ALGARVE INFORMATIVO
13 de maio, 2023
13 de maio, 2023
TAÇA DO MUNDO DE GINÁSTICA RÍTMICA EM PORTIMÃO | «A NOITE DA DONA LUCIANA»
FESTIVAL DOS DESCOBRIMENTOS EM LAGOS | «PORQUÊ? WHY? POURQUOI?» | «SALTO»
1.º FESTIVAL DO CRAVO DO ALGARVE | «CARAVANA DAS VARIEDADES» EM SÃO BRÁS
Taça do Mundo de Ginástica Rítmica em Portimão (pág. 22)
Festival dos Descobrimentos em Lagos (pág. 38)
«Caravana das Variedades» em São Brás de Alportel (pág. 54)
Festival de Artes Inclusivas em Portimão (pág. 68)
«A Noite de Dona Luciana» do Teatro do Eléctrico em Lagoa (pág. 86)
«Salto» em exposição na Associação 289, em Faro (pág. 100)
«Porquê? Why? Pourqoui?» patente em Vale do Lobo (pág. 116)
Festival do Cravo do Algarve (pág. 126)
Fábio Jesuíno (pág. 134)
Nuno Campos Inácio (pág. 136)
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina seleção do Brasil fez história, no dia 7 de maio, ao vencer pela primeira vez a Taça do Mundo de Ginástica Rítmica –Jogos Santa Casa com o exercício de cinco arcos (34.600 pontos), proeza alcançada pelo Conjunto Sénior
composto pelas ginastas Maria Eduarda
Arakiki, Victoria Borges, Giovanna
Oliveira Silva, Sofia Pereira Nicole Pircio e Julia Kurunczi. Em segundo lugar ficou a seleção da Espanha (34.450 pontos), com a Itália a fechar o pódio (33.800 pontos).
Já no exercício de três Fitas e duas Bolas, a seleção italiana venceu a prova (31.000 pontos), seguindo-se a França (30.600 pontos) e o Japão (30.200 pontos).
Nas provas Individuais, a alemã Darja Varfolomeev venceu a competição de Arco, Maças e Fita, enquanto a ginasta Elzhana Taniyeval, do Azerbaijão, ganhou o exercício de Bola. Nenhuma ginasta portuguesa conseguiu chegar às respetivas finais, com Rita Araújo a terminar as qualificações Individuais em 20.º lugar e Joana Pinheiro em 31º. Já o Conjunto Nacional, composta pelas
ginastas Catarina Dias, Clara Paiva, Beatriz Freitas, Clara Melo, Felicia Oprea e Bruna Simões, terminou a competição em 10.º lugar.
A Taça do Mundo de Ginástica Rítmica aconteceu, de 5 7 de maio, no Portimão Arena, numa organização da Federação de Ginástica de Portugal em parceria com a Câmara Municipal de Portimão .
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
11.ª edição do Festival dos Descobrimentos decorreu de 4 a 7 de maio, no centro histórico de Lagos, desta feita dedicado a D. Sebastião e aos 450 anos da Elevação de Lagos a Cidade. Num formato renovado e numa área ampliada, o festival teve, de facto, muito para oferecer aos visitantes, entre espetáculos, polos temáticos interativos, recriações históricas, exposições, conferências, animação permanente, o Cortejo Histórico e a Feira Quinhentista, entre outras surpresas.
A última edição do festival teve lugar em 2019, mas a paragem devido à pandemia deu mote para se preparar um grande regresso deste que já é um dos eventos de referência do Algarve, especialmente num período de época média/baixa. Com D. Sebastião a ser o grande protagonista, o Festival dos Descobrimentos arrancou, no dia 4, com o Cortejo Histórico ao longo da Avenida dos Descobrimentos, envolvendo a comunidade escolar lacobrigense, associações culturais e figurantes, algo que se tem mantido como o coração do evento. Ao mesmo tempo abriu a Feira
Quinhentista, acolhendo artífices, artesãos, mercadores e taberneiros.
