SEM.BRASIL-INCOMPLETO

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Deus quer, o homem sonha, a obra nasce. Fernando Pessoa


Brasil

“O tem forma geográfica de um coração. Todo brasileiro tem este coração. A música vai de uma alma a outra. Os pássaros conversam pela música. Eles têm

coração..

do

Tu que se sente na vida se sente no coração. O coração é o metrônomo da vida, e há muita gente na humanidade que se esquece disso.

Justamente, o que mais precisa a humanidade é de um metrônomo. Se houvesse alguém no mundo que pudesse colocar um metrônomo no cimo da Terra, talvez estivéssemos mais próximos da Paz. Por que se desentendem, vivem descompassados raças e povos? Porque não se lembram do metrônomo que guardam no peito, o coração. Villa-Lobos


Humberto de Campos 1886 - 1934 Em 1910, quando contava 24 anos, publica seu primeiro livro de versos, intitulado “Poeira” (1.ª série), que lhe dá razoável reconhecimento. Dois anos depois, muda-se para o Rio de Janeiro, onde prossegue sua carreira jornalística e passa a ganhar destaque no meio literário da Capital Federal, angariando a amizade de escritores como Coelho Neto, Emílio de Menezes e Olavo Bilac. Torna-se cada vez mais conhecido em âmbito nacional por suas crônicas, publicadas em diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais brasileiras, inclusive sob o pseudônimo “Conselheiro XX”. Em 1919 ingressa na Academia Brasileira de Letras, sucedendo Emílio de Menezes na cadeira n.º 20. Um ano depois ingressa na política, elegendo-se deputado federal pelo seu Estado natal, tendo seus mandatos sucessivamente renovados até a eclosão da Revolução de 1930, quando é cassado. Após passar por um período de dificuldades financei-

ras, é nomeado, graças à admiração que lhe votavam figuras de destaque do Governo Provisório, Inspetor de Ensino no Rio de Janeiro e, posteriormente, diretor da Casa de Ruy Barbosa. Em 1933, com a saúde já debilitada, Humberto de Campos publicou suas Memórias (1886-1900), na qual descreve suas lembranças dos tempos da infância e juventude. A obra obteve imediato sucesso de público e de crítica, sendo objeto de sucessivas edições nas décadas seguintes. Uma segunda parte da obra estava sendo escrita por Humberto de Campos quando de seu falecimento, vindo à lume postumamente sob o título de Memórias Inacabadas. Após vários anos de enfermidade, que lhe provocou a perda quase total da visão e graves problemas no sistema urinário, Humberto de Campos faleceu no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1934, aos 48 anos, em virtude de uma síncope ocorrida durante uma cirurgia.

Humberto de Campos foi um dos maiores escritores brasileiros do século XX. Membro da academia brasileira de letras, Campos foi um cronista virtuoso que soube colorir o cotidiano nacional com uma prosa terna e mordaz, a um só tempo. Em O Brasil Anedótico, por exemplo, Campos comenta a vida social e política do país, registrando com humor inconfundível, fatos históricos negligenciados pela historiografia tradicional. Trata-se de literatura altamente qualificada a serviço da cultura nacional. Aliás, muito recentemente os historiadores de ofício se renderam ao valor da obra literária como documentação. Agora os livros de literatos como Humberto de Campos passam a ser revisitados pelo mundo acadêmico e se submetem ao olhar crítico de quem busca nas entrelinhas do texto, informações preciosas sobre um dado contexto. O que estamos a dizer, é que sempre serão relevantes os produtos culturais comprometidos com a formação de uma cultura historiográfica no Brasil. Obras que considerem a singularidade do processo histórico brasileiro, podem se tornar vigoroso instrumento de construção da cidadania quando lidas com criticidade. Reconhecer a complexidade que envolve a convivência social, cultural e étnica em nosso país será o primeiro passo para a superação da intolerância. Um povo deve conhecer a própria história, suas tradições, conscientizando-se quanto às suas crenças e valores. E muito se ganha nesse sentido quando resgatamos trabalhos literários cuja a temática é a história nacional. Essa é uma das bases concretas sobre as quais se erguem os preceitos éticos. E é a ética que norteia e exige de todos, propostas e iniciativas que visem à superação do preconceito e da discriminação.


