80-x 80-x
trabalho desenvolvido pelas alunas Daniela Jucá e Lara Vaz
profª Ana Luisa Rolim I Arquitetura Contemporanêa I UNICAP
editorial
Nes ta edição, o es tudo é b a s e a d o no livr o de Jos ep Mar ia M o nta ne r “Mus eus par a o s éc. XXI”, b us c a nd o explor ar os tipos de m us eu c l a s s i fi cados pelo autor , a par tir d e e xe m plos exis tentes no m undo e a i nd a atr avés de uma pr opos ta p a ra s e r ins er ida em R ecife, us ando o s c o nceitos abor dados .
sumário Tipos de museu ................................................................................1 museu como organismo extraordinário....................................1 museu container ou polifuncional............................................. 1 museu minimalista....................................................................... 2 museu-museu............................................................................... 2 museu colagem........................................................................... 3 museu voltado para si mesmo................................................... 3 antimuseu..................................................................................... 4 formas de desmaterialização.................................................... 4 Museu na história............................................................................. 5 Beirut museum of art........................................................................ 7 Intervenção: museu temporário no bairro do Recife...................11 Referências bibliográficas...............................................................12
tipos de museu museu como organismo extraordinário. Inserido em um contexto consolidado, gerando impacto no meio, se transformando em um elemento artístico impactante. Quebra uma possível monotonia do entorno
museu container ou polifuncional e neutra, aperfeiçoável e repetível. Faz uso da planta livre, luz natural, neutralidade e tem a ausência de medição entre espaço e obra
1
fig. 1- Frank lloyd Wright, museu Guggenheim, Nova York, 1959
fig. 2- Diller Scofidio, The Broad Museum, Los Angeles, 2015
museu – museu Configuração do espaço baseado nos critérios de analise tipológica. Ênfase na própria disciplina arquitetônica. Tem a presença de extratos arqueológicos e históricos a espera de serem interpretados sobre uma fig. 1- Rafael Moneo, Museu do Prado,
nova ordem tipológica
Madrid, 1996
fig. 2- I.M.Pei, Louvre, Paris, 1989
museu minimalista Recria formas essenciais, faz uso de recursos tecnológicos, força do minimal art. Ele é o que você vê. Relação estreita com o mecanismo de museugrafia simples
2
Traz em sua forma uma estética
museu voltado para si mesmo
didática e divertida que tende a
Como o próprio nome diz, essa cate-
engajar o usuário, além de reforçar
goria se encontra em algo mais inti-
a imagem urbana. O Museu é uma
mista que não se mostra exteriormen-
colagem de fragmentos a fim de
te. Gira em torno de composição dos
compatibilizar a diversidade para
espaços, sendo um meio termo entre
facilitar o consumo de formas des-
a forma tipológica e o de forma orgâ-
conexas que perderam suas raízes.
nica.
museu colagem
fig. 1- Christian de Portzamparc, Museu Hergé, Bélgica, 2009
3
fig. 2- Zaha hadid, MAXXI Museum, Itália, 2099
antimuseu
formas de desmaterialização
É uma criação da contemporanei-
Tem influencia da arte suprematista,
dade,
se dilui no entorno, apesar da desma-
sem
preocupações
em
aparecer, a ponto de se dissolver
terialização,
no meio, negando soluções clássi-
também por ligar dois espaços: inte-
cas para a estética de um museu
fig. 1- MoMa PS1,Nova York, 1971
que
é
responsável rior e exterior
fig. 2- SO-IL,Manetti Shrem Museum, Califórnia, 2016
4
museu na história segundo milênio a.C: Mesopotâmia copia escritos antigos para educar os jovens - ideia de reviver o passado
Antiguidade: surge como consequência do colecionismo
séc XVIII: arqueologia, estética e restauração de monumentos cultura se define sempre em contato com a evolução do fenômeno séc XIX: surge a profissão de curador, edificações construi´das para serem museus; função mais informativa; organização interior mais complexa
contemporâneo: ponto de encontro e de difusão da história; serviços ampliados "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade". - Internacional Council of Museums (ICOM , 2001) 5
Idade Média: noção de museu desaparece mas o colecionismo permance - acumulo de objetos cristãoes em catedrais e mosteiros 3
gabinete de curiosidades: surge com as grandes navegações, na Europa - coleções heterogêneas que buscavam expor vários tipos e objetos e temas. Seguia um conceito elistista. Renascimento: consolidação do humanismo - permanência do coleciosnimo com um clima de competição entre nobres para ver quem tinha a melhor coleção no Brasil: o primeiro museu surge com uma coleção privada de Mauriciode Nassau, no Palácio de Friburgo, em Recife 6
O museu se localiza no Beirute, Líbano.
