Investigação sobre reencarnação

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Investigação sobre reencarnação Existe a possibilidade real de diretamente pesquisar reencarnação através do acesso à memória de crianças em tenra idade. O pesquisador Ian Stevenson (fig. 1) entretanto falecido em 2007 tem mais de 2000 casos investigados.

Fig 1 - Ian Stenvenson

Erlendur Haroldsson

O trabalho de Stevenson foi continuado pelo professor de psiquiatria na Universidade de Virgínia Jim Tucker (fig. 2) o qual já possui um arquivo com cerca de 2500 casos de crianças que tiveram lembranças de vidas anteriores.

Fig. 2 - Jim Tucker Um dos casos reportados por Tucker é o do menino Ryan Hammons (fig. 3) que, com quatro anos de idade, começou a ter lembranças fortes de uma existência anterior como ator em Hollywood, afirmando ter três filhos cujos nomes não conseguia lembrar-se. Seus pais, céticos inicialmente, levaram-no ao médico que predisse o fim de suas crises com o passar do tempo. Um dia, enquanto folheavam um livro sobre atores de Hollywood, Ryan conseguiu identificar-se entre os atores da década de 1930. Vários foram os dados fornecidos por Ryan que o identificam de forma inequívoca com Marty Martin, famoso ator de Hollywood na década de 30. Ryan é um dos autênticos casos de lembranças de vida anterior, como descreve Tucker.

Fig. 3 - Ryan e sua existência anterior como o ator Marty Martin (~1930).


Do trabalho de Tucker, ao lidar com grande volume de dados, resultou a compilação de alguns números que demonstram os padrões estatísticos observados nos casos que ele estudou:        

A maior parte das crianças que se lembram de vidas anteriores tem entre dois e seis anos de idade. A idade média com que ocorreu a desencarnação da personalidade na vida anterior é de 28 anos; 60% das crianças que se lembram de vidas anteriores são meninos; Aproximadamente 70% das crianças afirmam ter desencarnado de morte violenta ou não natural; Nos casos de falecimento por morte violenta, mais de 70% são meninos; 90% das crianças afirmam pertencer ao mesmo género da existência anterior (ou seja, 10% trocam de sexo); O tempo médio entre existências é de um ano e meio; 20% das crianças afirmam lembrar-se do que ocorreu no intervalo de erraticidade (quando estão desencarnadas).

Continua-se a pesquisar se há fatores culturais que influenciam estes dados reencarnacionistas porque outros estudos têm demonstrado que variações de cultura - que impõem vínculos de comportamento e, podem limitar o livre-arbítrio das pessoas – determinam que o fenómeno tem algumas variações de uma região (ou cultura) para outra. Isso indicia que parte da nossa cultura ou conhecimentos anteriores transitam para a reencarnação seguinte, o que corrobora o que está indicado no Livro dos Espíritos. Para conhecer mais dos casos de Tucker, recomendamos um dos seus livros que foi recentemente publicado - "Return to Life - extraordinary cases of children who remember past lives" (Retorno à Vida, casos extraordinários de crianças que lembram vidas passadas - ainda sem tradução para o Português).

5 casos sugestivos de reencarnação 5. Gus Ortega (Colorado-EUA)

Fig. 4 - Gus Ortega acredita ser a reencarnação do seu avô. Gus Ortega diz ter sido seu avô. Ele começou a falar disso quando tinha 18 meses e fez muitas declarações bem específicas. Este é um dos mais convincentes casos de reencarnação investigado por Jim Tucker. Gus afirma ser seu avô Augie, morto em 1993 por um derrame. Ele tinha uma loja, vendia de tudo


e amava a sua família, mas nunca conheceu seu neto Gus, que nasceu 1 anos após a morte de Augie. Com um ano e meio, Gus disse para o seu pai enquanto ele mudava a sua fralda: "Quando eu tinha a tua idade, eu mudava a tua fralda". Um dia, o seu pai trouxe fotos antigas para casa e mostrou ao filho. Algo extraordinário aconteceu: seu filho apontou para uma pessoa na foto e disse "Oh... esse sou eu!". Gus lembrava-se de episódios da vida do avô dos quais o seu pai mal se lembrava....

