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ALGARVE INFORMATIVO Revista semanal - 29 de agosto, 2020

CUCA ROSETA «AQUECEU» SAGRES SUNSET SHOTS FIM DE TARDE NAS SALINAS DE CASTRO MARIM | DIA DO MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA ALGARVE INFORMATIVO #262 DEAD COMBO E BÁRBARA TINOCO EM TAVIRA | ALGARVE CAMERATA | CASA MEMÓRIA DA EN2 1

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18 - Casa Memória da EN2 em São Brás de Alportel

34 - Dia do Município de Albufeira ALGARVE INFORMATIVO #262

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OPINIÃO 118 - Mirian Tavares 120 - Ana Isabel Soares 122 - Fábio Jesuíno 124 - Augusto Pessoa Lima

82 - Algarve Camerata em Carvoeiro

108 - Sagres Sunset Shots

50 - Bárbara Tinoco, GIGGY, Osmose e Dead Combo no «Verão em Tavira» 9

94 - Fim de tarde nas salinas de Castro Marim ALGARVE INFORMATIVO #262

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SÃO BRÁS DE ALPORTEL CRIOU UMA CASA MEMÓRIA PARA HOMENAGEAR OS HOMENS QUE DERAM VIDA À ESTRADA NACIONAL 2 Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina nde a maior estrada regional do Algarve (ER270) se cruza com a maior estrada nacional (EN2), no KM722, em pleno coração da vila de São Brás de Alportel, nasceu, no dia 22 de agosto, a Casa Memória da EN2, num momento carregado de simbolismo que começou ALGARVE INFORMATIVO #262

com o hastear da bandeira por Álvaro Rodrigues, filho do antigo cantoneiro número 81, José Rodrigues. Ali funcionou, desde 1968, e durante três décadas, a 8.ª Secção de Conservação das Estradas do Distrito de Faro, depois esteve encerrada, até finalmente ter sido adquirida, no penúltimo dia de 2014, pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel. “Esta Casa é mais

um passo importante na 18

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valorização do nosso património edificado e imaterial, acima de tudo, da memória das nossas gentes e da nossa população. Em boa hora foi lançada a rota turística da EN2, que tem sido um grande sucesso, pois trata-se de recordar a história de um povo”, destacou Vítor Guerreiro.

“Todo o Algarve passava por aqui, as pessoas, os turistas, as mercadorias, São Brás cresceu ao longo desta estrada e é um privilégio vivermos neste concelho.

Estamos com uma porta aberta para a serra e uma janela sobre o mar, a 20 minutos do Aeroporto ALGARVE INFORMATIVO #262

Internacional de Faro e de algumas das melhores praias do mundo”.

São Brás de Alportel tem, de facto, muito para oferecer e a Casa Memória da EN2 representa um pouco de tudo isso. No espaço encontram-se as ferramentas do canteiro, que fazia os marcos da estrada e as pedras da calçada, e do cantoneiro, que tratava da manutenção desta carismática via de comunicação que se tornou, no passado recente, “numa via para o

lazer, para a descoberta, para as boas emoções, ao longo de Portugal”. “É uma homenagem aos homens que construíram a 20

EN2 e a todos aqueles que aqui passaram”, reforçou o edil sãobrasense, lembrando que o projeto, orçado em cerca de 100 mil euros, fez parte do PADRE – Plano Regional de Valorização dos Recursos Endógenos, com financiamento comunitário. E São Brás de Alportel tem devotado, sem dúvida, uma atenção especial às vias de comunicação, nomeadamente às acessíveis às pessoas com mobilidade reduzida, “para que os nossos

residentes e visitantes se possam deslocar livremente pelas ruas da nossa vila e do nosso concelho, mesmo aqueles que tenham a sua mobilidade condicionada ou os invisuais”. “O investimento na mobilidade é um desafio extremamente importante para o 21

nosso concelho e tenho uma boa notícia para dar: a requalificação da ligação de São Brás de Alportel à Via do Infante está em fase de conclusão de projeto para lançar obra, para melhorar e tornar mais seguro o traçado que existe atualmente”, anunciou Vítor Guerreiro.

O presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel não tem dúvidas de que a Casa Memória da EN2 se vai tornar uma importante atração turística e, por muito receito que exista de que os visitantes possam trazer consigo o novo coronavírus, o autarca avisou que outra pandemia está a evoluir perigosamente, “a das

dificuldades económicas que ALGARVE INFORMATIVO #262

todos estamos a viver”. “Com cuidado e regras de segurança, estamos de braços abertos para receber os turistas, que são fundamentais para o Algarve e para São Brás de Alportel”, garantiu o edil.

Emocionada mostrou-se Marlene Guerreiro, vice-presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, ao ver concretizar-se mais este sonho.

