ALGARVE INFORMATIVO
8 de março, 2025

8 de março, 2025
Festival de Caminhadas de Santa Bárbara de Nexe (pág. 16)
Carnaval de Loulé (pág. 28)
Carnaval de Altura (pág. 50)
Carnaval de Quarteira (pág. 68)
Carnaval de São Brás de Alportel (pág. 84)
Ginástica Rítmica na Mexilhoeira Grande (pág. 96)
Capitão Fausto (pág. 138)
Ana Isabel Soares (pág. 150)
Fábio Jesuíno (pág. 152)
Nuno Campos Inácio (pág. 154)
Alexandra Rodrigues Gonçalves (pág. 156)
Sílvia Quinteiro (pág. 158)
Valentim Filipe (pág. 160)
O primeiro Festival de Caminhadas de Santa Bárbara de Nexe revelou-se um sucesso absoluto, esgotando rapidamente todas as atividades e servindo de mote para mostrar todo o potencial da região para a prática da modalidade e para um turismo sustentável e fora dos picos da procura.
Texto: Vico Ughetto| Fotografia: Vico Ughetto
pitoresca freguesia de Santa Bárbara de Nexe constituiu o cenário ideal para o primeiro Festival de Caminhadas do concelho de Faro. O evento surpreendeu pela adesão entusiástica do público, esgotando rapidamente todas as atividades, inclusive as paralelas, como as oficinas e palestras sobre a temática da natureza, caminhadas e bem-estar. A
organização coordenada por Filomena Correia e com a intensa colaboração de Anabela Afonso, confessa “a sua surpresa pela enorme adesão do público que participou avidamente no evento”, tendo até ao último dia “estado a receber imensos telefonemas de interessados em participar”. O sucesso foi possível com o apoio de entidades institucionais como a Autarquia de Faro, a Região de Turismo do Algarve e a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, e a colaboração inexcedível da Algarviana
Cerimónia de abertura em Gorjões com Sérgio Martins – presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe ao centro, ladeado por Rogério Bacalhau, presidente da Câmara Municipal de Faro, e de André Gomes, presidente da RTA, que dinamiza o programa AWS –Algarve Walking Season, que promove através do segmento das caminhadas, a oferta do turismo de natureza da região algarvia.
Team e da Bifanas Team, que foram os facilitadores, dos inúmeros voluntários, que em diversas áreas da organização contribuíram para a boa execução do evento.
Inspirado no rico Património Natural, Histórico e Cultural das localidades de Santa Bárbara de Nexe, Bordeira e Gorjões, e nos trilhos que as envolvem, o festival celebrou a natureza, a cultura e o bem-estar, proporcionando uma experiência enriquecedora a todos os participantes. Mas o festival foi muito mais do que um simples convite para calçar as botas e explorar o interior rural do concelho de Faro. A programação incluiu atividades complementares, como sessões de Pilates, Yoga, apresentações
de teatro, mostras de acordeão e trabalhos de cantaria, permitindo aos participantes aprender novas habilidades ou aprofundar o conhecimento sobre a região.
O sucesso do evento, com todas as atividades esgotadas em pouco tempo, demonstra que há uma procura crescente por experiências ao ar livre que combinem aventura, descoberta e bemestar. Com este arranque promissor, o concelho de Faro posiciona-se como um destino de eleição para o turismo de natureza, deixando grande expectativa para a futura edição do festival, que já tem data marcada para 30, 31 de janeiro e 1 de fevereiro de 2026.
A importância dos grupos informais de caminhadas, que no concelho de Faro reúnem um vasto conjunto de praticantes, foi um dos temas em debate no WFSBN.
A moderna e acolhedora sede da Associação Nexense serviu de base para as refeições dos caminhantes e voluntários do evento.
Diversas palestras temáticas sobre caminhadas e temas relacionados, foram abordadas por técnicos das respetivas áreas.
O sucesso de alguns dos grupos informais de caminhadas de Faro, proporcionou caminhadas com um vasto número de participantes.
Bordeira é uma terra conhecida pela sua cantaria e artesãos da pedra. Arnaldo Ramos, com os seus 70 anos de idade, ainda está no ativo e foi mostrar as técnicas manuais de precisão e força e as respetivas ferramentas usadas para trabalhar a pedra.
Para além da pedra, o acordeão é uma das tradições de referência de Bordeira que foi representada no WFSBN por Inês Faria uma acordeonista da nova geração que irá garantir que a tradição perdure por estas terras.
