Complexo Santo Antônio - AP8

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complexo santo antônio universidade católica de pernambuco | APVIII ana zulmira freire | daniela jucá | gabriela dos anjos | lara vaz


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introdução

estudo de viabilidade

planta de locação e coberta

25

39

42

cortes

fachada

plantas baixas


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introdução


aspectos históricos “Apesar das cerca de 1.500 residências e armazéns construídos no extremo sul do istmo de Olinda, somente no século XVII é que se inicia o processo de ocupação da cidade do Recife.” REYNALDO, 2017, pg.55

O povoamento do bairro do Recife acontece de forma posterior ao de Olinda. Com isso, o bairro possuia pouca extensão, delimitada com 300m de comprimento e 80 metros de largura, que encontrava-se paralela aos arrecifes. O local foi ocupado com uma igreja em seu eixo central, o qual direcionava o traçado urbano com residências dos pescadores que habitavam e trabalhavam no local. (REYNALDO,2017. apud COSTA, 2020) Entretanto, é percebido quea Ilha de Antônio Vaz, como foi denominado, era um espaço de mangue, que continha algumas ilhotas. Naquela época o bairro era composto por poucas residências, alguns armazens e o covento de Santo Antonio. (BÉRINGER; FOURNIÉ, 1942, pg. 200, apud REYNALDO, 2017. apud COSTA,2020). A geografia teve uma forte influência quando trata-se da ocupação do Recife, e foi em 1631 que os povos holandeses ocuparam e fortificaram a cidade do Recife e a Ilha de Antônio Vaz. Foi dessa forma que ocorreu a urbanização dos atuais bairros de São José e Santo Antônio.

Fonte: Foto Fred Jordão

O estudo em questão irá analisar o bairro de Santo Antônio, com maior ênfase na área destacada no mapa apresentado posteriormente, na qual tem-se como a rua principal a Ulhôa Cintra.

Fonte: Recife, 1609: perspectiva do Recife e vila de Olinda. Fonte: REYNALDO, 2017

Fonte: Recife, 1631. Fonte: STUCHI, 2020

Para melhor identificação, faz-se necessário exemplicar que os mapas que serão apresentados e analisados a diante foram tirados do Atlas histórico cartográfico do Recife, de 1988 de José Luiz da Mota Menezes. Promovendo uma análise dos mapas a partir da sobreposição de diversos mapas da época sobre o de 1906/07 de Douglas Fox, 02


aspectos históricos afim de possibilitar a identificação do crescimento da área urbana podendo identificar aterros, surgimentos de ruas, pontes, entre outras intervenções urbanas. (COSTA,2020) A fortificação do Recife ocorreu através de uma muralha que delimitou toda área portuária. Entretanto o processo em Antônio Vaz foi um sistema aberto de muralhas e dois fortes, Ernefta, resultado da transformação do convento de Santo Antônio, e Fredrik Henrici, relativo ao forte das cinco pontas, porém sua localização atual não é a mesma. (COSTA,2020) É possível observar no Mapa(1639) editado, a ocupação da Cidade Maurícia, seguindo o Plano Urbanístico de Pieter Post. É percebido novas áreas com uso habitacionais, uso comercial e de serviço. Também é notório que a ocupação territorial e a extensão do mesmo foram realizada através de aterros, outro aspecto foi a construção da primeira ponte da cidade que conectava a península do Recife e a ilha de Antônio Vaz.

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Fonte: Recife, 1639: Mapa da Cidade Maurícia: Recife e Olinda. Alterado por: autoras.

Fonte: Google Earth. Disponível em: googleearth.com. Acesso em: 20 setembro 2021. Alterado por: Autoras.

Fonte: Recife, 1906: Mapa da Cidade do Recife. Douglas Fox. Alterado por: autoras.

Ao observar o mapa de 1906, feito por Douglas Fox, revela o traçado urbano mais estabelecido dos bairros de Santo Antônio e São José. A área em sua extensão é bastante parecida com a que podemos visualizar nos dias de hoje, com o mapa que será demonstrado posteriormente. Outra consolidação ocorreu com os aterros. Nesse tempo é percebido um equilíbrio entre a densidade demográfica e a estrutura das ruas e edificações promovendo uma paisagem urbana mais sólida. (COSTA,2020)

Após alguns anos, entretanto na mesma época, especificamente nos anos 1920, os bairros começam o processo de deterioração, com a diminuição do uso residencial e a consolidação dos usos comercial e de serviço. Especialmente no bairro de Santo Antônio, área na qual localiza-se a área de estudo, é notório uma diversidade de atividades com comércio, serviços, lazer e político-administrativo. (COSTA,2020).


aspectos históricos Outro aspecto a ser observado são os elementos preserváveis que dominam a área de estudo. Como pode ser observado no mapa de preservação, a Rua Ulhôa Cintra contém uma diversidade de edifícios, entre eles: imóveis que foram demolidos, não identificados, substituídos e modificados.

