REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #403

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ALGARVE INFORMATIVO 9 de setembro, 2023

LEGIÃO#403 1 DIA DE SILVES | 136.º ANIVERSÁRIO DO COMANDO DISTRITAL DA PSP DE FARO | SÉTIMA ALGARVE INFORMATIVO LAR DA CRIANÇA DE PORTIMÃO | 9.º FESTIVAL DO PERCEVE | 19.ª MOSTRA DO DOCE CONVENTUAL


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ÍNDICE Comando Distrital da PSP de Faro festejou 136.º Aniversário em Lagos (pág. 20) Ana Mendes Godinho inaugurou ampliação da creche do Lar da Criança de Portimão (pág. 32) 9.º Festival do Perceve de Vila do Bispo (pág. 42) Silves homenageou personalidades no Dia do Município (pág. 56) Lagoa acolheu 19.ª Mostra do Doce Conventual (pág. 64) Reflect festejou 20 anos de carreira com concerto no Castelo de Silves (pág. 76) Sétima Legião em Tavira (pág. 94) Desfile de trajes de banho tradicionais em Lagos (pág. 104)

OPINIÃO Ana Isabel Soares (pág. 118) Fábio Jesuíno (pág. 120) Nuno Campos Inácio (pág. 122) Lina Messias (pág. 124) Dora Gago (pág. 126)

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Comando Distrital da PSP de Faro comemorou 136.º Aniversário em Lagos Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina oi sob o mote «Uma Polícia integral, humana, forte, coesa e ao serviço do cidadão», integrado na Estratégia PSP 20232025, que o Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Faro celebrou, no dia 25 de agosto, 136 anos ao serviço da democracia e do cidadão na região do Algarve, tendo Lagos sido o destino escolhido para este aniversário. O período da manhã ficou marcado pela homenagem e deposição de coroa de ALGARVE INFORMATIVO #403

flores, com presença de família e elementos policiais, na Praça Sérgio Martins, chefe da PSP morto em serviço em 2005, seguindo-se uma missa na Igreja de Santa Maria. Durante a tarde, com receção pela Guarda de Honra, decorreu a Sessão Solene no Auditório Paços do Concelho Séc. XXI, presidida pelo Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Lagos, Hugo Pereira, do então Diretor Nacional da PSP, o Superintendente Chefe Manuel Magina da Silva, e do 20


Comandante Distrital da PSP de Faro, o Superintendente Dário Prates. Na cerimónia foram prestadas honras policiais e tocado o Hino Nacional, havendo ainda lugar para imposição de condecorações e votos de louvores e animação musical. O momento serviu igualmente para celebrar um protocolo de cooperação entre a PSP e o Município de Lagos que prevê a futura instalação de um sistema de videovigilância em Lagos (CCTV), mais especificamente no centro histórico, uma ferramenta complementar da atividade policial, preventiva e reativa, com efeito dissuasor da prática de atos criminais, que contribuirá para a melhoria da segurança de munícipes e visitantes. Na ocasião, Hugo Pereira sublinhou o empenho e esforço da Autarquia de Lagos ao longo dos últimos anos para

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apoiar a Polícia de Segurança Pública, destacando, em 2010, a inauguração das novas instalações da Esquadra de Lagos, na Horta do Trigo, em estreita cooperação com o Ministério da Administração Interna e a PSP. “Foi a

concretização de um sonho para muitos, mas, sobretudo, a dignificação das condições de trabalho daqueles que diariamente se empenhavam e empenham na manutenção da segurança e bemestar locais. Foi um sinal convicto e robusto da confiança que depositamos na PSP, certificado, quer por residentes, quer por aqueles que nos visitam, mais não seja pela localização estratégica do edifício, numa das entradas mais concorridas da cidade”, indicou o edil

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lacobrigense, reconhecendo, todavia, que o seu afastamento do centro histórico,

“intenso e cheio de vida na época de Verão e, menos povoado e mais vulnerável no Inverno, criou junto da população um sentimento de desproteção, rapidamente contornado pela pronta aposta do Município e PSP num posto de atendimento, nos Antigos Paços do Concelho, mantendo-se assim a presença desta força de segurança na praça central da cidade, exercitando a vigilância e o apoio e, sobretudo, por força da sua presença física, dissuadindo comportamentos e ações perturbadoras da ordem pública”. Tem sido, na opinião de Hugo Pereira, uma colaboração profícua para ambas as partes, já que, “não obstante os

sempre insuficientes recursos disponíveis, sobretudo humanos, com o exemplar zelo e espírito de missão que orienta diariamente os agentes em exercício, a segurança do município tem sido garantida da melhor forma possível”.

“Contudo, estamos longe de atingir o equilíbrio e a estabilidade. As sociedades são cada vez mais dinâmicas, os fluxos migratórios mais frequentes e heterogéneos, a competitividade e as exigências, nomeadamente ao ALGARVE INFORMATIVO #403

nível da segurança, cada vez mais prementes e urgentes. O Relatório Anual de Segurança Interna de 2022 refere que a criminalidade geral, comparativamente ao ano de 2021, aumentou cerca de 14,1 por cento e que as participações registadas no distrito de Faro aumentaram 15 por cento. São factos que nos despertam a atenção e alertam para a necessidade de trabalho acrescido de todos nós, sociedade no seu todo, pois, para que as questões da segurança estejam asseguradas, é necessário garantirmos e fortalecermos grandemente o apoio a outras áreas essenciais como a educativa, social e cultural que assumem representatividade significativa numa estratégia de combate à criminalidade”, defendeu Hugo Pereira. Sobre a futura instalação de um sistema de videovigilância em Lagos, o executivo lacobrigense está consciente de que o recurso às novas tecnologias não é em si uma solução, mas sim “um

complemento à componente humana que necessitamos com urgência reforçar, a bem de uma 22


reversão rápida da tendência, pouco entusiasta, a que assistimos e, naturalmente, da salvaguarda da imagem da própria cidade em particular, e da região do Algarve, em geral, onde podemos viver e disfrutar dos seus encantos, em segurança, 365 dias por ano”, concluiu o presidente da Câmara Municipal de Lagos.

Criminalidade geral aumentou, mas a violenta e grave diminuiu no Algarve De acordo com os registos oficiais da criminalidade, no Distrito de Faro, quando comparada a criminalidade de 2022 com 2019 (contexto pré e pós pandémico), verificou-se um aumento da 23

criminalidade geral de 1,6 por cento (a nível nacional foi de +2,5 por cento) e uma diminuição da criminalidade violenta e grave de 7,6 por cento (a nível nacional foi de – 7,8 por cento). No Algarve, o peso relativo da criminalidade registada na área da responsabilidade da PSP é de 28 por cento da criminalidade geral e de 38 por cento da criminalidade violenta e grave. Entre janeiro e julho de 2023 e o período homólogo de 2022, registou-se um aumento de 17,1 por cento na criminalidade geral e um aumento de 6,1 por cento na criminalidade violenta e grave, com o Superintendente Dário Prates a destacar igualmente o aumento da criminalidade associada à proatividade policial de +21,7 por cento e um aumento substancial de detidos de 27,4 por cento, isto é, de 413 para 526 detidos, em termos absolutos. “Mas, se

compararmos os dados referentes ALGARVE INFORMATIVO #403


de 2023 com o período homólogo de 2019, verificamos que, no presente ano, existem mais crimes registados (+ 1,6 por cento) e menos crimes violentos e graves (7,6 por cento). Os crimes de furto de oportunidade, de veículo motorizado, em edifício comercial sem arrombamento, e por carteirista, são os crimes com maior aumento em 2022 quando comparado com 2021. Por outro lado, os crimes de furto em residência, em edifício comercial com arrombamento, desobediência e furto em veículo motorizado, foram os que maior diminuição apresentaram no mesmo período”, explicou. A forte atividade operacional do Comando Distrital de Faro da PSP, em 2022, resultou em 791 operações de fiscalização rodoviária e 1.184 operações policiais, correspondendo a 109 por cento dos objetivos delineados. No âmbito do policiamento de proximidade, realce para as 3 mil e 572 ações de sensibilização e prevenção criminal e ainda os 1.563 contactos individualizados efetuados no âmbito dos Programas de Proximidade «Escola Segura», «Apoio 65 – Idosos em Segurança», «Comércio Seguro» e «Violência Doméstica». No que toca ao combate ao crime, designadamente na vertente de investigação criminal, e no ano de 2022, o Comando Distrital de Faro recebeu para investigação 5 mil e 534 novos inquéritos, tendo concluído 5 mil e 469. Realizou 95 buscas, apreendeu 47 ALGARVE INFORMATIVO #403