“Reabrimos as portas de uma casa que, durante três décadas, guardou, sob o pó do tempo, ferramentas, móveis e documentos, mas também saberes imemoriais de muitas jornadas somadas que não voltam mais. Depois de uma longa etapa, no dia 30 de dezembro de 2014 conseguimos, finalmente, fazer a

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escritura da compra, ao estado português, deste edifício. São 73 metros quadrados que estavam a transbordar de histórias”, afirmou a autarca.

Seguiram-se as normais etapas de elaboração do projeto, preparação de candidatura a fundos comunitários, lançamento do concurso. Depois, procurou-se, de forma simples, preservar os elementos mais relevantes, “sempre com o intuito

de prestar um justo tributo aos homens que deram a vida para dar vida a este caminho, desde os canteiros, que trouxeram até nós o tesouro da arte da terra, até aos cantoneiros, que ao longo de décadas cuidaram desta estrada e

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lhe deram alma”, sublinhou Marlene Guerreiro. “No rés-do-chão encontramos agora a casa dos cantoneiros, que guarda um vasto conjunto de ferramentas e utensílios dos trabalhos que diariamente se realizavam para construir e manter a via de comunicação mais longa da Europa.

No primeiro andar temos a secção de conservação, a memória do saudoso Chefe Matias, muitos dos seus desenhos e assinaturas de tantos documentos que despachou e licenciou para que o Algarve tenha a forma e a imagem que hoje conhecemos. Uma personalidade ímpar cuja história de vida em muito se confunde com a história da EN2”, descreveu Marlene Guerreiro.

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O objetivo do Município de São de Alportel não foi, entretanto, criar apenas mais um espaço museológico, mas sim uma casa onde se possa revisitar as memórias do passado e deixar as memórias para o futuro.

“Para tal, possui um Cabide de Memórias, um Caderno do Viajante e, claro, o Chá do Viajante, que reconforta quem está a chegar de uma longa viagem ou inspira aqueles que estão agora a começar a sua caminhada. Mas também abre o apetite para conhecer mais sobre São Brás de Alportel e os nossos produtos locais”, indicou Marlene Guerreiro. “Uma terra que cuida da sua memória é uma terra com futuro. Que este dia seja o início de um novo troço nesta viagem da vida e lembrem-se que as 24

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melhores histórias são aquelas que vivemos juntos”, concluiu a vicepresidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

Presente na cerimónia de inauguração da Casa Memória da EN2 esteve João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve, por ser “um

projeto que orgulha a todos os algarvios e que vem de encontro à necessidade de contrariar a tendência de nos fixarmos apenas no litoral, da atividade económica ALGARVE INFORMATIVO #262

acontecer sobretudo junto à costa”. “Precisamos de economia no interior e numa perspetiva de sustentabilidade. A Nacional 2 une o interior e valoriza todo um território que merece ser olhado com outro carinho e ser dinamizado com outras apostas.

No Algarve, para além da litoralização, temos também o flagelo da sazonalidade, que provoca maior precariedade no emprego e desigualdade ao longo do ano. E é muitas vezes com o cicloturismo e as dinâmicas que não estão dependentes apenas do sol e mar que conseguimos atrair pessoas fora da época alta”, apontou o homem forte do Turismo do Algarve.

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riqueza para todos”, disse o Atenuar a sazonalidade e diversificar as motivações de visita ao Algarve tem sido uma luta constante e que, de acordo com João Fernandes, até vinha sido bemsucedida antes do surgimento da covid19. “Os meses de outubro de 2018 e

presidente da Região de Turismo do Algarve, antes de passar a palavra a outro presidente, desta feita da CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Algarve. “A EN2 é um símbolo

2019 tiveram mais passageiros desembarcados no Aeroporto de Faro do que agosto de 2015. Em janeiro e fevereiro de 2020, estávamos a crescer 14,6 por cento em plena época baixa, e isso devese a projetos como este, que atraem pessoas que não estão apenas focadas no Melhor Destino da Europa de Praia. Vamos continuar a dinamizar a EN2, porque é uma

muito importante da união, a nível nacional, entre os territórios, união que faz as pontes que dão corpo à nossa identidade e às dinâmicas económicas e sociais. E São Brás de Alportel deve ser tido como exemplo, não só no que toca à preservação do património, mas também da proatividade que tem mostrado para encontrar os

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meios para viabilizar estes sonhos e visões”, enalteceu.

nos podermos desenvolver mais rapidamente”, salientou o líder da

Francisco Serra também entende que o turismo do Algarve se precisa diversificar,

CCDR Algarve, apelando a que as pessoas não baixem os braços perante a crise que se vive atualmente.

