Informativo nº 122

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Jul-Ago-Set de 2011 | Ano XV | N° 122

QUÍMICA PRESENTE NA RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE

ENTREVISTA Professora da UFPEL é uma das vencedoras do Prêmio L’oreal

ARTIGO Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em farinhas de trigo

INSTITUCIONAL CRQ-V divulga seu Relatório de Atividades de 2010


ÍNDICE ENTREVISTA 3 Professora da UFPEL fala sobre 4 6 8 10

prêmio L’oreal e a participação da mulher na área científica

ARTIGO

Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em farinhas de trigo

INSTITUCIONAL

Relatório de atividades do CRQ

REPORTAGEM

Saiba como a fluorescência de raios X auxiliam as pinturas

MERCADO

A história de Tito Gobbato: mais de 50 anos com a química

Nesta edição do Informativo trazemos como matéria principal a utilização da química na restauração de obras de arte. Conversamos com a especialista carioca Cristiane Calza, citada pela revista VEJA entre os 50 brasileiros que estão colaborando com a Ciência no Brasil.

Brasil para as Mulheres na Ciência. Ela ganhou cerca de US$ 20 mil como bolsa-auxílio para continuar sua pesquisa.

Ainda com relação à ciência, conseguimos uma entrevista com a química Mariana Antunes Vieira, professora da Universidade Federal de Pelotas, que foi uma das sete selecionadas para o Programa de Bolsa-Auxílio (Grant) L’Oréal

E é assim, procurando mostrar exemplos positivos, que preparamos esta edição com a sua colaboração. Continue enviando sugestões, críticas e observações.

Também traçamos um perfil do senhor Tito Gobatto, um dos químicos registrados há mais tempo no CRQ-V, que nos contou parte da sua trajetória e do seu trabalho.

Boa Leitura!

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NÚMEROS DO CONSELHO DOC’S

JUL AGO

SET

Total

AFT’S emitidas

564 683

266

1513

Registros Definitivos

EDITORIAL

55

0

104

159

Registros Provisórios

40

0

81

121

Certidões

8

5

5

18

Processos Analisados

265

0

347

612

“O Veneno está na mesa“ O Brasil é, desde 2008, o país que mais consome agrotóxicos no planeta. Segundo a Anvisa, o consumo anual chega a 5,2 litros por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo o mundo pelo risco ambiental. O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para toda a popu-

lação do campo e das cidades, que consomem os produtos agrícolas com agrótóxicos. O filme financiado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, expõe os perigos associados à utilização de agrotóxicos no Brasil através de depoimentos de agricultores, entrevistas com pesquisadores de universidades e reportagens de televisão. O filme está disponível no site http://www.epsjv.fiocruz.br.

NOVA COMPOSIÇÃO DE CONSELHEIROS O Conselho Regional de Química da 5ª Região divulga os nomes da nova composição de conselheiros, votada e definida no mês de agosto. A química industrial Anamélia Saenger de Vasconcellos assume a função de conselheira titular na Representação de Escolas, substituindo Dione da Silva Corrêa.

Eleição para renovação dos conselheiros

EXPEDIENTE INFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br Presidente: Paulo Roberto Bello Fallavena Vice-Presidente: Estevão Segalla Secretário: Renato Evangelista Tesoureiro: Ricardo Noll

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Assessoria de Comunicação do CRQ-V assecom@crqv.org.br Jorn. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018 Marcos Bertoncello - Mtb 14780

Edição de arte: Assecom/CRQ-V Tiragem: 3.000 Impressão: Gráfica Ideograf Estagiária : Gabrielle Toldo


ENTREVISTA

Professora da UFPEL é uma das vencedoras do prêmio L’oreal para Mulheres na Ciência Divulgação

A química Mariana Antunes Vieira, professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) foi uma das sete selecionadas para o Programa de Bolsa-Auxílio (Grant) L’Oréal Brasil para as Mulheres na Ciência, na categoria Ciências Químicas, com o trabalho “Desenvolvimento de métodos para a determinação de contaminantes inorgânicos em glicerina obtida como coproduto da produção de biodisel”. Além do estímulo e reconhecimento perante a academia, Mariana receberá uma bolsa auxílio no valor de US$20 mil. A cerimônia de entrega do prêmio será dia 28 de setembro, no Rio de Janeiro. Iniciativa da L’Oréal Brasil em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Comissão Nacional da UNESCO (IBECC), o Programa “Para Mulheres na Ciência” nasceu em 2006 com a missão de ceder espaço e apoio à participação das mulheres brasileiras no cenário científico do país. Graduada em Química nas habilitações Bacharelado e Licenciatura, e com mestrado e doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Catarina, Mariana, foi atraída pela oportunidade de emprego e veio trabalhar na Universidade Federal de Pelotas, onde seu marido, também químico, trabalha. O informativo do CRQ – V conversou com a pesquisadora sobre seu início na profissão. Como você optou pela Química? Na 8ª série, o professor de Ciências, na parte de Química, fez a turma decorar a tabela periódica, com símbolos e nomes para uma prova. Tirei 10,0 e ali começou a despertar o interesse pela Química. Não era uma pessoa muito curiosa, mas gostava de ler os rótulos

