micronarrativas do esquecimento Daniel Leite
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Daniel Leite
micronarrativas do esquecimento
daniel leite
Micronarrativas do esquecimento Prefácio Luciana Brandão Carreia
Copyright © 2021 Daniel Leite Grafia atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009. Capa Daniel Leite Diagramção Douglas Oliveira Projeto Gráfico Daniel Leite Revisão Rose Campos
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) L533m Leite, Daniel Micronarrativas do esquecimento / Daniel Leite ; prefácio Luciana Brandão Carreia. – Belém: Folheando, 2021. 102 p. il. ISBN: 978-65-88714-51-5 1. Poesia brasileira. 2. Poesia paraense. 3. Literatura brasileira. 4. Literatura paraense. I. Carreia, Luciana Brandão (pref.). II. Título. CDD: Ed. 23 – B869.1098115 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Semias Araújo CRB-2/1225
[2021] EDITORA FOLHEANDO Rua Quinze de Agosto, 51 66821-345 — Belém — PA Telefone: (91) 99159-6480 contato@editorafolheando.com.br www.editorafolheando.com.br facebook.com/editorafolheando instagram.com/editorafolheando
MICRONARRATIVAS DO ESQUECIMENTO
o rio mergulhou em mim quando eu tentava aprender
a ser
Daniel Leite
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Neste livro, Daniel Leite nos oferece uma experiência muito particular de encontro com a linguagem, na medida em que os seus poemas se erguem na junção da poesia com a fotografia, processo criativo em que a sua lente escreve a narrativa de uma voz muito íntima, gesto que parece desejar o registro de uma memória, estado nascente de uma experiência que solicita o suporte de uma série de imagens ligadas pelo afeto, no percurso de uma vida, viagem.
Peguei um barco queria encontrar meus sonhos que esperam de braços abertos
na ilha do Marajó
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E se tais imagens encontram referência na cultura e na coletividade, elas também se ancoram nas vivências pessoais do autor, que atravessa e se deixa ser atravessado pelo mundo que (o) habita, sem restringir as paisagens que frequenta aos seus usos funcionais ou utilitários, pois nelas busca as suas potencialidades expressivas e, por isso, estéticas.
3h de sonho maresia e saudade procuro sempre Anijó
dentro de mim porque aqui as comunidades não têm fim
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(...)
andei pelo mundo paraense belenense procurando a face do lúdico nunca repetindo os mesmos passos porque a vida ensina que o tempo não faz caminho de volta
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Enquanto artista, Daniel Leite é o enunciador de micronarrativas que se coadunam ao longo de sua obra, traçando elementos significantes diante de uma realidade que muitas vezes necessita de encantamento, da capacidade de criar laços de empatia, de afetividade. O projeto de memória oral ganha o registro visual, semelhante ao que se passa na matriz associativa de um pensamento que busca compreender as sutilezas das interações humanas, a passagem do tempo, o reconhecimento do corpo que aprende a estar só para estar com o outro, o corpo marcado pela cicatriz da dor, eternizada na pele.
eu sei que posso ser tudo e a minha fala é o que carrega o tom da voz do meu ato silencioso de sonhar
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(...)
meu corpo é de todos sou povo sem o tentáculo dos ismos seu ritual sem final do amor por isso te espero em cada ato tato fato afeto a vida que me costura na linha do horizonte
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Com a tinta das lágrimas, este MICRONARRATIVAS DO SILÊNCIO também é o testemunho da busca humana pela alegria interior, na caminhada existencial muitas vezes impulsionada pelo encontro com o verdadeiro propósito e sentido da vida, o encontro com o genuíno amor.
encontrei a luz com o nascer de outra pessoa outro guia inventando mais um dia
(...)
o tempo não para de nos encontrar 11
aceito os cabelos brancos que nascem sigo a vida só agora e depois que o dia terminar (...) viajei de volta para mim a cada alguém que desencontrei no labirinto de dentro
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As micronarrativas de Daniel Leite são íntimas e universais pois expressam não apenas os seus sonhos e desejos, as suas motivações e os seus medos. Elas são universais pois permitem o reconhecimento de quem as lê em uma narrativa maior, inerente a uma experiência coletiva em que o trânsito pelas fronteiras entre a individualidade e a comunidade torna possível o aprendizado sobre as origens, os territórios, as responsabilidades e as identidades.
Belém do Pará, fevereiro das águas.
Luciana Brandão Carreira
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“Projeto selecionado pelo Edital de Livro e Leitura – Lei Aldir Blanc Pará”.
Esta obra foi composta em Electra, impressa em papel ofset para a Editora Folheando em fevereiro de 2021