Informativo nº 117

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Abr-Mai-Jun de 2010 | Ano XIV | N° 117

PODE SER ABERTO PELA ECT

DIA DO QUÍMICO

PALESTRA Presidente do CRQ-V fala sobre o mercado de trabalho

INSTITUCIONAL Química no Parque da Redenção

ACADEMIA Conheça os novos membros da Academia Riograndense de Química

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ÍNDICE 3 4

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POR QUE OS GRADUADOS EM CURSOS DE QUÍMICA, EM NÍVEL MÉDIO E SUPERIOR, DEVEM ESTAR REGISTRADOS NO CRQ-V?

DIA DO QUÍMICO Química na Redenção

DIA DO QUÍMICO Presidente do CRQ-V fala sobre a profissão e lança programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho

DIA DO QUÍMICO Destaques e novos Acadêmicos são condecorados no Dia do Químico

ESPECIAL A química da Jabulani

AMBIENTE Fiema Brasil 2010 foi marcada por desenvolvimento geral e consistência

AGENDA

Um estudante, ao se formar, recebe um diploma onde consta que ele concluiu um curso na área da Química. Desde 1956, quando houve a regulamentação da profissão, para que um graduado em qualquer área da Química seja um profissional do setor, ele deve obrigatoriamente estar registrado no Conselho Regional de Química de sua região, sob pena de não ser considerado, aos olhos da justiça, um profissional da Química. De acordo com o assessor jurídico do CRQ-V, Dario Oliveira Jr, é inadmissível que o cidadão estude cerca de quatro a cinco anos e, depois de formado, não queira se registrar no seu conselho pro-

fissional, ato que o capacita a ser um profissional . “Só quem é registrado em seu Conselho Profissional pode exercer a função na qual investiu tempo e dinheiro. Tendo como exemplo outras áreas, o bacharel em direito ou o médico, que não estiverem registrados nos seus respectivos conselhos estão impedidos por lei de atuar na área”. O Conselho Regional de Química é o orgão regulador de todas as profissões da Química e impede que pessoas inabilitadas exerçam a profissão, protegendo o mercado de trabalho e a sociedade. É um elemento de valorização da profissão.

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NÚMEROS DO CONSELHO DOCUMENTOS

ABR/ MAI/ JUN

TOTAL

AFT’S emitidas

1.512

3.109

Registros Definitivos

156

Registros Provisórios

72

192

Certidões

25

45

Processos Analisados

702

366

1.389

2011 SERÁ O ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA As Nações Unidas, na sua 63ª Assembleia Geral, aprovaram a proposta da IUPAC – já acolhida pela UNESCO – para designar 2011 como o Ano Internacional da Química. A proposta foi entregue pela delegação da Etiópia com o patrocínio de 35 países e o apoio de muitos outros. Em um comunicado de imprensa a UNESCO e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry – IUPAC) salientam que o Ano Internacional da Química permitirá celebrar os contributos da química para o bemestar da humanidade. No ano 2011, comemora-se o 100º aniversário do Prêmio Nobel em Química para Marie Sklodowska Curie, o

que, de acordo com os organizadores, motivará também uma celebração pela contribuição das mulheres à ciência. De acordo com os organizadores, “a química é fundamental para a nossa compreensão do mundo e do cosmos. As transformações moleculares são centrais para a produção de alimentos, medicina, combustíveis e inúmeros produtos manufaturados e naturais”. A programação do Ano Internacional da Química também será inserida nas atividades da Década da Educação e do Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), estabelecida pela ONU. Assim, as atividades programadas para 2011 darão ênfase à importância da química para os recursos naturais sustentáveis.