de produtos e também de misturar coisas, como terra, água para fazer massinhas. Depois, no Ensino Médio, ingressei no curso Técnico em Química. Fiz estágio em uma indústria de laticínios e, a partir daí, tomei a decisão de fazer a Graduação em Química na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

amostras de biodiesel. Esse controle é necessário para garantir a qualidade do biodiesel a ser usado em automóveis e monitorar a quantidade em que estes metais se encontram no mesmo. A presença de metais acima dos limites permitidos pode comprometer a qualidade do combustível por induzir a formação Como é, para de depósitos que você, ficar entre Mariana Antunes Vieira danificam o sisas cientistas estema de injeção colhidas? dos motores. Esse prêmio está sendo um incentiO biodiesel é obtido através de vo muito grande na minha vida profis- uma reação química, chamada de resional. É uma honra ser uma das sete ação de transesterificação, onde uma cientistas escolhidas, principalmente quantidade de óleo vegetal reage na área da Química e justamente no com o metanol, na presença de um Ano Internacional da Química. Sei que catalisador, formando então o biodietenho muito que aprender e é sempre sel e também a glicerina. A glicerina bom ter um “estímulo” para que essa oriunda deste processo é obtida em aprendizagem se torne mais prazero- grande quantidade (cerca de 10%). No sa. Além disso, o prêmio abre espaço entanto, ela traz algumas impurezas para a mulher atual brasileira mostrar de origem orgânica, tais como metao que faz e sua contribuição para com nol, sabões e água e também de oria sociedade, através da ciência. gem inorgânica, como os metais que Certamente este prêmio abrirá são oriundos dos catalisadores utilizanovos caminhos para minhas pes- dos. Estas impurezas podem dificultar quisas. Quando se está iniciando a o seu uso em outros setores. Desta carreira em uma nova universidade forma, o projeto enviado para o Prêe local, e principalmente quando so- mio Mulheres na Ciência foca então mos jovens, é necessário correr atrás no desenvolvimento de métodos de de financiamento para que possamos análise para controle da quantidade dar continuidade aos nossos projetos. de metais na glicerina, para que ela Esse prêmio veio em boa hora! possa ser aproveitada como matéria-prima pelas indústrias de cosméticos Fale um pouco das aplicações práti- e de alimentos. cas do seu trabalho de pesquisa. Atualmente, minhas pesquisas estão direcionadas para o controle de metais como sódio e potássio em

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PESQUISA

Detecção e quantificação da micotoxina deoxinivalenol em farinhas de trigo Rothiélle Purcina Gomes de Azevedo, Antonio Milesi Marques e Alana Neto Zoch As micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos, produzidos em uma ampla variedade de gêneros agrícolas, inclusive no trigo. A presença de micotoxinas nos alimentos pode provocar intoxicações graves ou crônicas, e por vezes letais, para o homem e animais, especialmente por apresentar contaminação por DON (deoxinivalenol). O presente trabalho teve como objetivo identificar e quantificar DON via CLAE (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência). O método analítico foi desenvolvido, no Laboratório de Cromatografia do Cepa (Centro de Pesquisa em Alimentação) da Universidade de Passo Fundo. Foi obtida a curva padrão para DON, (r = 0,997, em uma faixa de 1,0 - 25,0 ppm). Os valores para os limites de detecção (LD) e de quantificação (LQ) foram 0,5 ppm e 1,0 ppm, respectivamente. Na aplicação do método em amostra de farinha de trigo comercial não foi possível identificar a DON. INTRODUÇÃO O grão de trigo é um alimento básico usado para produzir a farinha para a alimentação humana e também utilizada na alimentação animal. Por ser um alimento de grande consumo, requer sanidade e qualidade. A contaminação desse cereal por micotoxinas, inclusive a DON (deoxinivalenol), representa um risco significativo à saúde dos consumidores (ALFRED; MAGAN, 2004). Em animais a DON causa rejeição alimentar, perda de peso, vômito, diarréia sanguinolenta, hemorragia, aborto e muitas vezes, dependendo do caso, a morte. Em humanos é causadora de doença gastrointestinal aguda (SANTINI et al., 2000). Por isto, este assunto tem recebido cada vez mais atenção das autoridades de segurança alimentar e dos legisladores em todo o mundo. Conforme Ciola

