Fumsoft

Nesse sentido, as empresas de TI que atendem as empresas não alcançaram os resultados pretendidos para 2013. Já aquelas que têm como foco os serviços de acesso à rede, comércio e varejo podem esperar “bons ventos” em 2014. Na mesma linha, negócios na web, mobilidade, desenvolvimento de games e soluções para o agrobusiness também devem crescer nos próximos 12 meses. O otimismo está na ampliação do quadro de trabalhadores do setor, como garante o dirigente. Vagas para engenheiros, analistas de sistemas, técnicos e programadores devem movimentar o mercado em 2014. Com US$ 60,2 bilhões/ano de faturamento, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking mundial de TI, atrás de potências como os EUA, China, Japão, UK, Alemanha e França. Essa cifra projeta o país como responsável por 49,1% do mercado latino americano com destaque para as atividades ligadas ao hardware (US$ 35,30 bi/ano), serviços (US$ 15,449 bi/ano) e software (US$ 9,485 bi/ano), segundo o último relatório “Mercado Brasileiro de Software e Serviços – Panorama e Tendências”,


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NO PAÍS

da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), que aponta o cenário dos investimentos de TI no Brasil e no mundo. O setor de TI de Minas Gerais, o terceiro estado na economia nacional, reúne mais de 5 mil empresas, ou seja, 9% do total nacional, que contratam 33 mil profissionais. A receita líquida é de R$ 2,3 bilhões/ano, o que corresponde a 5% do total nacional e 1,6% do Produto Interno Bruto do estado. Em uma ação pioneira no país, o setor de TI em Minas tem um desafio para os próximos anos: conquistar uma posição de destaque no contexto mundial e colocar Belo Horizonte em primeiro lugar no Brasil, ambas as metas a serem cumpridas até 2022. Em números isso significa a geração de 52 mil novos postos de trabalho e a multiplicação do faturamento do setor por mais de 4 vezes. Para alcançar esta meta, o setor produtivo de TI em Minas Gerais, representado pela Assespro-MG, Fumsoft , SINDINFOR e Sucesu Minas, em parceria com os governos federal, estadual e da prefeitura municipal de Belo Horizonte se uniram em prol do programa MGTI.

O setor de petróleo e gás também oferece oportunidades interessantes para 2014. O anúncio de investimentos em infraestrutura entre 20142016 pelo governo e a aceleração dos editais de concessão e leilões para a iniciativa privada devem acelerar os setores de logística, energia, telecomunicações e saneamento. A Petrobras, responsável por 91% do volume extraído no Brasil, incluindo os campos onde tem parceria com empresas privadas vai iniciar operações em sete plataformas ao longo de 2014. A previsão para o primeiro semestre é incrementar em 500 mil barris diários a produção por meio de três novas unidades. No apagar das luzes de 2013, a companhia iniciou as atividades da P-55, no campo de Roncador, que também contribuirá com o incremento da produção ao longo de 2014. Para analistas, o Brasil deve fechar o ano com alta no volume de petróleo produzido pela primeira vez desde 2011. De acordo com as projeções da estatal, a produção de petróleo começará a crescer em ritmo mais acelerado a partir de 2016, quando está prevista a entrada de sete plataformas do pré-sal da Bacia de Santos. A companhia espera chegar a 2020 com um volume de 4,2 milhões de barris por dia, dobrando a produção no período. Depois de fechar 2013 com R$ 11 bilhões em investimentos, a Eletrobras deve chegar à marca dos R$ 13 bilhões neste ano. No período, 160 mil novos consumidores estarão contectados ao sistema de energia. Até 2017 a estatal deve investir R$ 52,5 bilhões entre aportes já contratados de R$ 32,1 bilhões e novos, de R$ 20,3 bilhões em geração, transmissão e distribuição. A empresa enfrenta o desafio de reduzir custos em 30% até 2015. Dos funcionários, 4,4 mil já aderiram ao programa de desligamento. Esse número pode chegar a 5 mil, o que corresponde a 20% do total de empregados. Há, ainda, estudos sobre a possibilidade de ter um endereço único no Rio de Janeiro para abrigar Eletrobras, Furnas e Eletropar, como parte da estratégia. O mesmo deve ser feito em Brasília. A Eletrobras apresentou em 2013 uma carteira de usinas em construção, entre empreendimento próprios ou em parcerias que totalizaram 23 mil megawatts, 12 mil deles pertencentes à empresa. 45