armas, incluindo 16 armas de fogo, e valores acima dos 124 mil euros. Apreendeu droga num valor superior a 90 mil euros e deteve 257 suspeitos, 130 dos quais em flagrante delito por diversos crimes, tendo 21 deles ficado sujeitos a prisão preventiva. Realizou também 511 inspeções a locais de crime, com a identificação de 34 suspeitos. Relativamente à implementação do sistema de CCTV na cidade de Lagos, Dário Prates lembrou que o sistema de Portimão, em funcionamento há cerca de um ano, com 36 câmaras nas áreas de maior risco, e já com proposta de ampliação de mais 5 câmaras, foi utilizado até à data como meio de prova em 69 inquéritos crime. “Estão agora a

ser desenvolvidos esforços de ampliação do sistema à zona comercial do centro da cidade. Em Olhão, o sistema tem 26 câmaras instaladas e foi agora aprovada a instalação de mais 41 câmaras. O sistema de CCTV de Olhão já contribuiu com prova para 31 investigações criminais”, apontou o Superintendente, antes de virar a atenção para a questão dos recursos humanos. “O Comando de Faro

possui hoje 806 polícias, com uma média de idades de 47,65 anos, e apenas 5,6 por cento do nosso efetivo é do sexo feminino. A esquadra de Lagos tem um efetivo de 62 polícias e uma média de idades de 48,76, com somente dois polícias do sexo feminino. E metade destes polícias têm mais 24


de 50 anos e cerca de 1/3 (18) têm mais de 55 anos, com a possibilidade de virem a ser, a pedido, dispensados de serviço noturno, conforme prevê o estatuto de pessoal da PSP. É, pois, imperioso manter a renovação dos recursos humanos como um desafio estratégico para a PSP e para o Comando Distrital de Faro. Não obstante esta constatação, reconhecemos a decisão da Direção Nacional de, em 2022, colocar neste Comando 60 polícias – Agentes e Agentes Principais”, declarou Dário Prates. Em relação aos meios materiais e às instalações, de salientar a inauguração das novas instalações da esquadra da PSP 25

de Vila Real de Santo António, no dia 1 de março de 2023, e a remodelação das instalações da Divisão de Portimão, resultante da conjugação de esforços da Câmara Municipal de Portimão, Secretaria Geral do MAI e da Direção Nacional da PSP, num valor global de cerca de 1 milhão e 700 mil euros.

“Relembrando que as condições de trabalho dos polícias de proximidade são também as condições para receber os cidadãos, em especial as vítimas de crime, pelo que se mantém a necessidade urgente de intervenção das instalações da esquadra de Olhão. A nossa expetativa é de que uma solução possa ser identificada rapidamente, para podermos ALGARVE INFORMATIVO #403


garantir as melhores condições de trabalho aos polícias e uma qualidade de serviço ao cidadão que hoje não conseguimos”. Já sobre a Estratégia Integrada de Segurança Urbana, documento de enquadramento político e estratégico,

“indica-nos os caminhos a seguir no contexto do espaço urbano, na proteção dos espaços públicos, na abordagem à delinquência juvenil e criminalidade grupal, violência doméstica, os crimes de ódio e do terrorismo e radicalismos”. “As Forças de Segurança participam na dimensão proativa social de prevenção e proximidade e na dimensão proativa operacional, garantindo a articulação e harmonia na conjugação de esforços para o que se pretende afinal: a melhoria da segurança urbana através da cooperação e proximidade”, frisou Dário Prates, que não esqueceu também o desafio inerente à assunção das atribuições do SEF, com destaque para o controlo fronteiriço no Aeroporto Gago Coutinho.

Remuneração, habitação e rejuvenescimento são prioridades do governo No uso da palavra, José Luís Carneiro enalteceu o empenho, espírito de missão e profissionalismo dos agentes ao serviço da comunidade, lembrando que o Comando Distrital de Faro cobre uma ALGARVE INFORMATIVO #403

vasta região do Algarve e é responsável pelo garantir da segurança de mais de 200 mil habitantes residentes, a que se deve somar um elevado número de população sazonal com origem em fluxos turísticos. “O turismo, enquanto

principal motor da atividade económica do Algarve, torna mais evidente a importância da segurança no reforço da imagem desta região como destino de férias e de lazer ao longo de todo o ano. O Algarve é, pois, a prova da relação entre segurança, coesão social e territorial e desenvolvimento sustentado”, frisou o Ministro da Administração Interna, realçando o desempenho muito meritório da PSP nas áreas da proatividade policial, do modelo integrado de policiamento de proximidade, da investigação criminal, da fiscalização policial e do trânsito e na área do combate ao tráfico de estupefacientes. O governante destacou igualmente o espírito de cooperação para a concretização da segurança das populações do distrito verificável na ativação do programa de patrulhamento de proximidade e de visibilidade «Algarve Seguro», que conta com o empenhamento dos meios da PSP, da GNR, do INEM, do SEF e da Proteção Civil. “O diálogo estreito com os

autarcas – interlocutores fundamentais para a definição e implementação das políticas públicas de segurança a nível local 26


– é a pedra de toque numa estratégia de segurança integral, multidimensional e multinível. É certo que alguns indicadores globais de segurança, ainda por força dos efeitos conexos do covid19, no quadro de uma certa tipologia de conflitualidade, designadamente associada à delinquência juvenil nos meios urbanos, preocupam-nos a todos. Mas quero aqui e agora afirmar que os grandes indicadores nacionais de avaliação da criminalidade apontam para um quadro que globalmente regista sinais positivos, como a condição de Portugal como um dos países mais pacíficos do mundo assim o parece demonstrar”. 27

O Ministro da Administração Interna falou também da reorganização do dispositivo policial, em especial nos centros urbanos, seja pela concentração de meios, seja pelo adequado balanceamento do efetivo, entre as necessidades de atendimento ao cidadão e a presença policial nas ruas, seja pelo investimento em tecnologias orientadas para a segurança, desde os sistemas de videovigilância a centros de comando e controlo de nova geração. Prioritária é também a valorização profissional e técnica dos recursos humanos das Forças e Serviços de Segurança “e temos

previsto até 2026, porque já está autorizado, um investimento superior a 607 milhões de euros, destinados a modernizar as infraestruturas, materiais e tecnológicas, dando melhores ALGARVE INFORMATIVO #403


condições de dignidade fundamentais ao seu sucesso operacional”. “É o maior volume de investimento de sempre na modernização, requalificação e dignificação das condições de trabalho e de melhores indicadores de operacionalidade das forças e serviços de segurança. No presente, o valor do investimento pago e já acordado é superior a 154 milhões de euros, o que equivale a uma execução de 25 por cento do total do investimento previsto até 2026. Tal demonstra o nosso compromisso com as nossas forças de segurança na realização do objetivo de melhorarmos a capacidades de realização da sua missão em prol da segurança de todos”, salientou José Luís Carneiro. No seu discurso, o governante recordou ainda que o Orçamento de Estado de 2023 aumentou os índices remuneratórios na carreira dos agentes da Polícia de Segurança Pública e dos militares da Guarda Nacional Republicana, concretizando-se os aumentos dos índices remuneratórios na carreira de agentes e guardas das forças de segurança entre 8,95 e 12,71 por cento. “Estamos a falar de

aumentos entre os 90 e os 107 euros, conforme as respetivas posições remuneratórias. Também em 2023 concluímos o pagamento dos retroativos de suplementos remuneratórios não pagos, em ALGARVE INFORMATIVO #403

períodos de férias, aos elementos da GNR e da PSP, que teve início em 2020 e está a ser pago de forma faseada até ao presente ano, à razão de 28,5 milhões de euros por ano. Ainda em 2022 procedeu-se à atualização do subsídio de risco das FSS, com a componente fixa a passar de 31,04 para 100 euros, o que representa um aumento de 69 euros por mês e de 966 euros por ano”, indicou José Luís Carneiro. No que concerne especificamente à PSP, para além do esforço no incremento das condições salariais dos seus agentes, o Ministro sublinhou a aposta no rejuvenescimento dos seus quadros, tendo-se procedido ao alargamento dos requisitos de admissão para os candidatos à PSP, com o aumento da idade máxima para 30 anos, e possibilidade de candidatura com o 12.º ano por concluir. Neste contexto, no final de 2022 iniciaram a formação cerca de 550 alunos do novo curso de formação de agentes, que irão reforçar o efetivo da instituição no segundo semestre de 2023. A habitação é outro dos eixos do compromisso do Governo para com as Forças e Serviços de Segurança, num processo em que estão envolvidas várias autarquias. Assim, no âmbito do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, estão previstos 36,5 milhões de euros para o alojamento destes efetivos, num propósito de melhorar as suas condições de vida profissional. Este investimento permitirá, só aos Serviços Sociais da PSP, intervir e reabilitar cerca de 300 fogos, 28