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(1998), o emprego da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC - UV), para solucionar problemas analíticos ou preparativos, necessita de uma instrumentação adequada, da combinação correta das condições experimentais, tais como: tipo de coluna (fase estacionária), composição e vazão da fase móvel, pressão, temperatura e quantidade de amostra injetada. Para um produto final de qualidade é necessário que a matéria-prima de origem tenha as especificações exigidas pelos órgãos fiscalizadores. O HPLC-UV é um equipamento sensível para detecção de deoxinivalenol em farinhas de trigo. Portanto, esta metodologia nos fornece resultados válidos e confiáveis para as condições de trabalho, o que mostra essa pesquisa realizada no Laboratório de Cromatografia, do Centro de Pesquisa em Alimentação (CEPA) da Universidade de Passo Fundo. MATERIAL E MÉTODOS Neste trabalho desenvolveu-se o método para determinação de Deoxinivalenol por HPLC – UV. As amostras de farinhas de trigo foram obtidas no laboratório de cromatografia do CEPA (Centro de Pesquisa em Alimentação) da Universidade de Passo Fundo, RS. O padrão de deoxinivalenol foi comprado da Sigma Aldrich. REAGENTE E SOLVENTES Os seguintes reagentes e solventes foram utilizados: • Padrão de deoxinivalenol • Água purificada Milli Q® • Acetonitrila HPLC (Merck) • Metanol (Vetec) • Farinhas de trigo EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS Segundo análises feitas no laboratório de cromatografia do CEPA, a quantificação da micotoxina DON, por CLAE, foi

realizada por: • Análise Cromatográfica Líquida (CL) – Ultra Violeta (UV), PerkinElmer: 355 nm • Coluna utilizada: HPLC NUCLEODUR® 100-5 C18, dimensões de 250x4, 6 mm, partícula de 5µm • Fase Móvel: A) MeOH:H2O (40:60 v/v) • Fluxo da bomba HPLC-UV: 1,5 mim/L • Banho de ultra-som • Balança analítica Celtac • Cartucho MycoSep®227 trich • Agitador de tubos CURVA ANALÍTICA Para o preparo da curva analítica foi desenvolvido o método analítico para a determinação e quantificação de deoxinivalenol, a partir do padrão de deoxinivalenol. Após a obtenção dos resultados foi projetada a curva no software TcNav. PREPARO DA AMOSTRA O método é baseado na técnica recomendada por Romer Labs, fornecedor dos cartuchos MycoSep®227 trich, onde: • Pesou-se 25 g de amostra moída, à temperatura ambiente, em um frasco de vidro (erlenmeyer); • Adicionou-se 100 mL de solvente (AcCN:água (84:16v/v); • Agitou-se vigorosamente por 30 min; • Filtrou-se o extrato com papel filtro pregueado + funil + erlenmeyer; • Transferiu-se 8 mL do filtrado para um tubo de MycoSep®227 trich + Pluss all through, no tubo de vidro; • Removeu-se 4 mL do extrato purificado para um vial, contaminando o mesmo com 3,2 µL de padrão de 2,5 ppm de DON; • Removeu-se para outro recipiente mais 2 mL desse mesmo filtrado; • Esperou-se secar sob fluxo de N2(g), ambos; • Redissolveu-se o extrato de 4 mL em


400 µL da fase móvel, e o extrato de 2 mL em 200 µL da fase móvel; • Analisou-se na sequência: branco do solvente (acetonitrila); fase móvel: metanol e água (40:60 v/v); branco da amostra vinda da amostra sem a contaminação com o padrão de 2,5 ppm; amostra contaminada com o padrão de 2,5 ppm. DISCUSSÃO Para a otimização das condições de análise via CLAE foi preparada uma solução mãe de 1000 ppm a partir do padrão de Deoxinivalenol, e uma solução estoque de 500 ppm. Duas colunas foram testadas em diferentes condições. Em uma análise comparativa entre as duas colunas: Coluna 1-Nova Park C18, 3.9 x 300 nm, 4 µm, λ= 220 nm e Coluna 2 – (HPLC NUCLEODUR® 100-5 C18, dimensões de 250x4, 6 mm, partícula de 5µm). Foi usando a concentração de 10 ppm, em seus melhores fluxos e proporções de fase móvel. Assim, a melhor coluna foi a coluna 2, por apresentar melhor resolução do pico. Esta então, foi a coluna utilizada para as demais análises. As condições utilizadas foram fluxo 1,5 mL/ min, MeOH x H2O (40:60 v/v). O cromatograma representado na Figura 1 apresentou melhor resolução do pico, pois, sua base se apresentou menos alongada que a base do pico da Figura 2, como mostrado acima nas figuras. A polaridade da fase móvel influencia no tempo de retenção. Assim, mudando-se as proporções da fase móvel muda-se o tempo de retenção do composto.

Com base nessa informação, a coluna 2 apresentou um tempo de retenção da

DON de ~2,7 minutos e a coluna 1 ~5,1 minutos. Testou-se a fase ótima, com os fluxos 1,0; 1,2; 1,5 e 1,8 mL/min. O melhor fluxo observado pela curva de Van Deemter foi o de 1,5 mL/min. Foram feitas as injeções em menores concentrações (0,5; 1,0 e 2,5 ppm), nas seguintes condições: fluxo 1,5 mL/min; MeOH x H2O (40:60 v/v), tempo de corrida 5 min, λ = 220 nm. Obteve-se com isso um limite de detecção (LD) da DON por CLAE-UV de 0,5 ppm e um limite de quantificação (LQ) de 1,0 ppm, mostrados nas Figuras 3 e 4.