Por todo o recinto existiram vários polos temáticos cuja intenção era entrar numa viagem no tempo e interagir com a história local, por via de experiências como Mostra de Armas (Forte Ponta da Bandeira), Acampamento Mouro de Mulei Mohâmede Almotauaquil (Jardim da Constituição), Instrumentos de Tortura (Armazém Regimental), Vida a Bordo de uma Caravela (Caravela Boa Esperança), Jogos para Famílias (Jardim da Constituição), Vila Notável (antigo Hospital de Lagos) e Construir uma Caravela (exterior do Forte Ponta da Bandeira). A animação foi uma constante pelo recinto e nos três polos de atuações
– Palco da Muralha, Palco do Infante e Arco de S. Gonçalo – incluindo música de índole cristã e árabe, percussão, dança oriental, estátuas vivas, teatro infantil, marionetas, encenações, torneios de cavalaria, espetáculos de fogo, entre outros. O ponto alto da programação diária foram os espetáculos
«KauDeDRAC» (4 e 5 de maio), «A Última Nau» (6 e 7 de maio) e «Dia de Aniversário d’El Rei» (6 e 7 de maio), com momentos mágicos de artes performativas, efeitos de luz e pirotecnia.
Apesar de ser um evento de acesso gratuito, nesta edição houve duas experiências pagas, mas que vieram reforçar o programa do festival e levar os participantes aos tempos dos
Descobrimentos e Renascimento –Navegador por um Dia – Passeio na Nau Santa Bernarda (4 a 7 de maio) e Ceia Quinhentista (7 de maio, Messe Militar). A programação do Festival dos Descobrimentos contemplou outras atividades que tiveram lugar na Biblioteca Municipal, no Forte Ponta da Bandeira, no Mercado de Escravos e no
Centro Ciência Viva de Lagos. De destacar também as visitas guiadas e o ciclo de conferências que ocorreu a 6 de maio, no Centro Cultural de Lagos, também dedicado ao jovem rei e aos 450 anos da Elevação de Lagos a Cidade, garantindo uma componente científica e pedagógica que enriqueceu o evento .
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
ão Brás de Alportel esteve no mapa da I Bienal de Educação –RETROVISOR: Uma
História do presente, promovida pelo Plano Nacional das Artes, com a «Caravana das Variedades» a percorrer vários locais do concelho durante os meses de abril e maio. Procurando recriar as antigas caravanas que, ao longo de séculos, atravessavam as serras com as suas artes, a Caravana das Variedades deslocou-se a locais do concelho com
modalidades artísticas como a performance, a dança, a música, palhaços e saltimbancos e muita, muita animação, sempre tendo por base os valores locais.
A iniciativa foi promovida pelo Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas, em parceria com o Município de São Brás de Alportel, e pretendeu gerar uma vibrante interação com a toda a comunidade do concelho de São Brás de Alportel. No dia 26, a Caravana estacionou no Adro da Igreja de São Romão, seguindo-se, a 27, o Adro da
Igreja do Alportel e, a 28, a Fonte da Mesquita. No dia 14 de maio, a Caravana vai passar na aldeia de Parises, integrando o programa da Festa dos Tabuleiros Floridos, rumando depois para o Jardim Carrera Viegas, em São Brás de Alportel, no dia 21, inserida no Mercadinho de Jardim, e terminará a sua rota, a 22 de maio, no pátio da Escola EB 2,3 Poeta Bernardo Passos, em São Brás de Alportel.
A iniciativa é coproduzida em parceria por ALF@ Coletivo de Teatro do Agrupamento de Escola José Belchior Viegas, pelo projeto «A Banda vai à Escola», pelo Teatro de Improviso de Intervenção e pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel, com o envolvimento da Casa Memória da Estrada Nacional 2, São Brás Cineteatro Jaime Pinto e Associação Cultural e Recreativa – Escola de Música Sambrazense, Jornal «Passos em Frente» do Agrupamento de Escolas José Belchior Viegas e Escola Superior de Educação e
Comunicação da universidade do Algarve. A I Bienal de Educação –RETROVISOR: Uma História do presente está a ser desenvolvida a nível nacional, é dirigida à infância e juventude, e tem como objetivo refletir e disseminar o lugar das expressões e das linguagens artísticas na educação, formal e não formal, através de uma programação cultural integrada e diversa.
