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Índice Calma que está tudo resolvido ! ………………………………….… Pág. 4 Crónica Daniel Pina Viviane: Há 10 anos a encantar a solo ………………………..….. Pág. 6 Entrevista O Zeca Afonso voltou através da voz de Luís Galrito …………. Pág. 14 Crónica João Espada Qual o custo/preço de um Músico?……………………………... Pág. 16 Crónica Paulo Cunha Atualidade …………………………………………………………….. Pág. 18 Os nossos Heróis - Baia & Zézoca ……………….…………….… Pág. 22 Crónica Paulo Bernardo O Coletivo e o Político ……………………….…………….….……. Pág. 24 Crónica Hélder Rodrigues Lopes Atualidade…….…………………………………………...….………. Pág. 26 Combater a sazonalidade através do desporto …………….…. Pág. 30 Reportagem Atualidade .…………………………………………………..……….. Pág. 34 A música eletrónica ao vivo e a cores dos FENOID …….……… Pág. 38 Entrevista Atualidade …………………………………………………..………… Pág. 42 ALGARVE INFORMATIVO #7 produzido por Daniel Pina (danielpina@sapo.pt) Contatos: algarveinformativo@sapo.pt / 919 266 930 Diariamente, as notícias que marcam o Algarve em algarveinformativo.blogspot.pt ALGARVE INFORMATIVO #7
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Calma que está tudo resolvido !
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aproximar de eleições tem destas coisas, desperta o animal que todo o político tem de si e, de repente, governantes que até eram conhecidos por alguma discrição, para não dizer que eram algo mansos, soltam a fera, parece que ganham uns centímetros de altura, ficam com a voz mais forte e confiante e nada lhes parece estar fora do alcance. É verdade que o nosso primeiríssimo não era propriamente um governante low-profile, até por inerência do Daniel Pina cargo que desempenha, mas parece que foi Jornalista a algum especialista afiar as unhas para os Danielpina@sapo.pt combates que se avizinham. Algarveinformativo@sapo.pt Veja-se o discurso no encerramento das comemorações dos 40 anos de PSD, em que o homem era meio primeiro-ministro, meio líder partidário, mas todo ele candidato de olhos postos nas Legislativas. A ouvi-lo dizer que termina o mandato com a situação do país resolvida, mais parecia o Cristiano Ronaldo quando marca um golo e, virado para as bancadas, aponta o dedo para si a dizer: “Calma, eu estou cá para resolver tudo!”. Volvidos poucos minutos, quando (…) Populares também analisava as promessas eleitorais do PS de não precisam ser, porque António Costa, Passos Coelho vestiu a pele nunca vi nenhum de um autêntico Nilton ou Ricardo Araújo governante, por muito Pereira e falou, em tom de brincadeira, de assuntos muito sérios, levando ao delírio bom ou mau que fosse, uma plateia onde pontificavam, na primeira ficar no desemprego, fila, figuras como Francisco Balsemão, pois tem logo à espera Marcelo Rebelo de Sousa e Durão Barroso, um cargo de para além dos seus companheiros de governo e de partido. E os homens riam-se administrador ou a bem rir das graças do senhor do púlpito, consultor numa como se não estivesse o futuro da nação em multinacional ou num debate. organismo europeu. E se Eu, como bom carneiro rabugento que perderem as eleições, sou, não achei grande piada à forma como Pedro Passos Coelho falou aos seus colegas ficam quatro anos com de partido e à nação em geral. Disse: um bom ordenado de “Estamos a libertar-nos da ditadura dos deputado, mais uns números”. Dos números reais ou dos biscates por fora e, num números que inventam nos seus gabinetes, das estatísticas que ninguém percebe muito instante, metem os papéis para uma reforma bem de onde surgem, que dizem que o desemprego está a baixar, que a confiança dourada. Por isso, dos consumidores está em alta, que o país realmente, está tudo está de novo na rota do crescimento e mais blablabla do género? É que só vejo resolvido, mas para os empresas a viver à custa dos estágios mesmos do costume… profissionais e da inocência dos recém (…) licenciados. Só vejo as pessoas a cortarem ALGARVE INFORMATIVO #7 4
ao máximo nas despesas porque não sabem o dia de amanhã. Só vejo os preços de tudo a aumentar, mesmo quando as matériasprimas baixam. Disse: “Estamos a libertar-nos da ditadura da dívida”. Já um antigo governante afirmou, de forma descarada, que a dívida soberana dos países nunca se chega a pagar. Que se contraem novos empréstimos quando os atuais estão quase a vencer. Que se pede dinheiro emprestado para pagar os juros de empréstimos. Que se continua a depender das ajudas do Banco Central Europeu para tapar os buracos internos. Que o despesismo do aparelho de estado continua a aumentar a olhos vistos, ao mesmo tempo que se corta na Saúde, Educação, Apoio Social. Disse: “Estamos a libertar as gerações futuras dos erros do passado”. No passado, as pessoas recebiam um ordenado que lhes dava para ter uma vida mais ou menos equilibrada. Agora, vivemos na época do ordenado mínimo, dos estágios profissionais pouco e mal remunerados, do viver com os pais porque não há dinheiro para alugar uma casa, da certeza que vamos trabalhar uma vida inteira e, quando for a altura devida, não vai haver dinheiro para nos pagarem as reformas. Mandamos os jovens qualificados trabalhar para o estrangeiro porque em Portugal não se safam. Deixamos os velhotes morrer sozinhos e abandonados, em casa ou nos corredores dos hospitais. Não sei que erros se estão a evitar… Afirmou: “Temos vindo a libertar o povo e o país de supostos donos… não nos importando com a popularidade, nem com as eleições”. Realmente, tem havido muitos poderosos acusados de crimes de colarinho branco. Condenados é que são menos e, quando o são, as penas são ridículas. Populares também não precisam ser, porque nunca vi nenhum governante, por muito bom ou mau que fosse, ficar no desemprego, pois tem logo à espera um cargo de administrador ou consultor numa multinacional ou num organismo europeu. E se perderem as eleições, ficam quatro anos com um bom ordenado de deputado, mais uns biscates por fora e, num instante, metem os papéis para uma reforma dourada. Por isso, realmente, está tudo resolvido, mas para os mesmos do costume… .
