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ALGARVE INFORMATIVO 18 de novembro, 2023
LUÍS VICENTE FANTÁSTICO EM «CALVÁRIO» MINISTRO DA EDUCAÇÃO INAUGUROU ESCOLAS EM OLHÃO E LOULÉ | 25 ANOS DE INFRALOBO 1 ALGARVE| «AL_GHARB» INFORMATIVO #411 «A MAGIA DAS 1001 NOITES» | XIV FEIRA DA PERDIZ | VIII ENCONTRO IBÉRICO DOS LEITORES SARAMAGO
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ÍNDICE Ministro da Educação veio a Olhão e Loulé inaugurar duas novas escolas (pág. 14) Infralobo festejou 25 anos de existência (pág. 28) Exposição «O Lince na Península – Conectar Territórios e Consolidar Populações» patente em Alcoutim (pág. 36) VIII Encontro Ibérico de Leitores Saramago (pág. 44) XIV Feira da Perdiz em Martim Longo (pág. 52) Albufeira comemorou o Halloween (pág. 66) «Calvário» da Companhia de Teatro de Almada no Teatro Lethes (pág. 76) Teatro do Meridional apresentou «Al_Gharb» no Cineteatro Louletano (pág. 94) «A Magia das 1001 Noites» no Auditório Carlos do Carmo (pág. 108)
OPINIÃO Paulo Cunha (pág. 118) Fábio Jesuíno (pág. 120) Dora Gago (pág. 122) Sílvia Quinteiro (pág. 124)
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Ministro da Educação veio a Olhão e Loulé inaugurar duas escolas e reconheceu que “ter uma escola para todos é um desafio imenso” Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Ministro da Educação, João Costa, deslocouse a Olhão, na manhã do dia 14 de novembro, para presidir à inauguração da requalificação da Escola Básica com Jardim de Infância N.º 4 de Olhão,obra orçada em 1,6 milhões de euros, com um cofinanciamento de 50 por cento de fundos comunitários, e que ALGARVE INFORMATIVO #411
contemplou a construção de raiz de um refeitório, uma cozinha, uma biblioteca, sanitários e duas salas polivalentes. Os edifícios existentes sofreram igualmente uma requalificação profunda. Uma visita aguardada há muito tempo num concelho onde a educação tem sido alvo de um forte investimento na última década, seja na reabilitação de escolas, seja na construção de novos equipamentos. “Temos uma boa 12
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oferta pública no 1.º, 2.º e 3.º ciclo e no secundário, mas ainda não há espaços suficientes para todos os meninos e meninas terem um lugar no pré-escolar público. Há um caminho longo a percorrer, mas estamos a dar passos firmes, com os investimentos que estamos hoje a inaugurar, com o que estamos a fazer na Paula Nogueira, na ordem dos 5 milhões de euros, com mais um milhão e meio de euros que estamos a investir noutra escola do 1.º ciclo e com mais uma obra que vamos iniciar para criar mais seis salas de aulas em jardim-de-infância”, indicou António Miguel Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão. 15
Para o edil olhanense, é fundamental que todas as crianças tenham acesso ao ensino público gratuito e não poupou elogios aos professores e diretores de escolas do concelho, reconhecendo igualmente a mais-valia que foi a transferência de competências na área da educação do poder central para as autarquias. “Foi um grande
Secretário de Estado e tem sido também um grande Ministro da Educação”, terminou António Miguel Pina com palavras dirigidas a João Costa. O Ministro da Educação participou depois no exercício público «A Terra Treme» que teve lugar na Escola Secundária de Olhão, rumando, da parte da tarde, para Loulé, para inaugurar a Escola JI/EB1 Hortas de Santo António II. A escola, localizada na freguesia de S. ALGARVE INFORMATIVO #411
Sebastião, representou um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, integra três salas, na componente de jardim-deinfância, e quatro para o 1.º ciclo do ensino básico, com capacidade para acolher 170 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos.
“Temos cerca de 12 mil alunos no concelho, 25 por cento proveniente de famílias migrantes e fazemos um enorme esforço para os integrar. São 48 escolas, 1.200 professores, inauguramos há poucos anos a Escola D. Dinis em Quarteira, está em fase de ampliação a Escola Eng.º Duarte Pacheco e estamos aqui hoje para inaugurar uma nova escola”, indicou Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, que se mostrou bastante preocupado com os efeitos da ALGARVE INFORMATIVO #411
«invasão» da tecnologia no dia-a-dia das nossas crianças. “Cada vez mais os
meninos têm dificuldades no raciocínio lógico e matemático e isso prende-se necessariamente com o volume de informação, absolutamente fragmentada, que é debitada em crianças que se encontram numa posição passiva e que recebem tudo aquilo através dos ecrãs”, desabafou. Vítor Aleixo destacou, por isso, a aposta em Loulé no ensino de disciplinas artísticas e criativas, uma estratégia reforçada pela inauguração do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado e pela futura Escola de Dança que vai nascer em Quarteira. “O
mundo não pode girar apenas em torno da economia. Precisamos de 16
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mais companheirismo e de menos competitividade, de mais generosidade, compaixão e bondade, valores que se foram perdendo no mundo contemporâneo. A competitividade é saudável, mas, se não for compensada com outros valores mais humanos, penso que, ALGARVE INFORMATIVO #411
no futuro, não teremos uma boa sociedade”, apontou o autarca. “É nas escolas que vamos ganhar, ou perder, as batalhas do futuro, daí ser um eixo central das nossas políticas. Por isso, precisamos de mais escolas, contudo, não estamos a conseguir responder tão rapidamente como desejamos ao 18
Mostrando-se feliz com a nova escola que veio encontrar em Loulé, “cheia de vida e luz”, João Costa reconheceu que os sistemas educativos enfrentam, atualmente, desafios como em nenhuma outra época, mas por boas razões.
“Temos hoje uma escola pública plenamente democrática e que não seleciona à entrada, o que significa que tem que lidar com todos os problemas que, às vezes, os alunos carregam às costas. Já não temos a escola dos escolhidos, dos eleitos e das elites, de uma meritocracia que geralmente queria dizer que apenas os filhos dos ricos é que aprendiam, porque os pobres nunca tinham mérito. Ter uma escola para todos é um desafio imenso”, confirmou o governante.