Possuindo como base a análise proposta pelo Plano Centro Cidadão (2014), possibilita a verificação de imóveis preservados. Ao compatibilizar o mapa de preservação com o gráfico, pode ser obervado o número total de edificações selecionadas dentro da área de estudo, estando em um total de 75 (100%) dos imóveis estudados em questão, no qual apenas 19% dos imóveis nessa área são preservados. 20% 3%

17%

19% 11% 7%

19%

N

3% 3%

MAPA DE PRESERVAÇÃO ESCALA 1:2000

50 100

PRESERVADOS

NOVOS

PRAÇAS

MODIFICADOS

DEMOLIDOS

DESCARACTERIZADOS

SUBSTITUÍDOS

NÃO IDENTIFICADO

NÃO SE APLICA

2000m

PRESERVADO DESCARACTERIZADO PRAÇAS MODIFICADO IMÓVEL NOVO DEMOLIDO SUBSTITUÍDO

NÃO IDENTIFICADO NÃO SE APLICA

Fonte: Vasconcellos, M.C.J. COSTA, Y.N.P. Imóveis ociosos em Santo Antônio: o que está por trás dos números? Pesquisa de Iniciação Científica 2020/2021, Recife. Alterado por: Autoras.

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morfologia A palavra morfo tipologia pode ser conceitualiza de diferentes formas dentro do âmbito da arquitetura e do urbanismo. Sendo uma dessas conceitualizações como um objeto teórico que reúne em si as características elementares de certo elemento morfológico do espaço urbano. (CORREA, 2001). A morfologia quanto as edificações foram definidas por Philippe Panerai como uma tipologia analítica, que tinha como ponto de partida as plantas e fachadas dos edifícios, revelando-se os esquemas básicos que as organizavam. (PANERAI,1999).

tradições, culturas e a notoriedade da passagem de tempo de um território qualquer, é notório a importância do entendimento do tipo quanto estuda-se a paisagem de um local. No processo de mapeamento dos tipos arquitetônicos encontrados na área de estudo geral observa-se uma grande diversidade tipológica. No que tange a a área de estudo, é identificado a presença, em maior porcentagem, de "pilotis", " casa de porta e janela", "sobrado" e "casa sem recuo lateral".

A partir desse esquema e do entendimento no qual a paisagem consolida-seomo o reflexo de N

MAPA DE TIPOLOGIAS ESCALA 1:2000

50 100

Casa de Porta e Janela

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Casa sem recuo Lateral

Sobrado

Edifício com pilotis

2000m

PALACETE PRAÇAS CASARÃO EDF. S/ PÓDIO E SOLTO NO LOTE EDF. S/ PÓDIO E C/ RECUO EDF. S/ PÓDIO E SEM RECUO OUTROS

CASA DE PORTA E JANELA VAZIOS EDIFÍCIO COM GALERIA TEMPLO SOBRADO PILOTIS


usos A diversidade está associada com a varieda�de de usos presente nas cidades, estabele�cendo uma cultura rica e com possibilidades de escolhas dentre as atrações urbanas. Para que exista uma cidade viva e movimentada, é necessário que haja equilíbrio entre os usos residenciais e as demais atividades de usos existentes, uma vez que quanto maior o número de habitantes locais e atividades urbanas, mais diverso e amplo será a adesão dos tipos de usuários com as atua�ções complementares. A área que está sendo analisada reúne cerca de 12 tipos diferentes de usos, sendo sua maioria de serviço (38%), sem uso (21,1%) e comercial (11,2%), porém não dispõe de nenhum

lote que se configure residencial. Além disso, é importante atentar-se ao percentual de 21,1% que configura os lotes sem uso definido e que poderiam ser atri� buídos a outras atividades urbanas, tais como habitações uni ou multifamiliares ou� distribuir outras funcionalidades, o que promoveria maior diversidade no local e pluralidade na cidade em geral. Diante do exposto, a proposta de intervenção tem como principal objetivo oferecer um novo uso aos lotes sem uso definido bem como incluir o uso habitacional no trecho que se mostra inexistente, afim de promover um início de multimodalidade de usos no local.

