Informativo nº 121

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Abr-Mai-Jun de 2011 | Ano XV | N° 121

Dia do químico

entrevista Cineasta Beto Souza elogia Concurso Quiimagem e dá dicas

mercado Luis Sidnei Machado é exemplo de persistência

academia Ayrton Figueiredo Martins é o novo integrante da ARQ


índice 3 mERCADO

Conheça a história de vida de Luis Sidnei Mchado, professor de química da ULBRA

4 artigo

A lubrificação correta na indústria alimentícia

DIA D0 químico 6 Parque da Redenção, em POA, recebe grande público para interagir com a ciência

Jantar 7 Conheça os destaques na química no ano de 2011

8 acadêmico

O novo integrante da Academia Riograndese de Química

10 Entrevista

Cineasta Beto Souza fala sobre o Concurso Quiimagem

EDITORIAL Neste Ano Internacional da Química, o CRQ buscou aproximar a ciência da comunidade. Estivemos novamente no Parque da Redenção,em uma bonita festa - com direito a céu azul e temperatura amena - que reuniu centenas de pessoas curiosas e interessadas no assunto. Na semana seguinte, no dia 17 de junho, festejamos o Dia Nacional do Químico, no Restaurante Panorama. O encontro foi prestigiado pelas entidades representativas da química no RS, além de profissionais e seus familiares.

Mais um acadêmico foi escolhido para a Academia Riograndense de Química - O prof. Dr. Ayrton Figueiredo Martins - e recebeu o título das mãos de um ilustre profissional: o acadêmico Nelson Calafate, que veio do RJ especialmente para prestigiar o evento. Aproveitando este momento, informamos também que estamos preparando o processo de interiorização do CRQ-V, que pretende levar as atividades do Conselho às cidades do interior do Estado. Boa Leitura!

DICA DE FILME

Direção: Lucy Walker, Codireção: João Jardim, Karen Harley Produção: Angus Aynsley, Hank Levine Edição: Pedro Kos Duração: 99 minutos

Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a imaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano. “Os diretores reuniram bons personagens, que ressaltam a solidariedade oriunda do convívio diário”. (Daniel Schenker – Críticos.com.br) “É um filme absolutamente essencial para discutir questões já antigas na representação problemática das classes no Brasil”. (Kleber Filho – Cinemascópio)

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números do conselho DOCS

MAR

ABR

MAI

JUN

TOTAL

AFT’S emitidas

552

512

616

552

2232

Registros Definitivos

219

0

63

91

373

Registros Provisórios

68

0

46

29

143

Certidões

08

11

12

10

41

Processos Analisados

604

0

562

318

1484

Expediente INFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br Presidente: Paulo Roberto Bello Fallavena Vice-Presidente: Estevão Segalla Secretário: Renato Evangelista Tesoureiro: Ricardo Noll

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Assessoria de Comunicação do CRQ-V assecom@crqv.org.br Jorn. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018 Marcos Bertoncello - Mtb 14780

Edição de arte: Assecom/CRQ-V Tiragem: 3.000 Impressão: Gráfica Ideograf Estagiário: Gustavo Fagundes


MERCADO

“Não desista, vá em frente”

Divulgação

Após dez anos sem estudar, Luís Sidnei Machado concluiu o curso de engenharia de plásticos, fez mestrado e hoje é professor da ULBRA “Desde os tempos de colégio tinha o sonho de ser engenheiro.” Esta frase resume a vida profissional de Luis Sidnei Machado. Hoje, com 41 anos, casado e com uma filha, lamenta ter visto muitos amigos desistirem no caminho. Mesmo sem saber em qual área da engenharia atuaria, buscou alcançar esse sonho. Através da persistência chegou aonde desejava e se tornou um exemplo para seus alunos. As condições financeiras e a rotina de trabalho dificultaram esse processo. Os horários não encaixavam e sua empresa de Instalações e Manutenção Elétrica tomava muito do seu tempo. Durante dez anos adiou seu plano enquanto trabalhava como técnico em eletrônicos. Pagar uma faculdade particular era difícil e na Universidade Federal os horários eram complicados para quem trabalhava em horário integral. Voltar a estudar era um desejo antigo. Quando sua esposa voltou aos estudos, Luis percebeu que era possível resgatar seu sonho. Ele comenta: “Eu chegava em casa cedo e percebi que este era um tempo perdido então comecei a adaptar meus horários para retomar os estudos.” Com isso, passou a correr atrás de informações para sa-