“Antigamente, não era bom”
crescente influxo de novas crianças no concelho. E, infelizmente, também de crianças com necessidades especiais de educação”, acrescentou, angustiado. “Estamos conscientes dos problemas e com muita vontade e esperança de os enfrentar”, assumiu. 19
Portugal e o Algarve confrontam-se, entretanto, com a chegada de muitas famílias estrangeiras para aqui fazerem vida, o que veio transformar completamente as escolas portuguesas.
“Já são poucas, se é que há alguma, que não tenha alunos estrangeiros. Em apenas cinco anos, passamos de 50 mil para perto de 120 mil alunos estrangeiros, o que tornou as escolas multiculturais e multilíngues, o que nos obriga, por sua vez, a reinventar-nos ALGARVE INFORMATIVO #411
constantemente”, referiu o Ministro da Educação. “O tecido social alterou-se, tornou-se mais desafiante e exige que apliquemos metodologias muito mais diversificadas. Quando a escola era, alegadamente, homogénea, os mesmos métodos funcionavam para todos, agora, funcionam para uns e não para outros”, frisou, antes
que, antigamente, eramos um país com 26 por cento de analfabetos e onde só 5 por cento dos jovens frequentavam o ensino secundário. Nos anos 90 ainda tínhamos mais de 50 por cento de abandono escolar precoce, hoje estamos abaixo dos 10 por cento, somos o país que mais reduziu este indicador em menos tempo”,
de avisar que o aniversário dos 50 anos sobre a Revolução do 25 de Abril é uma efeméride difícil em termos educativos.
destacou.
“Os que estão na escola não têm memória do que era antes, mas os seus pais também não, portanto, é um bom ecossistema para aqueles que não gostam da Democracia tentarem vender a ideia de que «antigamente é que era bom». Só ALGARVE INFORMATIVO #411
O cenário mudou, de facto, para melhor, fruto de um agregar de políticas públicas, desde o alargamento da escolaridade mínima obrigatória, ao Plano Nacional de Leitura, dos planos de formação na área da matemática e português ao ensino experimental das ciências na educação pré-escolar.
“Transformar a vida daqueles que 20
educamos implica uma postura, de todos os que estamos envolvidos na educação, de deixarmos de olhar para o espelho retrovisor. Claro que olhar para a frente é sempre mais difícil, porque vemos o que ainda não tínhamos visto, aquilo com que não sabemos lidar, e este momento de rapidíssima transformação digital é um bom exemplo disso”, admite João Costa. “A tecnologia faz parte das nossas vidas, mas pode ser utilizada para fazer o bem ou para fazer o mal. Os avanços científicos e tecnológicos não estão necessariamente associados a progresso na humanidade. Ter digital nas escolas não significa que, de repente, não há mais nada 21
no sistema educativo e está tudo a olhar para ecrãs. Não é isso que se deseja, mas sim capacitar os alunos, desde cedo, para dimensões fundamentais como a literacia mediática e de informação. E entramos agora no tempo da inteligência artificial generativa, que cria, que tem capacidade para processar muitos dados e a uma velocidade que o ser humano nunca terá, que vai responder, mais ou menos bem, a perguntas, e cada vez com mais eficácia, eficiência e rapidez… mas quem faz as perguntas somos nós e temos que ensinar as crianças a serem curiosas e críticas”, defendeu. A finalizar a intervenção, João Costa salientou que o governo não teria ALGARVE INFORMATIVO #411
conseguido fazer tantas obras de requalificação de equipamentos escolares sem a colaboração das autarquias e anunciou que mais 451 escolas vão ser intervencionadas, sobretudo EB 2,3 que ficaram «filhas de ninguém». “O
primeiro ciclo era dos municípios, muitas secundárias foram requalificadas por via da Parque Escolar, e as 2,3 foram ficando para trás, também devido aos vários momentos que atravessámos de dificuldades financeiras”, apontou, acrescentando ainda que “um espaço escolar já não é apenas um edifício onde se colocam meninos, passou a fazer parte de todo o projeto educativo”. “Temos aqui a celebração de dois movimentos que fizemos ao longo dos últimos ALGARVE INFORMATIVO #411
anos. Primeiro, confiar mais nas escolas e nos professores, dar liberdade às escolas para desenvolverem um currículo sem terem que assinar um contrato com o Ministério da Educação, o que já acontecia no ensino privado. Quem está próximo dos alunos sabe melhor o que eles necessitam. Ao mesmo tempo, fizemos a descentralização de competências para as autarquias, acompanhada pelos respetivos envelopes financeiros, que foram «engrossando». É no conhecimento da especificidade do território que se encontram as melhores soluções e maior agilidade”, concluiu o Ministro da Educação . 22
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Infralobo festejou 25 anos de existência de um resort que quer ser cada vez mais smart Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Auditório de Vale de Lobo foi palco, no dia 13 de novembro, da apresentação do livro sobre os 25 anos de existência da Infralobo, período ao longo do qual esta empresa municipal do concelho de Loulé traçou desafios ambiciosos que passam pela transição energética, a crescente descarbonização e a reciclagem. E do sonho para a ação nasceu o primeiro smart resort do mundo. ALGARVE INFORMATIVO #411
Nos últimos anos, a Infralobo apostou em tecnologia de vanguarda e reduziu a pegada carbónica em 55 por cento, o que só foi possível através de vários investimentos: em viaturas elétricas que já são responsáveis por mais de 40 por cento dos quilómetros totais percorridos pela frota da empresa; em painéis fotovoltaicos que já possibilitam, por exemplo, que o Edifício Sede seja A+, 100 por cento mais eficiente; ou no sistema inteligente de telemetria que se traduz em poupanças efetivas de água. Em 2023, a empresa municipal avançou com a recolha porta a porta de biorresíduos e, só nos primeiros três meses, a iniciativa 26
smart waste somou 70 toneladas de biorresíduos encaminhadas para compostagem, evitando a sua deposição em aterro. Este quarto de século de história da Infralobo está agora contado num livro vivo e inclusivo, em português, inglês e braille, produzido com materiais recicláveis que refletem a política de sustentabilidade ambiental do primeiro smart resort do mundo. Com investigação, entrevistas e redação da jornalista Ivone Dias Ferreira, o livro «25 Anos Infralobo» propõe uma viagem pela linha do tempo da empresa municipal cuja história se entrelaça com um dos mais icónicos resorts de luxo do mundo: Vale do Lobo. Uma viagem feita através de testemunhos de vários protagonistas, desde funcionários e administradores a
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personalidades de diversos quadrantes, da política ao ambiente. A obra revisita também os momentos mais determinantes dos investimentos ao nível da reorganização, reestruturação e reconstrução das infraestruturas, ao mesmo tempo que revela as metas traçadas: o combate às alterações climáticas, a mobilidade suave, uma melhor gestão dos serviços públicos e as conquistas, sobretudo ao nível da redução da pegada ecológica da empresa. A obra assume-se, por conseguinte, como um livro dinâmico, cuja vida se estende para além das folhas de papel, onde cada fotografia ou depoimento é acompanhado por um Código QR que permite, através de um smartphone, consultar os testemunhos na íntegra. Uma ocasião especial que permite refletir sobre o passado e sobre o
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presente, mas também vislumbrar o que se pretende para o futuro, “mantendo
sempre em mente o que nos caracteriza como organização, o equilíbrio entre os recursos naturais que gerimos e a forma como são utilizados, a qualidade do serviço e do produto que fornecemos, o reconhecimento do trabalho realizado pelos nossos colaboradores através da conciliação entre a vida familiar e pessoal, e também o foco na satisfação dos nossos clientes”, afirmou Carlos Manso, presidente do Conselho de Administração da Infralobo.