N

MAPA DE USOS ESCALA 1:2000

50 100

Rua Siqueira Campos. Fonte: Google Street View

Rua Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

2000m

PRAÇAS

ESTACIONAMENTO - 5.6%

INSTITUCIONAL - 8.4%

CULTURAL - 1.4%

SERVIÇO - 38%

ARMAZENAMENTO- 2.8%

ORGANIZAÇÃO SOCIAL - 1.4%

COMERCIAL - 11.2%

SEM USO - 21.1%

NÃO IDENTIFICADO- 1.4%

EDUCACIONAL - 1.4%

RELIGIOSO - 1.4%

COMERCIAL + SERVIÇO - 2.8% Fonte: Vasconcellos, M.C.J. COSTA, Y.N.P. Imóveis ociosos em Santo Antônio: o que está por trás dos números? Pesquisa de Iniciação Científica 2020/2021, Recife. Alterado pelas autoras do trabalho.

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usos específicos 2 3

4 6

7

7

8

9

1 7

11 10 7 7 7

5

7

7 7 13

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N

M A PA D E U S O S ES C. : 1 : 2 5 0 SERVIÇO

RESIDENCIAL - USO MISTO

1. Procuradoria Geral do estado 2. Garagem do Sol 3. Edifício Douro 4. Legal Park 5. Sindicato dos Técnicos Industriais de Pernambuco 6. Casa Franco Ferreira

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COMÉRCIO

8. Área de atuação AP8 - futura edificação de uso misto 9. Grafescolar 10. Padaria Pan Shop 11. Pagode do Didi 12. Panificadora Monarca 13. Gallato’s


fluxos Os fluxos de uma área podem ser caracterizados através de aspectos como sentido das vias, padrões de circulação e graus de multimodalidade das mesmas e a variedade de usos da região. Segundo Jan Gehl, para que essa movimentação promova uma cidade viva, são necessárias rotas diretas, lógicas e compactas, pequenos espaços, hierarquia urbana e um deslocamento mais lento. É necessário oferecer aos cidadãos trechos convidativos para caminhar e pedalar, promovendo assim a ascensão do tráfego lento e, consequentemente, melhorar a experiência de viver na cidade. Por meio de uma análise nos trânsitos veiculares e levando em consideração os fatores já citados, é possível observar que na área de intervenção, grande parte dos fluxos existentes é leve. Sendo assim, há a possibilidade de promover a implantação de espaços adequados tanto para pedestres, quanto para ciclistas. Essa inclusão de modais pode ser feita através de de espaços de contemplação, bancos e ciclovias tendo em vista que, nesta região, os automóveis particulares podem ser considerados o foco. É pertinente mencionar, também, a importância da diversidade de usos, visto que uma grande parcela dessa região fica deserta durante boa parte do fim de semana e no turno da noite nos dias úteis, diminuindo assim, o fluxo de pessoas no geral. Essa questão da diminuição do movimento em certos horários se deve ao fato de que há uma ausência de lotes residenciais e espaços públicos que não funcionam fora dos horários comerciais, o que afeta diretamente o equilíbrio entre os usos e a diminuição de atividades.

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N

MAPA DE FLUXOS NA ÁREA DE INTERVENÇÃO ESCALA 1:250 0 50 100

250m

VIA PEDESTRIANIZADA

FLUXO LEVE

VIA DE EIXO MICROLOCAL

FLUXO MODERADO

VIA DE EIXO LOCAL

FLUXO INTENSO

VIA DE EIXO URBANO

CICLOVIA


aspectos legislativos O bairro de Santo Antônio consiste numa área de 81,00 hectáres² de extensão, entretanto possui apenas 285 habitantes, devido a um porcesso de esvaziamento do centro da cidade ocorrido nas últimas décadas, que gerou uma desvalorização das áreas centrais e um êxodo habitacional para as áreas circunvizinhas. No recorte da área a ser analisada e interferida podem ser identificados zoneamentos ZEDE-CP (Zonas Especiais de Dinamização Econômica) que se mostra bastante latente com a presença de importantes polos comerciais como a Rua Dantas Barreto, por exemplo; ZEPH SPR e SPA (Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural) devido ao conjunto histórico em que está situado como um todo; UNC (Unidades de Conservação da Natureza) evidentemente marcada pela mata ciliar do Rio Capibaribe que margeia o mbairro em sua totalidade e SSA-2. Diante disso, pode-se concluir a efetva importância do trecho em questãp da sua representatividade da memória arquitetônica, paisagística e urbanística para com a cidade, bem como vários outros fatores, cujo a manutenção, requalificação e preservação é necessário para o mantimento do patrimônio. Uma ZEPH é dividida em duas zonas, SPA e SPR. De forma geral, a SPA tem planos específicos para cada lugar, entretanto a SPA do local não apresenta um plano específico, para tanto se utiliza a regra geral. Segyndo o Novo Plano Diretor de 2021. edificações para áreas de patrimônio devem ser consonantes com a feição do lugar, e apesar de estabelecer parâmetros para ZDS Centro, ainda não foi editada a Lei do Uso do Solo e Ocupação (LUOS), sendo assim, não se pode, até este momento, levá-los em consideração. Salienta-se ainda, que a aplicação do coeficiente 5,0 seria incompatível com a feição da área de estudo.

