Ato, fato, retrato, Da África ao Brasil

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Ato Fato Retrato

DA ร FRICA AO BRASIL Autores e Ilustradores Escola Municipal Secretรกrio Humberto Almeida


Supervisão editorial Fernanda Gandra

Projeto gráfico e diagramação Ana Maria Lima

Coordenadora de edição e arte:

Professora Daliane Marinho Fernandes

Coordenadoras do Projeto 2º Jornada Literária PBH Professora Daliane Marinho Fernandes Professora Margarete Verônica de Castro Professora Helenice de Jesus Professora Lília Virgínia Dias Praes

Colaboração:

Professora Cléia Helaine Alves Pereira Monitora da Escola Integrada Sheila Castro Queiroz Monitora da Escola Integrada Wanata Elissiane Rodrigues de Melo

Autores e Ilustradores:

Alunos do 3º ciclo do Ensino Fundamental da Escola Municipal Secretario Humberto Almeida

Revisão:

Professora Helenice de Jesus

Impressão e acabamento Editora FAPI Ltda.

E.mail: emsha@pbh.gov.br blog: http://emshaescolaintegrada.blogspot.com.br/ Direitos autorais: Escola Municipal Secretário Humberto Almeida Rua Areia Branca, 3 – Bairro Ribeiro de Abreu Belo Horizonte- MG (31) 3277-6667 / 3277-6666

Prefeitura de Belo Horizonte Secretaria Municial de Educação Gerência de coordenação da Política de Formação - GCPF/EF Escola Municipal Secretário Humberto Almeida Triênio 2012 a 2014 2ª Jornada Literária da RME – Sons, Cores, Imagens e Sabores: Áfricas no Brasil


Apresentação

Este livro é o resultado do Projeto 2ª Jornada Literária da RMESons, Cores, Imagens e Sabores: Áfricas no Brasil. O projeto iniciou-se no mês de maio de 2012. Os professores de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna Inglês e Arte apresentaram o projeto e seu objetivo aos alunos. O processo começou com pesquisas sobre o tema, com a colaboração da professora de História. Após discussões, debates, conversas informais, leitura de textos afins, os estudantes iniciaram o trabalho, produzindo textos em vários gêneros. A escrita e reescrita foram trabalhadas pelas professoras de Língua Portuguesa, concomitantemente, a professora de Arte trabalhou com os alunos “A vida e obra de Di Cavalcanti”, renomado pintor, que apresenta em sua obra figuras de mulheres e homens negros e festas populares brasileiras, principalmente. A artista Mônica Stewart também foi referência. Foram feitas releituras com desenhos, pinturas em tela e fotografias. Nas oficinas de ilustração, os estudantes fizeram variadas colagens, desenhos e texturizações. O processo de criação envolveu textos poéticos e narrativos, receitas, adincras, filmes, imagens, pesquisa e a história pessoal dos estudantes. Eles se envolveram no processo de escrita, digitação, ilustração dessa longa jornada, que não terminou, mas está apenas começando. Daliane Marinho Fernandes 3


Sumário Escritores da 2ª Jornada Literária da RME-Bh. 7 Essência 9 A África no Brasil 12 África 14 África, mãe do mundo 16 África legal 18 África, a mãe de uma nação 21 Quem sou eu? 22 “MAMA ÁFRICA”  24 Sou negro 26 Passado 28 Negro é Diego  30 Orgulho e raça 32 Poesia sobre a África 35 Kizomba 1 41 Kizomba 2 42 Cartas para Di Cavalcanti 44 Pintor e Ilustrador 45 1ª Carta 46 2ª Carta 47 3ª Carta 50 4ª Carta 52 5ª Carta 53


Minha Cor 57 Preconceito, um mal que ainda existe 58 Vou me apresentar 61 Preconceito religioso 62 Influência Diversificada 64 A África em minha vida 65 Eu Brasil, Eu África 67 Um sonho antigo 71 Receita deliciosa 73 Uma tradição familiar 75 A familiar tradition 76 Cuscuz 78 Couscous 79 Uma deliciosa lembrança 82 A tasteful memory 83 Aspas recheadas 86 Stuffed Aspas 87 KURONTI, O JOGO 90 Cartas 92 Fichas 94 Jogadores 94 Cartas Mico 95 Referência 96



Escritores da 2ª Jornada Literária da RME-Bh. Tema: Sons, Cores, Imagens e Sabores: Áfricas no Brasil

Turma 74 Gabriele Glícia Gregório de Paula Turma 81 Diego Ramos Batista Rainha Thaynara Thais Ramos Turma 85 Amanda Fagundes Martins Cruz Bruna Arielle Michette Silva Gabriele Mota de Amorim Pinto Guilherme de Oliveira Júlio Marcus Vinícius Ferreira dos Santos

Turma 92 Thaís Gonzales da Silva Turma 93 Ariany Cristina dos Santos Lopes Izabella Jeniffer Rodrigues Martins Naiara Germano Lopes Pâmela Carolini Rocha de Souza Sabrina Rayssa Teixeira

Turma 91 Aline Stéfani Fidelis Pereira Giuliana Oliveira da Costa Souza Horsts Larissa Ketley Alves Larissa Serra Felix Lorena Gomes Nascimento Nicole Fernanda de Castro Dias Rebeca Miguel Amaral Sérgio Henrique Lana Mendes Tayanie Cristina Fazioni

Turma 94 Jéssica Morais Pereira Rayane Ferreira dos Santos Sara Emanuele Soares Franco Turma 95 Douglas Rocha 7



Essência Este livro é o resultado do Projeto Jornada Literária 2012. O tema deste ano é “ Sons, Cores, Imagens e Sabores: Áfricas no Brasil”. O grande desafio foi colocar em palavras um país, uma nação, um CONTINENTE. Fez parte deste desafio descobrir, como num espelho, a imagem e semelhança da África com nosso Brasil. Então procuramos durante estes meses resposta para à seguinte pergunta: “Onde encontro a África em minha vida?” Procuramos SONS...e encontramos. Procuramos IMAGENS...e encontramos. CORES e SABORES...e encontramos. Mas encontramos mais. Encontramos orgulho da força, da ginga, do nosso falar, só nosso. Agora só falta mostrar para o mundo o sabor de nossa descoberta, a cor de nossas emoções, o som de nossos corações, as imagens da nossa vitória. É só ler para crer. Daliane Marinho Fernandes