“Há 25 anos, um grupo de visionários, se é que podem ser chamados dessa forma, fundou esta empresa, combatendo as correntes dos mares que iam navegar, sabendo que eram completamente desconhecidas, já ALGARVE INFORMATIVO #411
que não havia enquadramento legal nem exemplos no País que pudessem servir de orientação. Hoje, é com imenso orgulho e alegria que estou perante todos vocês na qualidade de administrador, após uma jornada pessoal e profissional de 14 anos que começou como diretor financeiro no ano de 2009”. Uma trajetória que, segundo Carlos Manso, tem sido repleta de desafios, conquistas e crescimento, em que a Infralobo se confrontou com ameaças internas e externas, num setor onde foi necessário ter a capacidade de adaptação rápida às constantes e permanentes novas legislações e regulamentos.
“Todos os presentes nesta sala contribuíram de alguma forma para os nossos resultados, os nossos Fornecedores e Parceiros, os nossos Acionistas Vale do Lobo 28
e Município de Loulé, mas principalmente os nossos Colaboradores e Clientes, que com a sua exigência nos obrigam a desafiar os nossos limites todos os dias. O nosso passado é rico em projetos que muito nos orgulham, até pela nossa dimensão, onde o investimento total nestes 25 anos ultrapassam os 15 milhões de euros realizados na nossa área de intervenção, que vão desde a renovação significativa da nossa rede de águas e saneamento, requalificação relevante da rede viária, passeios e calçadas, implementação e renovação da rede de iluminação pública e pela construção da estação elevatória
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junto à Praça de Vale do Lobo”, evidenciou Carlos Manso. Graças a esses projetos foi possível à Infralobo, a partir de 2016, apostar numa estratégia de sustentabilidade ambiental, social e económica enquadrada na estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas liderada pelo Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, adaptando a empresa aos desafios do futuro em que o seu Plano de Descarbonização é disso exemplo e cujos resultados são conhecidos por todos. Realce para a redução da pegada carbónica até 2022 em 55 por cento, que é a meta do Plano Nacional de Energia e Clima e são as metas europeias para 2030; para a redução do custo da energia no ano de 2022 em cerca de 45 por cento graças à produção própria de energia através de
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painéis fotovoltaicos em todas as estruturas relevantes do resort; e para o indicador de Água Não Faturada com o valor de 6,4 por cento, o segundo mais baixo a nível nacional. A par das conquistas ao nível da qualidade do serviço e da gestão, assim como na gestão da água, Carlos Manso recordou ainda um projeto sugerido pelos colaboradores da Infralobo e que, através de doações dos seus clientes, foi possível ajudar utentes de cerca de 17 Instituições do Algarve. Carlos Manso não escondeu a satisfação ao falar de um passado em que
“enfrentámos obstáculos, superámos adversidades e evoluímos”. “Expandimos os nossos serviços, alargámos a nossa área de intervenção e o número de clientes mantendo a dimensão, investimos em tecnologia de ponta e adotámos práticas sustentáveis. Hoje, somos uma referência no setor de serviços públicos, orgulhosos de fornecer prestar serviços essenciais de elevada qualidade. Mas esta celebração não se trata apenas do passado. É sobre olharmos para o futuro com entusiasmo e determinação, conscientes que temos desafios pela frente, como a transição para fontes de energia mais limpas e o fornecimento de serviços mais eficientes e sustentáveis, sempre com foco no que é o nosso principal objetivo: contribuir para a ALGARVE INFORMATIVO #411
felicidade dos nossos Clientes”, concluiu o presidente do Conselho de Administração da Infralobo. A sessão terminou com a intervenção de Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, que recordou os enormes desafios com que lidaram, ao longo dos anos, os gestores “de um
território de excelência do ponto de vista da sua qualidade ambiental, da beleza da sua paisagem e das suas praias, para que aqui se pudesse desenvolver uma atividade económica também ela de excelência e uma referência no próprio setor do turismo”. “Não tenho dúvidas nenhumas de que estamos num local que pode ombrear com aquilo que melhor existe em todo o mundo. É um território bastante valioso, muito observado e apreciado, e disputado em termos de investimento. Mas as condições naturais só por si não bastam, é preciso lembrar os desafios que os empresários e políticos da altura tiveram que enfrentar. Não se podia gerir este território numa lógica municipal convencional, e os grandes políticos são criativos, não se limitam a administrar a coisa pública de acordo com os regulamentos legais, vão mais além”, declarou o edil louletano .