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NOVOS ENGENHEIROS | THALES GONÇALVES COSTA

Administrador de empresas se rende ao estudo da Engenharia omo outras decisões da vida, a escolha da carreira não pode ser movida apenas a paixão. Com os cursos de Engenharia em alta, profissionais que, anteriormente, optaram por outras áreas estão retornando à sala de aula para realizar sonhos deixados para trás em função do mercado de trabalho ou mesmo investir na segunda carreira para complementar a primeira.

C

Esse é o caso do administrador de empresas e secretário de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Congonhas, Thales Gonçalves Costa. Aos 37 anos, ele decidiu retornar à faculdade pela Uniube – Polo BH – para estudar Engenharia Civil. Ele deve se formar em 2017, conforme previsão inicial do curso que é oferecido na modalidade de Educação a Distância (EAD), com cinco anos de duração e, ainda, 4.660 horas/aula. “A decisão surgiu a partir de vários motivos que acredito serem essenciais para o meu planejamento pessoal e profissional. Entre eles gostaria de destacar os desafios que surgiram durante minha trajetória profissional, como por exemplo, a necessidade de conhecimentos técnicos necessários para gerir projetos civis, ambientais e urbanos”, afirma o secretário que responde pela importante tarefa de assegurar que o desenvolvimento da cidade histórica de Congonhas seja sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.

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Com isso, a exigência de qualificação técnica do gestor público tem aumentado consideravelmente, como explica Thales Costa. O município de Congonhas passa um momento de crescimento ímpar em sua história, sendo apontada como uma dos mais importantes regiões mineradoras do país. “Os conhecimentos adquiridos no curso de Engenharia são exigidos o tempo todo e nas mais diversas formas. Como exemplo: o atendimento a empresas, relações minerais, políticas públicas, industriais e ambientais”, enumera. Além de compreender as demandas e dialogar com o público externo, a Engenharia tem permitido que o secretário também entenda melhor as decisões técnicas adotadas pela equipe de engenheiros do órgão que gerencia. Assim, é possível encaminhar soluções tecnicamente apropriadas para atender as necessidades da cidade e da sua população. Por isso, a escolha pelo curso foi positiva. “A Engenharia foi uma das primeiras ramificações da ciência mãe “Filosofia”, mas no Brasil, a nobreza de sua concepção surgiu durante o período da revolução industrial. Uma definição bem generalizada desta profissão poderia ser que a Engenharia é a ciência que constrói o mundo”, reconhece o futuro engenheiro.


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A Engenharia foi uma das primeiras ramificações da ciência mãe “Filosofia”, mas no Brasil, a nobreza de sua concepção surgiu durante o período da revolução industrial. Uma definição bem generalizada desta profissão poderia ser que a Engenharia é a ciência que constrói o mundo.