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A África no Brasil O Brasil é um país lindo Rico em cultura, arte e sabores. Ele encanta o mundo inteiro, Com sua diversidade de cores. Tudo isso nós devemos a uma nação onipotente À grande e majestosa África Que lutou muito Para nos dar “tal” presente. Tudo começou quando aqueles Europeus invadiram nossa área Nos deixando sarapantados Trouxeram-nos à força pra cá E nos deixaram trancafiados. Mas depois de muito banzé Conseguimos nossos direitos E, como quem luta consegue o que quer, Estamos lutando contra o preconceito. Tayanie Cristina Fazioni - Turma 91

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África A África é um país de muitas culturas Com suas culinárias, aventuras e gostosuras. É um país de muita cor De muita raça e amor. Na África tem comida boa Daqui e de lá. Feijoada, acarajé e vatapá... Ôxálá! Tem a capoeira Oh, que beleza! A África não tem limites. Com seus ritmos, atravessa fronteiras. A África é boa demais Tem muita cultura, amor e paz! Aline Stéfani Fideles Pereira - Turma 91

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África, mãe do mundo A África é a mãe do mundo. Mama África, com seu tempero gostoso, Com sua fuzarca animada, Com seu colorido formoso. Tudo isso faz dela Um continente diferente. Cheio de riso, cheio de gente. Negro escravo, em senzala? Hoje não tem disso não. Tem negro sendo chefe. Tem negro sendo patrão. Eu tenho orgulho da minha cor: Cor morena, cor de chocolate. Que, mesmo sofrendo discriminação, É a melhor cor do mundo. Cor de campeão. A cultura da África é uma cultura animada. É uma cultura com mais vida, Uma cultura libertada. Rebeca Miguel Amaral -Turma 91

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África legal A África é legal Junta o caxixi e o berimbau Na África, tudo é colorido Seja na culinária ou no vestido. Na África, tem capoeira Com rabo-de-arraia e rasteira Quando entra na roda, ninguém quer sair Tudo o que se lembra é de se “divertir” Na reparação do caxixi. Na África, não tem discriminação Seja de cultura ou religião. Todos têm orgulho da sua cor, E recebem todos com muito amor. Na hora de ir embora, Qualquer um chora. Mas tudo fica guardado na memória. Sérgio Henrique Lama Mendes -Turma 91

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África, a mãe de uma nação África, a mãe de uma nação África de um grande coração África de belas cores África de muitos amores. Um dia o preconceito irá acabar E a religião e cultura não vão mais nos separar Muitos a veem com preconceito Mas é só uma cambada que não enxerga direito. No carimbó todos querem entrar, Sassaricando até o anoitecer E só param se um banzé acontecer Aí todos vão se encafuar Até tudo se acabar. Se alguém vai para o xilindró A cambada, com muito dengo, E um pouco de carimbó, Faz com que a pessoa se esqueça De que estar só no xilindró É um perrengue de dar dó. Larissa Ketley Alves -Turma 91

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Quem sou eu? Uma pessoa de fé e raça Uma pessoa que sabe Os seus defeitos e suas qualidades Uma pessoa que tem caráter. Sou negra. Quem sou eu? Uma menina brincalhona e feliz Uma mulher com pensamento de criança e uma criança com pensamento de mulher. Quem sou eu? Sou negra. Uma menina com beleza interior. Uma menina que sabe o quer Sou negra, sou assim! Ariany Cristina dos Santos Lopes -Turma 93

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“MAMA ÁFRICA” Viemos da “MAMA ÁFRICA” E seguimos esse ritmo Ritmo de liberdade E sempre à procura da felicidade. Não nascemos para perder Mas sim para vencer, Não nascemos para viver no xilindró! Muito menos para ser dignos de dó. Mas nascemos pra ficar no carimbó! Viver todos juntos como se fôssemos um só... Querer sempre ser cada vez melhores! Ouvindo o som da capoeira Fazendo levantar poeira... A vida é uma música Você só precisa saber Que ritmo vai querer Pra poder vencer... Somos ritmos dançando Com a vida, Somos cultura dançando, sem amargura E sabemos que “racismo” tem cura E eu quero que isso fique na escritura. Lorena Gomes Nascimento - Turma91

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Sou negro Tenho orgulho da minha cor Quando passo pelo som dos tambores, Me emociono ao ver as cores. A paixão pela minha raça É a razão da minha garra. Tá no meu sangue, tá no DNA Sou negro e o preconceito não vai me abalar. Mama África Sua cultura é muito bonita Sua moda colorida é singular, Sua culinária é de dar água na boca E não tem vergonha de sua religião, Pois cada um tem a própria opinião. Lutamos para conseguir a liberdade E temos nossos direitos Vamos lutar até o fim E conseguir tudo enfim. Sabrina Rayssa Teixeira - Turma 93

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Passado Não preciso ser tratado desse jeito Dessa forma tão cruel Com esse tal do preconceito Preferia estar no céu. Pessoas me julgam pela minha cor E me lembro da maldade Do passado de dor Do Zumbi dos Palmares E a luta pela liberdade. Muitas pessoas já sofreram E agora não precisam temer Pois muitos já morreram Para a nação negra vencer. Marcus Vinícius Ferreira do Santos- Turma 85

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Negro é Diego Negro é guerreiro Negro é trabalhador Negro é presente É um conquistador. Negro foi escravo Sua luta o libertou. Negro é de raça Negro é de cor Estas são minhas palavras. Palavras De um negro vencedor. Diego Ramos Batista Rainha – Turma81

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Orgulho e raça Quem sou eu? Meu nome é Thaynara. Com orgulho e raça, Vou ter orgulho de ser Thaynara quando crescer. Thaynara Thaynara Thaynara Thaynara

eu eu eu eu

cresci. vivi. vou viver. vou morrer.

