#11
JOVENS, GAYS E empreendedores DROGAS
CONVENÇÃO
DOIS PRA LÁ....
O perigo se espalha pelas pistas de dança
Brasil sedia encontro internacional de turismo
A aposta das divas em coreografias ousadas
expediente EDITOR-CHEFE Danilo Brasil
Thulio Falcão Wallace Gael
EDITORA ASSISTENTE Liliane Paes Barreto
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VOZ
Este mês tive o prazer de participar de um encontro que reuniu grandes nomes do turismo LGBT. O assunto tratado foi a 29ª Convenção Anual Global da IGLTA, que pela primeira vez foi realizada num país da América Latina. Na ocasião, grandes nomes estiveram presentes, como o da Tanya Churchmuch, presidente do Conselho de Diretores da IGLTA, Heitor Ferreira Filho, Diretor de Marketing da ABRATGLS, LoAnn Halden, Diretora de Relacionamento com a imprensa da IGLTA, e Clovis Casemiro, Embaixador da IGLTA no Brasil. Nesta edição, você confere uma super cobertura desse evento e muito mais novidades. Boa leitura!
Por Danilo Brasil
carta do editor danilo@revistalabel.com.br
EVENTO INÉDITO
VOZ
espaço do leitor cartas@revistalabel.com.br
DRAMA PÓS-MODERNO Por Adriano Emídio
Em plena sociedade respirando os fluídos pós-modernos, é muito comum encontrar diversas pessoas, tranvestindose de modernas nas suas falas, em geral, clichês e quase sempre muito bem ensaiadas para as mais diversas situações. Contradizendo tudo isso, seus pensamentos e posturas demonstram uma consciência preconceituosa, afinal virou moda, dizer que apoia a causa gay e que se tem uma amigo(a) homossexual. Isso de certa forma “eleva” tais pessoas, mas no fundo provocando mais dor aqueles que são eleitos como amigos. Os homossexuais de uma forma em geral são muito inteligentes e percebem quando estão sendo usados. Inicialmente, pode passar despercebido por algumas pessoas, mas com o tempo percebem. Muitas vezes o heterossexual até se identifica de forma forte com um homossexual, pelos seus idealismo e principalmente pelo seu caráter, pois em geral muitos heterossexuais, em especial os masculinos, que tem uma amizade com um homossexual, casados e com mais de 30 anos, possuem um vazio frustrante dentro de si, que os fazem se ver ainda menores próximos aos seus filhos, sua esposa, amante e veem no amigo gay a verdadeira cor da amizade, da sinceridade e da cumplicidade. Não queremos nada disso, queremos apenas desfrutar da verdadeira amizade, embora muitos acreditem que não possa haver uma verdadeira amizade entre um heterossexual e um gay, muitas vezes baseados no paradigma de que não pode também haver amizade entre um homem e uma mulher.
@euleiolabel
AS TUITADAS DE ABRIL Sávio Benevides @Savio_Benevides
Acho uma graça essas pessoas que acham “o amor da vida” umas 5 vezes por ano.
Marco Luque @marcoluque
Estudos comprovam : 74,3% dos casos de dormência e formigamento das pernas quando estamos sentados no “trono” sao causados pelo twitter
André @andrebarrettto
Incêndio destrói galpão da #Insinuante em Lauro de Freitas/BA. Mas não foi a Ivete Sangalo que mandou queimar todo o estoque?
Irmã Zuleide @Irma_Zuleide
Tô orando por vc que usa relógio troca pulseiras e acha que tá na moda
Ben Ludmer @BenLudmer
O que é passa na cabeça de alguém que compra um ovo de páscoa coberto com ouro em pó? Tá achando que vai cagar um pingente?
felipeneto @felipeneto
Eu não sei pq q eu olho pro relógio... TODA vez eu fico puto por estar mais tarde do que eu queria que estivesse.
POLITICANDO
O PT E A FUGA LGBT DO BRASIL Dentre as notícias com a temática LGBT que saíram nas últimas semanas, duas merecem destaque: a primeira diz respeito às declarações de apoio ao pastor reconhecidamente homofóbico Silas Malafaia por parte do Senador Lindbergh Farias, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) no estado do Rio de Janeiro; e a segunda trata do crescimento no número de pedidos de asilo político em países como Estados Unidos e Canadá por parte de LGBTs brasileiros. O que nos chama atenção na primeira notícia é que o PT é um partido político que historicamente apóia a causa LGBT no Brasil. Para quem não conhece muito da trajetória do partido, ele nasceu da luta de sindicalistas, intelectuais de esquerda e trabalhadores e tem como ideologia o socialismo, ou seja, justa distribuição de renda (e de terras), não exploração de trabalhadores por parte da elite ou pelas chamadas classes abastadas compostas por grandes empresários, latifundiários e outros sujeitos que detém o capital.
FEITOSA, Cleyton Cleyton é estudante de Pedagogia pela UFPE/ CAA - Campus Agreste e ativista LGBT. CLEYTON@revistalabel.com.br
Dessa maneira, apresentou-se como partido considerado progressista, defendendo, para além de trabalhadores, causas de populações vulneráveis socialmente como pessoas negras, crianças, jovens e idosos, indígenas, camponeses, mulheres, dentre outros, inclusive, é um partido que tem em suas normas internas cotas para a participação de mulheres na sua composição. Consequentemente, e aqui é que mais nos interessa, se declara como partido aliado à população LGBT. Dentro do partido existem alas e setoriais LGBTs compostos por ativistas da nossa causa. Sabemos que Silas Malafaia representa o que há de mais conservador, atrasado,
opressor e violento no que se refere à cidadania e direitos humanos de LGBTs no Brasil e a atitude desse Senador, a de apoiar seus discursos homofóbicos e sexistas, representa uma contradição enorme com o pensamento político do partido, resultando em constrangimentos e revoltas em militantes que compõem o PT (e em quem não é filiado, como eu). Em consequência disto, uma nota foi escrita pelo Setorial Nacional LGBT do PT, assinada por Julian Rodrigues, criticando a atitude do companheiro de partido, nota esta coerente e necessária. Retomando o primeiro parágrafo, a primeira notícia se relaciona diretamente com a segunda, pois a “fuga” de LGBTs do Brasil para países do norte representa justamente o reflexo social da violação de direitos, incluindo a defesa da dignidade do ser humano, que nós sofremos cotidianamente, inclusive por conta de discursos como o de Malafaia. A única vantagem desse fenômeno emigratório (se é que se pode ter vantagens nisso) é que o Brasil fica internacionalmente conhecido como país que não se importa com a cidadania de seus filhos LGBTs e não combate a violência a que estamos submetidos entrando em choque com os tratados assinados pelo governo nas convenções da ONU, o que pode vir a resultar (e aqui estou sendo otimista) a uma maior atenção por parte do poder público sobre as nossas necessidades, sobretudo, de proteção. Não é fácil se desfazer de sua pátria, seus amigos e familiares em busca de respeito e paz em outras terras e, financeiramente falando, é inviável para a maioria de nós, levando-nos a pensar sobre o que realmente devemos fazer para reverter esse quadro: ficar e lutar.
MISTURA-FINA
Na
divers
a rota da
sidade Por Danilo Brasil
O Brasil foi o primeiro país da América Latina a sediar a Convenção Anual Global da Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico (IGLTA). O evento, que chegou a sua 29ª edição este ano, aconteceu entre os dias 12 e 14 de abril, em Florianópolis, uma das cidades que mais se destaca no segmento LGBT no país.
Uma semana antes do evento, a Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes – Abrat GLS reuniu a imprensa em São Paulo para fazer o lançamento oficial do evento. A Revista Label esteve presente na ocasião e aproveitou a oportunidade para conhecer Tanya Churchmuch, presidente do Conselho de Diretores da IGLTA, entre outras autoridades do turismo LGBT no Brasil.