Promovida no âmbito do Plano Nacional das Artes, a bienal cruza diversas áreas artísticas e agrega milhares de jovens e centenas de escolas e parceiros, de norte a sul do país. No total serão 440 parceiros, 414 agrupamentos escolares e 332 projetos, alguns destes de continuidade, já a decorrer ou em fase de preparação. O Plano Nacional das Artes e esta Bienal em particular têm como missão a promoção de uma cidadania cultural ativa, com uma dupla premissa: o reforço das instituições culturais como território educativo e das escolas como núcleos culturais .
Associação Teia
D’Impulsos levou a cabo, no dia 6 de maio, no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, a primeira edição do Festival de Artes Inclusivas, com o intuito de divulgar o trabalho que várias entidades desenvolvem no Algarve ao nível da arte e integração, representando “uma ode à diferença e ao recurso às artes para incluir todos os cidadãos, entre pessoas com deficiência física ou mental, em situação de carência económica, comunidades migrantes, infoexcluídas, ou em situação de vulnerabilidade social”.
O espetáculo integrou atuações de dança inclusiva, com pessoas com e sem deficiência, do ECOS (projeto da Teia D’Impulsos), NECI – Núcleo Especializado para o Cidadão Incluso, Associação Algarvia (AAPACDM) e da Academia Dança Mais. A ACASO – Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão apresentou uma performance artística inspirada no poema «É Urgente o Amor» de Eugénio de Andrade e o Estúdio MIX Dance, do Centro de Apoio à População de Leste e Amigos, levou ao palco do TEMPO danças tradicionais de outros países, havendo ainda Magia com Impacto.
A par do espetáculo, foi inaugurada a exposição «Incluir com Arte», que ficará
no átrio do TEMPO até 15 de maio e onde os visitantes poderão encontrar quadros do jovem artista Rui Marques, assim como dos utentes do Centro de Atividades do NECI. A Fundação Irene Rolo (FIR) expõe esculturas da coleção «Da Serra ao Mar», ao passo que a ASMAL – Associação de Saúde Mental do Algarve revela fotografias de «Terno Efémero», do seu Teatro do Sótão, captadas por Cláudia Vargues. Já a EXISTIR propõe trabalhos manuais em cortiça e outros materiais reciclados e o Lar Residencial São Vicente, da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, trouxe peças de artesanato, cestaria e empreita de palma, ambas com direito a demonstração prática no dia de estreia, tudo isto pelas mãos dos próprios utentes.
Foi uma tarde repleta de emoções
fortes, com a assistência a render-se à coragem, talento e boa disposição de todos os artistas que subiram ao palco, sobretudo daqueles que, por qualquer vicissitude da vida, apresentam alguma diferença em relação a todos os outros.
“É um privilégio organizarmos um festival que reúne instituições que trabalham na mesma direção que nós: em prol da comunidade e da inclusão. Criamos projetos assentes na igualdade de direitos e oportunidades entre todos, pelo que o Festival de Artes Inclusivas foi um passo lógico a dar, pois estes grupos merecem um grande palco e bastantes aplausos”, explica Luís de Brito, presidente da direção da Teia D’Impulsos .
stá patente até dia 21 de maio, na Associação 289, em Faro, a exposição coletiva «Salto», um título que se refere ao movimento de propulsão que nos afasta do chão. Esta mostra junta o trabalho de 31 artistas, residentes e convidados, em que cada um a seu modo oferece ao público a oportunidade de se libertar das amarras da realidade e mergulhar num mar de possibilidades.
De acordo com a organização, a arte é transcender o ordinário e buscar o extraordinário, de encontrar significado e beleza onde outros não veem. As obras têm a capacidade de nos fazer questionar a nossa própria existência, de nos mostrar novos caminhos para explorar, assim como novas perspetivas para
serem consideradas. Cada obra é um salto, uma escolha de sair do que é convencional — é uma oportunidade de aventura em territórios desconhecidos, para explorar a alma humana e as possibilidades que ela oferece. Esses saltos podem ser pequenos ou grandes, subtis ou dramáticos, mas todos os saltos compartilham a mesma coragem e determinação de ir ao encontro do desconhecido, de tentar alcançar o que, com os pés assentes, não é possível. Como tal, esta exposição é uma celebração da criatividade e da capacidade de transcender as limitações do mundo físico, em busca do novo, do inusitado e do extraordinário.