Sou negra e tenho orgulho de ser. Foi negra que eu nasci. Foi negra que eu vivi. Negra quero morrer. Meu nome é Thaynara E eu pareço africana Porque, se eu não fosse morena, Eu iria ser indiana. Minha mãe é negra Eu e meus irmãos também Mesmo se eu não fosse negra, Eu não me envergonharia de ninguém. Thaynara Thaís Ramos – Turma81

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Poesia sobre a África Para que tanto preconceito, Tanta discriminação? Somos todos seres humanos De corpo, alma e coração. A capoeira é uma luta Com ginga, dança. É muito legal. Quem quiser praticar Pode vir, é sensacional. Antigamente, na senzala, Os escravos viviam numa prisão Hoje não há escravos Pois a lei Áurea Acabou com a escravidão Não sei não... Hoje, mesmo que alguns acreditem Que não haja mais escravidão Ainda existem lugares no mundo Onde sofrem esses nossos irmãos. Só espero que em breve E de verdade Haja total liberdade E em todos os cantos do mundo Amor, justiça, igualdade! Giuliana Oliveira da Costa Souza Horsts–Turma 91

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Kizomba 1 Na minha escola, todo ano ocorre a Kizomba. Na maioria das vezes, essa festa ocorre no dia 20 de novembro, que é o dia da Consciência Negra. Esse evento nos mostra que, independentemente da cor, somos todos iguais, que devemos respeitar a cultura, a religião e o modo de as pessoas se vestirem e pensarem. No dia 20 de novembro, durante a festa, a maioria dos alunos se ocupam com alguma atividade. Várias meninas e meninos participam do desfile da Beleza Negra. As roupas utilizadas pelos participantes são para valorizar e mostrar a cultura afro-brasileira. Na Kizomba, ocorrem várias apresentações, entre elas a capoeira, que é apresentada pelos alunos da Escola Integrada. Pra quem não conhece, a capoeira é uma expressão cultural que mistura, luta, dança, cultura popular e brincadeiras que eram desenvolvidas pelos escravos africanos trazidos para o Brasil e seus descendentes. É caracterizada por movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos e elementos ginástico–acrobáticos, todos incorporados a uma ginga tipicamente brasileira. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música. A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Assim, a meu ver, independentemente da raça, cor, religião, estilo de vida, somos todos iguais e a cor da pele não define o caráter, o que a gente realmente é. Thaís Gonzales da Silva - Turma 92

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Kizomba 2 Comemoramos o Dia da Consciência Negra no dia 20 de novembro. Este foi o dia em que Zumbi dos Palmares morreu. Comemoramos nossa primeira Kizomba no dia 20 de novembro de 2010, na escola. No Brasil, sabemos que somos uma mistura de raças, e que a maioria tem sangue negro. Mesmo assim, sofremos com racismo e preconceito. Cremos que, esse evento, a nova geração possa se conscientizar que importante garantir o direito de cada um ser o que é. Na nossa festa temos dança, música, desfile, teatro... É muito legal. Participando de experiências novas e aumentando nossos conhecimentos nos ajuda muito e nos incentiva a saber mais sobre a cultura africana e afro-brasileira, como também a participar e mudar nossos pensamentos e ponto de vista sobre nós mesmos. Rayane Ferreira dos Santos -Turma 94

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Cartas para Di Cavalcanti


Pintor e Ilustrador


1ª Carta

Belo Horizonte, 13 de junho de 19XX. Olá, Di Cavalcanti! Estava em casa e me lembrei da nossa infância juntos. Lembrei-me quando o chamei para vir morar comigo e trazer a sua prima, ou melhor, a sua esposa Maria, mas você não quis, disse que estava bem aí. Quero lamentar a sua prisão, mas já passou e você está livre. Soube que você se tornou um grande pintor e fez ilustrações para a Revista Fon Fon. Contaram-me que você fez um curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas parece que não quis exercer, não é? Isso não importa, o importante é que sou seu amigo, irmão e fã. Mande-me uma pintura que possa impressionar a todos, tudo bem? Tenho dois filhos, um menino e uma menina. Um se chama Cavalcanti e a menina, Maria. Os dois em sua homenagem. Você tem filhos? Lembro-me que virávamos as noites nos bares, onde bebíamos, cantávamos e cortejávamos as mulheres, até eu receber uma irrecusável proposta de emprego em Belo Horizonte. Bem, meu amigo, estou com 46 anos e sofro de uma doença desconhecida. Esta talvez seja a última carta que lhe escreverei. Talvez vá ao Rio para me despedir, mas se eu morrer antes, adeus, velho amigo. Abraços. Guilherme de Oliveira Júlio – Turma 85

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2ª Carta

Belo Horizonte, 27 de outubro de 19XX. Saudações ao meu querido amigo Didi. Como estão as coisas? Aqui está tudo muito bem. Sabe que vi um quadro lindo e pensei em você? Como vão as festas por aí? Muito animadas? Nossa, tenho tantas saudades de você, dos tempos bons que passamos juntos nas rodas de samba. Mas, mudando de assunto, lembra-se de quando você queria ser advogado? Você estava tão decidido... Você estava vivendo na Europa conhecendo ilustres artistas aí. Tenho muito orgulho de ser sua amiga. Sei que ficou muito feliz de ter ganhado aquele prêmio. Tenho certeza de que você será um dos melhores artistas brasileiros de todos os tempos. E a Mariazinha, como está? No seu casamento, ela estava tão linda... Você sabe que todo mundo o considera o maior pintor brasileiro? Os seus quadros estão fazendo sucesso em todo o mundo. Você não imagina o quanto eu fico feliz por suas obras fazerem tanto sucesso. Até logo! Muitos beijos. Gabriele Glícia Gregório de Paula –Turma 74

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Obras de Di Cavalcanti e releituras dos alunos da Emsha



3ª Carta

Paris, 24 de abril de 19XX. Oi, querido amigo Di Cavalcanti, tudo bem? Eu fiquei sabendo do seu mais novo trabalho, que lhe deu o prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Ganhar este prêmio foi uma honra, né? As suas pinturas são ótimas. Aquela que você me mandou, a da mulher sentada perto da janela, é um espetáculo. Não vejo a hora de poder vê-lo novamente, pois estou com muitas saudades. Como está a sua família? A Maria, sua esposa, espero que esteja tudo bem. E você? Ainda continua saindo com seus amigos, tomando aquela cervejinha que você sempre gostou? Espero que sim. No mês que vem, estou voltando para o Brasil, pois estou viajando pela França. Você sabe como é, quando vamos para a França queremos visitar e conhecer todos os seus pontos turísticos. Claro que você sabe como é, pois já morou muitos anos em Paris e viu os melhores pontos turísticos da França. Estou com muita saudade e queria poder reencontrá-lo. Me escreva, hein! Um beijo e um abraço da sua velha amiga. Amanda Fagundes Martins Cruz -Turma 85

