Colégio Objetivo / Intervalo Portal

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Boletim Informativo do Objetivo Portal - maio 2007

A voz comanda o tom na comunicação entre pais e filhos Quando os gritos tornam-se um hábito natural, desgastam a autoridade O tom da voz é um dos fatores

sona, que significa por onde soa.

se relacionar socialmente. Se-

determinantes da qualidade de

Assim, ela pode aproximar e,

gundo a psicóloga Mara Maga-

comunicação e vínculo afetivo

também, afastar as pessoas. E

entre pais e filhos. Segundo a

lhães, é fundamental o diálogo.

sua expressividade é o caminho

Fonoaudióloga e Mestre em Dis-

para a eficácia da comunicação.

túrbios da Comunicação, Vânia

“Dizer ao nosso filho eu te amo

Lopes, é pela voz que as pes-

da mesma forma que dizemos

soas demonstram como estão

é hora do banho, não confere

emocionalmente, se alegres ou

sentido à expressão de afeto”,

cia na comunicação entre pais e

tristes, preocupadas, apressa-

ressalta a fonoaudióloga. As pa-

filhos é um dos obstáculos mais

das ou ansiosas. Além disso, a

lavras carregam, na voz, a inten-

graves para o estabelecimento

voz é uma expressão da nos-

ção e é isso que faz a diferença

sa personalidade, da nossa per

de vínculos afetivos.

na comunicação.

No aspecto alimentar, a expres-

Quando o tema é a autoridade,

são comunicativa dos pais pode

se os pais costumam falar muito alto, perdem sua força expressiva. Ao gritarem, demonstram descontrole emocional. “O ideal

mita, ele tem muitas dúvidas na hora de tomar suas decisões”. Mara considera que a incoerên-

ser determinante da resistência dos filhos em comer. O pediatra Edson Oshiro ressalta que, quan-

seria que o aumento na intensi-

do os pais cobram das crianças

dade da voz ficasse reservado

uma alimentação adequada, a

a situações de emergência, e os

agressividade na voz, fruto de

gritos também, ou seja, sem se

seu

descontentamento,

pode

tornarem rotineiros”, diz Vânia.

piorar a situação. “O tom de fir-

A boa expressão da autorida-

meza é fundamental, mas sem

de exige firmeza na voz, uma boa articulação e uma fala bem definida, em um tom mais grave.

palavras negativas. O momento das refeições deve transcorrer em paz e harmonia. Não pode-

Na relação com o ado-

mos nos esquecer de que as

lescente, a comunicação

crianças entendem muito mais

deve atender a necessi-

uma comunicação carinhosa”,

dade que o jovem tem de

Mara Magalhães, psícologa

“Embora o adolescente não ad-

observa o médico.


Fundamental I

Berçário

A curiosidade aguça o espírito científico Na Oficina de Escotismo, as crianças criaram “engenhocas”

Crianças ampliam autoconhecimento com a cultura corporal Aulas de Psicomotricidade oferecem estímulos especiais para novas conquistas A construção da identidade começa na infância e os estímulos que a criança recebe, na escola e no ambiente familiar, são fundamentais para que ela consiga relacionar seus interesses e necessidades ao mundo que está começando a conhecer. Com base no “Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil”, está sendo desenvolvido, no Berçário 2 e 3, um programa especial de Educação Psicomotora. Em aulas que trabalham a cultura corporal, por meio da dança, do teatro,

de jogos e movimentos, as crianças estão ampliando o autoconhecimento e se apropriando do ambiente onde vivem. Para isso, usam imaginação. Materiais como caixas, lençóis, aventais que contam histórias, criam o cenário propício para que as crianças brinquem e construam novas percepções a cerca de si e do outro. Para enriquecer mais ainda essa experiência, os alunos do Berçário 3 foram à Fazenda Objetivo, onde puderam deitar e rolar na grama, brincando com liberdade em

um ambiente acolhedor. Um piquenique brindou o final desse trabalho. Da mesma forma, no Berçário 1, a aula especial de Música propiciou um encontro gratificante da equipe pedagógica com os alunos e suas famílias. Na oportunidade, todos tiveram uma vivência agradável. Os pais puderam conhecer o trabalho realizado nas aulas e, assim, constataram que a música é uma forte aliada para o desenvolvimento de seus filhos.