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Exposição «O Lince na Península – Conectar Territórios e Consolidar Populações» patente em Alcoutim Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina exposição «O Lince na Península – Conectar Territórios e Consolidar Populações», promovida pela CIMBAL – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, no âmbito do projeto LIFE LYNXCONNECT e com o apoio técnico e científico do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, ALGARVE INFORMATIVO #411
I.P., foi inaugurada no dia 9 de novembro, na Biblioteca Municipal de Alcoutim, onde ficará patente até ao final do mês. O objetivo da exposição é apresentar à sociedade portuguesa o trabalho realizado, em andamento e planeado para o futuro, no que toca à conservação do Lince-ibérico, e foram também promovidos dois momentos de sensibilização e comunicação sobre a importância da reintrodução do lince ibérico, com histórias e contos sobre a 34
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Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé ALGARVE INFORMATIVO #411
espécie que foram partilhados pelo humorista Jorge Serafim numa escola em Martim Longo e no Espaço Guadiana, em Alcoutim. A vertente de proximidade desta iniciativa vai decorrer nos 13 municípios integrantes da CIMBAL, além de três municípios do Algarve (Alcoutim, Tavira e Silves) e ainda em Lisboa. “É
importante que as pessoas conheçam mais em pormenor a história do lince-ibérico e a sua evolução, nomeadamente o que tem acontecido, nos últimos anos, com a sua reintrodução no nosso território”, entende Rosa Palma, vereadora da Câmara Municipal de Alcoutim. “A reintrodução do lince-
ibérico tem sido um sucesso em ALGARVE INFORMATIVO #411
Portugal, tanto que, em 2023, já não houve soltas, têm sido «exportados» para Espanha”, revelou, por sua vez, Fernando Romba, Primeiro-Secretário da CIMBAL. O projeto LIFE LYNXCONNECT tem como missão central o aumento da população de lince-ibérico e o reforço da conectividade entre as subpopulações de Portugal e Espanha. Este projeto, que agrega 21 parceiros ibéricos, tem como beneficiário coordenador a Consejería de Agricultura, Ganadería, Pesca y Desarrollo Sostenible da Junta de Andaluzia, e por parte de Portugal, para além da CIMBAL, participam como parceiros a Infraestruturas de Portugal, I.P. e o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. . 36
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VIII Encontro Ibérico de Leitores Saramago arrancou em Castro Marim Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Biblioteca Municipal de Castro Marim acolheu, no dia 10 de novembro, a sessão inaugural do VIII Encontro Ibérico de Leitores Saramago, que decorreu de 10 a 12 de novembro, desdobrado entre a Eurocidade do Guadiana – Castro Marim, Ayamonte e Vila Real de Santo António. A abertura foi feita pela vice-presidente do Município de Castro Marim, Filomena Sintra, pelo presidente do Município de Vila Real de ALGARVE INFORMATIVO #411
Santo António, Álvaro Araújo, pela vicepresidente do Município de Ayamonte, Paloma Ogáyar, por Idália Tiago, da Fundação José Saramago, e por Diego Mesa, promotor da Aula Saramago, com Filomena Sintra a realçar “a
Eurocidade enquanto palco e espelho da ligação PortugalEspanha vivida pelo escritor”, enquanto Álvaro Araújo lembrou que “a
obra de José Saramago é parte marcante de um património literário e humano que temos a 42
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fortuna de sermos legítimos herdeiros”. “Reunimo-nos para ler, descobrir, celebrar Saramago, homem simples e determinado, exemplo vivo do amor pelos livros que o levaram em longas viagens, que ele soube depois transpor para a sua própria realidade”, indicou o ALGARVE INFORMATIVO #411
autarca vila-realense. “É preciso
promover a leitura e usá-la para aproximar as pessoas e não há melhor maneira de celebrar Saramago do que reunir leitores num contexto ibérico, proporcionado pela Eurocidade do Guadiana, que tem a grata missão de juntar, incluir e unir as margens 44
de um rio em nome do diálogo cultural, fluído e sem barreiras”, concluiu Álvaro Araújo. À sessão inaugural seguiu-se a conferência proferida por Carlos Reis, intitulada «Os Outros Saramagos ou a sobrevida do escritor» e a exibição do documentário «José y Pilar», de Miguel Gonçalves Mendes. 45
Ayamonte e Vila Real de Santo António receberam, no segundo dia do Encontro, a participação ativa dos leitores de Saramago e, ao final da tarde, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, teve lugar a conferência de António José Borges, a partir da sua obra «Saramago – Da Cegueira à Lucidez». O sábado chegou ao fim com a performance ALGARVE INFORMATIVO #411
literária de Gisela Cañamero e Ricardo Madeira, a partir da obra «Todos os Nomes». O VIII Encontro Ibérico de Leitores Saramago terminou, no dia 12, também em Castro Marim, com uma visita pela Rota Literária Saramago no Algarve, iniciativa inspirada no livro do escritor espanhol Diego Mesa, «Viagem ao Algarve», retirada da «Viagem a Portugal» do Nobel da Literatura, e que dá conta das semelhanças e diferenças que mais de quatro décadas necessariamente implicaram. Em Castro Marim, Saramago “deixou dívida aberta”, referindo “o formoso Arcanjo Gabriel da Igreja Matriz”, tendo subido ao castelo, e finalizado com “meia-volta ao Castelo ALGARVE INFORMATIVO #411
Velho”. A exposição «Voltar aos Passos que foram dados», com seleção e composição de textos de Carlos Reis e Fernanda Costa, e design de André Letria, pode agora ser visitada nas três bibliotecas municipais que acolhem o evento. O VIII Encontro Ibérico de Leitores Saramago foi organizado pelas Câmaras Municipais de Castro Marim e Vila Real de Santo António, em parceria com a Biblioteca Municipal de Beja – José Saramago e o promotor da Aula Saramago – Diego Mesa, com o apoio do Ayuntamiento de Ayamonte, da Eurocidade do Guadiana e da Fundação José Saramago . 46