O Seminário Litero-musical Brasil, Coração do Mundo articulará teatro, música, dança, artes plásticas e poesia em torno de um estudo multidisciplinar de uma obra literária de mesmo nome escrita por Humberto de Campos. Será uma grande reunião de artistas e pesquisadores que estarão socializando suas impressões sobre um livro singular que romanceia a História Colonial e Imperial do Brasil. A contribuição de eventos dessa natureza se dá no campo da construção de uma democracia plena, que promova a experiência do respeito mútuo. Será a música, o livro, o teatro, a dança e a pintura transcendendo perspectivas estreitas e apontando para um horizonte social mais feliz. Um espetáculo artístico assim, que trata da formação de nossa engrenagem civilizatória, têm um papel fundamental nessa tomada de consciência. Em primeiro lugar, porque a arte é o espaço em que se dá a convivência entre os diferentes. Em segundo, porque é na interação cultural em torno de uma obra literária de natureza histórica que, muitas vezes, são repensadas as regras do espaço público para o convívio democrático com a diferença. Em terceiro lugar, porque esse evento apresenta ao cidadão conhecimentos sistematizados sobre o país e o mundo, e aí a realidade plural de um país como o Brasil fornece subsídios para debates e discussões em torno de questões sociais no mundo inteiro.


No cenário mundial, o Brasil representa uma esperança de superação de fronteiras e de construção da relação de confiança na humanidade. A singularidade que permite essa esperança é dada por sua constituição histórica peculiar no campo cultural.

SEMINÁRIO LÍTERO-MUSICAL “A CAMINHO DA LUZ”


Constelação da Cruz, cheia de graças, Transfundi numa só todas as raças, No país da esperança e da bondade. Pedro de Alcântara

Parnaso de Além de Túmulo Chico Xavier


Reconhecer a complexidade que envolve a convivência social, cultural e étnica em nosso país será o primeiro passo para a superação da intolerância. Um povo deve conhecer a própria história, suas tradições, conscientizando-se quanto às suas crenças e valores.


Brasileiros, vivamos a aliança Do trabalho, do bem e da esperança, No País da Bondade, almo e fecundo!...

Pedro de Alcântara Chico Xavier


PROPOSTA ARTÍSTICA PARA O SEMINÁRIO LÍTERO-MUSICAL BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO Os dois dias dedicados a este seminário, contemplam as seguintes atividades

SÁBADO – 8:00 ÀS 19:00H

DOMINGO – 8:00 às 22:00h

1) Apresentação Artística – Grande Teatro Ainda dependemos de resposta efetiva quanto a data e local para fecharmos com artistas que planejamos convidar para o evento. Nomes como Rolando Boldrim, Altay Veloso (Alabê de Jerusalém), Selma Reis, Ladston do Nascimento, Lima Duarte, Cia Laboro de Teatro, Luciano Luppi, entre outros.

1) Termino da montagem para o Seminário, ensaios, etc. 2) Gravação para DVD do Seminário LíteroMusical Brasil, coração do mundo.

2) Painel – Grande Teatro - Com a participação de 5 especialistas sobre História do Brasil e conhecedores da obra de Humberto de Campos. Trata-se da apresentação da obra com enfoque na sua contribuição para o povo brasileiro nos seus aspectos culturais, histórico, étnico e literário. Participam deste debate multidisciplinar, professores, doutores, literatos, magistrados. 3) No hall de entrada, exposição da pesquisa realizada sobre a obra e intervenções artísticas (esquetes baseadas na obra). 4) Venda de Livros e DVDs – No hall de entrada 5) Início da Montagem do seminário de Domingo a partir das 19 horas.

a. Seminário proferido por Haroldo Dutra Dias b. Apresentações musicais com participação de: i. Ladston Nascimento ii. Altay veloso iii. Ricardo Marçal - Violonista iv. Demósthenes Junior e quarteto de cordas v. Apresentação de peças de Villa Lobos vi. Outros convidados dependem da data e local da apresentação vii. Dança com Natália Samarino viii. Intervenções Multimídia c. Sonorização – EMERSOM d. Iluminação e projeções – Df Audio Visual - Fabio Duraes


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