É este o desafio que a Associação 289 propõe com esta exposição, onde se fundem práticas e conceitos, dando ao público a oportunidade de explorar o que
há de profundo e significativo na experiência humana. Para «saltar» é preciso coragem e criatividade e cada artista oferece uma visão única do que é possível quando nos permitimos saltar para o desconhecido. Participam na mostra Ângelo Gonçalves, BASAP, Bertílio Martins, Catarina Correia, Circe, Christine Henry, David Bastos, Edgar Massul, Fernando Brazão,
Fernando Sampaio Amaro, Gat.uno, Gonçalo Pereira, Gustavo Jesus, Joana R. Sá, João R. Ferreira, Jorge Mestre Simão, José Jesus, Leandro Marcos, Lia Rodrigues, Margarida Soares, Miguel Cheta, Milita Doré, Paulo Serra, Pedro Cabral Santo, Susana de Medeiros, Sónia Apolónia, Tiago Batista, Vasco Vidigal, Régis Vincent Ribeiro, Ricardo Braz e Xana .
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
ORQUÊ? foi a pergunta que serviu de mote a um exercício coletivo em torno do conhecimento, da Filosofia e da Arte, promovido pelo Colégio Internacional de Vilamoura na Galeria Aderita Artistic Space, em Vale do Lobo. A exposição abriu as suas portas no dia 2 de maio, com a presença de artistas, alunos e professores, e corporiza o trabalho de 10 artistas em torno de oito questões formalizadas pelos estudantes do Colégio Internacional de Vilamoura no X Festival de Perguntas 2022-2023.
“Podemos ser felizes sozinhos?” (Tiago Sobral, 2.º ano); “Existem limites ao nosso pensamento?” (Inga Lopes, 11.º ano); “Será que todo o conhecimento é verdadeiro?” (Bruno Baptista, 10.º ano); “Onde acaba o mar?” (Gonçalo Tavares,
2.º ano); “O que mais importa na tua vida?” (Sofia Silva, 5.º ano); “O que aconteceria se alguém passasse o fim do universo?” (Álvaro Tavares, 5.º ano); e “Os humanos são melhores a criar coisas ou a destruí-las?” (Débora Ferreira, 10.º ano) foram as questões que prenderam a atenção de um conjunto de artistas convidados entre as mais de 50 perguntas que foram garantidamente capazes de levar os alunos «mais longe». “Há que realçar a importância da filosofia para crianças e jovens no papel transformador que assume e por promover e provocar a capacidade de questionamento, de indagação e de pensamento sobre o mundo. O contributo da filosofia para a formação dos alunos é incontornável, potenciando competências críticas e estéticas e, por conseguinte, fomentando os
valores democráticos e humanistas tão necessários nos tempos que correm”, frisou, na inauguração da exposição, Cidália Bicho, Diretora Pedagógica do Colégio Internacional de Vilamoura.
O Festival de Perguntas foi uma ideia de Laurinda Silva e Dina Adão e foi crescendo paulatinamente ao longo de uma década, “conquistando um espaço de reflexão individual, valorizador da curiosidade e do bom hábito de questionar”, prosseguiu Cidália Bicho, que destacou igualmente a mais-valia de se criarem sinergias em torno da educação. “Urge a construção de um planeta mais harmonioso, justo e equilibrado, mais pacífico e limpo, e urge educar para a formação de crianças
e jovens que estejam comprometidos com o mundo que os rodeia, com a sociedade, que sejam cidadãos ativos capazes de escutar e questionar o mundo e procurar soluções adequados para os problemas que vão existindo à nossa volta. Urge fomentar uma sociedade pluralista e democrática e devemos questionar qual o papel da Escola neste caminho, qual o papel da Arte nesta missão de transformar o mundo, qual o verdadeiro poder do questionamento na transformação da sociedade”, apelou ainda Cidália Bicho.
O Festival de Perguntas saiu, entretanto, da escola, chegou a montras
de lojas da cidade de Loulé, andou por autocarros do concelho e deu origem, agora, a uma exposição de arte, para satisfação de Laurinda Silva. “Aqui se sobrepõem a infância, a arte e a filosofia. Quando se pergunta algo, está aberta a porta para todas as possibilidades, e essa é a infância da filosofia. Fazer uma pergunta implica ter a consciência de que algo pode ser diferente do que se pensa ser. As sessões de filosofia para crianças e jovens proporcionam-nos o diálogo com as crianças e o cultivo da nossa condição de infância. Perguntarmos algo significa que estamos implicados com o mundo,
que há um compromisso para com aquilo que desejamos que ele seja. A arte é também um conceito em aberto, dá hipóteses de resposta, mas, acima de tudo, provoca novas perguntas e atos”, considera uma das mentoras do festival.
