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Título O Mistério de Joana d'Arc Título original (francês) Jeanne d'Arc Médium Título em inglês The Mystery of Joan of Arc Autor Léon Denis Director Editorial Eduardo Amarante Tradutor Eduardo Amarante (francês) Mariana Costa Rodrigues (inglês) Coordenação e Revisão Dulce Leal Abalada Revisão Isabel Nunes Grafismo, Paginação e Arte final Div'Almeida Atelier Gráfico www.divalmeida.com/atelier Ilustração e Técnica da capa Gabriela Marques da Costa Arte Digital / Assemblage Digital Joana D'Arc a Celta – 2010 gabriela.marques.costa@gmail.com www.gabrielamarquescosta.wordpress.com www.facebook.com/home.php?#!/pages/Gabriela-Marques-da-Costa/134735599901538
+351 915960299 Impressão e Acabamento Espaço Gráfico, Lda. www.espacografico.pt Distribuição CESODILIVROS Grupo Coimbra Editora, SA comercial.cbr@cesodilivros.pt 1ª edição – Fevereiro 2011 ISBN 978-989-8447-09-8 Depósito Legal nº 322815/11 ©Apeiron Edições Reservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial, por qualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográfico sem a prévia autorização do editor. Projecto Apeiron, Lda. www.projectoapeiron.blogspot.com apeiron.edicoes@gmail.com Portimão – Algarve
Léon Denis
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O Mistério de Joana D’Arc
NOTA DO EDITOR Esta obra teve a sua 1ª edição no Projecto Apeiron sob o título Joana d'Arc, a Celta, com base na tradução da edição francesa. Esta 2ª edição da obra, O Mistério de Joana d'Arc, foi revista de acordo com a edição inglesa.
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O Mistério de Joana D’Arc
A LINGUAGEM SIMBÓLICA DAS ILUSTRAÇÕES DE O mistério de Joana d'Arc Gabriela Marques da Costa (a pintora) Quando se pensa em Joana D'Arc fazemos logo a associação directa à padroeira da França. Este vulto ímpar, sendo para mim um dos mais marcantes de toda a História Universal, foi sem dúvida uma jovem mulher que no seu tempo teve a bravura e a grande coragem de lutar pelo seu País e pelo seu futuro Rei, Carlos VII, contra tudo e todos. Sempre deu a cara em todas as batalhas que participou, vestida de homem, e com o seu coração repleto de fé vibrante pelo seu grande ideal: a liPintura de Gabriela Marques da Costa bertação de França das garras de InCapa e Contracapa glaterra. Segundo Joana, as vozes que ouvia eram dos seus mentores: Santa Catarina de Alexandria, Santa Margarida e São Miguel Arcanjo, que a impulsionavam a dar a coragem, bravura e libertação de seu povo. Contudo, este coração puro e indefeso foi atraiçoado pela dura, cruel e implacável Inquisição. Ora, a melhor forma de representar esta delicada mas corajosa personagem histórica, foi inseri-la numa ambiência sua. As florestas da região de Lorena, o mesmo local que a viu crescer, acompanhavam-na nas suas viagens, nos seus pensamentos, nas suas intuições auditivas. Este cenário deixa passar ainda ao observador a verdadeira Joana, aquela que está a terminar a sua fase da adolescência e a ver o mundo através das suas comunicações com o Mundo Superior. Esta é sem dúvida a ambiência da capa deste livro. Toda esta ambiência bucólica e verdejante transmite ao observador calma e serenidade. Sendo o verde a cor predominante, esta é
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também como sabemos, a cor da esperança. A esperança de libertar o seu País. Toda esta personagem representa a esperança activa. Falando do plano de fundo, salientam-se algumas flores nomeadamente lírios do campo em amarelo e lilás. Estas flores são autóctones da França, bem como de toda a Europa, e são conhecidas também pelo nome de Flor-de-Lis ou Flor de Íris. Este nome lembra-nos logo a flor estilizada da Heráldica Francesa, bem como, as Flores-de-Lis que Joana continha na sua bandeira. Os lírios do campo a amarelo representam a felicidade simples e inocente desta jovem, bem como a alegria, o poder de decisão e as ideias claras de Joana. Porém, o significado negativo do amarelo também se liga ao pensamento desta jovem, pois significa medo e temor a certos assuntos incompreendidos. Falando dos lírios do campo em lilás, eles trazer consigo o simbolismo espiritual, das intuições e das revelações divinas que Joana d'Arc recebia. Esta cor está intimamente ligada à sensibilidade, espiritualidade e compaixão. No canto superior esquerdo encontramos a Mãe Celta – A Deusa Mãe. Sendo Joana D'Arc descendente do Celtismo, não podia deixar de colocar as suas raízes ancestrais. Esta figura, para a cultura celta era a Deusa mais importante do Panteão. Esta Deusa, para além de representar o Fogo e Luz representa a Protecção e a Justiça. As suas faces apresentam tatuagens tribais