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XIV Feira da Perdiz promoveu a caça, os produtos endógenos e as tradições do concelho de Alcoutim Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina XIV Feira da Perdiz voltou a animar Martim Longo, nos dias 11 e 12 de novembro, com o principal objetivo de promover as extraordinárias condições cinegéticas do concelho de Alcoutim. O primeiro dia foi marcado pela realização, fora do recinto da feira, da Prova de Santo Huberto, a contar para o Campeonato Nacional, e da Taça de Portugal de Cães de Parar, que se ALGARVE INFORMATIVO #411
repetiram, no domingo, mas na Chada d'Aroeira, à saída de Martim Longo. Houve também uma Largada de Perdizes na Zona de Caça Associativa dos Medronhais e, na Zona de Demonstração, decorreu o XIV Concurso Canino de Alcoutim. O certame contou com a presença de stands de empresas e associações do setor, exposições de espécies cinegéticas, concursos de cães, demonstrações de caça, artesanato, atividades equestres, demonstração cinotécnica, seminários, 50
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gastronomia regional, atividades desportivas como o IV Trail na Rota da Perdiz e atividades dirigidas aos mais novos. Os concertos musicais estiveram a cargo de Rosinha e do grupo «De Moda em Moda», para além da animação circulante, nos dois dias do evento, do Grupo Coral Guadiana de Mértola, dos ALGARVE INFORMATIVO #411
«Volta e Meia» e do Grupo «Água Ardente – Produções Teatrais». Durante a inauguração do certame, Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, defendeu que, “num tempo cada vez mais
exigente na necessidade de nos 52
práticas não podem, e nem devem, deixar de fazer parte da nossa tradição”. Deste modo, a Feira da Perdiz “pretende afirmar essa necessidade e, ao mesmo tempo, criar dinâmicas que promovam e agitem esses valores, fundamentais para que continuemos a ter orgulho na nossa terra, na nossa cultura e nas nossas tradições”. O edil alcoutenejo lembrou que a caça sempre fez parte da cultura e tradição deste território, sendo a perdiz o elemento principal das espécies que por ali se caçam, o que lhe granjeia, inclusive, o título de «rainha da caça menor». “Este certame
unirmos em torno daquilo que é nosso, da necessidade que cada vez mais sentimos de não nos deixarmos aculturar, é fundamental que afirmemos convictamente que determinadas 53
pretende ser um local de encontro e reencontro, um pretexto sempre válido no calendário de visitas à nossa aldeia, à nossa freguesia, ao nosso concelho. Pretende ser um agregador de vontades e um promotor de atividades. Um espaço e uma montra do que melhor se faz no nosso concelho, mas, sobretudo, para fomentar a interligação dos vários agentes do setor da caça ALGARVE INFORMATIVO #411
que, em colaboração com o município, promovam sinergias que aumentem a capacidade de cooperação e valorização do território”, frisou Osvaldo Gonçalves. À inauguração não faltaram diversos autarcas e dirigentes regionais, entre eles José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, que defendeu o consenso regional em torno da disponibilidade de novas fontes de abastecimento de água, considerando premente a execução das verbas dos projetos elencados no plano de eficiência hídrica do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas também preparar o pós-PRR, com o início dos trabalhos de ALGARVE INFORMATIVO #411
viabilidade económica e técnica de uma conduta de água nos 77 quilómetros entre as barragens de Alqueva e de Odeleite, bem como do projeto da Barragem de Foupana. O líder da CCDR Algarve destacou igualmente a importância no novo quadro comunitário 2021-2027 e a continuidade do Plano de Ação de Desenvolvimento dos Recursos Endógenos (PADRE) no Programa Regional ALGARVE 2030, incidindo nos territórios rurais e de baixa densidade, com a implementação de ações de valorização económica de recursos endógenos, com vista à diversificação económica. A finalizar a sua intervenção, enalteceu e agradeceu o empenho do Município de Alcoutim na realização da Feira da Perdiz e da promoção associada de produtos locais e do território do interior . 54
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Albufeira comemorou o Halloween Texto: Daniel Pina| Fotografia: Município de Albufeira noite «mais assustadora do ano» foi um verdadeiro êxito em Albufeira, com o Largo Engenheiro Duarte Pacheco a encher-se de milhares de pessoas que se vestiram a rigor para comemorar em grande o Halloween. Aquela que também é conhecida como a «Noite das Bruxas» contou com cenários ALGARVE INFORMATIVO #411
aterrorizantes e uma variedade de atividades para todas as idades. A atuação da Associação Soul foi um dos grandes destaques da festa, com o grupo de dança albufeirense a apresentar em palco o seu mais recente espetáculo, «FreakShow». Miguel Rocha, uma das referências da Dance Scene em Portugal, trouxe consigo uma jornada sonora única e o Dj China e Lo-Fi encerraram a noite com um reportório de música eletrónica. De realçar a grande adesão de atletas à «Spooky Run», uma corrida de 4 e de 7 66
quilómetros pelas ruas da cidade que, a par e passo, eram surpreendidos com sustos. Sem fantasia, mas com uma abóbora estampada na camisola, cada atleta concorreu para a animação da noite em Albufeira, toda ela recheada de risos.
daquele que tem sido o nosso esforço em promover Albufeira como um destino turístico todo o ano e não apenas nos meses do Verão”, refere o presidente da Câmara
A «prova mais assustadora do ano», organizada pelo Clube Desportivo das Areias de S. João com o apoio do Município e do grupo «Caminhadas ao Luar», começa a ser um dos pontos altos desta iniciativa, pois todos gostam de assustar quem corre, especialmente quando se isola do grupo de atletas.
muito mais para oferecer do que sol e praia, pelo que é importante apoiarmos estas iniciativas que nos permitem receber turistas em todas as épocas do ano e que beneficiam a economia local durante a época baixa” .
Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, que sublinha ainda que “Albufeira tem
“Estes eventos são o reflexo 67
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COMPANHIA DE TEATR TROUXE «CALVÁRIO» Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
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RO DE ALMADA AO TEATRO LETHES
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o dia 11 de novembro, o Teatro Lethes, em Faro, recebeu «Calvário», uma criação da Companhia de Teatro de Almada com texto e encenação de Rodrigo Francisco e que conta com a participação do ator Luís Vicente, Diretor Artístico da ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve. Um teatro público está a montar a mais célebre peça de Thomas Bernhard, «Minetti», mas o ator contratado para o papel do protagonista não foi uma primeira escolha, nem a segunda, nem a terceira. Acontece que a mitomania e pesporrência deste ator, uma «velha truta», fazem dele uma espécie de duplo de Minetti, o intérprete shakespeareano criado por Bernhard, que espera debalde ALGARVE INFORMATIVO #411
no hall de um hotel em Ostende pelo diretor de um teatro que lhe prometeu, nada mais, nada menos, do que o papel de Lear. Dá-se o caso de que o encenador deste Minetti parece não ter grande interesse pela peça; os restantes atores do elenco não estão satisfeitos com os papéis que lhes foram atribuídos; o assistente pessoal do velho ator defende o seu «Mestre» empedernidamente; o assistente de encenação indigna-se com a «toxicidade» de determinadas tiradas do texto; e uma intérprete de língua gestual vai assistindo, perplexa, ao que ameaça vir a tornar-se num grande naufrágio coletivo. Ou num calvário, melhor dizendo, que é como os atores antigos chamavam às falas de que se esqueciam repetidamente nos ensaios – e não só . 78
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TEATRO DO MERIDIONAL APRESENTOU «AL_GHARB» NO CINETEATRO LOULETANO Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
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rocurar num território que se foi conhecer com olhos de respeitar passados, as evocações das gentes do mar, visitar o alto da cordilheira, ir ao baile mandado, ouvir o corridinho ao som do acordeão, passar pelas festas, deixar os Maios enfeitar-se de trapos e deixá-los às portas das casas em culto pagão, ir à Festa da Mãe Soberana, às Tochas Floridas e mergulhar em agosto no dia certo para limpar o mafarrico, o belzebu, falar do Natal e das charolas chamando a tradição das quadras, regada de aguardente de medronho, foi o mote para «Al_Gharb», espetáculo que se ALGARVE INFORMATIVO #411
enquadra no Projeto Províncias que o Teatro Meridional desenvolve desde 2003. “Estas criações têm como
características estruturais a não existência de palavra como principal forma de comunicação cénica – contendo, por isso, um código universal de entendimento –, o trabalho dos intérpretes privilegiar a especificidade da linguagem gestual, a qualidade do movimento e a consequente expressividade física, e o facto de haver uma paisagem sonora, tocada ao vivo ou gravada”, explica a direção do Teatro do Meridional. 96
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A base de referência criativa parte do estudo e pesquisa teórica sobre cada região e inspira-se em residências artísticas dos criadores em cada local objeto desse olhar artístico. Tematicamente, há uma pesquisa antropológica, atravessando estatísticas sociais, costumes, lendas, narrativas escritas e orais, ritos com dimensões simbólicas, preservando aspetos culturais
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e relacionais tendentes a desaparecer na voragem dos dias. O espetáculo sobre o Algarve foi a cena, no dia 4 de novembro, no Cineteatro Louletano, em Loulé, com dramaturgia de Natália Luiza e interpretação de Ana Santos, Emanuel Arada, Nádia Santos, Patrícia Pinheiro, Paulo Mota e Tiago Barreiros, numa coprodução do Cineteatro Louletano e do Teatro das Figuras .
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«A MAGIA DAS 1001 NOITES» ANIMOU AUDITÓRIO CARLOS DO CARMO Texto: Daniel Pina| Fotografia: Michel Januário/ Ideias do Levante
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Magia das 1001 Noites», espetáculo de dança oriental promovido pela Ideias do Levante, regressou ao Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, para a sua 10.ª edição, no dia 20 de outubro. O espetáculo reuniu a classe de Graciete Anwar (professora e coreógrafa de Dança Oriental na Ideias do Levante) e alguns convidados especiais. “Este
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espetáculo, idealizado por ALGARVE INFORMATIVO #411
Gabriela Sharifa, comporta uma grande componente de amadorismo, pois as bailarinas em palco são, na sua maioria, amadoras e estreantes nesta arte. Contudo, acreditamos que o público ficará surpreendido e agradado com a sua performance”, referiu na ocasião Roberto Estorninho, presidente da Ideias do Levante. E o espetáculo foi, de facto, recheado de qualidade e fez as delícias do público presente . 110
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Do coitadismo ao empoderamento Paulo Cunha (Professor) ntes mesmo de as ouvir falar, basta olhar para a expressão facial de certas pessoas para aferirmos que não estão bem com a vida, ou por outra: não estão bem com a sua vida. A qualquer pergunta revelam autocomiseração, expressa em contínuos queixumes e críticas a tudo e a todos. Denotando no seu contacto social uma frequente vitimização, estes indivíduos através dos seus comportamentos e atitudes acabam por procurar a compaixão, a simpatia, a atenção e a compreensão dos outros. São pessoas que, enfatizando as suas dificuldades, problemas ou desafios de maneira exagerada e revelando autopiedade, vitimização e demonstrando complacência, deceção e desgosto em relação aos seus próprios problemas, incorporam uma forma de se comportar conhecida por coitadismo. Essa postura pode ser entendida como manipuladora, pois a pessoa pode usar as suas dificuldades como uma narrativa para obter benefícios emocionais ou materiais. No entanto, é importante reconhecer que, nalguns casos, as pessoas podem enfrentar genuinamente situações difíceis e, por isso, a necessidade de procurar apoio. O coitadismo torna-se assim problemático quando é usado de maneira constante e desproporcional, minando a responsabilidade pessoal, a autonomia e a autoestima. Quando conseguimos adquirir a confiança necessária e a capacidade para tomar ALGARVE INFORMATIVO #411