Diante do exposto, conclui-se que, de forma projetual, serão adotados os seguintes parâmetros: ZEPH - 10 (SANTO ANTÔNIO) Coeficiente de utilização = 2,0 mais adequado (não há outras referências para o coeficiente maior de 5,0). Os afastamentos, alinhamentos e ocupação serão definidos de acordo com a metodologia de Nivaldo de Andrade (consonância e dissonância e seus 6 elementos).

N

IEP da Rua Ulhôa Cintra Fonte: Google Street View

MAPA DE LEGISLAÇÃO ESCALA 1:2000 50

100

2000m

ESCALA 1:2000

LEGENDA ZEDE - CP ZEPH - SRP ZEPH - SPA UNC SSA 2

Entorno imediato da área de estudo Fonte: Google Earth

Fonte: Vasconcellos, M.C.J. COSTA, Y.N.P. Imóveis ociosos em Santo Antônio: o que está por trás dos números? Pesquisa de Iniciação Científica 2020/2021, Recife. Alterado pelas autoras.

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estudo de viabilidade


metodologia O trabalho aqui desenvolvido tem como objetivo a implantação de um edifício de uso misto em um contexto urbano formado de diversas preexistências, de modo que todo o valor histórico seja preservado e valorizado pelo novo projeto. Como base para formação do conceito, foi utilizada a metodologia descrita por Nivaldo de Andrade Júnior (2006). Em Metamorfose Arquitetônica (2006), Nivaldo aborda detalhadamente a inserção de uma nova arquitetura, dentro de um contexto preexistente, partindo da determinação de 6 tópicos importantes levados em conta na análise, podendo estes estarem em consonância ou dissonância com o meio inserido. Dentre os tópicos citados, analisados posteriormente de forma mais detalhada, temos: Implantação, Volumetria, Escala, Densidade e massa, Ritmo e Cores e Texturas.

implantação 1. 1.implantação

volumetria cores e texturas

dissonância

metamorfose arquitetônica implantação consonância escala densidade e massa

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ritmo

2. volumetria

Para Nivaldo, a implantação diz respeito a como a intervenção está posicionada no lote, seja ela apenas uma ampliação de algo ja existente ou algo iniciado do zero. Para que ocorra a consonância do entorno é preciso que esteja seguindo a mesma leitura urbana do local. Como Nivaldo cita através de exemplos, caso existisse na rua edificações alinhadas por suas fachadas, todas lado a lado, para haver consonância a nova edificação deveria seguir um padrão guiado por recuos frontais e laterais nulos. Caso contrário, haveria uma dissonância no aspecto em questão.

Quando falamos em volumetria, estamos nos referindo a forma morfológica da obra. Para Nivaldo (2006), este é um dos aspectos mais importantes da análise. A intervenção será consonante caso a mesma escolha seguir com características volumétricas semelhantes ao entorno preexistente. Por outro lado, será dissonante caso saia do padrão abordado, por exemplo, seguindo padrões de forma circulares e cilíndricas em um meio de forma regulares. É válido lembrar que este tópico tange o que diz respeito unicamente a volumetria, então em uma intervenção, caso siga os mesmo padrões morfológicos, permanecerá consonante volumetricamente falando mesmo que siga características distintas de cores e texturas.

1. Implantação


3. escala

4. ritmo

A escala diz respeito à relação entre as dimensões da nova arquitetura e aquelas da preexistência na qual a intervenção ocorre (ANDRADE, 2006). Levando em conta novas obras ou apenas ampliações de edificações preexistentes, para que haja consonância é preciso que as medidas de altura sejam, ao menos, aproximadas das que já existem, não havendo, necessariamente, que ser a mesma. Entretando, é válido salientar que caso ocorra uma discrepância maior das partes, a obra arquitetônica em questão seja considerada dissonante neste aspecto. O ritmo de se encontra nas repetições de variados elementos presentes na interface da edificação. Pode ser analisado por uma estrutura aparente, as aberturas, os tamanhos das fachadas, elementos de decoração e etc. Neste aspectos, pode haver apenas uma reprodução abstrata de algum dos elementos citados que já será suficiente para ser conisderado consonante. Neste caso, ocorreria uma dissonância, por exemplo, se o entorno segue com aberturas predominantemente verticais e na nova edificação são colocadas aberturas com linhas horizontais, perdendo a conexão com o contexto inserido.

