80-x
trabalho desenvolvido pelas alunas Daniela Jucรก e Lara Vaz
Ana Luisa Rolim I Arquitetura Contemporânea I UNICAP
editorial
Este estudo é feito com base no livro de Kenneth Framptom “ historia critica da arquitetura moderna”, afim de explorar os ISMOS da arquitetura pós-moderna: populismo, racionalismo, estruturalismo, produtivismo, pos-modernismo e neovanguardismo.
sumário Populismo......................................................................................... 1 Racionalismo.................................................................................... 2 Estruturalismo................................................................................... 3 Produtivismo..................................................................................... 4 Pós-modernismo.............................................................................. 5 Neovanguardismo........................................................................... 6 Análise no contexto urbano........................................................... 7 ISMOS recifenses............................................................................ 13 Referências bibliográficas............................................................. 16
populismo Surge
com
uma
proposta
de
priorizar
escalas e valores do cliente, e não apenas o ideal do arquiteto. Além disso, traz consigo uma crítica contextualista e fala sobre o código redutor presente na Arquitetura Moderna. Tem como grande expoente Robert Venturi , que junto a Steven Izenour e Denise Scott Brown, estabelecem modelos de edifício, com base em um estudo feito em Las Vegas. São eles o estilo “pato” , ou arquitetura de forma e o
“galpão decorado” . No primeiro, a obra ganha uma forma simbólica de acordo com o que irá abrigar e para o segundo modelo tem-se um sistema de espaço e
estrutura de acordo com o serviço e apresenta uma ornamentação
indepen-
Po.pu.lis.mo - Simpatia pelo povo - É um conjunto de práticas políticas que se justificam num apelo ao "povo", geralmente contrapondo este grupo a uma "elite" Na arquitetura é aplicado com algumas diferenças visto que não se contrapõe a uma elite, apesar de simpatizar com o povo. De acordo com o estudo de Venturi, busca expor tudo aquilo que achamos que precisamos, independente da classe que absorve o conteúdo
Figura 1 - Randy’s Donut Drive in, Brian e Sarah Butko,Los Angeles, 1953. Retrata o modelo “pato” do populismo, projetando seu significado de maneira literal, expressando um possível produto que vende Figura 2 -The Children’s Museum, Robert Venturi,Itália, 1992. Exemplo de “galpão decorado”. Tem a presença de uma frente caracterizada com uma temática, porém a estrutura interna esta ligada diretamente ao serviço oferecido.
dente.
Fig. 1
1
Fig. 2
racionalismo impedir o desenvolvimento das forças do consumismo . Para O movimento busca
que isso seja possível, defende a ideia do estudo morfológico
da cidade junto a uma análise do contexto cultural , através de elementos prece-
dentes contidos no espaço em questão. Dessa forma, a partir do uso de formas geométricas
puras, simetria e o não uso de ornamentos , tem-se uma arquitetura derivada de um estudo, método ou teoria que garante uma obra abraçada pelo contexto urbano analisado.
Fig. 1
Ra.ci.o.na.lis.mo - Conjunto de teorias filosóficas fundamentadas na suposição de que a investigação da verdade, conduzida pelo pensamento puro, ultrapassa em grande medida os dados imediatos oferecidos pelos sentidos e pela experiência. A partir deste olhar, converge com o ideal defendido na arquitetura visto que nela é feito um estudo minucioso para encontrar a forma na essência da análise, ultrapassando, assim, o que nos é oferecido pela força do consumismo – está atuando diretamente nos sentidos e experiências Figura 1 - Quadra Schutzentrasse, Aldo Rossi, Berlim, 1997. Obra abraçada pelo contexto urbano, com formas geométrica simples e simetria Figura 2- Cemitério de San Cataldo, Aldo Rossi, Itália, 1978. Formas geométricas simples e simetria.
Fig. 2
2
O
estruturalismo
passa
a
Es.tru.tu.ra.lis.mo - uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou no modelo da linguística e que depreende a realidade social a partir de um conjunto considerado elementar (ou formal) de relações
considerar elementos da cultura a fim de enten-
der as particularidades para assim poder criar algo maior.
Interpreta-se o individual através de padrões coletivos que
Vai de total encontro com a abordagem na arquitetura, tendo em vista que nela este “conjunto elementar” também existe e seria a junção das particularidades formadoras do todo, permitindo a formação da obra como uma estrutura.
regem uma estrutura, ou seja, um sistema abrangente da sociedade. O espaço é formado de acordo com esse estudo minucioso, manifestando, assim, algo para além da própria obra.
Fig. 1
Figura 1 - Centro de Imprensa e distribuição, Kenzo Tange, Tokyo, 1967.Explora a adaptabilidade da estrutura, permitindo que núcleos sejam adicionados de acordo com a necessidade dos usuários do edifício. explora as particularidades para formar o todo Figura 2 - Museu Guggenheim Bilbao, Frank Gehry, Espanha, 1997.Inserido dentro
de
um
contexto
urbano,
seguindo seus conceitos, integrando ao
sistema
maior
da
sociedade.
remete, de forma ousada, a elementos da cultura local
3
estruturalismo Fig. 1
Fig. 2
produto do design industrial ; uma engenharia elegante . O movimento se
Pro.du.ti.vis.mo Doutrina que considera que o aumento da produção é o principal objetivo da evolução das estruturas sociais, políticas e econômicas
Arquitetura como
caracteriza por edificações com enfoque em estrutu-
As duas concepções do produtivismo se dirigem ao um ponto comum, uma vez que a Arquitetura Produtivista tem como objetivo ser flexível às demandas do mercado contemporâneo tanto no sentido espacial, quanto econômico.
ras abertas e flexíveis no sentido espacial, fachadas refinadas, sistemas estruturais e painéis de vidros . Figura 1 - Renzo Piano, Richard Rogers, Peter Rice, Mike Davies, Su Rogers, Gianfranco Franchini, Centro Georges
Pompidou,
França,
1977.
