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EDITORIAL
ANTÓNIO CUNHA VAZ,
PRESIDENTE DA CV&A CHAIRMAN AT CV&A
É PROIBIDO PROIBIR!
IT’S FORBIDDEN TO FORBID!
Aos dezoito (18) anos é, claramente, proibido proibir! Em Maio de 1968 já era assim! Como constituímos a CV&A em Maio de 2003 e sempre nos pautámos por fazer bem, desafiámos o mestre dos mestres, Henrique Cayatte, para conceber a capa da Prémio. Por sorte nossa e disponibilidade sua, Henrique Cayatte aceitou e decidiu interpretar um cartaz original – de entre tantas originalidades que o Maio de 1968 nos trouxe – transformando-o em questão: Hoje, “É Proibido Proibir?” Nas suas palavras: “A revolta estudantil de Maio de 68 em França, foi generosa na produção de ‘slogans’ e de grafismos de apoio a esse vasto movimento muito pela imaginação e irreverência dessas produções.” “A capa desta nossa edição faz uma citação de um cartaz anónimo então produzido, que teve, à época e posteriormente, muitas declinações. Como esta é.” “E assim se cumprem 18 anos!” A Cunha Vaz & Associados, SA foi fundada por mim e pelo Armandino Neves Geraldes – hoje proprietário de uma outra agência. Nasceu para ser a mais completa e a melhor empresa em matéria de gestão da comunicação institucional e financeira de entidades diversas e rapidamente cresceu para outras áreas de intervenção neste vasto mundo da comunicação: o desporto, a política, as activações de marca e produto, os grandes eventos, os ‘public affairs’, enfim toda uma série de serviços que o A ged eighteen (18), it is most certainly forbidden to forbid! In May 1968, it was already like that! As we founded CV&A in May 2003, and as we’ve always striven for the best possible contributors, we challenged the master of masters, Henrique Cayatte, to design the cover of Prémio. Out of our good fortune and his availability, Henrique Cayatte accepted and decided to interpret an original billboard – one of so many other originalities arising from May 1968 – transforming this into a question: Today, “Is it forbidden to forbid?” In his words: “The May ‘68 student uprising in France was plenty generous in its production of slogans and symbols rendering support to this vast movement greatly due to the imagination and the irreverence of their productions.” “The cover of our edition made a quotation from an anonymous billboard produced at that time and which underwent, both at the time and subsequently, many variations. As with this one.” “And that’s how you turn 18!” Cunha Vaz & Associados, SA was founded by myself and by Armandino Neves Geraldes – today owner of another agency. It was founded to be the most complete and the best company in the field of managing the institutional and financial communications of diverse entities and rapidly spread into other areas of intervention in this vast world of communication: sport, politics, brand and product launches, major events, public affairs; indeed, an entire series of services that the market requires and recognises us as being best able to provide them. In June 2003, when we embarked on our activities, we were far from knowing that, right from that year onwards,
mercado carece e reconhece sermos capazes de prestar. Em Junho de 2003 quando iniciámos a nossa actividade estávamos longe de saber que, logo nesse ano e depois de começarmos com Clientes de peso – o BCP, a Optimus (operadora de telecomunicações móveis do Grupo Sonae) e a ONI (operadora de telecomunicações fixas detido pela EDP, BRISA, BCP e GALP) – ganharíamos um dos mais emblemáticos clientes, que fomos mantendo ao longo dos anos: a UEFA! Como podem ver pela carta em destaque, a primeira vez que a UEFA externalizou todos os seus serviços de apoio à realização de um campeonato europeu de futebol (Euro 2004), fê-lo em Portugal e com a we would pick up heavyweight clients – BCP, Optimus (the mobile telecommunications operator belonging to the Sonae Group) and ONI (the fixed telecommunications operator owned by EDP, BRISA, BCP and GALP) – we also won over one of our most emblematic clients that has stayed with us over all these years: UEFA! As may be seen from the letter of highlights, the first time that UEFA outsourced all of its support services for staging a European football championships (Euro 2004), the organisation did so in Portugal and with Cunha Vaz & Associados. Various large scale projects would undergo development over the first seven years of our experience. Among these, I would highlight the organisation of the visit by