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Viviane: Uma década a encantar a solo Viviane ficou conhecido dos portugueses enquanto vocalista dos «EntreAspas», uma das primeiras bandas algarvias a conseguir dar o salto para o patamar nacional. Foi, contudo, a solo que esta filha de emigrantes radicada em Olhão se tornou conhecida nos quatro cantos do Mundo, com uma sonoridade própria que bebe influências do fado, da chanson française e do tango. Para comemorar os 10 anos de carreira a solo, Viviane vai dar dois concertos no Auditório Municipal de Olhão, nos dias 5 e 6 de Junho, e o ALGARVE INFORMATIVO abre aqui um pouco do apetite para essas duas noites certamente inesquecíveis. Entrevista: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #7
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iviana comemora, em 2015, uma década de carreira a solo e, lá mais para o final do ano, está previsto o lançamento de um «Best Of», trabalho que será editado também em vinil, formato que parece estar a renascer das cinzas. Até lá, é tempo de continuar a promover o seu quarto disco, intitulado «Dia Novo» e lançado em Maio de 2014, que servirá de pano de fundo para os dois concertos que terão lugar, no Auditório Municipal de Olhão, a 5 e 6 de junho. “Será uma retrospetiva destes 10 anos de canções, em que irei revisitar temas mais antigos e os êxitos vão estar todos presentes. Terão uma sonoridade um pouco diferente porque tenho uma banda nova
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desde o ano passado, e haverão momentos especiais, um deles com o Coro do Conservatório de Música de Olhão, que vai enriquecer uma parte do espetáculo”, antevê a artista, na tranquilidade da sua residência na capital da Ria Formosa. Uma banda nova mas da qual continua a fazer parte, como é óbvio, Tó Viegas, juntos desde o período dos «Entre-Aspas» e que se manteve ao lado da cantora quando ela decidiu avançar para esta nova aventura. “É uma presença indispensável e tem a seu cargo a guitarra portuguesa. A bateria está entregue ao Rui Freire, o Filipe Valentim dos Rádio Macau assegura os teclados, o Bruno Vítor no contrabaixo e o João Vitorino na guitarra acústica”, indica Viviane, que não está arrependida de ter
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tomado a decisão de voar a solo. “Os «Entre-Aspas» tiveram o seu timing, duraram enquanto tiveram que durar e foi uma experiência muito boa e ainda hoje as canções continuam a passar na rádio. Mas eu gosto de mudanças, sentia necessidade de explorar outras sonoridades, de criar outro tipo de música, e isso foi crescendo dentro de mim”, lembra. Em 2003/04, Viviane mete mãos à obra e, em 2005, sai então o primeiro álbum a solo, chamado «Amores Imperfeitos» e que marca uma rutura completa com o pop/rock que
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estava habituada a interpretar. “É um som que gira à volta de universos musicais que sempre me interessaram muito, o fado, o tango e a chanson française. A chanson française porque nasci em França e convivi muito com esse género musical. Tive também alguns familiares que viveram na Argentina e gosto do dramatismo do tango e do caráter que ele representa. O fado é mais óbvio, a minha mãe sempre ouviu imenso fado, mesmo quando estávamos em França”, explica, lembrando ainda que são três estilos que coabitaram numa época idêntica. “Criei uma sonoridade
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que me deu, realmente, asas para explorar outras formas de interpretar com a minha voz”, sintetiza. E foi, de facto, uma mudança tão grande de sonoridade que muito dificilmente os «EntreAspas» poderiam ter acompanhado Viviana nesta nova identidade musical. Aliás, são conhecidos vários casos de bandas que decidem, de um trabalho discográfico para outro, experimentar estilos distintos e nem sempre os resultados são os melhores. “Curiosamente, o último álbum dos «EntreAspas» foi acústico, mas nunca poderia impor a minha vontade de explorar outros universos aos restantes elementos da banda. Foi uma decisão tomada de comum acordo, pois todos queríamos experimentar outras coisas, não houve ninguém que discordasse de fazermos uma pausa ou de colocarmos um ponto final. Continuamos todos a ser amigos e, em 2013, saiu o «Best Of dos Entre-Aspas» para comemorar os 20 anos da banda e é bastante gratificante ver que as pessoas ainda se lembram das nossas músicas”, indica Viviane. Claro que nunca é fácil sair da zona de conforto que é fazer parte de uma banda, de um conjunto de músicos, mesmo que Viviane fosse, neste caso, a vocalista e um dos principais rostos, reconhece a entrevistada. “Sentia-me preparada para iniciar uma carreira a solo mas confesso que, se fosse na altura em que os «Entre-Aspas» começaram, não teria conseguido subir ao palco sozinha. A banda foi boa porque também me deu experiência e conhecimentos e
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chegou uma altura em que já tinha confiança para voar sozinha”, recorda Viviane, que também colheu frutos do boom que houve, na altura, da chamada World Music, um rótulo onde ia parar tudo aquilo que não fosse o tradicional pop/rock anglosaxónico. “Eu sempre gostei de géneros musicais que, na altura, nem sequer tinham um nome próprio, mas essa foi uma feliz coincidência, porque ajudou a darme alguma visibilidade. A música que faço tem, sem dúvida, um forte carimbo português e, aos poucos, tenho conseguido ultrapassar fronteiras. Um dos meus objetivos era poder sair de Portugal e mostrar a minha música lá fora e, nos «EntreAspas», tinha a noção de que isso era impossível, porque bandas de pop/rock é o que não falta no mundo inteiro”, salienta a intérprete.
a música não tem fronteiras e acho que aquilo que faço pode ser bastante interessante para quem a conhecer fora daqui”, entende Viviane. Estranhamente, para quem sempre teve a internacionalização em mente, Viviane não elegeu o inglês para cantar, optando pelo português, francês e castelhano, mantendo-se fiel às suas grandes influências musicais. “Eu realmente sou um bocadinho contra aquilo que é o mais óbvio e o que seria, à partida, mais fácil para atingir determinados Músicas para objetivos. A verdade, para mim, nos fazer sonhar está sempre acima de tudo, 10 anos depois abrem-se portas mesmo que isso já me tenha custado alguns dissabores. Nunca e surgem novas oportunidades, conseguiria interpretar ou fazer como é o caso do lançamento de algo que eu não sentisse e o inglês «Dia Novo» por uma editora dos não é uma língua que me atraía BENELUX há sensivelmente dois muito”, justifica, acrescentando meses, o que colocará o disco à que ainda mantém uma forte venda na Bélgica, Holanda e ligação afetiva para com a França, Luxemburgo. “Tenho recebido ótimas críticas da imprensa desses daí o francês estar sempre presente nos seus álbuns. “Neste países e, na Alemanha, a minha álbum, tenho uma versão do música também é muito bem «Comment te dire adieu», da recebida. Não me quero limitar somente ao nosso território, pois Françoise Hardy, com uma ALGARVE INFORMATIVO #7
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adaptação em francês do Serge Gainsbourg, que já tinha tentado incluir no meu repertório anteriormente mas não tinha saído muito bem. Desta vez, o resultado foi feliz, e tenho também o «Con toda Palabra», da Lhasa de Sela, uma cantora que me tocou imenso e que, infelizmente, já faleceu. O disco inclui ainda uma versão de um tema do Marcelo Camelo, porque aprecio bastante música brasileira e destaco esse compositor”, conta Viviane. Todos os restantes temas de «Dia Novo» são inéditos, com músicas de Viviane e Tó Viegas e letras de Viviane, Fernando Cabrita - um parceiro criativo desde os tempos dos «EntreAspas» e do «Camaleão Azul» -, Tiago Torres da Silva, Pierre Aderne, José Luís Peixoto e Hugo Costa. E pela voz de Viviane, quase que somos transportados ALGARVE INFORMATIVO #7
no tempo, saboreando as palavras e vivendo experiências como se fossem nossas. “A música tem essa capacidade de nos fazer sonhar, de nos transportar para outros ambientes. É como a pintura, cada pessoa olha para um quadro e interpreta-o de maneira diferente. Quando isso acontece, sinto-me muito feliz, porque significa que a nossa música está a passar, realmente, para a outra pessoa”, diz, sorridente. Uma capacidade de nos fazer sonhar através das palavras que, na opinião de Viviane, não se perdeu com as novas tecnologias e as técnicas futurísticas com que se produzem alguns álbuns e videoclips, nomeadamente em estilos como o hip-hop, rap e R&B. “Isso acontece, de facto, na música mais americanizada. Em Portugal, temos excelentes 10
músicos na área do hip-hop, como é o caso da Capicua, que tem mensagens fortíssimas e que é um projeto bastante interessante e consistente. Continua a haver música que ouvimos, fica no ar dois meses e depois desaparece, e outra que perdura no tempo, porque tem mais substrato”, analisa a cantora e autora. Ora, um ponto comum a muitos dos tais projetos com substrato e que vão ganhando o seu espaço próprio de forma gradual e consistente no panorama musical é que são gravados em estúdios mais alternativos e lançados como uma edição de autor, um pouco à imagem do que sucede com Viviane, daí perguntarmos se as grandes editoras estão a perder a hegemonia de outros tempos. “Lançando em edição de autor, a liberdade é, sem dúvida,
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ramo têm que se adaptar às novas realidades. “O CD em formato físico praticamente não se vende, exceto no final dos espetáculos, porque as pessoas querem ficar com uma recordação. As vendas online vão subindo, mas isto tudo carece de muita legislação e espero que, aos poucos, haja mais regulamentação, para bem dos músicos e da própria música, que está desvalorizada. As pessoas ouvem música e não lhe atribuem nenhum valor porque quase que não pagam por ela mas, para se produzir e gravar, são necessárias imensas Viver da música é horas de trabalho e um forte investimento financeiro”, frisa a quase uma utopia entrevistada. Quem nunca chegou a O problema é que, desaparecer por completo foi o independentemente da opção vinil, tendo melhor sorte que as escolhida, vender é uma incógnita cada vez maior face ao antigas cassetes e vivendo agora constante evoluir da internet e, um novo período áureo porque o «vintage» está na moda. “Os mais recentemente, ao aparecimento de plataformas de «Dj’s» continuaram sempre a difusão digital de música, com Spotify e ITunes à cabeça. “Viver da música, hoje, é quase uma utopia. Com a chegada da internet e a sua falta de regulamentação, a indústria musical levou um grande rombo, tanto as editoras como os músicos. Os direitos de autor e as vendas caíram a pique, não só em Portugal, mas no mundo inteiro, e penso que as coisas não vão voltar a ser como antigamente”, desabafa Viviane, à conversa nos Estúdios Zipmix, em Olhão. A cantora não mergulha, contudo, num saudosismo exacerbado ao ver que qualquer um de nós tem acesso a milhões de músicas com um simples clique no telemóvel e avisa que todos os intervenientes deste maior, assim como o risco e o investimento. Podemos fazer as coisas à nossa maneira, mas não devemos perder a noção de que tem que ser um produto vendável, caso contrário, estávamos a fazer canções para nós e para os amigos”, alerta, confirmando que, numa grande editora, há mais pressão pela necessidade de se atingir determinado patamar de vendas. “Os «Entre-Aspas» estiveram sempre na BMG e o conceito era diferente. Ao longo da minha carreira a solo, tenho feito mais edições de autor”.