Uma carreira não exclui a outra.Ao contrário, abre possibilidades. O secretário admite que tenha projetos para os dois segmentos. “Acredito que os conhecimentos que adquiro como gestor público e agora como engenheiro se completam. Da mesma forma que para um gestor público o curso de engenheira é muito importante, para um engenheiro a experiência em gestão pública também poderá ajudar muito”, avalia. Costa acredita que a profissionali-

zação dos gestores públicos serve como estímulo para a migração de engenheiros para Congonhas. A cidade também tem feito o “para casa”, ao investir em frentes paralelas de negócios além da mineração, o que, por si só, aumenta o mercado de trabalho para esses profissionais. Atualmente, como acontece nas cidades de médio porte do interior do país, faltam engenheiros de diversas áreas para atender as demandas de Congonhas, nas áreas

industrial, mineral, metalúrgica, sanitária, florestal, construção civil, elétrica e mecânica. Tudo, no entanto, depende de oportunidades. Com pouco mais de 51 mil habitantes, o município guarda, além da riqueza do minério de ferro do seu subsolo, um patrimônio cultural da humanidade que é o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, obra de Aleijadinho e Manuel da Costa Athaíde, entre outros. O projeto foi executado entre os séculos XVIII e XIX.

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ARTIGO

Carro movido a fermento Léu Soares de Oliveira A descoberta do fogo, da roda e da alavanca ainda na pré-história é consistente com a moderna definição da Engenharia. Utilizando os princípios básicos da Mecânica para o desenvolvimento de ferramentas e utensílios. A palavra “engenho” tem origem muito antiga, vinda do latim “ingenium” que também significa “gênio”, uma qualidade natural e mental. Podemos assim concluir que a Engenharia, como arte de criar, engenhar, pensar sonhar existe desde os primeiros registro da existência de seres humanos na terra. Engenharia, por tanto, é uma ciência e como tal é produção de conhecimento, capacidade criativa e talento. O profissional dotado destes atributos e munido dos conhecimentos científicos e matemáticos é o que podemos denominar de Engenheiro. A capacidade de criar, engenhar é pré-requisito importantíssimo para o desenvolvimento da profissão. Foi pensando neste princípio, que o Instituto de Ciências Exatas do Centro Universitário Newton Paiva através de seu colegiado, instituiu o trabalho prático como avaliação de final de semestre para todos os alunos do primeiro período dos cursos de engenharias. A ideia surgiu em 2009, quando da implantação dos cursos.Vários temas já foram desenvolvidos nas diversas áreas do conhecimento e para o primeiro semestre de 2013, o tema escolhido foi a construção de um “Carro Anfíbio”. Após aprender os conteúdos teóricos

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em sala de aula como: criatividade, projeto, modelagem, simulação e finalmente a otimização, o aluno recebe com aproximadamente um mês que antecede a avaliação final o tema com regulamento e um pré-projeto. O objetivo principal desta atividade é despertar no aluno a capacidade criativa, crítica, trabalho em grupo, empreendedora além de atender as Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Engenharia. O Carro Anfíbio que tem como objetivo percorrer uma pista de 5,0 metros de comprimento por 0,45 metros de largura. A pista foi construída de alumínio, chapa nº 24, sendo que nos primeiros 2,50 metros é uma aclive com inclinação de aproximadamente 20 graus e o restante da pista é plana contendo água com 15,0 cm de lâmina. Para obter pontuação, o carro deverá percorrer no mínimo 4,30 metros sem sair da pista. A partir do KM 4,30, a nota será dada em função do desempenho do carro. A nota máxima é 40 pontos para o carro que chegar ao KM 5,0. O material básico utilizado e permitido pelo regulamento: Garrafa pete, isopor, cola, barbante, fita adesiva, fermento da marca Royal, aditivo para radiador, gominha, tubo látex de borracha nº 200 (garrote ou manguito), rolinho de cabelo, grampo de cabelo, palito picolé retangular, espeto para churrasco. Cada grupo foi formado por cinco alunos que após discutirem entre

eles, desenvolveram o modelo, simularam e otimizaram a engenhoca. Foi concedido a cada grupo a oportunidade de conhecer a pista e fazer tres Teste Driver para posterior apresentar o equipamento para a avaliação final valendo 40 pontos Para fazer o carro movimentar, subir a rampa e navegar na água os alunos poderia usar a gominha ou o tubo látex para fazer a tração nos eixos. Porém, o modelo mais utilizado pelos grupos, foi com o uso do fermento da marca Royal combinado com o aditivo para radiador. Neste modelo, os alunos criaram um tanque na parte trazeira do veiculo, faziam a mistura na proporção exata, balançava o carro, provocando gases que impulsionava-o para frente. No resultado final, constou que aproximadamente 50% dos alunos não conseguiram a pontuação necessária para a aprovação na disciplina e tiveram que aprimorar o carro no período de recuperação para apresentá-lo posteriormente. Ao final, aproximadamente 5% foram reprovados.