em praticamente todos os distritos do país. Contudo, apesar do esforço de investimento nas condições de trabalho e na dignificação da missão das Forças de Segurança, o Ministro da Administração Interna tem uma clara noção de que muito há para fazer, “na procura de

respostas às dinâmicas permanentes da sociedade e aos enormes desafios que se colocam à Segurança Interna, na prevenção e combate ao crime e às mais diversas formas de delinquência e ameaças”. “A posição de Portugal como um dos países mais seguros do mundo resulta do inexcedível trabalho das nossas Forças e Serviços de Segurança, mas tem um fundamental empenho das portuguesas e dos portugueses que, no trabalho, na escola, na sua 29

vida cívica e no seu dia-a-dia, contribuem para que a variável Segurança se transforme numa mais-valia de Portugal, designadamente na afirmação da sua imagem externa. A população do Algarve há muito que reconhece o valor da presença da PSP e confia no seu trabalho, conduzido muitas vezes em condições difíceis de combate às diferentes formas de criminalidade e de delinquência. Os portugueses e todos os que demandam o Algarve sabem que podem contar convosco e confiam na vossa coragem e na vossa determinação e disponibilidade que todos os dias demonstram para servir Portugal e os valores da Cidadania”, termin0u José Luís Carneiro . ALGARVE INFORMATIVO #403


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Ana Mendes Godinho inaugurou ampliação da Creche do Lar da Criança de Portimão Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, participou, no dia 1 de setembro, na inauguração da ampliação da Creche do Lar da Criança de Portimão, numa cerimónia na qual participou igualmente a Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes, o ALGARVE INFORMATIVO #403

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, José Apolinário, a Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, e a Diretora do Centro Distrital de Faro da Segurança Social, Margarida Flores. A ampliação da valência localizada na Urbanização Quinta da Ouriva, na Ladeira do Vau, em Portimão, foi efetuada no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e traduzse no aumento da capacidade em creche 32


em mais 42 vagas, divididas em três salas, sendo 10 vagas em berçário, 14 na sala de 1-2 anos e 18 na sala de 2-3 anos, a somar às 204 já existentes no Lar da Criança de Portimão. O Lar da Criança de Portimão iniciou a sua atividade no apoio materno-infantil em 1941 e tem, desde 1968, em funcionamento o seu equipamento sede, junto à PSP, em Portimão, com as respostas sociais de Creche, Pré-Escolar, ATL e Estudo Acompanhado, com 430 utentes neste início de ano letivo. Possui ainda, desde 2018, a Clínica do Lar da Criança de Portimão, de apoio aos utentes da Instituição e à comunidade de Portimão, com cerca de 15 especialidades na área pediátrica, como é o caso da pediatria e das várias terapias da fala, 33

ocupacional e do desenvolvimento, entre outras. Construiu e abriu portas, em 2012, do Polo da Quinta da Ouriva, com capacidade para 84 utentes em creche, ao abrigo do financiamento do programa PARES e de um protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Portimão, “que

financiou o remanescente das obras e alguns equipamentos, tendo ainda doado o lote de terreno”, recordou Mário Guerreiro, presidente da direção do Lar da Criança de Portimão. Nessa altura, a instituição foi desafiada pelo Município de Portimão para atuar na Urbanização Quinta da Ouriva, situada a norte da EN 125, com fogos de Habitação a Custos Controlados e que não tinha ALGARVE INFORMATIVO #403


qualquer oferta desta resposta social.

“Aceitamos, de imediato, o desafio e orgulhamo-nos da qualidade arquitetónica do edifício que permitiu a atual ampliação, bem como do projeto pedagógico aqui desenvolvido”, declarou Mário Guerreiro, lembrando que, em 2014, sem Acordo de Cooperação, “construímos

e abrimos a sala do pré-escolar, com capacidade para 25 utentes”. “Os pais no fim do ciclo da creche não encontravam resposta suficiente nas escolas públicas do concelho, situação que ainda presentemente acontece. Hoje aqui estamos a testemunhar o aumento da oferta em creche no nosso concelho, ao abrigo do ALGARVE INFORMATIVO #403

financiamento do PRR. Projeto em que, mais uma vez, investimos todo o nosso know-how, na sua execução, licenciamento, concurso público, construção, e, finalmente, obtenção da licença de utilização, assim como em todos os procedimentos de contratação de pessoal para a concretização da abertura, no dia 4 de setembro, de mais 42 vagas em creche”. Mário Guerreiro aproveitou a ocasião para agradecer o contributo da Presidente da Câmara Municipal de Portimão, dos Vereadores da Educação e do Urbanismo, e da Equipa Técnica, no licenciamento da obra e na concretização do Protocolo de Investimento para o equipamento das salas. “Quero 34


agradecer ainda o empenho da Diretora Regional da Segurança Social e dos seus técnicos, no apoio dado ao nível da candidatura e dos procedimentos do PRR, assim como na conclusão, em tempo útil, do Acordo de Cooperação relativo a estas salas que agora inauguramos. Este investimento é fundamental para a prossecução da estratégia de crescimento do Lar da Criança de Portimão, na medida em que permitirá ampliar a resposta de qualidade, de forma mais adequada às necessidades do concelho, e oferecer também maior qualidade pedagógica às crianças, quer na sua atividade de 35

desenvolvimento cognitivo e físico, quer no contacto com novas experiências de lazer”. O responsável adiantou ainda que, devido ao forte crescimento deste Pólo nos últimos 10 anos, há necessidade de expandir os espaços de recreio e de jogos, sendo que a Câmara Municipal de Portimão já se disponibilizou para doar um terreno anexo “para que possamos num

futuro próximo realizar mais esse sonho e investir no recreio e no equipamento desportivo”. Uma intenção confirmada por Isilda Gomes, elogiando o que considera ser

“uma resposta à altura daquilo que Portimão merece e precisa, por ser uma cidade com uma economia pujante”. “O Mário Guerreiro tem sido um autêntico «guerreiro» na ALGARVE INFORMATIVO #403


luta pela dignificação desta instituição, que compete hoje com qualquer entidade privada. A Margarida Flores é outra lutadora, fala com toda a gente, bate a todas as portas, a alertar-nos para aquilo que é preciso fazer. E aqui está um exemplo de que o PRR está a ser colocado em prática e a dar bons resultados, para satisfação do José Apolinário”, comentou a autarca portimonense, alertando, todavia, para a crescente dificuldade em se responder às necessidades das famílias do concelho no que toca à educação. “Portimão

precisa de mais 200 vagas nas escolas do concelho neste ano letivo e é muito complicado para qualquer autarquia fazer face a

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este cenário de um momento para o outro. Obviamente que todos fizeram o que podiam e até a própria Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão vai disponibilizar cinco salas de préescolar e primeiro ciclo, porque temos que evitar, a todo o custo, colocar crianças em contentores”, afirmou Isilda Gomes. A autarca revelou que foram também reabertas salas de antigas escolas que tinham siso cedidas ao movimento associativo, como aconteceu na Escola da Pedra Mourinha. “É fundamental este

espírito de cooperação e colaboração e esta Ministra é um exemplo de determinação e de capacidade de trabalho e de

