80-x
trabalho desenvolvido pelas alunas Daniela Jucรก e Lara Vaz
Ana Luisa Rolim I Arquitetura Contemporânea I UNICAP
editorial editorial
Nesta edição, o estudo é baseado no livro de Lisa IWAMOTO “Archtectural and Material Techniques”, explorando os tipos de técnicas de projeto
e
construção,
além
de
abordar sobre a arquitetura produzida por Robert Venturi e Denise Scott Brown, resultando em um protótipo de arquibancada que reúne os conceito abordados.
sumário Tipos de técnicas de projeto..................................................... 1
Evolução das técnicas .............................................................. 4
Robert Venturi e Denise Scott-Brown ....................................... 6
Arquibancada ........................................................................... 8
Referências bibliográficas ...................................................... 10
sse ec cc cio iona namen mentto o Tem como objetivo gerar um objeto a partir de suas seções e usa uma série de perfis cujas bordas seguem as linhas da geometria da superfície. Por conta da fabricação e modelagem
tipos t ipos de técnicas t écnicas de projeto 1
digital, ultrapassam os limites do desenho bidimensional. Se utiliza de técnicas de construção como costelas seccionadas, laminação ou empilhamento
horizontal
e
malha
tipo
waffle. Na obra Ronchamp de Le Corbusier, na França (Fig. 2) foi utilizado método de costelas seccionadas de modo que houvesse economia de materiais e acaba por servir de base para a aplicação de um material em sua superfície, formando uma camada lisa.
Figura 2
ttesse es se sell a age g em m
d dob obrra adura dura
É uma coleção de partes que se encaixam
para
conceber
um
Transforma superfícies planas em
plano ou superfície e podem ser de
formas
qualquer forma, desde que não
chegar a níveis de se tornar uma
variação de mosaicos, saindo de
estrutura autossustentável. É uma
unidades padronizadas. Na arqui-
opção econômica, possui a capa-
tetura, pode ser expresso através
cidade de integrar elementos de
de padrões de azulejos, teias ou
naturezas diferentes em uma nova
redes definidas digitalmente.
mistura contínua e pode haver bre-
A Spaceship Earth (Fig. 1), locali-
chas entres as peças.
zada no parque temático Epcot,
O Hall of Waterfront City de Chong-
nos EUA, pode ser utilizada como
qing LongFor (Fig. 2), localizado na
exemplo de tecelagem visto que é geodésica,
de
dez para estrutura, sendo capaz
digital foi possível atingir maior
cúpula
através
dobras que podem gerar uma rigi-
haja brechas. Com a fabricação
uma
geométricas
China, pode ser usado para exem-
forma
plificar essa técnica considerando
esférica definida como uma pa-
que todo o seu espaço interno é
dronagem de triângulos.
livre, sendo uma estrutura autopor-
Figura 1
Figura 2
2
for formas mas
con no conto c on to rrno n o ss
é uma técnica de produção em
Essa técnica tem como objetivo
adição. Se for utilizada em cons-
principal
gerar
um
objeto,
que
explora a ideia de um contorno diferenciado. Suas formas são geradas através da subtração e seu processo digital consiste em empilhar formas lisas para criar a tridimensionalidade e deformá-la, gerando formas únicas. O Fangshan Tangshan National Geopark
Museum
do
Studio
Odile
Decq, na China, (Fig. 1) se utiliza dessa técnica pois sua volumetria é gerada a partir do processo de
massa que gera formas através da truções
de
as
conta do tamanho. A obra Operação Habitacional Île Saint-Denis de Périphériques Architectes, na França, (Fig. 2) pode ser considerada
um
exemplar
dessa
técnica, visto que suas ondulações são geradas a partir da deformação de um plano liso inicial, gerando um objeto
tridimensional
processo de adição
torno, além de gerar curvas que acompanham a topografia local, resultando em um contorno ímpar e diferenciado.
Figura 1
escala,
peças terão que ser divididas por
subtração de parte do terreno/en-
3
grande
Figura 2
através
do
evolução da técnica
evolução evolução da da técnica téc técnica nica ao ao longo longo do do tempo tempo
seccionamento
Navios na Antiguidade.
tecelage m
Lignum Pavilion, Frei + Saarinen Architekten, 2009.
Cúpula da Rocha, Raja Ibn Haywa e Yazid Ibn Salam, 1023.
dobradura
Documento Japonês, século XVII.
5
Cellular Tessellation, Abedian School of Architecture, 2014.
Origami Pavilion, Tal Friedman, 2016.
contorno
CECON-PE,
Gildo
Azevedo
Montenegro,
1977.