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usar o vinil e o seu som é diferente, é analógico. O nosso ouvido também vai mudando ao longo dos tempos com aquilo que nos vão dando e fomo-nos desabituando do analógico. Só que o digital é frio, é plano, não tem o relevo do analógico. E mesmo o disco vinil em si é um objetivo bonito, de arte, uma forma de valorizar o seu conteúdo. É um formato que está francamente a regressar”, acredita Viviane, lembrando que tudo na vida é cíclico. “Às vezes temos que experimentar coisas novas para percebermos que, afinal de contas, não são assim tão interessantes, para regressarmos um bocadinho atrás e valorizar o que se deixou de usar”. E porque o objetivo desta conversa é olhar para o presente, voltam à mesa os espetáculos dos dias 5 e 6 de junho, no Auditório Municipal de Olhão, que será o pontapé de
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saída para a tournée de comemoração dos 10 anos de carreira a solo. “O «Best Of» vai ter uma música nova, para não ser apenas uma compilação de temas antigos, e vou lançar o quinto álbum em 2016, início de 2017. É preciso estar sempre a fazer coisas novas, porque o mundo atual é mais rápido e depressa caímos no esquecimento”, refere. No que toca aos próximos meses, Viviane adianta que não serão muito preenchidos de concertos porque o seu estilo não se insere no pacote de festivais de Verão com as tradicionais atrações internacionais, nem nas festinhas para os emigrantes com os ranchos folclóricos e os acordeonistas e bailaricos. “As bandas lá de fora vão continuar a vir porque os festivais precisam de nomes estrangeiros, o que condeno é quando não apresentam produtos nacionais. Curiosamente, pelo que tenho visto, agora aposta-se mais em artistas ou bandas com 20 ou 30 anos de carreira, porque o público jovem tem alguma dificuldade em ter dinheiro para ir a concertos ou festivais”. Mercê da crise que afetou o país, Viviane observa também que há menos espetáculos do que noutros anos, uma vez que a organização da maior parte deles era da responsabilidade das câmaras municipais e estas estão com verbas bastante limitadas. “Isso leva a que, muitas vezes, tenha de ser o artista a fazer as suas próprias produções e ficar com a exploração da bilheteira. As autarquias desresponsabilizaram-se da ALGARVE INFORMATIVO #7
componente do cachet e vamos ter que continuar a lidar com essa realidade. Por isso é que precisamos fazer uma promoção constante, lançar trabalhos novos com regularidade e dar que falar para assegurar as salas cheias um bocadinho por todo o lado”, adianta Viviane, concentrada agora em preparar os concertos de Olhão nos primeiros dias de junho e, posteriormente, no lançamento do «Best Of». “Espero que corram bem e que possa ir ao máximo número de
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salas possível. Portugal tem equipamentos culturais muito bons, foram feitos imensos auditórios, há salas novas que estão fechadas e isso é uma pena. Sou músico profissional, sempre dediquei a minha vida à música e não conseguiria fazer outra coisa. Os tempos estão diferentes, mas obstáculos sempre os houve, sejamos francos, e oxalá que, daqui a 10 anos, estejamos cá para festejas as duas décadas de carreira a solo” .
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O Zeca Afonso voltou através da voz de Luís Galrito.
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João Espada Professor, Artista Plástico e Presidente da Casa da Cultura de Loulé Joao_espada@hotmail.com
(…) o Luís não se colou ao Zeca, fez das antigas músicas outras músicas novas, dando-lhe uma roupagem distinta e muito particular. Mas respeitou a obra deixada, mantendo a sua mensagem de esperança e paz e a verdade que existia nas palavras do Zeca… E como disse um dia o Francisco Fanhais a propósito do Galrito e do seu trabalho: “o Zeca vive dentro dele” (…) ALGARVE INFORMATIVO #7
músico Luís Galrito lançou recentemente, em Lagoa, o seu mais recente álbum «Seja Bem Vindo Quem Vier Por Bem», uma sublime homenagem ao grande músico e poeta José Afonso que contou com a participação de um grande número de amigos músicos, tais como: Dino D’ Santiago, Tuniko Goulart, Luís Melgueira, João Nunes, Gabriel Costa, João David, Hélio Perfeito e António Hilário. E ainda virtualmente (através de dois vídeos) os músicos Francisco Fanhais e Helena Vieira. Tive o privilégio de o conhecer há mais de quatro anos, através da sua esposa Eugénia Dias, que foi minha colega de profissão. E recordo com emoção a primeira vez que o ouvi a cantar. Foi no «CHE Bar» em Faro. Com um reportório que privilegia a música portuguesa, Galrito cantou magistralmente os temas mais emblemáticos do Zeca, assim como de outros cantautores: Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho, entre outos. Nessa noite fiquei fascinado. O Luís não se limitou a fazer uns simples covers, foi mais além… Considerando em primeiro o incontestável talento, houve verdade e muito sentimento na sua voz. Dai para a frente a amizade foi crescendo e, quando dei por mim, já estava a fazer os seus videoclipes e a participar nos seus concertos com projeções de imagens, dando assim um pequeno contributo ao ambiente de espetáculo que se vive durante um concerto do Galrito. Todavia, o maior desafio que nos juntou profissionalmente foi o seu recente álbum «Seja Bem Vindo Quem Vier Por Bem». O Luís deixou ao meu cuidado as ilustrações que compõem visualmente o seu CD. Inicialmente fiquei um pouco assustado, pois a responsabilidade era enorme e a tarefa muito exigente. Mas, ultrapassado o medo inicial e reforçada a confiança, avancei e conclui o projeto. 14
Hoje, e olhando para trás, fico com a sensação de dever comprido, embora considere sempre que o Luís mereceria melhores ilustrações, pois o seu trabalho musical é tão bom… e o meu, ficou muito distante artisticamente do seu. Todavia, muito lhe devo em gratidão. Com ele conheci e vivi dentro do mundo dos músicos, sentindo o pulso dos ambientes dos estúdios e dos concertos. Conheci pessoalmente pessoas maravilhosas tais como: Luís Melgueira, João Nunes, Gabriel Costa, Janita Salomé, Vitorino Salomé, João Afonso e o Francisco Fanhais, que nos recebeu tão bem em sua casa, partilhando connosco as suas estórias com o José Afonso, nomeadamente as peripécias que viveu durante a produção do último concerto do Zeca no coliseu. Dessa ocasião destaco o momento em que o Fanhais nos mostrou o dossiê com o alinhamento original desse concerto emblemático. Destaco ainda a cantora lírica Helena Vieira, que nos recebeu tão bem em sua casa. Mas tudo isto só foi possível porque o Galrito é uma pessoa maravilhosa cheia de bons princípios e que gosta de partilhar abertamente com os que lhe são próximos as suas vivências e a sua música. Além disso, têm uma voz linda e um timbre muito particular que até certo modo tem grandes parecenças com o timbre de outro grande músico, o Zeca Afonso. Porém, o Luís não se colou ao Zeca, fez das antigas músicas outras músicas novas, dando-lhe uma roupagem distinta e muito particular. Mas respeitou a obra deixada, mantendo a sua mensagem de esperança e paz e a verdade que existia nas palavras do Zeca… E como disse um dia o Francisco Fanhais a propósito do Galrito e do seu trabalho: “o Zeca vive dentro dele”. Luís Galrito! Memorize este nome .