4. Ian Hagedorn (Florida-EUA)

Fig. 5 - Ian Hagedorn acredita ser a reencarnação do seu avô Casos americanos com marcas de nascença são incomuns, mas existem. Tucker estudou este: Ian Hadedorn, de 6 anos, mora em Pensacola e é filho de Maria Hagedorn. Ele diz ter sido um polícia em Nova York morto com um tiro. Sua lembrança diz que uma noite entrou numa loja e lá havia bandidos que o mataram com um tiro. Este polícia seria o pai de sua mãe! Ian sofre de uma rara doença do coração e quando se esforça demais desmaia. Ele já fez 6 cirurgias antes de fazer 4 anos. Sua artéria pulmonar foi gerada com defeito, fazendo com que seu coração não se desenvolva do lado esquerdo. Maria conta que seu pai era polícia e quando entrou na Radio Shack dois homens tiraram uma metralhadora do casaco e a apontaram para o gerente. Seu pai disse: "Larga as armas, é a polícia." Alguém atirou nele quando disse isso. Na autópsia, a causa da morte foi uma artéria pulmonar rompida causada por um tiro. A mesma artéria que faz Ian sofrer atualmente! Maria conta que com 3 anos, Ian estava a fazer bagunça e ela disse-lhe para ele parar senão iria apanhar, e então ele disse: "Quando tu eras pequena e eu era teu pai, tu fizeste muita bagunça e eu nunca te bati." Ian continuou a falar sobre o avô, convencendo a todos de que é ele reencarnado.

3. Diluskshi Nissanka (Sri Lanka)

Fig. 6 - Diluskshi acredita ser a reencarnação da menina Shiromi


O Sri Lanka é um país de maioria budista e de lá vêm muitos e talvez os melhores casos de reencarnação. O caso de Diluskshi Nissanka é um dos mais fantásticos. É estudado pelo Prof. Erlendur Haraldsson da Universidade da Islândia. Diluskshi falou de uma vida passada durante 3 anos, onde ela persistia e repetia a mesma história sem parar. Ela chocou os pais quando disse que não era filha deles. Disse ter outros pais noutro lugar e que morou num lugar perto de Dambulla, local a 6 horas de viagem, onde havia um rio, e que caiu de uma ponte que passava sobre ele e morreu.

Fig. 7 - A ponte onde Dilukshi caiu e se afogou Para a família de Nissanka, suas lembranças são dolorosas. Sempre que falam disso, fica claro que Nissanka não se sente parte da família. É ainda mais difícil para a sua mãe. "Ela começou a falar da outra vida na escola Montessori e que seu templo ficava noutro lugar. Quando comíamos e íamos dormir, ela falava de sua outra vida. Eu me senti muito mal, ela só falava da sua outra família." diz Kashuriarachi, mãe de Diluskshi. "Fiquei tão irritado com ela que, uma vez, bati nela." diz Siriwardana, pai de Diluskshi. Um jornalista ouviu o caso e publicou a sua história no jornal. Logo a família recebeu uma carta de um senhor chamado Ranatunga, que reconheceu Diluskshi como sendo sua filha morta. Os Nissankra fizeram uma viagem de 6 horas até Dambulla para encontrar esta família. No caminho, Diluskshi reconheceu o local e guiou o motorista para a casa onde sua antiga família morava. Foi um encontro emocionante. Diluskshi fica muito mais à vontade nesta família. Shiromi, a filha de Ranatunga, tinha 6 anos quando morreu afogada ao cair da ponte. De 20 declarações dadas por Diluskshi, 12 encaixam-se muito bem e são bem específicas.

2. Cameron Macaulay (Escócia)

Fig. 8 - Cameron Macaulay Este caso de reencarnação é um dos mais bem estudados e foi episódio da série “Histórias Extraordinárias”, exibido no Discovery Channel. Foi estudado por Jim Tucker. Como uma típica criança de seis anos de idade, o pequeno Cameron Macaulay gostava muito de


fazer desenhos. Um de seus preferidos era o de uma casa de um único pavimento, com a fachada toda branca, localizada numa baía. Quando sua mãe perguntou que casa era aquela, Cameron respondeu que aquela era a sua casa, e que ele vivia ali com sua antiga mãe, numa região situada em Barra, uma ilha escocesa, a uma distância de 260 quilómetros de seu lar atual. Cameron estava convencido de que tinha vivido uma vida passada, e estava muito preocupado que sua antiga família pudesse estar a sentir a sua falta. Desde que aprendeu a falar, Cameron contava aventuras infantis vividas naquela ilha, e ele passou a fornecer detalhes sobre a casa em que estas aventuras aconteceram e muitas outras memórias vieram à tona. Cameron descrevia sua antiga família, seus irmãos e irmãs, chegando até mesmo a contar como seu antigo pai tinha morrido. Depois, Cameron começou a apresentar sinais de tristeza e sofrimento, reclamando por estar separado da sua família de Barra. A professora de Cameron chamou os seus pais e disse-lhes que o menino se queixava muito da ausência dos pais e dos irmãos. Além disso, sentia muita falta de brincar nas pedras da praia e reclamava que sua casa atual tinha apenas um quarto de banho, enquanto a casa de Barra tinha três. Desde então não parava de falar sobre a ilha e o que tinha experimentado ali. Contou como costumava observar os aviões a pousar desde a janela do seu quarto. Disse que seu pai se chamava Shane Robertson, e que ele tinha morrido porque não tinha olhado para os dois lados, possivelmente referindo-se a um atropelamento. Uma equipa de pesquisadores, entre os quais Jim Tucker, procuraram o menino, e o convidaram a ir a Barra para conhecer o seu antigo lar. O menino ficou tão excitado que não conseguia parar de pular de alegria.