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4ª Carta

Rio de janeiro, 26 de junho 19xx. Oi, Di Cavalcanti, tudo bem com você? Eu estou bem, espero que você também esteja... Estou com saudade de você! Faz tanto tempo que nós não nos vemos... Você foi para Paris e perdemos o contato. Suas novas pinturas estão maravilhosas e também eu estou muito orgulhosa de você ter ganhado o prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Parabéns viu? Quando você voltar para o Rio de Janeiro, vamos para festas, do jeito que você gosta. Gostaria de ver mais obras suas nas galerias de arte daqui. Suas pinturas são magníficas e dão inspiração à minha vida. Espero vê-lo logo meu grande amigo. Beijos e abraços. Bruna Arielle Michette Silva –Turma 85

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5ª Carta

Belo Horizonte, 6 de setembro de 19XX. Olá Di Cavalcanti, tudo bem? Como está sua família? Meu nome é Gabriele Mota e sou sua grande fã. Eu estou muito feliz de estar escrevendo esta carta pra você. Você é um dos melhores artistas que eu já conheci em minha vida. Adoro suas pinturas e ilustrações. Elas me inspiram, falando sobre realidade brasileira, festas populares, operários e lindas mulheres. Di Cavalcanti, eu amei seu último trabalho. Suas ilustrações para as obras dos famosos escritores Vinícius de Morais e Jorge Amado estão fantásticas. Parabéns pelo prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste na Itália. Beijos. Gabriele Mota de Amorim Pinto – Turma 85

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Minha Cor Sou negra. Sou assim, não só pela minha cor, mas pela cultura que a minha família tem transmitido por muito tempo, através da culinária, e do meu penteado.Vou contar um pouco dessa história, que faz parte da minha vida e de que eu não tenho preconceito e sim orgulho dessa experiência. Minha avó morava na Bahia, onde ela aprendeu a fazer muitos pratos típicos de Angola. No café da manhã ela fazia “Mata-Bicho” que era um biscoito muito gostoso.No almoço, ela fazia “Muamba De Galinha”. Era uma delícia e ninguém deixava nada no prato! No lanche da tarde, ela fazia “Cocada”. Era uma maravilha de doce... E, no jantar, ela fazia “Dinhangoa”, que era uma mistura maravilhosa de feijão, abóbora, cebola, azeite, ossos de vaca, água, raminho de hortelã. Hum... era uma delícia! E lá mesmo na Bahia, ela aprendeu a fazer penteados muitos presentes na África, como o tê-rê-rê, a trança e o Bilú–Bilú, que deixavam eu e minhas primas muito bonitas. Todo dia íamos para a escola com penteados diferentes. Acho que vocês perceberam que a minha vida é muito ligada à África. Quero dizer, não só a minha vida, mas também a vida da minha família. Agora eu falo em nome de todos os negros que existem neste país: “Somos brancos, vermelhos, amarelos de muitas cores, mas não devemos nos esquecer de que a maioria das pessoas que nasceram nesse país tem o sangue negro em suas veias. E viva a diversidade! Lorena Gomes Nascimento - Turma 91

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Preconceito, um mal que ainda existe Bem, primeiramente quero me apresentar. Meu nome é Sara, tenho 13 anos de idade. Sou morena e tenho cabelos cacheados. Nunca fui de me importar com a cor da pele. Nunca escolhi amizade em função disso. Para mim, cor de pele é como cor dos olhos: não define quem você realmente é. Já conheci muitas pessoas racistas que tinham nojo de pessoas negras. Muitas pessoas mesmo! Há algum tempo, tive uma ‘’colega’’ que dizia que nunca namoraria um garoto negro. O que me chamou atenção foi que ela também era negra. Sempre existiram e sempre existirão pessoas preconceituosas. Dói perceber isso, mas é verdade. Eu, por exemplo, já sofri preconceito por não ter o cabelo lisinho e loiro, como a maioria das meninas do meu antigo colégio. Acabei passando o ano todo sozinha. Já superei isso e hoje me aceito como eu sou. Antes de acabar esse texto quero deixar meu recado para você que está lendo isso: não importa se você é negro, branco, pardo, azul, rosa, se você me respeitar, eu vou te respeitar. Não importa se você é xingado e o fazem motivo de gargalhadas. Não importa como você seja. Tem um Deus lá no céu que o ama como você é. Ele o criou. Não se importe com o que dizem de você, tenha sempre em mente quem você é. Sara Emanuele Soares Franco - Turma 94

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Vou me apresentar Primeiramente, vou me apresentar. Meu nome é Jéssica, tenho 15 anos, sou negra e tenho cabelos pretos e crespos. Comecei a pensar: onde encontro a África em minha vida? Eu acho que a gente não encontra a África só na cor de pele, no jeito do cabelo, na culinária. Mas sim, dentro de nós, pois temos muitas coisas da raça negra. Muita gente já me humilhou por ser negra e por ter os cabelos crespos, mas eu não ligo. Eu sou valente e não desisto do que eu quero. Na minha vida, eu encontro África na música, nas minhas características físicas, na culinária. Eu adoro dança africana. Na minha escola, tem uma festa que comemora o dia da Consciência Negra, tem muitas coisas legais como desfile na Beleza Negra, comidas, fotos e o que eu mais gosto, as danças africanas. É muito legal. Eu já conheci muita gente que viajou para a África. Ouvi dizer que em alguns lugares tem muitas pobreza e quando alguém vai lá, as crianças ficam muito felizes, ainda mais quando são presenteados com brinquedos. Eu adoro ser negra, não tenho vergonha da minha cor e vou dizer: ser negro não é doença. Então... Fora preconceito!! Jéssica Morais Pereira - Turma 94

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Preconceito religioso Religião, a meu ver, é um tema que é muito discutido hoje em dia, pois as pessoas têm a ‘’mania’’ de achar que a religião delas é melhor do que a dos outros, e vice-versa. Há vários tipos de religião como o Cristianismo, o Budismo, o Islamismo, o Hinduísmo, o Animismo e muitas outras. Entre as religiões, uma que deixam as pessoas intrigadas é o Candomblé, pois nele são feitos alguns rituais, sacrifícios e idolatrias que, para alguns, é algo fora do normal, o que faz com que muitos tenham preconceito. Mas vejo que essa é uma religião como muitas outras, pois as pessoas servem ao seu Deus e às suas crenças. Aqui no Brasil, temos o Candomblé, a Umbanda e outras religiões de origem africana. Muitas pessoas não respeitam esse tipo de religião, pois acham que é algum tipo de macumba ou feitiçaria. Muitos têm preconceito contra quem acompanha as religiões afro-brasileiras, o que causa muita intriga e faz com que os adeptos sejam discriminados. Não nos esqueçamos de que a cultura africana tem seguidores em todo mundo, assim como na religião, na culinária, até nas danças, roupas e outras coisas. Entendo que cada um tem o direito de seguir a religião que desejar sem ser desrespeitado, e que as pessoas devem ser aceitas pelo que são, independentes de raça, nacionalidade e religião. Tenho 14 anos e sei disso, e você? Nicole Fernanda de Castro – Turma91