EXPEDIENTE INFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br Presidente: Paulo Roberto Bello Fallavena Vice-Presidente: Estevão Segalla Secretário: Renato Evangelista Tesoureiro: Ricardo Noll

Assessoria de Comunicação do CRQ-V assecom@crqv.org.br Jorn. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018 Edição de Arte: Letícia Lampert

Colaboração: Marcos Bertoncello (Mtb 14780) Estagiário: Felipe S. Decker Tiragem: 9.000 Impressão: Gráfica Trindade Revisão: Scheila Borba

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DIA DO QUÍMICO

Fotos: Mateus Bruxel

Química na Redenção

No dia 13 de junho o CRQ-V e as entidades ligadas ao setor químico do RS estiveram reunidos em frente ao Monumento Expedicionário, na Redenção, para divulgar o Dia do Químico. Centenas de pessoas formaram fila para receber brindes e material informativo nos estandes montados para receber os profissionais.

O LQ Eduardo Lopes Silva e a QI Veridiana Noschang Rodrigues aproveitaram para entregar a documentação para registro no CRQ-V

Fila para receber o brindes e material informativo das entidades presentes

Estande do CRQ-V

Ação ocorreu em frente ao Monumento ao Expedicionário

Evento começou na manhã de domingo e se estendeu até a tarde.

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SAIBA MAIS SOBRE O PQUIM

DIA DO QUÍMICO

Presidente do CRQ-V fala sobre a profissão e lança programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho O início do dia 18 de junho era de celebração pela data comemorativa ao Dia do Químico e também de aprendizagem sobre o mercado de trabalho dessa área. Com este intuito, o Conselho Regional de Química da 5ª Região promoveu uma palestra, comandada pelo seu presidente, Paulo Roberto Fallavena, com o seguinte tema: “Estou formado, e agora?”. O evento foi realizado no auditório do Prédio 9, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e teve como público-alvo estudantes e recém-formados na área da química. Um dos assuntos mais temidos é a concorrência no mercado de trabalho e, por consequência, o desemprego. Para Fallavena, a melhor maneira de se preparar para esta situação é através do planejamento. “Quando escolhemos o curso de química, vamos muito pela intuição e nem sempre observamos o mercado. Existe a impressão de que, como tudo o que se vê e toca está

ligado à química, haverá sempre vagas de trabalho em qualquer lugar”, observa . Como geralmente isso acaba não ocorrendo, os profissionais da química desistem de atuar na área. “Esta é a prova que não houve uma boa preparação para encarar este cenário, o que faz parecer que o mercado não é tão promissor assim e, portanto, temos vários profissionais trabalhando fora de sua área”, avaliou o presidente do CRQ-V. Assim, o Conselho Regional de Química da 5ª Região criou o Programa de Qualificação e Inserção de Mercado de Trabalho (PQUIM), justamente para este público, visando auxiliá-lo no seu retorno à área da química, movimentando o mercado e aumentando as chances de empregabilidade. Sobre a probabilidade de sucesso desta iniciativa, Paulo Fallavena releva: “são muito maiores do que antes, pois agora há um projeto de vida calculado em dados concretos”.

O Programa de Qualificação e Inserção de Mercado de Trabalho é voltado para o profissional da química que não está atuando em sua área, ou o recém-formado que busca entrar no mercado de trabalho. O PQUIM é uma das ferramentas de auxílio no planejamento profissional, que visa entender o problema (causas e conseqüências) e tenta encontrar a solução. O profissional deverá se inscrever no PQUIM no Conselho Regional de Química da 5ª Região e aguardar o agendamento de sua entrevista. O Programa será formado por três comissões: projeto de cada profissional, estudo das deficiências e potenciais do profissional, programa de visibilidade e estudo de possibilidade de empreendimento. CONFIRA AS ETAPAS: 1ª - O profissional deve apresentar o seu projeto de vida, sua vida escolar, estágios, estudos complementares e outros. A comissão irá estudar cada caso e propor o encaminhamento das necessidades encontradas para a segunda comissão 2ª - A comissão vai receber a orientação do estudo da primeira etapa e avaliar o que deve ser feito com relação às deficiências verificadas. Devese orientar o que o profissional pode fazer para diminuir estes prejuízos em termos de cursos, estágios e outras providências. Assim, o profissional é encaminhado para a terceira comissão.

foto: Mateus Bruxel

3ª - Esta etapa deduz que o profissional já se adequou às necessidades do seu projeto pessoal e está preparado para o mercado de trabalho. A comissão vai auxiliar no preparo do currículo e encaminhá-lo para os convênios com as entidades empregadoras. Este convênio é um banco de dados que as empresas vão acessar para a verificação da disponibilidade de vagas.

Presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena durante palestra de lançamento do PQUIM

4ª - Nesta última etapa, caso o projeto do profissional seja adequado a um empreendimento, a comissão fará, juntamente com o profissional, todo o estudo de viabilidade do empreendimento: viabilidade econômica, técnica, riscos e demais estudos pertinentes ao projeto, desde que o mesmo tenha sido aprovado pela primeira comissão.

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DIA DO QUÍMICO

Destaques e novos Acadêmicos são condecorados no Dia do Químico Fotos: Mateus Bruxel

Durante o JantarBaile Comemorativo ao Dia do Químico, a Academia Riograndese de Química anunciou os novos acadêmicos e os Destaques da Química do ano de 2010 foram apresentados à comunidade. A Academia RioAcadêmicos reunidos grandense de Química tem o objetivo de congregar os segmentos da atividade fissionais de empresas. Durante o proQuímica no Estado e divulgar a área, cesso seletivo, seus currículos e sua reunindo cidadãos que se destacam experiência acadêmica na área da quípela aplicação do conhecimento no mica foram analisados com rigor pelos membros da academia, Paulo Vellinho, cotidiano. Flávio Lewgoy, Nelson Calafate e Jair Os novos acadêmicos foram indiFoscarini e pelo presidente honorário cados por alunos, professores e proPaulo Roberto Bello Fallavena.

OS NOVOS ACADÊMICOS SÃO:

Paulo Saffer (dir.) recebe a placa de Paulo Fallavena (esq) e Flavio Lewgoy (centro)

Paulo Saffer - graduado em Química Industrial pela UFRGS em 1946, atuou durante 18 anos como sócio, diretor industrial e químico responsável pelo processo de produção e qualidade da Lipon Indústria e Comércio de Produtos Químicos. Atuante em entidades de classes do setor,foi vicepresidente da Associação Brasileira de Química, conselheiro do CRQ-V e tesoureiro do Sindicato das Indústrias Químicas do RS. Em sua trajetória profissional desenvolveu e registrou junto à Secretaria da Saúde mais de 130 formulações e introduziu no país o germicida Iodofor, utilizado em hospitais. Também foi o responsável pela criação e industrialização do primeiro detergente biodegradável do Brasil.

Carlos Rodolfo Wolf - bacharel, licenciado, mestre e doutor em Química pela UFRGS. Com inúmeros trabalhos publicados, segue a linha da Química Analítica, Oleoquímica, Catálise e Polímeros com o objetivo de promover o encontro entre a universidade e a indústria gaúcha. O profissional também atua na área de pesquisa e desenvolvimento da Ipiranga Petroquímica e na área Laboratorial, como químico, do Laboratório de Desenvolvimento da Killing S.A tintas e adesivos. Desde 1995 é professor e pesquisador na Ulbra.

Sandra Einloft e o presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena

Sandra Mara Einloft - graduada em química pela UFSM em 1986, fez mestrado e doutorado na UFRGS. Possui dois pós-doutorados, um na UFRGS e outro na universidade Pierre et Marie Curie, na França. Integrante e coordenadora de projetos de extrema relevância para a ciência nacional, ela conta com cerca de 1400 citações em bases bibliográficas, 2 produtos tecnológicos patenteados e outros 11 processos e técnicas registrados. Além da vasta produção acadêmica, é diretora e professora da Faculdade de Química e professora do programa de pós-graduação em Engenharia e Tecnologia dos Materiais da PUC/RS.