“sempre preservando as memórias para que sejamos autênticos”. “Mas a utilização dos fundos comunitários deve servir, igualmente, para se ter uma maior consciência do que significa estar na Europa, do que é ser Europeu de pleno direito, de participar nesta grande comunidade de povos. Não devemos pensar que a Europa é que nos resolve todos os problemas, mas, na Europa e com a Europa, somos mais capazes e fortes para

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Poucas semanas depois de ter passado por São Brás de Alportel, a título pessoal, enquanto percorria, de bicicleta, a Estrada Nacional 2, desde Bragança até Sagres, José Gomes Mendes regressou ao coração da Serra do Caldeirão, agora enquanto padrinho da Casa Memória da EN2. “Portugal é

um país muito bonito e autêntico, com pessoas que sabem receber bem, e sentimos um enorme prazer quando percorremos o seu interior. E é um país bastante

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seguro, algo extremamente importante no contexto global”, declarou o Secretário de Estado do Planeamento, recordando, a esse propósito, algo que está escrito na primeira página do Livro de Louvores da Casa Memória da EN2: “Um cantoneiro

descobriu, na estrada, uma mala que tinha ouro, joias e dinheiro no valor de 150 contos, que foi entregar a quem de direito para ser devolvida ao seu legítimo dono. É esta segurança que temos que manter. Sermos capazes de, com ativos que são bonitos, genuínos e seguros, acrescentar valor, é muitíssimo importante, porque temos que ser capazes de nos reinventar”.

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José Gomes Mendes reconheceu ainda os passos que a região tem dado para atenuar a sazonalidade e para oferecer mais a quem a visita do que o sol e as suas magníficas praias. “A EN2

é um produto turístico de grande potencial para vilas e concelhos que não estão no litoral, dinamiza o comércio local, gera novos negócios. O que era bom antigamente continua a ser bom nos tempos que correm, bastanos saber acrescentar-lhe mais elos na cadeia de valor. E São Brás de Alportel tem essa capacidade”,

finalizou o governante .

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ALBUFEIRA SUMMER LIVE, YACHT DAY E «ALBUFEIRA ESTA É A PRAIA» NO DIA DO MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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lbufeira festejou, a 20 de agosto, mais um Dia do Município, assinalando a entrega da Carta de Foral, em 1504, pelo Rei D. Manuel I. O programa principiou com o tradicional Hastear da Bandeira, em frente ao edifício dos Paços do Concelho, com a presença dos membros do Executivo, Assembleia Municipal, Juntas de Freguesia e representantes de entidades militares, civis e religiosas. Seguiu-se a habitual sessão solene de atribuição de medalhas de bons serviços municipais aos funcionários com mais de 15, 25 e 35 anos de serviço, nos graus bronze, prata e ouro, respetivamente, que teve lugar no Auditório Municipal.

Em tempo de pandemia da covid-19, o grande destaque do Dia do Município de ALGARVE INFORMATIVO #262

Albufeira foi para um programa de animação bastante diversificado para acompanhar nos quatro cantos do mundo através de transmissões online.

Foi disso exemplo mais um «Convívio Náutico» e a derradeira sessão do festival Albufeira Summer Live, evento realizado nos meses de julho e agosto e que aliou a música às paisagens deslumbrantes do concelho. O «pontapé-de-saída» foi dado pelo Dj China, com Gil Abrantes Sax & Marco Semedo, antes de assumir o comando o aclamado ator Nuno Lopes, que nesta data especial deu a conhecer outro dos seus talentos para os fãs espalhados por todo o globo.

As duas atuações aconteceram em pleno mar de Albufeira, a bordo das embarcações do Yacht Day, que juntou empresas marítimo-turísticas e proprietários de embarcações instaladas na região. Entre os dois 36

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momentos, oportunidade para assistir a mais um show de acrobacia aérea sincronizada, nos céus da Praia dos Pescadores, com a iniciativa «Albufeira Esta é a Praia», criada e produzida pela «Tavolanostra Eventos Globais», a mesma do Albufeira Carpe Nox, o inesquecível espetáculo de fim de ano que iluminou os céus de Albufeira para mais de 150 mil pessoas.

O Albufeira Summer Live terminou com o concerto dos The Gift, uma das melhores bandas portuguesas que conta já com 25 anos de carreira, a partir do Miradouro da Falésia, sobre a Praia da Falésia, sem público, mas com uma vista deslumbrante para o mar e o céu estrelado. “Foi uma forma diferente

Município de Albufeira, com conteúdos que respeitam as normas existentes, mas que cumpriram vários objetivos.

Desde logo o de homenagear os nossos concidadãos que têm servido a causa pública, e com eles todos os albufeirenses, mas também o de promover iniciativas que valorizam Albufeira e as suas paisagens, e o de dar razões a quem nos escolheu para passar os seus tempos de lazer, para que o continue a fazer no futuro”, explicou o Presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo .

de comemorarmos o Dia do 39

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DERRADEIRA TOURNÉE DOS DEAD COMBO PASSOU POR TAVIRA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Município de Tavira

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última digressão dos Dead Combo, com «Odeon Hotel», subiu ao palco instalado no Parque do Palácio da Galeria, em Tavira, no dia 15 de agosto, num concerto que foi igualmente uma homenagem a Zé Pedro dos Xutos & Pontapés. 2020 é o ano em que a carismática banda decidiu encerrar a sua caminhada e foram para a estrada com uma tour que é um passeio por uma história com mais de 16 anos, seis álbuns de originais e várias centenas ALGARVE INFORMATIVO #262

de concertos por Portugal e pelo estrangeiro. À semelhança do que tem sucedido nos variados espetáculos inseridos no «Verão em Tavira», a lotação máxima do espaço foi reduzida de acordo com as normas da DGS e os planos de contingências criados para o efeito, e foi completamente preenchida por um público constituído por muitos residentes e turistas, que já habituados à programação de luxo dinamizada pela Câmara Municipal de Tavira para animar os meses quentes de Verão .