Para a construção da curva analítica foram injetadas as amostras do padrão, em triplicada, no CLAE-UV, na seqüência da menor para maior concentração, utilizando as seguintes concentrações de: 1,0; 2,5; 5,0; 7,5; 10,0; 15,0; 20,0 e 25,0 ppm. Obteve-se, assim, uma curva média com R= 0,997, como mostrado abaixo, na Figura 5.

A repetibilidade é verificada por, no mínimo, 6 determinações, contemplando o intervalo linear do método com uma concentração média, com 2 réplicas cada ou mínimo de 6 determinações a 100%

da concentração do teste. Assim, injetou-se as 6 vezes, em dois dias diferentes (duplicata), o padrão de 5 ppm. Obteve-se coeficiente de variação médio de 4,34 %. Método foi testado para a detecção de DON em uma amostra de farinha de trigo nas condições otimizadas: fluxo 1,5 mL/min, coluna 2, MeOH:H2O (40:60 v/v), 5 min de corrida. A amostra foi preparada segundo a técnica recomendada por Romer Labs como descrito anteriormente em materiais e métodos, e foram feitas injeções: fase móvel, branco da amostra e em seguida a amostra contaminada com um padrão de 2,5 ppm. O resultado não foi o esperado, o analito (DON) não foi detectado. Como apenas um teste foi realizado para a aplicação do método em amostra real o trabalho terá continuidade buscando otimizar o preparo da amostra. CONCLUSÃO No desenvolvimento do método analítico para detecção da micotoxina DON via CLAE – UV foi construída a curva padrão de referência para DON (r = 0,997 para uma faixa de 1,0 a 25,0 ppm). Os valores obtidos para os limites de detecção (LD) e quantificação (LQ) foram 0,5 ppm e 1,0 ppm, respectivamente. Na aplicação do método em amostra de farinha de trigo comercial contaminada, não foi possível identificar a DON. Novos testes serão realizados para a validação da metodologia. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC no á7, de 18 de Fevereiro de 2011 – republicado no Diário Oficial da União – Dispõe sobre os limites máximos tolerados (LMT) para micotoxinas em alimentos. Disponível em: <http://www.in.gov.br/autenticidade.html>. Acebsso em: jun.2011. CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. S. Análise instrumental. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. CIOLA, R. Fundamentos da Cromatografia a Líquido de Alto Desempenho. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1998. INMETRO. Orientações sobre validação de métodos de ensaios químicos. DOQ-CGCRE-008, 2003. JARVIS, B. B. et al. Conformational effects in trichothecenes: structures of 15-hydroxy C4 and C8 ketones. J. Org. Chem., v. 55, p. 3660-3662, 1990. KRSKA, R.; WELZING, E.; BUOBRA, H. Analisys of Fusarium toxins in feed, Ani. Feed Sci. Tech., v. 137, p. 241-264, 2007. LAMIC. Legislação sobre Micotoxinas. Disponível em: <http://www. lamic.ufsm.br/ legislacao.html>. Acesso em: nov. 2010. PRESTA, M. A. Investigação da eficiência do clean up empregando cromatografia por permeação em gel para a quantificação de resíduos de inseticidas em grãos de soja por cromatografia gasosa com detecção por captura de elétrons. 2004. Dissertação (Mestrado em Química) – Área de Concentração em Química Analítica, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004. RIBANI, M. et al. Validação em métodos cromatográficos e eletroforéticos. Química Nova, v. 27, n. 5, p. 771-780, 2004. TURKER, L.; GUMUS, S. A. Theoretical study on vomitoxin and its tautomes. Journal of Hazardous Materials, v. 163, p. 285-294, 2009. VOGEL, A. I. Vogel: análise química quantitativa. Rio de Janeiro: LTC, 2002.

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CRQ-V

Relatório de Atividades do Conselho no exercício de 2010 ATIVIDADES NO SETOR DE REGISTROS O setor de registro do CRQ-V registrou os seguintes índices de movimento, correspondentes ao exercício de 2010. Carteira Provisória Registro de Pós-Graduação Aumento de Atribuições Alteração de Atribuições Anotação de Cursos Reativação Carteira Definitiva Cancelamento de Registro de Profissional Isenções Autorizações Transferências Registro de Empresa Cancelamento de Registro de Empresa AFT’s

441 6 5 13 3 23 713 373 312 17 28 245 137 7.052

SETOR DE PROTOCOLO Abaixo, os números do setor de protocolo referentes ao ano de 2010. Processos /Profissionais Processo /Empresas Total

853 672 1525

SETOR JURÍDICO Dados do departamento Jurídico relativos ao ano de 2010 Exec. Fisc. em Andamento Outras ações Notificações de Débito

506 27 962

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM O departamento deu continuidade ao Informativo trimestral distribuído em escolas, universidades e profissionais registrados. Também continuou atuando na assessoria e planejamento de ações com o propósito de divulgar o CRQ-V da comunidade química.