As caminhadas temáticas com guias especializados, tiveram enorme adesão dos participantes
Os voluntários foram a alma do evento e os que tornaram tudo isto possível.
Os três principais motores do primeiro Festival de Caminhadas, com destaque para Filomena Correia ao centro, carinhosamente apelidada de «Mãe do Festival», ladeada pela parceira de organização, Anabela Afonso, e por Sérgio Martins, presidente da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, que soube acreditar e ajudar a colocar de pé o projeto.
As caminhadas noturnas foram muito concorridas.
s problemas de falta de água na região algarvia inspiraram o desfile de 2025 do Carnaval de Loulé, que aconteceu nos dias 2,3 e 4 de março, na Avenida José da Costa Mealha. «O Carnaval não é uma seca…» foi o mote de mais uma edição do mais antigo Carnaval do país, que trouxe para a rua 15 carros alegóricos, cerca de 600 animadores, escolas de samba, grupos de animação, cabeçudos, gigantones, sátira política e social e, sobretudo, muita folia, para a qual contribuíram também diversas coletividades da cidade,
designadamente, o Ginástica Clube de Loulé, a EXISTIR, a AGAL – Associação do Grupos Amigos de Loulé, a TUALLE –Tuna Afonsina de Loulé, o Grupo Desportivo das Barreiras Brancas, o Motoclube de Loulé, a Associação
DOINA, As Tradições de Loulé e o Contemporâneo Fusion.
A Autarquia de Loulé voltou a apostar na projeção do Carnaval como ferramenta para trazer à sensibilização pública um tema de interesse, alertando e promovendo comportamentos responsáveis e conscientes. Temas da atualidade como as próximas eleições presidenciais, as medidas anti-imigração de Donald Trump, a presença de António
Costa como homem forte do Conselho Europeu ou o contrato multimilionário de Cristiano Ronaldo deram vida ao desfile, no qual o público também teve a oportunidade de interagir com os figurantes e ser ele próprio parte da festa.
A seca que nos últimos anos tem afetado o Algarve esteve presente em vários carros que recriaram matérias como a tão aguardada dessalinizadora, que foi dada a conhecer, em primeira mão, neste desfile. Por outro lado, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, e o Zé Povinho, foram os protagonistas de um outro carro alegórico que teve como cenário o mundo rural algarvio. A proliferação de abacateiros tem gerado polémica pelo elevado consumo de água associado a esta espécie, sobretudo numa altura em que a região vive problemas com a escassez hídricas. A defesa do pomar de
teve como porta-voz o Zé Povinho, que continua a dedicar-se às suas alfarrobeiras e amendoeiras.
No contexto internacional, os olhos do mundo estão postos nos Estados Unidos e nos primeiros tempos da governação Trump. A sua política contra os imigrantes começa já a fazer «estragos». Neste carro não são só os imigrantes mexicanos e de outros países que são expulsos por Trupm. Kamala Harris, a mulher que lhe fez frente na corrida à Casa Branca, é também enviada para o árido deserto do México, «Kamala na mão». O «melhor do mundo» é provavelmente a figura que mais vezes marcou presença no Carnaval de Loulé. Em 2025, Cristiano Ronaldo «voltou» à Avenida José da Costa Mealha, num carro que retrata a sua vida de luxo na Arábia Saudita e a renovação milionária do seu contrato. Num país em que a água vale
om o tema «Isto é Portugal», as tradições, costumes e história do nosso país saíram à rua em mais uma edição do desfile do Carnaval de Altura, que alegrou as artérias daquela localidade do concelho de Castro Marim com muita cor, música e animação nos dias 1 e 2 de março. A 22.ª edição do Carnaval de Altura demonstrou mais uma vez que este desfile é o mais autêntico do sotavento algarvio e um sucesso
incontestável, com a participação de nove carros alegóricos, várias estruturas móveis e 11 grupos de animação, observados de perto por milhares de pessoas.
O tema deste ano teve como objetivo destacar aquilo que Portugal tem de melhor como as suas tradições, a história, música e a gastronomia, além dos inúmeros símbolos nacionais que enchem os portugueses de orgulho pela pátria e a crítica social àquilo que poderia ser melhor. Os bombeiros, o bacalhau, o
Galo de Barcelos, o fado, as sardinhas assadas, a ilha da Madeira, o vinho, o pão, os Santos Populares e as amendoeiras em flor foram alguns dos temas
retratados no desfile pelos foliões e os seus carros alegóricos.
