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Título Segredos da Descoberta da Austrália pelos Portugueses Autores Rainer Daehnhardt George Colllingridge & Richard H. Major Director Editorial Eduardo Amarante Tradução e Coordenação Dulce Leal Abalada Revisão Isabel Nunes Grafismo, Paginação e Arte final Divalmeida Atelier Gráfico www.divalmeida.com/atelier Capa Mapa da costa da Austrália Técnica da capa Divalmeida Atelier Gráfico Impressão e Acabamento Espaço Gráfico, Lda. www.espacografico.pt Distribuição Bucelas - Lisboa Projecto Apeiron, Lda. apeiron.edicoes@gmail.com 1ª edição – Abril 2013 ISBN 978-989-8447-28-9 Depósito Legal nº 356346/13 © Rainer Daehnhardt & Apeiron Edições Reservados todos os direitos de reprodução, total ou parcial, por qualquer meio, seja mecânico, electrónico ou fotográfico sem a prévia autorização do editor. Projecto Apeiron, Lda. www.edicoes-apeiron.blogspot.com projecto.apeiron@gmail.com apeiron.edicoes@gmail.com Portimão - Algarve
Rainer Daehnhardt George Collingridge
apeiron ediçþes
Richard H. Major
Segredos da Descoberta da Austrália pelos Portugueses
ÍNDICE
Prefácio
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CAPÍTULO I O DESCOBRIMENTO DA AUSTRÁLIA PELOS PORTUGUESES Richard H. Major
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CAPÍTULO II JAVE-LA-GRANDE. O PRIMEIRO MAPA DA AUSTRÁLIA George Collingridge 1. Notas Introdutórias 2. Os Descobridores da Austrália 3. As Iluminuras 4. Os Nomes dos Lugares 5. O Mapa de Pierre Desceliers 6. O Mapa de Desliens
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CAPÍTULO III O ROUBO ASSUMIDO DE SEGREDOS LUSOS Cartógrafos estrangeiros revelaram a prioridade portuguesa na Descoberta do Extremo Oriente Rainer Daehnhardt
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CAPÍTULO IV ACERCA DO "CANHÃO PORTUGUÊS" ENCONTRADO NUMA PRAIA AUSTRALIANA Rainer Daehnhardt
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CAPÍTULO V SÚMULA DAS PRINCIPAIS TEORIAS QUE SUSTENTAM A DESCOBERTA DA AUSTRÁLIA PELOS PORTUGUESES Dulce Leal Abalada
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AGRADECIMENTOS ___________________________
Museu Luso-Alemão
O Projecto Apeiron agradece ao Museu Luso-Alemão (que ainda não se encontra aberto ao público), e de modo particular ao seu director, o pesquisador luso-alemão Rainer Daehnhardt, a disponibilidade em apoiar-nos na produção desta obra com informações e acesso aos originais de mapas antigos da sua colecção, que tanto têm contribuído
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para o conhecimento da História de Portugal. O Museu Luso-Alemão é o resultado da vontade multissecular de gerações de uma família de diplomatas radicada em Portugal, que se esforçou por reunir um acervo cultural sobre a História de dois povos: o português e o alemão. Consciente da necessidade de um esforço comum para dar continuidade à existência da Humanidade, em liberdade e harmonia com a natureza, recebeu a ajuda de centenas de militares e de civis para levantar um dólmen em homenagem às origens da lusitanidade. Este, situa-se no parque do museu, no meio dos bosques dos carvalhos sagrados de Belas, onde, assim reza a história, Viriato enterrou a sua espada invicta. Entre as muitas temáticas distintas existentes no Museu, destaca-se o seu arquivo, de grande envergadura, com cartografia dos descobrimentos, que ainda não foi devidamente estudado. Foi entre estes mapas, que se encontraram os elementos comprovativos para as hipóteses aqui colocadas.