SFMOMA Expansion, Snohetta, 2016. Lorem ipsum
forma
3D Knitting Pavilion, ETH Zurch + Zaha Hadid, Dudhsagar Dairy Complex, Achyut Kanvinde,
2018.
1070.
6
Robert Venturi foi um arquiteto norte-americano,
que
juntamente
com
sua
mulher, também arquiteta, Denise Scott Brown, administrava o escritório Venturi Scott Brown Associates (VSBA). O casal de arquitetos fez parte da vanguarda do movimento pós-moderno, a qual criticava o modernismo tanto na arquitetura, quanto na sociedade em geral. Robert foi ganhador do Prêmio Pritzker de 1991 e além de suas grandes obras arquitetônicas, ele também teve destaque como autor de dois livros que carregam críticas consideráveis no mundo moderno: Complexidade e Contradição em Arquitetura
maneira de criticar e questionar os elementos da arquitetura moderna. Na Casa Vanna Venturi, (Fig. 1) por exemplo, a entrada principal da casa fica no centro, criando uma sensação de simetria que existe e não existe devido à localização das janelas, que são
posicionadas
base
na
função do ambiente em que elas se localizam. Exemplificando, há uma janela de fita modernista para a cozinha e janelas quadradas que atendem ao quarto e banheiro do outro lado da fachada frontal.
(1966) e Aprendendo em Vegas (1972), sendo o segundo co-escrito por Denise e Steven Izenour. Os projetos produzidos pelos mesmos refletiam tudo o que defendiam: junção de elementos complexos e contraditórios, arquitetura como elemento de comunicação e ornamental e detalhada. Robert e Denise se utilizavam disso como
7
com
rro ob be errtt vve ennttuurrii e e d de enniisse e ssc co otttt--b brro ow wnn
Para criar mais contradição e complexi-
A Vanna Venturi foi a primeira
dade,
com
amostra de arquitetura pós-moder-
escala. Dentro da casa, certos elementos
na e é uma composição de ele-
são "grandes demais", como o tamanho
mentos retangulares, curvilíneos e
da lareira e a altura da mesma em com-
diagonais, que trazem o conceito
paração ao tamanho da sala. As portas
de complexidade e contradição
são largas e baixas, especialmente em
para o projeto, além de ser uma
contraste
crítica aos princípios modernistas.
Venturi
fez
com
a
experiências
grandiosidade
do
espaço de entrada. No alçado posterior da
casa
encontra-se
uma
luneta
de
grandes dimensões, que segue os principais elementos do exterior que são exagerados em tamanho. Venturi também minimizou o espaço de circulação no projeto da casa, de modo que ela consistisse em grandes cômodos distintos com subdivisões mínimas entre eles.
Figura 1
8
fReQuÊnCiA estudados
formar o objeto em questão. Por fim,
nesta edição, juntamente com estra-
usa-se como técnica de IWAMOTO o
tégias Venturi, foi desenvolvida uma
seccionamento das peças que juntas
arquibancada-abrigo, nomeada fRe-
dão vida ao objeto final. Além disso,
QuÊnCiA, que se localiza no jardim
foram inseridas alterações nas alturas
da UNICAP e tem como finalidade
e tamanhos das seções, a fim de pro-
trazer para prática a teoria estudada.
mover um movimento mais sinuoso.
Dessa forma, para fazer uma referên-
Seus altos e baixos trazem consigo a
cia a Robert Venturi e Denise Scott-
lembrança
-Bown, foram explorados alguns de
rádio, o que acabou por originar o
seus conceitos, principalmente nos
nome da peça.
A
partir
dos
conceitos
de
um
pontos que tocam na complexidade e simetria. Explorando o que diz respeito a uma simetria complexa, o conceito foi aplicado no encaixe das duas peças que em um primeiro momento parecem simétricas entre si mas quando é observado com um olhar mais cauteloso percebe-se que estão levemente deslocadas do eixo, perdendo, então, a simetria. Além disso, o seu encaixe em uma plataforma retangular demonstra uma contradição por serem duas formas completamente
9
passam
a
diferentes trabalhar
mas
que
juntas
para
Vistas da arquibancada
frequência
de
10
caracterĂsticas dos dos arquitetos arquitetos caracterĂsticas
11
referĂŞncias bibliogrĂĄficas https://www.archdaily.com/62743/ad-classics-vanna-venturi-house-robert-venturi
https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/09/menos-e-chato-dizia-robert-venturi-arquiteto-do-real.shtml
https://www.passeidireto.com/arquivo/2296040/resumo-e-analise-aprendendo-com-las-vegas
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/robert-venturi/
IWAMOTO, Lisa. Architectural and Material Techniques. Princeton: Princeton Architectural Press, 2009.
12
80-x