DAVID SEROMENHO, INÊS SANTOS, ANTÓNIO CUNHA VAZ E VERA FRANCISCO
Cunha Vaz & Associados. Vários projectos de grande dimensão haveríamos de desenvolver nos primeiros 7 anos de vida. Destacaria de entre eles a organização da viagem de Bento XVI a Angola e o Campeonato Africano das Nações, em futebol de onze (CAN 2010). Em ambos os projectos concebemos e produzimos de A a Z, com a colaboração de parceiros, claro. Foram dois projectos enormes em todos os sentidos, mas, sobretudo, porque nos permitiram aprender no terreno as diferenças entre trabalhar em Portugal e fora do País. Por esta altura começávamos, também, a “fazer campanhas eleitorais”, “ganhando” umas, “perdendo” outras. Para as Câmaras de Lisboa e de Gaia, para a Região Autónoma da Madeira, para a Presidência da República, com Mário Soares e, depois, com Maria de Belém Roseira, para o PSD (Luís Filipe Menezes), e, fora de Portugal, para Presidenciais na Guiné-Bissau, Cabo-Verde e Angola e para eleições diversa no Brasil. A carteira de Clientes crescia – com o Emblemático Sport Lisboa e Benfica à cabeça –, novas empresas, como a Visabeira, a Mota-Engil, a KPMG, e a marca CV&A, em cerca de dois anos era uma referência no mercado. Para contentamento dos nossos clientes e desgosto de alguns concorrentes os negócios passaram por momentos entusiasmantes. Entretanto trabalhávamos a Federação Portuguesa de Futebol, os clientes internacionais aumentavam em número e qualidade, as redes de agências independentes queriam a nossa presença e, tanto na GFCNet, como na Worldcom vivemos momentos interessantes de aprendizagem. Aderimos, mais tarde, à FTI network e os projectos na área financeira ganharam novo fôlego. Pope Benedict XVI to Angola and the African Cup of Nations for 11-a-side football (CAN 2010). In both these projects, we designed and produced everything from A to Z, naturally with the collaboration and input of partners. These were two enormous projects in every possible sense but, above all, because they allowed us to learn in the field the differences between working in Portugal and working internationally. Around this time, we also started out on “making election campaigns”, “winning” some, “losing” others. For the Councils of Lisbon and Gaia, for the Autonomous Region of Madeira, for the Presidency of the Republic, with Mário Soares and, afterwards, with Maria de Belém Roseira, for the PSD (Luís Filipe Menezes), and, outside of Portugal, for the Presidential elections in Guinea Bissau, Cape Verde and Angola and various different elections in Brazil. The client portfolio kept on growing – with the landmark Sport Lisboa e Benfica leading the way –, with new companies such as Visabeira, Mota-Engil, KPMG, and the brand CV&A became a market reference within a period of around two years. To the satisfaction of our clients and displeasure of some competitors, the business went through some highly enthusing times. In the meanwhile, we began working with the Portuguese Football Federation, our international clients increased in number and quality, the networks of independent agencies called for our presence and, both at GFCNet and at Worldcom we experienced interesting moments of learning. We later signed up to the FTI network and our projects in the financial area took on a new lease of life. I cannot miss the chance to thank Grupo Albion, our partner in Spain, the staff at Paget Langford-Holt and Alejandra Moore who assisted us greatly in our international rise and helped us expand into Colombia.