ber qual ramo da engenharia seguiria. Perguntou para amigos, pesquisou o mercado de trabalho e, por fim, escolheu a área de plásticos. A opção foi feita porque este “era um mercado em franco crescimento, que mescla os conhecimentos de Engenharia Química e Mecânica”, explica o professor. Luís Sidnei Machado, trabalhando no laboratória da ULBRA A pedagogia então entrou no caminho de Luis. Ele havia se aproximado da pro- da ULBRA, mantêm viva a preocupafissão no período em que trabalhou no ção com a sociedade. Junto com a Laboratório de Polímeros da Universi- faculdade em que trabalha, o profesdade, onde auxiliava os professores sor realiza ações sociais, procurando durante as aulas. A experiência trouxe, estar presente em todos os eventos. também, a superação de sua timidez. Participa do Comitê de Acessibilidade Com a dupla jornada, trabalhando da Universidade onde ajuda pessoas e cursando Engenharia de Plásticos, com deficiência a ter melhor acesso ao conseguiu concluir a faculdade em Campus. Todas as atividades são muicinco anos. Depois de formado e com to bem aceitas pelos alunos. mestrado em Materiais, aceitou o conLuís Sidnei dá a dica: “Não desista, vite para se tornar professor. vá em frente, mesmo que leve mais Com uma vida agitada e muitos tempo para concluir o curso, prossiga, compromissos, como Coordenador pois no final sempre vale a pena e você de Atividades dos Cursos de Engenha- sentirá muito orgulho de ser um dos ria Química e Engenharia de Plásticos que venceram este difícil caminho”.

Otto Gottlieb morre aos 90 anos Faleceu na madrugada de 20 de junho, no Rio de Janeiro, aos 90 anos, o químico, pesquisador e professor Otto Richard Gottlieb. Considerado o maior nome em química de produtos naturais da América Latina, Gottlieb foi indicado em 1999 ao Prêmio Nobel por seus estudos sobre a estrutura química das plantas, que permitem analisar o estado de preservação de vários ecossistemas. A indicação foi feita oficialmente pelo polonês naturalizado norte-americano Roald Hoffmann, que re-

cebeu o Nobel de Química em 1981. Nascido na atual República Tcheca em 31 de agosto de 1920, Gottlieb chegou ao Brasil em 1939 e, no ano seguinte, ingressou no Colégio Universitário. Durante esse período, estagiou no Laboratório de Imunologia do Instituto Butantan e foi redator da revista Química, publicada pela Escola Nacional de Química. Com mais de 700 trabalhos e alguns livros publicados, Gottlieb é considerado o pioneiro na introdução do estudo das moléculas que fazem parte do metabolismo das plan-

tas (fitoquímica) no Brasil, concomitantemente com a química orgânica moderna. Integrando a química à biologia, à ecologia e à geografia, Gottlieb desenvolveu uma nova área de estudo no campo da química de produtos naturais: a sistemática bioquímica das plantas, chamada de quimiossistemática ou taxonomia química, que consiste na identificação de grupos de substâncias químicas presentes nas plantas. Fonte: Agência FAPESP