O Carnaval de Altura foi preparado durante várias semanas por dezenas de incansáveis voluntários, foliões, associações e outras entidades de todo o concelho, além de grupos informais de amigos e a participação especial das ARUTLA, que todos os anos colocam as mãos à obra para a realização dos fatos, dos carros alegóricos e para a execução de milhares de flores de papel. Este evento foi organizado pela Junta de Freguesia de Altura, em parceria com o Município de Castro Marim.
uarteira festejou o Carnaval nos dias 2 e 4 de março (o desfile do dia 1 foi cancelado devido às condições climatéricas), com o habitual corso carnavalesco a preencher a Avenida Infante Sagres. «Filmes de animação» foi o tema deste ano, concretizado por nove carros alegóricos, seis grupos carnavalescos e três pontos de exibição que proporcionaram muita animação.
No dia 26 de fevereiro já os mais novos tinham desfilado pela Avenida Infante Sagres, com os alunos das escolas e IPSS da Freguesia a apresentarem disfarces alusivos ao tema desta edição. “Este foi o meu último Carnaval como presidente da Junta de Freguesia de Quarteira e, por isso, foram dias de grande emoção. Enche-me de orgulho todas as nossas conquistas dos últimos 12 anos: trouxemos o Carnaval Infantil, aumentámos o número de grupos de chão e esforçámo-nos para fazer do Carnaval de Quarteira o melhor
possível”, afirmou Telmo Pinto, presidente da autarquia. “O empenho de todos, da Junta de Freguesia, da Câmara Municipal e dos grupos, na preparação desta festa, levou a que
este tenha sido um Carnaval memorável”, acrescentou.
O evento foi organizado pela Junta de Freguesia de Quarteira, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
oa disposição, criatividade, tradição e originalidade foram os ingredientes de mais um Entrudo Algarvio vivido, a 2 de março, em São Brás de Alportel, que teve este ano como novidades a animação musical do DJ Rodrigo PT e a participação especial do Clube de 2 CV, que fez o seu encontro nacional na vila por estes dias. O tradicional Desfile de Foliões e de Carros Alegóricos transformou a Avenida da Liberdade em «Avenida da Alegria» e
este ano também não faltaram à festa são-brasense os foliões gorjonenses.
A defesa das tradições do Entrudo renasce todos os anos neste Carnaval tipicamente português, num apelo à folia e à criatividade. Animação popular, com uma pitada de brejeirice e recheio de sátira política e social, são os ingredientes que aguçam a imaginação dos participantes que se apresentam com disfarces, adereços, coreografias e carros alegóricos que brilham e convidam à brincadeira. Uma iniciativa promovida pelo Município, com o apoio das associações locais e grupos informais.
CIRM – Clube de Instrução e Recreio
Mexilhoeirense levou a cabo, no dia 15 de fevereiro, em conjunto com a Associação de Ginástica do Algarve, o Campeonato Territorial da 2.ª Divisão, Encontro de Benjamins e Infantis e Torneio de Preparação da 1.ª Divisão de ginástica rítmica. Muitos foram os familiares das jovens ginastas que preencheram a bancada do Pavilhão
Desportivo da Escola Básica José Sobral, na Mexilhoeira Grande, numa prova que serviu também para apurar as ginastas do CIRM da 2.ª divisão para o Campeonato Nacional e para preparar as ginastas da 1.ª divisão para as provas que se avizinham. A par do clube anfitrião participaram ainda o ACD Che Lagoense, a Associação Desportiva Alvoreiros, a Associação de Ginástica Rítmica de Portimão e o Guia Futebol Clube.
Nesta edição fica a reportagem da competição da 1.ª e 2.ª Divisões .
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes
Cineteatro Louletano, em Loulé, esgotou, no dia 15 de fevereiro, com o concerto dos Capitão
Fausto, banda criada, em 2009, por Tomás Wallenstein, Domingos Coimbra, Manuel Palha, Salvador Seabra e Francisco Ferreira e que conta no seu repertório com cinco álbuns de estúdio editados entre 2011 e 2024.
«Gazela» marcou a estreia em 2011, com «Pesar O Sol», o seu trabalho mais experimental, a chegar em 2014. Com «Capitão Fausto Têm Os Dias Contados», de 2016, são aclamados pelo público e arrebatam a crítica. O sucessor é
«A Invenção do Dia Claro», lançado em 2019, e que inclui canções como «Amor, a Nossa Vida» e «Boa Memória» (da cidade de São Paulo, onde foi gravado). O novo álbum «Subida Infinita» viu a luz do dia em março de 2024, pela editora Cuca Monga.
