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O FIM E O INÍCIO DE 2021 THE END AND THE BEGINNING OF 2021

BRUNO ROSA*,

PRÉMIO

O FIM E O INÍCIO DE 2021

THE END AND THE BEGINNING OF 2021

Ouvi de um economista renomado dia desses que o ano de 2021 já tinha praticamente acabado no Brasil. Embora estejamos ainda em abril, o atraso no cronograma da vacinação para combater o coronavírus e as crescentes crises política e econômica no maior país da América do Sul vêm deixando cada vez mais investidores e empresas em regime de espera. Assisti, dias depois, apresentação virtual do CEO de uma empresa da Alemanha na qual ele mostrava que toda crise gera oportunidades. E ele estava com pressa. Relatou o avanço de concorrentes em países emergentes e a necessidade de aumentar os investimentos em ‘start-ups’ que estão criando novas tecnologias para o mundo pós-Covid. Li ainda uma entrevista, no “Wall Street Journal”, de um gestor de hedge fund dos Estados Unidos que apontava o interesse em ativos no Brasil, Chile, México, África do Sul e Rússia. Para ele, a desvalorização das moedas locais frente ao dólar tornou as empresas mais baratas, gerando oportunidades de crescimento com margens mais atrativas. Se de um lado a cautela e o pessimismo dominam parte dos relatórios de bancos, a economia real se movimenta com força. Fusões e aquisições crescem desde o ano passado ignorando a crise da Covid-19. Estão de olho em setores-chave para permitir o crescimento nos próximos anos. E no meio dessa estratégia estão as ‘start-ups’, empresas em fase de crescimento que têm a tecnologia como eixo central de seus negócios. A Distrito, uma das principais plataformas de inovação A renowned economist recently said that the year 2021 was almost over in Brazil. Although we are still in April, the delay in the vaccination chronogram to fight coronavirus and the growing political and economic crises in the largest country in South America are putting more and more investors and companies on hold. A few days later, I watched a virtual presentation by the CEO of a German company in which he showed that every crisis creates opportunities. And he was in a hurry. He reported the advance of competitors in emerging countries and the need to increase investments in start-ups currently creating new technologies for the post-Covid world. I also read an interview, in the “Wall Street Journal”, with a hedge fund manager from the United States who stated the interest in investing in assets in Brazil, Chile, Mexico, South Africa and Russia. According to him, the devaluation of local currencies against the dollar made companies cheaper, generating growth opportunities with more appealing margins. If on the one hand caution and pessimism are there in some bank reports, the real economy, in turn, is moving fast. Mergers and acquisitions have increased since last year, ignoring the Covid-19 crisis. They have an eye on key sectors to enable growth in the coming years. And right in the middle of this strategy are start-ups, companies in a growth stage that have technology as the core of their business. Distrito, one of the main innovation platforms in Brazil, projects investments of at least US $ 5 billion in start-

do Brasil, projeta investimentos de pelo menos US$ 5 bilhões em ‘start-ups’ neste ano no Brasil. O valor é 42% maior que os US$ 3,5 bilhões calculados no ano passado. Os investidores internacionais estão interessados em novas soluções para setores como financeiro, varejo ‘on-line’, saúde e logística. Em 2020, fusões e aquisições envolvendo ‘start-ups’ e grandes corporações chegou a 174 operações. Para 2021, esse número deve subir para 250 operações, apontam dados da Distrito. Combinações de negócios e investimentos vão transformar parte dessas ‘start-ups’ em unicórnios, alcançando, assim, valor de pelo menos US$ 1 bilhão. Há potencial para o Brasil pular dos atuais 12 para 20 unicórnios. Pode parecer um número pequeno dado o tamanho da economia brasileira, mas será um feito e tanto, se levar em conta que o número pode quase que dobrar em apenas doze meses. Mas a economia real não envolve apenas ‘start-ups’. Projetos de infraestrutura também estão no radar de investidores institucionais mundo afora. Na lista de iniciativas que o governo pretende privatizar ao longo de 2021 estão concessões de rodovias, ferrovias, aeroportos, terminais portuários e empresas de saneamento. É um pacote com mais de 50 opções que devem gerar investimentos de US$ 24 bilhões. Com as incertezas nos rumos da economia, investidores vêm pressionando o governo a tornar os certames mais atrativos, com maior flexibilização nas regras. Essa estratégia parece estar funcionando. No setor de telecomunicações, empresas como a brasileira Oi, a italiana da TIM, a espanhola Vivo e a mexicana Claro reclamaram e conseguiram emplacar a chinesa Huawei como fornecedora de equipamentos de infraestrutura para a rede 5G em um momento de bloqueio em diversos países do mundo. Como o leilão de 5G deve ocorrer em meados deste ano e custar cerca de US$ 6 bilhões, valor que inclui a compra das frequências e investimentos obrigatórios de cobertura pelo interior do país, as empresa seguem pressionando nos bastidores por mais reduções de exigências. Negociar faz parte da competição, ainda mais no cenário atual. O Rio de Janeiro, por exemplo, será palco de uma das maiores privatizações do país, com a venda da empresa pública de água e esgoto. O valor? Cerca de US$ 7 bilhões, número preliminar que inclui o pagamento da outorga e os investimentos obrigatórios. Claro, os investidores tentam, agora, reduzir esse valor, dizendo ser “impagável”. Mas não é só. Na segunda quinzena de março, o Congresso brasileiro finalmente aprovou o novo marco regulatório para o mercado de gás, iniciativa que vai permitir gerar mais concorrência no setor ao quebrar o monopólio da estatal Petrobras. O próximo projeto da fila é o estabelecimento de novas regras para modernizar e atrair mais investimentos no sistema de navegação entre os portos nacionais. O ano de 2021 está só começando. l ups this year in Brazil. The figure is 42% higher than the US $ 3.5 billion calculated last year. International investors are interested in new solutions for sectors such as finance, online retail, healthcare and logistics. In 2020, mergers and acquisitions involving start-ups and large corporations totalled 174 operations. In 2021, this figure is due to reach 250 operations, data from the District point out. Combinations of business and investment should transform part of these start-ups into unicorns, thus reaching a value of at least US $ 1 billion. There is potential for Brazil to jump from the current number of 12 to 20 unicorns. It may seem a small number given the size of the Brazilian economy, but it will be quite an achievement, considering that this figure has the potential to almost double in twelve months alone. But the real economy is not just start-ups. Infrastructure projects are also on the radar of institutional investors worldwide. The list of initiatives the government intends to privatize throughout 2021 includes concessions for highway, railways, airports, port terminals and sanitation companies. It’s a package with more than 50 options that should generate investments of US $ 24 billion. Given the uncertainties as regards the direction of the economy, investors have been putting pressure on the government to make events more appealing and to put more flexible rules in place. This strategy appears to be working. In the telecommunications sector, companies such as the Brazilian Oi, the Italian TIM, the Spanish Vivo and the Mexican Claro complained and managed to get the Chinese Huawei on board as the supplier of infrastructure equipment for the 5G network at a time of blockade in several countries around the world. As the 5G auction is expected to take place in the middle of this year and cost around the US $ 6 billion, which includes the purchase of frequencies and mandatory coverage investments in the inner areas of the country, companies keep exerting pressure behind the scenes for further reduction of requirements. Negotiating is part of the competition, even more so in the current scenario. Rio de Janeiro, for example, will host one of the largest privatisations in the country, with the sale of the public water and sewage company. The amount involved? About US $ 7 billion, a preliminary number that includes the payment of the grant and mandatory investments. Investors are now trying to reduce that amount claiming, as it was expected, that it is “unpayable”. And there’s more. In the second half of March, the Brazilian Congress finally approved the new regulatory framework for the gas market, an initiative that will allow generating more competition in the sector by breaking the monopoly of state-owned Petrobras. The next project in line is the establishment of new rules to modernize and attract more investments in the navigation system between national ports. The year 2021 is just beginning. l

MARIA ELVIRA POMBO,

EMBAIXADORA DA COLÔMBIA EM PORTUGAL COLOMBIAN AMBASSADOR TO PORTUGAL

COLÔMBIA: PAÍS DE OPORTUNIDADES!

COLOMBIA: A LAND OF OPPORTUNITIES!