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artigo

A lubrificação correta na indústria alimentícia Por Elsa Nhuch ¹ e Luiz Kolia ² Hoje em dia, infelizmente, ainda é fácil encontrar óleos e graxas industriais comuns em equipamentos utilizados na indústria de alimentos e bebidas. Porém se a empresa focar apenas no desempenho do lubrificante, sem levar em conta as normas de segurança e saúde, corre o risco de contaminação, e o que parecia ser econômico pode acarretar um grande transtorno para a indústria. Entretanto, quando se restringe o foco da visão técnica do lubrificante ao desempenho do produto, esquecendo das normas de segurança e saúde, aumenta-se o risco de contaminação, e isso poderia resultar em aumento de custos para a indústria. Atualmente vivemos em um mundo movido pela técnica e pela indústria. Todas as situações diárias se veem afetadas pelo progresso, assim também a produção e a elaboração de alimentos, bem como a população a ser abastecida com estes produtos. Há algumas décadas os produtos alimentícios eram elaborados e produzidos por empresas de caráter familiar e artesanal que supriam um número limitado de habitantes. Posteriormente essa elaboração de produtos alimentícios experimentou um desenvolvimento constante passando ao que hoje conhecemos como indústria alimentícia. As empresas artesanais dispunham de poucos aparatos e máquinas, por isso, na manutenção dos equipamentos, os lubrificantes não ocupavam um papel de destaque. Estas máquinas e instalações devem ter uma manutenção minuciosa e cada equipamento deve utilizar o lubrificante adequado. No campo da indústria alimentícia deve-se ter uma maior atenção para a eleição e aplicação dos lubrificantes do que em outros ramos industriais, pois a legislação (Codex Alimentarius) proíbe elaborar produtos alimentícios cujo

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consumo possa prejudicar a saúde. Em conseqüência disso é importante selecionar adequadamente cada lubrificante empregado no processo de fabricação, pois os fabricantes, processadores e manipuladores têm a responsabilidade de garantir que o alimento seja seguro e adequado para consumo. O lubrificante de grau alimentício, além do bom desempenho mecânico, necessita suprir demandas específicas como: habilidade para operar em temperaturas extremas (frio e calor), resistência à água; compatibilidade com componentes sintéticos; resistência química; resistência à contaminação por alimentos ou bebidas; compatibilidade com elastômeros; resistência ao vapor; e propriedade de desintegração do açúcar, entre outras. Estes produtos são denominados food grade lubricants ou de grau alimentício e têm seus componentes de formulação aprovados pelo órgão americano de administração de remédios e alimentos – FDA (Food and Drug Administration) na categoria H1 que pressupõe um possível contato direto do lubrificante com o alimento em processo . A definição do FDA para a categoria H1 é a seguinte: “Lubrificantes que podem ser utilizados com segurança, mesmo em contato incidental com o alimento, em máquinas e equipamentos usados para produzir, fabricar, processar, preparar, tratar, embalar, transportar e manter os alimentos”. Isso implica que os lubrificantes sejam preparados a partir de uma ou mais substâncias geralmente reconhecidas como seguras para uso em alimentos, substâncias usadas de acordo com aprovação prévia e substâncias identificadas pela FDA, incluindo óleo branco, Polialfaolefina (PAO), ésteres, óleos básicos de poliálcoois ou silicone e elementos como o cálcio, fósforo ou enxofre.

As condições necessárias para que sejam reconhecidos como lubrificantes para o setor alimentício são: • Ajuste perfeito às normativas sobre produtos alimentícios, • Inocuidade para a saúde, • Sabor neutro, • Inodoros, • Homologação internacional NSF (National Sanitation Foundation) - concedida por órgãos autorizados. Somente quando um lubrificante cumpre estas condições é possível assegurar que, se ocasionalmente houver algum contato durante a produção, engarrafamento ou empacotamento o produto não prejudicará a saúde do consumidor. Manejo de lubrificantes para o setor alimentício Os lubrificantes para o setor alimentício podem ter contato momentâneo incidental com os alimentos, conforme rege a lei. Por este motivo é particularmente importante ter um cuidado especial no manejo e na utilização que começa com a entrada e armazenagem destes produtos na empresa. Os lubrificantes de grau alimentício deverão ser estocados unicamente em lugares fechados e secos separados dos outros lubrificantes da empresa. As embalagens que contém os lubrificantes deverão ser limpas antes da armazenagem, para evitar a contaminação no momento da lubrificação do maquinário, pois resíduos de sujeira poderiam chegar aos alimentos e também atuar de forma abrasiva nas zonas de fricção, ocasionando possíveis danos aos equipamentos. Para utilizar sistemas de lubrificação o correto é ter acessórios perfeitamente limpos e individuais. Após a extração dos lubrificantes dos seus recipientes é recomendável fechar totalmente a embalagem