Léu Soares de Oliveira é Membro da Comissão Técnica de Educação da SME e Professor dos cursos de Engenharia do Centro Universitário Newton Paiva.


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INFRAESTRUTURA URBANA

Preocupações com escavações e contenções em áreas densamente urbanizadas Lincoln Dias Oliveira

A zona central de Belo Horizonte encontra-se densamente urbanizada e tem o maior valor de metro quadrado do mercado imobiliário atraindo investidores e construtoras, principalmente por causa de seu alto coeficiente de aproveitamento, que é o maior da capital, entre outros parâmetros urbanísticos que favorecem o melhor aproveitamento do terreno. Ocorre que na busca por terrenos nestas áreas, casas e sobrados antigos são demolidos, para darem lugar a edifícios. Estes terrenos, resultado de demolições, são rodeados por edificações, muitas delas antigas. A Lei 7166/96 de Uso e Ocupação do Solo de Belo Horizonte, privilegia a ocupação do subsolo quando diz em seu artigo 46 que não são computadas como áreas construídas as áreas destinadas a estacionamento de veículos e as destinadas a lazer e recreação, tornando atrativa a construção de garagens nos subsolos para que não se perca potencial construtivo devido a outros parâmetros urbanísticos como afastamento lateral e altura na divisa. O resultado disto são as escavações e contenções adjacentes a terrenos edificados para se atingir o nível do terreno para a execução de subsolos, já que em alguns casos pode-se ter múltiplos andares abaixo do nível da rua por causa dos fatores já elencados. Embora exista tecnologia para a execução de escavações e contenções será que atualmente ela atende as necessidades de construtoras e dos vizinhos no entorno destas obras?

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Diversos equipamentos têm grandes dimensões, falta de mobilidade e de precisão que estas contenções requerem, pois são realizadas na divisa incentivadas pelo nível de referência da altura na divisa previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo de Belo Horizonte. O resultado é que são realizadas contenções de forma empírica utilizando-se métodos que não foram nem mesmo adaptados para as atuais condições de adensamento no entorno da obra. Para não deixar de citar um método, a cravação de estacas na divisa, através de bate-estacas, tem se mostrado ineficiente dentre outros motivos por causa da dificuldade de verticalidade da estaca, da distância entre a estaca e o terreno vizinho que provoca o reassentamento do terreno e recalques em fundações das edificações adjacentes provocadas pelas vibrações excessivas, principalmente das fundações rasas. Diante desta nova realidade vivida pelos engenheiros, ou seja, a execução de obras com níveis de subsolo na divisa de terrenos edificados, faz-se necessário repensarmos sobre as técnicas a utilizar e não menos importante que isto, sobre as etapas para sua execução. O estudo do solo, a influência da profundidade do lençol freático, a época do ano mais adequada para execução, a vistoria dos imóveis adjacentes com levantamento do tipo de fundação, se tem subsolo ou não e qual o tipo de estrutura destes imóveis.