Educação Infantil

Mais valor à amizade e à pluralidade cultural Comemorações da Páscoa e do Dia do Índio valorizaram o respeito e a união As datas comemorativas do mês de abril, a “Páscoa” e o “Dia do Índio”, foram aproveitadas para trabalhar dois temas na Educação Infantil: a amizade e a pluralidade cultural. Os alunos tiveram a oportunidade de refletir sobre o valor do respeito às diferenças e sobre a riqueza da diversidade dos costumes. Também foram estimulados a pensar sobre o valor da amizade, assistindo à encenação do texto “O dia em que não só o coelho era da Páscoa”, uma adaptação da professora Érica Maldonado, que encantou as crianças e despertou a consciência de que sem amigos, a vida se torna vazia. A visita à tribo Pataxó, no Sítio Santa Rosa, em Tatuí, foi outra experiência marcante, na qual

os alunos conviveram um dia inteiro com os índios, exemplo de uma cultura de vida comunitária. Eles mostraram porque é importante a união da tribo na execução das tarefas diárias e o valor de compartilhar os alimentos, como símbolo do amor fraterno. As crianças puderam saborear a culinária indígena, aprender danças típicas e pintar o rosto com urucum. Quem arriscou a praticar o arco e flecha recebeu todas as

instruções de segurança. De volta à escola, as comemorações do Dia do índio continuaram com outras atividades.

O espírito curioso dos alunos das 2as séries ganhou espaço na Oficina de Escotismo, durante as aulas de iniciação científica, na qual os conhecimentos teóricos foram aplicados na prática, despertando o prazer pela ciência. O professor Dagoberto Mebius, responsável pelas atividades, conta que “a construção de engenhocas funcionou como uma experiência simples e divertida, na qual os conceitos criaram vida”. Com objetos caseiros, como copos plásticos, barbantes, corantes, canudos de refresco, entre outros, os alunos criaram experiências físicas, com água, som, magnetismo, luz e calor. Absolutamente seguros, os experimentos aguçaram a curiosidade dos

Fundamental II

Experimentos seguros despertam a curiosidade pela ciência alunos pelo universo científico. E, certamente, uma vivência que já está guardada na memória de todos foi a construção do “relógio do Sol” ou gnomon. Formado por barbante, lápis e uma vareta, o instrumento funciona com a incidência da luz solar na superfície onde é colocado. Cada aluno construiu seu próprio relógio, utilizando o conhecimento adquirido durante as atividades.

Alunos pesquisam o universo do atletismo Nas aulas de Educação Física o “Projeto de Pesquisa” gera novos conhecimentos e muda a avaliação A disciplina de Educação Física no Objetivo Sorocaba não se traduz apenas a exercitar o corpo por meio de atividades corporais ou esportivas. Essa prática é mais abrangente e está gerando a construção de novos conhecimentos, com a implantação do “Projeto de Pesquisa”. A cada bimestre, os alunos são estimulados a pesquisar em equipe um assunto relacionado ao programa.O primeiro tema foi o “Atletismo” e a motivação dos jovens gerou ótimos resultados. Segundo o coordenador Maurício de Assis Aquino, a proposta pretende criar um entendimento maior sobre o valor da Educação Física na qualidade de vida. Outra razão: “é que dessa forma, podemos in-

cluir e valorizar a participação daqueles que não se identificam com a prática esportiva, mas são muito hábeis na realização de pesquisas”. A forma de avaliação, também, foi alterada, com um acompanhamento individualizado, para um registro minucioso do desenvolvimento físico. Durante a Reunião de Pais, em abril, os resultados do projeto já foram apresentados e todos se sentiram confiantes com a responsabilidade assumida pela equipe nesse trabalho. Benedita Elisimara Gazzola Zanardo, mãe de Orlando Zanardo, disse que “a proposta é excelente, pois promove a vinculação do prático e do teórico. Com certeza, esse trabalho irá refletir no futuro deles”.

E X P E D I E N T E

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Angela Martins Vieira (MTB 13.305) REVISÃO: João Batista Alvarenga TIRAGEM: 1.700 unidades

DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO:

COLABORAÇÃO: Cristina Bachert, Daiane Brambila, Elza Bastida, Karin Benestante Nunes, Luciane Rodrigues, Luciane Miguel, Maria Fernanda Tabacow de Biazzi, Maurício Aquino, Aline Amorim, Oscar Fonseca Vieira e Sílvia Reze.


Anote

PROJETO PETAR Em uma viagem de estudo ao Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), os alunos do Ensino Fundamental II voltaram encantados com as descobertas feitas sobre a formação das cavernas e a biodiversidade da Mata Atlântica. Na ocasião, tiveram a oportunidade de interagir com a comunidade Quilombola. Agora, finalizarão os estudos com uma proposta interdisciplinar a ser realizada conjuntamente pelos professores de Geografia, História, Comunicação Verbal, Texto, Artes, Ciências e PDPS (I e II).