para evitar a contaminação dos mesmos. Deve-se ter a mesma atenção às zonas de lubrificação, controlando a limpeza do bico graxeiro no engraxe e a quantidade de graxa a ser utilizada evitando assim o excesso e a contaminação. Vantagens na utilização de lubrificantes de Grau Alimentício As indústrias alimentícias em geral, todas as empresas produtoras de alimentos, bebidas, fumo, medicamentos e afins e que tenham na sua atividade um percentual de sua produção destinado ao mercado exterior deverão apresentar uma pasta contendo: • Literatura Técnica do Produto (Graxa/Óleo) • Ficha de Segurança do Produto • Homologação Internacional do Produto - NSF • Homologação Ministério da Fazenda - DIPOA/AUP Pois estes documentos poderão assegurar que os processos de industrialização

são realizados com lubrificantes homologados como NSF-H1 e, desta forma os fiscais de uma comitiva sanitária poderão verificar que estas empresas estão em conformidade com a lei, facilitando a entrada de seus produtos nos blocos econômicos internacionais. Além disso, o uso de graxas de grau alimentício com aprovação NSF-H1 é importante para a certificação HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). De acordo com Belmiro “alguns produtos à base de óleos minerais brancos podem atender aos requisitos de grau alimentício NSF-H1; entretanto, frequentemente não atendem aos requisitos de desempenho de carga e temperatura dos modernos equipamentos da indústria alimentícia. Os óleos brancos são normalmente mais baratos do que os lubrificantes sintéticos, porém os sintéticos oferecem algumas vantagens operacionais como uma melhor estabilidade à oxidação térmica, o que pode prolongar a vida útil do lubrificante, reduzindo o tempo de troca, protegendo melhor contra a corrosão e o desgaste e aumentando a produtividade. O uso de sintéticos (principalmente PAO) é mais recomendado onde se encontram temperaturas extremas, em congeladores

e fornos. Possíveis problemas de contaminação ou vazamentos podem trazer grandes perdas financeiras e de imagem ao produtor de alimentos; portanto, a indústria de alimentos que não utiliza lubrificantes de grau alimentício está correndo um risco desnecessário”.

¹ Elsa Nhuch - PhD - Tecnologia de Alimentos, Conselheira do CRQ-V ² Luis Kolia - da Verkol Lubrificantes (http://www.verkol.es)

Bibliografia The World Food Science - http:// w w w. wo r l d fo o d s c i e n ce. o rg / cms/?pid=1001127 – pesquisado em 28.06.2011. NSF - http://www.nsf.org/usda/ psnclistings.asp – pesquisado em 28.06.2011 Belmiro, P.N. – Lubrificantes de Grau Alimentício : Uma categoria muito especial – Revista Lubes em Foco – Agosto, 2008.

Os parabenos saem das prateleiras A substância denominada parabeno está sendo questionada por cientistas de todo o mundo. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e Europa detectaram a presença dela em tumores de mama, o que foi suficiente para que a população se alarmasse. Estudos para encontrar uma substância mais segura estão sendo feitos. No entanto, é um risco substituir o parabeno por outros conservantes, pois são menos conhecidos e também podem causar algum dano, afirma a professora de cosmetologia do curso de Farmácia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, Vânia Leite. Os tipos mais comuns são metil, etil, propil e butilparabeno. Por apresentar a cadeia carbônica mais longa, o butilparabeno é um composto mais solúvel em gordura. Desta forma, se

deposita na gordura corporal com maior facilidade, podendo penetrar e se fixar na pele, tornando-o o atual “vilão”. Algumas precauções foram tomadas por empresas mesmo antes de uma definição dos cientistas. A Natura e a L’Oreal estão no topo da lista das empresas que optaram por parar de utilizar o conservante nos cosméticos. Apesar da afirmação feita pela FDA (Food and Drug Administration) que indica que não há motivos para que os consumidores se preocupem. Algumas dicas para prevenir o uso inadequado de cosméticos: É importante ler o rótulo dos cosméticos antes e identificar se o produto é adequado para sua idade, seu tipo de pele ou cabelo. É preciso verificar ainda o prazo de validade, pois cosméticos vencidos são prejudiciais ao homem e a natureza.