MISTURA-FINA
Sucesso absoluto de público, a Convenção reuniu agentes de viagens, operadores de Turismo, destinos turísticos, membros da hotelaria, companhias aéreas e mais de 20 meios de comunicação, todos interessados em desenvolver sua marca neste mercado multimilionário e crescente.
oportunidade de lançar ideias editoriais sobre o seu negócio para membros da mídia internacional e obter conselhos de especialistas em marketing para o segmento LGBT.
Road Show – Logo após a realização do principal evento de turismo LGBT do mundo, em Florianópolis, a cidade de São Nos três dias que se seguiram, os presentes tiveram uma ótima chance para Paulo recebeu no dia 16 de abril, o I Road fazer ações de networking. Entre elas, um Show do Turismo LGBT no Brasil. Nele marketplace B2B para contato direto entre estiveram presentes os principais destinos internacionais, que atuam fortemente compradores e vendedores; Media Trade nesse mercado como as cidades de Fort Show: um evento de duas horas com a
Lauderdale e Nova Iorque, shoppings de luxo, empresas hoteleiras, e destinos que tradicionalmente não possuíam um apelo forte junto ao turista gay como Índia e Portugal. Segundo, presidente da ABRAT-GLS, “O I Road Show foi a primeira amostra do que os principais destinos e empresas têm para oferecer ao turista brasileiro LGBT”, confirma o presidente da Abrat GLS, Oswaldo Luiz. Programa – As viagens lideram a
preferência do público LGBT, e o Brasil é considerado um dos dez melhores destinos para esses consumidores. Por esse motivo, a Abrat-GLS lançou, em março deste ano, o principal programa voltado exclusivamente para o segmento, o “Eu Amo Viajar 2012”. Em conjunto com operadoras, agências, estabelecimentos de hospedagem e a Gol Linhas Aéreas, a Abrat-GLS pretende oferecer ao público nacional e internacional diferenciais de lazer e turismo, com um calendário específico de destinos pouco explorados por esse público.
MISTURA-FINA
Apenas um teco? DROGAS invadem as pistas de dança Por Danilo Brasil
E finalmente, chega a sexta-feira. É hora de se arrumar, fazer o cabelo, unhas, preparar uma make up legal e começar a ligar para os amigos e decidir o point para o esquenta e qual balada cair naquela noite. O modelito desse dia exige um pouco mais de tempo para ser escolhido do que aqueles do dia a dia. Você coloca algo básico, como uma blusa, calça jeans e sapato, mas não gosta. Experimenta algo mais ousado e por aí vai... o espelho é o seu guru. Há pela frente um final de semana de muita diversão, amigos, jogação, cerveja e... DROGAS.
As filas dos banheiros nas boates e bares de todo o Brasil estão cada vez maiores e isso não é pela quantidade de cerveja ingerida. Muitos estão ali para consumir drogas e, geralmente, os adeptos dessa prática estão em grupos, que entram de uma só
vez em apenas uma cabine. Do lado de fora, a fila cresce. Enquanto ficam aguardando a sua vez para consumir entorpecentes, outros usuários escutam cheiradas mais fortes e espirros suspeitos do lado de dentro. Por outro lado, os que estão
ali só por necessidades fisiológicas, ficam sem opção e esperam a sua vez de usar o banheiro. O agente de informações turísticas Romero, de 25 anos e formado em Marketing, faz parte desse grupo que vê as drogas como um “combustível” para assegurar a completa diversão na balada. Ele começou a usar substâncias ilegais ainda na adolescência e, apesar de nunca ter se endividado na compra de drogas, confessa que já teve épocas de adquirir em excesso. “Durante anos, eu comprava o quanto meu dinheiro conseguisse comprar. Hoje em dia eu costumo dizer que só uso em caráter recreativo”, afirma.
MISTURA-FINA A lista de drogas ingeridas por Romero é grande. Em todos esses anos, configuram no topo do ranking solventes, cocaína, LSD, anfetaminas, valium, ketemina e morfina. Durante a temporada que ele esteve na Europa, aproveitou também para experimentar as que não são comercializadas no Brasil, como alguns tipos de cristais e pastilhas. “Consumo bem menos hoje em dia
e nem lembro por qual motivo comecei a usar, mas dependendo do período, eu usava com mais frequência ou nem tanto”, diz. Segundo o rapaz, na adolescência, ele comprava as drogas e, posteriormente, passou a ganhar de alguns amigos mais próximos. Porém, depois de anos usando e conhecendo outras pessoas que também usam, tudo fica mais fácil. “Basta ligar,
fazer alguns contatos e você sempre faz com que a droga chegue até você”, revela. Romero ainda fala que quando ia para alguma balada que não se drogava, “a animação não era a mesma. Às vezes, eu sentia uma vibe ruim se eu não usasse drogas, mas depende também do lugar onde você estar e do tipo de substância que está acostumado a usar”. O fato de estar com os
amigos passa certa segurança na hora do consumo, o que pode gerar alguns exageros. Romero passou por situações, que ele mesmo considera como constrangedoras e de risco. “Já tive que voltar de uma festa para casa praticamente inconsciente. Perdi o controle das minhas atitudes e cheguei a ter amnésia temporária depois de uma noite inteira de excessos”, conta.
Depois de anos usando drogas, acabou sendo inevitável que a família de Romero descobrisse tudo, mas, como acontece com a maioria, os parentes preferem fingir que aquilo não está acontecendo ou que não é nada demais. “Os familiares mais próximos chegaram até mim para perguntar se eu estava precisando de alguma ajuda. Porém, é perceptível quando precisamos de ajuda e acredito que não era o
meu caso”, revela. A opinião pessoal dele no que diz respeito ao uso de substâncias ilegais é taxativa: “O conceito de que as drogas são ruins só faz com que as pessoas queiram provar para experimentar. Seria mais inteligente dizer as consequências do uso e aí sim teria mais um efeito preventivo de combate às drogas”, conclui.
MISTURA-FINA
As drogas mais usada Maconha Substância alucinógena cujo princípio ativo (THC) é obtido a partir de uma planta conhecida como Cannabis Sativa EFEITOS PROCURADOS: sensação de bem estar, relaxamento, aumento da percepção das imagens e das cores EFEITOS COLATERIAS: boca seca, diminuição da coordenação motora, prejuízo da coordenação motora, prejuízo da concentração, aumento de apetite, crises de ansiedade
Cocaína Substância estimulante feita a partir de uma planta conhecida como coca e modificada em laboratório EFEITOS PROCURADOS: prazer, euforia, energia, diminuição do cansaço EFEITOS COLATERAIS: taquicardia, aumento da temperatura, crises de ansiedade
das
Anfetaminas Drogas sintéticas, estimulantes do sistema nervoso, remédios (por exemplo, para emagrecimento) que passaram a ser usados de modo inadequado EFEITOS PROCURADOS: redução de sono e apetite, aceleração do raciocínio e euforia EFEITOS COLATERAIS: aceleração de batimentos cardíacos, irritação, ansiedade, insônia, impulsividade LSD (ácido lisérgico) Droga sintética, alucinógena EFEITOS PROCURADOS: aceleração do pensamento, alucinações visuais, auditivas e táteis EFEITOS COLATERAIS: ansiedade, quadros paranóides (viagens de horror ou “bad trips”), transpiração excessiva, aceleração Ecstasy Droga sintética, um derivado de anfetamina (MDMA), estimulante do sistema nervoso central, com um componente alucinógeno EFEITOS PROCURADOS: euforia, maior energia, aumento da sensibilidade corporal e do desejo sexual EFEITOS COLATERAIS: boca seca, náusea, sudorese, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e hipertermia (aumento da temperatura do corpo), exaustão
Quetamina (Special K) Droga sintética, depressora do sistema nervoso central, com efeitos levemente alucinógenos. Anestésico de uso humano ou veterinário, que é utilizado de forma indevida EFEITOS PROCURADOS: euforia, alucinações EFEITOS COLATERAIS: náusea, vômitos, sedação leve, perda de coordenação motora GHB (Gamahidroxibutirato) Droga sintética, depressora do sistema nervoso central, também chamada de ecstasy líquido EFEITOS PROCURADOS: euforia, sensação de energia, desinibição EFEITOS COLATERAIS: tontura, descoordenação motora, náusea e redução do nível de consciência
MISTURA-FINA “Mais uma dose? Sim”. E assim a pergunta e a resposta se repetem durante toda a noite. Quanto mais se bebe, mais dá vontade de beber. Passam horas a fio e a balada parece que vai ficando cada vez melhor. No final da noite, todos já exaustos compram aquela religiosa água para lavar. No outro dia, quando se acorda – por volta das 14h –, a cabeça parece pesar mais do que o normal e o corpo só pede água. Ao sentar na beira da cama, coloca a mão no rosto e, enquanto sobe um calafrio que arrepia todos os pelos do corpo, você pensa: “Santa Ressaca”. Ao contrário do que muitos pensam, a ressaca não depende da quantidade de bebida alcoólica ingerida e sim do organismo de cada pessoa, sendo assim, o corpo o fator determinante para os limites (ou exageros) da cachaça. Para quem nunca bebe, o excesso pode ser apenas uma única dose. As pessoas habituadas a “virar o copo” são mais resistentes. Assim como um atleta, o fígado está treinado e produz facilmente as enzimas necessárias. Mas, quando bebem além do que o corpo considera limite, não se livram da mazela no dia seguinte.