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Qual o custo/preço de um Músico?
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(…) há uma angariação de fundos, um concerto de solidariedade, um movimento humanitário, um evento comemorativo, e lá estão os Músicos a «alinhar»… gratuitamente, obviamente; vão tocar a um bar, a um «pub» ou a um restaurante e, muito naturalmente, grande parte das pessoas prestam-lhes a mesma atenção que à música que sai das colunas ligadas a um leitor de CD… nenhuma! É este o preço de um Músico em Portugal, o preço da indiferença, do abandono, do descrédito e da subestimação (…) ALGARVE INFORMATIVO #7
ircula nas redes sociais um «post» onde um Músico responde a um empresário que procurava animação musical gratuita para o seu restaurante a troco de promoção e possibilidade de vender os CD de quem lá fosse tocar, resposta dada com tal requinte, inteligência e clarividência que mereceu a minha melhor atenção, agrado e concordância. Consta que relata uma situação realmente ocorrida. Como tal, vou aproveitar este espaço para o partilhar convosco: - "Somos um restaurante pequeno e causal no centro da cidade e estamos à procura de músicos para cá tocarem de graça, podendo assim promover a sua música e vender os seus CD. Este não será um emprego diário. Será para eventos especiais que, eventualmente, poder-se-ão tornar diários logo que a resposta do público se torne positiva. Preferimos que toquem Jazz, Rock e outros ritmos mais leves, de todo o mundo e de várias culturas. Está interessado em promover o seu trabalho? Então comunique connosco o mais rápido possível" – ao qual o Músico respondeu: "Feliz Ano Novo! Eu sou um músico com uma casa grande à procura de um dono de restaurante que venha à minha casa promover o seu restaurante, fazendo comida de graça para mim e para os meus amigos. Isto não acontecerá diariamente mas, em princípio, em eventos especiais, os quais poderão eventualmente aumentar e tornarem-se algo grande e diário se a resposta for positiva. Preferimos carne de primeira e refeições exóticas e culturais. Está interessado em promover seu restaurante? Então comunique connosco urgentemente !!!". 16
É um facto, grande parte dos portugueses olha para um Músico como alguém que serve unicamente para entreter (entertainer), seja qual for a situação, o lugar ou a ocasião. Se não vejamos: vai um Músico lá a casa ou a um encontro público e, invariavelmente, pedem-lhe para animar o «pessoal», pois já que é músico… obviamente não o fazem com os outros profissionais, seja qual for o ramo; há uma angariação de fundos, um concerto de solidariedade, um movimento humanitário, um evento comemorativo, e lá estão os Músicos a «alinhar»… gratuitamente, obviamente; vão tocar a um bar, a um «pub» ou a um restaurante e, muito naturalmente, grande parte das pessoas prestam-lhes a mesma atenção que à música que sai das colunas ligadas a um leitor de CD… nenhuma! É este o preço de um Músico em Portugal, o preço da indiferença, do abandono, do descrédito e da subestimação. E qual foi o custo de formação deste Músico, hoje votado à pública ostracização? Independentemente do género ou estilo musical, todos eles, às expensas das suas famílias e de si próprios, custearam mais de uma dezena de anos no ensino privado, desde tenra idade, paralelamente ao ensino genérico, longe de casa e da família e com grande força de vontade, determinação e abnegação. Houvesse alguém que se atravesse a contabilizar o investimento na formação de um Músico e ficaria, por certo, de “boca mais do que - aberta” perante a enorme, disparatada e violenta disparidade entre a relação no custo da formação de um Músico e o preço com que o mesmo se «vende» para ganhar a vida. Não, nada que um Músico venha a ganhar será de mais… Apenas a
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Albufeira envolve comunidade escolar no Projeto Chapim uma vertente pedagógica importante no que respeita à preservação dos habitats e da biodiversidade. No início de cada ano letivo, os estabelecimentos de ensino que se inscreveram na atividade recebem uma palestra, que tem por objetivo fazer com que alunos e professores fiquem a conhecer as espécies de chapins mais frequentes e a sua importância na natureza, nomeadamente enquanto predadores da lagarta do pinheiro. Paralelamente, aprendem a construir os ninhos e os comedouros. Para além disso, periodicamente os técnicos da Divisão de Ambiente, Higiene estes primeiros meses numa média de seis novas crias Urbana e Espaços Verdes juntam de 2015, o Município de chapim por ninho. os participantes para fazer a de Albufeira já colocou Este ano serão 76 ninhos observação periódica do ninho 76 ninhos de chapim em vários colocados no total, alguns em espaços verdes do concelho, fase de ocupação e outros já com em cada escola e o registo de observações num caderno de nomeadamente em jardins crias de chapim, que em breve públicos, estabelecimentos de estão prontas a voar para fora do campo disponibilizado pelo ensino e algumas unidades ninho e a intensificar a sua dieta Município . hoteleiras que quiseram associar- preferida. O projeto tem também se à Autarquia como parceiros do projeto (Epic Sana Algarve e Aparthotel Alto da Colina). O Projeto Chapim foi implementado no final de 2013, com o objetivo controlar a proliferação da lagarta do pinheiro (processionária). A Autarquia pretende, desta forma, aliar o controlo biológico da processionária às diversas ações previstas no Plano Municipal de Desinfestações. Em 2014, dos 56 ninhos colocados inicialmente, 21 foram ocupados por chapins, com alguns a registarem mais do que uma postura, o que resultou
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Alunos de Albufeira mostram ser empreendedores segundo projeto selecionado foi o Wheels & Wheels.ae, da Escola Secundária Gil Eanes, de Lagos. A final nacional conta com a participação de 26 escolas de norte a sul do país e a vencedora irá representar Portugal no evento europeu que terá lugar em Berlim. Carlos Silva e Sousa marcou presença no evento e foi um dos júris desta fase regional. O presidente da Câmara Municipal de Albufeira destacou a importância deste tipo de iniciativas para “estimular as m grupo de alunos da Na Feira (I)Limitada de Faro competências e o potencial dos Escola Secundária de participaram duas escolas de jovens, de forma a puderem Albufeira e outro da Albufeira, que apresentaram os contribuir para o Escola Profissional Agostinho projetos Gama Explorer.ae desenvolvimento do país e para Roseta participaram na Feira (Escola Secundária de Albufeira) e o seu próprio sucesso (I)Limitada, um evento que teve IT Cares (Escola Profissional profissional”. “Albufeira é uma lugar no Mercado Municipal de Agostinho Roseta). A ideia de cidade empreendedora e esta Faro e que visa a promoção do negócio da Escola Secundária de nova geração tem hoje uma empreendedorismo em meio Albufeira foi uma das duas capacidade enorme de arriscar e escolar. Nesta Feira, 13 grupos de apuradas para representar o de fazer acontecer as coisas. São alunos de nove escolas do Algarve na final nacional, que eles os futuros líderes das nossas Algarve apresentaram pela decorrerá no Museu da empresas, das nossas primeira vez ao público as suas Eletricidade, em Lisboa, no instituições”, referiu . empresas e testaram as suas próximo dia 25 de maio. O ideias de negócio, que resultam da participação no programa «Empresa», criado pela JAP Junior Achievement Portugal. Trata-se de um programa direcionado aos estudantes do ensino secundário, que consiste na criação de uma miniempresa ao longo do ano letivo, em que os alunos lançam ideias inovadoras para produtos ou serviços reais, fazem estudos de mercado, angariam capital, estabelecem parcerias e vendas, gerem os fundos e organizam a contabilidade.
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Alcoutim descentraliza competências
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o âmbito da delegação de competências nas juntas de freguesia, a Câmara Municipal de Alcoutim vai transferir para as quatro juntas de freguesia do concelho uma verba num montante superior a 210 mil euros. A delegação de competências é um instrumento legal de fulcral importância já que permite, em especial no âmbito da prestação de serviços de apoio direto à comunidade local, uma resolução mais eficaz das situações dada a maior proximidade das juntas de freguesia com as populações. Os contratos interadministrativos, no montante anual aproximado de 120 mil euros, preveem que as juntas de freguesia assegurem a limpeza dos arruamentos urbanos pertencentes ao domínio público, em localidades e rede viária localizadas no seu território. Para garantir a execução dessas tarefas foram também assinados protocolos de colaboração com a União de Freguesias de Alcoutim e Pereiro e com a Junta de Freguesia de Martim Longo que, não necessitando de transferência financeira, visam a cedência de uma Mini Pá Carregadora de Rodas e um Dumper multiusos, respetivamente. Os protocolos de colaboração assinados com a Junta de Freguesia de ALGARVE INFORMATIVO #7
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Vaqueiros destinam-se à aquisição de uma Autobetoneira, implicando a atribuição de um apoio financeiro de 25 mil euros, e à concessão de uma comparticipação financeira de 6 mil euros para fazer face a obras de construção de passagens submersíveis em linhas de água. Na cerimónia foram ainda celebrados diversos contratos programa entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia para apoio financeiro, no montante total de 27 mil e 725 euros, à realização de festividades nas quatro juntas de freguesia do concelho, e um com a Junta de Freguesia de Giões, que implica uma transferência de aproximadamente 32 mil euros, para a realização de obras na cobertura do seu edifício sede. O processo de delegação de competências, assim como a colaboração prevista, através da concretização de protocolos e contratos programa, irá dotar as freguesias dos meios necessários para a prestação de um serviço público de maior qualidade, nas diferentes vertentes, contribuindo desta forma para a aproximação do poder de decisão das populações, para a promoção da coesão social e territorial e para a melhoria das condições de vida dos cidadãos .
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Os nossos Heróis - Baia & Zézoca
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Paulo Bernardo Empresário pb700123@gmail.com
(…) Estive nos Estados Unidos da América há pouco tempo e eles estão a dar a volta e a criar emprego aproveitando os desafortunados do mundo. É mais fácil um empresário fracassado num ambiente normal (que não é o caso em Portugal) ter sucesso do que criar um empresário desde o zero, assim, estão a aceitar quem queira lá desenvolver a sua atividade empresarial (…) ALGARVE INFORMATIVO #7
ão têm direito a histórias de televisão, não são jovens com doutoramento e pais a chorar no aeroporto, não dão uma história sexy para passar nos «Portugueses pelo Mundo». São apenas seres humanos iguais a todos nós que começaram a trabalhar ainda meninos ao finalizar a antiga quarta classe, em ramos diferentes mas imergentes na altura. Hoje, pela ordem natural das coisas, deveriam estar a poucos anos da reforma e a preparar-se para gozar aquilo que o trabalho árduo do dia-a-dia lhes foi roubando. Contudo, estes dois homens não tiveram essa hipótese, pois o céu caiulhes em cima, o mercado da construção implodido, deixando um vasto número de empresas na falência, pois não receberam do Estado, BPN, BES, etc, desta vida e o mercado da restauração também ruiu pela falta de poder de compra de uma classe média que desapareceu. Um parêntese para dizer que estes homens também foram sempre acompanhados pelas esposas, que foram e são muito do seu suporte. Voltando à história dos nossos heróis, ambos com quase sessenta anos, pegaram no que tinham e não tinham, encheram o peito de ar e partiram, sem câmaras de televisão nem nenhum romantismo, pois, para a nossa sociedade ávida de fracasso, estes dois homens não passavam de dois falhados. Para mim são dois heróis que eu não me canso de dar como exemplo, pois quando tinham tudo para viver uma vida de lamentações, depressão e tristeza, foram à luta e hoje, para minha felicidade, tem sucesso e estão a recuperar aquilo que ficou para trás, um em Macau, outro em Moçambique. O exemplo destas duas famílias faz-me sentir triste e revoltado quando gente 22
bem preparada, sabendo varias línguas e com um curso, se lamenta pela falta de oportunidades. As oportunidades não se arranjam, fazem-se. Ponham os olhos destes dois homens que podiam ser vossos pais e não desistiram. Para eles não foi fácil, eu sei, nem está a ser, contudo, estão a reaver o sorriso perdido neste país que deixa sair os melhores. Estive nos Estados Unidos da América há pouco tempo e eles estão a dar a volta e a criar emprego aproveitando os desafortunados do mundo. É mais fácil um empresário fracassado num ambiente normal (que não é o caso em Portugal) ter sucesso do que criar um empresário desde o zero, assim, estão a aceitar quem queira lá desenvolver a sua atividade empresarial. Contudo, nós estamos a fazer o contrário, um empresário é um alvo a abater, mais impostos, taxas e taxinhas (frase do nosso fantástico ministro da economia) resumindo, estão a sugar tudo às empresas. Nota da semana: Não poderei deixar de salientar o empresário que o nosso querido primeiro ministro dá como exemplo para Portugal, o grande, o famoso Dias Loureiro. Fico bastante feliz por em Portugal existirem homens com valor que superam Belmiro de Azevedo ou Américo Amorim. Figura da semana: Dias Loureiro é sem duvida a figura da semana, homem que construiu uma carreira a pulso, baseado nos pilares da moral e dos bons costumes. Vêm da escola económica de Cavaco Silva onde se criaram vários brilhantes empresários, tendo como expoente máximo Oliveira e Costa .