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Foram concedidos os registros, em caráter definitivo e provisório , no exercício de 2010, a 1230 diplomas ( 559 nível médio e 671 nível superior) às seguintes categorias: Auxiliar de Laboratório Bacharel em Ciência e Tecnologia de Alimentos - Habilitação Laticínios Bacharel em Ciências - Habilitação Química Bacharel em Química Bacharel em Química Ambiental Bacharel em Química de Alimentos Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Engenharia de Materiais Engenharia de Produção Química Engenheiro Ambiental Engenheiro de Alimentos Engenheiro de Plásticos Engenheiro Industrial Químico Engenheiro Químico Licenciado em Química Químico Químico Industrial Químico Industrial de Alimentos Técnico Agroindustrial Técnico de Cervejaria Técnico em Agroindústria Técnico em Agroindústria - Área Agropecuária Técnico em Alimentos Técnico em Ambiente Técnico em Análise de Processos Industriais Químicos Técnico em Biotecnologia Técnico em Celulose e Papel Técnico em Controle e Monitoramento Ambiental Técnico em Curtimento Técnico em Enologia Técnico em Meio Ambiente Técnico em Plásticos Técnico em Química - Área Química Técnico em Transformação de Termoplásticos Técnico em Tratamento de Resíduos Industriais Técnico Provisionado em Laboratório Técnico Químico Técnico Químico - Área do Meio Ambiente Técnico Químico - Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais Técnico Químico - Ênfase em Análises de Processos Industrias Químicos Técnico Químico - Gestão Ambiental Técnico Químico Industrial

1 2 2 73 25 29 10 2 3 6 15 1 3 101 146 3 214 13 1 1 4 1 18 27 2 3 4 3 14 8 47 1 1 2 4 4 362 1 3 39 5 2


Técnico Químico Integrado com Ensino Médio Tecnólogo Ambiental - Resíduos Industriais Tecnólogo em Agroindústria Tecnólogo em Agropecuária: Agroindústria Tecnólogo em Alimentos Tecnólogo em Gestão Ambiental Tecnólogo em Meio Ambiente Tecnólogo em Polímeros Tecnólogo em Saneamento Ambiental Tecnólogo em Viticultura e Enologia ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃO O Departamento de Fiscalização, no exercício de 2010, inspecionou os municípios localizados nas seguintes regiões: Alto do Jacuí, Central, Centro Sul, Fronteira Noroeste, Fronteira Oeste, Hortênsias, Litoral, Médio Alto Uruguai, Metropolitana, Missões, Nordeste, Noroeste Colonial, Norte, Produção, Serra, Sul, Vale do Cai, Vale do Paranhana, Vale do Rio Pardo, Vale do Sinos, Vale do Taquari. Ao todo foram percorridos 120.629 quilômetros pelos agentes fiscais do Conselho Regional de Química da 5ª Região. O número total de vistorias chegou a 2.171, sendo essas divididos pelas seguintes regiões do Estado. Foram 520 intimações feitas em 2010, além de contabilizar 129 multas aplicadas pela fiscalização do CRQ-V.

Alto do Jacuí Central Centro Sul Fronteira Noroeste Fronteira Oeste Hortênsias Litoral Medio Alto Uruguai Metropolitana Missões Nordeste Noroeste Colonial Norte Produção Serra Sul Vale do Caí Vale do Paranhana Vale do Rio Pardo Vale do Sinos Vale o Taquari

EVENTOS Além das formaturas e palestras, o CRQ-V apoiou eventos locais, como Semanas Acadêmicas de Química de diversas universidades, encontros de profissionais e estudantes da área, feiras (Fiema/ The Beauty entre outras).

UPF Luterano Concordia IFTRS E.E.Tec São Joao Batista UFPEL FURG Coraçao De Maria Pereira Coruja UFRGS Dom Joao Becker URI - FW

PALESTRAS Colegio Concordia Nossa Sra. Aparecida Unijui Pereira Coruja Assis Chateaubriand UCS Unipampa Colegio Concordia FETLSVC FETLSVC Dom Feliciano UPF UFPEL

13/3/2010 5/5/2010 26/5/2010 8/6/2010 17/6/2010 25/6/2010 30/6/2010 7/7/2010 3/8/2010 14/8/2010 19/8/2010 31/8/2010 11/6/2010

1 1 1 1 2 2 1 6 3 6 15 79 18 34 49 25 35 29 513 30 14 35 31 161 402 73 68 74 67 323 96 12/5/2010 13/8/2010 1/9/2010 4/10/2010 22/10/2010 3/11/2010 9/11/2010 16/11/2010 20/10/2010 26/10/2010 27/10/2010

FORMATURAS UNIVATES URI - Santo Ângelo UPF ULBRA UCS UNIFRA - SM UCPEL URI - Erechim URI - FW

8/1/2010 8/1/2010 14/1/2010 16/1/2010 16/1/2010 16/1/2010 16/1/2010 16/1/2010 23/1/2010