Com um mercado de 50 milhões de habitantes, um modelo de desenvolvimento que estimula o investimento privado e com um crescimento económico estável, a Colômbia oferece grandes oportunidades para o desenvolvimento de projetos e para a instalação de empresas de grande dimensão. Nos últimos 50 anos, a Colômbia tem sido o país da América Latina com maior taxa de crescimento e, antes da pandemia, destacava pelo seu desempenho económico sustentável. A crise colocou a região como uma das mais afetadas em termos económicos, com efeitos negativos no emprego e no bem-estar da população. De acordo com estimativas de organizações internacionais, em 2021 dar-se-á uma recuperação significativa na região, contudo, só nos próximos anos recuperaremos do efeito devastador que teve 2020. Este ano, o crescimento será de 4,1% depois de uma descida superior a 7%, a recessão mais profunda desde o ‘crash’ de 1929. Os dados oficiais apontam para um crescimento económico entre 4,5% e 5,0% em 2021/2022, com um desempenho superior à média regional. Destaca-se, aliás, que no encerramento de 2020, a economia colombiana já tinha recuperado 90% do emprego perdido durante a pandemia, evidenciando-se a reativação dos setores produtivos chave como são a agroindústria, a construção e infraestruturas. Tudo isto sem alterações na estabilidade monetária e na ortodoxia existente em matéria de endividamento público. Como bem explicou a Dra. Flávia Santoro, Presidente da agência ProColombia, “o governo colombiano desenhou um plano de ação para esta conjuntura, de W ith a market of 50 million inhabitants, a development model that encourages private investment and stable economic growth, Colombia offers major opportunities to develop projects and for large size companies to establish themselves in this country. For the past 50 years, Colombia has been the country in Latin America with the highest growth rate and, before the pandemic, stood out for its sustainable economic performance. As a result of the crisis, this region was one of the most affected in economic terms, with negative effects on employment and the well-being of the population. According to international organisations’ estimates, in 2021 there will be a significant recovery in the region but it should take some years to recover from the devastating effects of 2020. This year, growth will be 4.1% after falling more than 7%, the deepest recession since the 1929 crash. Official data point to economic growth between 4.5% and 5.0% in 2021/2022, with a performance above the regional average. It is worth mentioning that by the end of 2020, the Colombian economy had already recovered 90% of the jobs lost during the pandemic, with particular emphasis on the reactivation of key productive sectors such as agribusiness, construction and infrastructure. All of this happens without any changes in monetary stability and the country’s orthodoxy as regards public indebtedness.