A localização do BeMA na cidade é de
O projeto foi concebido pelos arquitetos
extrema importância, pois é onde houve
das WORKac para um concurso da Asso-
uma guerra civil. O intuito é utilizar o
ciation for the Promotion and Exhibition of
museu como uma forma de unificação
Arts in Lebanon (APEAL) em 2016. O
num local que já foi fragmentado. Suas
museu ainda não foi finalizado mas a
varandas são uma forma de romper com
proposta é ficar pronto em 2023. A edifi-
a arquitetura padrão do país e deixar a
cação terá 12.000m², 70 varandas e 10
arte transbordar além do interior da gale-
pavimentos, sendo 4 no subsolo.
ria através da mescla entre o interno e o externo
77
beirut museum of art.
Levando em consideração o contexto
um sistema de reutilização da água da
histórico de sua localização, haverá
chuva, que é conectado diretamente
uma exposição permanente de arte
ao teto-verde. O museu possuirá espa-
moderna e contemporânea vindas
ços acessíveis e propícios para progra-
originadas do Líbano e da diáspora
mas educacionais e eventos, uma
libanesa. O design conta com ventila-
biblioteca, um auditório, um café e, na
ção natural no lobby, bastante ilumi-
cobertura, um restaurante.
nação natural por toda a edificação e
8
9
Com base no que foi apresentado anteriormente, o Beirut Museum pode se encaixar em dois dos tipos de museu de Montaner: o “museu-museu” e o “organismo extraordinário”. Ele pode ser inserido no primeiro grupo devido a análise de suas aberturas, já feita acima, que entram em contraste com elementos da tipologia arquitetônica local. Apesar de não ser semelhante, é a partir dela que se desenvolve a ideia principal das aberturas, fazendo com que elas tenham origem tipológica e, consequentemente, se encaixando através dessa perspectiva, no estilo “museu-museu”. Além disso, permite a interpretação de uma nova ordem tipológica, a partir de uma já existente, outra características dos elementos pertencentes a este grupo. Já quando é vista no olhar de “organismo extraordinário”, podemos citar algumas características como sua forma irrepetível, mostrada através das aberturas que tem um formato singular e o impacto que gera no contexto que foi inserido, quebrando a monotonia do entorno. Torna-se, também, um elemento artístico do espaço devido a sua forma única, atingindo, assim, todas os tópicos necessários para ser classificado como organismo extraordinário
10
museu temporário no bairro do recife
A fim de aplicar em uma realidade mais próxima o que foi abordado ao longo do estudo , propõe-se uma intervenção em recife, trazendo o mesmo conceito usado no Beirut Museum. Isso significa trabalhar com uma intervenção que se desenvolva a partir da definição de “museu-museu”, tendo como ponto de partida uma análise da tipológica arquitetônica. Assim como foi feito no Beirut Museum, a análise atua nas aberturas das edificações que envolvem o terreno, buscando gerar o mesmo contraste. Observa-se que no entorno, as aberturas são simétricas, se expressam em 2D, ou seja, elementos que só aparecem na fachada e a estrutura das edificações seguem o modelo tripartido (base, corpo e coroamento). Dessa forma, para que o contraste exista, criam-se aberturas que ultrapassem os limites da fachada tornando-se um elemento tridimensional da
11
construção, além de gerar espaços utilizáveis para permanência e exposições temporárias. Tem como tema principal, a abordagem dos vários acontecimentos históricos em Pernambuco, através de imagens e objetos que sobrevivem ao tempo e merecem serem lembrados.Para materialidade, na tentativa de contextualizar com a cultura local, dois elementos foram explorados nas fachadas: painel de xilogravura e o cobogó. Ambos são fortemente reconhecidos e trazem dinamicidade para o projeto além de, no caso do cobogó, auxiliar a ventilação e o controle da iluminação do local. Por fim, busca-se uma planta livre com septos que funcionam como condutores do caminho no interior e como expositor dos objetos no museu.
referências referências bibliográficas bibliográficas https://www.archdaily.com.br/br/908250/workac-e-selecionada-para-projetar-o-novo-museu-de-arte-de-beirute http://www.bema.museum/bema/explore/architecture/overview https://www.designboom.com/architecture/workac-beirut-museum-of-art-12-19-2018/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu MONTANER, Josep Maria. Museus para o século XXI. Barcelona: Gustavo Gili, 2003
12
80-x 80-x