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Influência Diversificada A África está presente nas cores e sabores de nossa culinária. As comidas e temperos africanos estão cada vez mais nos pratos brasileiros e em nossas vidas, assim como na música, que tem nos influenciado desde as danças folclóricas até as músicas das novelas de televisão. Há muito tempo, temos em nossas vidas a culinária africana que nos influencia por seus pratos exóticos e coloridos. Um exemplo é a feijoada, que também se tornou um prato típico e bem popular no Brasil. As danças africanas também estão presentes em nossas festas e na cultura brasileira.Um exemplo é o Kuduro que é uma dança agitada e contagiante que acabou se tornando muito popular. Entendo que não só o Brasil, como vários outros países são influenciados pela cultura africana. E isso nos proporciona mais conhecimento, respeito e interesse pela cultura diversificada da África. Laryssa Serra Felix - Turma 91

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A África em minha vida Eu posso encontrar a África em minha vida de várias formas: nas danças, na música, na culinária, nas artes, na televisão, novelas, filmes, cores e na Kizomba da minha escola. A África faz parte da minha vida, especialmente na dança, pois meus irmãos são capoeiristas. A capoeira é uma luta disfarçada de dança. Esse movimento foi criado pelos escravos que não tinham nenhuma diversão. Minha mãe disse que meu avô era africano, e, segundo ele, é uma pena que uma arte tão maravilhosa seja pouco respeitada e valorizada pelos brasileiros. Na época da escravidão, a cultura negra não tinha liberdade, principalmente se tivesse uma “conotação” de luta como a capoeira, então para poder ser disfarçada a sua prática, foram adicionados os instrumentos musicais como berimbau e tambores, que deram uma imagem de dança à capoeira. Como ninguém tinha interesse pela cultura negra, ninguém notava que aquela simples dança e brincadeira era na verdade a luta marcial dos escravos, que se camuflava para poder permanecer ativa. Dança para alguns, luta para outros, capoeira para sempre. Douglas Rocha – Turma 95

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Eu Brasil, Eu África O preconceito ainda existe no Brasil, o que me deixa muito triste, pois a cor da pele não significa nada, não determina a personalidade, o caráter de alguém. O Brasil seria melhor se as pessoas preconceituosas mudassem suas opiniões e optassem por serem pessoas inteligentes e não ignorantes. Assim, elas saberiam que uma pessoa negra tem sentimentos, decepções, alegrias igual a elas. Meu desejo é que todos sejam tratados pelo que são, não pela cor da pele, e que tenham oportunidades como qualquer outra pessoa. Amo o meu próximo, pois a minha mãe me ensinou a amar as pessoas indiferente da cor da sua pele. Na televisão já vemos mudanças de mentalidade, pois antes pessoas, negras serviam apenas para papéis de ladrões, favelados do morro, porteiros e empregadas. Agora vemos que elas têm conquistado o seu lugar na mídia como as atrizes Taís Araújo, Cheron Menezes, o ator Lázaro Ramos e outros mais que estão mostrando a que vieram, e isto está sendo muito bom para mudar os pensamentos preconceituosos que há no nosso país. A cultura africana, intensa em suas cores e em sua moda, encanta por mostrar personalidade forte e cores vibrantes. A moda africana é muito diversificada, as roupas são diferentes, os cabelos têm corte simétricos e tranças, moda que está mexendo com a cabeça de brasileiros e brasileiras. Na África, há lugares que ainda sofrem com a falta de água e alimentos, mas nossos irmãos encontram uma forma de sorrir, mesmo com a pobreza intensa. Eu gostaria de ajudar de alguma forma. A minha alma se entristece ao assistir reportagens sobre o sofrimento deles e eu acredito que aquele que não ama o seu próximo não conhece a Deus, pois Deus é amor. Para mim Deus não apoia o preconceito racial porque Deus é amor e o amor vence o preconceito. Naiara Germano Lopes – Turma93 67





Um sonho antigo

Meu nome é Guilherme. Nasci e cresci em Belo Horizonte, onde morava com meus pais. Eles me ajudaram a realizar meu sonho: ser jogador de vôlei. A minha infância foi cansativa e ao mesmo tempo, deliciosa, porque eu trabalhava vendendo cocada na praça, mas também brincava e fazia amigos. Foi com esse dinheiro que eu realizei o meu sonho. Agora estou longe de casa, estou morando no Rio de Janeiro. Sempre quando tenho folga, vou até Belo Horizonte e peço a minha mãe para fazer várias cocadas para eu comer até passar mal. Claro que a cocada me faz lembrar da minha infância e também da minha mãe contando que minha avó, que veio da África, foi quem lhe ensinou a fazer cocada.

Cocada Branca 4 xícaras 4 xícaras 4 xícaras Manteiga

de chá cheias de coco ralado grosso de chá de açúcar de chá de água ou leite para untar o mármore

Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo, mexendo de vez em quando. Após 25 minutos, aproximadamente, a mistura começa a engrossar e atingir o ponto da cocada mole. A partir daí, mexa sem parar. O caldo vai secar e começar a dourar a cocada, ficando bem espessa. Antes de secar, tire do fogo rapidamente e despeje sobre uma superfície de mármore, levemente untada com manteiga. Espere secar e solte do mármore com uma espátula. Guilherme de Oliveira Júlio – Turma85 71



Receita deliciosa

Meu nome é Marcus Vinícius. Eu sempre fui apaixonado por comida afro-brasileira e um dia decidi fazer cocada branca. Estava querendo muito comer cocada branca, mas não tinha nenhum ingrediente. Fui ao supermercado com o dinheiro da minha mãe e comprei manteiga. Depois, pedi minha vizinha uma caixa de leite e peguei coco ralado da despensa da minha mãe. Depois de tudo pronto, estava exausto, nem comi e fui dormir. Quando acordei, deparei com minha mãe, minha vizinha e meu vizinho comendo cocada. Não sobrou uma para mim.