DICAS DE LEITURA A leitura compartilhada entre pais e filhos pode gerar momentos agradáveis durante o convívio familiar. Por isso, a Biblioteca Infantil do Objetivo Sorocaba indica cinco livros, entre os mais lidos na atualidade, para facilitar sua escolha. São eles: “Um Homem no Sótão” – Ricardo Azevedo; “Histórias para Acordar” – Diléia Frate; “Que História É Essa?” – Flávio de Souza; “Na Mira do Vampiro” – Lopes dos Santos e “Joana Banana” – Cristina Porto. Bom divertimento!

A FESTA JUNINA VEM AÍ A partir da segunda quinzena de maio, começarão os ensaios relativos à Festa Junina. Portanto, é hora de tirar o chapéu e a botina do armário, pois o dia do arraial está chegando!

UNIFORMES DE INVERNO A Loja de Uniformes já recebeu camisetas de manga comprida, moletons e agasalhos para alunos de todas as fases, para que possam enfrentar as eventuais quedas de temperatura. O horário de atendimento é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

Atualidades

Avaliação processual: método eficaz para a construção da aprendizagem Diálogo contínuo entre professor e aluno constrói um saber prazeroso A avaliação da aprendizagem escolar necessita de uma prática pedagógica que vá além da coleta de dados, do exame, da pontuação, da classificação, permitindo o acompanhamento constante da evolução e as conquistas do estudante. Ao ser processual, permite o diagnóstico por meio de uma troca contínua entre o educador e o educando, na qual o professor assume uma postura acolhedora. Ele respeita o estágio de desenvolvimento do aluno, e se mantém aberto a uma possível reorientação de sua prática. Além de ser dinâmica, essa avaliação é inclusiva e estabelece uma aliança construtiva en-

tre todos os agentes da prática educativa. A base desse processo está também na articulação dos conteúdos e dos tipos de atividades que podem criar as condições para que o educando manifeste o conhecimento que queremos avaliar. A partir dessa premissa, é importante mostrar ao aluno que toda ação é um processo contínuo de erros e acertos. Ao errar, o ser humano pode buscar novos conhecimentos e integrá-los à sua bagagem cultural, construindo um novo saber, mais concreto e eficaz. Mas, também para acertar, o aluno deve en-

contrar no professor um mediador que o levará a desenvolver estratégias para alcançar seus objetivos. Ou seja, a mediação será o caminho para que esse processo de ensino-aprendizagem possa acontecer de forma prazerosa e eficaz.

Entrevista

Atenção: antes de falar, a criança se comunica com o corpo

Mordidas, chutes e agressões físicas demonstram seus sentimento

Ver uma criança chutando, mordendo ou batendo em alguém pode causar espanto e preocupar os pais que, naturalmente, tendem a julgar essas ações agressivas e considerar que os filhos estão com problemas. Mas, será que crianças de 2 a 4 anos podem ser violentas? Segundo a psicóloga Walquíria Regina Ramires Miguel, embora o assunto gere muita polêmica, é importante considerar que esse impulso, na primeira infância, é natural e faz parte das etapas de desenvolvimento. Após ter passado o período de amamentação, há uma fase de experimentação do bebê, de como fazer contato com o mundo. “E, como a criança ainda não sabe se expressar, essa é uma forma de demonstrar seus sentimentos”, explica Walquíria. Portanto, a agressão infantil é fruto do desconhecido. A mordida, o tapa, o puxão de cabelo fazem parte da passagem para

a fala, que será estruturada com o desenvolvimento cognitivo. Aos poucos, as crianças são orientadas sobre como agir e aprendem a expressar o que sentem, de forma mais adequada. “A melhor forma de lidar com essa situação é conversar objetivamente, orientando a conduta infantil, em casa e na escola. “Se esse comportamento for bem trabalhado, será facilmente alterado”, enfatiza a psicóloga. Inadequado é repetir a manifestação da criança, achando que, assim, ela aprenderá pelo desconforto. Por exemplo, não é educativo morder, quando ela tiver essa atitude. “Os adultos devem ser referenciais de comportamento, do contrário, deixam as crianças confusas”, lembra Walquíria. Essa conduta agressiva só merece uma atenção diferenciada, caso perdure entre os 5 ou 6 anos. Nesse caso, a investigação psicológica

Objetivo Sorocaba - R. Dr. Arthur Gomes, 51 - Centro - Sorocaba / SP

pode auxiliar na compreensão do que está tornando a agressão um recurso para manifestar a raiva. Na opinião da psicóloga, a parceria entre escola e família é muito significativa nesse processo e, muitas vezes, o apoio terapêutico pode ajudar os pais a firmarem-se em seu papel de educadores.


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