SAIBA MAIS > Quimicamente, os parabenos são ésteres do ácido p-hidroxibenzoico, que começaram a ser usados na década de 50 > Costuma-se usar mais de um parabeno na conservação de cosméticos > No Brasil, a Anvisa permite uma concentração máxima de 0,8% de parabenos em misturas e de 0,4% quando são usados sozinhos > Um dos substitutos mais comuns dos parabenos na conservação de cosméticos é uma mistura de isotiazolinonas e a clorexidina.

Fonte: Nosso Mundo Sustentável nº 58 - www.zerohora.com/nossomundo

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DIA Do químico

Química na Redenção Fotos: Nede Losina

Domingo no Parque: profissionais da química se reúnem na Redenção para celebrar o Dia do Químico

Em comemoração ao Ano Internacional da Química e ao Dia do Químico, o Conselho Regional de Química e as empresas e instituições ligadas à área estiveram reunidas no Parque da Redenção, em Porto Alegre-RS no dia 12 de junho. O evento teve o objetivo de aproximar as instituições do público e atrair a atenção para o uso da ciência. Nesta edição houve a apresentação de uma planta-piloto da produção de Biodiesel, a interação do público com o plástico verde, promovida pela Braskem e experimentos químicos produzidos pelos alunos do curso de Química da

Movimentação foi intensa na Redenção

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UFRGS, com o apoio do pessoal técnico da Físico-Química Experimental e orientação do prof. Daniel Eduardo Weibel. A planta piloto de Biodiesel foi montada pela equipe de prof. Dimítrios Samios, do Centro De Combustíveis, Biocombustíveis, e Lubrificantes e Óleos – CECOM do IQ- UFRGS. Além do CRQ-V, participaram do encontro: Sindicato das Indústrias Químicas (Sindiquim), Associação Brasileira de Química (ABQ/RS), Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência (IAPC) e Sindicato dos Químicos do RS (Sinquirs), UFRGS e Braskem.

No detalhe, planta-piloto de biodiesel

Aluno da UFRGS realiza experimento para o público


Jantar do Dia do Químico é sucesso de público Fotos: Mateus Bruxel

No dia 17 de junho, mais de 200 pessoas estiveram reunidas no Restaurante Panorama (prédio 40 da PUCRS) para confraternizar com a comunidade química, participar da entrega do prêmio Destaques da Química 2010/2011 e conhecer o novo integrante da Academia Riograndense de Química. O jantar faz parte das comemorações pelo Dia Nacional do Químico e Ano Internacional da Química e é promovido pelo Conselho Regional de Química da 5ª Região, Sindicato das Indústrias Químicas do RS, Associação Brasileira de Química/RS, Sindicato dos Químicos/RS e Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência.

O jantar e a premiação foram realizados no Restaurante Panorama, prédio 40 da PUCRS

Conheça os Destaques da Química 2010/2011

Iberê Costa entrega troféu ao diretor da Artecola, Eduardo Kunst

Diretor de negócios da Pirirsa, Jorge Unterleiden e Jonior von Wurmb (Sindiquim)

Viviane Lovison com o presidente do CRQ-V Paulo Roberto Fallavena

Destaque Indústria/Sustentabilidade

Destaque Indústria Química

Destaque Profissional

A Artecola é um grupo empresarial que atua com especialidades em adesivos, laminados, plásticos de engenharia e EPIs (equipamentos de proteção individual), apresentando soluções direcionadas para indústria, varejo e construção civil.A empresa se destaca pela inovação e pela sustentabilidade, desenvolvendo novos produtos , ao mesmo tempo em que reduzem o impacto ambiental. Neste ano, a Artecola conquistou a ISO 14001, reforçando seu comprometimento com as práticas sustentáveis.