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resolução de problemas. Estamos aqui a promover um futuro melhor e uma maior inclusão, seja de crianças, de jovens, de idosos, porque é nossa obrigação construir uma sociedade mais democrática e igual para todos. E isso só acontecerá quando conseguirmos dar resposta aos grupos mais vulneráveis”, considera a presidente da Câmara Municipal de Portimão. A ampliação da creche do Lar da Criança de Portimão na Urbanização Quinta da Ouriva é, segundo Ana Mendes Godinho, um exemplo do que está a suceder um pouco por todo o país neste ano letivo. “A medida

governamental que garante creches gratuitas é 37

transformadora em várias dimensões, ao libertar as mulheres para terem um nível de participação e de igualdade no trabalho idêntico ao dos homens. E assegura que as crianças, independentemente do rendimento dos pais e das condições socioeconómicas em que vivem, têm o mesmo espaço de desenvolvimento”, manifestou a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. “Ter condições de

desenvolvimento iguais desde que se nasce é o que faz a diferença nas nossas vidas e não podemos aceitar que existam 16 por cento de crianças em risco de pobreza. E esta medida também diz aos jovens que podem riscar da ALGARVE INFORMATIVO #403


equação o custo que tinham com as creches, porque a sociedade precisa das crianças e está a assumir, de forma coletiva, essa despesa”. Ana Mendes Godinho reconheceu igualmente que a Administração Pública tem que mudar e acelerar a sua capacidade de resposta aos acontecimentos do dia-a-dia, “porque o

mundo está a correr muito depressa”. “A pandemia mostrounos que podíamos fazer mais e melhor do que estávamos a fazer, com a Segurança Social a conseguir proteger um milhão de postos de trabalho, fruto de um trabalho incansável e de uma revolução na forma como colocava os instrumentos ao serviço das ALGARVE INFORMATIVO #403

empresas, dos trabalhadores e das pessoas. E agora vai fazer isso com as creches”, elogiou a governante, salientando que, no arranque deste ano letivo, o Algarve vai contar com mais cerca de 650 lugares do que no ano letivo transato. “Basicamente estamos a

deitar abaixo tudo o que é burocracia e aquilo que não acrescenta valor social. O que interessa é chegar a mais crianças, não há barreiras que nos impeçam”, disparou. “E o PRR está a financiar estes projetos e a demonstrar que a resiliência social não é um conceito abstrato, é um conceito completamente prático, ter mais crianças nas creches num país que precisa desesperadamente de mais jovens” . 38


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Milhares de pessoas rumaram à Capital do Perceve de 1 a 3 de setembro Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina epois da pausa ditada pela pandemia, o Festival do Perceve regressou a Vila do Bispo, de 1 a 3 de setembro, atraindo ao concelho milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, desejosos de saborear uma das maiores iguarias gastronómicas da região algarvia, os perceves. ALGARVE INFORMATIVO #403

Dedicado aos sabores do mar, com o perceve à cabeça, este festival fez as delícias de todos os que apreciam petiscos como os mexilhões, burgaus, lapas, navalheiras, polvo, papas de xerém, moreia frita, entre outros. Além das especialidades da cozinha vilabispense, o evento, que decorreu junto à E.B. 2,3 de São Vicente, em Vila do Bispo, contou também com uma zona de expositores de doces, produtos regionais, artesanato, entre outros. 42


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A nona edição do certame foi organizada pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Associação dos Marisqueiros da Vila do Bispo e Costa Vicentina, e foi abrilhantada pela música de «A Kind of Queen – Tributo aos Queen», da Festa M80 e do grupo Adiafa. Um evento que este ano contou com a presença da Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, na inauguração oficial, a par de diversos autarcas algarvios, deputados da Assembleia da República e dirigentes de órgãos descentralizados do poder central. Motivos de satisfação não faltaram, por isso, a Rute Silva, presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo, que recordou que o concelho é definido muito particularmente pela sua extrema 45

geografia, recortada pela ímpar natureza geológica do Cabo de São Vicente, que fazem dele a «Capital do Perceve», resiliente crustáceo marinho que floresce nas poderosas arribas da Costa Vicentina, temperado pelo sol do Atlântico e pelo sol do Mediterrâneo. “Para muitos

apreciadores desta nossa iguaria, o seu sabor, ímpar e delicado, revela-se como um autêntico «beijo do mar». A apanha do perceve na costa de Vila do Bispo é uma atividade de remota tradição e de elevada importância para a economia local, realidade bem documentada desde a Pré-história. Sabemos que há 35 mil anos já se apanhava e consumia perceve nesta extrema finisterra do ALGARVE INFORMATIVO #403


sudoeste europeu”, declarou a autarca. Desde então, as técnicas de apanha de perceve não terão evoluído muito além da sua original ancestralidade, exigindo, tão somente, destreza e coragem, pelo que os apanhadores de perceves podem ser considerados especializados aventureiros numa profissão de altorisco. “Há muito que as nossas

gentes dividem as suas vidas entre a terra e o mar, guiadas pelos ciclos da lua e das estações, diversificando a exploração dos recursos naturais disponíveis de forma exemplarmente sustentável. Temos na arrilhada um exemplo perfeito dessa sazonal versatilidade rural e marítima. Feitas da terra e do mar, ALGARVE INFORMATIVO #403

as nossas gentes usaram a mesma ferramenta, a arrilhada, para limpar lâminas de arados e para apanhar perceves. A apanha do perceve consiste, portanto, numa atividade de notável personalidade que confere identidade ao sabor único deste marisco tão querido do nosso concelho e assumindo-se como diferenciador ativo do Património Cultural Imaterial de Vila do Bispo”, enfatizou Rute Silva. Nas palavras da autarca vila-bispense, nas suas assombrosas jornadas, sempre que o mar permite, estes marisqueiros enfrentam a escarpada vertigem das falésias, entregando a vida às cordas que abraçam com a confiança do saber, 46


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mergulhando na espuma das ondas com uma arrilhada na mão, e regressando à superfície da realidade com um bornéu cheio de preciosos tesouros oferecidos pelo mar. “Os nossos marisqueiros

são verdadeiros «filhos de um mar maior» e, para quem, porventura, reclame sobre o preço de um quilo de perceve, recomendo o visionamento dos muitos documentários que existem a retratar esta arriscada profissão. Será também importante ouvir as aspirações e considerar as propostas dos nossos mariscadores no que diz respeito à gestão do stock e dos habitats do perceve, designadamente ao período de defeso e às cotas de apanha, propostas assertivamente 49

fundamentadas na experiência diária e na observação direta. Em última instância e sem reservas, os mariscadores perceveiros serão os principais interessados na manutenção do ecossistema que os sustenta e alimenta as suas famílias”, frisou Rute Silva. “Uma profissão muito arriscada, muito perigosa e muito pouco valorizada”, descreveu Paulo Lourenço, presidente da direção da Associação dos Marisqueiros da Vila do Bispo e Costa Vicentina, não poupando elogios aos homens e mulheres que optaram por este estilo de vida. “A apanha do perceve

em Vila do Bispo é algo cultural que tem sido passado de geração em geração, e é isso que nos ALGARVE INFORMATIVO #403


propomos continuar a fazer, protegendo sempre o recurso e transmitindo aos mais novos as boas-práticas e preocupações com o meio ambiente”, assegurou o marisqueiro. Pela primeira vez em Vila do Bispo no desempenho das suas funções, a Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, reconheceu os riscos da apanha do perceve, “uma atividade

ao serviço do desenvolvimento económico, social e ambiental deste território”. “Sabemos que os mariscadores são os primeiros interessados em manter os stocks em níveis aceitáveis para que se ALGARVE INFORMATIVO #403

possam reproduzir, e que são os primeiros a querer ter o mar limpo, sem plásticos e materiais que degradem a própria qualidade do perceve que estão a apanhar. Perceves que depois são comercializados para vários pontos do país, num trabalho que consideramos de grande relevância”, declarou a governante. Segundo Maria do Céu Antunes, estão registados, em Portugal, cerca de 1.900 apanhadores e pescadores apeados, dos quais 1.100 na Capitania de Lagos, onde se insere Vila do Bispo. “Na área de

jurisdição desta Capitania foram vendidas em lota mais de 51 50


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toneladas de pescado, capturado pelos apanhadores, totalizando mais de 600 mil euros, dos quais cerca de 350 mil euros correspondem a 24 toneladas de perceve. É um valor bastante significativo”, frisou a Ministra da Agricultura e da Alimentação, enaltecendo a cooperação, a junção de sinergias, a proximidade e a confiança que se verifica entre os pescadores, a sociedade civil, a Academia e a administração. “Estamos todos

implicados neste novo ciclo de programação em continuar a fazer este trabalho que tão bons resultados tem dado. Apoiar a pequena pesca é uma das nossas ALGARVE INFORMATIVO #403

prioridades, porque representa cerca de 90 por cento da frota registada em Portugal. Tem uma importância estratégia do ponto de vista do desenvolvimento sustentável que queremos preservar, assim contribuindo para a nossa própria segurança alimentar. Os portugueses são o povo que mais peixe consome, e o peixe que nós capturamos, transformamos e depois vendemos é um fator distintivo para o equilíbrio da nossa Balança Comercial”, considerou Maria do Céu Antunes, antes de iniciar a visita ao 9.º Festival do Perceve de Vila do Bispo . 52