Cocada branca 4 xícaras de chá de coco ralado grosso 4 xícaras de chá de açúcar 4 xícaras de chá de açúcar ou leite Manteiga para untar mármore Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo, mexendo de vez em quando. Após 25 minutos, aproximadamente, começa a engrossar e atinge o ponto de cocada mole. A partir daí, mexa sem parar. O caldo vai secar e começar a dourar a cocada, ficando bem espessa. Antes de secar tire do fogo rapidamente e despeje em colheradas sobre uma superfície de mármore com uma espátula. OBS: Se açucarar, leve ao fogo normalmente com um pouco de água. Limpe o creme que forma na borda da panela. Marcus Vinicius Ferreira dos Santos – Turma 85 73



Uma tradição familiar

Hoje na minha escola, eu deveria escolher uma receita afro-brasileira, ligada a um fato marcante em minha vida. Eu escolhi esta receita porque ela faz parte da minha vida. Há alguns anos, quando eu morava em São Paulo, já era tradição na família termos feijoada no Natal. Sempre nos reuníamos à mesa e comíamos todos juntos. Até hoje me lembro do sabor das noites de véspera de Natal. Atualmente, pelo menos, um domingo por mês, tem que haver uma grande feijoada para reunir a família.

Feijoada 1Kg de feijão preto 300g de orelhas de porco 300g de rabo de porco 300g de linguiça paio 200g de bacon 200g de charque (carne de sol) 4 folhas de louro 1 cebola picada Sal e alho a gosto Modo de fazer: Cozinhar o feijão por 30 minutos e em outro recipiente limpar as orelhas, os rabos, os pés de porco e cozinhar. Separadamente, picar a linguiça, o bacon, a carne de sol. Depois de fritos, misturar com as outras carnes e o feijão em uma panela, e colocar para cozinhar novamente por 30 minutos, junto com as folhas de louro, a cebola picada, o sal e o alho. Depois de pronto, é só saborear com arroz branco e couve. 75


A familiar tradition Today at my school, I had to choose an African Brazilian recipe linked to a fact in my life. I choose this recipe because it is part of my life. Few years ago, when I lived in SĂŁo Paulo, it was already a family tradition. Every Christimas we had to make feijoada.Whem we gathered around the table and ate it together, until this day I remember the taste of Christimas at Eve Night. Today I went back to Belo Horizonte and the tradition is over. At present, at least, one Sunday in each month we have to eat a big feijoada to reunite the family.

Feijoada 30 oz of black beans 9 oz pig ears 9 oz pig’s tails 9 oz sausage 6 oz of bacon 6 oz beef jerky (dried meat) 4 sheets of bay leaf 1 onion, chopped 2 (units) of standing pork Salt and garlic to taste Preparation: Cook the beans for 30 minutes and in another bowl, clean the ears, tails, feet, pork. Then, cook them. Separately, chop the sausage, bacon, corned beef. Then fried. Everything. Mix with other meats and beans into a pot. Then cook them again with bay leaves, onion, salt and garlic for 30 minutes. Then, just enjoy it with rice and cabbage. Isabella Jeniffer Rodrigues Martins-Turma 93 76



Cuscuz

Hoje na minha escola eu deveria escolher uma receita afro-brasileira ligada a um fato em minha vida. Eu escolhi esta receita porque ela me traz lembranças do dia das mães de 2010. A minha mãe não sabia fazer cuscuz. Então ela procurou nas revistas e na internet até achar. Depois de ter finalmente encontrado, ela fez a receita. Mas, ao fazê-la, confundiu os ingredientes. Ao invés do sal, ela colocou açúcar. Todo mundo colocou seu prato. Foi então que minha tia falou: “Uai, isso daqui é doce, em vez de salgado!” Todos provaram e disseram que a minha mãe estava ficando louca. Minha mãe ficou com raiva e nunca mais fez o tal do cuscuz.

Cuscuz 1 lata de molho de tomate 1copo de água ½ copo de óleo de milho 2 tabletes de caldo de galinha sem gordura 1 pimentão verde picado 1 pimentão vermelho picado 1 vidro de palmito picado 1 lata de ervilha 1/3 xícara de chá de salsinha picada 1 colher de sopa de molho de pimenta vermelha 2 ovos cozidos picados 2 latas de sardinha com óleo sem pele e sem espinha 50g de azeitona verde 2 ½ xícara (chá) de farinha de milho amarela 1 lata de milho verde 78


Modo de preparo: Retire o óleo da sardinha. Leve a água, o molho e o óleo, o caldo de galinha e os pimentões ao micro-ondasde 3 a 4 minutos, na potência alta. Acrescente os demais ingredientes e leve ao micro-ondas de 6 a 8 minutos mexendo a cada 2 minutos. Coloque a pasta, obtida em forma de anel, untada e decorada. Pressione cuidadosamente e desenforme imediatamente.

Couscous

Today at school I had to choose an African Brazilian recipe linked to a fact in my life. I chose this recipe because it brings me memories of Mothers’ Day in 2010. My mother could not make couscous. So, she tried to find a recipe in magazines and on the internet. When she finally saw the recipe, she cooked it. But she changed the ingredients. She put sugar instead salt. At lunch, everybody was together tasting the food. My aunt noticed something was wrong and said: “Uai! This is sweet not salty”. Everybody tasted it and said the same. They also said my mother was crazy. She got in anger and never cooked it again in her life.

Couscous 1 tomato sauce can 1 water glass 1/2corns oil glass 2 tablets of fat-free chicken broth 1 green pepper chopped 79


1 red pepper chopped 1 glass of palm, chopped 1 peas can ½ cup (tea) of chopped sausage 1 spoon (soup) of red pepper sauce 2 boiled egg, chopped 2 tins ofsardines with oil skinless and boneless 50 g of green olives 2 ½ cup (tea) of yellow corn 1 can of corn Method of preparation Remove the oil sardine. Bring water, sauce, oil, chicken broth and peppers to the microwave for 3 or 4 minutes on high power. Add the remaining ingredients and bake in microwave for 6 or 8 minutes stirring every 2 minutes. Place the pulp obtained as a ring in an oiled and decorated bowl. Press carefully and unmold immediately. Pâmela Carolini Rocha de Souza– Turma 93

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Uma deliciosa lembrança Eu gostei muito dessa receita porque eu gosto de peixe, e me lembra a cidade em que eu cresci: próxima ao mar. Também não e difícil de fazer e é delicioso. Os africanos são muito inteligentes no uso dos alimentos que são fáceis de serem encontrados e de serem preparados. É um prato delicioso e barato.