A história da Pirisa tem origem na flor de piretro. A flor do piretro é uma planta herbácea, semelhante à margarida, de onde se obtém o extrato do piretro, substância com grande poder destruidor de insetos. Atualmente a empresa fornece produtos e serviços para clientes na Europa, Ásia e Américas, para o ramo domissanitário, veterinário, farmacêutico entre outros, através de marcas renomadas nacional e internacionalmente. A Pirisa está localizada na cidade de Taquara, na região sul do Brasil.

Viviane Hammel Lovison, 48 anos é gaúcha de Porto Alegre, graduada em Química Industrial e em Licenciatura em Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1989. Fez ainda especialização em tecnologia de elastômeros pelo Institut National de Formation du Caoutchou, na França, concluído em 1994; e gestão empresarial, na PUCRS. Atualmente é diretora do Centro Tecnológico de Polímeros SENAI e gerente-técnica do laboratório do SENAI-Cetepo junto ao Inmetro.

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Academia Riograndense de Química anuncia novo integrante Fotos: Mateus Bruxel

Ayrton Martins recebe condecoração das mãos de Nelson Calafate

Na cerimônia realizada no Restaurante Panorama (prédio 40 da PUCRS), a Academia Riograndense de Química anunciou o seu 9º integrante: o professor doutor Ayrton Figueiredo Martins, graduado em Química Industrial e doutor em Ciências Naturais. Atualmente Martins é professor da Universidade Federal de Santa Maria - RS. Já foi homenageado pelo seu pioneirismo em química analítica ambiental e pela

contribuição ao desenvolvimento da química analítica no país. A Academia busca divulgar a química, reunindo cidadãos que se destacam pela aplicação do conhecimento na ciência, pesquisa e/ou atuação na sociedade. Já são membros da Academia: Paulo Vellinho, Flávio Lewgoy, Nelson Calafate, Jair Foscarini, Sandra Mara Einloft, Carlos Rodolfo Wolf, Regina Cánovas Teixeira e Paulo Saffer.

CRQ-V homenageia Sindiquim-RS Durante o jantar em comemoração ao Dia do Químico, além dos Destaques e Acadêmicos, quem recebeu uma homenagem inesperada foi o Sindicato das Indústrias Químicas do RS (Sindiquim). Ao final do cerimonial, o diretor da instituição, Iberê Costa, foi chamado ao palco enquanto a cerimonialista Vera Armando convidava a todos para cantar o “Parabéns a você”, com direito a bolo decorado. Essa foi uma homenagem do CRQ-V pelo excelente trabalho prestado pela instituição que congrega as indústrias químicas do RS em seus 70 anos de existência.

O novo acadêmico Ayrton Figueiredo Martins tem 64 anos e é gaúcho de São Sepé. É formado em Licenciatura em Química e Química Industrial pela Universidade Federal de Santa Maria. Fez mestrado em Química na Universidade Católica do Rio de Janeiro (1974); doutorado em Ciências Naturais (1978); e pós-doutorado na Universität Karlsruhe (1983), ambos na Alemanha. Atualmente é professor e assessor do reitor na UFSM, participando ainda de diversos projetos de pesquisa no Departamento de Química da universidade.