Fig. 9 - Ilha de Barra e a casa que Cameron diz ser sua primeira casa Quando o avião pousou na baía de Cockleshell, e Cameron desceu do avião, levantou as suas mãos ao alto e gritou: “Estou de volta!” A equipa de pesquisadores localizou a casa branca na baía (fig. 9), dirigiram-se para lá, mas sem contar nada a Cameron. Ao chegar à frente da construção, Cameron reconheceu-a logo. Porém, Cameron parecia triste enquanto andava pelo interior da casa, como se sentisse falta de alguma coisa. Talvez ele estivesse à espera que, ao entrar em casa, sua mãe estivesse ali para recebêlo, exatamente como ele se recordava. Conhecia todos os seus detalhes, e não demorou para que encontrassem os três quartos de banho que ele tinha mencionado à sua professora. Ao ver as fotos antigas de família, Cameron reconheceu um carro preto e um cão preto e branco, dos quais ele já tinha falado diversas vezes. A partir desta viagem a Barra ninguém mais desconfiava que Cameron estivesse a inventar coisas, e o menino se tornou mais calmo, não sentindo mais a tristeza que tanto o aborrecia.


1. James Leininger (Estados Unidos)

Fig. 10 - James M. Huston Jr. e James Leininger James Leininger era uma criança que gostava de brincar somente com aviões e somente aviões. Não adiantava outros brinquedos que seus pais Andrea e Bruce lhe davam para brincar; ele só queria aviões. Aos 2 anos mudou. Ele começou a ter pesadelos terríveis relacionados à aviação de guerra. Sua mãe acordava-o quanto ele gritava coisas como: ”avião atingido em chamas; o homem pequeno não consegue sair.” Seus pais levaram-no ao terapeuta Carol Bowman, que se dedicava ao estudo de casos de reencarnação, o qual conseguiu trazer da memória do menino diversas lembranças. Ele detalhou que era um piloto de caça e que seu avião, um Corsair que estava quase sempre com os pneus vazios, havia sido atingido em cheio no motor direito pelos japoneses em Iwo Jima.

Fig. 11 - James Leininger e Anne Barron

Fig. 12 - James Leininger já adolescente

James contou ao pai que ele tinha descolado de um navio chamado Natoma, e que tinha voado algumas vezes com alguém chamado Jack Larson. Bruce, o pai de James, descobriu que o Natoma e Jack Larson eram reais. O Baía Natoma era um pequeno porta-aviões no Pacífico, e Larson morava no Arkansas. Seu pai descobriu que o único piloto da esquadra morto em Iwo Jima se chamava James M. Huston Jr. e tinha 21 anos, morto em 3 de março de 1945. Ele passou então a acreditar que seu filho era a reencarnação de James M. Huston Jr., e que ele tinha voltado porque havia algo a ser terminado. O casal Leininger escreveu uma carta à irmã de Huston, chamada Anne Barron, contando a história do menino. Diante de tantos detalhes, que de modo algum ele poderia saber, ela também passou a acreditar. Este tem sido considerado o caso mais documentado de reencarnação já estudado e a história é tão atraente que deu origem ao livro: "A Volta" da Editora BestSeller.


Ian Stevenson

Ryan e o ator Marty Martin (1930)

Erlendur Haraldsson

Jim Tucker

Gus Ortega acredita ser a reencarnação de seu avô

Ian Hagedorn acredita ser a reencarnação do seu avô

Diluskshi acredita ser a reencarnação da menina Shiromi. A ponte onde Shiromi caiu e se afogou


Cameron Macaulay

Ilha de Barra e a casa que Cameron diz ser sua primeira casa

James M. Huston Jr. e James Leininger

James Leininger jรก adolescente

Tregosa, maio de 2016 Carlos Rodrigues

James Leininger e Anne Barron


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