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O Coletivo e o Político
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Hélder Rodrigues Lopes
(…) O objetivo básico da Política é alcançar com a concordância e veneração do Coletivo, e pela ação exclusiva dos seus agentes políticos, a organização funcional e estrutural do Estado à luz da sua filosofia ideológica. Todavia, o exercício político não tem fins definidos, delineados ou mesmo constantes, ele está vulnerável às metas propostas pelo grupo dominante, mas muitos mais aos acontecimentos correntes (…) ALGARVE INFORMATIVO #7
açamos um simples exercício de reflexão sobre a distância cruel entre o Povo e a Política. Na nossa representação social tal como desde o início do Tempo existe uma classe social que se designa por Políticos e sobre esta existe uma relação de tal forma complexa, quer no contexto coletivo, quer no contexto individual. Esta complexa relação tem vindo a ser alvo de interesse pela ciência psicológica e social. A Política vem do grego «politeia», que conceptualizava os processos ou procedimentos relativos à organização da «polis», isto é, da sociedade, comunidade ou do coletivo urbano. Os grandes pensadores da Idade Media como Aristóteles e Platão, entre outros, abordaram este tema da organização de uma sociedade e deram fortes contributos que ainda hoje estão atuais. O Conceito de Política teve um forte desenvolvimento pela mão de Aristóteles, que conceptualizava que o Estado se organizasse pela divisão, funcional e estrutural e esta divisão tem várias formas de ser aplicada consoante a orientação ideológica das pessoas que formam o Governo. Quer isto dizer que a arte de organizar a funcionalidade estrutural de um Estado tem sede no Homem, a sua competência de execução, dessa arte e a capacidade de tomar a concordância e a veneração de todo o Coletivo, transforma-o num Político ou, como se diz mais recentemente, num Agente Político. O objetivo básico da Política é alcançar com a concordância e veneração do Coletivo, e pela ação exclusiva dos seus agentes políticos, a organização funcional e estrutural do Estado à luz da sua filosofia ideológica. Todavia, o exercício político não tem fins definidos, delineados ou mesmo constantes, ele está vulnerável às metas propostas pelo grupo dominante, mas muitos mais aos acontecimentos correntes. O exercício político está 24
diretamente relacionado com a vontade individual ou do grupo por atingir o Poder e pelo maior tempo possível. Para isso organiza e reorganiza a sua ação em função da opinião generalizada do Coletivo, ao mesmo tempo que a manobra para que a opinião do Coletivo mais se aproxime dos sues ideias ideológicos. Como em tudo, também a Política tem a sua ética e no geral ela organiza-se pelos Padrões Socias. O agente político deve ser um servidor dos reias interesses do Coletivo, mostrando persistentemente a sua lealdade, responsabilidade e responsabilização para quem o elegeu, ponderando de forma muito rigorosa as consequências das suas decisões sobre Coletivo, nunca subvertendo os seus valores e os compromissos para aqueles que o elegeram. Podemos então afirmar que a essência do exercício político é a capacidade individual e/ou de um grupo para a monopolização da Consciência do Coletivo. A Liberdade do Coletivo está diretamente relacionada com a sua capacidade de agir e interagir com os grupos ideológicos constituintes na organização do Estado. A distância vincada e cruel que existe entre o Coletivo e o Político só serve os interesses do Político e cada vez mais torna o Coletivo, apesar de ser maior, submisso ao Político. O Coletivo, para conseguir uma Sociedade mais justa, de iguais oportunidades para todos, isenta de preconceitos e subjugação entre classes, tem que tomar a sua posição, participar ativamente na escolha dos modelos organizativos, funcionais e estruturais do seu Estado. Não pode dissociar-se desta ação para depois apenas maldizer, criar contra-acções como greves e outras formas de luta onde o exclusivo prejudicado é o próprio Coletivo. Deve, nos Tempos certos, agir e interagir .
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Segurança Laboral e Civil em destaque em Lagoa Sinistrados no Trabalho, Organizações Sindicais, Centro Hospitalar do Algarve, e outros intervenientes. O segundo dia aflorou as «Medidas de Segurança Contra Risco de Incêndio», com a intervenção da Autoridade Nacional da Proteção Civil de Faro, Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços e outras entidades e técnicos com experiência om o objetivo de escolar, Forças de Socorro e relevante na matéria. Neste assinalar a efeméride do Segurança - Bombeiros segundo dia foi também dada a Dia Internacional da Voluntários de Lagoa, Cruz Segurança e Saúde no Trabalho Vermelha Portuguesa, delegação conhecer a experiência e competências da Guarda que se comemorou a 28 de abril, de Silves-Albufeira, GNR de Nacional Republicana, dos o Município de Lagoa – em Lagoa e também equipas Bombeiros Voluntários de Lagoa, parceria com a Autoridade para cinotécnicas (cães), de trânsito da Cruz Vermelha Portuguesa e as Condições do Trabalho – (motos) e a cavalo, sofisticados do ISN - Estação de Salva-vidas promoveu a «I Jornada da meios de vigilância de Segurança Laboral e Civil»com de Ferragudo, no âmbito do proximidade, entre as quais a tema «Meios de Segurança e do um total de cerca de 300 Escola Segura, adstritas ao participantes, mais de 500 alunos Destacamento de Silves da GNR, Socorro». e 30 oradores. Autoridade Marítima, Portimão, Por fim, o dia 29 teve um Instituto de Socorros a público-alvo muito particular: os A Jornada contou com a Náufragos, Autoridade Nacional alunos das escolas básicas do parceria de diversas entidades Concelho que tiveram locais, regionais e nacionais que de Proteção Civil. disponibilizaram meios humanos No primeiro dia foi debatido o oportunidade de visitar e contatar com os meios e equipamentos, tendo tema «Segurança e Saúde no disponibilizados pela Proteção permitido, assim, que o público- Trabalho – Cultura de alvo fosse o mais alargado Sensibilização e Prevenção», com Civil, Bombeiros Voluntários de possível, nomeadamente com o a presença do ACT, Organização Lagoa, Cruz Vermelha, Instituto de Socorros a Náufragos, Polícia envolvimento de quadros Internacional do Trabalho, Marítima, Associação de técnicos de várias empresas e Ordem dos Engenheiros, Paraquedistas do Algarve e GNR Município, entidades Universidade do Algarve, empregadoras, população civil e Associação Nacional dos Doentes .
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Executivo Municipal de Lagos visitou Freguesia de Odiáxere tempo para uma reunião com a comissão administrativa do Clube Desportivo de Odiáxere. No período da tarde foram visitadas algumas instituições e empresas locais, entre as quais o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Lagos (SCML), em que a reunião decorreu com o próprio Provedor da SCML, Eduardo Andrade. Seguiu-se uma visita à Aqualvor (Piscicultura e Viveiros no Vale da Lama), acompanhada por António Vieira, sócio gerente da exploração. No final do dia a delegação autarca visitou a Adega do Monte do Além, onde executivo municipal Vieira, ao que se seguiu uma reuniu com Antonieta Calado e a de Lagos passou um visita ao Mercado Mensal e proprietária da quinta, Vinciane dia na Freguesia de Municipal. Mais tarde, o grupo Nieuwenhuys. O dia na freguesia Odiáxere com o objetivo de foi recebido pela diretora da EB1 de Odiáxere terminou com uma tomar conhecimento da situação de Odiáxere, Marinela Figueiras, visita ao Museu «A Ramada», da freguesia e principais com quem falou sobre as situado no Monte Ruivo, onde problemas e mais-valias. Esta é a necessidades sentidas por todos foram entusiasticamente segunda visita que o executivo aquele estabelecimento escolar. recebidos pelo seu proprietário faz a freguesias do concelho e Da parte da manhã ainda houve (e autor), António Gonçalves . insere-se na estratégia política de proximidade e de articulação entre as freguesias do concelho e as áreas de intervenção da autarquia, dando resposta ao compromisso assumido com os munícipes para a concretização de um Município de e para as pessoas e um Município de coesão social e territorial. O executivo foi recebido na sede da Junta de Freguesia de Odiáxere, onde decorreu uma breve reunião com o Presidente da Junta, Carlos Fonseca, a Secretária, Sofia Santos e a Tesoureira, Maria Francisca
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Nova série da BBC filmada em Loulé
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ma equipa da BBC iniciou, no dia 5 de maio, no Concelho de Loulé, a rodagem da série «Celts». As filmagens decorreram na Praia do Trafal, com a colaboração do Loulé Film Office, passaram pelo Concelho de Almodôvar, e tiveram como ponto principal a filmagem das estelas com Escrita do Sudoeste. «Celts» é um novo documentário histórico de três episódios sobre os Celtas, que irá ser apresentado até ao final do ano. Coproduzido com a germânica ZDF, esta série será sobre o mundo e a história dos Celtas ao longo do tempo e a sua área de influência. A realização destas filmagens no Alentejo e Algarve deve-se às novas teorias, que apontam evidências linguísticas entre a Escrita do Sudoeste e a língua Celta. A Escrita do Sudoeste é um dos mistérios e um dos maiores tesouros da arqueologia europeia, uma realidade arqueológica de cariz excecional. Este património cultural e arqueológico, com mais de 2500 anos, apareceu durante a Idade do Ferro ALGARVE INFORMATIVO #7
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e é a primeira manifestação de escrita da Península Ibéria e uma das mais antigas da Europa. Ainda hoje por decifrar, pode-se encontrar no Baixo Alentejo e na Serra do Algarve, onde se conhecem cerca de uma centena de exemplares. Na elaboração do programa aproveitou-se ainda para testar uma nova tecnologia de documentação das estelas. Em colaboração com Marta Díaz-Guardamino da Universidade de Southampton, aplicou-se o Reflectance Transformation Imaging que é o registo de um objeto arqueológico através de várias fotografias onde varia o ângulo de incidência de luz. Após tratamento digital, o processo revela pormenores não visíveis ao olho humano. A produção teve o apoio do Projeto ESTELA, das Câmaras Municipais de Loulé e Almodôvar, da Direção Regional de Cultura do Alentejo, e da Direção Geral do Património Cultural .