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Silves homenageou personalidades do concelho no Dia do Município Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ntegrado nas comemorações do Dia do Município, teve lugar, no dia 3 de setembro, no Castelo de Silves, a homenagem a personalidades do concelho, tendo sido atribuída a Distinção Municipal – Prémio Música a Reflect; a Distinção Municipal – Prémio Literatura a Manuel Neto dos Santos; e a Distinção Municipal – Prémio Artes a Jorge Santos, a título póstumo. As Distinções de Mérito Municipal são concedidas a personalidades que, com o intuito da ALGARVE INFORMATIVO #403

prossecução do bem comum, contribuíram para o engrandecimento e dignificação do Município. Pedro Pinto tornou-se Reflect há 20 anos e tem sido um dos principais polos agregadores de talentos algarvios, não só a nível musical, mas também de outras correntes artísticas, como a dança e a poesia. Em Armação de Pêra fundou e dirige a Kimahera, que, apesar de ser uma editora de Hip-Hop de génese, o seu historial vai muito para além de rótulos, géneros ou fronteiras. 56


Manuel Neto dos Santos, poeta, ator, declamador e tradutor, nasceu em Alcantarilha a 21 de janeiro de 1959, sendo um ativista cultural desde a adolescência. Figura incontornável na moderna poesia portuguesa, é autor de importante e multifacetada obra poética, grande parte dela ainda inédita. Jorge Santos nasceu em Silves e era formado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha. Enquanto artista plástico, o seu percurso passou pela pintura, escultura, vídeo, fotografia e gravura. O seu trabalho é reconhecido, não só em Portugal, como no estrangeiro, integrando coleções privadas nacionais e internacionais. Antes da entrega das distinções, Rosa Palma, presidente da Câmara Municipal

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de Silves, recordou que corria o ano de 1189 quando tropas cristãs auxiliadas por cruzados e comandadas por D. Sancho I conquistaram a cidade de Silves que se encontrava sob o domínio muçulmano.

“É certo que a história da nossa cidade remonta a tempos ancestrais, pois vestígios préhistóricos e romanos comprovam que desde há muito que este aprazível local, junto ao rio Arade, foi escolhido para a fixação de diferentes povos. Porém, serão os quase cinco séculos de ocupação muçulmana que marcarão profundamente a nossa história. É justo honrar o legado de um tempo em que Silves, a então Xelb, era a mais grandiosa cidade do ocidente da Península Ibérica,

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um importante polo comercial, cultural e político do al-Gharb alAndaluz, elogiada e imortalizada por poetas e filósofos como Ibn Ammar ou o rei Al-Mut'amid”, apontou a autarca Na data da conquista do Castelo de Silves, Rosa Palma destacou a multiculturalidade que é a essência e raiz do concelho e reconheceu que a unidade deste território, que se estende da serra ao mar, se constrói na integração da diversidade, do pluralismo, da diferença,

“tendo consciência que esta coesão se constrói, se conquista a cada por momento, por todos nós”. “O propósito deste Dia do Município é celebrar aquilo que somos, o que nos une, a força de que somos feitos e a coragem com que enfrentamos cada desafio. Aos clubes, associações e coletividades do concelho endereço um especial agradecimento pelo esforço e pelo incansável trabalho desenvolvido e que, nem em períodos mais adversos, se esmoreceu. Muito pelo contrário, mostraram ter uma grande capacidade de resiliência e continuaram a trabalhar, empenhada e afincadamente, na formação e no desenvolvimento dos seus atletas e do seu percurso desportivo, inclusivamente com participações e excelentes resultados em campeonatos, não só regionais e nacionais, mas ALGARVE INFORMATIVO #403

também internacionais, que tanto nos enchem de orgulho”, salientou. Olhando para a gestão municipal, Rosa Palma alerta que os desafios são cada vez maiores “quando a descentralização

de competências do Estado, nas áreas da saúde, educação e ação social, não é acompanhada, nem dos recursos humanos, nem dos recursos financeiros indispensáveis ao seu exercício; quando a inflação não pára de subir e o custo das matérias-primas, dos serviços, das empreitadas, aumentaram de forma brutal; e quando as receitas próprias são sempre insuficientes para cobrir as necessidades das populações e do território, tornando absolutamente imperioso priorizar a despesa e o investimento numa lógica sectorial, territorial e global”. “O Município de Silves e o seu Executivo Permanente tudo têm feito para, diariamente, superar as diversas adversidades e, reinventando-se, cumprir o compromisso que tem junto das populações de forma exigente e ambiciosa. Como Presidente da Câmara tenho orgulho em liderar uma equipa e um executivo que tem sabido aproveitar o pacote de fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020, do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência, instrumentos 58


fundamentais para a concretização de inúmeros projetos e aspirações que nos têm ajudado a melhorar o bem-estar das populações, a sua qualidade de vida e a competitividade de um concelho com um vastíssimo potencial da Serra ao Mar”. No plano orçamental, Rosa Palma explicou que se acomodaram metas e objetivos, projetos e obras estruturantes e emblemáticas para a prossecução do desenvolvimento sustentável, coeso e integrado do concelho, realçando “uma

política fiscal, de preços e incentivos, amiga do cidadão, da empresa e do contribuinte; de reconhecimento de isenções e 59

reduções de taxas municipais, assim como a atribuição de benefícios fiscais e apoios financeiros à reabilitação urbana e ao investimento sustentável no concelho de Silves e à proteção, recuperação e dinamização da economia local no contexto pandémico; mas também uma política de apoio social a pessoas e famílias carenciadas ou em situação de vulnerabilidade, por forma a aliviar o esforço de cidadãos e famílias nas suas despesas de habitação, saúde, educação, transportes e outras imprescindíveis para garantir a promoção da qualidade de vida, da ALGARVE INFORMATIVO #403


igualdade de oportunidades, da coesão social e da cidadania”. A edil silvense abordou igualmente a política de dinamização cultural, educacional, patrimonial e de âmbito turístico, diversificada e abrangente, para todas as faixas etárias e públicos, assim como o envolvimento ou a iniciativa do Município de Silves em projetos pioneiros e inovadores, como a criação da Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário e a candidatura do Geoparque Algarvensis a Património da UNESCO, em parceria com os Municípios de Loulé e Albufeira. Apesar das dificuldades, Rosa Palma lembrou que estão avultados recursos públicos no plano orçamental para a reabilitação, extensão, consolidação, reorganização e modernização da rede de abastecimento de água, combatendo ALGARVE INFORMATIVO #403

nomeadamente as perdas de água e tornando o sistema mais eficiente, assim como para o aperfeiçoamento e inovação do sistema público de limpeza e higiene pública, na melhoria da rede viária, vias de comunicação e acessibilidades, na construção e requalificação de equipamentos de uso coletivo e utilidade pública, na educação, na preservação e valorização do património cultural e na requalificação do espaço público. “Tudo

isto não esquecendo, nem o movimento associativo, que consideramos de verdadeira utilidade pública como motor de coesão e solidariedade e ao qual damos uma resposta sólida às suas necessidades através dos programas de apoio municipal PAMAD (desporto), PAIAC 60


(cultura), PAIIS (ação social) e PAAJU (organizações juvenis); nem as Corporações de Bombeiros Voluntários e dos Agrupamentos Escolares do concelho, mantendo e reforçando, substancialmente, apoios e subsídios; nem as Freguesias e Uniões de Freguesias, com o prosseguimento de relações estreitas, leais e de cooperação mútua, fomentando as sinergias e a complementaridade na ação e reforçando a política de descentralização de competências e meios, visando a aproximação das decisões aos cidadãos e a melhoria da qualidade dos serviços prestados”, enfatizou. “Procuramos, em suma, aprofundar o

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desenvolvimento sustentável, assegurando, ao mesmo tempo, a coesão, a solidariedade, a igualdade de oportunidades e a justiça social. Esta nossa missão, que se resume na melhoria da qualidade de vida das populações, abraçamo-la com o maior sentido de responsabilidade e compromisso com o serviço público, mas o sucesso desta missão constrói-se com o contributo de todos, e todos são poucos para colaborarem neste esforço e ajudarem a gerir este município que é de todos vós”, finalizou a presidente da Câmara Municipal de Silves .