celtas pois uma das características deste povo era tatuar-se de forma perene ou apenas em combates e/ou guerras. Em contraponto temos a figura de um Ser Masculino, na borda do lado direito. A sua cor é um ocre alaranjado dando a sensação ao observador de uma personagem forte. Este Ser representa todas as intuições e comunicações vindas das entidades femininas que aconselhavam Joana. Neste caso a figura representada é o Arcanjo Miguel pois Joana d'Arc identificaria as vozes como sendo d'Ele, bem como, de Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida. Destas três personagens a representar optei por escolher São Miguel, pois é muito invocado pela cultura cristã e por ser também o líder dos Exércitos Celestiais. Assim, nesta capa no canto superior esquerdo temos as raízes ancestrais Celtas de Joana D'Arc e no canto superior direito, as suas raízes familiares estão representadas pelo Cristianismo, neste caso – São Miguel Arcanjo. As Luzes azuladas que saem destes dois seres e que vão ao encontro de Joana são uma forma de representar pictoricamente a intuição dada pelo Mundo Invisível. A cor azulada não está representada por acaso, pois representa a inteligência e protecção dada por estes seres. Ainda sobre seres invisíveis, no canto inferior esquerdo são-nos apresentados seres da Natureza, neste caso as Fadas dos bosques. Estas têm como missão preservar e tomar conta
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dos seus verdes e lindos bosques. A expressão destas três fadas é de protecção e de acompanhamento de Joana. As suas tonalidades remetem-nos para brancos transparentes simbolizando a leveza e a pureza do Ser. Passando para o primeiro plano e central, encontramos Joana d'Arc com uma expressão de menina indefesa, com olhar sonhador e cheia de inocência mas com vontade de salvar a sua França. A armadura é o símbolo que melhor define esta personagem feminina sempre representada com vestes masculinas e de armas. Contudo, não podia deixar de se fazer salientar o seu cabelo cortado como que dando a sensação de menina pura. O cavalo em que está montada é branco simbolizando a pureza de Joana bem como a sua luz, bondade, virgindade e isolamento. Por último falta-me falar do alvo estandarte que sempre ostentou nas batalhas em que participou. Nele estão representadas as flores-de-lis de forma abstracta bem como as palavras Jesus e Maria e a representação dos Anjos Celestiais. Esta descrição foi dada por Joana aos inquisidores, dizendo que teriam sido Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida a intuí-la. Quanto à contracapa, o cenário é exactamente o mesmo da capa apenas com um diferença dando assim ao observador a sensação de movimento e de tempo. Apenas são visíveis a luminosidade do verde e as fadas em grande plano do lado oposto ao cenário em que estavam na capa. Isto significa que Joana e os seus mentores passaram por aquele estreito caminho campestre e que apenas as fadas ficaram naquele espaço místico pois é o território delas. Ficaram assim a ver e a admirar esta jovem mulher que recebia intuições dos seres invisíveis e cuja vontade era de melhorar o seu País.
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O Mistério de Joana D’Arc
ÍNDICE
Prefácio
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Introdução
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PRIMEIRA PARTE
A missão histórica da heroína Capítulo I Domrémy
27
Capítulo II A situação em 1429
31
Capítulo III A infância de Joana d'Arc
33
Capítulo IV O poder secreto de Joana 1. O que eram as suas vozes e os poderes análogos antigos e modernos
38
38
Capítulo V Vaucouleurs
72
Capítulo VI Chinon, Poitiers e Tours
75
Capítulo VII Orleães
83
Capítulo VIII Reims
91
Capítulo IX Compiègne
98
Capítulo X Rouen – A prisão
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Capítulo XI Rouen – O julgamento
108
Capítulo XII Rouen – O Suplício
126
SEGUNDA PARTE
A origem druídico-cristã da espiritualidade de Joana
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Capítulo XIII As Missões e a Ideia de Pátria
135
Capítulo XIV A Ideia de Humanidade
142
Capítulo XV A Ideia de Religião 1. Mensagens proféticas
147 159
Capítulo XVI O Ideal Celta
164
Capítulo XVII Joana d'Arc e o moderno movimento espiritualista
179
Capítulo XVIII Retrato e carácter de Joana
193
Capítulo XIX O Génio Militar
207
Capítulo XX Joana d'Arc no Século XX: os seus Admiradores e os seus Detractores
223
Capítulo XXI A Imagem de Joana no Estrangeiro
236
Conclusão
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Ver Annales des Sciences Psychiques, de Agosto, Setembro e Novembro de 1907 e Fevereiro de 1909.
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