OUVIDORIA No ano de 2010, a Ouvidoria do CRQ-V atendeu aproximadamente 4.800 solicitações que compreendem desde informações sobre registro profissional, registro de empresas, dúvidas sobre AFT’s, pagamento e isenção de anuidades e taxas, denúncias sobre irregularidades, reclamações sobre serviços e também elogios. A maior parte das solicitações, cerca de 80%, é pela internet via e-mail geral da Ouvidoria (crqv@crqv.org.br); 15% das demandas é pelo telefone (linha direta 51.3330.9239 ou pelo geral 51.33305659 - ramal 229); e 5% do atendimento é realizado diretamente na sede do CRQ. As questões tratadas variam conforme o período: de janeiro a março, há mais pedidos de isenção, pagamento de anuidade e registros de profissionais. Já de outubro a dezembro, sobre AFT de Piscinas e denúncias relativas a este tipo de estabelecimento. Há ainda o crescimento de pedidos quanto às possibilidades de desempenho de funções técnicas que são encaminhadas à Câmara Curricular, e o envio de informações para o Programa de Qualificação e Inserção no Mercado de Trabalho (PQUIM).

UPF 29/1/2010 PUC 30/1/2010 IFRS 17/4/2010 Nossa Sra. Aparecida 27/3/2010 UFPEL 13/3/2010 URI-Erechim 13/3/2010 UCPEL 7/8/2010 Escola Dom Feliciano 12/8/2010 Luterano Concordia 13/8/2010 ULBRA 13/8/2010 UNISC 20/8/2010 F.E.T.L.S..V.C 28/8/2010 URI - FW 27/8/2010 UFRGS 28/8/2010 ULBRA 28/8/2010 URI-Erechim 13/8/2010 UNIJUI 27/8/2010 Luterano Concordia 27/8/2010 Colegio Conteporaneo 30/10/2010 Nossa Sra. Aparecida 20/11/2010 Colegio Concordia 22/12/2010 UPF 4/9/2010

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REPORTAGEM

Química + Arte A química Cristiane Calza conta como obras de arte precisam da ciência para sua restauração A carioca Cristiane Calza é química, adora pintura, e é autora de uma invenção que está mudando a rotina dos restauradores: a fluorescência de raios X. Baseada na sua tese de doutorado, defendida em 2007, a pesquisa de quatro anos tornou-se realidade no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/ UFRJ) . A tecnologia permite que o sistema portátil identifique os pigmentos usados na composição da obra, a existência de retoques, idade do trabalho e falsificações. Tudo isso sem precisar tocar ou retirar amostras, ao contrário do que acontece na maioria das restaurações hoje em dia. A ideia já era antiga, mas foi de fato colocada em prática quando a pesquisadora sentiu dificuldades ao realizar trabalhos com artefatos de museu utilizando o equipamento tradicional. “Pensei que se pudéssemos levar o equipamento ao museu, poderíamos analisar quadros de grandes dimensões, sarcófagos, estátuas e peças raras, cuja saída para análise dificilmente seria autorizada. Sem contar as dificuldades de transporte e segurança, já que algumas obras são avaliadas em milhões de dólares”, conta ela.

O equipamento de fluorescência de raios X é capaz de analisar vários tipos de amostras, como biológicas, ambientais e minerais. No caso da arqueometria, que é a aplicação da ciência na arte, é analisado principalmente pigmentos (em quadros, manuscritos, vasos), cerâmicas, esculturas, objetos metálicos (moedas, joias, armas) e papel. Ele funciona da seguinte forma: os raios X emitidos pelo sistema entram em contato com o objeto e geram novos raios que, captados por um detector, criam na tela do computador uma série de gráficos que apresentam picos de energias. A partir desses valores, a pesquisadora identifica os elementos químicos presentes na área analisada, possibilitando que sejam estabelecidas as informações sobre o objeto de estudo. O sucesso da invenção foi grande, e já existem planos para aperfeiçoar ainda mais a técnica. “Atualmente estou desenvolvendo um novo equipamento, menor e ainda ‘mais portátil’ que o atual. Isto facilitará as análises em altares e cúpulas de igrejas ou durante realização de obras de restauro em edifícios históricos, onde temos um espaço restrito para trabalhar e necessitamos subir e des-

cer de andaimes durante as análises”, diz Cristiane. O primeiro quadro a passar pela restauração, em 2007, foi A Primeira Missa no Brasil, uma importante pintura para a história nacional, do ano de 1860. Depois disso, o equipamento foi usado na análise de telas de pintores do século XIX do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e no Convento de Santo Antônio, só para citar alguns lugares. E tanto trabalho às vezes gera surpresas. O quadro Gioventú, de Eliseu Visconti, por exemplo, revelou-se com uma pintura completa escondida sob a original. Enquanto é cada vez mais requisitada para realizar trabalhos no Brasil e no exterior, Cristiane ainda torce para que cresçam os investimentos e pesquisas nessa área no país. “Falta iniciativa, principalmente comparando com a Europa. Apesar disso, nos últimos 3 anos tenho observado principalmente no Rio de Janeiro, onde moro, um aumento considerável dos investimentos no setor, talvez motivado pelo fato de que a cidade será sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Espero que essa área da cultura se desenvolva”.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RS HOMENAGEIA A QUÍMICA O Grande Expediente da Assembléia Legislativa do RS homenageou no dia 17 de agosto o Ano Internacional da Química, comemorado em 2011, e os profissionais da área da química. O evento foi proposto pelo deputado Edson Brum. O parlamentar aproveitou o espaço para destacar o trabalho de entidades gaúchas envolvidas com