5. densidade e massa

6. cores e texturas

Diz respeito ao peso aparente que o objeto transmite ter. Muitas vezes é vinculado ao volume pois interfere nas sensações causadas ao observá-lo, dependendo do material utilizado. Fica clara esta explicação quando imaginamos um cubo feito de concreto e um outro feito de vidro, ambos transmitem sensações diferentes em relação ao seu peso. Logo, dizemos que a obra será consonante quando seguir os mesmo padrões adotados no entorno, no que tange a forma como o volume daquele material foi constituído. Se estivermos em um ambiente onde a presença de uma arquitetura com técnicas construtivas tradicionais (uso de pedras, e concreto, por exemplo) se mostra predominante, é de se esperar que se apliquem técnicas parecidas para alcançar a consonância. Se, por ventura, forem utilizadas técnicas mais modernas, como o uso do vidro, neste caso, seria observada a dissonância entre as partes.

O 6º aspecto aqui citado, pode estar muito relacionado ao aspectos de densidade e massa, pois é nele que são avaliados os tipos de materiais utilizados em superfícies-limite da obra arquitetônica. Dessa forma, em sua avaliação de consonância e dissonância, percebe-se uma semelhança à análise de densidade e massa. Se um entorno seguir um padrão arquitetônico tradicional com cores neutras, para que haja consonância, a nova edificação deve buscar tons de cor parecidos e materiais que se assemelham aos já utilizados. Caso contrário, se forem escolhidos materiais mais modernos e/ou cores mais vibrantes este objeto se distancia do padrão consonante e passa a adquirir uma caráter dissonante.

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programa De posse das informações já expostas anteriormente, e tendo como objetivo principal de promover bons itens projetuais para o benefício da cidade. O programa da intervenção tem como prioridade o uso habitacional, bem como o mantimento de área verde no interior do edifício como forma de garantir a eficiência energética e ambiental para a cidade.

programa Seguindo todos os parâmetros necessários de legislação, bem como de implântação guiados pelos conceitos de Nivaldo de Andrade no que diz repeito à fachada e implantação, chega-se a um programa baseado nos setores de habitação, comércio e serviço como formas atrativas para os usuários

lojas livraria

área verde

pré-dimensionamento área do terreno área verde (20%)

380m²

café memorial

lofts área de convivência

lixo gás

LEGENDA COMERCIAL

70m²

SERVIÇO/LAZER ÁREA VERDE

área da lâmina

310m² x 3 pav.

área da lâmina

930m²

diagrama de usos

edf. de uso misto setor

metragem

comercial

150m²

serviço

150m²

habitacional

650m²

CIRCULAÇÃO ÁREA RESIDENCIAL ÁREA COMERCIAL

total = 930m²

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ÁREA VERDE

INFRAESTRUTURA HABITACIONAL


implantação Quando se fala de implantação na arquitetura, entende-se como a forma que a edificação foi posicionada no terreno, podendo acontecer de diversas maneiras e ser influenciada por múltiplos fatores como aspectos da ventilação, iluminação e a própria legislação. A área analisada contempla o bairro de Santo Antônio, de onde foram retiradas as principais tipologias, são elas: recuo nulo (1), recuo posterior (2), pátio (3), recuo frontal (4), solto no lote (5). É válido ressaltar que, dentre as tipologias citadas, conforme mudam-se os terrenos, podem ocorrer algumas mudanças morfológicas, ainda que siga o mesmo padrão definido. Outro ponto a ser citado é que, por se tratar de uma área histórica, muitas das edificações foram construídas com base em legislações que nem sempre seguem os mesmos parâmetros, além de considerar que, durante o tempo, sofreram alterações em sua forma a fim de atender às necessidades que foram surgindo, deixando de seguir tais parâmentos legais pre-estabelecidos. Sendo assim, entende-se que a tipologia predominante é àquela de recuos nulos. A forma de ocupação se destaca nos arredores do terreno de intervenção, localizado na Rua Ulhôa Cintra, o que levaria a

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seguir o mesmo modelo de implantação pois seria uma das formas de manter a consonância com o entorno. Entretanto, outros aspectos foram escolhidos a serem priorizados. O fato de ter recuos nulos, por já existirem edificações no entorno, impediria a presença de boa iluminação e ventilação na proposta, mostrada com mais detalhes posteriormente. Dessa forma, foi escolhido seguir a consonância com o entorno através do modelo PÁTIO, por viabilizar melhores condições para construção, criando, consequentemente áreas de convivência e permitindo a entrada de ar e iluminação. Estas contemplações serão alcançadas através da implantação de dois blocos para acomodar o programa. O primeiro com recuo nulo frontal, seguido do pátio de convivência. Já o segundo se encontra de forma mais recuada no terreno porém ainda respeitando um afastamento posterior, gerando, assim, o segundo pátio de convivência no fundo do terreno. Por fim, é válido ressaltar que, para evitar dissonância com o entorno, foi escolhido seguir com recuos laterais nulos, permitindo um diálogo de forma consonante da nova proposta com as demais edificações já existentes.