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Lagoa acolheu 19.ª Mostra do Doce Conventual Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ealizou-se, de 31 de agosto a 3 de setembro, no Centro Cultural Convento de S. José, a 19.ª Mostra do Doce Conventual de Lagoa e foram vários e doces os motivos a justificar uma visita a este evento que proporcionou a prova de bolos, doces, compotas, mel, ou bebidas clássicas como a aguardente de ALGARVE INFORMATIVO #403

medronho, num ambiente conventual fielmente recriado. O certame contou, igualmente, com momentos de animação, entretenimento e cultura, entre os quais, este ano, como grandes novidades, a final da segunda edição do Festival Nacional da Canção Rural e a exposição temática «Viagem ao Mundo Fantástico de ANART», por Ana Remígio. 64


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REFLECT CELEBROU 20 COM CONCERTO NO CAS RECHEADO DE CONVIDA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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ANOS DE CARREIRA STELO DE SILVES ADOS ESPECIAIS

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o âmbito das comemorações do Dia do Município, o Castelo de Silves foi palco, no dia 3 de setembro, do concerto que assinala os 20 anos de carreira de Reflect. Duas décadas depois da estreia de Pedro Pinto enquanto artista no palco da FISSUL, Reflect regressou assim a Silves para um grande espetáculo em parceria com a Banda da Sociedade Filarmónica Silvense, mas o compositor, músico e produtor de Armação de Pêra teve ALGARVE INFORMATIVO #403

também a seu lado vários convidados especiais com quem partilhou músicas e sonhos destas duas décadas dedicadas ao Hip-Hop/Rap, nomeadamente, Dino d’Santiago, Aurea, RealPunch, Sina e João Paulo Cunha, assim como a bailarina e coreógrafa Laura Abel e as alunas da Emotion. Foi através deste género musical que Pedro Pinto conquistou um espaço próprio que lhe tem permitido levar a bandeira de Armação de Pêra e do concelho de Silves muito para além de muralhas ou fronteiras. Reflect para a 78


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música, fundou a editora algarvia Kimahera em 2005. Estreou-se nas edições em 2008 com o álbum «Último Acto» e, em 2013, lançou o homónimo «Reflect». A convite da BBC, representou Portugal em 2014 ao som de «Mar e Maré». Publicou o livro póstumo «De mim para mim» com textos de Carolina Tendon e editou um disco em parceria com o escritor e diseur Napoleão Mira. Em 2017 lançou o single «Eu fico bem» e viu o seu «Barco de Papel» ser distinguido com o Prémio Melhor Música Algarve 2018 (Choque Frontal – Alvor FM).

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A solo ou em parceria, Reflect já pisou alguns dos maiores palcos do país. A sua música vive de emoção que, não cabendo no Pedro, transborda em músicas que dá a conhecer ao mundo desde 2003. São 20 anos de histórias feitas músicas com sabor a Algarve que a Autarquia de Silves fez questão de reconhecer e homenagear através deste espetáculo integrado nas comemorações do Dia do Município e nas quais Pedro Pinto recebeu, inclusive, a Distinção Municipal – Prémio Música .

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EUFORIA EM TAVIRA COM OS SÉTIMA LEGIÃO Texto: Daniel Pina| Fotografia: Miguel Pires

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ntegrado no programa cultural «Verão em Tavira» teve lugar, no dia 23 de agosto, no esgotado Parque do Palácio da Galeria, um fantástico concerto com a banda Sétima Legião, que após 40 anos regressa aos palcos e homenageia Ricardo Camacho, produtor e teclista do grupo desaparecido em 2018. Neste retorno, Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas), Nuno Cruz (bateria, percussão), Gabriel Gomes (acordeão), Paulo Tato Marinho (gaita de foles, flautas), Paulo Abelho (percussão, samplers) e Francisco Menezes (letras, coros) acolhem João Eleutério, experimentado músico que tem corrido mundo como parte da banda de Rodrigo Leão e que agora assegura os teclados.

no então agitadíssimo panorama musical português, apresentando uma visão singular da música sintonizada com as experiências mais avançadas da pop alternativa da época, mas sem esquecer a identidade portuguesa. A banda deixou uma marca vincada na produção musical nacional dos anos 80 e 90. Com estes concertos de aniversário, a Sétima Legião pretende revisitar os seus mais aplaudidos clássicos e dar nova vida a temas como «Sete Mares» ou «Por Quem Não Esqueci», sucessos de grande impacto que, ainda hoje, têm lugar garantido na programação de muitas rádios .

Foi em 1982 que a Sétima Legião surgiu ALGARVE INFORMATIVO #403

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DESFILE DE TRAJE DE BANHO TRADICIONAIS AQUECEU NOITE DE LAGOS Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

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agos voltou a viver com grande intensidade a Festa do Banho 29, no dia 29 de agosto, e um dos elementos mais divertidos do evento é, sem dúvida, o concurso de trajes de banho tradicionais, uma forma de recordar outros tempos, envolver a comunidade e, claro, arrancar muitos sorrisos entre todos. Este ano, a novidade foi a criação de um novo concurso de trajes de banho dirigido a estilistas e designers de moda para incentivar à criação de peças originais e

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inovadoras que tivessem como inspiração os trajes de banho tradicionais. Assistiu-se, deste modo, no Jardim da Constituição, ao Concurso de Trajes de Banho Tradicionais nas vertentes «Tradição e Comunidade» e «Moda e Inovação», com prémios monetários para os três primeiros classificados em cada vertente, num desfile que arrancou imensos aplausos da assistência. Depois, a festa prosseguiu no Cais da Solaria com o sempre elétrico concerto do conhecido Toy .

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Octogésima quarta tabuinha: Lua Ana Isabel Soares (Professora) empre que vejo a lua cheia (sendo Verão, é mais frequente despir-se o céu de nuvens e ela deixar-se ver, não só ao halo que espreita atras da névoa ou da chuva a cair), não me assaltam a memória apenas todas as luas cheias: acompanha-as, num tropel, a recordação de um momento da vida em que as minhas deslocações no espaço eram determinadas de maneira direta e incontornável por pessoas capazes e autorizadas a conduzir automóveis. Por outras palavras, para onde fossem os meus pais era quase certo que eu (mais a minha irmã e o meu irmão, já agora) ia atrás deles. Na verdade, ia quase sempre literalmente atrás deles, no banco de trás do carro – uma carrinha Renault 12 azulescura, elegante, potente, com um feitio igual ao do condutor: silencioso e tranquilo, a imagem da serenidade. Mais das vezes, as deslocações eram (continuam a ser, mesmo se sou eu ao volante) viagens a atravessar o Algarve de Sul para Norte, passar a Serra do Caldeirão em direção a Beja, já em plena planície – e regresso. De frequentes que eram, semanais, ou próximo disso, estas viagens poderiam tornar-se entediantes. Mas, fosse por sermos três incansáveis crianças (ou já adolescentes), ou porque os destinos nos eram familiares, confortáveis e desejáveis, o facto é que não me recordo delas como viagens aborrecidas. Adormecíamos com frequência quando o caminho era corrido de noite. Ou melhor: ALGARVE INFORMATIVO #403

suspendíamos durante umas horas a agitação que nos era comum. Quando acontecia, isso sim, lá nos amanhávamos os três no banco (era no tempo em que não se usavam cadeirinhas, nem cintos de segurança; não se atingiam – fosse pela qualidade das estradas, fosse pelas características do automóvel ou do condutor – não se atingiam velocidades perigosas. Quem ia no banco de trás ia, com efeito, a passear. De rosto encostado à janela da porta (reparo agora que talvez a regra fosse que eu nunca viajava sentada entre o meu irmão e a minha irmã), a paisagem noturna era o meu filme favorito. A lua cheia era o espectáculo mais completo, mas qualquer uma das outras fases representava um encanto – e provocava o lunático encantamento. Via a lua ora num lugar ora noutro, conforme as curvas que a estrada e o Renault acompanhavam – tinha de esticar o pescoço, uma vez por outra, para a ter de enquadrada na janela; persegui-la assim, apenas com os olhos ou um mover do corpo a obedecer aos olhos, tinha um efeito hipnótico – mas, ao contrário de adormecer por esse efeito, arriscava era desadormecer de todo. Despertava-me procurá-la atrás de algum monte, ou de alguma coisa mais diáfana, como uma nuvem, entender a direção do carro pelo lugar para onde ela se dirigia, como se fosse a lua a viajar connosco, a passear do Alentejo para o Algarve, divertida e entreadormecida . 118


Foto: Vasco Célio

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As tendências de marketing digital para 2024 Fábio Jesuíno (Empresário) marketing digital é uma das principais formas que as empresas e organizações têm de se conectar com seu públicoalvo, utilizando uma variedade de recursos e plataformas digitais.

tecnologias estarão bem posicionadas para alcançar sucesso no futuro. Influenciadores digitais

As tendências de marketing digital para 2024 apontam para um futuro repleto de desafios e oportunidades. Vamos agora analisar as principais tendências de marketing digital para o próximo ano:

Os influenciadores digitais estão entre os elementos mais decisivos no momento de uma compra, permitindo que as marcas se aproximem de seu público-alvo de forma mais natural e autêntica.

Inteligência artificial

Vários estudos demonstram que a maioria dos consumidores utiliza as redes sociais como guia nas decisões de compra. Isso torna os influenciadores digitais ainda mais importantes neste processo, pois eles têm a capacidade de influenciar a opinião e o comportamento dos consumidores.

A Inteligência Artificial (IA) está transformando o marketing digital, tornando-se uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de campanhas de comunicação eficazes. As tecnologias de IA permitem que as marcas entendam melhor o comportamento dos clientes, personalizando as experiências de marketing e gerando insights valiosos para a tomada de decisão. À medida que a IA continua a evoluir, é provável que tenha um impacto ainda maior no marketing digital. As marcas que se adaptarem a essas novas ALGARVE INFORMATIVO #403

Os influenciadores digitais, sejam pequenos ou grandes, continuarão a ser uma das principais forças impulsionadoras do marketing digital em 2024.

Em 2024, os influenciadores digitais continuarão a desempenhar um papel essencial no marketing digital. As marcas que colaborarem com influenciadores relevantes e genuínos terão mais chances de alcançar seus objetivos de marketing. Vídeo Os vídeos são fundamentais em uma 120


estratégia de marketing digital, com os utilizadores a preferirem este formato quando estão online.

espectáculos ao vivo de música, eles têm um grande impacto nos resultados das campanhas.

Segundo estudos efetuados recentemente, realizados em parceria pela Conversion e KPMG em 2023, os vídeos ocupam 72 por cento das preferências dos clientes que preferem saber mais sobre um produto ou serviço assistindo a um vídeo.

Estas são as três tendências principais que, na minha opinião, vão fazer a diferença no próximo ano na área do marketing digital e impulsionar em grande escala os resultados das empresas e organizações .

Seja qual foi o objetivo do vídeo, desde a partilha de conhecimentos, publicidade de serviços e produtos, entretenimento e 121

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Lamúrias de Agosto Nuno Campos Inácio (Editor e escritor) erminou mais um mês de Agosto, aquele período do ano em que o Algarve se transforma no centro de todas as atenções mediáticas e das contendas geopolíticas nacionais, onde tudo vale para denegrir e atacar o principal destino turístico do país, de modo a retalhar o mercado, e em busca de um qualquer osso, que sirva para entreter a dentição. As acusações são as mesmas de sempre, um conjunto de generalidades ocas, desprovidas de sentido, motivadas pelo prazer da maledicência. Já os métodos estão cada vez mais sofisticados, contando com o profissionalismo mediático dos canais de desinformação nacional, que nos entram pela casa adentro com o objetivo claro de formar ideias e conceitos e fabricar preconceitos e estereótipos. Praticamente todos os canais televisivos e jornais deram-se ao trabalho gastando enormes recursos para emitirem reportagens que pretendiam demonstrar a todo o país que o Algarve estava na penúria, enquanto outras regiões emergiam como grandes destinos turísticos. Entrevistaram dois espanhóis e uma brasileira na Rua de Santa Catarina do Porto e todos ficamos a saber que a cidade do Porto passou a ser uma alternativa ao turismo de verão no Algarve; depois entrevistaram uns portugueses na Praia de Carcavelos, que não sabemos se alguma vez vieram ao Algarve, e ficou demonstrado ALGARVE INFORMATIVO #403

que os portugueses estavam a optar pelas férias à porta de casa, em vez de irem para o Algarve; umas entrevistas ao Santana Lopes a elogiar o verão da Figueira da Foz; umas reportagens na Comporta, a eterna herdeira do turismo algarvio; uns estrangeiros no Chiado; uns portugueses junto ao Templo de Diana de Évora; «et voilà», de repente todo o país passou a ser uma alternativa ao Algarve. Uma tragédia para a região que, como todos sabem, sempre recebeu dez milhões de portugueses durante o mês de Agosto, porque nunca ninguém foi de férias para nenhuma outra zona do país… É evidente que a promoção das alternativas não seria suficiente para a criação de um caso mediático nacional. Era preciso desacreditar a região, um processo de lapidação que vem sendo executado há mais de meio século e que este ano terá conseguido angariar um adepto governamental. Todas as entrevistas emitidas faziam questão de dizer que o Algarve está mais caro, como se não fosse próprio de um qualquer consumidor se queixar do preço do que quer que seja. Outras críticas frequentes são as da antipatia, da falta de profissionalismo, da dificuldade de estacionamento, do estado das vias de comunicação e da falta de transportes, da confusão e do barulho, de entre outras lamúrias agostinhas de quem faz juras de nunca mais voltar. Tudo isto resulta de um problema gravíssimo que afeta o Algarve: é uma região para tudo, menos para ser região. 122


Quando falam no Algarve, uma parte substancial dos portugueses e as caixas-deressonância televisivas, nunca especificam se falam no Algarve que começa no Vale da Horta, nas portagens de Paderne, ou a sul da EN 125. O Algarve, desprovido de uma estrutura regional, é um conjunto de 16 municípios, em que o concelho de Loulé é maior do que a Ilha da Madeira, e o de Silves maior do que as ilhas de Porto Santo, Santa Maria e Corvo juntas. Quando as notícias dizem, com estrondo, que o turismo no Algarve diminuiu, esquecem-se de perguntar se essa diminuição ocorreu em todos os municípios, ou se em alguns específicos e noutros até aumentou. Quando dizem que o Algarve está mais caro, importa saber qual é o Algarve que está mais caro, se é o de Aljezur ou Quarteira, Vila Real de Santo António ou Lagos, importa perceber se essa subida foi praticada pelos hoteleiros regionais, ou pelos grupos hoteleiros internacionais ou os nacionais, que apenas laboram na região entre Abril e Setembro. Talvez não fosse má ideia convidar o senhor Secretário de Estado do Turismo a visitar o Algarve e conhecer a realidade regional de uma região, que é privada pelo centralismo de ser região, sem meios para a implementação de regras regionais uniformes, e para a criação de infraestruturas mais amplas do que a manta de retalhos de 16 municípios. Inconcebível foram as declarações do senhor Secretário de Estado do Turismo, proferidas em Londres, à margem do Festival FTWeekend, onde Portugal esteve em destaque enquanto patrocinador da organização, apelando à valorização do turismo de portugueses no Algarve. Podemos retirar de tal apelo, que a região não cuida e não valoriza os Portugueses. 123

Afirmação que não podemos deixar de considerar preconceituosa e falsa, já que não fez o mesmo apelo a outras regiões com quebra de turistas nacionais. Daqui se retira ainda que o senhor Secretário de Estado do Turismo faz uma clara descriminação do espaço nacional, relegando os Portugueses do Algarve à condição de algarvios. O que seria desta região se estivesse dependente apenas do turismo de Agosto, certamente os restantes 11 meses, poderíamos sobreviver da profícua benevolência dos fundos da centralidade. Certo é que o Algarve sobreviveu a mais um mês de Agosto e tem pela frente mais onze meses de preparação para as lamúrias de Agosto de 2024. Cá estaremos! . ALGARVE INFORMATIVO #403


Nunca mais chega o inverno! Lina Messias (Especialista em Feng Shui)

deio o inverno”! Quem me conhece já ouviu esta frase inúmeras vezes.

Pode ter sido um trauma de infância, nunca mais me esqueço das crises de choro quando me obrigavam a calçar umas galochas horrorosas para não me molhar no caminho para a escola. Sim, nesse tempo as crianças iam a pé para a escola!!! Para uma menina do signo balança que só gostava (e gosta…) de folhos, padrões florais e muito cor-de-rosa, ser obrigada a calçar umas botas de borracha azuis escuras (podiam ao menos ter flores ou unicórnios) era uma verdadeira afronta à sua dignidade e apurado sentido estético. Também pode ter sido por tantas sombrinhas (agora chamam-se guardachuva) que, ou o vento partia, ou eu perdia, muitas vezes propositadamente; eram todas feias e também não acrescentavam nada à indumentária do dia. Os lamentos da minha avó, cada vez que chegava a casa encharcada e sem a dita cuja, também não eram bonitos e ainda ecoam nas minhas memórias. No inverno também há trovoada, e o medo que tenho de trovões desde miúda, só pode ser explicado por alguma história dramática contada pelos meus avós de alguém que morreu por um raio. Ainda hoje clamo a oração de Santa Bárbara, protectora contra raios, trovões, tempestades que a minha avó me ensinou: ALGARVE INFORMATIVO #403

“Ó Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura”. Sempre fui friorenta, não vivo sem o meu saco de água quente desde que a temperatura baixa dos 15 graus, os meus pés e mãos estão sempre gelados chegando a ficar literalmente roxos, sempre detestei roupa em camadas, collants, camisolas interiores e nunca fiz férias na neve. O meu sonho desde há muitos anos era ter a possibilidade de mudar de residência para um país tropical quando os primeiros sinais do inverno espreitam no nosso cantinho «à beira mar plantado» e regressar com as andorinhas. Agora pasmem, há poucas semanas disse: “NUNCA MAIS CHEGA O INVERNO”!!!!! Quando acabei a frase fiquei em silêncio e chocada! Quem é esta Lina? É verdade que o calor me tem incomodado, este verão foi especialmente quente e os «calores» da meia idade não ajudam nada, mas ainda assim, desejar o inverno, seria impensável para o EU de há pouco tempo. Após longa reflexão, percebi que os invernos têm custado menos desde que vivo nesta casa. Talvez pelo som que a lenha faz ao crepitar na lareira, pelo aconchego que o fogo trás, pelo movimento dos pinheiros quando há vento, pelo barulho da chuva na minha varanda 124


cheia de plantas, pelo cadeirão aconchegante junto à janela onde leio os livros, pelo cheiro do bolo saído do forno que se espalha pela casa toda…. Desde que estudo Feng Shui que estou mais atenta aos ciclos e aos sinais da natureza, aceitar que todos têm o seu propósito e sua própria Magia é importante para também aceitarmos que a nossa vida tem altos e baixos; verões cheios de sol e invernos cinzentos; dias de praia a comer bolas de Berlim e dias de chuva intensa a beber um bom tinto! Desde que aceitei os «invernos» da minha vida, também comecei a «ver com outros olhos» o tempo invernal. Desejar «pular» estações é puro escapismo de toda a energia fantástica, e necessária, que cada uma delas nos proporciona. Nesta Vida sem pausas, sem espaço para contemplação, queremos evitar o que «arde na ferida» e o inverno tem essa capacidade e propósito: de introspeção, paragem e observação das nossas emoções. Na Medicina Tradicional Chinesa e em Feng Shui, cada momento do ano está 125

associado a um elemento da natureza e sua respectiva energia, este sistema tem o nome de Ciclo dos 5 elementos da Natureza. O verão é o auge do elemento Fogo, fogo que nos dá ânimo, que nos tira de casa mais vezes para o mundo social, é o tempo dos grandes amores que muitas vezes terminam quando esta estação dá lugar ao outono. O outono sempre foi a minha estação preferida, nasci em outubro e sempre adorei as cores e romantismo desta altura do ano; a proposta energética do outono, associada ao elemento Metal, é «largar» tudo o que nos pesa tal como as árvores largam as suas folhas, os dias ficam mais pequenos e começamos a preparar-nos para o inverno. O elemento energético do inverno é a Água, tempo de maior recolhimento que «mexe» também nas nossas águas internas, nesta altura do ano a Natureza pede paragem, preparação e planeamento para o renascimento que vem na primavera, associada ao elemento Madeira, nesta época os dias ficam maiores, a nossa energia aumenta e chega a hora de sair do casulo para plantar mais uma vez o que desejamos colher neste ano. O elemento Terra existe na transição das estações, onde o equilíbrio é a energia predominante. A Natureza é perfeita, os seus ciclos também. Vou continuar a usar o meu saco de água quente, vou continuar a ter medo de trovoada e a dizer a oração a Santa Bárbara, mas agora já gosto um bocadinho e estou pronta para o inverno! . ALGARVE INFORMATIVO #403


Em busca da fechadura certa Dora Gago (Professora) “Felizmente, graças a inesgotável generosidade da imaginação, cá vamos suprindo as faltas (…) Inventando chaves para abrir portas órfãs de fechadura ou que nunca a tiveram”. José Saramago, A viagem do elefante er destituída de sentido de orientação e, simultaneamente, distraída pode conduzir a percursos tortuosos. Pior ainda, se vivermos em prédios cujos apartamentos são iguais ou muito parecidos.

possíveis e nada. Teria a fechadura ficado emocionada também? E de tantas lágrimas choradas de alegria, inchou, empanou? Até que, de súbito, olho para o cimo da porta e o C tinha-se transformado em K! Não, isso já não fazia parte da decoração. O edifício tinha três blocos todos iguais e eu entrara no errado.

Na verdade, nos dez anos em que vivi em Macau, paralelamente à carreira académica, que me levou de professora auxiliar a associada e a directora do departamento de Português, desenvolvi uma outra: a de violadora acidental de fechaduras alheias.

Depois de mudar para os apartamentos na Universidade, também eles todos iguais, as situações repetiram-se, tendo ido para o 8B dos vários edifícios e experimentado múltiplas fechaduras. No campus, havia a particularidade de os apartamentos só trancarem do lado de fora com a chave, ou acionando a tranca do lado de dentro. Isto fazia com que qualquer pessoa pudesse entrar se a porta não estivesse trancada. Sei de um colega que, por acidente, entrou no apartamento de uma outra colega nossa pensando que era o dele. Apercebeu-se ao ser recebido por um cão branco, sendo que o dele era preto. Então, ao ver o cão errado, saiu subrepticiamente, de marcha atrás, antes de ser visto pela habitante daquele apartamento, cujo feitio era complicado e que estaria na cozinha.

Numa dessas vezes, vivia eu no 11.º andar do edifício Kinglight Garden (em cantonês Kam Lei Da), no apartamento 11C. Certa noite, vinda das aulas na universidade que terminavam às 22h, já perto do início do Ano Novo Chinês, entro no prédio, subo ao 11.º andar e deparome, na porta do meu apartamento, com umas decorações lindas alusivas à quadra. Coisas vermelhas, vistosas para darem sorte. Fiquei muito comovida a pensar que teria sido gentileza do meu senhorio. Tentei entrar em casa, mas a chave não encaixava na fechadura. Forcei, experimentei todas as posições ALGARVE INFORMATIVO #403

No meu caso, também numa sexta à noite, também me entrou pela casa 126


adentro um homem chinês desconhecido - um susto mútuo e um grito em coro. De resto, tive sempre sorte com as muitas fechaduras forçadas, pois nunca ninguém me abriu a porta nem pediu explicações. Contudo, regressada a Portugal, era de esperar que também esta minha carreira se encontrasse em vias de extinção, mas não, apenas mudou. Aconteceu em Junho quando fui convidada, no âmbito da participação da ASSESTA (Associação de Escritores do Alentejo) que íntegro, para uma sessão sobre Geografias Literárias, na Feira do Livro de Beja. Como, na manhã seguinte, tinha uma sessão de autógrafos, fiquei alojada, tal como 127

outros participantes, no Centro Unesco. Os quartos não tinham número visível, por isso, como me conheço, fixei que em frente ao meu havia um quadro específico. Depois da sessão na Biblioteca, fui jantar com os amigos da Assesta também envolvidos na sessão. Regressei ao quarto talvez pouco depois da meia noite. Introduzi a chave na fechadura, rodei, forcei, estrebuchei, até que… Alguém do outro lado abriu a porta! Desfiz-me em desculpas, pois claro que o meu quarto era o outro, mas o quadro ficava no meio dos dois. O meu talento para os pontos de referência cada vez mais aprimorado. No outro dia, a jeito de redenção ofereci à minha vítima, editora e mediadora de leitura, o meu Palavras Nómadas. Que ela leu e sobre o qual teve a generosidade de escrever um lindo texto, publicado no Diário das Beiras. Em suma, este é o exemplo de como a violação de fechaduras, o forçar a porta errada nos pode levar a uma porta certa, abrindo caminhos para novos conhecimentos, o diálogo, a partilha e a amizade. Além disso, importa, como referiu Saramago, através da imaginação, “inventarem-se chaves para abrir portas órfãs de fechadura ou que nunca a tiveram” – e são tantas essas portas, começando pelas do conhecimento do Outro, passando pelas da compreensão, da solidariedade… . ALGARVE INFORMATIVO #403


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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos. ALGARVE INFORMATIVO #403

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