O quinto registo de estúdio dos Capitão Fausto “é o fruto de anos muito intensos, de fins e princípios, de morte e vida, de procura e encontro”, descrevem. É também o último álbum a contar com a participação de Francisco Ferreira, que deixou de integrar a banda no início de 2024. Mais de uma década depois do seu álbum de estreia, a banda continua o seu percurso, numa constante reinvenção que vai progressivamente substituindo a massa enérgica e
irrefletida que ouvimos em «Gazela» por elementos cada vez mais pontuais e melódicos, que aguardam a sua vez até despontarem envoltos num som assertivo e agora ponderado.
Tomás, Domingos, Manel e Salvador seguem agora pelo país a aventura de mostrar estas canções, numa digressão que promete uma banda e um espetáculo em mutação, conforme ficou bem ilustrado nesta noite energética no Cineteatro Louletano.
Ana Isabel Soares, professora
ma pessoa sabe lá o que a faz gostar de um filme. Por estes dias, aconteceu mais uma das muito mediáticas
cerimónias da entrega de prémios da Academia de Hollywood – a festa da maior indústria ocidental de cinema, que já fez correr rios de tinta das rotativas das revistas de entretenimento e agora faz correr sequências numéricas de informação traduzida em imagens cheias de lantejoulas, rendas e outros enfeites luzidos. Conta a mitologia que os prémios se chamam Óscares porque uma antiga funcionária da Academia terá comentado, ao ver a estatueta que seria entregue aos de reconhecido mérito cinematográfico, que dava ares ao seu tio Óscar. Seja. Duvido que, mesmo entre os habitués da gala anual, se saiba quem era esse tal tio (ou a sobrinha que apadrinhou o prémio). Mas um Óscar é um Óscar, e esse talvez haja pouca gente no mundo, mesmo entre quem não visita as salas de cinema, que lhe desconheça os contornos. Outro fenómeno curioso é que, se o prémio para o melhor filme pode render bilheteiras chorudas, o negócio tem uma visibilidade particular em se tratando do Óscar dos melhores atores e atrizes (vá, até aos atores e atrizes secundários): é ver as revistas (perdão, os perfis de redes sociais das revistas) a faturar desde antes das
nomeações, a torcer por uma ou outra figura, e as ditas cujas figuras a faturar em contratos com outros ramos que alimentam esta roda insana, a moda em roupa, em joias, em relógios e sapatos, enfim, um sem fim de produtos tanto mais apetecíveis quanto menos úteis ou necessários. O que faz uma pessoa gostar de um filme está longe de ter alguma coisa a ver com esta girandola – mas tem, muito provavelmente, a ver com atrizes e atores: com as pessoas que, no sentido mais literal (o que acontece no cinema como no teatro), dão corpo às personagens das histórias que vemos no ecrã.
A mim, encanta-me sempre que descubro um novo ator, ou uma nova atriz. Ou então, quando só chegada a meio de um filme percebo que determinada personagem é uma atriz que já vira incontáveis vezes, que até admirava muito, mas que se transforma a tal ponto (e não se trata necessariamente de transformações de caracterização, figurino ou maquilhagem, ou pelo menos não apenas a esse nível). Deve ser a novidade que me encanta, a surpresa. De todas as vezes que viu um filme de Bruno Dumont, senti alguma surpresa. Um dos que mais me deixaram com o sabor do espanto e da novidade, conseguiu-o através da intriga, dos cenários (as gravações foram feitas nos lugares, não em estúdio), da banda sonora, da fotografia, de um certo sentido de
coreografia do conjuntos (porque são muitos os intérpretes que contracenam) –mas, acima de tudo, o que me deixou estupefacta, extasiada, feliz, com a descoberta em Ma Loute quando o vi numa noite de Verão no pátio da Sé de Faro, a lua quase cheia a entranhar-se nas nuvens e a tela animada pela aragem da
noite e pelo vento que parecia soprar desde costa norte da França, foi uma atriz em particular. Talvez fosse à espera de desconhecidos – afinal, L’Humanité, o filme de Bruno Dumond que eu vira antes de Ma Loute, não tinha no cartaz nomes sonantes. Certo é que as aventuras extravagantes e inesperadas de uma família de veraneantes no começo do século XX, as investigações de dois polícias perante uma série de misteriosos desaparecimentos e a vida, a dura, canibalesca vida, da escassa gente do quartier St. Michel me apareciam a traços tão burlescos que as caricaturas ocultavam quem as interpretava. E foi só a meio do filme, já depois de me habituar aos rostos perturbadores de Raph e de Brandon Lavieville (e do seu pai, Thierry Lavieville), à areia e ao cascalho da praia ventosa, às tempestades e ao céu azul, à melodia de Guillaume Lekeu – e ao Typhonium, a mansão cujo nome homenageia o tifo que levou o jovem compositor belga, que consegui confirmar (o que é uma maneira de repetidamente descobrir), que o talento com que uma das mais histriónicas personagens me marcava era o de Juliette Binoche.
s regiões do interior de Portugal enfrentam desafios significativos para atrair investimentos e promover o desenvolvimento económico num cenário global cada vez mais competitivo.