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Lincoln Dias Oliveira Engenheiro civil e Vice-presidente da Comissão Técnica de Construção Civil e Urbanismo

As consequências para os imóveis vizinhos vão desde fissuras até desabamentos, inclusive de prédios. Verifica-se que muitas vezes existe uma postura de aceitação destes fatos como normais, pelas construtoras e pelos engenheiros que só se dão conta de sua importância diante de um prejuízo financeiro ou da perda de vidas. Deve-se realizar vistoria nos imóveis vizinhos à obra, para se determinar o tipo de fundação destes imóveis, sua profundidade em relação à escavação pretendida, se existe subsolo e em que nível estaria ele em relação à obra e para se mensurar a sobrecarga sobre o terreno da obra e eventuais riscos como centrais de gás, por exemplo. Com relação à sondagem do terreno, seria o melhor método o SPT? O SPT identifica a real profundidade do lençol freático? A quantidade de furos prescrita

em norma seria o suficiente para este tipo de obra? Existem métodos e equipamentos adequados para a realização deste tipo de contenção em áreas densamente urbanizadas? Qual a causa das patologias ocorridas como fissuras, recalques e inclusive desabamentos? Seriam fruto da intervenção no lençol freático, do método executivo, dos equipamentos utilizados ou uma soma destes fatores? Verifica-se que neste tipo de obra exigese um acompanhamento mais rigoroso do responsável técnico pela obra sendo necessário criar métodos de acompanhamento mais planejados com registros próprios onde se possam definir ações corretivas para os problemas que possam surgir na execução. Identificar as patologias por ventura advindas deste tipo de obra, suas causas, os efeitos, as ações de intervenção pode significar o sucesso ou fracasso do próprio empreendimento.

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INFORME | OI

Oi investe R$ 670 milhões em Minas Gerais em 2013 Presente em 796 municípios mineiros (total de sua área de concessão – 93% do Estado), a Oi está investindo R$ 675 milhões em Minas Gerais este ano. O valor está sendo utilizado na expansão e melhoria da infraestrutura, na adoção de novas tecnologias e na melhoria de processos, para assegurar a qualidade no atendimento e na prestação dos serviços oferecidos aos clientes. Os recursos também estão sendo aplicados na instalação de novas portas Oi Velox, de acesso à internet banda larga, instalação de antenas 3G, além de reforço de antenas 2G e implantação de 4G. Desde 2008, a companhia já investiu em Minas cerca de R$ 2,9 bilhões. Na telefonia fixa, a Oi possui 2,5 milhões de terminais em serviço em Minas, sendo 77 mil telefones de uso público. A empresa é um dos quatro maiores recolhedores de ICMS no estado, contribuindo com R$ 1,09 bilhão por ano, em média.

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Oi Velox Na banda larga, a estimativa da Oi é chegar ao final do ano com 1 milhão e 525 mil portas instaladas no estado (portas são os equipamentos de acesso à internet banda larga). Alem disso, a companhia já disponibiliza ofertas Oi Velox nos moldes do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) em 491 municípios mineiros. Ainda como parte das iniciativas da Oi para ampliar o acesso à banda larga em Minas, a companhia também disponibilizou o acesso à internet a 6.314 unidades de ensino público de localidades urbanas do estado por meio do programa Banda Larga nas Escolas.

Oi WiFi Em outubro, a Oi alcançou 62.096 pontos de acesso à sua rede wi-fi em Minas Gerais. A companhia vem investindo neste segmento com objetivo de reforçar o seu

posicionamento de operadora convergente, que oferece a experiência de internet mais completa para o cliente, com banda larga fixa e móvel. O presidente da Oi, Zeinal Bava, anunciou que a rede Oi WiFi alcançará a marca de 500 mil pontos de acesso em todo o Brasil até o fim deste ano. Zeinal destacou que o serviço da Oi de acesso à internet por meio da rede Oi WiFi já conta com 319 mil hotspots, o que consolida a companhia na posição de líder em wi-fi no Brasil.

Lojas próprias A Oi já possui 14 lojas próprias em Minas Gerais. No estado, a primeira loja da Oi foi inaugurada em maio de 2012, no Shopping Estação BH. A Oi possui lojas próprias funcionando em Belo Horizonte, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga e Sete Lagoas, Até o final do ano, será inaugurada a 15ª loja, em Contagem.