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Ayrton Martins exibe placa da Academia

Iberê Costa e Paulo Fallavena na homenagem ao Sindiquim


Lançamento do concurso Quiimagem reúne autoridades Nede Losina

Beto Souza, Sandra Fumagalli, Paulo Fallave na, Tânia Salgado mostram o livro recebido de João Rui Freire (Braskem)

O lançamento oficial do concurso Quiimagem, reuniu no auditório do CRQ-V autoridades locais ligadas ao governo, cinema, representantes das empresas patrocinadoras e diretores e alunos de algumas escolas de Porto Alegre e região. O concurso, organizado pelo Conselho Regional de Química da 5ª Região, tem o intuito de disseminar o conhecimento e a educação para a química entre os estudantes de ensino médio das escolas públicas e privadas do Estado, propondo uma reflexão sobre o papel da ciência na criação de um mundo sustentável. Confira os depoimentos das autoridades presentes no evento: “Temos o intuito de fazer com que os estudantes descubram e percebam que a química está em todos os lugares. Temos muito orgulho de organizar esse concurso para a comunidade estudantil. Nossa indústria química, representada aqui pela Braskem, representa esse universo de possibilidades que a quí-

mica proporciona para o futuro. Vamos aproveitar cada momento destes 365 dias do Ano Internacional da Química para divulgarmos as maravilhas que ela nos proporciona” – Paulo Fallavena – presidente do CRQ-V.

“Será bastante interessante percebermos o olhar dos estudantes sobre a química, e de que forma eles passarão suas mensagens através dos vídeos. O cinema e a química constituem um casamento de mais de 200 anos, pois sem a química não existiriam as películas, que são a alma do cinema” – Beto Souza – cineasta. “O concurso tem uma grande impor-

tância na divulgação da imagem positiva da química. Associada à imagem e a produção de filmes, terá um grande potencial junto aos estudantes, que poderão retratar essa ciência em sua melhor e mais criativa forma” – Prof. Dra. Tania Salgado – UFRGS “A sustentabilidade buscada através da química é um dos pilares da Braskem. Apoiamos o CRQ nessa empreitada, pois sabemos que o desenvolvimento dessa ciência junto aos estudantes é fundamental para o desenvolvimento da sociedade como um todo” – João Rui Freire – gerente de Relações Institucionais da Braskem. “O Quiimagem oferecerá a oportunidade para esses jovens estarem ainda mais próximos da disciplina e de tudo que ela oferece. Temos que incentivá-los a estudar e participar, para que eles entendam a verdadeira importância da química em suas vidas” – Sandra Fumagalli – Departamento Pedagógico da Sec. Estadual da Educação.

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entrevista

Cineasta Beto Souza elogia Quiimagem e dá dicas aos seus participantes Informativo do CRQ-V conversou com o experiente cineasta para saber e repassar as informações necessárias que os estudantes do Ensino Médio precisam para produzir seus curtas visando ao concurso Fotos: Nede Losina

artes visuais, enfim, são inúmeras estruturas de narração. A cada segundo (ou melhor a cada 24 partes de 1 segundo), podem variar a luz, a intenção do ator, o ritmo da edição. É uma forma de arte muito dinâmica, ideal para quem gosta de trabalhar em equipe.

É possível fazer um vídeo de qualidade com duração de 3 minutos e equipamento amador?

Beto Souza durante apresentação oficial do Quiimagem

Cineasta e jornalista, com experiência em diversas funções da produção audiovisual, o gaúcho Beto Souza conversou com a equipe da Quiimagem sobre os objetivos do concurso e a bela possibilidade dada aos jovens. Ele ainda aproveitou para dar algumas dicas para quem se arriscar no mundo dos vídeos.

O que você vê de promissor na iniciativa de promover um concurso de vídeos entre estudantes? Beto Souza – A iniciativa é super válida porque difere totalmente daquilo

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a que os estudantes dessa área estão acostumados. Primeiro porque não é uma atividade dentro da estrutura curricular a que eles estão submetidos dentro do seu curso. É uma nova possibilidade a qual o estudante não tem nenhum comprometimento formal de ensino, e isso é muito legal. O sujeito está muito mais livre para inventar e se divertir. Além disso, pela sua enorme possibilidade de expressão a linguagem audiovisual, difere muito das outras formas de arte. O vídeo e o cinema são diretamente conectados com a dramaturgia e a interpretação, a fotografia, a edição, as

BS - Claro. Aliás, 3 minutos eu acho que é um ótimo período para vídeos na internet. É óbvio que não se pode contar uma história complexa, mas se o sujeito focar numa ideia forte e concisa pode realizar um produto muito legal. Nesse tempo, é ideal contar uma história de uma situação imediata, algo que as pessoas tenham informação sobre o tema para que não se precise explicar muito as coisas. As situações de comportamento no cotidiano podem se encaixar bem nesse tipo de trabalho. Mas também não se precisa necessariamente contar uma história. Uma situação muito simples mostrada a partir de um ângulo não convencional pode funcionar bem numa narrativa com essa duração. De qualquer modo, acho que a simplicidade deve estar sempre em primeiro lugar.