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a Química. Brum também salientou a importância do Conselho Regional de Química da 5ª Região, da Fundação de Ciência e Tecnologia e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado. Entre as universidades, citou os trabalhos dos cursos de Química da UFRGS e da UFSM. Estavam presentes, entre outras autoridades e parlamentares, o presi-

dente do CRQ-V, Paulo Roberto Bello Fallavena, representantes do Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul, da UFRGS, da UNISC e da PUCRS e o professor Jairton Dupont. Associaram-se à homenagem os deputados João Fischer, Miki Breier, Raul Carrion, Jurandir Maciel , Alceu Barbosa , Zilá Breitenbache Maria Helena Sartori.


ARTIGO

Responsabilidade técnica – questões pertinentes Dario da Silva Oliveira Junior - Diretor Jurídico do CRQ-V Divulgação

Tem o presente a intenção de prestar esclarecimentos ao que diz respeito à Responsabilidade Técnica, tema este, de suma importância tanto para os profissionais de química, como para as empresas que necessitam da prestação deste serviço. Toda empresa química precisa ter um profissional da química habilitado perante o CRQ para se responsabilizar por suas operações. Este profissional é chamado de Responsável Técnico (RT). Necessariamente, o RT deve ser indicado pela empresa quando esta apresenta seu pedido de registro no CRQ ou quando a vaga precisa ser preenchida. A aceitação ou não do profissional da química indicado é atribuição exclusiva do CRQ. A exigência feita pelo CRQ é embasada no artigo 27 da Lei nº 2.800, combinado com artigo 1º da Lei nº 6.839/80. É importante entender que, mais do que uma exigência legal, a manutenção de um RT é uma garantia, que uma empresa presta à sociedade, de que seus produtos ou serviços estão sendo produzidos ou executados sob supervisão de um profissional habilitado, pois está devidamente registrado no seu Conselho de Fiscalização Profissional pertinente. A Responsabilidade Técnica por uma empresa assumida formalmente por um profissional da química implica o correto exercício da profissão, o que já é obrigação em qualquer situação, mas também é um endosso de sua autoridade e autonomia na área técnica. Daí deriva o dever do RT de tomar suas decisões técnicas com isenção e sem influências de pressões de qualquer natureza por parte da empresa para resguardar os demais empregados, os consumidores, a sociedade, o meio ambiente e a própria empresa.

Com base em critérios como porte da empresa, localização geográfica, linha de produtos industrializados ou serviços que presta, o CRQ pode exigir que o RT exerça sua função em tempo integral ou aceitar que ele atue como autônomo, prestando assistência durante um determinado número de horas ao longo da semana. É importante ressaltar que o RT de nível médio pode ser responsável por empresas que possuam atividades produtivas. No entanto, devido às limitações impostas pelo artigo 20 da Lei nº 2.800, diversos fatores são levados em consideração na análise da indicação: porte da empresa, complexidade do processo químico, grau de risco, toxicidade das matérias-primas e produtos, geração de efluentes, etc. Ao aceitar o encargo de um RT, o profissional deve ter plena ciência da importância do seu cargo. Uma vez que responde não só pela qualidade e segurança de um ou mais produtos ou serviços, mas também pela precisão das informações que chegam ao consumidor. A função, portanto, deve ser vista como um sinônimo de autonomia na tomada de decisões que envolvam esses aspectos. Nenhum profissional pode simplesmente “assinar” por uma empresa; ele deve, sim, exercer de fato a função, por tal motivo, sempre que possível, a fiscalização é feita durante o horário em que o responsável técnico declara que estará presente. Caso fique caracterizado que ele não vem comparecendo à empresa, terá de responder a um processo ético que pode, como informado anteriormente, resultar na aplicação de multas e na suspensão do exercício profissional por até um ano. Se a empresa pela qual responde causar danos tanto aos demais funcionários

quanto aos consumidores dos seus produtos, o RT estará sujeito, juntamente com a empresa, a responder a processos civis e criminais. No âmbito do CRQ, constatada a sua negligência no desempenho da função, poderá ter suspenso por até um ano o direito de exercer a sua profissão. Por fim, salienta-se que sempre que um RT deixar de prestar serviço a uma empresa ao qual está ligado, o mesmo deve informar seu afastamento ao CRQ. Essa comunicação deve ser feita por escrito, no prazo de 24 horas, conforme exige o artigo 350 do Decreto-Lei nº 5.452. Portanto, quando for convidado a exercer a RT, faça-a com segurança e autoridade, mesmo que isto custe um serviço ou lote de produto. Lembre-se: a responsabilidade (técnica) é sua!