O panorama atual do interior de Portugal apresenta-se como um enigma complexo, exigindo uma análise minuciosa e a implementação de estratégias inovadoras para revitalizar estas regiões frequentemente negligenciadas. Este cenário configura-se como um dos maiores desafios económicos, não apenas de Portugal, mas de toda a Europa, onde o fenómeno da desertificação se intensifica, apesar das sucessivas medidas políticas implementadas nas últimas décadas.
A desertificação representa um desafio crítico que avança de maneira descontrolada, gerando um ciclo vicioso onde o declínio económico e demográfico alimentam-se mutuamente. O impacto na economia revela-se profundamente significativo, resultando no aproveitamento insuficiente dos valiosos recursos naturais e do potencial humano
disponível. Este fenómeno compromete, não apenas o presente destas áreas, mas também hipoteca o seu desenvolvimento futuro.
Nas últimas semanas têm surgido diversas iniciativas tecnológicas voltadas para o interior do Algarve, em Portugal. Embora seja positivo o foco na melhoria da conectividade e telemedicina para idosos, bem como na valorização da agricultura, é fundamental adotar uma abordagem mais abrangente e ambiciosa para o desenvolvimento sustentável desta região.
Este é apenas um exemplo de medidas destinadas a uma região cujo foco precisa ser melhorado e ampliado. Para atrair investimento e captar novos residentes, é essencial implementar estratégias mais diversificadas, inovadoras e abrangentes, capazes de responder eficazmente aos desafios específicos e potenciar o desenvolvimento da região.
As regiões do interior têm o potencial de se transformar em verdadeiros laboratórios de experimentação e desenvolvimento de projetos inovadores, capazes de atrair a atenção de investidores nacionais e internacionais. Podem emergir como hubs tecnológicos que tiram partido da tranquilidade e qualidade de vida do interior para
estimular a criatividade e atrair startups, ou até mesmo impulsionar a criação de novas empresas inovadoras. Afinal, a inovação não está limitada por fronteiras geográficas e pode florescer em qualquer lugar onde existam condições favoráveis ao talento e à imaginação.
O futuro do desenvolvimento económico de Portugal não se restringe aos grandes centros urbanos, mas abrange todo o território nacional, promovendo um crescimento equilibrado e inclusivo em todas as regiões.
Nuno Campos Inácio, editor e escritor
m Março de 2020 comecei a escrever o thriller «Covid-19 Jogos de Poder». O primeiro capítulo foi redigido ao longo do primeiro dia de confinamento, tendo a obra, com 460 páginas e 54 capítulos, com cenários e envolvências dispersas por 25 países, sido apresentada em Abril de 2021.
Para a elaboração da obra fiz um exercício muito comum na criação de obras de ficção ou de guiões cinematográficos. Procurei acontecimentos, reuniões e factos do passado recente, conjuguei-os e analiseios aos olhos do presente (considerandose presente o dia em que escrevia cada um dos capítulos) e consegui criar uma narrativa ficcionada que tem sido classificada como coerente e próxima da realidade.
A verdade é que não o é!... Toda a narrativa foi ficcionada e resulta da interpretação livre de factos do passado recente a partir de circunstâncias desse presente.
Se fosse escrita hoje, a obra poderia ter um enredo muito mais elaborado, encadeando o Covid-19 com a invasão da Ucrânia, os incidentes da Palestina, as crises económicas ou a guerra das tarifas
comerciais, mantendo a coerência do texto.
O meu avô paterno costumava usar da expressão de que «quem adivinha, ganha duas vezes»: ganha pelo que lucra e ganha pelo que não perde.
Nas últimas semanas o país tem assistido à criação de um thriller coletivo. Jornalistas, políticos, cidadãos comuns, entretêm-se a olhar para ocorrências do passado recente e a analisá-las aos olhos do presente, chegando alguns a ir mais longe, interpretando esses acontecimentos do passado à luz de eventuais factos futuros. Refiro-me, obviamente, às várias questões que têm sido levantadas a propósito das empresas de Luís Montenegro.
Normalmente, no final de cada ano, há quem atualize as profecias de Nostradamus e de Bandarra, de Baba Vanga e Tia Neiva, fazendo coincidir descrições visionárias do passado a factos concretos do presente. As visões do Apocalipse, que anunciam o Dia do Juízo Final, serão as mais profusamente adaptadas à realidade de um presente diário que se repete há dois mil anos.
Enquanto estas teorias da conspiração estão confinadas a livros ou telas de cinema, vistas como forma de entretenimento, não vem grande mal ao mundo. O problema é quando elas são
adotadas pela retórica política e passam a fazer parte do jogo político.
Perder a noção da realidade, deixar de conseguir separar o facto da ficção, ou, pior ainda, criar ficções a partir de factos reais para moldar um futuro de acordo com as vontades ou as necessidades de cada ficcionista, é um caminho extremamente perigoso, que conduz a sociedade para mundos paralelos, desprovidos de sentido lógico e racional. Irmos por aí é deixarmos de ser membros de uma sociedade real e concreta e passarmos a ser personagens de uma ficção.
Olhando para o caso Montenegro, creio estar em condições de elaborar um thriller com um enredo mais apetecível do que o do «Covid-19», até por termos muito mais informação disponível, fruto de uma devassa da vida privada nunca antes vista, mas que pode suportar toda e qualquer narrativa, seja ela mais próxima ou mais afastada da realidade. Importa, no entanto, recordar, que será sempre uma obra de ficção.
Ainda assim, para que essa ficção fizesse algum sentido e cativasse o leitor, credibilizando a narrativa, teria de contar com uma vidente entre as suas personagens principais. Só mesmo uma vidente com capacidades supranaturais poderia, em 2021, cumulativamente, ter sugerido a celebração de um contrato entre a Solverde e Luís Montenegro tendo em vista a renegociação do contrato da exploração de Casinos, uma vez que o contrato foi celebrado em Julho de 2021; Montenegro só chegou a Presidente do PSD um ano depois;
António Costa, que era quem naturalmente iria rever esse contrato, só se demitiu em Novembro de 2023; e Montenegro só ascendeu a PrimeiroMinistro em Março de 2024, pela vontade de milhões de eleitores portugueses.
Fazer toda essa ligação olhando do presente para o passado é extremamente fácil, percorrer o caminho inverso é um feito memorável.
Émuito fácil destruir, mas, por vezes, impossível reconstruir.
Esta é aquela semana em que se conhecem muitos dados numéricos sobre a igualdade de género, a presença das mulheres em vários sectores da sociedade e em que se discute o caminho que já se percorreu na defesa da igualdade de direitos e aquele que ainda falta percorrer.
Como a última crónica versou sobre o assunto da liderança no feminino e sobre a igualdade de género e de oportunidades, resolvi que esse não seria o tema de hoje. Uma semana profícua em «factos» e «não factos», trouxe-me esta frase à cabeça ao longo de todo o dia – o poder da destruição – ao mesmo tempo que hoje tentava encontrar tema para escrever mais uma crónica, participei num pequeno-almoço inspirador dedicado ao empreendedorismo feminino no UAlg Tec Campus, com a presença de um número expressivo de residente estrangeiras no Algarve.
Curioso…a manhã desenrolou-se em amena conversa sem uma única referência à política nacional, mas esteve presente uma enorme preocupação com o ambiente internacional e uma elevada
expetativa negativa sobre os conflitos mundiais em curso.
A frase remeteu-me nas minhas pesquisas para a obra sobre o Poder da Destruição Criativa, um livro de 2021, de Aghion, Antonin e Bunel, relacionado com a obra de Schumpeter, com prefácio de Carlos Moedas, que viria sobretudo alertar para o poder da destruição criativa, com a tecnologia a assumir o protagonismo principal.
Numa abordagem que hoje caracterizo de natureza mais filosófica, diria que a destruição criativa é uma força poderosa que tem impulsionado o capitalismo ao longo dos séculos. Trata-se do processo pelo qual indústrias e empresas obsoletas, que deixaram de ser lucrativas, são descontinuadas, permitindo que recursos como capital e mão de obra sejam realocados para atividades mais produtivas e inovadoras. Esse mecanismo é considerado um elemento central do capitalismo, funcionando como um motor do crescimento económico. Envolve o desmantelamento de práticas e estruturas antigas para dar espaço a novas ideias, tecnologias e métodos, promovendo a evolução constante da economia.