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BÁRBARA TINOCO, GIGGY E OSMOSE EM DESTAQUE NO «VERÃO EM TAVIRA» Texto: Daniel Pina | Fotografia: Miguel Pires Feel Free Photography

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programa cultural «Verão em Tavira», da responsabilidade da Câmara Municipal de Tavira, tem levado ao Parque do Palácio da Galeria milhares de pessoas ao longo do mês de agosto, sempre no cumprimento das regras de segurança, higienização e distanciamento ditadas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente no que toca a espetáculos ao ar livre. Uma aposta ganha da edilidade tavirense que alia grandes nomes da música nacional, mas também projetos mais de âmbito regional e local.

Assim, no dia 21 de agosto, subiu ao palco Bárbara Tinoco, cantora e compositora de 20 anos que deu nas vistas, em 2018, numa breve passagem

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pela fase de casting do programa «The Voice Portugal». Ali teve a oportunidade de mostrar o tema original «Antes dela dizer que sim», que lançou, em 2019, como single de estreia, e que conta já com mais de cinco milhões de visualizações no Youtube. Autodidata na guitarra e no canto, a estudante de Ciências Musicais, na Faculdade Nova de Ciências Socias e Humanas avançou depois com o single «Sei Lá» e participou também, no Festival RTP da Canção, com uma canção da autoria de Tiago Nacarato, «Passe-Partout», alcançando o segundo lugar com a classificação máxima atribuída pelo público.

Na noite anterior, 20 de agosto, foi a vez do palco instalado no Parque do Palácio da Galeria dar a conhecer dois

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projetos locais, GIGGY e Osmose. A banda Groove Is Gonna Get You! surgiu, em 2011, em Cabanas de Tavira, sendo atualmente formada por Rita Gonçalves (Voz), Andre Bagarrão (Guitarra e Voz), Rui Vale (Baixo), Kush Lescrooge (Saxofone) e Daniel Bagarrão (Bateria) e tocando uma fusão musical entre o Reggae e o Funk, com algum Ska à mistura. Já passaram por palcos e festivais como o «Avante», «Festival MED», «Bafo de Baco» e «Faro Alternativo 05» e venceram o concurso de bandas Musifaro 2015, o que permitiu ao grupo a gravação do seu primeiro EP, «Reggae Woman», lançado em maio de 2016.

Quanto a Osmose, é liderado pelo pianista Luís Conceição (Voz e Piano) e inclui ainda Valter Estevens (Guitarras e Voz), Kush Lescrooge (Saxofone), Pedro Parreira (Baixo) e Bruno Maié (Bateria).

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Em 2015 gravaram o seu primeiro CD de originais, «Um toque de solidão», dando continuidade a vários projetos de originais de Luís Conceição desenvolvidos desde a década de 90. O álbum de estilo eclético conta com a participação de vários artistas convidados, de onde se destaca a conhecida cantora Wanda Stuart no tema «Estou perdido», a cantora lírica Isobel Barton, o guitarrista Ricardo Martins e o violinista Jan Pipal, entre outros. Música erudita, tradicional, rock, jazz, blues e funk, com diversas incursões pela improvisação e versões bastante sui generis de temas bem conhecidos do público em geral, constituem a imagem de marca dos Osmose, que em 2019 lançaram o disco «Profecias» e fizeram as delícias do público na noite de 20 de agosto, no Palácio da Galeria, em Tavira .

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ALGARVE CAMERATA APRESENTOU OBRA DE PIAZZOLLA EM CARVOEIRO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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Anfiteatro do Forte da Nossa Senhora da Encarnação, em Carvoeiro, acolheu, no dia 24 de agosto, mais um evento inserido no programa «A Cultura sai à Rua», da Câmara Municipal de Lagoa, desta feita o concerto da «Algarve Camerata», que apresentou a obra «Quatro Estaciones Porteñas – Astor Piazzolla», pela batuta do Maestro João Rocha. Um programa sóbrio que assinalou o regresso da Orquestra após o ALGARVE INFORMATIVO #262

cenário de pandemia e que teve como convidado especial o consagrado acordeonista Gonçalo Pescada.