Cuscuz de milho com molho de peixe 400g de flocos de milhos; 150g de coco ralado; 250g de fumet de peixe; 2 colheres de chá de sal; 1 unidade de pimenta malagueta. Molho: 3 colheres de sopa de azeite; 500ml de caldo de peixe; 1 cebola; 50g de salsão; Um pouco de salsinha; Um pouco de manjericão; Um pouco de coentro; Um pouco de cebolinha; Um pouco de sálvia; Um pouco de Pimenta-do-reino branca; 200ml de vinho branco. Modo de preparo: Coloque todos os ingredientes numa vasilha, misturado como se fosse uma farofa. Coloque aos poucos para formar uma farofa mais úmida. Ponha no cuscuzeiro e leve ao fogo para cozinhar, durante 10minutos. 82


Molho: Numa panela aquecida, adicione o azeite e refogue a cebola e o salsĂŁo. Acrescente o vinho. Logo em seguida, adicione o caldo de peixe. Deixe reduzir e tire do fogo. Bata tudo no liquidificador e sirva tudo com o cuscuz. Sirva quente.

A tasteful memory I really liked this recipe because I like fish, and reminds me of the city where I grew up. Near the sea. It is also not difficult to do and must be delicious. The Africans are very clever at using foods that are easy to find and to prepare. It is delicious and cheap dish.

Corn couscous with fish sauce 12 oz corn flakes 4.5 oz coconut 7.5 oz of fumet of fish 2 spoons (tea) of salt 1 unit of chilly pepper Sauce: 3 saucepoon of olive oil 0.5 qt of fish broth 1 unit onion 1.5 oz of celery A little bit of sausage A little bit of and basil A little bit of coriander A little bit of chives A little bit of sage A little bit of white pepper, 0.2 qt of white wine 83


Preparation: Place all ingredient in a bowl, mixed like a crumb. Place the ingredients little by little to do it more humid. Put the couscous and cook for 10 minutes. Sauce: In a heated pan, add olive oil and cook in liquid onion and celery. Add the wine.Them immediately add the fish broth. Let reduce and remove from heat. Put everything in a blender and serve with couscous. Serve hot. Tayanie Cristina Fazioni- Turma 91

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Aspas recheadas

A receita que eu escolhi é bem deliciosa, gasta poucos ingredientes e é muito fácil de fazer. O que me chamou a atenção foi seu recheio que é super saboroso. Esta receita é de origem africana. Apresenta ingredientes como o coco e o açúcar. Ingredientes comuns na culinária afro-brasileira. É uma receita ótima para fazer para uma visita ou até mesmo para um piquenique. Eu amei essa receita e digo com todas as palavras que vocês também irão gostar, porque ela é fenomenal. É muito gostosa e dá para ser servida em qualquer momento.

Apas recheada Ingredientes: 1 ovo +/- 200 ml de água 100 g de sêmola de arroz 100 g de açúcar Para o recheio: 2 gemas de ovo 125 g de açúcar 100 g de coco ralado Preparo Massa (Aspas) Bata muito bem o açúcar com o ovo. Adicione a água e a farinha, batendo até formar uma calda fina. Passe um pouco de óleo numa frigideira antiaderente e leve ao fogo para aquecer. Ponha uma concha na frigideira e deixe cozinhar de um lado e do outro. 86


Recheio Leve uma panela ao fogo com um pouco de água o açúcar e o coco ralado. Deixe ferver por cerca de 2 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar um pouco. Adicione as gemas batidas á calda e leve novamente ao fogo para engrossar, mexendo sempre. Depois de doce pronto, deixe esfriar um pouco. Recheie as aspas e dobre com um envelope.

Stuffed Aspas The recipe that I chose is delicious and we need few ingredients, it is so easy to make it. What caught my attention was its filling that is super tasty. This recipe is African origin. It’s introduce ingredients like coconut and sugar, common ingredients of African Brazilian Culinary. It’s a good recipe to make for a neighbor or even picnic. I love this recipe and say with all the words that you will love it too, because it is phenomenal and very tasty and you can taste it any moment.

Stuffed Aspas Ingredients: 1 egg +/- 0.2 qtof water 3 oz of rice bran 3 oz of sugar For stuffing: 2 eggs yolks 3.7 oz sugar 3 oz of grated coconut 87


Preparations: Mass (Aspas) Beat well the sugar with the egg. Add water and flour beating until athin syrup. Spend a little oil in nonstick skillet and heat to warm. Put a shell and cook on one side and the other. Stuffing Take a pan fire with a little water, sugar and grated coconut. Boil about 2 minutes. Remove from heat and let cool slightly. Add the beaten egg yolks to the sauce and bring back the fire it thicken, stirring constantly. After the candy ready, let cool slightly. Stuff the Aspas and fold like an envelope. Aline Stefani Fideles Pereira - Turma 91

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KURONTI, O JOGO KURONTI NE AKWAMU: Símbolo de habilidade, inteligência e estratégia.

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KURONTI, O JOGO Regras: 1. Cada jogador escolhe uma cor e seu respectivo jogador. Destaca as fichas para jogar. 2. O primeiro jogador escolhe a ficha com os números. Depois escolhe uma pergunta de acordo com a cor ou área de conhecimento.

Laranja

CULINÁRIA

Vermelho

CONHECIMENTOS GERAIS

Verde

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

3. O jogador deve responder corretamente para andar o número de casas sorteadas na ficha. 4. Quando o jogador cair na casa mico, deve concluir a tarefa e andar uma casa. 5. Não se esqueça! O objetivo do jogo é chegar até a Kizomba da EMSHA, a nossa famosa festa da Consciência Negra.

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Cartas AKOMA

ANI ABRE ENSO GYA

Símbolo do amor, paciência doação, lealdade e perseverança

Símbolo da paciência, autodomínio, autodisciplina e autocontrole.

Laranja CULINÁRIA

Laranja CULINÁRIA

1-Que alimento utiliza o milho debulhado? a) Quibebe b) Mungunzá (Resposta certa) c) Cuscus-paulista

1–Qual comida é feita à base de quiabo? a) Acarajé b) Abará c) Caruru (Resposta Certa)

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS

2-Quem foi o construtor do porto da cidade do Rio de Janeiro? a) Aleijadinho b) André Rebouças (Resposta Certa) c) Oscar Niemeyer Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

2–Quem construiu salas de espetáculos para os talentos? a) André Rebouças b) Chica da Silva ( Respostas Certa) c) Aleijadinho

3-Não é entidade da religião dos orixás: a) Olorum b) Xangô c) Ilê-Ifé (resposta Certa)

Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Qual é o dia de Oxalá a) 07/01 b) 03/01 c) 01/01 (Resposta certa)

HWEHWEMUDUA

ABAN

Símbolo de excelência, perfeição, conhecimento e qualidade superior.