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Combater a sazonalidade através do desporto A convicção de que o desporto é um meio privilegiado para combater a típica sazonalidade algarvia serviu de pontapé de saída para um novo projeto especializado na organização de estágios e eventos desportivos na região. Como aliciantes apresenta a mais alta temperatura média anual e as mais estáveis condições climatéricas da Europa, excelentes unidades hoteleiras, boas ligações aéreas e complexos desportivos de elevada qualidade, entre outras mais valias ideais para potenciar a evolução coletivas das equipas. Falamos do Algarve Sport Camps, de Carlos Coimbra, com quem o ALGARVE INFORMATIVO esteve à conversa numa tarde solarenga na Marina de Albufeira. Entrevista: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #7
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Algarve é sobejamente conhecido pelas suas condições climatéricas, a beleza da sua costa e a tranquilidade do seu interior, a simpatia das pessoas, a qualidade das infraestruturas, seja hoteleiras, desportivas, culturais ou de serviços gerais, a sua gastronomia, enfim, uma mão cheia de ingredientes famosos nos quatro cantos do mundo. Não admira, por isso, que seja frequentemente eleito por equipas de alta competição para realizar estágios desportivos durante o Outono/Inverno, para encontros de caráter desportivo nas férias da Páscoa, para fins de semana de convívio empresarial e outros eventos pontuais. Quando tal acontece, sorriem os empresários hoteleiros, os proprietários de restaurantes, o comércio em geral, pois são receitas extra que chegam em períodos de menor afluência dos tradicionais turistas de Verão. Faltava, porém, uma maior continuidade desta oferta de eventos, estágios, encontros,
melhor dizendo, um projeto de índole mais profissional que assegurasse todas as vertentes que envolvem estes acontecimentos pontuais. E é assim que surge o Algarve Sport Camps de Carlos Coimbra, um portuense de 40 anos a residir no Algarve desde os três, daí se considerar mais algarvio do que nortenho. “Sempre vi a região com grandes potencialidades turísticas ao longo de todo o ano e a minha visão foi aliar o desporto ao turismo, promovendo eventos desportivos e organizando estágios de equipas de diversas
Carlos Coimbra, o mentor do Algarve Sport Camps ALGARVE INFORMATIVO #7
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modalidades. Não falo só de treinos de pré-época mas também torneios que permitam que melhorem a sua condição física”, explica o professor de educação física e técnico de desporto. O grande objetivo do Algarve Sport Camps é proporcionar aos interessados um vasto leque de opções de Vila Real de Santo António a Sagres e o que acontece até agora, confirma Carlos Coimbra, é que são os clubes ou empresas que contatam diretamente com os hotéis e outros prestadores de serviço, ou seja, que tratam de todas as questões logísticas. “Queremos acrescentar algo ao que já existe, ser um ponto de ligação entre os diversos setores de atividade do Algarve, assumir todo o processo organizativo e atrair modalidades que ainda não procuram a região e não ficarmos dependentes apenas do futebol. Temos excelentes potencialidades para receber voleibol e futebol de praia, rugby e rugby de praia, mesmo modalidades de pavilhão e ações de empresas que queiram melhorar o espírito de
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hotéis da cidade. E como a Ilha de Tavira existem outros locais do Algarve com excelentes condições para receber desportos de praia, relva ou pavilhão. É sabido que muitas unidades hoteleiras estão fechadas ou subaproveitadas durante o Inverno e temos uma margem gigantesca de crescimento a este nível”, defende. Um dos primeiros passos dados pelo Algarve Sport Camps é criar uma base de dados internacional que possibilite equipa. Os atletas treinam, uma mais fácil comunicação com Envolver todos competem contra equipas clubes e entidades de todo o na promoção locais ou outras formações mundo. Depois, na opinião de estrangeiras que estejam no Futebol e eventos pontuais de Carlos Coimbra, há que criar Algarve e passam, ao mesmo uma estratégia de marketing recreação e lazer é o que se tempo, umas mini férias”, frisa. pode encontrar no panorama concertada para promover o Algarve como destino para A principal diferença em atual e Carlos Coimbra está eventos e estágios desportivos. relação ao que se verifica confiante de que muito mais atualmente é que o Algarve pode ser feito, dando o exemplo “Temos que mostrar que existimos, que somos fortes, Sport Camps retira dos clientes de um grupo de voleibol de competentes e bem toda a componente organizativa, praia holandês de cerca de 90 burocrática e logística, sustenta pessoas que vai ficar 15 dias na organizados. Um dos nossos Carlos Coimbra. “Conseguimos Ilha de Tavira. “Têm lá cinco ou objetivos, por isso, é oferecer diversas opções de seis redes montadas com todas estabelecer parcerias estratégicas com o próprio locais para treinar, quais os as condições, treinadores Turismo do Algarve e as hotéis mais adequados para contratados por nós, fazem diversas autarquias para ficarem alojados, tratar da treinos bi-diários, almoçam, reforçar essa divulgação”, deslocação do aeroporto para a jantam e estão alojados em unidade hoteleira, organizar os horários de treino, garantir médicos, massagistas, fisioterapeutas, agendar atividades de lazer para que os atletas relaxem fora dos treinos e mesmo para os familiares que os acompanhem na viagem. É um pacote completo em que garantimos que tenham total segurança e máximo proveito e estamos à distância de um e-mail”, descreve o entrevistado. ALGARVE INFORMATIVO #7
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adianta o entrevistado. “Em setembro de 2014 estivemos em Manchester numa das maiores feiras internacionais de futebol com o objetivo claro de promover este projeto e iremos estar noutras feiras estratégias para contatarmos diretamente com os decisores dos clubes”, reforça. A conversa tem incidido mais sobre o futebol e desportos de praia, mas Carlos Coimbra esclarece prontamente que este não é um projeto que olha apenas para o sul da EN 125. “Tudo o que está associado ao desporto e ao turismo faz parte da área de intervenção do Algarve Sport Camps e estamos atentos a todas as oportunidades que possam surgir. Por exemplo, cada vez há mais atletas de ciclismo e de BTT que treinam no interior do Algarve e há unidades hoteleiras na zona da serra que possuem os seus próprios campos de futebol, portanto, não se pode pensar apenas no litoral. E não
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Carlos Coimbra na Feira Soccerex, em Manchester
podemos ficar à espera que as equipas nos contatem, há que criar eventos atrativos em alturas estratégicas do ano, para evitar estes invernos demasiado longos para os nossos hotéis, restaurantes, bares e cafés”. O caminho a seguir parece estar identificado e prova disso é que os parceiros necessários a este género de projetos se têm mostrado bastante recetivos e interessados em participar. “O Algarve Sport Camps já tem parcerias com quase todas as unidades hoteleiras especializadas na área do
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desporto, mas há outras que também têm uma excelente relação qualidade/preço e há que aproveitar as sinergias com as autarquias”, sublinha, garantindo que o poder local está igualmente recetível para apoiar este tipo de iniciativas. “As autarquias e o Turismo do Algarve estão muito abertas a projetos que possam catapultar a economia local, que tragam mais turistas na época baixa. Claro que, em julho e agosto, não é tão fácil oferecer o melhor preço e as próprias equipas conseguem treinar nos seus países nessa altura do ano, mesmo nos países nórdicos. Tenho a certeza que as câmaras municipais não olham para nós como concorrência, porque também organizam eventos, mas como mais um parceiro que está a colaborar para dinamizar o seu concelho e para combater a sazonalidade”, finaliza Carlos Coimbra .