Santa Ressac
aca
Por Danilo Brasil
MISTURA-FINA
Cientificamente falando, a ressaca é um tipo de crise de abstinência. Como qualquer outra bebida ou alimento, o álcool é metabolizado e distribuído pela corrente sanguínea para as células do corpo. Quando você percebe que já está colocada, é o momento em que o álcool chega ao cérebro. Um pouco mais abaixo, o fígado, treinado todo final de semana, é quem mais trabalha enquanto a pinta rola solta na boate. Quando o trabalho acaba e você está toda destruída pedindo a sua cama, o fígado quer mais e entra numa espécie de depressão, desorganizando todo o metabolismo. Segundo os especialistas, quanto mais água, melhor. Se
possível, ant e depois de b óbvio que vo ficar carrega cima e para dose numa m garrafinha d outra.
Para curtir a no outro dia, primeiro lug deve exigir d organismo, q desgastado ( Se possível, necessário a mal estar ac começar a li amigos comb balada daque lá, tome mui água e sucos para repor a e os sais min perdidos na (ou a favor) d
tes, durante beber, mas ocê não vai ando para baixo sua mão e a de água na
Os que acham que um copinho de cerveja pode ajudar no outro dia: acertaram na mosca. Aquele copinho milagroso ajuda o a ressaca fígado a se recompor , em e é exatamente o que gar, não se ele precisa depois da demais do destruição da noite que já está anterior. A cerveja (até demais). ainda tem a vantagem faça só o de estimular o antes do funcionamento dos rins, cabar e você acelerando a expulsão igar para os dos resíduos tóxicos pela binando a urina. Mas isso depende ele dia. Até de reações individuais. ito líquido: Há quem não suporte s de frutas o cheiro de álcool por as vitaminas algum tempo. nerais luta contra do álcool.
MISTURA-FINA
P a >
Edgar, 23 anos Como uma maรงa ou um hidratar e tirar o gosto tomo muita รกgua. Nun
Pra curar a bendita Hugo, 25 anos Tento me alimentar e já tomar uma Coca-Cola na saída da balada. Chego em casa e desmaio. No outro dia é água até dizer chega.
Deborah, 21 anos Tenho duas táticas: a primeira é, assim que acordar, beber mais. Bebendo mais você não sente tanta ressaca; a segunda é, além de beber muita água, apelo para o dramin e o dia deitada na cama.
Augusto, 22 anos Um Engov antes e outro depois. Se não tomar, senta e chora.
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ma Coca-Cola para o ruim da boca. Depois, nca tomo remédios.
Aliane, 24 anos Bebo muita água e só (risos).
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Tiago, 26 anos Eu bebo muitos líquidos e procuro comer pratos leves. Muita água e suco.
CONOTAÇÕES SEXUAIS
PORRA, GENTE!
FALCÃO, Thulio Escorpiano e nerd. Perdeu os óculos pra Iemanjá, mas continua adorando história, jornalismo, séries de TV e vídeo games.
Dizem as más línguas que o sêmen (é, vamos começar bem a vontade mesmo) faz muito bem a pele. Há quem goste de engolir, há quem goste de esfregar no corpo e há Calígula para liberar geral essa porra. Mas falando sério, talvez isso seja uma certa verdade pelo fato de que o esperma é basicamente água, mas também possui quase todos os nutrientes que nosso corpo utiliza.
THULIO@revistalabel.com.br
O engraçado que nessa onda de engole, não engole, a mulher tem certas vantagens. A semeterapia, medicina alternativa em que ela ingere regularmente esperma ao longo da semana, mostra benefícios como redução de acnes, câncer no ovário e estimula o sistema imunológico, este último uma ironia muito da danada. Para ambos o sexo, temos a curiosidade de que a quantidade de sêmen ejaculado é diretamente proporcional ao tanto de água que bebemos ao longo do dia. Já em relação ao gosto, a alimentação influencia bastante. Uma dica para o parceiro não reclamar do sabor e do cheiro? Simples, alimentos com vitaminas, maçã, banana, pêssego e alguns legumes
facilitam essa arte sexual que muitos desejam, mas temem em fazer. Claro, há um motivo para certo receio em não querer engolir porra. Podemos começar escrevendo que pessoas infectadas com HIV e HPV podem transmitir tais doenças, além de aumentar o risco de câncer de boca e garganta. Também, engana-se aquele que achar que cuspir é uma solução prática. Mesmo depois de ejaculado, o esperma esfria, mas os vírus ainda continuam ativos por um bom tempo. Lógico, vamos considerar aqui que feridas na boca, péssima higiene também e meio mundo de parceiros, que ninguém sabe de onde vêm, contribuem bastante nesses casos. Ironias do destino ou não, falar de porra/esperma/gozo nos remete sempre àquelas brincadeirinhas de gargarejo e tudo mais. Eu ia terminar escrevendo o que um amigo sempre comenta - pior que gargarejar é deixar sêmen preso no aparelho, mas vou ser sem graça e dizer que doadores de esperma têm mais uma oportunidade no departamento de doações.