acordo com uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo, que visa fortalecer os seus setores produtivos pela via de estímulos diretos e indiretos ao investimento nacional e estrangeiro, com instrumentos concretos que aumentam o consumo interno afetado pela pandemia”. No caso particular do investimento estrangeiro, destaca-se a descida dos impostos sobre rendimentos e dividendos, a exoneração de taxas aduaneiras na entrada de equipamento, um regime favorável nas zonas francas, a simplificação de processos de investimento eficiente, tanto de importação como de exportação, bem como a promoção à relocalização de empresas, oferecendo uma plataforma exportadora estratégica de proximidade a mercados de origem e de consumo. Tanto o Ministério do Comércio, Indústria e Turismo como a ProColombia (agência de captação de investimento, fomento de exportações e turismo) identificaram os setores com maior potencial e que serão motores da reativação económica. Tudo isto fez com que os Estados-Membros da União Europeia tenham começado a acompanhar com muito interesse o que se passa na Colômbia, considerando o nosso país como importante centro continental de produção e distribuição, focalizado nos mercados dos Estados Unidos e Canadá. Assim, a Colômbia apresenta-se como uma resposta clara para as grandes empresas que pretendem relocalizar as suas operações, numa tendência ‘nearshoring’ acelerada pela pandemia, pelo fecho das economias e pela interrupção de cadeias de distribuição. A este propósito, cabe destacar que o regime de zonas francas existente na Colômbia é, por um lado, o maior de toda a América do Sul e, por outro, o segundo regime com tarifas mais baixas e com incentivos tributários geradores de eficiência em economias de escala, cadeias produtivas e acesso a plataformas de inovação e tecnologia que facilitam os negócios. Com projeções de crescimento favoráveis, políticas tão atrativas para o capital estrangeiro e com uma economia cada vez mais dinâmica, esperamos atrair para a Colômbia novas empresas portuguesas e do resto da Europa. No que se refere ao investimento português, este vai dirigido sobretudo aos setores ‘retail’, que conta no nosso país com importantes ‘players’ como o Grupo Jerónimo Martins ou a Sonae Sierra; mas também o setor das energias renováveis, estando presente a EDP Renováveis; ou setores tecnológicos, como a Arquiled, ou da agroindústria, como a Sovena, entre outras. Para o futuro, será determinante o regresso de investimentos em infraestrutura, tecnologia, hotelaria e turismo. Estas áreas oferecem, seguramente, um extraordinário retorno, não só pelo mercado interno, mas, também, pelo restante continente, considerando que a Colômbia constitui um vértice estratégico, com uma eficiente infraestrutura portuária e logística. Graças aos 17 acordos comerciais vigentes, a Colômbia conta com acesso preferencial a mais de 60 países e a mais de 1.600 milhões de consumidores em todo o mundo. Um dos exemplos mais flagrantes das vantagens destes acordos comerciais encontra-se no setor da agroindústria. As explained by Mrs Flávia Santoro, President of the ProColombia agency, “the Colombian government designed an action plan to address this issue, following a long-term development strategy, aimed at strengthening its productive sectors through direct and indirect incentives to national and foreign investment, with concrete instruments that increase domestic consumption affected by the pandemic”. In the particular case of foreign investment, it is worth mentioning the fall in tax income and dividend, the exemption from customs fees on the entry of equipment, a favourable regime in free trade zones, the simplification of efficient investment processes, both as regards import and exports, as well as the promotion of the relocation of companies, offering a strategic export platform to come closer to both home and consumer markets. The Ministry of Commerce, Industry and Tourism and ProColombia (the agency to attract investment and foster exports and tourism) identified the sectors with the greatest potential to become engines of economic reactivation. As a result Member States of the European Union have started to follow with great interest what is happening in Colombia, considering our country an important continental production and distribution centre, focused particularly on the U.S. Canadian markets. Thus, Colombia is a clear answer for large companies wishing to relocate their operations, following the nearshoring trend accelerated by the pandemic, closure of economies and interruption of distribution chains. In this regard, it is worth mentioning that the free zone regime in Colombia is, on the one hand, the largest in all of South America and, on the other, the second regime with lower tariffs and with tax incentives generating efficiency in economies of scale, production chains and access to innovation and technology platforms that facilitate business. With favourable growth projections, good policies as regards foreign capital and an increasingly dynamic economy, we hope to attract new companies from Colombia and the rest of Europe to Colombia. Concerning Portuguese investment there are clear growth prospects particularly in the retail sectors and our country relies on important players in this sector such as Jerónimo Martins Group or Sonae Sierra; but also in the renewable energy sector, relying on the presence of EDP Renováveis; or in technological sectors through Arquiled or in agribusiness through Sovena, among others. As regards the future, the return of investments in infrastructure, technology, hospitality and tourism will be paramount. These areas certainly offer an extraordinary return, not only for the domestic market but also for the rest of the continent, considering that Colombia is a strategic apex, with an efficient port and logistics infrastructure. Thanks to the 17 trade agreements currently in force, Colombia has preferred access to more than 60 countries

