REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #460

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ALGARVE INFORMATIVO

7 de dezembro, 2024

ÍNDICE

Parque Infantil de Altura (pág. 18)

Festival da Batata-Doce de Aljezur (pág. 26)

2.ª Corrida de São Silvestre AlgarveAlbufeira (pág. 40)

«Um Sonho de Natal» em Portimão (pág. 46)

Crédito Agrícola do Sotavento Algarvio presta homenagem a empresas (pág. 54)

Presépio de Sal e das Artes em Castro Marim (pág. 72)

«Une Histoire Vraie» no Cineteatro Louletano (pág. 88)

Festival Pedra Dura em Lagos (pág. 114)

OPINIÃO

Fábio Jesuíno (pág. 124)

Alexandra Rodrigues Gonçalves (pág. 126)

Nuno Campos Inácio (pág. 130)

João Ministro (pág. 132)

Sílvia Quinteiro (pág. 134)

Dora Gago (pág. 136)

Parque Infantil de Altura foi inaugurado para alegria das crianças

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Parque Infantil de Altura, localizado mesmo ao lado do edifício da Junta de Freguesia, foi inaugurado, no dia 28 de novembro, depois de obras de requalificação daquele espaço muito desejado pela comunidade e feito a pensar inteiramente nos mais pequenos. O momento contou com a participação especial de dezenas de crianças do ensino

pré-escolar do Agrupamento de Escolas de Castro Marim e da Associação Cegonha Branca.

A obra teve um investimento do Município de Castro Marim de cerca de 230 mil euros, pretendendo melhorar a área de lazer com a instalação de novos equipamentos infantis adaptados aos usos e necessidades da população. Escorregas, baloiços e divertimentos suportados por molas fazem parte deste novo parque infantil para acompanhar as

brincadeiras das crianças, enquanto os mais velhos poderão usufruir do espaço numa área de permanência e descanso com bancos e papeleiras. “Foi uma obra com um processo conturbado e que decorreu após uma inspeção ao parque infantil anterior, embora tivesse sido objeto de intervenção de manutenção, que não foi validada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica”, recordaram os responsáveis autárquicos.

A intervenção teve como objetivos garantir a acessibilidade a todos, a aplicação de materiais duradouros e de fácil manutenção, o reforço da arborização, o melhoramento das condições bioclimáticas do local, a criação de áreas ensombradas para promover o uso todo o ano, a colocação de áreas verdes de baixa manutenção e a preservação da já existente, a aplicação

de novos equipamentos e mobiliário urbano e assegurar um espaço multigeracional. “Atualmente, um parque infantil exige o cumprimento de um grande conjunto de exigências e regras de segurança e de funcionamento, com foco na utilização dos equipamentos, na acessibilidade e na manutenção do espaço, pelo que o Município de Castro Marim pretende prosseguir em breve com a requalificação destes espaços na sede de concelho e nas escolas”, adiantou ainda o executivo camarário.

Relativamente à vegetação, as oliveiras presentes anteriormente no local foram alvo de manutenção, integrando-as no novo desenho do espaço, além de ter sido reforçada a área com a plantação de espécies maioritariamente autóctones e de baixa manutenção como o abrunheiro-

dos-jardins, o cipreste, o plátano e espécies arbustivas. Com preocupação e sensibilidade para com as questões ambientais e a problemática da seca no concelho e na região, estes espaços verdes foram dotados de sistemas de rega completamente automatizados.

A Junta de Freguesia de Altura será um parceiro determinante para o apoio à dinamização e manutenção do parque infantil e é também a entidade que

empenhou o seu esforço para que a empreitada pudesse ser feita, ainda que realizada pelo Município de Castro Marim.

Aljezur celebrou a batata-doce lira com pompa e circunstância

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Festival da Batata-Doce de Aljezur voltou a celebrar a batatadoce Lira, um produto de excelência do Algarve, de 29 de novembro a 1 de dezembro, com o Espaço Multiusos de Aljezur a ser palco de uma série de momentos que exaltaram a tradição, a gastronomia e a cultura da nossa região.

Este festival anual é a oportunidade perfeita para que os residentes e todos

aqueles que visitam o território explorem as inúmeras possibilidades culinárias e a grande versatilidade deste alimento tão popular e genuíno de Aljezur. O certame combina tradição e inovação, com uma programação especial que destaca a batata-doce Lira, conhecida pela sua qualidade e sabor únicos, como o elemento principal de pratos tradicionais, mas também de criações bem modernas e surpreendentes.

No Espaço Multiusos de Aljezur o público teve a possibilidade de participar de uma vasta gama de atividades

pensadas para todas as idades. Restaurantes e bancas de comida locais fizeram as delícias dos visitantes com uma verdadeira viagem gastronómica, onde a batata-doce Lira foi a estrela das diferentes iguarias. Chefs reconhecidos –tanto locais, quanto convidados – deram a conhecer, em demonstrações ao vivo, algumas técnicas e receitas que elevam a batata-doce. O festival é também uma celebração da cultura local, com expositores que mostram o melhor do artesanato algarvio, desde cerâmicas a peças de vestuário e joias artesanais, refletindo assim a autenticidade e criatividade da região. E, num evento pensado para toda a família, houve pinturas faciais, modelagem de balões e

outras surpresas que garantiram a diversão dos mais pequenos.

O concurso de sobremesas com batatadoce é sempre um dos momentos altos do festival, com os melhores confeiteiros da região em competição. A animação esteve também garantida com uma variada programação que incluiu artistas locais e convidados especiais. Tudo isto num Festival da Batata-Doce de Aljezur que é uma homenagem aos produtores e agricultores da região, que preservam a tradição do cultivo da batata-doce lira e desempenham um papel crucial na promoção da herança gastronómica local, estando a organização a cargo do Município de Aljezur.

Albufeira espera 1.300 atletas na 2.ª edição

da

Corrida de São

Silvestre a 21 de dezembro

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Corrida de São Silvestre Algarve –Albufeira, evento que marca o calendário desportivo do Fim de Ano pelo segundo ano consecutivo, está agendada para o dia 21 de dezembro, às 20h, com partida e fim nos Paços do Concelho, e promete atrair centenas de participantes e visitantes numa fusão entre o desporto e o turismo. Com distâncias de nove quilómetros para a corrida e cinco quilómetros para a caminhada, o percurso leva os atletas a explorar

durante a noite alguns dos pontos mais emblemáticos do concelho.