CAPA
homossex Por Juliano da Hora
no cor
exualidade
rporativo
CAPA Trabalho. Ato contínuo de movimento e interação que se aplica a praticamente todos os passos do crescimento humano. Na sua composição, estão presentes a disciplina, a persistência, a curiosidade, a vontade de superar desafios e o respeito, para que os resultados deste esforço não tragam somente benefícios materiais, como também pessoais. E é justamente neste item que a população homossexual enfrenta resistência para o desempenho de seus ofícios. A situação pode ser ainda mais difícil se envolve o fator idade, com um mercado de trabalho cada vez mais jovem, ainda regido por valores e dinâmicas tradicionais. As empresas brasileiras passam por um momento de transição no modelo de negócios: com um mercado globalmente orientado, muitos ícones do cenário corporativo tiveram de prestar mais atenção aos colegas estrangeiros. Isto se dá em termos de políticas externas, para conquistar mais mercados a partir de experiências bem sucedidas, e da valorização em investimento humano,
para que a rentabilidade de suas marcas não perca o ritmo do crescimento por motivos internos. A lição de casa é bem clara: há talentos lá fora que precisam ser descobertos, lapidados e mantidos por perto, caso contrário, o seu concorrente assim o fará. Mas e quando este indivíduo com potencial para contribuir com o desenvolvimento da companhia assume sua identidade sexual, ela consegue manter o discurso e o foco na excelência para os seus negócios? “Ao passearmos pelos escritórios, é comum vermos funcionários sob um regime de autocensura, dependendo do local e departamento onde trabalham. Esta mesma limitação é ainda maior quando têm de enfrentar o estereótipo da falta de experiência e maturidade atribuída aos mais jovens”, afirma o assistente administrativo Elielton Pessoa, 25 anos, que trabalha desde os 17. “O meu começo foi parecido com o de muita gente. A primeira barreira que puseram à minha frente foi justamente o fato de eu ser o mais
jovem da equipe, quando comecei. Só com o passar do tempo, que pude me sentir mais tranquilo e sair da zona de tensão”, diz.A tranquilidade de Elielton reflete uma tendência que os estudiosos das dinâmicas humanas identificam na evolução da comunicação entre os indivíduos. E a comunidade homossexual, que por anos fora ignorada pelo poder público, contando apenas consigo mesma na defesa de seus direitos, soube utilizar esta mudança de forma eficiente. “O que antes era restrito apenas a amigos mais próximos, ou a alguns familiares, hoje não encontra mais muros e grades de proteção. O processo de interação social teve um empurrãozinho positivo das novas tecnologias. Por meio destes canais, a troca de informações entre membros da comunidade contribuiu para que ela se fortalecesse e encontrasse força para questionar certos paradigmas e tomar como exemplo outras sociedades mais avançadas em termos de direitos humanos. E isto reflete no mercado de trabalho, principalmente entre os mais jovens”, afirma a psicóloga Isadora Oliveira.
CAPA
“
Eu não passava segurança para os meus clientes
“
Marcelo Vaz, cabeleireiro, 19 anos
A geração atual vive um momento único na história pelo reconhecimento enquanto cidadãos de direito. Há uns poucos quinze ou dez anos atrás, organizar manifestações públicas como os beijaços, ou mobilizações intensas em torno de votações e elaboração de leis referentes à comunidade homoafetiva poderia parecer utópico. Hoje, os mais jovens aproveitam o caminho pavimentado das últimas gerações e trata de se impor, munidos de informação e muito talento. É o caso de Marcelo Vaz, 19 anos. Representante da terceira geração de uma família com tradição na arte do hair styling do Recife, ele
tem no currículo, cursos, workshops e feiras, que frequenta como profissional desde os 16 anos. Em seu primeiro ano de trabalho, participou da Hair Brasil, maior feira do segmento na América Latina, realizada anualmente em São Paulo. Mas apesar de todos os clichês e estereótipos que podem cercar sua profissão, assumir sua identidade, ainda que num setor profissional mais flexível, não foi fácil, pois o primeiro desafio a ser superado surgiu no próprio lar. “Enfrentei inúmeras situações difíceis e provocativas logo em casa, por pertencer a uma família que sempre valorizou
uma educação bastante regrada. Por conta disso tive de amadurecer bem cedo, para poder correr atrás do que eu queria. Essa dificuldade sofrida em casa refletiu no trabalho. A princípio, eu não passava segurança, o que gerava desconfiança da parte dos clientes, sobrando para a minha pouca idade. Precisei trabalhar isso dentro de mim, e fui ganhando o respeito deles aos poucos. Creio que consegui isso através do meu esforço em aprender e ter uma ambição saudável de construir minha vida através do meu trabalho e de muito estudo”, afirma.
CAPA
Hétero até a morte Por Juliano da Hora
Mesmo com todas as discussões em pauta, e com o crescente reconhecimento dos direitos homossexuais, há quem prefira se resguardar para evitar problemas que interfiram na sua trajetória profissional. Como citou a psicóloga Isadora Oliveira, a visibilidade e o respeito depende muito das profissões e dos ambientes frequentados. A advogada L.M., 24 anos, trabalha em um reconhecido escritório de advocacia da capital
pernambucana. O uso de suas iniciais reflete o medo de se expor por estar inserida num ambiente altamente conservador e homofóbico. “Eu sou assumida para minha família e para os meus amigos, mas no trabalho eu não posso ter muita amizade. Já sofri tanto preconceito, e tive de passar por tanta coisa para poder ser aceita dentro da minha casa, que hoje em dia tenho medo de passar por isso de
novo”, afirma. Segundo a advogada, entre as situações com as quais tem de conviver, estão piadinhas e fofocas que os funcionários homofóbicos fazem de seus colegas assumidos. “Existe muita hipocrisia no mundo corporativo. Até mesmo aqueles que se mantém mais quietos, falam por trás. Não falam na frente, por que sabem que estão cercados de pessoas que entendem das leis e poderiam enquadrá-los”, completa.
CAPA E por qual razão L.M. não reage, de posse seus conhecimentos jurídicos? “Por que existem várias formas do preconceito agir. Se eu for assumir e tentar reagir, posso perder o emprego. Ou então perder as oportunidades de crescimento. Vejo muito bons profissionais lá dentro que nunca ganham promoções ou aumentos. É uma forma velada de perseguição.
Eu sei que os assumidos seriam bem mais vistos se fossem héteros”, conta a advogada. Ao ser perguntada se já pensou em desabafar com algum colega assumido a respeito desta pressão, ela é taxativa e maiúscula: “JAMAIS!! Sou hétero até a morte!”.
e usa a desculpa como explicação para esta limitação de convivência, ao mesmo tempo em que nada ou muito pouco é feito para que se prepare de fato. Isso afeta muito o desempenho do indivíduo, por que o profissional depende do pessoal para existir. É uma situação cansativa”, enfatiza a psicóloga Isadora Oliveira. L.M. concorda com esta afirmativa. “Já cometi
precon preconceito “Infelizmente, a sociedade afirma que não está preparada para encarar as diferenças,
no trabalh
no trab
atos falhos, como esquecer de trocar o pronome sempre que falo do meu suposto namorado, e mencionar alguma balada gay quando me perguntam como foi meu fim de semana. É horrível”, revela.
e quais cargos eles ocupam, justamente por muitos entrevistados em pesquisas terem receio de se declarar abertamente. O último censo realizado pelo IBGE focou no aspecto domiciliar, e mostrou que o Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais, com a promessa de aumento de informações nas próximas edições, com a conquista e
reconhecimento dos direitos LGBT. O fato é que por mais que se busque produtividade, as empresas brasileiras perdem a visão propositalmente, ao não se permitir enxergar que o ser humano é feito de talento, esforço, dedicação e compromisso. E isso independe do seu direcionamento afetivo ou sexual.
nceito to Ainda há muitas dúvidas sobre números concretos da população homossexual no mercado de trabalho
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KIKO
E SUA LITERATURA GAY
Kiko Riaze nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado na Ilha de Paquetá, um recanto histórico e bucólico da Baía de Guanabara. Desde cedo, demonstrou paixão pelas artes e pelos movimentos libertários. Atuou em um grupo de teatro amador no Retiro dos Artistas, cursou Escola de Cinema e foi membro do GDN, um grupo de militância LGBT na cidade de Niterói (RJ). Além disso, é autor dos romances “Depois de Sábado à Noite” e “Águas Cálidas”, ambos com temática gay.
rg NOME COMPLETO Kiko Riaze LOCAL DE NASCIMENTO Rio de Janeiro DATA DE NASCIMENTO 20/06/1979 SITE www.kikoriaze.com
Quando começou a sua carreira de escritor de romances gays? Eu sempre fui escritor de gaveta. Desde a infância eu já criava histórias com uma máquina de escrever Remington que havia sido presente do meu pai. Mas a minha carreira como autor só começou efetivamente a partir da publicação do meu primeiro livro “Depois de Sábado à Noite”, em 2008 pela Editora Fábrica de Leitura. Fiquei muito surpreso quando meu manuscrito foi aceito. Por se tratar de um romance explicitamente gay, eu achava que nunca seria publicado. O preconceito no mercado editorial é muito grande, mesmo assim eu nunca pensei em mudar o sexo dos meus personagens para me tornar “publicável” como alguns escritores fazem. Eu sei que isso acontece porque alguns deles me confidenciaram já ter feito. Eu não queria que fosse assim, pois estaria traindo a minha própria essência. Minha sexualidade não me define, mas é parte importante da minha personalidade e não daria para dissociá-la da minha literatura.