Estrutura totalmente externa e aparente e interior livre. Figura
2
-
Norman
Foster,
Ken
Shuttleworth, The Gherkin, Londres, 2001. O edifício possui fachada envidraçada e estrutura treliçada aparente.
Fig. 1
produtivismo Fig. 2
4
pós-modernismo questionamento do passado : o modernismo. Essa
Se caracterizou pelo
arquitetura máxima a
tinha
Pós.mo.der.nis.mo Orientação do gosto, própria do último quartel do séc. XX, caracterizada por certa liberdade formal, ecletismo e fantasia, rompendo com o rigor severo do estilo dito moderno.
como
ressignificação dos conceitos aplicados no movimento precedente , de
Assim como o conceito utilizado na Arquitetura, o dicionário também aponta a necessidade do movimento de trazer certa “descontração” aos conceitos modernistas.
maneira que a história e o tradicionalismo não tivessem influência no ciclo de produção/consumo. Complexi-
dade, ambiguidade e Figura 1 - Éolo Maya, Sylvio de Podestá,
Museu
de
Mineralogia
Professor Djalma Guimarães, Brasil, 1992.
Presença
de
elementos
de
diferentes estilos, como, por exemplo, as chapas de aço juntamente com as colunas clássicas e formas Figura 2 - Michael Graves, Humana Building, EUA, 1987. Cada lado do edifício é diferente, mas todos convergem a uma pirâmide inclinada na coberta do mesmo. Fig. 1
5
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 2
neovanguardismo Movimento
N.e.o Termo que indica novo
caracterizado
desejo de se igualar às produções da vanguarda europeia do pré-guerra . Há duas vertentes : uma baseada no purismo e outra no construtivismo russo . A primeira contou pelo
Van.guar.dis.mo Movimento (cultural, político, científico etc) que demonstra teor revolucionário, engajado; que exprime novas ideias e/ou pensamentos. Há convergência nas duas perspectivas visto que o movimento neovanguardista trouxe uma nova abordagem a duas vertentes originais do Modernismo.
com obras dos Five Architects, nos EUA e a segunda com a OMA, no Reino Unido. Figura
1-
Andrew
Totter,
Masseria
Moroseta, Itália, 2016. A edificação apresenta formas puras e sobriedade. Figura 2- Ghery Partners, Fundação Louis
Vuitton,
França,
2014.
Forte
presença do conceito construtivista, o qual
abrange
a
sobreposição
de
malhas, uso de estrutura metálica...
Fig. 1
Fig. 2
6
populismo - Arquitetura do รณbvio - expressรฃo literal
7
racionalismo
- Simetria - uso do vidro - formas geometricas puras
8
estruturalismo
- Obra arquitetônica inserida dentro do contexto no espaço urbano
9
produtivismo - Estrutura exposta - Flexibilidade espacial
10
pรณs-modernismo - Complexidade - Ambiguidade
11
neovanguardismo - Distorção de volumes clássicos - Sobreposição de malhas
12
ismos recifenses Populismo Figura 1 - Capitão Gancho, Setúbal. Presença de uma fachada caracterizada mas com estrutura interna convencional, adapatada para atender ao serviço oferecido.
Racionalismo Figura 2 - Empresarial Alfred Nobel, Paissandu. Presença da pele de vidro, linhas simples, formas geometricas puras, simetria
Fig. 1
13
Fig. 2
ismos recifenses Estruturalismo Figura 1 - Centro de convenções de Recife/Olinda. Presença de formas que se encaixam no contexto, permitindo um encaixe natural ao entorno.
Produtivismo Figura 2 - José Mauro B. Gabriel, Aeroporto Internacional do Recife, Brasil, 1999. Estrutura aparente e interior livre.
Fig. 1
Fig. 2
14
ismos recifenses Pós-modernismo Figura 1 - Edf. Villa Pasárgada, Poço da Panela. O edifício se utiliza da tripartição: entrada na base, aberturas no corpo e frontão como coroamento.
Neovanguardismo
Figura 2 - Caixa Econômica Federal, Av. Agamenon Magalhães. O edifício aparesenta formas puras e sobriedade.
Fig. 1
15
Fig. 2
referências bibliográficas https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/04/04/produtivismo-2/ https://www.dicio.com.br/vanguardismo/ https://www.dicio.com.br/pos-modernismo/ https://www.dicio.com.br/neo/ FRAMPTON, Kenneth. “História Crítica da Arquitetura Moderna” São Paulo: Editora Martins Fontes, 1997. GAY, Peter. "A Cultura de Weimar" Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1978 https://pt.wikipedia.org/wiki/Estruturalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Populismo https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.146/4421
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