Regina Cánovas Teixeira - graduada em Engenharia Química pela PUC/ RS em 1987. É mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela UFRGS. Também integra o projeto que visa a implantação de uma “materioteca” (biblioteca de materiais) que possibilita o contato tátil e visual com as matérias-primas usuais do setor coureiro-calçadista. Há oito anos coordena o curso de engenharia de produção da Universidade Feevale. Além disso, ocupa os cargos de vicepresidente e diretora de publicações da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro.

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DESTAQUES DA QUÍMICA DO ANO DE 2010

Flavio Rosa e o presidente do CRQ-V Paulo Fallavena

Destaques da Química 2010 e os representantes das entidades do setor

Gilmar Borscheid, diretor da Girando Sol e Jonior Von Wurmb, do Sindiquim

DESTAQUE INDÚSTRIA QUÍMICA Fundada em primeiro de abril de 1991, na cidade de Arroio do Meio, a Girando Sol começou suas atividades em um pequeno galpão de vinte e quatro metros quadrados e apenas um produto – o amaciante de roupas. Hoje, conta com três unidades fabris e produz mais de 150 itens diferentes. Emprega 350 funcionários e além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, tem seus produtos exportados para Uruguai, Paraguai e Chile

Roberto Bertoncello, do Sinquirs e Bernard Copstein

DESTAQUE PROFISSIONAL Bernard Copstein nascido em 1926, na cidade de Rio Grande, concluiu o curso de Química Industrial na Escola de Engenharia da Universidade do RS. Em 1949, juntamente com Jaime Zalmom, fundou a Indústria Química Star, que se dedica ao mercado de produtos químicos para curtume e fabricação de calçados. A empresa foi pioneira na fabricação de resinas no RS e sempre se preocupou com pesquisas de mercado e o desenvolvimento de produtos, prestando auxílio a diversas empresas do ramo. Diretor do Sindiquim desde 1974, ele ainda ocupa o cargo de diretor-presidente e químico responsável da Indústria Química Star.

DESTAQUE INDÚSTRIA QUÍMICA DE PEQUENO PORTE A De Sírius Cosméticos iniciou suas atividades timidamente. Hoje é uma empresa respeitada no mercado nacional de cosméticos, capaz de atender a praticamente todas as áreas da beleza através dos mais de 280 itens que compõem o mix de produtos profissionais. Mesmo concorrendo com grandes multinacionais, a empresa vem crescendo e conquistando novas fatias do mercado.

Ademir Zaparoli, diretor da Braskem e Iberê Costa do Sindiquim

DESTAQUE MEIO AMBIENTE A Braskem sempre priorizou o meio ambiente, a saúde, a segurança e a qualidade. É a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos. Foi a primeira empresa do mundo a certificar o polietileno e o polipropileno verdes com matéria-prima 100% renovável. Na comparação entre os índices de 2009 e 2008, reduziu em 16% seu consumo de água, em 5% o de energia, em mais de 13% a emissão de efluentes líquidos e em 17% de efluentes sólidos. Seu desempenho ambiental e em segurança do trabalho é referência na indústria petroquímica global.

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ESPECIAL

A química da Jabulani De coadjuvantes a protagonistas: veja a evolução das bolas utilizadas na Copa do Mundo Marcos Bertoncello O maior evento de futebol do planeta já é um espetáculo à parte. Mas nesta edição de 2010, um objeto se tornou outra grande atração: a bola. Na Copa do Mundo da África do Sul, a badalada ‘Jabulani’ (“celebração”, em zulu), nome dado a ela, foi motivo de admiração e polêmica pelos torcedores e pelas seleções participantes, muito por causa da sua diferenciação química para as demais. Contudo a Copa ocorre desde 1930, e, durante muito tempo, as bolas não tinham grandes detalhes como possuem hoje em dia, tão pouco eram protagonistas das edições do Mundial. Foi a partir de 1970, na Copa do Mundo disputada no México, que a ousadia sobrepôs o padrão e a evolução dos desenhos das bolas da competição começou a ser notada. De lá para cá, os torneios ganharam modelos oficiais. A deste ano de 2010, batizada de ‘Jabulani’, inovou: tem oito gomos em 3D unidos termicamente que, pela primeira vez na história, foram moldados para dar à bola um formato perfeitamente esférico, o que garante uma precisão nunca antes alcançada. Mas a novidade virou polêmica, em virtude das grandes críticas recebidas ao longo da Copa. Sobrou até para os pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana) analisarem suas características. De acordo com o estudo promovido por eles, a Jabulani se diferencia por possuir 14 painéis e possuir sulcos aerodinâmicos. Em alta velocidade no ar, considerando demais fatores como, por exemplo, a altitude elevada dos estádios da competição, o fluxo da bola fica assimétrico, ocasionando mudanças súbitas em seu percurso. Cientificamente, ela tende a assumir o chamado efeito ‘knuckle’ ao superar os 75 km/h, o que corresponde a um chute forte dos jogadores.