PAY-PER-VIEW Você faz outra coisa além de escrever? Além de escrever, eu trabalho na área de logística de uma empresa de automação bancária e é essa a atividade que paga as minhas contas. Infelizmente, o Brasil é um país que lê muito pouco e não dá para viver apenas de direitos autorais. Recentemente saiu uma pesquisa do Instituto Pró-livro a respeito do hábito de leitura dos brasileiros e os números divulgados não são nada bons. Estima-se que 67% da população brasileira não gosta de ler ou lê muito pouco. É um percentual altíssimo. Se você segmentar ainda mais o público, como é o meu caso, a coisa piora. Contudo, eu não desanimo. A Literatura, para mim, está acima de qualquer questão financeira e material. Escrever livros é um trabalho que eu realizo com paixão, com alma e que me realiza como ser humano, principalmente quando eu recebo o retorno positivo das pessoas que leram as minhas obras. Não pretendo parar, mesmo que um dia caia a ficha de que viver de literatura no Brasil é praticamente uma utopia. Existe algum ritual para buscar inspiração para escrever? Quem dera! Eu ficaria mais tranquilo se existisse, pois a pior coisa para um escritor é passar pela fase de bloqueio criativo. Inspiração é coisa de momento e comigo normalmente está ligada a emoções, a nuances de personalidade e comportamentos. Difícil dizer. A inspiração para o livro “Águas Cálidas”, por exemplo, surgiu num fim de tarde na Praia de Itacoatiara, na região oceânica de Niterói. Aquela atmosfera com cheiro de maresia, com gente tocando violão na areia e surfistas no mar me envolveu tanto que eu tive um insight e já cheguei em casa com uma ideia na cabeça. Sentei para escrever e, quando percebi, já tinha toda a história para um livro. É mais complicado escrever livros com temática gay? Você já se pegou tendo que alterar alguma passagem do livro para evitar pensamentos dúbios ou irônicos? De forma alguma. Eu assumi a minha homossexualidade aos 16 anos e o meu maior medo na época era de não ser aceito pela minha família. Isso não aconteceu. Minha família me ama e me respeita muito! Então,
eu percebi que não tinha porque temer mais nada e passei a enfrentar qualquer situação de cabeça erguida. Nunca tive medo de mostrar a minha cara e jamais permitiria ser censurado. Minha escrita é livre, assim como meus pensamentos. Se um dia eu tiver que ser tolhido para atender a convenções sociais idiotas e hipócritas, eu prefiro parar de escrever.
tímido. Precisamos de mais espaço, porém é necessário que o mercado literário deixe de lado a caretice e abra mais as suas portas para nós. E neste ponto, os leitores gays são extremamente importantes, pois indo à livraria e comprando os nossos livros, eles estarão mostrando aos editores que vale a pena investir neste público.
Como você conceitua o mercado literário voltado para o público gay? Não sei se esse mercado literário realmente existe. O que existe são obras com temática gay, mas é cedo para afirmar que os homossexuais constituem um público leitor com gosto específico. Têm gays que nunca leram romances gays. Mas de uma forma geral, eu percebo que o problema está no julgamento moral que as pessoas aplicam à nossa literatura. As produções com temática LGBT normalmente são mal vistas e taxadas como pornográficas. É um preconceito! Tem muito escritor competente no nosso meio, muitas obras de qualidade que merecem ter mais visibilidade, mas não têm somente porque tratam de questões homoafetivas. Eu nunca vi um livro de literatura gay numa vitrine. Normalmente estão escondidos numa prateleira que ninguém vê.
O seu público-alvo é o prioritariamente gay ou você reconhece que os héteros também leem seus livros? Quando eu escrevi “Depois de Sábado à Noite”, eu pensei primeiro nos leitores gays, por ser um romance que trata de questões muito particulares dos homossexuais, dos problemas de relacionamentos, da promiscuidade, da vida noturna, da pegação. Neste livro eu uso muitas gírias gays e retrato situações com as quais só mesmo os gays podem se identificar. Tem personagem transexual e personagem que frequenta sauna, por exemplo. Não quer dizer que os héteros não possam ler, mas existe o risco de haver um estranhamento, o que pode ser uma experiência interessante ou não. Já em “Águas Cálidas” eu resolvi fugir do gueto e preferi tratar o amor de uma forma mais universal, sem rótulos, mesmo sendo uma história de amor entre dois homens e tenho certeza de que os héteros se sentem mais confortáveis. A compreensão é melhor. De qualquer forma, no geral, são os gays que mais procuram os meus livros. Até hoje eu recebi pouquíssimos feedbacks de heterossexuais. E foram todos de leitoras mulheres. Se homens héteros já leram, eles nunca me falaram nada. Eles devem ter vergonha de dizer.
O que você faz para tentar mudar essa realidade? Recentemente, eu e outros autores do Rio de Janeiro nos reunimos para realizar um evento literário voltado para obras LGBT e ficou muito claro para nós que há um interesse por parte do público por este segmento, mas ainda é muito
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Qual é o maior objetivo das suas obras? Um pouco de tudo. Quando eu escrevo um livro, a primeira intenção é construir uma trama que envolva o leitor. Gosto quando as pessoas me escrevem dizendo que leram os meus livros sem parar, porque é exatamente este tipo de livro que me agrada. Não gosto daqueles livros cansativos, que você deixa de lado para voltar a ler daqui a uma ou duas semanas e esquece depois que leu. Gosto de prender a atenção do leitor, de fazê-lo devorar página por página, curioso para saber o que vem depois. Quero que o leitor se identifique com a obra, que se sinta próximo dos personagens e dos seus conflitos. É desta forma que o leitor se emociona. Sobre o tema, eu abordo questões que são próprias do ser humano, mesmo que sejam histórias gays, pois somos todos iguais, amamos, sofremos, sentimos alegria ou tristeza do mesmo jeito que os heterossexuais. Somos seres humanos, ora! Pode ser clichê falar isso, mas é a mais pura e óbvia realidade que muitas pessoas insistem em não querer enxergar. E neste contexto, eu uso minha literatura como forma de oferecer uma referência para os gays, de autoafirmação, de identidade mesmo. É preciso quebrar alguns tabus. Não sei se a literatura tem poder de fazer isso a curto prazo, mas pelo menos estou fazendo a minha parte. Você já usou alguma experiência própria para escrever sobre algum personagem? Com certeza! O autor sempre transfere um pouco de si para as suas histórias. É inevitável. Todos os meus personagens são desdobramentos de mim, de alguma forma. No livro “Águas Cálidas”, por exemplo, há uma passagem em que o personagem principal está numa praia tendo uma conversa franca e emocionada com o pai sobre sua homossexualidade. Aquilo aconteceu comigo de verdade, mas ao invés do meu pai, eu tive aquela conversa com a minha mãe. O diálogo é praticamente o mesmo. Já em “Depois de Sábado à Noite” existem várias situações que aconteceram comigo, mas essas eu não posso revelar, por que o livro é recheado de homoerotismo e talvez não fique bom para minha imagem (risos).