Adriano Aires, Adérita Silva, Bruno Ceriz, Filipe da Palma, Guilherme Limão, Luís da Cruz, Mary Berry, Margarida Gomes, Phermad e Sandro Soutilha fazem, assim, uma viagem em torno da pintura e gravura, passando pela escultura e pela fotografia, revelando a multiplicidade onde a pergunta deambula com outras indagações ou com a possibilidade de resposta. «Porquê? Why? Pourquoi?» pode ser visitada até dia 21 de maio .
associação
cultural Ideias do Levante, em parceria com a Junta de Freguesia de Ferragudo, a Paróquia de Ferragudo, a Junta de Freguesia de Monchique e a Santa Casa da Misericórdia de Monchique, organizaram, de 16 a 23 de abril, a primeira edição do Festival de Cravo do Algarve, percorrendo as freguesias de Monchique e de Ferragudo (Lagoa). Participaram nesta edição piloto Svetlana Bakushina (cravo), Jorge Félix (cravo) e Jan-Taken de Vries (flautas de bisel).
A realização deste evento teve como objetivos, não só promover o
instrumento, os intérpretes, as obras e os espaços, como também proporcionar gratuitamente à comunidade local (e não só), vários momentos musicais de elevada qualidade artística. “Foi uma aposta ganha e esperamos incluir mais parceiros e artistas na próxima edição, em 2024, se assim for possível”, refere a organização.
A Ideias do Levante é uma associação cultural, fundada a 27 de abril de 1995, com sede em Lagoa e extensão em Portimão (Espaço Portas do Sol), com atividade em torno da formação, produção e promoção cultural, através de projectos regulares e pontuais, não só, na área das artes performativas, visuais e literárias, como também, na área da saúde e do bem-estar .
um mundo empresarial cada vez mais competitivo, alcançar o sucesso torna-se um desafio muito difícil de alcançar.
Neste contexto, é comum surgir a reflexão sobre o porquê de algumas empresas terem tanto sucesso, enquanto outras não conseguem alcançar resultados semelhantes. Uma das razões está relacionada com a visão empreendedora, factor determinante para o sucesso de um negócio, uma vez que ela impulsiona a criação de oportunidades e aumento da inovação.
O que é visão empreendedora?
Trata-se da capacidade de identificar oportunidades de negócio e inovação no mercado. Envolve uma mentalidade criativa e estratégica, capaz de identificar lacunas no mercado e propor soluções inovadoras para preenchê-las, seja por meio de novos produtos, serviços ou processos.
A visão empreendedora também implica uma forte determinação e capacidade de tomar decisões assertivas em situações de incerteza e risco. Essa capacidade é cada vez mais valorizada no mundo dos negócios, sendo fundamental
para a criação e crescimento de empresas de sucesso.
As três principais características da visão empreendedora:
Proatividade: Ter uma postura ativa e antecipar-se aos acontecimentos permite que se identifiquem oportunidades e sejam tomadas ações efetivas para aproveitá-las. Esperar que as coisas simplesmente aconteçam pode ser uma armadilha fatal para aqueles que desejam prosperar no mercado. A proatividade é uma capacidade que pode ser desenvolvida e treinada, e que faz toda a diferença no caminho para o sucesso.
Criatividade: A capacidade de encontrar soluções inovadoras para problemas existentes e pensar fora da caixa. A criatividade pode gerar novas oportunidades de negócio, possibilitando o crescimento e a expansão da empresa. Ser criativo vai permitir que uma empresa se adapte mais facilmente às mudanças do mercado. Por isso, é importante estimular e desenvolver a criatividade, tanto ao nível individual como coletivo, para que possam ser criadas soluções inovadoras e diferenciadas que contribuam para o sucesso do negócio.