RAIO-X DAS BOLAS DA COPA 1930: No primeiro Mundial, a bola era de capotão, pesada e fechada com cordas, que ficavam à mostra. O material era feito de couro, que persistiu por bastante tempo. Quando molhada, o couro absorvia a água e a bola ficava com quase o dobro do peso. 1970: Pela primeira vez, uma Copa do Mundo teve uma bola oficial, com nome. Ficou conhecida como a ‘Telstar’. Modelo com gomos brancos e pretos, mantido na Copa de 1974 e 1978, último ano da bola fabricada em couro 1986: Criada a bola ‘Azteca’. Foi a primeira com um design mais criativo, com desenhos nos gomos, além de ser pioneira oriunda de material sintético. A mudança notada ficou por conta da durabilidade e reduziu, ainda mais, a absorção de água. 1990: A bola ‘Etrusco Único’ apresentava desenhos nos gomos. A grande inovação foi a presença de uma camada interna de espuma de poliuretano, evitando que a chuva alterasse sua forma e peso. 1994: O nome da bola era ‘Questra’

e foi criada com materiais inovadores, envolvida em espuma de poliestireno, permitindo que o objeto ganhasse mais velocidade nos chutes e nas cabeçadas dos jogadores. 1998: Pela primeira vez, uma bola de Copa deixou de ser preta e branca. A ‘Tricolore’ apresentava detalhes nas cores da bandeira da França, anfitriã do Mundial daquele ano. A adoção de uma camada de espuma sintética como revestimento aumentou a sua durabilidade. 2002: A fabricante ousou no design e alterou o modelo que vinha sendo usado. Detalhes coloridos deixaram de ficar restritos aos gomos. O modelo ‘Fevernova’ apresentou uma imagem futurista, com uma fina camada de espuma que dá à bola características de desempenho e três camadas de malha que permitem um voo mais preciso e previsível. 2006: A ‘Teamgeist’ chamou a atenção não só pelo desenho e mudança de formato (com 14 gomos de dois tamanhos diferentes), mas por ser personalizada, com os nomes das seleções, data do jogo, etc.

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AMBIENTE

Fiema Brasil 2010 foi marcada por desenvolvimento geral e consistência O sucesso do trabalho se confirmou através na presença de mais de 22 mil visitantes, vindos de 24 estados e 10 países (tão diversos como Chile, Finlândia, Alemanha, Espanha e Angola). Isso, além da renovação de diversos contratos de empresas que já confirmaram presença na edição de 2012. A 5ª Fiema Brasil ocorrerá entre 24 e 27 de abril, daqui a dois anos. Na avaliação do presidente da Fiema Brasil 2010, Marcio Chiaramonte, um dos principais fatores para o visível e consistente desenvolvimento da feira foi a boa compreensão e aplicação do conceito de sustentabilidade pela comissão organizadora do evento. Para começar, o dirigente cita o pilar ecoló-

gico ou ambiental, bem marcado com a utilização da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) na construção da exposição - projeto desenvolvido pela Proamb para a Fundaparque, que irá atender todas as feiras desenvolvidas no espaço -, com a Coleta Seletiva em Ação - estande no qual foi feita, as vistas do público, a separação e encaminhamento dos resíduos sólidos produzidos durante o evento – e com o programa de Emissão Zero - desenvolvido em parceria com a consultoria Enerbio, que fará o cálculo e a compensação das emissões de gases de efeito estufa gerados pela Fiema. “Isso sem falar da exposição de toda a tecnologia ambiental apresentada pelas empresas”, comenta o presidente.

credito?