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O Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, mantém em Belo Horizonte um espaço cultural completo, abrangendo o Museu das Telecomunicações, o Teatro Oi Futuro Klauss Vianna e duas galerias de arte (Galeria de Artes Visuais e Galeria de Artes Gráficas e Fotojornalismo)

Cultura e Educação O Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, mantém em Belo Horizonte um espaço cultural completo, abrangendo o Museu das Telecomunicações, o Teatro Oi Futuro Klauss Vianna, com capacidade para 330 lugares, e duas galerias de arte (Galeria de Artes Visuais e Galeria de Artes Gráficas e Fotojornalismo), além de um Multiespaço, utilizado para pequenos eventos e para exibição de filmes pelo Cineclube Oi Futuro. Completamente reformulado, o Museu das Telecomunicações apresenta desde fevereiro novas atrações interativas e recursos tecnológicos de última geração. O espaço passou por uma grande reforma, substituindo placas iconográficas por tablets e ganhando equipamentos ativados por gestos e sensíveis ao

toque. O resultado é uma nova experiência para os visitantes. O Oi Futuro também mantém em Minas Gerais a Oi Kabum! Escola de Artes e Tecnologia, com o objetivo de permitir que jovens de 14 a 24 anos, estudantes egressos das escolas públicas da Região Metropolitana, desenvolvam competências para lidar com variados aspectos da tecnologia e das artes, por meio do acesso irrestrito às redes e da autonomia para produzir informação, arte e cultura em cursos e oficinas. A Oi Kabum! BH, que funciona no Plug Minas, núcleo de cultura criado pelo governo do estado, acaba de receber a certificação do Ministério da Educação e da Secretaria de Estado da Educação que a qualifica como escola técnica. O reconhecimento ao

programa de educação do instituto de responsabilidade social da Oi que já formou cerca de 900 jovens de comunidades populares em dez anos de atuação, em quatro grandes capitais do país – além de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife e Salvador – representa um grande passo para a instituição. A Oi Kabum! em Belo Horizonte oferece os cursos de Design Gráfico, Web Design, Computação Gráfica, Vídeo e Fotografia a jovens moradores de comunidades populares urbanas, de 16 a 22 anos.A formação tem duração de 18 meses e é voltada a estudantes ou jovens formados na rede pública de ensino. 54


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INFORME | OI

Projeto Click O Projeto Click, considerado a espinha dorsal do plano de transformação das operações da Oi, teve início em setembro de 2013, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e em outubro foi lançado em Pernambuco. Também já está sendo implantado em Maceió e Natal e em dezembro deverá chegar a Fortaleza. A expectativa é de que esteja concluído em 2014. A ClickSoftware’s – multinacional especializada no fornecimento de soluções para gestão e otimização de força de trabalho de campo na indústria de serviços – foi a empresa escolhida para implementar o projeto. Nas cidades onde o projeto já foi implantado, já se verifica melhora nos indicadores de produtividade. Em Belo Horizonte, a primeira região a receber o projeto foi a Leste, que abrange 52 bairros, entre eles alguns bastante tradicionais e populosos, como Cidade Nova, Santa Tereza, Floresta, Santa Efigênia e São Gabriel. Hoje, toda a área de atuação da empresa no estado já está atendida pelo projeto. No total, 2.800 técnicos foram treinados em Minas para usar a nova ferramenta de gestão das equipes de campo, que possibilita mais agilidade no atendimento ao cliente. O projeto Click terá 30 mil técnicos envolvidos em todo o Brasil. O WFM cobrirá o atendimento dos serviços de banda larga, telefonia fixa, TV (DTH) e telefonia pública. Com a nova ferramenta, será possível otimizar a rota de atendimento, dando mais autonomia aos técnicos, com a redução no tempo de viagem, melhor controle dos compromissos e diminuição das falhas dos agendamentos.