decisões na nossa e na vida dos outros, fomentando a criação de ambientes que promovam a igualdade e a justiça, atingimos assim um estado que, atualmente, se designa por empoderamento. A título de exemplo, o contexto do empoderamento feminino significa a capacitação das mulheres para que tenham controlo sobre as suas vidas, façam escolhas informadas e assertivas e participem ativamente na sociedade. Isso pode envolver o acesso à educação, oportunidades de carreira, igualdade salarial, autonomia reprodutiva e participação significativa na tomada de decisões políticas e sociais. O empoderamento refere-se ao processo através do qual indivíduos ou grupos ganham poder, autoridade e controlo sobre as suas vidas e as decisões que afetam o seu bem-estar. Esse conceito é frequentemente associado à promoção da igualdade de género, embora também possa aplicar-se ao combate a outras formas de desigualdade e discriminação. O empoderamento não se trata apenas de conceder poder, mas também de criar condições que permitam que as pessoas desenvolvam e exerçam esse poder de maneira significativa e sustentável. Muitas vezes, isso envolve mudanças nas estruturas sociais, económicas e políticas, tentando assim garantir que todos os indivíduos tenham oportunidades iguais e sejam capazes de exercer os seus direitos de forma plena. Além do empoderamento de género, o conceito de empoderamento é também aplicado noutras áreas, como o empoderamento de minorias étnicas, 118
Foto: Daniel Santos
pessoas com deficiência, comunidades marginalizadas e outros grupos que enfrentam desigualdades sistémicas. Para demonstrar o espírito de uma pessoa decidida, que assumia seus atos e não esperava pela compaixão alheia, Winston Churchill, estadista e escritor inglês, costumava repetir um aforismo emblemático: “Nunca se queixe, nunca se explique!”. A cultura do coitadismo está entranhada na vida de muitos portugueses e alcança muito mais gente do que se pode imaginar, basta estarmos atentos a determinadas dinâmicas de certos estratos sociais e classes profissionais. Muitas dessas pessoas são detentoras de enorme potencial, mas, infelizmente, incorporam o papel dramático de «vítimas do sistema», que as conduz para um conformismo que lhes bloqueia as suas potencialidades e capacidades e as condena a aguardar que 119
algo ou alguém as venha resgatar e salvar. Infelizmente, investe-se mais no assistencialismo do que no empoderamento dos cidadãos. Poucos governantes investem seriamente e de forma estruturada, sustentada e contínua para que tenhamos um povo instruído, consciente e confiante, pois sabem que a Educação e a Cultura serão sempre um obstáculo à mentira e à manipulação. A melhor forma de lutar contra o coitadismo, tentando acabar com a vitimização e a dependência, e assim potenciar e promover o empoderamento, deverá ser a capacitação e a autonomização individual. Constato que existe uma nova vaga de empreendedores, que querem criar respostas sociais sustentáveis, que querem fazer parte da comunidade que influencia e lidera os desafios do mundo e que são ativistas e se movem por causas. São pessoas que usam a sua voz e o seu «palco» para defender aquilo em que acreditam, com ações. Para esses empreendedores, trabalhar «a partir de» faz com que todos os sítios e circunstâncias possam ser um veículo de transformação social, ambiental, política e económica. Ao longo dos últimos anos, foi possível aferir que houve uma alteração significativa e positiva nas qualificações dos jovens portugueses. Conclui-se assim que a Educação e a Cultura são, de facto, a melhor forma de promover o empoderamento do ser humano e que o melhor desígnio individual que se pode desejar é a conclusão dos vários graus existentes no sistema educativo, pois só assim poderá haver maximização no empoderamento, fazendo com que, em termos coletivos, a sociedade cresça e se desenvolva. E para que, de uma vez por todas, retiremos o «coitadinho» do léxico dos portugueses! . ALGARVE INFORMATIVO #411
Web Summit, um festival de inovação e futuro Fábio Jesuíno (Empresário) Web Summit é um autêntico festival sobre o futuro, onde proliferam novas ideias inovadoras, impulsionadas por uma energia empreendedora. Participar na Web Summit é sempre uma experiência única e muito inspiradora, principalmente para quem trabalha na área das startups e empreendedorismo, nesta que é a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo. Na Web Summit assistimos sempre às grandes tendências que vão marcar a sociedade nos próximos anos. Participar do Web Summit significa ter a oportunidade de conhecer os pioneiros que estão a criar o futuro, ampliar a rede de contatos e conhecer as mais de 2 mil e 600 mil startups. A inteligência artificial foi o tema que mais se destacou na edição de 2023. Mais especificamente, a inteligência artificial generativa e o seu impacto na sociedade foram abordados na maioria das palestras, masterclasses e pitchs de startups.
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A cerimónia de inauguração da conferência aconteceu no dia 13 de novembro. A nova CEO, Katherine Maher, deu as boas-vindas a uma Altice Arena completamente lotada. O destaque da abertura da conferência foi Jimmy Wales, o criador da Wikipedia, que abordou o vasto potencial do ChatGPT e ressaltou que a criação da OpenAI já está a transformar inúmeras áreas. Entretanto, Wales enfatizou que sempre haverá a necessidade de uma enciclopédia com intervenção humana, como no caso da Wikipedia. Ele apontou que o ChatGPT é excelente para uma variedade de tarefas, mas reconheceu que existem muitas outras para as quais o chatbot não possui resposta ou, quando tem, não é a mais precisa. Pedro Vasco, cofundador e CEO da Unbabel, plataforma de tradução humana movida a IA, foi outro dos destaques da primeira noite da conferência, afirmando que a IA irá automatizar grande parte do trabalho atual, mas que também criará empregos. Ao longo da conferência, a inteligência artificial esteve sempre em grande destaque, outras das apresentações dedicada a esse tema foi a do investigador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Andrew McAfee, que 120
defendeu a democratização da Inteligência Artificial (IA), afirmando que está a cair-se na “armadilha de
problematizar as novas tecnologias”. “No cômputo geral, penso que acontecem coisas boas quando democratizamos o acesso a ferramentas muito poderosas”, defendeu. Ainda no âmbito da inteligência artificial, a startup brasileira Inspira venceu a edição deste ano do concurso Pitch da Web Summit. A startup criou um assistente jurídico alavancado em inteligência artificial cujo objetivo é otimizar tarefas dos juristas. 121
Durante a Web Summit, foram divulgados dados reveladores sobre o cenário das startups em Portugal. Ficamos a saber que o país abriga mais de 4 mil startups, as quais geraram um volume de negócios de 2,3 mil milhões de euros, além de contribuírem com 1,3 mil milhões de euros em exportações, criando aproximadamente 25 mil empregos, análise em colaboração com a Startup Portugal, IDC e Informa D&B. A Web Summit é, acima de tudo, uma grande comunidade de empreendedores, onde se promove o networking, debate e aprendizagem nas mais diversas áreas onde o digital está sempre presente . ALGARVE INFORMATIVO #411