Até aqui tudo bem, pois se, por um lado, trazemos um motor de renovação e
substituição, com os inerentes impactos que podem mais ou menos positivos ou negativos, por outro, reconhecemos a subsequente transformação neste processo como meio para alcançar um futuro melhor.
Todavia, nesta alusão à destruição em termos gerais, pode-se levantar uma reflexão: Será que a agressão e a destruição são inerentes ao ser humano, ou são produtos de circunstâncias sociais e históricas? A destruição em larga escala, como é o caso de guerras ou desastres nucleares, resulta quase sempre na perda de vidas, em sofrimento humano, na deslocação de populações e em danos psicológicos duradouros. Sabendo disto porque se prossegue neste caminho?
Vamos escolher bem
Os episódios políticos do momento, a voracidade do gatilho comentador, a raiva despejada nas redes sociais por detrás de identidades forjadas, com objetivos pouco explícitos apontam caminhos duvidosos. Nas redes sociais, um comentário destrutivo pode ser publicado em segundos, mas as suas consequências — como o assédio ou a difamação — podem durar anos e ser quase impossíveis de reparar.
Uma sociedade informada procurará ser equilibrada na análise da conjuntura e na interpelação de políticas e medidas a implementar.
A ambição de um mundo melhor, com paz, segurança e sustentabilidade é um objetivo a fazer cumprir, mas com respeito pelo outro, numa ambição construtiva, fundamentada em dados reais, ancorada na justiça social.
Num mundo onde a destruição parece muitas vezes mais fácil do que a construção, cabe a cada um de nós escolher entre ser parte do problema ou da solução. A educação, o respeito e a ética não são apenas ideais — são instrumentos principais para transformar o poder da destruição em força de renovação. Se queremos um futuro de paz, segurança e sustentabilidade, precisamos de agir com consciência, reconhecendo que cada palavra, cada ação e cada decisão têm o poder de construir ou destruir. A escolha é nossa. Vamos escolher bem.
Sílvia Quinteiro, professora
idade é uma coisa tramada. À medida que os anos avançam, ficamos com cada vez menos paciência para certas coisas. Aquilo que antes nos incomodava um bocadinho transformase numa irritação difícil de conter.
E há tanta coisa que me irrita no Dia da Mulher. Desde logo, o facto de se confundir este dia com o igualmente insuportável Dia de São Valentim: as flores acompanhadas de falinhas mansas, o paternalismo com que nos colocam uma gerbera na mão, o tonzinho mavioso do “Feliz Dia da Mulher”, como se as mulheres precisassem de flores, de palavrinhas mansas, do ar de engate barato.
Mas o pior nem sequer é a assunção, por parte dos homens, de que um pequenoalmoço levado à cama uma vez por ano é sinónimo de respeito. O pior é as mulheres também acreditarem nisso. É aceitarem as flores, os chocolates, as prendinhas, como se fossem crianças felizes com um presentinho de Natal.
O Dia da Mulher é uma data política. Assinala a luta das mulheres pela igualdade de direitos. E pergunto-me: em que momento se começou a entender que a paridade, ou a luta pela mesma,
passa por sair uma noite por ano para ir ver strip masculino? Quando foi que a exploração do corpo dos filhos das outras mulheres passou a ser uma forma de reivindicação ou de celebração dos nossos direitos?
Todas as mulheres são, em maior ou menor grau, vítimas de uma sociedade na qual, mesmo que teoricamente extinta, a discriminação em função do género é uma realidade. Não é preciso falar de situações extremas como o feminicídio ou a violência doméstica.
Há alguns anos, no meu posto de trabalho, um «cavalheiro» a quem sempre evitei dirigir a palavra perguntoume:
— Como está a menina?
Respondi-lhe afavelmente:
— Ótima. E o menino?
Seguiu-se um amuo muito adulto, que durou décadas. O dito cavalheiro ficou ofendidíssimo por ser tratado por «menino». Vá-se lá entender.
Mais ou menos na mesma altura, numa reunião em que eu, ainda muito jovem, era a única mulher presente, um «senhor» disse que um outro estava a ser perseguido “só porque tinha dado umas bofetadas na mulher”. Na verdade, não
usou a palavra «mulher», mas mantenhamos o nível que lhe falta.