O autor sempre transfere um pouco de si para as suas histórias. É inevitável. Todos os meus personagens são desdobramentos de mim “Kiko Riaze
Você já sofreu algum tipo de preconceito ou ameaça por escrever livros com essa temática? Nunca aconteceu comigo diretamente. Mas em certa ocasião minha editora perdeu uma
parceria com um expositor de livros numa feira literária do Sul porque o dono do stand não queria expor o meu livro pelo fato de ser um romance gay. Isso é uma amostra lamentável de como a nossa literatura ainda sofre preconceitos. Qual sua opinião sobre a indústria cultural gay? Bem, se você pensar que a “indústria cultural gay” seja algo relacionado a tudo o que é produzido a partir da identidade homossexual ou para o público LGBT em específico, eu penso que tem muita coisa interessante e muita porcaria, assim como tem na indústria de um modo geral. Fora isso, o que sempre me chamou a atenção foi a falta de uma iniciativa que reunisse forças de todos os bons artistas de dentro da comunidade gay para romper as barreiras do preconceito que ainda existe contra as nossas obras. Foi pensando nisso que eu e o Felipe Dias, outro autor do Rio de Janeiro, idealizamos um evento que vai misturar todas as vertentes da arte de interesse dos gays no mesmo espaço. Não posso dizer ainda o que é, mas já posso adiantar que será no mês de junho e vai dar o que falar. Imagina só você entrar num lugar e dar de cara com escritores de literatura LGBT, dramaturgos, diretores de filmes gays e até drag queens, todos juntos e misturados! Vai ou não vai ser um acontecimento? Em breve eu passo mais informações, mas posso garantir
que vem muita coisa boa por aí! Qual a sua opinião sobre manifestações e eventos que levantam a bandeira para combater a homofobia? Já fui a várias manifestações, antes e durante o período em que eu fui membro do GDN, um grupo de militância gay da cidade de Niterói, mas hoje já não vou mais. Não é que eu seja contra as paradas gays, mas eu tenho visto que o sentido original já se perdeu há muito tempo e a coisa se transformou numa grande micareta, onde as pessoas cometem alguns excessos que não ajudam em nada a causa gay. Pelo contrário, muitas atitudes e posturas exageradas até atrapalham. Lembro-me de ter ouvido uma senhora dizer que viu um casal gay fazendo sexo oral atrás de uma banca de jornal durante uma parada no Rio. Isso é péssimo! Será que essas pessoas não têm a consciência de que podem estar jogando por água abaixo o trabalho árduo de muita gente séria que há anos luta pelos direitos LGBT? Sei que as paradas se tornaram interessantes comercialmente e ainda são os eventos de maior visibilidade dos gays, mas hoje tenho lá minhas dúvidas sobre sua eficácia. Penso que o foco hoje deve ser na conscientização da sociedade sobre a necessidade de direitos iguais e combate ao preconceito e isso se consegue dando ênfase na informação e na educação.
HEY MR. DJ
A RAINHA VOLTOU?
Estudante de Letras e DJ GAEL@revistalabel.com.br
A rainha do pop reina muito antes de Rihanna e Lady Gaga aparecerem no cenário eletropop, mas suas amigas conseguiram fazer melhor com
TOP10
UNO, Gael
O MDNA, álbum que marca o retorno de Madonna, é estritamente linear. Estreou na lista dos mais vendidos do mundo, e muito disso certamente se deve ao peso do nome que ela carrega. Qualquer iniciante amargaria pífias vendas com esse CD. Não há nada épico, o MDNA ecoa como algo requentado, temos a sensação de que Madonna pegou algumas músicas (não as melhores) dos álbuns anteriores, juntou e botou para vender. Girl Gone Wild, I’m addicted e Turn up The Radio tentam salvar o álbum, mas é muito pouco.
seus últimos álbuns. Embora Madonna tenha estreado na primeira posição da Billboard com 359 mil cópias vendidas, na semana seguinte vendeu apenas 46 mil e bateu o recorde de maior queda nas vendas da parada americana. Isso provavelmente antecipará o lançamento do 3º single na tentativa de alavancar as vendas do CD. Vendas de CDs são reflexos de como anda a carreira de uma artista? Vamos aguardar a Tour para termos essa resposta. Afirmo que é um crime não respeitar Madonna, pois o que ela construiu a eleva a outro patamar. É por esse motivo que o seu MDNA soa redutivo, nada mais que isso.
1. Girl Gone Wild – Madonna 2. Heaven – Emeli Sandé 3. Dance Again – Jennifer Lopez feat, Pitbull 4. Gambling Man – The Overtones 5. The One That Gone Way – Melody Thornton 6. Get Loud! – Wanessa 7. Addicted to You – Shakira 8. So She Dances – Josh Groban 9. Breathless – Shayne Ward 10. Aphrodite – Kylie Minogue
Fazcar達 e rebola
MISTURA-FINA
Por
6,7, 8...
ão
r Liliane Paes Barreto
Você com certeza já se pegou tentando fazer a coreografia de ‘Single Ladies’ da Beyoncé. Se não tentou, ficou babando, querendo aprender. Para o público gay é comum tentar imitar as reboladas da Shakira ou fazer as performances pra lá de ousadas da Madonna. Mas convenhamos, babar é o mínimo quando elas, divas do Pop, entram em cena. Ir a um show ou pelo menos ver um videoclipe dessas musas modernas tem quase o mesmo efeito de uma balada. Quase, obviamente.
MISTURA-FINA Em décadas passadas nem todas sacudiam as cadeiras ou batiam cabelo até morrer de dor no pescoço. Mas uma das primeiras e talvez a mais famosa até os dias atuais a sensualizar e mandar ver nas ‘coreôs’ foi a cinquentona Madonna. Já em suas primeiras performances (vale a pena conferir o primeiro single da Diva, Everybody) causou um furor tão grande que ninguém consegue esquecêla até hoje. Outras cantoras vieram após, porém é notável que todas são influenciadas pela eterna Rainha do Pop. E agora depois do lançamento de seu 12º álbum, a sempre “Material Girl”
ainda dá um bom caldo. Seu novo clipe ‘Girl gone wild’ traz a fórmula sempre certeira de homens bonitos e uma coreografia que deixa a todos querendo repetir. Madonna consegue beber da mesma fonte e, ainda assim, ser inovadora. A opção pelo preto e branco remete à estética de ‘Erotica’ e ‘Justify My Love’. Como sempre as alusões à religião também estão presentes em ‘Girl gone wild’. O vídeo ainda conta com a participação especialíssima do grupo ucraniano Kazaki, ícone gay da Europa Oriental, escandalizando em cima de saltos desafiadores até para a mais experiente das modelos de passarela.
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MISTURA-FINA
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Mas não é só de dança que vive uma estrela pop. Há artistas como Adele, por exemplo, que apostam em outros enfoques e não nas performances coreográficas. Mas há espaço para todas as vertentes do universo da música pop. Há também aquelas que unem tudo, são cantoras de talento e dançarinas de cair o queixo. A Beyoncé é um ótimo exemplo de artista híbrida. O maior sucesso em coreografia dos últimos tempos, ‘Single Ladies’, deu a volta ao mundo em milhões de imitações. Grupos de fãs já cansaram (ou não) de executar a coreografia nas baladas Brasil a fora. Aposto que você já fez o movimento de mãos que a Diva mostra no vídeo. A cada novo single, a morena exibe uma nova coreografia, o que já acarretou até na acusação de plágio à cantora, que admitiu ter se inspirado no trabalho de uma coreografa belga, no vídeo ‘Countdown’.