Atualmente, o nosso país conta com 40 milhões de hectares de solo agrícola nacional, contudo, somente 8 milhões encontram-se cultivados. Este elevadíssimo potencial, somado às extraordinárias condições climáticas tropicais, tornam possível uma produção de alimentos variados ao longo de todo o ano. Mais, existem incentivos como isenções por dez anos para empresas que invistam no setor agropecuário, pesqueiro ou de desenvolvimento rural, visando um incremento da produtividade nacional. Mas não só, também o setor turístico colombiano tem registado um franco crescimento. Graças à Lei de Crescimento Económico de 2019 e à recente Lei do Turismo, oferece-se um regime fiscal muito atrativo para hotéis, parques temáticos, agroturismo, ecoturismo, entre outros, assim como incentivos para mega-investimentos com valor igual ou superior 300 milhões de dólares, ou ainda a isenção de impostos sobre dividendos e uma maior estabilidade fiscal mediante um contrato estabelecido com a Autoridade Tributária e Aduaneira (DIAN). De acordo com o Índice de Competitividade Global do Fórum Económico Mundial, a Colômbia é um dos primeiros países com maior potencial de desenvolvimento de infraestrutura. Para além de ter uma localização geográfica privilegiada para o comércio internacional, conta com importantes oportunidades de desenvolvimento a nível interno através de projetos de grande envergadura. Um claro exemplo é a rede rodoviária nacional, através das estradas 4G e 5G, que constituem uma prioridade na estratégia do Governo. Esta tornou possível a reativação de 29 projetos de quarta e quinta geração de concessões, apostando na modernização de autoestradas, itinerários principais, complementares e estradas nacionais. Da mesma forma, foram priorizadas as metas do “Compromisso pela Colômbia”, um programa que inclui 79 projetos de impacto nacional e regional em segmentos de infraestrutura, 185 projetos para melhoria das redes de aquedutos e saneamento, bem como projetos turísticos e de habitação. Todas estas iniciativas têm o foco na criação de emprego, no desenvolvimento rural e num crescimento económico verde e sustentável. Aqui, o setor das energias renováveis é um dos eixos para a potencialização económica do país. Pretende-se consolidar a massificação de fontes não convencionais de energias renováveis, com uma capacidade instalada acumulada de mais de 700 MW em 2021, 25 vezes superior ao existente em 2018. Mais, terá lugar um leilão de energias renováveis 5G, bem como o primeiro leilão na América Latina para um sistema de armazenagem de energia com baterias a grande escala, localizado na região Atlântico, no Norte do país e que contará com uma capacidade de 50 MW. Desde o início do governo do Presidente Ivan Duque, a ProColombia acompanhou a chegada de 41 novos projetos de investimento para o desenvolvimento de energia num valor superior a 5 mil milhões de dólares, o que demonstra que a Colômbia é, sem dúvida, um país de grandes oportunidades para investir e que garante estabilidade e confiança a quem aposta neste destino. l and more than 1,600 million consumers worldwide. One of the most striking examples of the advantages of these trade agreements lies in the agribusiness sector. Currently, Colombia has 40 million hectares of national agricultural soil, however, only 8 million are cultivated. This extremely high potential, added to the extraordinary tropical weather conditions, make it possible to produce assorted foodstuffs throughout the year. Furthermore, there are incentives such as ten-year exemptions for companies investing in the agricultural, fishing or rural development sectors to increase national productivity. The Colombian tourism sector has also witnessed strong growth. Thanks to the 2019 Economic Growth Law and the recent Tourism Law, a very attractive tax regime is offered for hotels, theme parks, agritourism, ecotourism, among others, along with incentives for mega-investments amounting to or greater than 300 million dollars, or even exemption from taxes on dividends and greater fiscal stability through agreements established with the Tax and Customs Authority (DIAN). According to the World Economic Forum’s Global Competitiveness Index, Colombia is one of the first countries with the greatest potential for infrastructure development. In addition to having a privileged geographical location for international trade, it has important opportunities to grow internally through large-scale projects. A clear example is the national road network through 4G and 5G roads, a priority in the Government’s strategy. This has enabled the reactivation of 29 projects of the fourth and fifth generation of concessions, betting on the modernization of highways, main, complementary and national roads. Also on the list of priorities and following the goals of “Commitment for Colombia”, a program that includes 79 projects with national and regional impact in infrastructure segments, 185 projects were launched to improve aqueduct and sanitation networks and many tourism and housing projects. These initiatives have a clear focus on job creation, rural development and green and sustainable economic growth. The renewable energy sector is also one of the axes of the country’s economic development. The aim is to consolidate the strong use of non-conventional sources of renewable energy, with an accumulated installed capacity of more than 700 MW in 2021, 25 times greater than in 2018. Also, a 5G renewable energy auction will take place, as well as the first auction in Latin America for an energy storage system with large-scale batteries, located in the Atlantic region, in the north of the country, with a 50 MW capacity. Since President Ivan Duque took office, ProColombia has witnessed the arrival of 41 new investment projects for energy development worth over 5 billion US dollars, a clear sign that Colombia is undoubtedly a country of major opportunities to invest with the guarantee of stability and confidence to those who invest in this location. l

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