Novos produtos

viços de internet móvel, aplicativos e SMS. A Oi desenvolveu o produto a partir de interações com os colaboradores mais jovens da companhia, valorizando o capital intelectual interno da empresa, de estudos com o público jovem externo e de pesquisas de mercado, para entender suas necessidades, identificando uma galera com valores, percepções e hábitos de consumo próprios vinculados à conectividade e ao compartilhamento de experiências. O Oi Galera é o único plano que oferece serviços de voz, dados, SMS, música e acesso à maior rede wi-fi do Brasil, pagando apenas R$ 0,99 pelo dia que usar. O relacionamento com o publico jovem fortalece o posicionamento da Oi nesse segmento, já que a companhia é a primeira marca que vem à cabeça (Top of Mind) de jovens entre 18 e 25 anos.

Um dos principais lançamentos realizados pela companhia este ano é o Oi Galera, produto voltado prioritariamente para o público jovem. A iniciativa está focada em um produto fundamentado no uso de ser-

O Oi Galera foi desenhado como plano pré-pago, com foco no acesso à Internet e envio de SMS, serviços identificados como preferências desse público, além de ligações.

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LEGADO SME | ESPECIAL

Tárcio Primo Belém Barbosa um legado para Engenharia mineira No dia 29 de dezembro de 2013, o engenheiro civil e ex-presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), Tárcio Primo Belém Barbosa, faleceu após sofrer um infarto do miocárdio. Ele estava de férias com a família no Praia Clube de Araruama, um projeto particular que, desde o início, era programa favorito. Formado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais em 1959, ele foi um dos profissionais mais ativos e atuantes de sua geração, com extenso currículo de obras e vasta experiência acumulada nos diversos cargos de gestão na iniciativa privada e também no serviço público. O engenheiro que construiu pontes, fóruns, escolas, estradas e edifícios também incluiu, no seu currículo, a obra da casa em que morou durante décadas, no bairro Serra. Quanto à experiência como gestor,Tárcio Barbosa foi secretário de Estado de Obras Públicas entre 1981 e 1982, no governo de Francelino Pereira. No entanto, sua maior característica foi a admiração incondicional pela Engenharia e a defesa veemente dos interesses de seus pares. Por dois mandatos, entre 1975 e 1979,Tárcio Barbosa presidiu a Sociedade Mineira de Engenharia (SME) e, entre 1982 e 1984, o Conselho Regional de Engenharia de Minas Gerais (CREA-MG). Ele foi o engenheiro responsável pela construção da sede das duas entidades, a forma que encontrou para valorizar a sua classe profissional.

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Não havia limites para o engenheiro. Membro do Conselho do CREAMG e frequentador assíduo da programação da SME, ele tornou-se um profissional conhecido e admirado por todos, pela atenção e interesse que sempre dispensou aos seus colegas de profissão. Com isso, manteve-se permanentemente qualificado. Em 2013, o engenheiro ocupava a cadeira de presidente da Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, uma experiência que o manteve ainda mais ativo. O projeto do Centro de Memória da Engenharia demandou tempo e energia que ele nunca economizou. Seguro de si e de sua causa, não poupou esforços e pedidos de ajuda a amigos e empresários. Sua oratória e capacidade de comunicação também fortaleceram a imagem de liderança para os engenheiros mineiros. A rede de relacionamento de Tárcio Barbosa era muito grande, o que abria oportunidades para fazer bem e construir um legado de humanidade por todos os lugares por onde passou. Colecionador de roupas e de medalhas, o engenheiro que nasceu em Ouro Preto, recebeu Diploma e Medalha de Honra da Inconfidência, do Mérito Legislativo e, também, do Jubileu de Ouro do Sistema Confea – CREA. Entre os títulos, o de Cidadão Honorário de Belo Horizonte, sempre esteve entre os favoritos. O engenheiro deixou esposa e quatro filhos.

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