A iniciativa, que resulta da parceria entre a Cabreira Solutions e o Clube Desportivo Areias de São João, conta com o apoio do Município de Albufeira e pretende superar o sucesso da edição anterior. Neste momento estima-se a participação de mais de 1.300 atletas de 30 nacionalidades, reforçando o caráter internacional da prova, estando as inscrições abertas no site oficial da organização, em https://cabreirasolutions.com/event/saosilvestre-algarve/

Na conferência de imprensa realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no dia 2 de dezembro, o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, destacou o impacto do evento para a promoção do concelho. “Esta é uma aposta ganha. É um excelente momento para o desporto, para o comércio local e, com toda a certeza, um enorme contributo para a programação desta época festiva em Albufeira. Esta grande festa do atletismo traz centenas de corredores ao concelho que, para além de participarem na prova, aproveitam para usufruir das outras experiências incluídas na programação de Natal e de Passagem de Ano, como o «Albufeira é

Natal», de 13 a 23 de dezembro; o «Street Food Sem Fronteiras», de 28 a 31 de dezembro; e o já tradicional Carpe NOX, nos dois últimos dias de dezembro, com Dino Santiago, Xutos e Pontapés e Diego Miranda como cabeças de cartaz”, sublinhou o edil.

Por seu turno, Cristiano Cabrita, vicepresidente e vereador do pelouro do Desporto e Juventude, salientou a relevância da prova no âmbito do turismo desportivo e como incentivo à prática de exercício físico. “A Corrida de São Silvestre é um evento estratégico, que atrai turistas e visitantes, dá vida e movimento à cidade e potencia o turismo. Este tipo de iniciativa consolida, igualmente, o nome de

Albufeira como um destino ativo, com eventos desportivos durante todo o ano e para todas as idades, pilares fundamentais para que conquistássemos o título de Cidade Europeia do Desporto 2026”. O autarca referiu, também, que esta é uma prova que “envolve a comunidade e diversas associações e grupos desportivos locais, como o Caminhadas ao Luar ou o Grupo dos Amigos das Caminhadas ao Domingo, que aproveitam a iniciativa de forma lúdica e promotora da atividade física”

João Cabreira, CEO da Cabreira Solutions, reconheceu que “estes grandes eventos criam alguns constrangimentos, contudo, vão ser implementadas medidas que minimizam o seu impacto”. De acordo

da prova vai ser introduzida sinalética com as alternativas à circulação dos veículos, garantindo sempre que o trânsito flua da forma mais natural possível”. A par destas medidas, os organizadores mobilizaram um contingente robusto, que inclui 50 elementos técnicos, 30 agentes das forças de segurança, 10 viaturas, quatro bombeiros e uma ambulância, que asseguram as condições necessárias para a concretização do evento com sucesso.

Nesta 2.ª edição da Corrida de São Silvestre Algarve – Albufeira, para além das camisolas exclusivas da competição, todos os participantes vão ter direito a uma medalha e os grandes vencedores, nas diversas categorias, vão repartir um prémio monetário no valor total de 5 mil e 200 euros.

«Um Sonho de Natal» volta a encher Portimão de fantasia e alegria para toda a família

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina centenária cidade de Portimão está novamente transformada, até 6 de janeiro, num verdadeiro «Sonho de Natal», recriando diversos núcleos temáticos de atração inspirados na época festiva e totalmente gratuitos, onde se cruza o universo natalício com momentos de fantasia e diversão dirigidos a toda a família. Mais uma vez sob o mote «Portimão – Um Sonho de Natal», o

programa arrancou no dia 29 de novembro, na Praça 1.º de Maio, com o Duende Trapalhão a animar miúdos e graúdos, acompanhado de música ao vivo com o «Tributo a Michael Bublé». Logo depois chegou o Pai Natal para dar início a um desfile pelas ruas da cidade, com uma primeira paragem na Praça da República, onde inaugurou a Pista de Gelo e assistiu ao primeiro espetáculo no Palco de Natal «Vamos ao Circo».

A seguir, em plena Praça da República, foi acionada a iluminação natalícia, em

que se destaca uma Bola Gigantes de Luzes, proporcionando um espetáculo imersivo de cor, luz e música. O desfile, com cerca de uma centena de figurantes, partiu depois em direção à Praça Manuel Teixeira Gomes, onde foi inaugurada a Casa do Pai Natal, dirigindo-se o cortejo até ao largo da antiga Lota, para a inauguração do Mercadinho de Natal, que este ano tem nova localização, e da Fábrica do Pai Natal, que funcionará no próprio edifico.

Até 6 de janeiro, vão ser 38 dias cheios de atrações em vários polos da cidade, para além da Praça da República, sendo uma das novidades o «Neva no Jardim», convite para que toda a gente experimente a magia da «neve encantada» no Jardim 1.º de Dezembro, num espetáculo diário, sempre marcado para as 18h e cheio do espírito natalício. Outra novidade será a mudança de localização do Mercadinho de Natal, que este ano passará para o largo da antiga Lota, sendo os stands ocupados por artesãos locais, que proporcionarão

sabores regionais e presentes perfeitos. Merece igualmente referência especial a Fábrica do Pai Natal, palco de atividades criativas e pedagógicas com várias oficinas e ateliês, a Hora do Conto, a confeção de bolachas de Natal, técnicas sobre como embrulhar presentes e muito mais, além do «Recreio de Natal», composto por espaços de diversão e equipamentos diferenciados para cada faixa etária.

Na Praça Manuel Teixeira Gomes, o cenário é a adorada Casa do Pai Natal, onde será possível tirar uma fotografia com a figura mais icónica desta época, ao passo que o Comboio de Natal circulará na «baixa» de Portimão, sem esquecer o Largo da Mó, com o habitual Presépio em tamanho real, e os desfiles temáticos que aos sábados percorrerão algumas das principais artérias da parte antiga da

cidade, passando igualmente por Alvor a 15 de dezembro, e antes pela Mexilhoeira Grande, no dia 10. Destaque para a programação do Palco Natal da Praça da República, que terá espetáculos diários com performances dedicadas às artes circenses, poesia, música, dança, magia, teatro, fantoches e palhaços, protagonizados por cinco centenas de artistas, cerca de 80 por cento dos quais residentes ou naturais de Portimão, e onde se incluem os alunos de diversas escolas do concelho e grupos locais que aí poderão revelar os seus talentos.

Tão tradicional nesta época festiva e importante para o comércio local e as atividades dinamizadas ao ar livre em diferentes espaços públicos, este ano a iluminação natalícia abrangerá 50 locais, distribuídos pelas três freguesias de Portimão, constituindo um atrativo

suplementar, sobretudo para quem escolhe o concelho para aqui passar o Natal e brindar ao Ano Novo. Todas as atividades, que nalguns casos se prolongarão até às 20h, têm entrada livre, numa organização da Câmara Municipal de Portimão, que tem como media partners o diário «Correio da Manhã» e a CMTV. Este ano, as freguesias de Portimão, de Alvor e da Mexilhoeira Grande contam igualmente com um programa original de animação natalícia, merecedores de uma visita, com destaque para a VI Feira de Natal, na zona ribeirinha de Alvor, e a 6.ª edição do «Natal na Vila», na Mexilhoeira Grande.

Para dar maior brilho a esta época especial, também será possível conhecer o resultado da reabilitação levada a cabo pelo Município de Portimão na fonte

ornamental localizada na Praça Manuel Teixeira Gomes, visando reforçar o papel deste espaço público como ponto de encontro e de lazer para residentes e visitantes. A intervenção contemplou a instalação de uma fonte moderna, com um sistema de som/música e de jatos de água variados, além de iluminação LED RGB de baixo consumo, criando um ambiente acolhedor e dinâmico e valorizando a identidade urbana de Portimão. Além da componente estética, a nova fonte possui um sistema de controlo anemométrico, ajustando os efeitos de água conforme a velocidade do vento para evitar salpicos indesejados. A instalação em circuito fechado e o sistema opcional de filtragem garantem a sustentabilidade e reduzem a necessidade de manutenção constante.

Crédito Agrícola do Sotavento Algarvio

homenageou empresas reconhecidas

como PME Líder e PME Excelência

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Crédito Agrícola do Sotavento Algarvio apresentou candidaturas junto do IAPMEI de 17 empresas suas clientes, tendo obtido 26 distinções, sendo 15 PME Líder e 11 PME Excelência, com referência aos requisitos dos anos 2021 e 2022. Entendendo ser da maior relevância o reconhecimento de clientes que, com elevada performance, exercem

as suas atividades de forma exemplar nos concelhos onde se encontra implantado através de uma rede de 13 agências (Alcoutim, Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António), atividades essas que contribuem para o desenvolvimento socioeconómico local e regional, abrangendo diversificadas vertentes económicas, do turismo à indústria naval, dos serviços à agricultura e da pesca ao comércio, a instituição levou a cabo, no dia 22 de novembro, um evento de distinção e valorização pública do

elevado mérito destas empresas, ao qual não faltou a Administradora da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Isabel Alves.

A cerimónia teve lugar no Clube Praia Verde, em Castro Marim, tendo o jantar sido precedido de um painel de intervenções sobre os temas «O Conhecimento e a Gestão», «A Proximidade e o Reconhecimento», «O Desenvolvimento Regional e o Investimento Privado» e a «A Importância das Parcerias no Desenvolvimento Local», que contou com a participação de José Apolinário, presidente da CCDR Algarve, e Paulo Águas, reitor da Universidade do Algarve, sucedendo-lhe um concerto com o grupo «Entre Aspas» e a entrega de prémios às empresas distinguidas.

Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio, Manuel Lacasta, reconheceu tratar-se de “um momento alto da nossa vida institucional que mais não é que o espelho daquilo que é a matriz do Grupo Crédito Agrícola enquanto grupo financeiro, um dos maiores a nível nacional, também ele atualmente com uma elevada performance e cujos resultados se têm transformado num cada vez maior e mais ativo apoio às nossas empresas, aos nossos particulares e, permitam-me dizê-lo, também as nossas comunidades, com as quais temos tido um elevado compromisso e para as quais sentimos que temos sido mais uma alavanca de desenvolvimento, em alinhamento com os mais diversos agentes locais e com o trabalho desenvolvido pelas nossas autarquias, procurando, na vertente financeira, também contribuir para incrementar o crescimento económico da região do Sotavento Algarvio”. O

responsável lembrou que o Crédito Agrícola é um grupo financeiro diferente, desde logo pela sua matriz de base cooperativa, profundamente democrática e sem paralelo no sector financeiro, “em que os seus associados elegem os seus órgãos sociais, de acordo com o princípio de um homem um voto, podendo eles mesmos ser eleitos, orientando-se o governo das nossas instituições, sem o condicionamento de pressões acionistas ou o intuito de procura do lucro enquanto tal, para a aplicação dos seus resultados, por forma a garantir, em primeira linha, solidez e robustez financeira, mas também para o apoio ao desenvolvimento socioeconómico das comunidades onde se insere”

Manuel Lacasta frisou que as Caixas

Agrícolas, enquanto entidades de natureza cooperativa, embora não tendo

como propósito a geração de lucro a distribuir por acionistas, “não podem deixar de procurar focar primordialmente a sua atividade no intuito de obtenção de elevados resultados operacionais, mas com o objetivo primordial de garantir a sua elevada sustentabilidade, por forma a poderem auxiliar os seus associados e clientes e proporcionar-lhes as melhores soluções financeiras, apoiando assim o crescimento económico das regiões onde operam” Contudo, “e este é também um ponto muito importante, canalizando parte desses resultados para o apoio à promoção dos mais diversos projectos de cariz educativo, cultural, desportivo e das mais diversas iniciativas de responsabilidade social”.

O Presidente do Conselho de Administração Executivo da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio recordou, por isso, o expressivo apoio financeiro concedido a um conjunto muito diversificado de iniciativas promovidas por entidades desportivas, corporações de bombeiros, IPSS, outras associações sem fins lucrativos e entidades com outras finalidades sociais nos quatro concelhos que englobam a sua área de atuação, “gratificando-nos saber que, através desses apoios, também contribuímos para a prossecução das suas meritórias atividades e para a satisfação das nossas populações em geral, continuando assim a afirmar-nos como o banco da nossa região, aquele que nela se mantém sempre incondicionalmente e que, por vezes sem qualquer retorno financeiro, permanece como o único ponto de contacto das populações com o sector financeiro, através de agências e de

ATM em locais onde mais nenhuma entidade bancária está presente”.

Manuel Lacasta sublinhou igualmente que o Crédito Agrícola é o único grupo financeiro de matriz exclusivamente nacional, o que, “para além de garantir decisões descentralizadas, efetivamente reinveste os seus resultados nas regiões onde opera, sendo de destacar que as suas Caixas Agrícolas, como a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio, privilegiam a contratação de recursos humanos e de parceiros prestadores de serviços locais, mais uma vez contribuindo, também deste modo, para a economia local, pagando os seus impostos localmente, contrariamente ao que sucede com as restantes instituições do sector”. “É esta marca de inserção social e de proximidade e garantia de confiança que nos distingue

e nos faz sentir diariamente o orgulho de sermos um banco nacional com pronúncia local. Estamos cá por um bem maior que se traduz, para além da satisfação dos nossos clientes e das nossas populações em geral, também na aposta em sermos líderes no sector no que respeita à defesa da sustentabilidade, pelo cumprimento de critérios ESG, ou seja, critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governo das nossas instituições, neste caso de forma sã e prudente, que evidencie a boa gestão dos recursos que nos são confiados pelos clientes, mas, simultaneamente, que garanta serem esses recursos devidamente canalizados para uma atividade creditícia que possibilite a melhor e mais vantajosa resposta aos seus mais diversificados interesses”.

A terminar a sua intervenção, Manuel Lacasta voltou a enfatizar que “somos o

banco das nossas terras e nelas permanecemos e permaneceremos, por vezes mesmo contra ventos e marés, porque delas nascemos e delas dependemos”. “Não é qualquer caminho que nos serve, é a certeza sobre de onde vimos, para onde queremos ir e que caminho devemos seguir para lá chegar que nos identifica, enquanto Crédito Agrícola, também com as nossas empresas, como é o caso das que hoje estão aqui presentes. Sabendo de onde vimos, onde estamos e para onde queremos ir, posso assegurar-vos que, sem qualquer dúvida, podem continuar a contar com o nosso indefetível apoio no vosso caminho para a liderança e para a excelência, objetivos que, como hoje bem se comprova, pela vossa presença, é, sem dúvida, mesmo possível alcançar”.

Presépio do Sal e das Artes reforça valor da cestaria e da empreita na

história das

gentes

da serra de Castro Marim

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina inauguração do Presépio do Sal e das Artes, que decorreu no dia 1 de dezembro, na Casa do Sal, em Castro Marim, contou com casa cheia e surpreendeu os visitantes, tendo um especial enfoque nas tradições do concelho. Com uma nova linguagem para esta edição, o tradicional Presépio do Sal e das Artes utiliza este ano alguns elementos artesanais e do

interior da Serra de Castro Marim, como a empreita, a cana e a palma, através da sabedoria ancestral emanada pelas gentes da terra.

Com mais de três toneladas de sal e mais de 700 figuras, entre elas peças únicas e reinventadas, este presépio da autoria de Ernesto Pires e Maria do Carmo Pires recria cenas religiosas e ofícios tradicionais, com a participação de outros artistas e artesãos como Albina Sequeira, Maria Fernanda Fernandes,

Martinho Fernandes, Paula Gaspar, Sebastião Sequeira, Vilma André e Diamantino Romeirinha. A empreita do interior do concelho de Castro Marim é um dos novos elementos que se junta ao Presépio do Sal e das Artes, como, por exemplo, os caminhos e outras peças, feitas e trabalhadas por artesãos locais naturais da Junqueira, que desde sempre deu vida e forma a objetos com as mais diversos usos, tendo um papel importante na sua função de acondicionamento, transporte de bens, agricultura, pesca, salinicultura e atividades domésticas. Além do Presépio do Sal, está também exposto um presépio de cestaria feito em cana e candeeiros produzidos por Vilma André, uma jovem designer de Castro Marim.

económico, social e cultural de Castro Marim, que é o sal, com o objetivo de enriquecer e valorizar a ligação simbiótica do concelho à atividade salineira e, paralelamente, promover outros elementos da cultura e patrimónios locais, como o artesanato e as artes. “A promoção do sal e das artes ancestrais é fundamental para a reafirmação do património imaterial do concelho de Castro Marim, e para a sua continuidade com uma aposta na originalidade e numa permanente evolução e adaptação dos materiais e das técnicas tradicionais aos dias de hoje”, indicam os responsáveis autárquicos.

A exposição está patente na Casa do Sal até ao dia 6 de janeiro de 2025 e pode ser

FESTIVAL CONTRAPESO APRESENTOU «UNE VRAIE» NO CINETEATRO

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

CONTRAPESO «UNE HISTOIRE CINETEATRO LOULETANO

NE HISTOIRE VRAIE, pelo GATO SA, foi a cena no Cineteatro Louletano, no dia 28 de novembro, no âmbito do Festival Contrapeso, organizado pela Mákina de Cena. A peça conta a história de Pauline, que regressa à casa de infância movida por uma dúvida inquietante que a acompanha há muito tempo. Ao revisitar os espaços que guarda na memória, guardiões de acontecimentos marcantes da sua infância, reencontra sinais perturbadoramente reveladores das suas origens.

As memórias fundem-se agora com as constatações factuais e Pauline

reconstitui a história da sua vida e descobre que, por detrás da imagem arrepiante do casal Tenardier, que a criou como filha, se escondem ações terríveis, a par de uma manifestação de amor comovente. No final, terá de tomar uma decisão corajosa. Será Pauline capaz de vingar a memória de seus pais e fazer a justiça que ela reclama?

Lionel Ménard, criador de espetáculos com imagens fortes e inesquecíveis, aceitou o desafio da GATO SA – Teatro de Santo André para encenar esta peça. Propôs o tema, a metodologia e o processo e assim nasceu «Une Histoire Vraie», interpretada por Helena Rosa, Mafalda Marafusta, Marina Leonardo, Raul Oliveira, Rogério Bruno e Tomás Porto.

FESTIVAL PEDRA DURA SURPREENDEU PÚBLICO

Daniel Pina| Fotografia: Garlics.pt

Texto:

DURA PÚBLICO DE LAGOS (II)

e 7 a 16 de novembro, o Pedra Dura – Festival de Dança do Algarve regressou a Lagos para desafiar “um corpo erradamente fixo” e, na sua terceira edição, voltou a crescer, com 37 propostas entre espetáculos, concertos, exposições, masterclasses e muito mais. O evento tem direção artística de Daniel Matos e Joana Flor Duarte e é uma coprodução da Cama –Associação Cultural e do Município de Lagos, com o apoio da República Portuguesa / Direção Geral das Artes.

No dia 9 de novembro, a Escola Secundária Júlio Dantas acolheu uma

masterclass imersiva de dança e tecnologia com Sylvia Rijmer e Cláudia Sevivas, na qual foi partilhado um projeto de pesquisa interdisciplinar de um ano desenvolvido através da colaboração entre um pesquisador de dança, um linguista cognitivo, um cientista da computação e cinco dançarinos contemporâneos. O projeto centra-se no questionamento de práticas habituais na dança contemporânea através da integração de um modelo inventado de Inteligência Artificial e Realidade Virtual.

Também no dia 9, a Apneia Colectiva levou a cabo a F.E.R.A. – Feira de Edições Realizadas por Artistas, que reúne publicações associadas às artes

performativas, apresentando o trabalho de artistas que fazem do registo e/ou da tradução gráfica das suas práticas e vivências artísticas um meio de produção e partilha de pensamento. No mesmo dia, no Teatro Experimental de Lagos, houve uma jam session com Rina Marques. A DESCARGA é um espaço de total liberdade artística onde é promovido o exercício da improvisação entre pessoas de variadas áreas artísticas (dança, música, teatro, spoken word, fotografia, artes visuais, etc.), um espaço seguro, sem líderes, com encontros mensais no Porto e que chegou agora ao Pedra Dura. A equipa da DESCARGA conta também com Sara Ferreira, artista visual e fotógrafa.

No Centro Cultural de Lagos fez-se o lançamento do jornal Coreia #11 x Sâlmon,

uma publicação a propósito das artes em geral, firmada numa relação próxima com a dança, a coreografia e a performance. De tiragem semestral, com distribuição gratuita, o jornal pretende ser um fórum independente e internacionalista a partir de questões, obras e artistas, preocupado em divulgar formatos vários em língua portuguesa. A edição #11 do Coreia foi feita em colaboração com o Festival Internacional de Artes Performativas Sâlmon em Barcelona e o lançamento contou com a apresentação do diretor editorial João dos Santos Martins e leituras performativas.

Ainda no dia 9, mas no Armazém Regimental de Lagos, subiu ao palco «Outrar». A coreógrafa Lia Rodrigues

convidou Volmir Cordeiro, artista radicado em França, a receber uma carta do Brasil e da sua companhia do Rio de Janeiro. Nesta carta, havia uma banda sonora e 27 vídeos produzidos por bailarinas e bailarinos da companhia. Dez anos depois de ter dançado para esta companhia, Volmir reencontrou-a naquele momento para uma outra aventura. Assim, para cada vídeo escolheu uma roupa e para cada roupa uma forma de Outrar (tornarse outro).

O dia 9 de novembro prosseguiu, no Centro Cultural de Lagos, com o projeto «Palcos Instáveis Segunda Casa», que trouxe ao Pedra Dura os espetáculos «VOID VOID VOID», de Maria R. Soares e Antonio Marotta, e «Sagração de quem era», de Margarida Constantino. A

terminar o dia, de volta ao Armazém Regimental de Lagos, escutou-se um DJ Set de Von-Cente, que integrou projetos musicais como Spartak!, um projeto sub-pimba Krautrock, antes de amadurecer a sua estética numa era de influências electro-punk, nurave, maximal, folk e reinterpretações da portugalidade da década de 2000. O DJ, produtor e personalidade regressou, desta feita, ao Pedra Dura em nome próprio, com house tónico, espelhado e brilhante, ligeiro nos ritmos, profundo nas reverberações, desconcertante nas emoções.

O dia 10 de novembro começou com «Chefs Cientistas», no Centro Ciência Viva de Lagos, no qual os pequenos

chefs exploraram a ciência por trás da culinária, metendo as mãos à obra. À tarde assistiu-se, na Praça do Infante, a «Rua», de Volmir Cordeiro e Washington Timbó, cuja primeira encarnação teve lugar no Museu do Louvre, em França. Agora, no Pedra Dura, o corpo foi o mesmo, imenso, aparentemente desconexo, potente e frágil, eloquente na expressão da palavra e na relação que vai criando com a paisagem, urbana e humana, com que se vai cruzando, numa dança de permanente metamorfose entre estados associados à violência, à dor, à festa, à resistência ou à vulgaridade.

O Espaço Jovem de Lagos foi o local escolhido para «Pra Não Caber no Mundo», um ensaio aberto de Andrei Bessa, uma palestra-performance que agregou diversos materiais em torno do projeto-pessoa de Andrei Bessa, em que o artista procura uma efabulação plural e mitológica de um urso-unicórnio.

Ainda no âmbito do Queer Art Lab seguiu-se mais um ensaio aberto, desta feita «Gigantesca» de Izabel Nejur, que procura transcender os limites convencionais da expressão artística, mergulhando numa viagem poética e literal através da força e da insistência.

As tendências de marketing digital para 2025 Fábio Jesuíno (Empresário)

marketing digital está em rápida evolução e transformação, moldado por avanços tecnológicos constantes, mudanças no comportamento do consumidor e desafios globais.

Várias tendências de marketing digital para 2025 emergem como essenciais para o sucesso das estratégias de marketing, indicando um futuro repleto de desafios e oportunidades.

Inteligência Artificial (personalização)

A Inteligência Artificial (IA) é um impulso transformador no marketing digital, permitindo a hiperpersonalização em larga escala e tornando-se uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de campanhas de comunicação eficazes.

Ferramentas de IA, como assistentes virtuais e chatbots, estão a mudar a forma como as marcas interagem com os consumidores, proporcionando experiências personalizadas com uma exatidão inédita.

As tecnologias de IA capacitam as marcas a compreenderem mais profundamente o comportamento dos clientes, aumentando o envolvimento e

ajustando conteúdos e recomendações de produtos às preferências individuais.

Sustentabilidade (propósito)

A sustentabilidade destaca-se como uma prioridade global em crescimento acelerado, com os consumidores a procurarem intensamente marcas que incorporam valores ambientais e sociais.

As organizações que incluírem práticas sustentáveis nas suas estratégias de marketing vão estar mais em evidência para conquistar a preferência de um público mais consciente e exigente.

Uma estratégia com propósito genuíno não só melhora a imagem da marca, mas também pode impulsionar o crescimento ao atrair e sensibilizar os consumidores para um compromisso mais forte com causas sustentáveis.

Live commerce (comércio ao vivo)

O live commerce, ou comércio ao vivo, está a ganhar destaque como uma estratégia eficaz e simples para aumentar as vendas através de transmissões ao vivo que combinam entretenimento e compras.

É uma forma de marketing de conteúdo interativo que permite aos clientes terem uma resposta imediata e às marcas mostrarem os seus produtos ou serviços.

Esta abordagem permite envolver os consumidores de forma mais interativa e natural, tendo registado grande sucesso nos mercados asiáticos, especialmente no chinês.

Os vídeos em direto proliferam nas redes sociais, tornando-se comum assistir a transmissões ao vivo a qualquer hora do dia, com objetivos variados, desde a partilha de conhecimentos e publicidade de serviços e produtos até entretenimento e espetáculos musicais ao vivo. As pessoas estão cada vez mais familiarizadas com este formato.

O panorama do marketing digital para 2025 apresenta-se dinâmico e desafiador, onde a convergência entre tecnologia e humanização será fundamental. A inteligência artificial, sustentabilidade e live commerce destacam-se como pilares essenciais para as estratégias de marketing com bons resultados.

O futuro do marketing digital não se resume apenas à adoção de inovações tecnológicas, centrando-se na capacidade de estabelecer ligações autênticas com um consumidor cada vez mais consciente e exigente.

Turismo é qualidade de vida para a comunidade

Alexandra Rodrigues Gonçalves (Diretora da

Escola

Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da UAlg)

m Roterdão, em 2019, o SmartCulTour* - um laboratório vivocolocava os conselhos de bairro e os agentes locais a analisar formas de o turismo contribuir para as suas necessidades. O sistema participativo envolvia três bairros, com histórias e geografias diferentes, e o crescimento do número de turistas e das receitas não eram considerados entre os indicadores de sucesso. Todo o modelo de desenvolvimento do turismo foi sendo cocriado em conjunto de forma colaborativa, promovendo a prossecução e a avaliação de objetivos sociais associados ao turismo. Uma abordagem consciente dos novos paradigmas de sustentabilidade económica, ambiental, cultural e social.

A metodologia do design thinking tem sido testada na experiência turística, perspetivando-se como um processo que se adapta ao contexto local, ao qual tem de estar associado um modelo de sustentabilidade. Por sua vez, se quisermos promover o turismo como recurso regenerador de zonas de baixa densidade populacional, temos de considerar para além de questões técnicas, as questões humanas, dado que existe uma particular sensibilidade e complexidade, nestas zonas em que se trabalha com comunidades muito

pequenas e áreas pouco povoadas que levantam desafios locais específicos; e possuem uma literacia digital pobre. Um exemplo nacional em espaço rural consistiu na criação em Penela de um Smart Rural Living Lab com quatro áreas principais de trabalho: recursos naturais, desenvolvimento social e bem-estar, turismo e identidade, cidadania e empreendedorismo. O Smart Rural Living Lab inclui um conjunto de escritórios para pequenas empresas (Mini-Habitat), a Casa das Indústrias Criativas (smARTES), uma fábrica laboratório (FabLab Penela) e um Habitat para a Inovação Empresarial em Setores Estratégicos (HIESE) (https://www.cm-penela.pt/artigos-174). Outros exemplos se poderiam referir.

A integração de ofertas para responder a um turista que quer conceber a sua própria experiência requer este espírito de inter-relação entre os agentes de vários sectores e subsectores. Uma abordagem compartimentada e isolada do turismo deixou de fazer sentido. As plataformas digitais podem ser um importante contributo para esta operação turística que terá de estar mais próxima das comunidades, e para tal há que desenvolver a informação dando resposta a todas as necessidades do consumidor, incluindo a apresentação de valores e a possibilidade de reserva on-line.

Mas estes hubs turísticos** não são por si a resposta para uma oferta integrada de qualidade e para a criação de fluxos turísticos para os territórios. Outras medidas de planeamento estratégico devem suportar os objetivos de melhoria de qualidade de vida dos residentes dos destinos turísticos (rurais, urbanos, litorais, de interior, ou outros). Os problemas de despovoamento, fuga de talentos, envelhecimento, falta de acesso

a serviços de saúde ou de educação, baixo rendimento, são transversais a muitas áreas rurais da Europa.

O turismo pode ser uma forte oportunidade de diversificação da economia local

A inovação a partir da natureza, das narrativas históricas, dos ofícios e

tradições, ou até de festividades, são importantes para acrescentar um valor emocional e fator distintivo a estas zonas, o que requer criatividade na abordagem dos recursos existentes e vários níveis de suporte e cooperação entre diferentes agentes. Nestes territórios, o turismo pode ser uma forte oportunidade de diversificação da economia local e de profissionalização de atividades intergeracionais, que consigam estar na base de um programa turístico sustentável e até na revitalização de atividades produtivas tradicionais..

A qualidade das ofertas a integrar no programa tem de ser monitorizada e avaliada, pois a competitividade e a sustentabilidade dependerão sempre de uma estratégia que tenha por base a qualidade. Outras preocupações resultam do planeamento das infraestruturas, atrações e atividades a integrar, da proteção da segurança do consumidor e dos colaboradores ao serviço destas atividades, muitos dos quais pequenos negócios de base local. Os deveres e obrigações dos fornecedores de serviços devem estar previamente regulamentados de forma concertada e cumprir com os esclarecimentos e a intermediação que for necessária.

A estratégia de desenvolvimento regional deverá integrar esta dimensão nos seus programas de ação. O modelo de base será aquele do turismo regenerativo que procura garantir que as viagens e o turismo proporcionam um benefício líquido positivo para as pessoas, para os locais e para a natureza, e que apoia a renovação e o florescimento a longo prazo dos nossos sistemas sociais e ecológicos,

no seu sentido mais alargado. Isto só se consegue com abordagens da base para o topo e com a centralidade colocada nas pessoas e na comunidade local. Veja-se o contributo positivo do Loulé Criativo na região.

Num texto recente Dianne Dredge apontava: “O turismo regenerativo, na sua forma mais simples, procura garantir que as viagens e o turismo reinvestem nas pessoas, nos lugares e na natureza, e que estas apoiem a renovação e o florescimento a longo prazo do nosso sistema socio-ecológico. Dar o salto para uma mentalidade regenerativa no turismo tem sido difícil, em parte devido ao profundo apego da área ao pensamento científico e à gestão estratégica” (Dredge, 2022, p.270)***.

Este parece ser o compromisso na base da plataforma digital apresentada hoje na Região de Turismo do Algarve resultado de projeto conjunto entre a Associação Vicentina, a Al SUD-ESDIME e as Terras Dentro, que nos convidam a conhecer histórias a sul do território rural e mais interior do Algarve e do Alentejo (https://www.turismoforadhoras.com/). Vamos a isso.

* Urban Leisure & Tourism Lab Rotterdam, http://www.smartcultour.eu/.

** Plataforma que congrega vários canais de venda e sistemas de gestão de um negócio, com vista, não só a melhorar a gestão, mas também todo o processo de venda e marketing.

*** Dredge, D, (2022) Regenerative tourism: transforming mindsets, systems and practices. Journal of Tourism Futures. 8 (3).

O presépio tradicional algarvio e Nossa Senhora da Conceição

Nuno Campos Inácio (Editor e escritor)

ara desanuviar um pouco dos temas da atualidade, cada vez mais depressivos e belicosos, esta semana partilho com os leitores desta prestigiada revista um artigo para conhecimento geral centrado na tradição cultural, multicentenária, da região algarvia.

De uma forma breve, procuraremos recordar os vínculos existentes entre o presépio tradicional algarvio e as festividades de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal e

antiga Padroeira do Algarve, antes de Dom Francisco Gomes de Avelar, Bispo do Algarve (1789-1816), ter nomeado para Padroeiro do Bispado o Mártir São Vicente.

Não se conhece a origem histórica do presépio tradicional algarvio, mas é provável que remonte à antiguidade, uma vez que o seu simbolismo está intimamente associado à bênção das culturas agrícolas, sendo muito mais recorrente e popular nas zonas serranas e do barrocal algarvio.

O presépio tradicional, em forma piramidal, deverá ser montado no dia 8

de Dezembro, sendo colocados nos patamares do altar vários recipientes com sementes de cereais e laranjas. As sementes que eclodirem dão origem a plantas que, até ao Dia de Reis, ficam em condições de serem plantadas nos campos.

O dia 8 de Dezembro é, precisamente, o dia de Nossa Senhora da Conceição e o antigo «Dia da Mãe». A este simbolismo maternal é o mesmo que se encontra no presépio tradicional algarvio e que remonta ao período das primitivas culturas agropastoris, de veneração à mãe natureza, à fertilidade, à regeneração que ocorre no inverno como prelúdio da primavera seguinte.

Como tantas outras tradições pagãs, também os primitivos altares pagãos foram aculturados pela Igreja Católica, permitindo a manutenção da identidade cultural das populações autóctones do Algarve, mantendo a mesma essência e mesma mensagem simbólica revestida com as novas representações cristãs.

O presépio tradicional algarvio é um hino à fertilidade e à maternidade, o

mesmo que se encontra presente na representação de Nossa Senhora da Conceição (que significa concebida sem pecado, de geminou «naturalmente», sem intervenção masculina, como as sementes que são lançadas à terra fértil) e na celebração do «Dia da Mãe, associada ao dom da vida, da geminação de uma nova vida.

Assim sendo, no presépio tradicional algarvio, as cearas simbolizam a vida nova na terra, pelo que estão associadas ao (re)nascimento, ao ciclo da vida; a imagem do Menino Jesus usada (na sua representação de criança/menino) não nos remete para a natividade, mas para a esperança da juventude, do que é novo e consciente, capaz de abençoar.

Estas cearas simbolicamente abençoadas e plantadas nos campos garantiam a proteção divina aos duros trabalhos do campo, enchendo as famílias de esperança num bom ano agrícola, numa altura em que essa era a base económica da região.

No próximo domingo, dia 8 de Dezembro, um pouco por todo o Algarve, cumprir-se-á a tradição da montagem do presépio tradicional algarvio. É um gesto que se repete por tradição cultural e familiar, mas que remonta a uma ancestralidade pré-cristã, honrando as inúmeras gerações de ascendentes que nos precederam e mantendo viva a chama ligação da humanidade à fertilidade terra. Todos, sem exceção, dependemos dela!

Turismo 2028

João Ministro (Engenheiro do Ambiente e Empresário)

oi apresentado, há poucas semanas, o Plano de Marketing Estratégico para o Turismo do Algarve 2028 (PMETA2028). Um documento de particular importância já que vai orientar as acções a levar a cabo nos próximos anos para alcançar vários objectivos, entre os quais um turismo mais sustentável na região.

Dos 12 capítulos que compõem este plano (consultar aqui: https://cms.visitalgarve.pt/upload_files/cl ient_id_1/website_id_3/Biblioteca/2024/P META_2028_vf.pdf) alguns merecem especial destaque, nomeadamente o referente à caracterização do Algarve, o de diagnóstico – que incorpora um subcapítulo com reflexões em torno de questões-chave que afectam a indústria turística na actualidade; e o plano de acções e tarefas a desenvolver neste espaço temporal.

O vasto documento (388 páginas!) contém muita informação relevante e analisa temas bastante pertinentes para o Algarve. Pela primeira vez fala-se em Overtourism e dá-se especial enfoque à questão da água e suas disponibilidades no Algarve. De uma forma geral há que congratular a equipa técnica da RTA e da Universidade do Algarve que desenvolveu este trabalho.

Contudo, no plano das acções, há aspectos que merecem alguns comentários, a começar logo pela miríade de objectivos e tarefas elencadas: são centenas, enquadradas em vários projectos de natureza diversa, alguns algo subjectivos até, sem uma clara definição de prioridades, o que torna a exequibilidade do plano mais exigente –em tempo e recursos humanos – e por ventura menos eficiente. Seria, talvez, mais razoável definir focos de prioridade, reduzir a quantidade de acções e orientar os esforços nas questões essenciais, nomeadamente aquelas que vão ao encontro dos objectivos estruturais do plano e das preocupações e metas identificadas.

Por outro lado, perde-se um certo sentido de orientação e pragmatismo face aos grandes desígnios do plano para 2028. Ou seja, se é intenção deste plano amenizar as assimetrias territoriais, por exemplo, entre litoral e interior, que estratégia está pensada para tal? E que acções? Não há uma objectividade clara entre o que se propõe e onde se quer chegar, ainda que tenham sub-objectivos definidos e «gavetas» onde estão inseridas (designadas como «Eixos de Actuação»). Em caso extremo, todas as tarefas descritas, por exemplo, no Eixo A («Valorizar o território e as Comunidades») podem ser aplicadas à faixa litoral!

Ainda neste capítulo, é inexplicável a não inclusão de qualquer referência à Via Algarviana. Se há projecto que tem procurado – com sucesso comprovado –combater o isolamento do interior, a sazonalidade turística, apoiar os pequenos negócios desse território ou minimizar as assimetrias da região, é esta grande rota. Contudo, não é aqui considerada e não se prevê actuar em torno da mesma (e há muito para fazer!).

No que se refere aos indicadores de medição, sejam os considerados para avaliar o impacto dos objectivos estratégicos ou os de controle das acções, duas notas: ao nível dos referidos em último lugar, os de controle, seria desejável não ficarem apenas pela contagem dos atos realizados. Seria importante adicionar, em muitas das acções descritas, um indicador que quantifique o seu sucesso. Em vez de indicar, por exemplo, o «Número de candidaturas a fontes de financiamento», seria interessante acrescentar o número das que foram efectivamente aprovadas. Outro exemplo: nas «ações de sensibilização para adoção de boas práticas de acolhimento», dever-se-ia introduzir um indicador de satisfação atingido e não apenas a quantidade de sessões realizadas. Este tem sido, aliás, o

modelo oficial de avaliação de muitos projectos financiados no Algarve, sem que se avalie o sucesso dos mesmos. E em muitos casos, o resultado está à vista de todos...

No que respeita aos indicadores estratégicos, nota-se uma certa preservação do que tem sido a prática corrente na medição de resultados: o número de dormidas, de chegadas ao aeroporto ou voltas em campos de golfe. Não que sejam menos importantes ou desnecessários. Nada disso. São importantes e convém mantê-los. Mas e o resto? Como se avalia o sucesso dos outros segmentos turísticos em crescimento? Ou o seu impacto no interior? Ou o sucesso das acções de capacitação ou certificação ambiental? Haveria aqui que ser mais exigente e ambicioso nos resultados a medir.

Importa, ainda a este respeito, reter uma mensagem que tem sido amplamente debatida e partilhada nos fóruns internacionais de turismo, como aconteceu recentemente no World Travel Market e que deveria estar na base orientadora para o que deve ser o futuro do turismo: este não pode basear-se apenas na busca do contínuo crescimento do número de visitantes. Tem de se focar mais em oferecer melhor experiências e garantir mais valias a longo-prazo para o território e para as comunidades residentes.

Esta é a mensagem que «lá fora» se está a cimentar. E se queremos acompanhar essa tendência, temos de repensar o que estamos a fazer por cá. A sério.

Ossos do ofício Sílvia Quinteiro (Professora)

Équase, quase Natal. Entro em modo duende. Na verdade, entrei logo no final de outubro. E não me digam que é cedo. Não franzam o nariz. Não me digam que ficam enjoadinhos quando ouvem o Jingle Bells ou o All I Want for Christmas Is You, porque nunca vou conseguir compreender. Há lá coisa melhor do que mergulhar no espírito desta época? Ficar embebido em espírito natalício. Começar os preparativos com antecedência. Cuidar demoradamente de todos os pormenores. Antecipar, uma e outra vez, os momentos em família que se avizinham. Tudo é mais bonito no Natal: as ruas, as montras, as casas, os largos, as pessoas.

Porque não prolongar a festividade? Porque não começar cedo? Eu começo.

Antes de mais, a iluminação. A magia de pequenas luzinhas branco-quente que abraçam as árvores do jardim, envolvem as varandas e recheiam de conforto o interior da casa. Agora sim, está tudo preparado para começar a montar a árvore de Natal. Só é pena o calor. O momento perfeito requer a lareira acesa e um chá bem quente. Mas este ano terá de ser de janela aberta, mangas curtas e uns copos de água.

A um canto, uma pilha de caixas trazidas da garagem. A tarefa não é fácil

nem rápida. Finalizada a árvore, com a estrela já no topo, ligo a grinalda de luzes e delicio-me com o espetáculo. Abro outra caixa, retiro as figuras do presépio, monto-o no lugar do costume e acendo uma vela junto ao Menino Jesus.

É chegada a vez dos calendários de advento. Indispensáveis. Dois. Um por cada filho. Dir-me-ão que não é uma tradição portuguesa. É verdade. Nem esta, nem tantas outras que seguimos. Natal é Natal! Não tenho qualquer problema em misturar tradições, venham de onde vierem. Tento tirar proveito do melhor de cada uma delas. Como em tudo na vida.

Já em adolescente, lia as previsões semanais para o meu signo na revista Maria e, tendo nascido no dia em que Virgem muda para Balança, decidi que as minhas semanas seriam a soma das boas predições para ambos os signos. Seguindo a mesma lógica, venham de lá as azevias, as rabanadas e o arroz-doce portugueses, acompanhados por uma boa caneca de vinho quente alemão, Turrón espanhol, pavlova australiana, Lebkuchen alemão e filhoses cá da terra. Filhoses de canudo, de mel, tendidas, de abóbora...

Quanto a presentes, há os do calendário de advento e os do dia de São Nicolau, seguindo a tradição germânica. Os maiores, no dia 24, naturalmente. E sobra

sempre alguma coisa para o Dia de Reis. Afinal de contas, a Espanha é logo aqui ao lado e o aniversariante é o mesmo.

São muitos presentes. Muitas compras.

Aventurei-me, por isso, na loucura selvagem de uma Black Friday. Ideia peregrina que me obrigou a percorrer vários quilómetros a pé, num slalom insano: entra na loja, sai da loja, entra na loja, sai da loja… Espaços lotados, a cheirar a cansaço. Dois dias de tortura, porque de Friday só tem o nome. Três presentes comprados. Três míseros presentes, bolhas nos pés e desespero.

Coloquei-os junto à base da árvore de Natal, mas não ficavam ali bem. Era necessário afastar o sofá. A sala tinha de ficar perfeita, e não era um sofá que ia deter uma duende empenhada como eu.

Baixei-me, levantei-o e empurrei com quanta força tinha.

Acordei com a certeza de que não foi a minha melhor ideia. A dor que me apunhala hoje as costas a cada passo lembra-me que não foi mesmo nada boa ideia. É verdade que o médico me tinha avisado para ter cuidado com a coluna, por causa de uns Ls seguidos de uns números, que já teriam visto melhores dias e não encaixavam bem num tal de S qualquer coisa.

Na altura, não percebi nada, mas agora percebo tudo. Tudinho. Nem letras, nem números. Isto foi é mau-olhado. Praga que os haters do Natal rogaram a uma pobre duende.

Ossos do ofício!

Dos contos infantis à chama da leitura

Dora Gago (Professora)

“Se quer que o seu filho seja inteligente, leia-lhe contos. Se quer que seja ainda mais inteligente, leia-lhe mais contos”.

Einstein (citado por Carlos Nuno Granja em A arte de gostar de ler, Livros Horizonte, 2024)

alman Rushdie inicia o seu livro de ensaios Linguagens da Verdade com um capítulo intitulado «contos maravilhosos», onde refere o modo como as crianças alimentavam a alma com histórias, que lhes despertavam a imaginação, elemento essencial que as acompanharia por toda a vida. Refere ainda: “Acredito que os livros e as histórias por quem nos apaixonamos fazem de nós quem somos; ou para não pedir muito, que o ato de nos apaixonarmos por um livro ou por uma história nos muda de alguma forma, e que o canto adorado se torna parte da nossa imagem no mundo, parte do modo como entendemos as coisas e fazemos juízos e escolhas na nossa vida de todos os dias” (p. 11). Subscrevo inteiramente estas palavras que me tocam de forma ainda mais intensa, ao ter começado a lecionar Literatura para a Infância, à Licenciatura em Ensino Básico da Escola Superior de Educação de Setúbal. É que, como refere Ana Cristina Silva, num texto publicado no Diário de Notícias, de 3 de Novembro deste ano, a literatura para a infância é o espaço onde os estereótipos se desfazem, visto que “os livros de histórias infantis podem ser estradas,

caminhos que abrem as mentes das crianças para o desenvolvimento da empatia e para a compreensão das emoções dos outros”. É neste universo que tudo principia, que os leitores nascem, embora depois, tantas vezes se percam mais tarde, com o seu desejo de ler e de saber naufragado nas tempestades da vida e do quotidiano. E como despertar o desejo de ler nos mais jovens? Como acender e atear essa chama que fará toda a diferença na vida e no futuro? Sabemos que é difícil encontrar receitas, mas, neste contexto, recomendo a leitura do livro de Carlos Nuno Granja (autor de um notável conjunto de cerca de 40 livros infantis publicados), intitulado A Arte de gostar de ler, da editora Livros Horizonte. Nesta obra, encontramos, não apenas pertinentes reflexões sobre os benefícios da leitura, a sua situação na sociedade atual, mas também excelentes sugestões e exercícios para a sua promoção, baseados na vasta experiência do autor como professor, escritor, bibliotecário e mediador de leitura. E claro, no princípio de tudo, há a paixão pelos livros, pela leitura, o desejo de a partilhar, pois importa salientar que “uma comunidade leitora é uma comunidade interventiva, consciente da sua participação cívica e promotora do espírito crítico, sendo

como tal, capaz de evoluir contra comportamentos dúbios e prejudiciais ao bem-estar de todos” (Granja, p. 125). Não será precisamente este um dos ingredientes que fazem falta na nossa sociedade, num momento em que, cada vez mais, cada indivíduo se exila na sua bolha, de olhos colados ao telemóvel, alheio ao mundo circundante?

Com efeito, numa sociedade marcada pela voracidade do imediatismo, da

futilidade, dos escândalos ocos, dos heróis vazios das redes sociais, torna-se cada vez mais necessário, partir do conselho de Einstein. Ler, partilhar leituras, livros, abrir caminhos, para que o amanhã não se converta num reino de inteligência artificial (onde a natural jaz sete palmos abaixo de um ecrã), para que o nosso futuro não seja um mero naufrágio de ilusões num mar de desumanas artificialidades.

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