Consolidação e crescimento são duas das expressões que resumem a 4ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – Fiema Brasil 2010. O evento ocorrido no Parque de Eventos da Fundaparque, em Bento Gonçalves (RS), entre 27 e 30 de abril, organizado pela Fundação Proamb (segunda edição sob a tutela da entidade), desdobrou em ações práticas os pilares da sustentabilidade. Negócios, técnicas inovadoras, debates aprofundados, soluções criativas, interações socioambientais e gestão ambiental para vários segmentos se dividiram na área de feira industrial, que contou com 220 expositores, e nos 16 projetos paralelos desenvolvidos.

Presidente da Fiema Brasil 2010, Marcio Chiaramonte

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Fotos: Merlo Fotografias

Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente

O pilar financeiro, foco forte de atenção, principalmente por a Fiema Brasil ser prioritariamente um evento de negócios, foi bastante reforçado com a efetiva presença entre expositores e visitantes de quem tem e que busca tecnologia e conhecimento na área ambiental. Só na Rodada de Negócios, um dos pontos fortes dessa área, mais de 400 reuniões foram realizadas, colocando frente a frente fornecedores e compradores. “Em relação a business, não se pode esquecer a presença das caravanas ou comitivas setoriais de vários pontos do Rio Grande do Sul e de outros estados. O meio empresarial demonstrou sua sensibilização com a sustentabilidade”, argumenta Chiaramonte. Em referência ao pilar social, a Fiema Brasil 2010 avançou muito ao incorporar ações de inclusão social ao seu escopo. Um dos exemplos está na Casa Sustentável – edificação criada, executada e utilizada dentro de princípios ecológicos e sustentáveis -, que será remontada, agora que foi finalizada a feira, em um terreno doado pela prefeitura de Bento Gonçalves para servir como sede e local de atendimen-

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to para a Associação Gota D´Água, voltada aos autistas do município e suas famílias. O uso de material feito pelo Pelotão Curumim – projeto de educação e inclusão social de meninos em situação de risco – na divulgação da feira e a contratação de deficientes para o grupo de atendentes do evento são outros casos que podem ser lembrados. “A inclusão de deficientes, por exemplo, não foi para fazer favor a eles. Essas pessoas tiveram os mesmos deveres e remuneração que as restantes. Isso se chama integrar”, explica o presidente da Fiema 2010. A questão cultural, que compõe a sustentabilidade, também foi fortemente observada no evento. “A questão ambiental, que já vinha ganho importância nos últimos tempos, está em um dos seus momentos de destaque. Antes as pessoas tinham a percepção que havia algum problema em algum lugar. Hoje, a noção é que todo mundo faz parte dele e precisa efetivamente participar das discussões e da busca por soluções”, acredita Chiaramonte. E prossegue: “Nesta edição, as pessoas chegavam à feira e viam soluções para quase todos os problemas relaciona-

dos ao tema ambiental, até para questões que nem sabiam que era preciso se ter atenção”. A abrangência de abordagens teve eco na presença e diversidade de públicos. Dos empresários, técnicos e acadêmicos, até donas de casa, artistas e artesões, passando pelo poder executivo, legislativo e judiciário. “Bons indicadores da importância da feira e do leque atingido foi a presença da imprensa e de importantes lideranças, que só se movimentam ou se unem quando tem coisa boa acontecendo”, diz o presidente. A Fiema Brasil 2010 teve, paralelamente e simultaneamente à feira, uma intensa programação, exemplificada pelo 2º Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (mais de 900 participantes, só no primeiro dia), Viva a Natureza (participação de cerca de 10 mil crianças de escolas da região, com idades entre três e 11 anos) e Salão Internacional de Artes (reuniu trabalhos de 90 artistas dentro da questão ambiental). (Assessoria de imprensa Proamb/Fiema Brasil)