A visitante Dora Gago (Professora) bro as portas da memória e entro num dia de Março de 2002, uma página de calendário já desbotada, arrancada dos muros escorregadios do tempo. Estou na sala Mário Sambarino, na Faculdade de Humanidades da Universidade da República Oriental do Uruguai. Paredes altas, húmidas, uma breve janela lá acima, que a minha vista não alcança. A sala vazia, um cheiro húmido de início, de primeira aula. Uma jovem entra e inicia conversa, pergunta se também venho para a aula de Literatura Portuguesa. Respondo que sim, na verdade até sou a professora. Ela olha-me com espanto, a querer saber então porque estou ali àquelas horas? Os professores só costumam chegar pelo menos quinze minutos depois... Nesse momento, os meus passos já tinham percorrido algo das instalações um tanto degradadas, deixando um rasto irritante de «NHAC, NHAC», como se uma estranha cola envolvesse todo o chão enegrecido, grudando-me a ele – no fundo, soube-o depois, como se um antepassado do popular pega-monstros ali tivesse estado à minha espera desde todo o sempre, apenas para mostrar que existia, para exibir a sua raça. Minutos depois, chegam mais alunos e a sala enche. Começam as apresentações. ALGARVE INFORMATIVO #411
De súbito, a porta da sala abre-se, surgindo uma senhora franzina, curvada sobre uma bengala, de aspecto tão corroído pelo tempo que parece ter, à vontade, bem mais de duzentos anos. Abre a porta, entra, pára a meio da sala, olhando fixamente para mim. Eu que tinha sido enviada pelo Instituto Camões para leccionar português, na altura com conhecimento limitado de espanhol, deparo-me com a sua repentina fúria. Ergue aos céus a maciça bengala, apontando na minha direcção, enquanto berra: ¿PERO QUÉ IDIOMA RARO HABLA USTED? Balbucio timidamente o português que fui incumbida de ensinar por aquelas paragens. De repente, a minha aula adquire uma outra dimensão a escapar das margens do real, escorrendo por entre as paredes húmidas da sala, deslizando para fora pela exígua janela lá de cima. Há uma cascata de insultos a atropelarem-se, a escaparem ao meu entendimento. Não sei de que tempo nem de que mundo veio aquela personagem, mas sinto ainda a tensão do momento em que creio que serei desfeita, como uma mosca impertinente, por aquela bengala. Quando tudo parece perdido, ela respira fundo, sai da sala, batendo com a porta. Embaraçados os alunos tentam explicar: ela teria sido Inspectora Geral do Ensino – talvez no século XIX quando o Uruguai se tornou independente, pensei eu – e, por vezes era acometida de certos episódios 122
de demência que a faziam «assombrar» as aulas da Universidade da República. Uma personagem que poderia ter saído das páginas de Horácio Quiroga, de Felisberto Hérnandez, Júlio Cortazar, Garcia Márquez ou tantos outros. Neste momento é apenas a prova de que a fantasia, o fantástico, o que se ergue acima da realidade, da casca do quotidiano pode entrar sem licença, nas 123
situações mais banais. Em inesperados momentos, podemos sempre depararnos com um qualquer fantasma adiado, a resgatar talvez um tempo perdido. A aula prossegue, alicerçada na sensação de que qualquer um de nós se pode converter numa visitante fora do seu espaço, do seu mundo, a revelar-nos um passado longínquo disfarçado de presente . ALGARVE INFORMATIVO #411
É que a água não sobe. Desce! Sílvia Quinteiro (Professora) á muito que resido longe do centro da cidade. As idas à Baixa fazem-se de carro e, como entre parquímetros e arrumadores venha o Diabo e escolha, são cada vez menos frequentes. Só a necessidade me empurra até lá durante o dia. Vim ao banco. As agências bancárias são, de resto, um bem tão raro nesta cidade quanto os lugares de estacionamento. Apesar da longa fila, o atendimento foi célere. Aproveito a inesperada hora livre para dar uma volta pela zona pedonal. Vejo as montras e sento-me numa esplanada a tomar um café. Observo quem passa. Ainda estranho o número de turistas que cresce de ano para ano. Não obstante, o movimento está fraco. A Baixa é hoje um fantasma do passado. Avisto uma amiga dos anos de liceu. Chamo-a. Abraços. Beijos. Que saudades. É imperdoável nunca arranjarmos um bocadinho para nos encontrarmos. Sentase. Pede um café e um D. Rodrigo. Quanto mais calorias, melhor. Com a irritação que acabou de apanhar, perdeu de certeza dois quilos, desabafa. Diz-me que, também ela, só vem ao centro em dias de semana, quando não o consegue evitar. Mas teve uma reunião que já tinha pedido para agendar há bastante tempo. Veio tratar do ALGARVE INFORMATIVO #411
saneamento. Vive a uns longínquos cinco quilómetros da cidade e, por muito que insista, continua sem ter esgotos em casa. Hoje foi atendida, 180 minutos após a hora marcada. O que, vendo bem, são apenas minutos. Se fossem horas é que era grave. Conta-me como a reunião iniciou com o cavalheiro que a atendeu a procurar papéis. Chamou funcionárias. Chamou engenheiros. Não fazia ideia do que se tratava. Mais 60 minutos. O que vale é serem só minutos. Finalmente reunidos os mapas e a correspondência enviada e garantida a presença reconfortante de um engenheiro-muleta ao seu lado, avança a primeira proposta de solução para o problema: – Porque não vende a casa? – Insistindo a minha amiga na ideia tola de continuar a viver com a família na habitação que construiu para esse efeito, uma nova questão: – Qual é a sua área de formação? – Perante um: – Sou de Letras, porquê? – a resposta não se fez esperar. O cavalheiro ajeitou-se na poltrona, cruzou a perna, e quando ela esperava que mandasse vir um whisky com gelo, dispara: – Oh, engenheiro, explique lá à senhora que a água não sobe. Desce. Entra então em cena o engenheiromuleta para explicar que é isso mesmo, que a água não sobe, desce. E exemplifica, inclinando uma folha de papel: – Está a ver? É que se eu deitar água aqui, ela desce. Esmagada com tanta sabedoria, quase afogada neste banho de Mecânica dos 124
Fluídos, a minha amiga pediu o favor de colocarem por escrito a explicação. Não tinha conseguido acompanhar um raciocínio tão complexo. É de Letras. Desconfiada de que a quantidade de pilosidade facial também tivesse pesado no teor e na metodologia desta lição, acrescentou que não podia chegar a casa sem uma justificação para o marido e retirou-se, desculpando-se com o almoço que tinha de estar na mesa a horas, senão… Entre algum embaraço, mas sem espaço para mais esclarecimentos, ficou o compromisso de lhe enviarem um documento que explicasse exatamente por que motivo a água não subia até àquela casa em particular. É que 100 metros mais adiante a água sobe até outra num terreno um pouco mais elevado. Os vizinhos até lhe explicaram o fenómeno, mas deve ter percebido mal. É de Letras. 125
Tal como a maioria das promessas de ligar para marcar um jantar, também esta ficou para um dia. Na verdade, esta história passou-se há quatro anos. Hoje, encontrei a minha amiga num supermercado. Perguntei-lhe pela história do saneamento. Deu uma gargalhada: – Metade está resolvida! – respondeu. Insisti, pois não percebi como é que este assunto podia estar resolvido pela metade. Explicou-me que a prometida carta nunca chegou. Provavelmente porque os minutos se fizeram horas e as horas se fizeram anos. Mas na fatura da água paga agora os esgotos que nunca teve. Portanto, metade já está. Já paga. Agora só falta a outra metade. E concluiu: – Sabes, eles não têm má vontade, coitados. O problema é o raio da água que não sobe. Desce! Pelo menos na minha casa, porque mais adiante… . ALGARVE INFORMATIVO #411
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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos. ALGARVE INFORMATIVO #411
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