Não posso deixar de agradecer ao Grupo Albion, o nosso sócio de Espanha, nas pessoas do Paget Langford-Holt e da Alejandra Moore que muito nos ajudaram na ascensão internacional e nos levaram para a Colômbia. 2009 foi um ano importante. A 11 de Setembro abrimos oficialmente a CV&A Brasil, São Paulo e Brasília, a 21 de Setembro a CV&A Angola, em Luanda, e a 30 de Setembro foi a vez de a CV&A estar legalizada em Maputo, Moçambique. Importantes para a afirmação desses mercados foram dois colaboradores e hoje accionistas da CV&A em Portugal: David Seromenho e José Pedro Luís. Sem eles o negócio naquelas geografias teria ficado pela intenção. Passados estes anos ainda são as pessoas responsáveis pelos escritórios em causa. 2010 tinha tudo para ser um ano excepcional e o princípio de mais um ciclo glorioso, mas a inexperiência nos negócios internacionais levou a que não contássemos com o incumprimento de um grande cliente – em matéria de facturação – o que mergulhou a empresa numa crise que se arrastou desde meados de 2012 – data em que percebemos que não seríamos pagos pelos serviços efectivamente prestados – até finais de 2015. Quase acreditámos nos sete anos de fartura – 2003/2010 – seguidos de sete anos de pragas. E tantas foram. Depois desse impacto negativo que nos levou a contrair dívida bancária muito elevada (estávamos em 2013 e já não conseguíamos pedir mais paciência a alguns fornecedores), os episódios em Portugal sucederam-se uns atrás de outros e, desde a falência de grandes empresas a outras que entraram em reestruturação sofremos prejuízos incalculáveis. Com a colaboração de todos – funcionários e fornecedores – soubemos ultrapassar a crise e em 2016 reerguemo-nos sendo hoje e desde há três anos a esta parte a maior empresa portuguesa do sector. Nada que nos faça descansar, pois os ciclos económicos e a impossibilidade de planificar a médio/longo prazo devem manter-nos atentos. Este editorial é de celebração. Sem euforias, mas com muito orgulho. Os números de 2020 foram muito relevantes. Podemos, de novo, dizer que, entre as empresas que depositam as contas como a lei determina, somos a líder de mercado, mas somos, sobretudo, uma empresa cada vez mais sólida. Termino como deveria ter começado. Convidei para escreverem neste número alguns “opinadores”. De entre os ilustres destaco apenas os que considerei da casa. Obrigado a todos os que fazem a CV&A melhor, obrigado aos que por cá passaram. Para mostrar o respeito que tenho por todos deixo saudações especiais ao David Seromenho e à Inês Santos, quase fundadores, e ao António Figueira e ao Pedro Reis, que deram um contributo relevante para que pensássemos melhor. Ao Francisco Mendia e ao Ricardo Salvo, claro, porque sem eles não teríamos rumo, deixo um abraço sincero e grato. E ninguém nos pode proibir de nada. Muito menos de sonhar! l 2009 was an important year. On 11 September, we officially opened CV&A Brasil with offices in São Paulo and Brasília, and CV&A Angola opened in Luanda on 21 September before, on 30 September, it was the turn for CV&A to open its branch in Maputo, Mozambique. Of particular importance to our presence and growth in these markets were two members of staff and today CV&A shareholders in Portugal; David Seromenho and José Pedro Luís. Without their inputs, the business in those geographies would not have extended beyond intentions. After all these years, they remain the managers responsible for the respective offices. 2010 had everything set to be an exceptional year and the beginning of another glorious cycle, however, inexperience in international business led us not to count on the non-compliance of a major client – certainly in terms of turnover – which plunged the company into a crisis that dragged on from the middle of this year and into 2012 – the date when we perceived that we would not be getting paid for the services duly rendered – through to late 2015. We almost believed in the seven years of bounty – 2003/2010 – would be followed by seven lean years. And so did it happen. After this negative impact that led us into contracting an extremely high level of debt (this was 2013 and we were no longer able to ask for any further patience from our suppliers), the episodes in Portugal came tumbling one after the others and, from the failure of some major companies to the restructuring of others, we incurred huge losses. With cooperation from every side – staff and suppliers – we found a way to outlast the recession and, in 2016, we re-emerged and became, and now for the last three years, the largest Portuguese company in this sector. None of this allows us to rest as the economic cycles and the impossibility of planning the medium and long term are sure to keep us highly attentive. However, this editorial is of celebration. Without any euphoria but with a great deal of pride. The business figures for 2020 were very substantial. We may once again state that, among the companies that submit their accountancy and management reporting in accordance with the law, we are not only the market leader but are above all an increasingly solid company. I close as I should have started. I invited various “opinion makers” to write for this edition. Of these renowned personalities, I shall only highlight those who I consider belong to this house. I would thank all of those who have made CV&A better, my thanks to all those who have spent time here. To show the respect that I have for all, I would express my most sincere gratitude to David Seromenho and Inês Santos, almost founders, and to António Figueira and Pedro Reis, who made such relevant contributions towards ensuring that we thought more insightfully. To Francisco Mendia and Ricardo Salvo, of course, as without them we would have no direction, I would proffer the deepest and warmest of embraces. And nobody can every forbid us from anything. Far less so from dreaming! l