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IFRS lança curso de Panificação e Confeitaria O Campus Porto Alegre do IFRS (Instituto Federal de Educação , Ciência e Tecnologia ) lançou oficialmente seu novo curso técnico, Panificação e Confeitaria em evento realizado no dia 08 de junho. Único curso em nível técnico na área ministrado no Rio Grande do Sul e o primeiro público e gratuito dedicado a esse segmento produtivo no Estado, foi criado para atender demanda por mão-de-obra qualificada para mais de 6.000 empresas do setor, com projeto pedagógico que busca desenvolver habilidades e competências tanto para a produção artesanal quanto para a produção industrial de produtos de panificação e confeitaria. O evento contou com presença da diretora da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), Sandra Mello Thebich, que expôs um completo panorama desse segmento de mercado no Brasil e no Rio Grande do Sul, e a grande neces-

sidade de profissionais capacitados para atender a crescente demanda do setor, e da conselheira do Conselho Regional de Química da 5ª Região Química Raquel Fiori de Souza, que destacou que o curso ensina os processos e as transformações pelas quais passam os produtos de panificação e confeitaria, tanto para a produção artesanal quanto para a produção industrial, e vem ao encontro do Programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho (PQUIM), fomentado pelo CRQ-V. E ressaltou que, por meio de um curso como este, os técnicos podem procurar uma nova formação que permita ampliar suas opções na busca por uma nova colocação. O curso será oferecido na modalidade pós-médio, com 16 vagas semestrais, tendo duração de três semestres. O último semestre será dedicado ao desenvolvimento de projeto integrador que poderá ser executado no pró-

prio ambiente de trabalho do aluno. Contará com dois laboratórios equipados para atividades produtivas, um para panificação e outro para confeitaria, com equipamentos modernos e em estrutura especialmente montada para valorizar o ensino de boas práticas de fabricação e o estrito cumprimento das normas técnicas sanitárias. O currículo propiciará, ainda, a abordagem de modernas ferramentas de desenvolvimento e controle de alimentos, como análise sensorial e elaboração de alimentos para fins especiais (sem glúten, dietéticos, funcionais, entre outros) e o desenvolvimento de importantes temas correlatos, como gestão e empreendedorismo e segurança no trabalho. Mais informações: www.poa.ifrs.edu.br IFRS Campus Porto Alegre - Rua Ramiro Barcelos, 2777 - Bairro Santana Fone (51) 3308-5110

CURSO DE GERENCIAMENTO DE SINANTRÓPICOS (CONTROLE DE PRAGAS)

crédito: CRQ-V / Divulgação

O Conselho Regional de Química criou o Programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho para tentar conter a estagnação do mercado de trabalho e criar outros nichos de atuação para o profissional da Química. O Curso de Gerenciamento de Sinantrópicos (Controle de Pragas), ministrado pelo consultor em controle de sinantrópicos, credenciado pela

Ricardo Soares Matias

Aliança Internacional (HACCP) Ricardo Soares Matias, oferecido pelo Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência (IAPC), enquadra-se como um elemento importante nesse programa, servindo de alavanca para os profissionais da química interessados em ampliar seus horizontes profissionais. O curso é feito em módulos semanais com uma carga horária de 40h. A idéia, segundo o professor, é de que o curso seja precursor de uma especialização na área. “Vamos dar o subsídio para os interessados em começar a trabalhar na área e para quem já está nela. Vamos ensinar como fazer’ afirma. O responsável técnico por uma indústria de alimentos, bebidas ou farmacêutica, por exemplo, é impelido a conhecer o controle de sinantrópicos porque a lei define como obrigatório. Assim, ele se torna o responsável pelo controle. Cerca de 80% dos profissionais responsáveis pelo gerenciamento de sinantrópicos, atualmente, são profissionais da química.

Matias explica que todas as desinsetizadoras são regulamentadas pela ANVISA e devem ter um responsável técnico. “No ano passado entrou em vigor a RDC 52 que não especifica que profissionais podem ser os responsáveis e apenas diz que o profissional deve ser habilitado e com capacitação definida pelo conselho de classe”. A mesma resolução determina as funções que o responsável técnico deve cumprir numa desinsetizadora. Segundo Matias, aí começam os problemas, “pois na formação profissional de cada área (química, veterinário, biologia, agronomia) podemos estar habilitados, mas capacitados para fazer todas as atividades definidas pela RDC, nós não estamos e por isso devemos ir em busca dessa capacitação. Aonde vamos buscar?”, questiona. Não existem cursos formais e a literatura sobre o assunto é de difícil acesso. Entretanto, à medida que começam a aparecer cursos de capacitação, a história começa a mudar.

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COLUNA SOCIAL

AGENDA 2010

9 •

V Curso de Transporte de Cargas Perigosas Promovido pelo IAPC 13 • Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais Senai/RS 17 • Curso sobre Efluentes Líquidos Promovido pelo IAPC 23 • Controle Microbiológico de Águas, Efluentes Líquidos, Alimentos e Cosméticos Promovido pela ABQ/RS 28 e 29 • Gestão de Resíduos Sólidos Industrias Senai/RS 31 • Galvanoplastia Promovido pela ABQ/RS

10, 11, 12 e 13 • Passivos Ambientais Recuperação de Áreas Degradadas: Prevenção, Investigação, Impactos e Remediação Senai/RS

20 e 21 • Cosmetologia Promovido pela ABQ/RS 26 • Requisitos Legais Aplicados ao Sistemas de Gestão Ambiental - ISO 14001:2004 Senai/RS

O acadêmico Flavio Lewgoy e esposa

28 • Tratamento de Não – Conformidades Promovido pela ABQ/RS SETEMBRO 1 • Ensaios de Toxicidade em Efluentes Industrias Resolução CONSEMA nº 129/06 Senai/RS

Os acadêmicos Paulo Saffer (esq.) e Paulo Vellinho (dir.) com o Destaque profissional Bernard Copstein

ABQRS Rua Doutor Flores, 307, Sala 803 Porto Alegre – RS abqrs@abqrs.com.br www.abqrs.com.br (51) 3225.9461 IAPC Rua Baronesa do Gravataí, 700 Cidade Baixa - Porto Alegre iapc.escola@terra.com.br www.iapc.org.br (51)3072-6508

O presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena e a conselheira Karine Arend

Foto: Opinião Livre/Divulgação

AGOSTO 4, 5 e 6 • Operação de Estações de Tratamento de Efluentes Senai/RS

Fotos: Mateus Bruxel

JULHO 3 • Pintura Industrial Promovido pela ABQ/RS

SENAI/RS Centro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI - CNTL Av. Assis Brasil, 8450 Bairro Sarandi Porto Alegre/RS elaine.gavilan@senairs.org.br www.senairs.org.br/cntl (51) 3347-8410 ou 3347-8446 Jonior Von Wurmb, diretor do Sindicato das Indústrias Químicas e esposa; e Maria Angélica Gomes, também do Sindiquim

A Maxiambiental Treinamentos, empresa especializada em treinamentos na área ambiental, estará realizando nos dias 12, 13, 14 e 15 de Agosto em Porto Alegre/RS um Curso de Auditoria Ambiental. O curso tem como objetivo capacitar os profissio-

nais para atuarem como Auditores Ambientais. As vagas para o curso são limitadas e as inscrições são realizadas pelo site www.maxiambiental.com. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cursos@ maxiambiental.com ou pelo telefone (41) 3359-4081

Conselheiros e presidente do CRQ-V participaram da atividade na Redenção

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