MISTURA-FINA
Fãs mais ensandecidos discutem o posto de quem é a melhor. Mas como disse Katy Perry, outra musa do showbiz, ‘Somos todas únicas [..] É por isso que somos vencedoras e podemos todas existir. Hoje, as pessoas não querem só baunilha, querem ter à disposição 31 sabores. Eu não podia fazer o que a Rihanna faz. Nem a Lady Gaga. E elas não podem fazer o que eu faço’. É, elas com certeza podem coexistir. Faz até muito bem. Se você cansa do ar andrógeno da Lady Gaga pode simplesmente curtir a Rihanna bem ao estilo ‘mulher maravilha moderna’. Britney, Beyoncé, Rhianna, Katy entre outras, ou seja, as ‘novas’
Divas do Pop são, inegavelmente, discípulas da Madonna. Mas todas elas possuem a sua própria definição de dança e música. O que importa mesmo para os fãs sedentos por imitar as coreografias alheias, é que as danças sejam regadas a boas vibradas das cadeiras, movimentos com as mãos e todos os “siricuticos” que envolvem o místico mundo de dança das Divas Pop. Aliás, o que você ainda tá fazendo aqui que não correu para ver aquela ‘coreô’ que sempre quis aprender? Só uma recomendação: alongue-se primeiro. Ninguém quer ter uma distensão muscular por causa de uma pernada mais alta, né!?
FATO-ATIVO
NA CAUSA
Caetano Veloso, Chico Buarque, Cauã Reymond, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Mônica Martellie, Zélia Duncan e Sérgio Loroza são alguns que encabeçam a lista de nomes do primeiro escalão de vários segmentos da sociedade, que uma campanha em favor do casamento igualitário no Brasil. O projeto foi criado para apoiar a proposta de emenda constitucional (PEC) do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) que busca igualar os direitos de todos, garantindo o casamento civil aos brasileiros. O site da campanha é www. casamentociviligualitario.com.br.
É BABADO E CONFUSÃO
Segundo a coluna de Fabíola Reipert, do R7, um famoso apresentador de televisão, considerado hétero, decidiu se aventurar com um garoto de programa. E cometeu a “inteligência” de pagar com o próprio cheque. O michê, que cobrou R$ 700,00, tirou xérox do cheque antes de depositá-lo, e agora está fazendo chantagem com o tal apresentador. Além disso, está tentando vender o cheque para a imprensa, com o objetivo de faturar algum e ainda por cima ficar na mídia.
MISS TRANS
O concurso Miss Universo está mudando suas regras e permitirá que mulheres transexuais participem de todas as suas competições, a partir de 2013, informou nesta terça-feira a organização e o grupo de direitos LGBT, GLAAD. A decisão veio após críticas feitas pela mídia sobre a desqualificação da competidora canadense Jenna Talackova do próximo concurso Miss Canadá, porque ela não era “naturalmente nascida mulher”. Talackova, de 23 anos, que passou por uma cirurgia de redefinição sexual quando tinha 19 anos, foi reintegrada à competição canadense recentemente pelo empresário Donald Trump, dono da organização Miss Universo. Talackova tem passaporte, carteira de motorista e outros documentos que a identificam como mulher.
A NOVA KELLY
Kelly Key não lança disco de estúdio há quatro anos, a maior pausa em seus 11 anos de carreira. A cantora comenta a relação cada vez mais forte com os fãs LGBTs: “meu público era menor de idade e não frequentava boates, hoje frequenta”. Seu novo disco duplo será lançado no segundo semestre e até lá ela promete muito badalo nas pistas do país no aquecimento para este marco em sua carreira. O CD será de remixes de músicas que tocam em todas as festas como “Bola de sabão” de Claudia Leitte, “Ragatanga” do extinto Rouge e “Uma partida de futebol” do Skank, Além de “Baba” e “Cachorrinho” que foram hits da ex-loira.
Sugestão de fotos e notas: contato@revistalabel.com.br
JANELA ABERTA
CDs 50º DISCO A cantora Maria Bethânia lançou o seu disco número 50, “Oásis de Bethânia”, no qual declara sua paixão pela poesia e pelo sertão brasileiro, “onde falta tudo”, mas é sua fonte de inspiração. A previsão é que a Bethânia faça shows para a divulgação do álbum no segundo semestre. Antes do lançamento, o álbum já ocupava a 5ª posição no ranking de vendas do iTunes Store do Brasil.
VIVA RAUL!
Pegando carona no lançamento do filme “Raul - o início, o fim e o meio” dirigido por Walter Carvalho e produzido por Denis Feijão, a gravadora Universal Music lança a trilha sonora do filme em CD duplo composto por 28 faixas apresentadas cronologicamente de 1972 a 1989 com os sucessos que entoaram a película.
A VOLTA DOS QUE JÁ FORAM A mais marcante personagem do rock brasileiro, Rita Lee, lança depois de 9 anos um projeto de músicas inéditas. Produzido por Roberto de Carvalho, o álbum traz 14 músicas inéditas. O primeiro single faz parte da trilha sonora de Avenida Brasil, telenovela da Rede Globo. Em “Reza”, Rita mais uma vez nos embebeda ao falar de amor, de mazelas, mau olhado e terapias.
LIVROS MÍDIA GAY Foi lançado no último dia 28, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o livro Imprensa Gay no Brasil, de Flávia Peret. O livro resgata a trajetória das primeiras publicações de temática homossexual no Brasil, sobretudo a partir da década de 60, chegando aos dias de hoje com a prevalência dos portais e sites LGBT na Internet. Há uma breve abordagem da imprensa lésbica que já teve expressão impressa, mas atualmente se concentra no mundo virtual. Além disso, o livro acompanha cronologia sucinta e abordagem leve.
RELATOS REAIS Bruno ouviu de um tio quando ainda era adolescente: “Na nossa família não tem ladrão nem veado.” Michael enfrentou um ginásio com 2 mil pessoas a entoar o coro “bicha!”. David quase se casou com a sogra para não ter que sair do Brasil. Carla e Cinthia foram mães de um menino. Essas são algumas das 20 histórias daqueles que oferecem seus relatos sinceros e corajosos em uma obra que revela bem mais do que a orientação sexual de seus personagens, ela mostra quão estúpida e violenta é a discriminação.
CONSCIÊNCIA PESADA “Mentiras Sobre O Travesseiro”, de Raphael Mello, traz à tona assuntos como a felicidade ao lado de outro ser humano do mesmo sexo, bullying, insegurança, drogas e traumas da infância. “Como você consegue colocar a cabeça sobre o travesseiro à noite e dormir sabendo de tudo o que você fez?” é a pergunta abordada durante todo o livro, desvendando segredos de Pedro e Marcos, personagens principais da trama em um longo e surpreendente romance.