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N

LEGENDA 1. RECUO NULO 2. RECUO POSTERIOR

MAPA DE TIPOLOGIAS E IMPLANTAÇÕES

4. RECUO FRONTAL

ESCALA 1:2000 0 50 100

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3. PÁTIO

2000m

5. SOLTO NO LOTE VAZIO


volume A forma geral ou, o que se conhece por morfologia da obra arquitetônica, corresponde a volumetria, sendo ela, uma das particularidades mais importantes na definição visual da obra. Para ser considerada uma arquitetura volumetricamente consonante com o entorno é necessário que a volumetria seja harmoniosa com as que existem. (JUNIOR,06) As tipologias arquitetônicas predominantes em um local criam uma coerência visual permitindo ao lugar a capacidade de ser reconhecido ou identificado de acordo com a presença de alguma característica predominante. Na área geral de estudo foram encontrados algumas tipologias predominantes como

Casa de Porta e Janela

Sobrado

De acordo com o estudo realizado, é decido fazer o uso das volumetrias préexistente, e ao intervir em uma área histórica da Cidade gerar uma volumetria consonante com o seu entorno, permitindo a continuidade da identidade do local e da Capital Pernambucana por inteiro. É visível as distintas morfologias que formam a área de estudo e como a evolução da forma de ocupação afeta o

A predominância de casas sem recuo lateral, casas de porta e janela, sobrados e edifícios com pilotis. Outro fator a ser observado é o fato da repetição do uso de telhado de duas águas, entretanto, camuflados por platimbanda, promovendo assim uma percepção de laje plana e consonância aos usuários do que frequentam a área. O local apresenta uma identidade diversificada, na qual permeia edifícios históricos à edificíos modernos, entretanto a análise do sítio se mostra consonante em sua maioria pois além da análise científica, é necessário levar em consideração a memória e as sensações que o sítio promove. Um exemplo é a Avenida Dantas Barreto, pode-se perceber a predominância de tipologias arquitetônicas similares promovendo uma consonância.

Casa sem recuo Lateral

Edifício com pilotis

a tipologia sobrado para a área, ocupando o terreno de forma total, sem recuos, tendo em vista o encontro desse tipo de volume de forma repetitiva no local. Entetanto, de forma a promover uma ventilação cruzada, é proposto dois recuos, um recuo na área dos fundos do lote, e um lateral. Outro ponto consonante foi a forma dos telhados que foi escolhido repetir na proposta projetual, entretanto utilizando-

Promovendo assim a memória coletiva dos transeuntes que circulam no local para que a nova construção seja aceita de forma a vir fazer parte da vida desse ponto da Cidade.

Diagrama da forma

Compor A tipologia sobrado possui várias características distintas, tais como o telhado de duas águas com grandes empenas e pé direito duplo, sendo permitido ocupar toda extensão de um lote ou deixar um pequeno quintal nos fundos, anulando todos os seus recuos gerando uma fachada no limite da calçada, permitindo assim uma maior permeablidade e a relação direta com os transeuntes que passam pela calçada. Mesmo sendo escolhida uma tipologia histórica, para que a mesma consiga responder de forma mais adequada as necessidades encontradas foi decidido manter o quintal e promover um respiro com um pátio lateral e dos fundos.

Escalar

Permear

Essa releitura foi composta das caracteriscas encontradas na área de estudo, tais como manter a fachada na linha limite do terreno, sem recuos, também a decisão da escolha do recuo dos fundos gerando assim um quintal. Quanto a coberta foi decido manter a o telhado já que é um elemento que se repete na Rua Uchôa Cintra. Entretanto, essa coberta foi proposta com outro tipo de materialidade promovendo um volume mais contemporâneo. Outra estratégia do projeto foi a abertura de pátios ao longo do edifício para que promovesse uma melhor ventilação das partes que o constituem, estimulando sempre a ventilação cruzada e a entrada direta de luz solar nos ambientes

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ritmo O ritmo da área é bastante fracionado, sendo as fachadas situadas de forma no qual seus cheios e vazios se colocam em intermitência, tornando assim planos descontínuos. Diante dessa consideração, pode-se concluir que, o ritmo das fachadas é dissonante tendo em vista que as aberturas estão dispostas nas fachadas sem lógica aparente. Entretanto, as esquadrias são retangulares e estruturam os vãos o que se faz bem presente e assim, constitui uma característica comum ao entorno. Além disso, após a identificação e o estudo do skyline da área, é importante ressaltar que as fachadas no sentido horizontal representam um ritmo de equicidade quase que constante tanto em altura quanto em distância.

legenda: Fachadas rua Ulhoa Cintra Fonte: Google Street View

Tais fatos, depois de analisados e interpretados, levam a intervenção a um modelo que repeitem as pré-existências e entrem em consonância com o entorno ,seguido os preceitos de Nivaldo de Andrade. Logo, a proposta tem como principal característica, manter a constância das "linhas" horizontais das edificações vizinhas bem como repeitar o ritimo fracionado das esquadrias retangulares.