O espetáculo decorreu no cumprimento de todas as normas de segurança e higiene, em recintos ao ar livre, estipuladas pela Direção-Geral de Saúde e com lotação praticamente esgotada. A receita de bilheteira reverte simbolicamente a favor de uma instituição particular de solidariedade social do concelho, que será selecionada após sorteio no espetáculo a realizar a 5 de setembro .

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UM FIM DE TARDE DIFERENTE NUMA SALINA DE CASTRO MARIM Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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Câmara Municipal de Castro Marim levou a cabo quatro sessões, mais duas das que estavam originalmente programadas, devido ao elevado número de interessados, da iniciativa «Fim de Tarde ao Sal», em que os participantes puderam recolher o seu próprio sal, numa experiência que pretendeu valorizar a profissão do salineiro e promover os produtos do sal e da flor de sal.

Com ponto de encontro na Casa do Sal e primeira paragem no Revelim de Santo António, para um breve enquadramento histórico da importância do sal para Castro Marim, seguiu-se depois para a Salina Félix, situada em plena Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António. Ali, os «novos» salineiros aprenderam, com os mestres do ofício, sobre os vários passos do processo de salinicultura artesanal, conhecendo os pequenos talhos e recolhendo, com as técnicas ancestrais, o sal manualmente. Para casa levaram, no fim, uma enriquecedora experiência, para além de um saco do «melhor sal do mundo» e duas embalagens de flor de sal que os próprios recolheram do esteiro.

Ao longo de quase duas horas ficou-se a saber que o sal marinho tradicional de Castro Marim resulta da conjugação do trabalho do salineiro com a ação das marés, do sol e dos ventos, não sendo sujeito a nenhum tipo de tratamento posterior, apresentando-se naturalmente branco e brilhante. A flor de sal também foi observada, apesar das condições ALGARVE INFORMATIVO #262

atmosféricas não terem permitido a sua recolha, mas também ela não sofre qualquer tipo de processamento, secando ao sol e sendo depois embalada, conservado assim o sabor e a humidade do mar.

A iniciativa integrou-se numa estratégia de valorização e promoção do salineiro e, por consequência, do sal, que é um dos ex-libris de Castro 96

Marim. Proporcionando este contacto de proximidade e familiarização, a ideia é incrementar-se e impulsionar-se a comercialização de produtos locais na cadeia turística, até porque, há cerca de dois meses, Castro Marim conseguiu também ver legalmente protegida a denominação «Sal e Flor de Sal de Castro Marim» (DOP – Denominação de Origem Protegida). O «Fim de Tarde ao Sal» foi organizada pelo Município de Castro 97

Marim e Associação Odiana, integrada no programa Bandeira Azul 2020 e enquadrada na candidatura «Patrimónios de Castro Marim: Valorização e Promoção de Produtores Locais e Produtos Endógenos», comparticipada pelo PO CRESC Algarve 2020, projeto PADRE, apoiada por Portugal e União Europeia e cofinanciada a 70 por cento pelo FEDER. ALGARVE INFORMATIVO #262

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«SAGRES SUNSET SHOTS» COMBINOU MÚSICA COM O ENCANTO NATURAL DA REGIÃO ALGARVIA Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

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á se sabe que o pôr do sol em Sagres atrai anualmente milhares de pessoas que se deslocam ao ponto mais sudoeste de Portugal para assistirem a um belo espetáculo da natureza que se prolonga apenas por alguns minutos. Mas, este ano, esse acontecimento foi partilhado com o mundo, nos dias 14, 15 e 16 de agosto, graças ao «Sagres Sunset Shots», uma iniciativa online organizada pelo Turismo do Algarve, em conjunto com o Município de Vila do Bispo, que teve lugar no Forte do Beliche.

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Foram três eventos que decorrerem sensivelmente entre as 20h e as 21h, a hora prevista do entardecer, animados por miniconcertos de vários artistas e djs nacionais. Assim, no primeiro dia, o palco foi partilhado pela conhecida fadista Cuca Roseta e pelo DJ Christian F, seguindo-se, no dia 15, o cantor João Pedro Pais e o DJ Eddie Ferrer e, finalmente, no dia 16, a cantora Viviane e a banda local «Naomi & The Raposeira Dub Collective».

Os sunset shots ganharam vida com a transmissão em live streaming no Facebook, em VisitAlgarve, Algarve Tourism, VisitAlgarve_ES e Município 110

de Vila do Bispo, e no canal de YouTube VisitAlgarve e, de acordo com a organização, tiveram mais de 65 mil visualizações e foram alcançadas 225 mil pessoas. “O evento permitiu-nos

mostrar a beleza de mais um recanto da nossa região, agora enriquecido com uma componente de entretenimento, através da música. Conseguiu-se captar todo o encanto desta paisagem natural e surpreender-se quem se juntou a nós através das redes sociais”, referiu o presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes. Também o presidente do Município de Vila do Bispo, Adelino Soares, considerou que esta “é

uma iniciativa diferenciadora e envolvente”. “O «Sagres Sunset Shots» apresenta um enorme potencial para dar a conhecer a

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beleza da nossa paisagem a milhares de visitantes, nomeadamente o turista português, mas também o estrangeiro. Partilhar este cenário natural do nosso concelho é uma oportunidade para reforçar a promoção turística do destino, que tem atrações únicas e que proporciona experiências inesquecíveis a quem nos visita”, frisou o autarca.

«Sagres Sunset Shots» teve a assinatura «O Algarve fica-te bem ao pôr do sol», estabelecendo ligação à nova campanha promocional do destino, que tem como objetivo motivar os turistas nacionais e estrangeiros a desfrutarem das suas férias na região, que é o principal destino turístico do país .

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OPINIÃO Cartografias do desejo Mirian Tavares (Professora Universitária) Com minhas calças vermelhas Meu casaco de general Cheio de anéis Vou descendo por todas as ruas E vou tomar aquele velho navio Jards Macalé e Waly Salomão credito que a nossa relação com os lugares é metonímica.

Criamos a nossa própria cartografia, que se compõe de fragmentos que montamos através do traçado do nosso desejo.

Minha casa, minha cidade é bem mais pequena que a cidade dos mapas e está circunscrita, não só geográfica, mas também emocionalmente, ao meu desejo. Há em todos nós, em maior ou menor grau, uma relação telúrica com o lugar que nos dizem ser nosso: pátria, terra, casa. Às vezes somos conduzidos pelo desejo de errância, o que nos faz sentir solitários, ou como os personagens de Wim Wenders, estrangeiros. As personagens de Wenders nunca tiveram casa, mesmo quando nelas estavam. Sentem-se sempre «fora de sítio», deslocados. E, nos lugares por onde passam, constroem cartografias próprias que somam o espaço real ao desejado. A ALGARVE INFORMATIVO #262

cidade, com suas particularidades e idiossincrasias, exige àqueles que nelas habitam, ou que por elas passam, uma capacidade de síntese: reconstruí-la a partir de pedaços esparsos, de vazios. A cidade é construída através da montagem que faço com pedaços dela mesma e com outros tantos que já trago dentro de mim. Vivemos numa cidade que é nossa, onde conhecemos os que passam e cada canto parece ser um velho amigo, mas, por alguma razão, seja ela qual for, passamos a errância e acabamos por parar noutras cidades que outrora eram apenas um sonho, um desejo que se torna real deixando assim de ser desejo. E aquela cidade, lá no fundo de nós, que ficou para trás, apodera-se deste novo espaço, e cresce dentro de nós, adquirindo a aura da distância, como as histórias do marinheiro de Benjamin – ela é agora o que já não tenho. Não importa a cidade, podemos ser estrangeiros no lugar que nos viu nascer. E aí, a cidade que é nossa, deixa de nos pertencer. É uma estranha cuja cartografia não 118

Foto: Victor Azevedo

dominamos e acabamos por nos perder em um labirinto interior que se projecta na urbe que nos envolve. O exílio tornase menos duro quando a memória reinventa o espaço. No filme Terra Estrangeira, de Walter Sales, as personagens escolhem Lisboa como destino para um autoexílio. Lisboa é estrangeira, mas é também a cidade mãe, centro de um país que partiu para o atlântico e desbravou uma nova-velha terra. É, de alguma maneira, uma terra não estrangeira, uma doce recordação, um dejá-vu. Mas, ao chegar a Lisboa, sentem-se como se estivessem “por fora do movimento da vida” e parece que desaprenderam “a linguagem dos outros”, como escreveu Caio Fernando Abreu. Há um código especial que desconhecem. Há uma palavra-passe 119

que não lhes foi fornecida. E a cidade, tão grande, faz com que eles se misturem no mundo dos invisíveis, que passam pelas ruas e ninguém os vê.

Ninguém cumprimenta, ninguém conhece. É uma existência que nega a própria existência. É como se o corpo se fundisse com o passeio e as ruas e os carros e a poluição. E os olhos do invisível, não vê a cidade nova que se está a sua frente, mas vê o porto, o atlântico, tão imenso, atravessado na garganta de uma dor que não consegue falar. E o filme mostra Lisboa fragmentada, marginal, magnífica quando distante, intangível. E os personagens correm para a praia. E um navio, ao longe, parte ou chega. Partir e chegar, como diz a canção, são só dois lados de uma mesma viagem .

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OPINIÃO Do Reboliço #98 Ana Isabel Soares (Professora Universitária) inha estado semanas sem que a vissem, chegaram a dá-la por morta, ficou esquecida. Mas a gata reapareceu, e com o ressurgimento dela teve sumiço o forte macho preto e branco que por ali andava a cheirar, provavelmente parente de algum siamês da cidade que foi dar ao Moinho Grande sem se saber de onde e dali foi sair sem para onde se saber. A gata voltou já paridos os filhotes, e saberá deus onde os foi deixar. Voltou sozinha, voltou reclamativa, voltou como era dantes: assentava-se muito bem do lado de fora da cozinha, nas pedras cinzentas da calçada, os olhos fixados em quem passasse – se tivesse um olhar de volta, miava a pedir; se lhe respondiam (“O que é que tu queres...?”), miaaaaaava.

Se saísse alguém, levando na mão fosse o que fosse, punha-se em jeito de abalar, o corpinho virado para o lado contrário e o focinho para o lado da pessoa, e soprava com força, uma zanga que mal se entendia. Confirmava se o que levavam teria o destino do prato dela, gamela velha debaixo da buganvília, e, no caso afirmativo, esperava que se afastassem para, muito desconfiada, sempre a olhar por cima do lombo, lá lambia as espinhas mal amanhadas, o ALGARVE INFORMATIVO #262

caldo de feijão, uma sopa mole de pão.

Sempre a reclamar da vida, da saúde, do ar, aquela gata. O Reboliço ficava a vê-la atravessar de manhã a rua da casa, lançar-se por um buraco que havia na garagem velha (uma das camas onde a bicha dormia, que o monte todo, o moinho, o socalco, as terras semeadas, o jardim e o que havia para lá dos limites que se viam, tudo era hotel para ela estrelado), meter-se entre as canas altas que dão amparo à romãzeira e desdém ao louro da loureira – e desaparecer. Se não aparecia por ali e a chamavam, b’chana, b’chana, via-a saltar de ao pé do depósito da água (no Verão, era um dos cantos frescos da rua), era tudo dela. Dentro do que restava do edifício que fora garagem, não lhe davam medo os buracos com ninhos de pássaros, os vespeiros, as pedras meio soltas do socalco, que faziam de parede, o vento a passar entre as frinchas de um portão que resistia. Com os ratos, que era o que devia fazer, não se metia. Dava-lhe pena, ao Reboliço, a gata, coitada, sem poiso certo, sem dono conhecido, sem aceitar uma festa, soprando às palavras boas ou ao prato oferecido. Mas depois lembrava-se que uma vez a vira, ladina, numa escapadela inusitada, para os lados do poço (onde ela não costumava passear). “Há de andar aí parvejando”, pensou o Reboliço, enquanto a gata 120

Foto: Vasco Célio

avançava num passo mais lento do que lhe era habitual, quase paradinha, como se tivesse um estabilizador incorporado na cabeça, nível de duas bolhas de ar, olho esquerdo e olho direito, sem o foco desviar nenhum da parede onde uma oliveira antiga fazia penumbra, e mais um dos dois limoeiros, do lado da frente do maior canteiro de alcachofras-deJerusalém, que bordejava o aro de sombra da figueira grande. “Onde irá esta famélica...?”, perguntava-se ele, até que, seguindo a direção dos olhos dela, viu na parede uma osga gorda, roliço corpo a esconder-se na cor do tijolo sem 121

reboco, a imobilidade do calor a imitar a pausa da gata – foi debalde, pobre osguinha. A morta-de-fome fez no cérebro os cálculos que precisou de fazer, decidiu e saltou, tudo no mesmo microssegundo. Para o Reboliço, foi um está-ali-não-está-ali. Num instante só viu desaparecer a miserável gata pedinchona e surgir, no lugar dela, uma vitoriosa Diana . * Reboliço é o nome de um cão que o meu avô Xico teve, no Moinho Grande. Escrevo a partir desse olhar canino.

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OPINIÃO Empreendedorismo é a melhor vacina para combater a crise provocada pela Covid-19 Fábio Jesuíno (Empresário) os últimos anos o empreendedorismo tem crescido a um ritmo elevado, é cada vez mais comum falarse em startups e incubadoras como motores de desenvolvimento económico e social de regiões ou países e nunca fez tanto sentido como agora, em plena crise.

O empreendedorismo é um dos principais fatores de criação de emprego e inovação, sendo neste momento a melhor forma de combater a crise económica provocada pela Covid-19, com a criação de uma campanha de promoção do empreendedorismo de forma a incentivar a criação de novos negócios e a atitude empreendedora na sociedade. Como costumo dizer, empreender não se trata necessariamente da criação de um negócio, mas ter iniciativa e audácia.

Pessoas de todas as idades possuem sonhos, o caminho pela conquista desses sonhos é o que determina ser uma pessoa empreendedora.

Os empreendedores sempre foram aqueles que mudaram os conceitos económicos, ultrapassando barreiras sociais e culturais, criando oportunidades nas mais diversas áreas. Por esse motivo, ALGARVE INFORMATIVO #262

acho que a promoção do empreendedorismo de forma generalizada na sociedade é a melhor forma de enfrentar esta crise e transformá-la numa oportunidade para criação de novos negócios inovadores.