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Segredos da Descoberta da Austrália pelos Portugueses
PREFÁCIO ___________________________
Esta obra Segredos da Descoberta da Austrália pelos Portugueses explora uma das grandes áreas do conhecimento humano: a História, palavra que advém do grego historie. Como o próprio nome indica, significa testemunho e, nesse sentido, o seu objecto fundamenta-se naquilo que se vê. Assim sendo, o estudo desta ciência humana faz-se a partir da análise dos vestígios encontrados no terreno, dos artefactos, das fontes escritas, dos documentos que possam existir e substancializa-se em conclusões: as teorias, teses. Aquando da observação, da análise e estudo dos dados que lhe chegam, o historiador tem apenas em mente o que esses testemunhos lhe revelam, extraindo deles as informações, tanto quanto possível rigorosas, que pretendem transmitir; e, com base nestes pressupostos, cria o edifício do modus vivendi, ou seja, das motivações que subjazem no tríplice princípio do homem político/económico/religioso da época em causa. Contudo, esta ciência do conhecimento (como, inclusive, todas as ciências do conhecimento humano) possui uma grande limitação no seu objecto: quando o historiador, não conseguindo obter a prova de facto (o chamado facto histórico), pela sua ausência, se socorre da hipótese para concluir a sua teoria. Esta falta de prova pode ter sido causada por muitos factores, desde a destruição de documentos ou de vestígios históricos, até uma estratégia política dos nossos reis da época, que detinham o poder de ocultar, sobretudo dos seus rivais espanhóis, os empreendimentos marítimos para daí tirarem dividendos. Por total ausência de documentação que comprove as teorias expressas nestes capítulos (cujos motivos serão desvendados ao longo da sua leitura) os seus autores lançam, no entanto, hipóteses muito credíveis com base em dois mapas de 1547 recen-
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temente descobertos numa biblioteca de Los Angeles, nos Estados Unidos da América. A obra Segredos da Descoberta da Austrália pelos Portugueses foi composta com um propósito: dar a conhecer um tema (a descoberta da Austrália pelos portugueses e, possivelmente, o norte da ilha da Nova Zelândia) que tinha sido já levantado no final do século XVIII por Alexander Dalrymple (geógrafo e hidrógrafo escocês) e que subiu de tom no século XIX com Richard H. Major – cujo texto incluímos nesta obra, pela importância das informações veiculadas, no capítulo sob o título O DESCOBRIMENTO DA AUSTRÁLIA PELOS PORTUGUESES – e George Collingridge, também ele incluído nesta obra no capítulo referente a JAVE-LA-GRANDE. O PRIMEIRO MAPA DA AUSTRÁLIA. Se no século XIX esta temática acendeu ânimos contrários à descoberta dos portugueses nestas longínquas paragens e o assunto esmoreceu por falta de meios de prova, o século XX, sobretudo na segunda metade, reacendeu a polémica. Daí que tenhamos optado por incluir nesta obra o IV capítulo sob o título SÚMULA DAS PRINCIPAIS TEORIAS QUE SUSTENTAM A DESCOBERTA DA AUSTRÁLIA PELOS PORTUGUESES, da responsabilidade do Projecto Apeiron/Apeiron Edições, com o intuito de expor os traços gerais das teorias dos historiadores que se bateram, e ainda se batem, pela tese de que foram os portugueses a terem a primazia nesses mares. Estamos a falar do advogado Kenneth G. McIntyre, do historiador e filólogo Carl von Brandenstein e do historiador e jornalista australiano Peter Trickett. Por fim, não poderíamos deixar de falar de outro historiador, lusoalemão, Rainer Daehnhardt, que tanto tem contribuído para o conhecimento da nossa história, sobretudo marítima. Abordando-o a fim de que revelasse alguns dados sobre o tema que pudessem enriquecer mais a obra, prontificou-se a escrever dois artigos, que de pronto incluímos, o III e IV capítulos, sob os títulos ROUBO ASSUMIDO DE SE-
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GREDOS LUSOS – CARTÓGRAFOS ESTRANGEIROS REVELARAM A PRIORIDADE PORTUGUESA NA DESCOBERTA DO EXTREMO ORIENTE e ACERCA DO CANHÃO PORTUGUÊS ENCONTRADO NUMA PRAIA AUSTRALIANA, e a disponibilizar-nos material para o efeito, mapas antigos e originais da colecção do Museu Luso-Alemão. Esperamos que esta obra Segredos da Descoberta da Austrália pelos
Portugueses possa contribuir de alguma forma para relançar este tema, que no século XXI ainda está presente (mesmo entre nós, se bem que nos meios académicos), e incutir no espírito dos nossos jovens investigadores e historiadores portugueses, porque não também dizer dos arqueólogos marítimos, o engenho e o sabor da aventura em procurar e buscar, mesmo fora de portas, as respostas para mais este quebra-cabeças dos Descobrimentos Portugueses. Possam também as entidades competentes estar sensibilizadas para esta matéria…
Dulce Leal Abalada
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CAPÍTULO I ___________________________
O DESCOBRIMENTO DA AUSTRÁLIA PELOS PORTUGUESES Richard H. Major
O descobrimento da Austrália pelos Portugueses em 1601, cinco anos antes do primeiro descobrimento até então mencionado com argumentos a favor do prévio descobrimento pela mesma nação no princípio do século XVII. Comunicado à Sociedade dos Antiquários de Londres pelo Sr. Richard Henry Major, Esq. F. S. A. e por ele oferecido à Academia Real das Ciências de Lisboa. Traduzido de ordem da mesma Academia pelo sócio efectivo D. José de Lacerda. Lisboa, Tipografia da Academia, 1863
Meu prezado sir Henry. Se pudesse haver lugar a alguma dúvida acerca da importância de coligir, e meter no corpo da nossa literatura, as relíquias dispersas das primeiras relações dos descobrimentos geográficos, a dúvida acharia condigna resposta na inquieta curiosidade com que os mais esclarecidos anglo-saxões, habitantes da América, voltam a atenção para as particularidades, ainda de menos monta, que respeitam às primeiras narrações históricas da sua terra adoptiva. Um vasto campo de colonização, inferior somente à América, se está desenvolvendo com rapidez no sul; e podemos presumir naturalmente que se há-de tornar questão de não pequeno interesse para os que tiverem escolhido a Austrália como terra natal de seus filhos, o conhecer quais foram os primeiros descobridores de um território tão vasto nas suas dimensões, tão importante nas suas condições essenciais,
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