Símbolo da fortaleza assento de poder, autoridade e magnificência

Laranja CULINÁRIA 1–Qual alimento é preparado com azeite de dendê, envolvido em folha de bananeira e cozido em banho-maria? a) Abará (Resposta Certa) b) Pão de Queijo c) Arroz de Mauçá

Laranja CULINÁRIA

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Quem foi o traidor que denunciou o esconderijo de Zumbi e o esfaqueou? a) Aqualtume b) Padre Melo c) Antônio Soares (Resposta certa)

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS

Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Qual dessas entidades pertencem à religião congo-angolana? a) Orixás b) Bambojira (Resposta certa) c) Ogum

1–Qual alimento precisa de leite de vaca, leite de coco, carne seca e torresmo como complementos a) Abará b) Munguzá c) Cuscuz (Resposta Certa) 2–Quem fundou uma escola em Puntares? a) Oscar Niemeyer b) Aleijadinho c) Chica da Silva (Resposta certa) Verde RELEIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–São cultos afro-idígenas: a) Candoblés-de-cabloco (Resposta certa) b) Umbanda c) Tambor-de-mina

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NKYIMU

NKURUMAH KESE

Símbolo de precisão e de habilidade

Símbolo de grandeza e de superioridade

Laranja CULINÁRIA 1–Qual ingrediente é mais usado na culinária africana? a) Azeite de Dendê (Resposta certa) b) Milho c) Farinha de Arroz

Laranja CULINÁRIA 1–Em que área a influência africana é maior no Brasil? a) Literatura b) Culinária (Resposta Certa) c) Dança

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Em que data morreu o maior artista brasileiro do século XVIII, Ö Aleijadinho”? a) 18 de dezembro de 1814 b) 18 de novembro de 1815 c) 18 de novembro de 1814 (Resposta certa)

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Marque a alternativa correta sobre Abdias do Nascimento. a) Tornou-se deputado federal em 1983 b) Fundou o Teatro Experimental do Negro em 1944 c) Todas as alternativas acima (Resposta certa)

Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–O dia 2 de fevereiro é dia de quê, segundo a religião de orixás? a) Oxalá b) Nelson Mandela c) Iemanjá (Resposta certa)

AKOMA

Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Por quantos anos Nelson Mandela ficou preso? a) 34 b) 28 (Resposta certa) c) 17

ANI BRE ENSO GYA

Símbolo do amor, paciência doação, lealdade e perseverança

Símbolo de paciência, autodomínio, autodisciplina e autocontrole.

Laranja CULINÁRIA

Laranja CULINÁRIA 1–Qual prato africano faz parte da culinária baiana? a) Acarajé (Resposta certa) b) Vatapá c) Bobó

1–O acarajé, o quibebe, o vatapá, a caruru, o abaxá, o bobó vieram de QUAIS POVOS AFRICANOS a) Jeje b) Nagô c) Mandinga d) Todos acima (Resposta certa) Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Zumbi nasceu em 1655 e morreu em 1695. Quanto anos ele tinha quando morreu? a) 30 b) 40 (Resposta certa) c) 50 Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Qual é a entidade do culto afroindígena, Tarecô? a) Angassu (Resposta certa) b) Iemanjá c) Iansã

Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Qual o nome completo da Rainha Ginga? a) Zinga Bandi Ngola Kilvanje b) Nzinga Mbandi Ngola Kilvanj (Resposta certa) c) Ninga Mandi Ngola Kilvanji Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Os cultos islâmicos provêm de quais povos? a) Sul-saarinos e Guiné (Resposta certa) b) Bahia c) Havaí

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HWEHWEMUDUA Símbolo de excelência, perfeição, conhecimento e qualidade superior. Laranja CULINÁRIA 1–Qual país africano teve mais interferência na culinária brasileira? a) Angola (Resposta certa) b) Guiné-Bissau c) Madagascar Vermelho CONHECIMENTOS GERAIS 2–Onde ocorreu a Revolução dos Malês? a) Salvador – BA (Resposta correta) b) Contagem – MG c) Rio de Janeiro – RJ Verde RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS 3–Que religião afro-brasileira que teve uma proposta de Aproximação com Espiritismo Kardecista? a) Barba-Soeira b) Umbanda (Resposta certa) c) Terecô

Fichas

1

2

3

4

5

6

Jogadores

94


Cartas Mico O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

O MICO É:

BEIJE A PAREDE 2 VEZES.

FAÇA UMA CARETA ENGRAÇADA.

DECLAME UMA POESIA, OLHANDO PARA UM AMIGO OU AMIGA.

FAÇA O SOM DO RONCO DO VOVÔ.

CANTE UMA MÚSICA COM VOZ DE CRIANÇA.

FAÇA O SOM DE UM CACHORRO LATINDO

FINJA QUE ESTÁ LAMBENDO UM SORVETE.

REPITA 3 VEZES O PEITO DO PÉ DO PADRE É PRETO.

FIQUE NA PONTA DOS PÉS E IMITE UMA BAILARINA.

IMITE UM GATO MIANDO.

FAÇA UMA MÍMICA DE MACACO SE COÇANDO.

REBOLE ATÉ O CHÃO.

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O MICO É:

O MICO É:

CANTE A CANTIGA “PIRULITO QUE BATE, BATE”

REPITA 1 VEZ NO NINHO DE MAFAGAFOS TEM 7 MAFAGAFINHOS QUANDO MAFAGAFA GUINFA, GUINFA OS 7 MAFAGAFINHOS.

Referência Obra “Unity- Mônica Stewart” www.monicastewart.com.br, acesso em 18/5/2012. Obras “Baile popular”, ”Cinco Moças de Guaratinguetá”, “São Jõao”, e outras. www.dicavalcanti.art.br/catalogo.html, acesso em 23/5/2012. Obra “De vous a moi”, Isabelle Vital. www.isabellevital.com.br Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro- Rocha, Rosa Margarida de Carvalho- Editora Mazza A África está em Nós – Lacerda, Maria Carmelita, Roberto Benjamim, Janete Lins Rodriguez, - Editora Grafset –volumes 1,2,3,4 Falando Banto-Gaspar, Eneida Duarte A preferida do Rei-Brandão, Toni 96


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