SKYLINE TRECHO A - R. Ulhôa Cintra

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legenda: Fachadas rua Ulhoa Cintra Fonte: Google Street View


escala A relação dimensional da nova arquitetura inserida no meio com as préexistentes é o que caracteriza-se como escala. Para ser considerada uma arquitetura consonante com a préexistência a nova arquitetura deve possuir dimensões gerais correspondentes às existentes no entorno. (JUNIOR,06) A análise do skyline é possível a identificação da percepção da área de estudo sendo bastante importante ao abordar a permeabilidade do local - cheios e vazios das fachadas e para melhor compreensão da relação do gabarito da área em questão. No que tange a relação de gabarito no local, é percebido uma grande variedade. Alguns edifícios excedem o gabarito existente, como é o caso do edifício JK (antiga sede do INSS), localizado na Dantas Barreto que possui 19 pavimentos.

Entretanto, como é percebido um entorno bastante diverso, foi proposto uma coberta com uma altura superior de forma mínima as encontradas na rua Ulhôa Cintra. Porém, consonante com o entorno no geral. É percebido também a colocação posterior de marquises, promovendo aos pedestres uma maior sensação de conforto tanto em relação ao gabarito quanto em relação a proteção solar. Nesse caso, é prospoto na nova edificação alturas consonantes com essas delimitações já existentes no local. No que se refere a dimensão horizontal, foi proposto uma escala consonante com o entorno, respeitanto as dimensões horizontais da fachadas

Relação do Gabarito na Rua Ulhôa Cintra

É necessário ressaltar que a quadra estudada acompanha predominantemente a altura do Edifício Douro. Sendo, essa altura incorporada pelo edifício garagem que possui uma presença dominante na quadra. O gabarito que mais se repete na área é o térreo + 02 pavimentos, principalmente na Rua Ulhôa Cintra. Sendo assim, é proposto inserir uma edificação com o gabarito térreo + 02 pavimentos, promovendo um objeto arquitetônico consonante com o entorno.

Vista do observador ao percorrer a fachada frontal do edfício na Rua Ulhôa Cintra.

Relação do Gabarito na Rua Ulhôa Cintra

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escala Utilização do eixo G como gabarito máximo, entretanto respeitando os eixos A, B e C ao escalar a proposta projetual.

EIXO EIXO EIXO EIXO

G A B C

SKYLINE TRECHO A - R. Ulhôa Cintra

EIXO D

EIXO E EIXO F

SKYLINE TRECHO B - R. Ulhôa Cintra

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densidade A análise de densidade e massa feito na área de estudo é compreendido por aspectos presentes na fachada, isto significa que serão analisadas as interfaces das edificações existentes, compreendendo a proporção da área de aberturas, buscando entender o “peso aparente” de uma arquitetura preexistente. A análise será feita com base no skyline retirado da Rua Ulhôa Cintra, criando-se um diagrama de cheios e vazios da fachada dos edifícios. É válido ressaltar que, neste tópico, pode ocorrer influência do tipo de material usado nas edificações do entorno, por isso, como base para o estudo, entende-se que grande parte do que já existe na região foi construído em concreto, trazendo um aspecto mais denso às obras. Este primeiro ponto pode, ou não, ser amenizado pela quantidade de aberturas na fachada. Partindo para o skyline, pode-se observar que existem trechos onde grande parte das fachadas são tomadas por aberturas e em outros tem-se poucas aberturas em menores dimensões. Isso porque a área comporta construções de diversas épocas, onde a arquitetura foi mudando e a forma de intervir em fachadas se mostrou diferente. Ainda dentro do âmbito abordado acima, a fim de facilitar o entendimento das proporções entre parte, foram analisadas as percentagens de aberturas nos trechos determinados. No trecho A, tem-se uma área total de 886,48m², sendo 303,94m² (34,38%) de aberturas e 582,54m² (

65,71%) de fachada com a permeabilidade reduzida. O trecho B, por sua vez, apresenta um total em área de 1498,86m², sendo 577,72m² (38,54%) de aberturas e o restante de 921,14m² (61,45%) de fachada com a permeabilidade reduzida. De modo geral, analisando as duas partes pode-se perceber uma grande quantidade de áreas de menos permeabilidade mas, quando caminha-se o local a sensação é diferente dos dados, devido a presença de grande parte das aberturas ainda no térreo, pela presença do comércio, gerando a sensação de ser mais permeável. Para que fosse possível atingir uma consonância com o entorno, buscou-se um equilíbrio entre o que já existe e o necessário para atender às condições ideias de ventilação e iluminação na futura edificação. Sendo assim, serão abertas janelas nos dois pavimentos superiores onde se localizam os stúdios da área residencial, seguindo dimensões esperadas para o local, além de um ritmo que se adeque ao entorno. Já no pavimento térreo, buscaram-se elementos que fossem mais leves que o concreto, trazendo um maior conforto para o transeunte que passasse em frente a obra, mas que ainda seguisse o mesmo padrão de fachada para área.

Edf. Douro, 122. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

Comércio. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

Estacionamento. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

Comércio. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

Estacionamento. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

Edifício. R. Ulhôa Cintra. Fonte: Google Street View

aberturas 34,28%

aberturas 38,54%

não permeável 65,71% trecho A

não permeável 61,45% trecho B

SKYLINE TRECHO A - R. Ulhôa Cintra

SKYLINE TRECHO B - R. Ulhôa Cintra

19


cor e textura O aspecto de cor e textura faz referência aos materiais utilizados nas fachadas das edificações e é através dessas características que podemos entender seu caráter, suas divisões e enfatizar sua forma e materialidade. É importante ressaltar que novas edificações podem ser similares às preexistentes em outros aspectos, mas a cor e a textura são essenciais para trazer a consonância entre as massas. Na área de estudo, há a predominância de edificações as quais suas

fachadas são apenas pintadas, sem uma textura em particular, mas não possuem necessariamente uma harmonia nas cores utilizadas. Além de diferentes cores, alguns edifícios possuem suas fachadas de concreto, com azulejos, tijolo aparente ou com diferentes materialidades combinadas. Dessa forma, fica claro que para contribuir com a continuidade e consonância entre a nova e antiga arquitetura, a solução mais adequada é aderir à fachada tratada apenas com cor e de tonalidade similar a alguma edificação da área.

proposta de intervenção

SKYLINE TRECHO A - R. Ulhôa Cintra

20

SKYLINE TRECHO B - R. Ulhôa Cintra


3

planta de situação e coberta


ÁREA VERDE

ÁREA VERDE

i=40%

laje impermeabilizada

i=50%

PLANTA DE SITUAÇÃO E COBERTA ESC.: 1:150

22


Vista do observador voltada para o Complexo Santo Antônio

23


Vista aérea do Complexo Santo Antônio

24


4

plantas baixas


A

ÁREA VERDE

ÁREA VERDE

CAFÉ

CENTRAL DE LIXO, GÁS E MEDIDORES

PÁTIO CENTRAL

LOJA

LOJA

ACESSO RESIDENCIAL

LOJA

CIRCULAÇÃO LOJAS

LOJA

LOJA

LOJA

A

PLANTA BAIXA - TÉRREO ESC.: 1:150

26


Vista interna do observador na área de passagem do Complexo Santo Antônio

27


Vista interna do observador na área de convivência do Complexo Santo Antônio

28


Vista interna do observador na área de convivência do Complexo Santo Antônio

29


Vista interna do observador na área do café.

30


Vista interna do observador na área do café.

31


Vista interna do observador na área do café.

32


PÁTIO CENTRAL

PLANTA BAIXA - 1º PAVIMENTO ESC.: 1:150

33


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

proj. mezanino

proj. mezanino

proj. mezanino

PÁTIO CENTRAL

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

proj. mezanino

proj. mezanino

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO ESC.: 1:150

34

proj. mezanino

proj. mezanino

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

reservatório superior

PÁTIO CENTRAL casa de máquina

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

PLANTA BAIXA - 2º PAVIMENTO MEZANINO ESC.: 1:150

35


Vista interna do residencial Edifício Santo Antônio

36


Vista interna do residencial Edifício Santo Antônio

37


Vista interna do mezanino no Edifício Santo Antônio

38


5

cortes


+8.85

+8.85

+6.00

+6.00

+3.15

+3.15

00.00

CORTE AA’ ESC.: 1:75

40


+6.00

+3.15

00.00

CORTE BB’ ESC.: 1:75

41


6

fachada


FACHADA FRONTAL ESC.: 1:100

43


Vista do observador colocado em frete ao Complexo Santo Antônio

44


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