Uma das principais características de um empreendedor é a sua motivação e a capacidade de arriscar em algo que acredita. Não se contentando em ser mais um na multidão, o empreendedor é apaixonado pelo que faz e está constantemente a trabalhar para deixar uma marca na sociedade. Este é um motivo para que o Estado crie condições de forma a que seja incentivado o surgimento de novas empresas através de medidas especiais, que podem passar pela redução de taxas de registos de empresas ou marcas durante um determinado período de tempo e pela aceleração dos respetivos processos.

Neste momento é importante promover o desenvolvimento de competências empreendedoras na sociedade, um caminho onde a educação permanente nessa área é essencial em todos os níveis do ensino básico e secundário. Já deviam ter sido implementados programas educacionais onde o empreendedorismo entra como disciplina universal, 122

conseguindo dessa forma um impacto e abrangência generalizada na população.

Uma cultura empreendedora ativa pode ser aplicada na transformação das pessoas, mostrando que a partir do momento em que está a criar uma solução que irá ajudar outras pessoas, está, dessa forma, a empreender e isso pode ser 123

aplicado nas mais diversas situações. O empreendedorismo é, na minha visão, a melhor vacina que temos neste momento para combater a crise económica em que vivemos e uma nova oportunidade para o nosso país criar valor e ter uma sociedade cada vez mais inovadora e desenvolvida, de forma a gerar riqueza abrangente que gere bem-estar .

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OPINIÃO Código Deontológico dos Profissionais de Cozinha e Pastelaria Augusto Pessoa Lima (Cozinheiro, Consultor e Formador) e forma a salvaguardar a atitude do profissional e que o uso e respeito pelas regras, possam defender os nossos interesses profissionais, dignificando a profissão e valorizando a classe.

1. O profissional deverá ter formação profissional, atualizada e certificada; na falta dela, deve procurar uma Associação de Cozinheiros e Pasteleiros ou uma empresa certificada que possa garantir a formação adequada e a sua certificação; 2. Deve cumprir e fazer cumprir na íntegra as normas indicadas nas Boas Práticas para o sector alimentar, de modo a ser um profissional credível, ser higiénico e organizado; 3. Deve cumprir e fazer cumprir este Código Deontológico; 4. Não deve poder fumar ou praticar outros actos que possam colocar em perigo a sua integridade higiénica ou do local onde trabalha; 5. Deve usar touca, aparar a barba (se necessário), farda e calçado adequado, ALGARVE INFORMATIVO #262

durante a prática profissional de cozinhar; 6. Não pode utilizar a sua farda para executar tarefas impróprias ao ato de cozinhar (despejar lixo, por exemplo); 7. Deve guardar e transportar o seu material de trabalho (facas e outros utensílios) em local apropriado e de uso restritamente profissional; 8. Deve, dentro do possível, em termos de tempo e ou local, pertencer a uma equipa disciplinada, seguidora do Código deontológico; 9. Deve, dentro do possível, em termos de tempo e ou local, usar/ter consigo um documento que ateste a sua profissão; 10. Deve, sempre que possível, pertencer a um associação profissional, de modo a estar informado sobre alterações relevantes à sua profissão e poder receber formação adequada e profissional; 11. Deve, dentro do possível, alertar os chefes de secção, diretores e ou patrões, sobre o estado das regras e ajudar na sua implementação; 12. Deve efetuar periodicamente controlos de saúde, conforme a lei; 13. Deve respeitar colegas, fornecedores e clientes, não os 124

descriminando por motivos de sexo, raça, nacionalidade, idade, religião, condição social ou orientação sexual; 14. Deve colaborar com todas as secções, individualmente e em grupo e com autoridades e entidades de modo a que exista um ambiente de sucesso, qualidade, rendibilidade e rentabilidade; 15. Deve respeitar os direitos de autor (receitas e livros) e guardar sigilo sobre o trabalho, receitas e «segredos» profissionais, dos espaços onde trabalha. Os conhecimentos alcançados passam a ser seus e deve-os usar de forma a fazer melhor; 16. Não deve utilizar alimentos ou outras matérias primas que não estejam em condições de sanidade ou apresentem defeitos relevantes, promovam dúvidas, apresentem sinais de degradação ou que tenham expirado os prazos de consumo, exigindo sempre a melhor qualidade dos produtos a utilizar na confeção dos alimentos; 17. Cabe ao profissional de cozinha ser rigoroso no cumprimento das regras de conduta, garantindo assim a qualidade no trabalho; 18. Deve o profissional de cozinha estar disponível e apto sempre que for solicitado pelos clientes sobre qualquer dúvida sobre os alimentos por si 125

confecionados e prestar o melhor esclarecimento possível; 19. Deve o profissional de cozinha ser responsável cívica e ambientalmente, pelos seus atos na compra, guarda, preparação, confeção e aproveitamento dos alimentos, na redução dos desperdícios e na reciclagem dos resíduos; 20. Estas e outras regras que venham a ser implementadas /acrescentadas a este Código Deontológico servem a todos os profissionais manipuladores de alimentos, incluindo Cozinheiros e Pasteleiros; Documento realizado por Augusto Lima .

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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve.

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