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MERCADO

Divulgação

54 anos a serviço da Química

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Nascido em Caxias do Sul, Tito Alberto Gobbato começou a se interessar em química por acaso. Dos cinco aos quinze anos morou na Estação Experimental de Viticultura e Enologia da cidade, cujo diretor era seu pai. No laboratório de análises do espaço, Gobbato viu crescer seu interesse pelas reações envolvendo a fabricação do vinho. A curiosidade o transformou em químico industrial, sua profissão desde 1947. Já são mais de 50 anos registrado no CRQ-V e duas medalhas (outorgadas pela Secretaria Nacional de Defesa) destinadas a pessoas que se destacaram “por relevantes serviços prestados ao País e à comunidade nacional

em assuntos da Defesa Civil”. A primeira foi em 2002, quando fazia parte da equipe da Defesa Civil Federal, pela qual trabalhou por 20 anos. A Defesa Civil Federal é a responsável pela proteção da população que reside no entorno da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis-RJ. Em 1986, Gobbato foi responsável pelo planejamento da população residente ao redor de ANGRA I. Paralelamente, um grupo do Ministério dos Transportes começou a estudar o problema dos Produtos Perigosos: legislação para transporte rodoviário, ferroviário, transporte no Mercosul e Normas da ABNT, solicitando à Defesa Civil Federal a indicação de um representante para colaborar na elaboração do primeiro manual sobre Produtos Perigosos. Gobbato foi indicado, e, assim, durante longo período, colaborou com o Ministério e com a ABNT para as Normas relativas.

Voltou ao RS em 2003 para morar em Torres. Em 2010, ganhou a segunda medalha devido à sua colaboração espontânea na divulgação dos Produtos Perigosos. Essa é uma grande preocupação da Defesa Civil, especialmente na BR-101, que recentemente recebeu várias placas de alerta que indicam a rota desses produtos. Atualmente Gobbato tem realizado palestras para alunos do segundo grau em escolas localizadas ao longo da BR-101, no trecho entre Osório-RS e Araranguá-SC. “As pessoas não se dão conta de que o caminhões podem estar transportando produtos inflamáveis, corrosivos ou mesmo explosivos, convindo manter distância. Nas palestras, esclareço que, apesar do perigo, estes produtos, muitas vezes, são fundamentais na indústria química e no sistema de vida, motivo pelo qual temos que saber conviver com eles”, finaliza.


AGENDA 2011

CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA APROVA CURSO DE IMAGEM PESSOAL O Conselho Federal de Química (CFQ) analisou o pedido de registro de curso Técnico em Imagem Pessoal, ministrado pelo Instituto de Apoio aos Profissionais da Ciência (IAPC) e concluiu que os egressos poderão de fato ter registro no Conselho Regional de Química. Dessa forma, com a conclusão do curso Técnico em Imagem Pessoal o profissional formado poderá obter registro profissional no Conselho Regio-

nal de Química por conta dos conhecimentos adquiridos com as disciplinas específicas de química básica, química dos cosméticos e cosmetologia aplicada. “O curso apresenta partes importantes de seus componentes curriculares vinculados a competências profissionais pertencentes às áreas da Química”, declarou o conselheiro relator do projeto, Arnaldo Felisberto Imbiriba da Rocha.

6ª REUNIÃO DA CÂMARA DAS ESCOLAS A Câmara das Escolas do CRQ-V se reuniu em agosto para debater assuntos relacionados ao ensino da química no Rio Grande do Sul. Esta foi a sexta edição do encontro da comissão que

procura estudar e propor soluções para os cursos de Química no Estado, no que diz respeito a currículos de disciplinas que não condizem com a realidade da profissão. CRQ-V

NOVEMBRO 4E5 • Cosmetologia Promovido pela ABQ/RS 29 • Elaboração de Manual de Boas Práticas (MBP), Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) e Planilhas de Controle Promovido pela ABQ/RS DEZEMBRO 16 E 17 • Curso de Formação de Auditores BPF e APPCC Promovido pela ABQ/RS ABQ-RS Rua Doutor Flores, 307 – Sala 803 Porto Alegre – RS abqrs@abqrs.com.br www.abqrs.com.br (51)3225-9461 IAPC Rua Baronesa do Gravataí, 700 Cidade Baixa Porto Alegre - RS iapc.escola@terra.com.br www.iapc.org.br

Reunião foi realizada no auditório do CRQ-V

PRESIDENTE DO CRQ-V ENCONTRA-SE COM DEPUTADOS FEDERAIS

Divulgação

Presidente do CRQ-V , Paulo Fallavena , entrega projeto que regulamenta as anuidades aos deputados Luiz Carlos Busato e Ronaldo Nogueira. Os deputados se comprometeram a levar a causa adiante em nome da comunidade química.

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