SEM EQUÊ
VIDA DE TRAVA
MACEDO, Lindsay Travesti, reside na cidade do Recife e tem muitas histórias para contar LINDSAY@revistalabel.com.br
Definitivamente ser travesti não é bagunça, tem que ter um senso de organização babado se quiser chegar a ser top. Quando comecei a me montar eu não tinha nenhuma madrinha pra me dar dicas, eu era uma bichinha pão com ovo que achava que estava abalando com meus cabelos de nylon arrancados das bonecas das minhas irmãs, até correr de umas futuras parceiras de esquina. Foi então que entendi que para tudo na vida tem que se ter padrão, até para ser trava. Assim, decidi descer do meu pedestal e presentear vocês com um pouco da minha benevolência suprema, dando algumas dicas para aquelas que estão começando na batalha. Primeiro, decida que linha quer seguir, se a tradicional (travesti boca de confusão) ou a garota (meiga e confundida com racha). Faça uma parceria com alguma farmácia perto da sua casa pra fechar um desconto nas injeções de hormônios. Procure uma travesti experiente para fazer a “bombação”, (não se intimide se 10 azaradas morreram nas mãos dela, foque nas poucas que sobreviveram). Comece fazendo o “palmex” (bochechas), mas cuidado pra não virar o Kiko, do Chaves. Faça o peito e depois quadril, mas faça o favor de ficar em repouso. Caso contrário, o silicone desce e você fica com os pés redondinhos iguais aos das Meninas Super Poderosas. A defesa é algo primordial na vida da gente. Gilete na boca está demodê, eu sei, mas funciona no começo. Depois faça igual a mim, esconda
no edi uma daquelas armas de choque. Mas cuidado, porque um dia me descuidei e tomei 150.000 volts rabo à dentro, passei uma semana peidando faíscas. O preparo físico também é indispensável, afinal, você tem que se garantir quando precisar correr da polícia. Eu sempre me destaquei na modalidade 100m rasos com obstáculos (salto na mão, gelo baiano, saco de lixo, calcinha entrando no rego). Se eu quisesse, seria a primeira travesti a ganhar a São Silvestre, mas deixa pras quenianas, que elas são mais precisadas, tadinhas. O toque final é o perfume. Nem vem fazendo a retrô usando “Toque de Amor”, “Contouré” e “Charisma”. Tem que ser doce, essa é a regra. Um cliente diabético passou mal de tão doce que era meu perfume, mas o que importa é você deixar escrito no ar “Aqui passou uma trava”. Agora, querida, é respirar fundo e enfrentar a batalha. Não tô mandando ninguém ir pra rua, mas se é pra ir, já chegue no carão. Vida de travesti nunca foi e nunca será fácil, mas a gente se diverte também. Claro que jamais você será igual a mim, um ícone, uma lenda viva que perdura eternamente entre praças, esquinas e saunas do mundo afora. Vou ficando por aqui porque já estou atrasada pra refazer meus lábios numa amiga cirurgiã caseira, vou botar 3 litros só no superior, porque eu sou boa, mas não sou ótima. Beijo pra “zamigas”, e fala comigo se me encontrar na rua, porque se não trabalho tua a cara no grampo de cabelo... Fui.
Esta coluna é escrita por Luciano Rundrox
CAUSA-JUSTA
IGLTA anuncia o 2° Prêmio Anual para Estudantes deConvenção Turismo Global da IGLTA dá as boas
vindas aos futuros líderes do turismo LGBT
Colaboração: Hugo Neves
Os estudantes premiados:
Mariana Rodrigues Alvares, Universidade Anhembi Morumbi, Sao Paulo Allister Chang, Tufts University, Boston, EUA Silvia Cobeiros de Godoy, Universidade Anhembi Morumbi, Sao Paulo, Br Bruno Henrique Maralhas Correia, Universidade Federal do Rio de Jane Armando de Paiva Muniz, Senac, Sao Paulo, Brasil Chris Petrucci, Temple University, Philadelphia, USA
A Organização Internacional de Turismo para Gays e Lésbicas presenteou seis estudantes da América do Norte e do Sul com viagens para participar da 29° edição de sua Convenção Global, que aconteceu entre os dias 12 a 14 de abril, em Florianópolis. Os prêmios permitiram que os estudantes recebessem treinamentos e participassem de todos os eventos previstos para acontecer durante os três dias
o, Brasil
rasil eiro, Rio de Janeiro, Brasil
de conferência. No ano passado, quando o prêmio foi idealizado, dois estudantes foram escolhidos para participar da Convenção Global. Esse ano, mais de 70 estudantes participaram do processo seletivo, mas apenas seis foram escolhidos: quatro do Brasil – sendo três de São Paulo e um do Rio de Janeiro – e dois dos Estados Unidos. “Estamos orgulhosos de
ver a participação crescente dos estudantes em nossa convenção no Brasil”, disse o presidente da IGLTA, John Tanzella. “Esse prêmio permite aos estudantes de Turismo e Hotelaria participar de uma conferência internacional do setor, promovendo educação e network importantes para seu futuro profissional – o que também contribui para o crescimento sustentável do turismo LGBT”, concluiu.
PONTO-A-PONTO
A VIDA NOTURNA DE LAS VEGAS
Em 1930, Frank Detra abriu o Pair O’ Dice, a primeira discoteca de Las Vegas. Localizada na então conhecida como nova estrada para Los Angeles (hoje a famosa Strip de Las Vegas), o clube abria somente à noite. Além de bandas e performances de jazz, o Pair O’ Dice servia comida italiana. Mais notavelmente, o estabelecimento teve uma historia de fechamentos e reaberturas porque abrigava mesas de jogos antes da legalização e servia álcool durante o período da proibição. Nove anos depois, o Pair O’ Dice
foi vendido para o capitão de polícia e comandante Guy McAfee, que renomeou o lugar para 91 Club. Desde então, muita coisa mudou. De discotecas temáticas elaboradas que ficam abertas durante a madrugada até lounges ultrachiques, seguindo tendências da moda, as opções varrem a Strip – os visitantes sabem que ao sair para uma noite em Las Vegas viverão uma experiência da qual nunca se esquecerão. Aqui estão alguns dos lugares mais quentes para uma noite extraordinária:
A nova opção de casa noturna do Planet Hollywood, o Gallery Nightclub, foi inaugurado neste ano. Repleto de quadros gigantes enfeitando suas paredes e exibindo fotografias originais representando imagens voyer, o Gallery cria um plano de fundo divertidamente sexy para os frequentadores. Com design de Amy Kim, do AK DesignNETWORK, o espaço de 1.850m² mistura vintage gótico com toques contemporâneos. A sala principal é o centro da atenção, com uma pista de dança que se espalha, dois bares e um DJ. O sistema de som e iluminação de última linha cobre todas as salas do Gallery, onde renomados DJs comandam um set lis de house, mashups, hip-hop e grandes sucessos do momento.
PONTO-A-PONTO
No mesmo espírito de sofisticação europeu e élan tropical de seus espaços em locais como Miami, St. Tropez, Marbella e Cabo San Lucas, o Nikki Beach Las Vegas foi inaugurado no Tropicana Las Vegas Hotel Resort & Casino. Localizado em uma área de 16.000m² de paisagem exuberante e piscina natural, o beach club tem espreguiçadeiras elegantes, camas e cabanas com serviço incluído. O Nikki Beach inclui um restaurante, um café ao ar livre e um bar, uma ilha privada no centro da piscina tropical. À noite, o novo Club Nikki proporciona aos baladeiros de Las Vegas uma
experiência de vida noturna com pistas de dança e lounges glamourosos. Já o Chateau Nightclub & Gardens, no Paris Las Vegas, tem dois andares em meio aos jardins parisienses, terraços com vista para a Strip e decoração luxuosa. Uma das pistas de dança fica ao ar livre e inclui quatro bares, DJ e camarote VIP. O Angel Management inaugurou o Savile Row, um paraíso intimista no Luxor Hotel and Casino exclusivo para membros e convidados. O Savile assumiu o espaço onde anteriormente ficava o
Entertainment District, no centro de Las Vegas. O espaço inclui o Beta Bar, que serve cervejas nacionais e importadas, bebidas e outros drinks, com capacidade para 50 pessoas. O espaço também inclui 45 gabinetes com mais de 60 telas de TV e aparelhos de vídeo- game, incluindo clássicos completamente restaurados, como Tron, Frogger, Donkey Kong e muito mais. Vários DJs criam uma atmosfera de casa noturna na pista de dança rodeada pelas TVs de plasma screens e neon. INSERT COIN(S), o novo bar Cabines privadas e serviço de mesa estão disponíveis. e local de entretenimento, abriu no Fremont East Noir Bar. Reminiscente da infame rua de Londres, o Savile Row atenderá a um grupo eclético com uma experiência sob medida serviços VIP especializados, uma programação criativa e uma atmosfera sensual serão o padrão da casa. Na abertura, apenas 300 cartões de membros foram distribuídos. Um cartão do Savile Row permite ao privilegiado ligar com antecedência e fazer uma reserva, sem ter que esperar na fila, e podendo entrar por uma área privada.
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