E para editar o vídeo, o que você recomenda? BS – Hoje em dia é muito fácil e barato editar um vídeo. É simples instalar


Agenda 2011 Julho 29 • Curso de Transporte de Cargas Perigosas Promovido pelo IAPC 30 • Curso Teórico-Prático de Cromatografia Líquida HPLC Promovido pela ABQ/RS Agosto 13 • Curso Teórico-Prático de Microbiologia de Águas e Efluentes Líquidos Promovido pela ABQ/RS Elsa Nhuch, conselheira do CRQ-V e coordenadora do projeto, ao lado do professor de química Daniel Jacobus e os alunos da Fundação Liberato Salzano Vieira da Cunha

um software de edição num computador normal. Existem vários no mercado e de baixo valor. Como falei na resposta anterior acho que o intuito desse trabalho não deve ser a realização de vídeos complexos, nos quais a finalização tenha um valor muito alto. Imagino vídeos apenas com cortes secos, sem trucagens. O importante é levar as pessoas ao entendimento de uma história (se ela existir, é claro) ou sustentar 3 minutos da atenção do espectador apenas com uma atmosfera, um clima interessante (no caso de ser apenas uma situação). E não se deve esquecer que a montagem é fundamental. Muitas vezes uma cena fica melhor montada se tirarmos apenas um frame de um plano, ou seja, é um exercício muito detalhista que exigirá do participante.

Que dicas você dá aos estudantes que estão participando do QuiImagem? BS - O importante sempre é ter uma ideia forte como ponto de partida. Temos que saber o que queremos porque, quando recortamos a realidade através da lente de uma câmera, é o nosso ponto de vista dessa realidade, que é diferente de qualquer outra pessoa. O cinema e o vídeo são essencialmente subjetivos e, por isso, temos que saber o que queremos. A leitura da câmera é sempre seletiva em relação ao que está em volta. Mesmo

que um lugar seja mostrado por uma câmera ininterrupta, ela sempre terá o ângulo, o recorte da lente, as intenções de quem está filmando. Por isso, é legal partir de um roteiro muito bem pensado antes de se filmar. Quanto mais se pensar e se planejar, a filmagem fica melhor. Agora, como tudo na vida, podem acontecer surpresas, coisas que não estavam planejadas e decisões têm que ser tomadas na hora. Boas ideias também surgem na necessidade do improviso. Portanto, tem que se pensar muito antes da filmagem: fazer um roteiro, o mais detalhado possível, e, na hora de filmar, tentar segui-lo. Mas se não der, paciência, algumas vezes o oposto do que foi planejado também pode funcionar.

20 • ABNT NBR 15635 - Requisitos de Boas Práticas HigiênicoSanitárias e Controle Operacionais Essenciais Promovido pela ABQ/RS SETEMBRO 17 • Boas Práticas de Fabricação Promovido pela ABQ/RS. 21 • Workshop sobre Química Inorgânica Sintética Hotel Dall’Onder Vitória Bento Gonçalves Apoio: Universidade Federal de Santa Maria OUTUBRO 10 • IV Simpósio Mineiro de Química CRQ-MG Informações: www. simposiomineirodequimica. com.br. ABQ-RS Rua Doutor Flores, 307 – Sala 803 Porto Alegre – RS abqrs@abqrs.com.br www.abqrs.com.br (51)3225-9461 IAPC Rua Baronesa do Gravataí, 700 Cidade Baixa Porto Alegre - RS iapc.escola@terra.com.br www.iapc.org.br

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