Fez-se silêncio. Os restantes homens presentes na sala olharam para mim e ficaram sem saber muito bem como reagir. Passou-se adiante, fingindo-se que ninguém tinha ouvido. Fiquei sempre com a impressão de que teriam dado umas valentes gargalhadas e anuído, não estivesse lá este empecilho. Já o dito par de jarras — o que deu as bofetadas e o amigo — continuaram em lugares de destaque. Pilares da sociedade. Uns campeões!
Se me chocam estas figuras pouco dignas de que lhes chamem homens? Chocam. Mas choca-me bastante mais
que as mulheres, as inúmeras mulheres que sabem destas e doutras histórias, pululem à volta deles. Que os bajulem. Que conspirem com eles. Que façam panelinha. Que, em troca de um favorzinho, traiam as mulheres que eles espezinham. Que se rebaixem e, com elas, rebaixem todas as mulheres.
Choca-me, sobretudo, que sejam essas as primeiras a intitularem-se feministas. A aparecerem em público, sem vergonha de citar quem lutou e se sacrificou, como se estivessem à altura. De florzinha na mão, num jantar de «meninas» — como se tratam a si próprias — repetindo a abominável infantilização das mulheres pelos homens. Tristes figuras, num triste Carnaval.
erça feira, 4 de Março, Dia de Carnaval.
Durante o almoço em casa vendo as notícias, depois de entre outros assuntos atuais passarem em destaque as trapalhadas de Trump no seu mais recente episódio com Zelenzky na Sala Oval e da polémica à volta da empresa de que Luís Montenegro é sócio, eis que o canal em que estou sintonizado resolve fazer uma ronda em jeito de reportagem pelas localidades onde está a decorrer o Carnaval, dando notícias, falando de previsões e entrevistando os carnavalescos. De repente a minha atenção ficou presa porque ao entrevistarem uma senhora em Sesimbra, ela muito entusiasmada declarava que o Carnaval ali era o melhor de Portugal porque era o mais brasileiro de todos……
Da mesma maneira com que muitas vezes nos prendemos a questões com as quais concordamos, também até por vezes e até com mais intensidade assinalamos as que vão em sentido contrário.
Sempre fui contra a importação de tradições culturais. Recordo-me dos meus tempos de docente, era sempre um pouco contrariado que participava com as
minhas turmas em festas do Halloween, que até eram do agrado da maioria dos colegas por várias razões, entre as quais, porque se abria uma oportunidade de fugirem um pouco à rotina das aulas (nada contra). Esta minha postura era, no entanto, menos radical em relação aos desfiles carnavalescos infantis (talvez porque era um modo de aguçar a criatividade na construção dos disfarces), desde que a acompanhá-los não houvesse um sistema sonoro a debitar sambas. Voltámos então à questão principal e facilmente o leitor chega à conclusão que o meu problema está no «abrasileiramento» dos nossos carnavais. Sou do tempo da Batalha das Flores em Loulé, o mais antigo Carnaval do país. Muito acesa está a memória do ano em que o rei do Carnaval foi Filipe de Brito, um acordeonista nascido em Almancil Nexe e que alcançou fama e prestígio em todo o país. Que orgulho ver aquele moço nascido no concelho de Loulé, passear em cima de um carro alegórico coroado de rei.
Confesso que durante alguns anos pensei gravar um disco com temas da nossa música popular, com arranjos contemporâneos a condizer e a que teria de se juntar posteriormente uma promoção/divulgação competente, de modo a que o povo pudesse ouvir e cantar por todo o país esses temas,
aportuguesando assim os ditos carnavais. Na verdade, ainda não é uma ideia totalmente posta de lado. Seria até uma maneira de dar a conhecer aos portugueses o nosso riquíssimo cardápio na área da música tradicional/popular portuguesa.
Atenção que não tenho nada contra os brasileiros nem contra a sua música, da qual até sou fã. São chamados, é-lhes proposto o contrato, aceitam e pronto. São profissionais (muito deles nem isso pois criam grupos na altura sabendo que é grande a procura, também tal se aplicando às chamadas rodas de samba). Mas, permitam-me ser um pouco nacionalista como são sem dúvida os organizadores do Carnaval de Veneza ou do German Carnival, ambos com uma tradição de vários séculos e que se baseiam nas histórias e crenças locais, tanto no vestuário como no formato organizacional, onde, claro, se inclui a música. Felizmente ainda nos resta lá para o norte o Entrudo Chocalheiro.
Eu posso lá constatar, infelizmente, que na minha terra e num evento que dura quatro dias (mais um dia para os desfiles infantis), nem por uma vez se ouça a Ti’Anica?
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