Persistência: Empreendedores persistentes são perseverantes e não desistem facilmente, mesmo quando enfrentam dificuldades. Essa capacidade
A importância da visão empreendedora Fábio Jesuíno (Empresário)
de perseverar pode ser fundamental para superar obstáculos e alcançar metas, especialmente quando se trata de alcançar um objetivo de médio e longo prazo. Além disso, a persistência pode ser uma fonte de inspiração e motivação para outros membros da equipe, incentivando o trabalho em equipa. Com uma combinação de perseverança e flexibilidade, os empreendedores podem
enfrentar os desafios do mundo dos negócios com confiança.
Estes são principais características da visão empreendedora, que podem fazer toda a diferença na trajetória de sucesso. Ao cultivar essas características, os empreendedores podem-se destacar no mercado, identificar novas oportunidades e superar desafios de forma eficaz .
uem vive um momento histórico raramente consegue ter consciência da dimensão dessa vivência. Só mais parte, olhando pelo retrovisor da passagem contínua do tempo, que depura o que é verdadeiramente importante na futilidade do correr dos dias, se mostra possível a perceção do alcance, do impacto e das consequências de determinadas ocorrências.
Apesar disso, alguns acontecimentos provocam uma mudança tão drástica na sociedade, que intuímos de imediato a vivência de um momento histórico. Um desses acontecimentos evolui continuamente desde o início do presente ano, ficando desde já demonstrado que assistimos ao nascimento de uma nova era civilizacional, com maior impacto nas relações humanas e sociais do que foram a invenção do computador pessoal, ou da internet. Referimo-nos, obviamente, à disponibilização à sociedade em geral das ferramentas da denominada «Inteligência Artificial». Apesar de não ser uma novidade, a sua utilização mais limitada fazia com que essa fosse vista como uma realidade paralela pelo homem médio, aprofundada nos filmes de ficção
científica. No entanto, como geralmente acontece nos filmes mais intensos, a história sofreu uma reviravolta e uma ferramenta que estava reservada ao uso de alguns, passou a estar ao alcance de todos, para o bem e para o mal…
O impacto foi tão gigantesco em todo o mundo dito civilizado, que a sociedade ainda está anestesiada. De um dia para o outro, milhares de ilustradores, designers e criativos com nome no mercado e emprego consistente foram despedidos por empresários que olham mais para o lucro do que para a responsabilidade social. A inteligência artificial, que é uma excelente ferramenta de apoio ao ser humano, passou a ser vista, quase instantaneamente, como algo capaz de substituir a inteligência humana. As maiores editoras mundiais começaram a ser inundadas por grandes novelas e romances, algumas com ilustrações deslumbrantes, mas isentas de qualquer conteúdo humano. Alunos de escolas secundárias e estudantes universitários, alguns com capacidades questionáveis, começaram a entregar trabalhos académicos irrepreensíveis, começando algumas universidades a equacionar os modelos de avaliação. Órgãos de comunicação social são confrontados com textos e imagens que não conseguem perceber se são reais ou criações artificiais, pondo em causa os próprios relacionamentos humanos.
Tudo isto numa questão de meses de utilização de uma ferramenta que ainda está em evolução. É certo que o primeiro impacto é sempre o mais turbulento e que a sociedade acabará por criar mecanismos de adaptação a este novo recurso. No entanto, desde já abriu um golpe profundo numa classe profissional que se considerava insubstituível: a dos criativos, dotados de inteligência humana e real. Para o futuro promete uma rápida substituição de seres humanos por máquinas em muitas empresas em todo o mundo. Que utilidade terão no futuro essas pessoas e que conflitos sociais
surgirão deste momento histórico são incógnitas reveladas pelo futuro.
Ainda assim, nem tudo são tragédias sociais e humanas; a curto prazo nascerá uma nova classe profissional, a daqueles que sabem tirar o maior proveito da «Inteligência Artificial». Esses serão os heróis do futuro, meio humanos, meio máquinas, que terão em mãos a responsabilidade de criação de um mundo novo, porque este ainda não está preparado para eles .
DIRETOR:
Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924
Telefone: 919 266 930
EDITOR:
Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina
Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil
Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil
Email: algarveinformativo@sapo.pt
Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt
PROPRIETÁRIO:
Daniel Alexandre Tavares Curto
dos Reis e Pina
Contribuinte N.º 211192279
Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782
PERIODICIDADE: Semanal
Daniel Pina
FOTO DE CAPA:
Daniel Pina
A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve.
A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores.
A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão.
A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica.
A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais.
A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos.
A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas.
A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos.