REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #453

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ÍNDICE

Olhão tem mais um parque canino (pág. 16)

Semana do Polvo em Quarteira (pág. 22)

Pavilhão Multiusos 25 de Abril inaugurado em Almancil (pág. 32)

Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza em Sagres (pág. 58)

1.º Encontro de Teatro Comunitário de Quarteira/Algarve (pág. 74)

Festival de Magia de Lagoa (pág. 90)

Orquestra de Jazz do Algarve e Silje Nergaard no Cineteatro Louletano (pág. 108)

OPINIÃO

Mirian Tavares (pág. 118)

Fábio Jesuíno (pág. 120)

Nuno Campos Inácio (pág. 122)

Júlio Ferreira (pág. 124)

Sílvia Quinteiro (pág. 126)

Olhão tem mais um Parque Canino

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Semana do Animal organizada pelo Município de Olhão aconteceu entre 1 e 6 de outubro com muitas e variadas iniciativas. Os alunos da Escola do Largo da Feira puderam ser «veterinários por um dia» durante uma atividade realizada no Jardim Pescador Olhanense, que também acolheu uma demonstração e participação do grupo cinotécnico da PSP. No mesmo local teve lugar ainda a Feira do Animal, onde muitos patudos marcaram presença, e até houve uma

cãominhada entre o dog park do Levante e o Jardim Pescador Olhanense.

Um dos momentos altos do programa foi a inauguração, no dia 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais, de mais um dog park, o quarto existente no concelho de Olhão, desta feita na Urbanização Custódia Mendes, com a presença do vereador do pelouro, Ricardo Calé. “Tentamos sempre trazer à comunidade aquilo que achamos que deve ser a intervenção na causa animal, porque não basta termos as associações que gostam muito dos animais, não basta ter a população um pouco mais desperta para estas questões, não

basta os apoios que a autarquia concede às associações, há que «casar» todos estes conceitos”, considera Ricardo Calé.

Na cerimónia participaram igualmente alguns utentes da ACASO – Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão, que já conhecem bem os animais do canil local, uma vez que existem, há cerca de um ano, terapias assistidas com estes munícipes. “Os animais saem do canil, não estão lá fechados, e têm uma interação com o humano, e os utentes também ganham com esta terapia”, analisa Ricardo Calé. “Olhão tinha apenas um parque canino, nos Pinheiros de Marim, e fizemos um investimento para a aquisição de mais sete, geograficamente distribuídos pelas várias freguesias do concelho, de modo a que a população possa interagir com segurança com os seus animais de estimação. E temos que ser também muito práticos e pragmáticos na

maneira como encaramos as colónias de felinos. Queremos identificar e formar todos os cuidadores para que elas sejam legalmente constituídas e monitorizados e para que a interação entre o cuidador e o felino tenha regras”, apontou o vereador.

Ricardo Calé assumiu que as colónias de felinos fazem muita falta, uma vez que existem cerca de três mil gatos no concelho que não têm dono, mas avisou que elas devem ser instaladas em locais onde a comunidade envolvente os aceite naturalmente, como acontece, por exemplo, na Urbanização Custódia Mendes, onde se vai implantar precisamente a primeira colónia de felinos oficial. “Relativamente ao Centro de Recolha Oficial Animais do Concelho de Olhão, está praticamente concluído, falta apenas a estação de tratamento de águas. É um anseio da população com mais de 20 anos que vai ser finalmente uma realidade”, anunciou.

Quarteira voltou a dedicar uma semana ao polvo

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

sétima edição da Semana do Polvo animou Quarteira, de 4 a 8 de outubro, proporcionando uma experiência gastronómica única e imperdível. Organizado pela Associação dos Empresários do Algarve, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé e da Junta de Freguesia de Quarteira, este evento celebra um dos mais icónicos

ingredientes da região – o polvo – e convidou todos a embarcar numa viagem de sabores irresistíveis pelos diversos restaurantes aderentes, todos eles com propostas exclusivas. No dia 5 de outubro realizou-se o tradicional showcooking pelo chef José Moura, promovido pela Docapesca, no Largo do Mercado de Quarteira, onde os amantes da boa mesa puderam assistir à elaboração de duas receitas ao vivo e aprender os segredos culinários por detrás da sua confeção.

Pavilhão Multiusos 25 de Abril em

Almancil traz nova centralidade desportiva e cultural à região

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

ois dias depois da Assembleia da República ter decidido elevar

Almancil à categoria de cidade, a comunidade local teve mais um motivo para celebrar no dia 6 de outubro, por ocasião da inauguração do maior investimento alguma vez realizado na freguesia, designadamente, o Pavilhão Multiusos 25 de Abril.

Representantes do movimento associativo e federativo desportivo, atletas olímpicos, figuras da cultura algarvia e da sociedade civil marcaram

presença neste momento, que foi abrilhantado pela participação do Ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que detém a pasta do Desporto e Juventude, e que fez questão de vir ao Algarve dar o seu apoio e reforçar a importância deste equipamento. “Este espaço significa muita coisa. É uma obra importante que vai servir a população de Almancil, e não só, que tem extraordinárias condições, mas que conjuga um conjunto de variáveis muito relevantes. Desde logo o Desporto e a Cultura, duas variáveis da nossa vida coletiva que muitas vezes não são devidamente valorizadas e felizmente aqui estão a

ser. E é um encontro de pessoas, da comunidade, é uma obra inclusiva que vai integrar de forma positiva esta comunidade de Almancil, do município de Loulé e da região algarvia”, disse o Ministro.

O moderno edifício multicolorido destaca-se na malha urbana de Almancil, não deixando indiferente quem por ali passa. No seu interior, foram criados “dois espaços num só”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo. Na componente do Desporto, tem capacidade para 392 utilizadores, conta com uma nave principal com uma bancada para 1.000 espectadores, uma nave complementar, salas de fitness, um ginásio de musculação e cardio, um campo de padel (a primeira resposta pública a esta

modalidade), gabinetes médicos, de fisioterapia, balneários, spa, entre outras valências. Na parte cultural, agrega o polo da Biblioteca Municipal de Loulé, ao qual foi atribuído o nome de Casimiro de Brito, em homenagem ao poeta, romancista e ensaísta louletano, um nome incontornável das Letras Portuguesas e «embaixador» de Loulé. Vai contar com uma secção dedicada à obra do patrono (uma obra com 56 livros traduzidos em 26 idiomas), permitindo a sua divulgação, e integra ainda uma área de exposição, um espaço infantil, um espaço para adultos e uma black box para concertos e projeção de filmes. “Foi tudo pensado para servir as necessidades das pessoas, por isso, a sua localização ao lado das escolas, do jardim público e do Estádio Municipal”, adiantou o presidente da Autarquia.

“O dinheiro público foi muito bem investido”, acrescentou Vítor Aleixo, em relação a uma obra que teve um custo de 16,4 milhões de euros, sendo uma parte financiada pelo Turismo de Portugal, ao abrigo das verbas de jogo. “Ganhamos aqui hoje uma nova centralidade ao nível do Desporto, e uma nova visibilidade que irá atrair e acolher provas internacionais, espetáculos grandiosos e muitos novos atletas, turistas, mas também artistas, escritores e músicos”, destacou igualmente o edil louletano. Por sua vez, José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, declarou tratar-se de um equipamento “de qualidade, de dimensão nacional e internacional” e afirmou estar certo de que “Loulé é um dos Municípios do país e da região que mais investe no desporto em todo o seu

programa, quer em termos de apoios ao seu funcionamento, quer em termos de investimento”. Defendeu igualmente a importância do “princípio da parceria e da governança multinível, da articulação das políticas de coesão territorial”, bem como da “cooperação intermunicipal”

Feliz por Almancil receber um investimento desta dimensão estava também o presidente da Junta de Freguesia, Joaquim Pinto. “Estamos perante uma obra que, em boa hora, a Câmara Municipal de Loulé levou por diante, e hoje vem engrandecer o património da freguesia e do município, permitindo às várias gerações usufruir de atividades de desporto ao longo de todo o ano e atividades lúdicas e culturais”, notou este responsável almancilense.

No ano em que Portugal celebra os 50 anos da Revolução dos Cravos, o Pavilhão Multiusos de Almancil recebe o nome de 25 de Abril, perpetuando assim “o nome e a memória da Revolução, numa terra que também deu ao país os seus homens e mulheres que se sacrificaram na luta contra a ditadura fascista”, justificou Vítor Aleixo. E, numa altura em que Almancil irá receber o estatuto de cidade, o presidente do Município de Loulé evocou o nome de alguns cidadãos que “muito contribuíram para a prosperidade desta terra”, nomeadamente ao longo dos últimos 50 anos, como o empresário André Jordan, o diretor do Centro Cultural de S. Lourenço

Volker Huber, o poeta Clementino Baeta ou o autarca local João Martins.

Mas foram também os investimentos ali realizados que contribuíram para que Almancil seja a mais nova cidade do Algarve, como a construção do Posto da GNR, a ampliação e renovação da extensão do Centro de Saúde, a centralização e criação de melhores condições na sede da Junta de Freguesia, o Espaço Cidadão, estando para breve a instalação de um Posto de Atendimento a Migrantes, em colaboração com a AIMA. Além disso, Almancil conta com diversos espaços verdes, parques infantis, mais saneamento básico, transportes públicos gratuitos e, naturalmente, este novo

Pavilhão que “irá reforçar a força e o prestígio de Almancil no Algarve e no país”

Um pavilhão que vem engrossar a lista de equipamentos desportivos de Loulé, um concelho que há muitos anos tem um «compromisso com o desporto». Em 2024, foram 50 as associações desportivas que celebraram contratosprograma para receber apoio financeiro da Câmara Municipal de Loulé, sendo que, este ano, a verba disponibilizada teve um considerável aumento, cerca de 2 milhões de euros, envolvendo cerca de 5 mil e 660 atletas, distribuídos por 52 modalidades. Promoção do desporto e atividade física, apoio a eventos, apoio a atletas de alto rendimento e projeto olímpico e paralímpico, apoio à

modernização e autonomia associativa são os principais eixos a que se destina este apoio municipal.

De entre os investimentos futuros, em sede de revisão do PDM, a Autarquia de Loulé propõe uma nova localização, “com dimensões apreciáveis”, na zona Norte-Nascente da cidade de Loulé para a criação de um campus desportivo, anunciou ainda neste dia o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo. Terminados as intervenções, houve tempo para estrear o novo pavilhão com as classes de ginástica acrobática e de trampolim da APAGL - Associação de Pais e Amigos da Ginástica de Loulé, do Louletano Desportos Clubes e do Ginástica Clube de Loulé.

Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza celebrou mais um ano de sucesso em Sagres

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza, realizado entre 3 e 6 de outubro, voltou a transformar Sagres no epicentro da biodiversidade, acolhendo entusiastas de todo o mundo. Este ano, o evento contou com a presença de cerca de 1.300 participantes de 29 nacionalidades, reafirmando o estatuto de Sagres como um dos melhores locais para a

observação de aves e a exploração da natureza em Portugal.

Ao longo dos quatro dias de festival, os participantes tiveram a oportunidade única de se conectarem com a natureza, com uma programação rica e variada, que foi muito além das tradicionais sessões de observação de aves. 146 espécies diferentes foram identificadas, com destaque para o avistamento do raro Borrelho-ruivo (Charadrius morinellus), uma espécie migratória que atraiu especial atenção entre os observadores.

Além disso, as atividades mostraram um lado diferente do Algarve, que vai muito além das suas praias, com caminhadas, passeios, palestras e desafios especialmente desenhados para crianças garantiram momentos de aprendizagem e lazer para toda a família.

O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem, contou este ano com o envolvimento de 59 parceiros locais, incluindo alojamentos, restaurantes, empresas de animação turística e outros estabelecimentos da região. Esta cooperação demonstrou o impacto

positivo que o festival tem na comunidade local, promovendo o turismo sustentável e destacando Sagres como um destino de eleição para quem procura um contacto mais profundo com a natureza.

Com um ambiente único e uma atmosfera de celebração da biodiversidade, o Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza é já uma referência não só para os amantes da ornitologia, mas também para todos os que querem descobrir o que de melhor o Algarve tem para oferecer. E, mais uma vez, Sagres brilhou como um palco privilegiado para esta celebração da vida selvagem.

ENCONTRO

JAT – JANELA ABERTA PROMOVEU 1.º

COMUNITÁRIO EM QUARTEIRA

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

ABERTA TEATRO ENCONTRO DE TEATRO QUARTEIRA (2)

os dias 28 e 29 de setembro, a marginal de Quarteira, entre o mar e o pôr-do-sol, assistiu ao 1.º

Encontro de Teatro

Comunitário Quarteira/Algarve.

Idealizado, produzido e coordenado pelo JAT – Janela Aberta Teatro, a iniciativa contou com o apoio e parceria da Junta de Freguesia de Quarteira e da Câmara Municipal de Loulé e CCDR Algarve e o principal objetivo foi mostrar ao público a dimensão poética do sentido de comunidade e o poder do teatro como prática artística e cultural coletiva, universal, transgressora e agregadora.

Este objetivo de valorização da dimensão comunitária e artística fez-se em distintos momentos de intercâmbio cultural e criativo, por intermédio de

espetáculos, conversas e convívios que geraram conhecimento, confrontação de ideias e ideais, identidade, cooperação e humanismo. Nesta sua edição inaugural, com a duração de dois dias, o Grupo de Teatro Comunitário de Quarteira, a comemorar seis anos de existência, foi o anfitrião e o programa incluiu mais três grupos, designadamente, «As Mulheres do Alto» (Gorjões), Teatro Sénior de Quarteira e Teatro de Vizinhes (Faro), num total de quatro espetáculos.

O Encontro apresenta-se como uma janela aberta para criar diálogos intercomunitários, interculturais e intergeracionais através da arte, numa narrativa em que a arte de todos e para todos é dominante, não excluindo nem marginalizando ninguém, dando palco à cidadania ativa e consciente. Numa perspetiva não hegemónica, mas harmoniosa, o encontro reuniu

comunidades de proximidade, que habitam um (pressuposto) mesmo território geográfico, com distintas identidades culturais, e que, através das criações originais, narram as histórias das suas comunidades, dando a conhecer os seus pontos de ligação e as suas diferenças e singularidades, as suas preocupações e as suas forças, com uma matriz de partilha para a consciencialização e para ação.

Miguel Martins Pessoa e Diana Bernedo são a dupla artística que há muito idealizou este encontro que agora teve lugar “num momento local e global onde a violência e o extremismo, a segregação e a discriminação são uma realidade diária, onde os direitos humanos e os valores sociais democráticos são diariamente questionados e deturpados, em que os cidadãos são apartados e se apartam

dos seus direitos e deveres”, pelo que “urge mostrar novas formas criativas e ativas de efetivar a cidadania e a participação em sociedade, provocando reflexão e ação”. E o local escolhido, Quarteira, é a cidade de onde é originário Miguel Martins Pessoa, um dos diretores artísticos, coordenadores e encenadores do JAT – Janela Aberta Teatro, numa ligação umbilical com as suas raízes comunitárias, humanas e socias, sendo igualmente o lugar geográfico da fundação histórica dos dois primeiros grupos de teatro comunitário no Algarve central com direção e coordenação artística do JAT – o Grupo de Teatro Comunitário de Quarteira e o Grupo de Teatro Sénior de Quarteira.

Nas futuras edições, o evento, que se vai realizar num horizonte temporal bienal, procurará abrir janelas com vista para o territorial nacional e internacional,

permitindo estabelecer pontes de ligação entre distintas comunidades através da arte do teatro, convidando grupos, encenadores e equipas artísticas de teatro comunitário de outras regiões de Portugal e do mundo. Desta feita, depois de, no primeiro dia, terem subido ao palco as «Mulheres do Alto» de Gorjões e o Grupo de Teatro Comunitário de Quarteira, o segundo dia começou com o espetáculo «Três lendas de Portugal e dos Algarves» pelo Teatro Sénior de Quarteira, grupo criado em 2018 e que integra somente elementos com mais de 60 anos.

O projeto desperta nos seus participantes um sentimento de ativismo e utilidade perante si e perante a sociedade, utilizando o teatro como ferramenta de encontro, de convívio e de expressão artística ao serviço da comunidade. O Teatro Sénior é um espaço de promoção das relações de apoio mútuo e aprendizagens que estimulam o desenvolvimento psicomotor de cada interveniente,

potenciando a quebra do padrão de isolamento e perda de capacidades e o despoletar de doenças nas faixas etárias mais avançadas. O espetáculo tem encenação de Pedro Monteiro.

Seguiu-se «Sai da Frente», pelo Teatro de Vizinhes de Faro, já uma referência de cidadania e educação ativa através da arte, de vizinhes para vizinhes. Constituído por pessoas de todas as idades, profissões, origens e estratos sociais, é um grupo aberto a todos os que nele se revejam e, desde a sua origem, por lá já passaram mais de 100 elementos. Entre ensaios semanais com jogos, debates de ideias, construção de canções e improvisações, descobrem-se objetivos comuns, com respeito pelos espaços e tempo do outro, que são levados a palco em atuações públicas, com direção artística e encenação de Miguel Martins Pessoa e Diana Bernedo, coordenação musical de Ilda Nogueira Martins e produção executiva de Joana Cabrita Martins.

MAGIA ANDOU À SOLTA

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

SOLTA EM LAGOA

agoa foi palco, de 3 a 5 de outubro, do 4.º

Festival Internacional de Magia, o Lagoa Magic Fest’24, com a participação de sete mágicos internacionais premiados sob a direção artística do mágico lagoense Paulo Cabrita.

O evento organizado pelo Município de Lagoa voltou a ter dois dias dedicados à magia na rua, escolas e instituições, com espetáculos a acontecer em vários locais do concelho. A apoteose final decorreu,

no dia 5 de outubro, com a Grande Gala no Auditório Carlos do Carmo, abrilhantada pelas performances de Lanydrack & Faty (Portugal), Naife (Espanha), Los Taps (Espanha), Roman Burenkov (Rússia), Ricardo Pimenta (Portugal) e Paulo Cabrita perante uma plateia completamente esgotada de famílias adeptas desta nobre arte. Um show eletrizante pautado por uma interação constante com o público, já que diversos espetadores subiram ao palco para serem, durante alguns minutos, assistentes de mágicos.

ORQUESTRA DE JAZZ DO ALGARVE NERGAARD ENCANTARAM

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes

ALGARVE E SILJE CINETEATRO LOULETANO

Algarve All Jazz '24 levou ao Cineteatro

Louletano, no dia 29 de setembro, a Orquestra de Jazz do Algarve com a convidada especial Silje Nergaard, cantora norueguesa que é uma das mais incontornáveis vozes do Jazz Europeu das últimas décadas e que soma mais de 30 anos de atividade.

Silje tem uma carreira iniciada aos 16 anos e conta atualmente com 16 álbuns editados, carregando consigo uma invejável soma de prémios. Pioneira nos seus trabalhos, conseguiu criar um som distinto onde a suavidade da voz e do seu

estilo são preponderantes. A sua relação com Orquestras de Jazz não é nova e disso são exemplos a colaboração com a Metropole Orchestra (Holanda), que lhe valeu a nomeação para um Grammy, ou ainda a colaboração com a WDR, uma das maiores Orquestras de Jazz na Europa, com sede na Alemanha.

Neste encontro marcante com a Orquestra de Jazz do Algarve, Silje Nergaard apresentou um repertório de músicas e arranjos originais da sua autoria, numa seleção dos que mais representam a sua carreira. Com direção musical de Hugo Alves, o espetáculo foi uma organização da Orquestra de Jazz do Algarve e da Câmara Municipal de Loulé.

Dos dias que passam

s dias passam e vão se avolumando. Quase não os vemos passar e, de repente, passaram-se 9 meses – tempo de uma gestação. Passaram-se 4, 8 anos. Muitos natais e dias de praia. Passaram tempestades e trovoadas que ressoaram no céu, como um brado de mau agouro. Lembrei-me de uma vez, o filho pequeno, numa cidade que já não é minha, relampejou tanto que parecia dia. E o filho dormia descansado enquanto eu, aflita, velava pelo seu sono, com o coração nas mãos a pensar, como os invencíveis gauleses, que era dessa que o céu cairia sobre as nossas cabeças. O que me lembra de um dia ainda mais recuado. Muito mais recuado. Era quase adolescente, na casa dos pais. Acordo com o barulho dos trovões. Corro e me refugio no quarto dos manos. Um deles,

Vivia a te buscar

Porque pensando em ti Corria contra o tempo

Eu descartava os dias

Em que não te via Como de um filme

A ação que não valeu

Rodava as horas pra trás

Roubava um pouquinho

E ajeitava o meu caminho

Pra encostar no teu (…) Chico Buarque

para me acalmar, diz: conta o tempo entre um e outro trovão. Dizem que quando o tempo vai se tornando maior é sinal de que a trovoada vai passar. Não sei se isso funciona, mas senti-me calma com os números a ocuparem minha cabeça, e a mão do mano, na cama de cima do beliche, a segurar a minha, quase escondida, na cama de baixo. Tantos dias entre trovoadas e desassossegos. O Natal está à porta e ainda ontem eu estava lá, tranquila, olhando o calendário sem grandes preocupações. A pensar na ceia, nos bolos, na decoração da mesa. A pensar em como era feliz nesses dias. Natal em casa dos tios, dos manos, na minha casa. Ontem eu era feliz. Ontem parece uma eternidade e, ao mesmo tempo, mistura-se com o hoje e vai continuar a me seguir amanhã. Os dias correm e de repente é amanhã. E nesse amanhã, uma folha em branco, crio um novo calendário. Reinvento as datas

festivas, acrescento umas, descarto outras. E deixo os dias correrem. Uns atrás dos outros, numa linha reta que segue, mesmo quando queremos parar. Os dias nos comem, os dias são demasiado longos, os dias são demasiado curtos. Há muitos dias entre as viagens. Entre um barco e outro. Entre a ponte que separa duas margens de um rio quase mar. Os dias passam. E vamos passando com eles.

Foto: Isa Mestre

A importância dos empreendedores no desenvolvimento da sociedade

Fábio Jesuíno (Empresário)

o longo da história, a figura do empreendedor sempre esteve presente, impulsionando a evolução da humanidade. Desde os artesãos que criavam ferramentas inovadoras até os visionários que revolucionaram indústrias inteiras, os empreendedores sempre foram os motores da mudança. São eles que, movidos pela paixão e pela determinação, desafiam o status quo e criam soluções para os problemas mais complexos da nossa época.

Moldado pela globalização e pela era digital, a importância do empreendedorismo torna-se ainda mais evidente. A necessidade constante de inovação e adaptação às rápidas mudanças exige um perfil empreendedor cada vez mais presente em todos os setores da economia e sociedade.

O rápido avanço tecnológico, a expansão das plataformas digitais e o fluxo elevado de informação estão a redefinir a sociedade, gerando desafios inéditos e novas oportunidades. O empreendedorismo destaca-se como peça chave, não só impulsionando a criação de inovação, mas também

atuando como agente transformador das dinâmicas sociais.

O espírito empreendedor não se limita aos negócios convencionais. Hoje, vemos o surgimento de empreendedores sociais e culturais que estão a utilizar as suas habilidades para resolver problemas globais, como a desigualdade social, as alterações climáticas e a falta de acesso à educação. Este novo perfil de empreendedor coloca o impacto social no centro das suas ações, promovendo mudanças significativas que transcendem o lucro económico e geram valor para a sociedade.

A cultura empreendedora está a expandir-se para além das fronteiras geográficas e económicas, incentivada por redes de colaboração e o acesso a mercados globais. Está a ser criado um novo paradigma, o empreendedorismo não é apenas uma resposta às oportunidades de mercado, mas também uma ferramenta para moldar o futuro, promovendo inovação, inclusão e desenvolvimento sustentável.

Ser empreendedor está ao alcance de todos, é uma característica que não se resume à criação de negócios, antes pelo contrário, é uma atitude e uma busca por novas ideias, ter iniciativa, ter ação,

sempre pensando de forma diferente e inovadora, ter um pensamento fora da caixa. São esses aspetos que contribuem para uma sociedade melhor, onde todos podem participar ativamente na mudança.

O crescente interesse pela cultura empreendedora está a transformar mentalidades, revelando novas realidades e abrindo caminhos inexplorados. Para que essa cultura

floresça, é essencial criar um ambiente favorável que promova a inovação e o espírito empreendedor. É urgente que Portugal se torne um destino competitivo e atraente tanto para empreendedores locais como para aqueles que vêm de fora.

A sua terra está transformada num estaleiro?

Nuno Campos Inácio (Editor e escritor)

ntramos no último ano de mandato autárquico e, como manda a tradição, depois de três anos quase apáticos, regressa o pandemónio das máquinas de obras e o cheiro intenso a alcatrão um pouco por toda a região, transformando quarteirões em estaleiros.

As tradições, como manifestações culturais que são, serão para manter e fazem parte do jogo político, dito democrático, do poder autárquico. Obras há muito pedidas e esperadas, porque efetivamente necessárias, mas sucessivamente adiadas para altura eleitoralmente mais oportuna, materializam-se gradualmente, sempre tendo como objetivo uma inauguração a dois ou três meses do acto eleitoral.

Este estratagema de manutenção do poder, baseado na comprovada memória curta dos eleitores conjugada com o momento de felicidade sentida pela resolução de um problema antigo, começa a deparar-se, cada vez mais, com o problema da multiplicação. Enquanto em eleições anteriores esta estratégia cingia-se a uma ou duas grandes obras concelhias emblemáticas, que causavam transtornos numa área limitada e com alternativas existentes, neste momento o

poder é disputado bairro a bairro, quarteirão a quarteirão, rua a rua, provocando o adiamento de praticamente todas as obras para a mesma época da caça ao voto, mergulhando os concelhos e as suas populações no caos.

Circular em algumas localidades transformou-se numa epopeia labiríntica, com trabalhos simultâneos em diferentes vias estratégicas, sem qualquer articulação ou voz de comando. Cada detentor de poder decide em função do seu interesse individual, sem qualquer ótica global de cidade ou de região.

Em alguns concelhos do Algarve, chegamos ao absurdo de perda de mais tempo no percurso de meia dúzia de quilómetros na entrada e saída da localidade, do que num itinerário de sessenta quilómetros entre cidades. Deslocações habituais de meia hora passaram a demorar mais de uma hora, muitas vezes com retenções em meros quarteirões entupidos pela falta de alternativas viárias.

A falta de articulação entre as intervenções arrisca-se a provocar o efeito contrário ao pretendido. O que poderia ser visto como espírito de iniciativa e dinâmica, pelos efeitos nefastos e sucessivos que produz,

começa a provocar ódio e repulsa, não por as populações considerarem essas intervenções desnecessárias, mas porque a sucessão de entraves e contratempos provocados alimentam o stress e levam ao desespero.

A memória do eleitorado é tradicionalmente curta, mas essa característica não é eterna. O avolumar de obras eleitoralistas poder-se-á mostrar tão perverso e nefasto, quanto os também tradicionais três anos de quase inércia.

Ministra da (falta de) solidariedade

Júlio Ferreira (Inconformado

ada um se sensibiliza com o que quer. Cada um se indigna com o que acha melhor…

Li as declarações da ministra da (falta de) solidariedade ao «Jornal Expresso» e fiquei chocado com as suas afirmações, pois só demonstram falta de empatia pelo próximo! Há pelo menos duas afirmações chocantes. A primeira diz respeito ao apoio aos semabrigo: “Em alguns casos a atividade, mesmo benevolente, é contraproducente”, diz a ministra da (falta de) Solidariedade. Mas há outra tão, ou mais grave, em que garante não existirem “sem-abrigo crianças, porque essas são logo retiradas”.

O curioso é que estas declarações são proferidas quatro dias depois de o Provedor dos animais de Lisboa entregar a proposta para o primeiro regulamento de proteção de todas as espécies que moram em Lisboa, onde quer proibir uso de cães por mendigos e tornar o pombo espécie protegida. Ainda na terça-feira, Montenegro cavalgou toda e qualquer polémica noticiosa e tentou instrumentaliza-la a seu favor. Agora, no governo, Montenegro quer jornalistas «tranquilos». Numa série de ataques ao trabalho dos jornalistas, Montenegro falou ainda em insidiosos auriculares. Mas esta gente não tem assessores? Não pensam? Não se informam antes de proferir este tipo de declarações? Ridículo!

Há duas formas de olhar para as intervenções destes detentores de cargos

encartado)

públicos: ou lamentarmos que não as tivessem feito mais cedo, e as pessoas viam logo da matéria que eram feitos, ou concluirmos sarcasticamente que mais valia terem continuado em silêncio até ao fim. Nenhuma das visões abona a seu favor. Nem têm a decência de vir explicar melhor (como se isso fosse possível) que não queriam dizer bem aquilo, nem muito menos de se demitirem.

Mas as faltas de solidariedade desta ministra chocam-me e de que maneira. Seria mau de mais se pretendia desvalorizar o papel das associações e voluntários por esse país fora que dão apoio alimentar aos semabrigo. Eu e a maioria dos Portugueses, cada um de nós está mais próximo de ser pobre ou sem-abrigo do que ser um milionário! É que basta perder o emprego e não conseguir arranjar outro no prazo de 6 meses a 1 ano!... ESTA É A REALIDADE!

Sra. ministra da (falta de) solidariedade: Ser pobre não é crime. Meio mundo vive na miséria para que a outra metade viva remediada, enquanto uma ínfima minoria vive com tudo o que devia ser de todos. Os pobres não são uns degenerados que não sabem cuidar dos filhos. Mas numa sociedade materialista, é óbvio que, quando não há dinheiro, há instabilidade. Mas o amor não termina quando não há dinheiro, quando não há uma casa para morar. Retirar filhos a uma família por uma situação que não se consegue controlar é uma violência e insensibilidade atroz! É desumano! SER POBRE NÃO É CRIME! PAREM DE QUERER VOLTAR A CRIMINALIZAR A POBREZA! Lá

estou eu a desejar o impossível quando sonho que o estado deve atuar contra a pobreza em Portugal. Decerto que desejam o mesmo e por isso partilham da mesma intenção, embora enunciemos mal o sujeito da ação. Uma ministra deste calibre, nunca poderá atuar contra a pobreza por uma razão filosófica muito simples: a pobreza material nunca será vencida pela pobreza de espírito. É um paradoxo. Isto porque o resultado da pobreza de espírito será inevitavelmente e sempre a pobreza material. Uma coisa conduz à outra. Alimenta-se da outra. E é nesta espécie de círculo vicioso que nos encontramos. Esta ministra da (falta de) Solidariedade tornouse o símbolo da pobreza de espírito deste país. Um povo vale por aqueles que elege para seus dirigentes e, meus amigos, neste momento, Portugal vale muito pouco. Continuamos (da esquerda à direita) a deixar que nos ridicularizem por estes ditadorzecos de pacotilha, que mais parecem perus disléxicos na altura do natal.

Ainda há poucos meses celebramos os 50 anos de liberdade e parece que regressamos ao passado. Para além desta ministra, um

primeiro ministro que quer um jornalismo mais «tranquilo», menos «ofegante». Um jornalismo manso. Discursos que mais parecem as políticas de repressão no Estado Novo e que fazem as delícias da extrema direita.

Saiba a Sra. ministra da (falta de) solidariedade que assim fica difícil para aqueles que estão na política (de todos os partidos) de forma séria e que ainda acreditam que podem fazer alguma coisa de positivo pelas suas cidades, pelo seu pais. Ou ainda acha que a fome e pobreza são coisas de livros de História? Por falar em História, recorro mais uma vez ao Eça de Queiroz:

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.

Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»

Isto foi escrito em 1871.

Desde então a malta não aprendeu nada???

Um casaco que dura uma vida

Sílvia Quinteiro (Professora)

Éinacreditável o tempo que passamos a pensar nos nossos receios e a falar neles. Procuramos conhecê-los, percebê-los, determinar a sua origem e razão de ser. Dissecamo-los, talvez numa tentativa de expor as fraquezas do inimigo. A morte, as perdas, o envelhecer. Ai, o envelhecer… O medo que temos de perder a juventude. E, curiosamente, ao invés de evitarmos o assunto, fazemo-lo presente a toda a hora. Conversas, romances, poesia, filmes, séries, ensaios, documentários... Não perdemos uma oportunidade para colocar o dedo na ferida. Não porque a queiramos avivar, acredito. Mas como forma de exorcizarmos esse medo. Uma espécie de vacina. De procura de imunidade.

A forma como o tempo desfigura os outros espanta-nos. Como pode aquele colega de escola ter envelhecido tanto? Ninguém diria que temos a mesma idade. Não estou careca como ele. Não estou barrigudo como ele. Não tenho aquele ar pesado. Nada como confirmar. Um primeiro olhar e percebemos que é melhor descolar o nariz do espelho. Para quê o exagero? Um passo atrás. Pronto! Mal se veem os vincos que há instantes emolduravam os lábios. Mão estrategicamente colocada debaixo do queixo. Um sorriso alvo. Caríssimo, mas perfeito. Pequenas sombras

acastanhadas teimam em desmentir a frescura da imagem. Mais um passo atrás. Desapareceram. Não, não estamos velhos como eles. Nem pensar!

Vamos repetindo o que ouvimos: que os 50 são os novos 30; que ser velho é uma questão de mentalidade… e nem duvido que haja por aí um livro de autoajuda a explicar que o tempo só passa se nós deixarmos. Que só envelhece quem quer. A morte, lembram-nos repetidamente, é só para quem não dá luta. Essa está resolvida. Sendo, porém, a minha fé nesta literatura muito diminuta, assaltam-me algumas dúvidas: Quando é que somos velhos? Quando os filhos entram na universidade? Quando casam? Quando somos avós? No dia em que dizemos “Lembro-me da minha avó com a idade que tenho agora”? Ou será que ser velho não tem nada a ver com os outros e, afinal de contas, não são os filhos, nem os netos, os pais ou os avós, e nem sequer a calvície dos colegas de liceu que nos dizem que lá chegámos? Será quando nos aposentamos? Quando o ranger das articulações se torna audível? Quando o médico de família começa a prescrever de cor a «medicação habitual»?

Nesta matéria, não sou diferente de ninguém. Há fases em que tenho o assunto mais bem resolvido do que noutras. Aconteceu-me há dias perceber

um sinal de que boa parte do caminho está feita. E não foi o resultado de uma reflexão profunda, de um processo de meditação ou de um retiro espiritual. Descobri-o de uma forma banal. Tão banal quanto possível. Numa ida às compras. Entrei numa loja de roupa à procura de um casaco para a estação que se avizinha. Peguei num que me saltou à vista. A funcionária da loja, solícita, aproximou-se e convenceu-me a experimentá-lo. Vesti-o. Dei uma voltinha em frente ao espelho.

– Está a ver? Parece que foi feito para si. E tem aí um casaco que dura uma vida – disse.

– E quanto tempo é uma vida? –perguntei.

– Ah, aí uns 20 anos ou mais – respondeu.

Pensei em como só mesmo alguém tão jovem pode achar que duas décadas são uma vida. Mas talvez não fosse isso, talvez ela, ao olhar para mim, tivesse feito contas. Será que ouvi mal e ela disse “tem aí um casaco que dura a sua vida”? Comecei a pensar que 20 anos são 20 outonos, 20 invernos... A ideia de comprar um casaco que dura uma vida afigurou-se-me, de súbito, absurda. Usar o mesmo casaco em todos os invernos que tenho pela frente… Deprimente! Mórbida, mesmo!

O casaco era lindo. Bom tecido. Belíssimo corte. Assentava-me, de facto, como uma luva. Devolvi-o ao cabide. Agradeci a ajuda e saí da loja. Entrei noutra. Bastante mais modesta. Comprei um casaco por um quinto do preço. Engraçado. O corte da moda. A cor da moda. Para o ano nem se pode ver. Perfeito!

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