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Orçamento Participativo de Loulé vai ter mais verba
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Câmara Municipal de Loulé irá realizar, de 20 de maio a 20 de junho, a segunda edição do Orçamento Participativo do Município de Loulé que mantém como slogan: «No nosso Concelho, todos contam. Participe!». À semelhança da edição anterior, na sua fase de apresentação e recolha de propostas, irá decorrer através de 11 sessões/assembleias participativas pelas freguesias do Concelho. Este ano, o executivo da Câmara Municipal de Loulé decidiu aumentar em 20 por cento a verba disponível para projetos de investimento propostos por parte dos cidadãos e munícipes, passando do anterior meio milhão de euros para os 600 mil euros na edição de 2015. Após este período, as propostas recolhidas serão objeto de uma análise técnica por parte dos serviços da Autarquia, de modo a efetuar a
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seleção final das propostas que serão colocadas a votação por parte da população durante o mês de setembro, de modo a definir quais os projetos a incluir na proposta de Orçamento do executivo da Câmara Municipal de Loulé para o ano de 2016. O Orçamento Participativo é, em grande medida, um
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instrumento/meio de participação dos cidadãos na gestão da Câmara Municipal de Loulé, que tem como objetivo principal contribuir para uma participação informada, ativa e responsável por parte dos munícipes nos processos de governança municipal. Numa fase em que a maioria dos projetos mais votados na edição de 2014 está prestes a iniciar o seu respetivo processo de execução de obras, efetivando assim o ciclo de execução do Orçamento Participativo, é aposta do executivo camarário continuar o processo de consolidação deste projeto no Município de Loulé, que tão bons resultados teve na sua edição de estreia, contribuindo para que o Concelho de Loulé fosse convidado a integrar, desde o primeiro momento, a Rede de Autarquias Participativas (RAP) .
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Maios saíram à rua no Dia do Trabalhador estrada, durante este dia, são uma atração que leva milhares de pessoas a passarem e pararem junto à EN 125. Este ano, foram muitas as alusões à política e ao estado económico do País, algo que também é caraterístico deste tipo de bonecos. A associação Foz do Êta, com o apoio da União das Freguesias de Fuseta e Moncarapacho, distribuiu folares a todos os participantes na Fuseta, cumprimentando e agradecendo o esforço por manterem a tradição. Este foi o 31.º ano em que se realizou o Concurso de Maios, que atrai s Maios voltaram a sair à rua no Dia do visitantes de vários cantos do Algarve e muitas Trabalhador, cumprindo-se mais uma pessoas que estão de férias na região nesta altura vez a tradição no concelho de Olhão. Os do ano. Desta vez houve 26 participantes e dos habitantes locais esmeram-se e todos os anos os mais de 50 bonecos em concurso, foram atrativos são muitos e variados, sobretudo ao escolhidos os três melhores, sendo os autores o longo da Estrada Nacional 125, entre Olhão e Cubanito Bar, cujo Maio «Barra da Fuseta» Alfandanga, e nas ruas da Fuseta. conquistou o terceiro lugar e «Benfica Campeão», da autoria da poetisa Maria José Fraqueza, Esta é umas das grandes tradições olhanenses conquistou o segundo lugar. O Maio vencedor foi do 1.º de Maio. Os Maios, bonecos de pano, do tamanho de humanos, saem à rua logo ao nascer «Varina», de Francisca Canas . do dia. À porta do seu criador ou à beira da
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Mil crianças e jovens construíram Laço Azul Humano em Olhão
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erca de um milhar de crianças e jovens laço gigante que alerta para as crianças vítimas de oriundos de várias escolas do concelho de abuso. Aos poucos, foi-se formando o maior Laço Olhão fizeram parte, no dia 30 de abril, no Azul Humano já realizado em Olhão . Jardim Pescador Olhanense, do terceiro Laço Azul Humano, o maior de sempre realizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Olhão para assinalar, em abril, o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância. Vestidos de azul, os participantes, turma a turma, foram chegando e convivendo alegremente. Os alunos das escolas de Olhão dirigiram-se depois para o local designado para, em conjunto com todos os outros colegas, fazerem parte de uma iniciativa memorável: um ALGARVE INFORMATIVO #7
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A música eletrónica ao vivo e a cores dos FENOID Ao contrário do que sucede noutros países europeus, a música eletrónica continua a ocupar uma posição secundária em Portugal e a crise dos últimos anos veio ainda complicar mais a vida destes artistas, com os empresários a arriscarem apenas nos nomes sonantes ou nos sons mais comerciais que ocupam as playlists das rádios. Apesar destes obstáculos, os FENOID vão ganhando seguidores, virtude de uma sonoridade bastante irreverente, espetáculos praticamente assentes num improviso total e ideias muito próprias de como cativar o público. Texto e Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #7
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or detrás do estranho nome FENOID estão dois homens perfeitamente normais, pelo menos à vista desarmada: Paulo Franco, 38 anos, músico a tempo inteiro e Luís Trincheiras, 45 anos, desenhador, designer de comunicação e músico. Amigos de longa data, fizeram parte dos IMUNE, depois trilharam caminhos diferentes, mas nunca perderam o contato entre si e acabaram por se juntar novamente num projeto com uma sonoridade bem distinta do rock de outros tempos, o eletrónico. “O duo surgiu numa ação da Associação de Músicos de Faro que teve lugar há algum tempo, o «Músicos ensaiam na Rua», na sequência de uns problemas com os proprietários do prédio. Peguei no computador e nos teclados que tinha em casa para fazer uma produção eletrónica ao vivo e falei com o Paulo para ir comigo improvisar. Gravávamos frases das pessoas na rua, misturávamos no computador, púnhamos um ritmo e, como nos conhecíamos bem, ficou uma coisa engraçada”, recorda Trinchas. A semente estava plantada e demorou apenas dois meses até os dois se reunirem outra vez mas, agora, para criar algo mais pensado, com cabeça, tronco e membros. “Levei um house mais estruturado, o Paulo preparou o pad com sons eletrónicos mais de acordo com este tipo de música que fazemos, experimental, umas vezes mais agressivo, noutras ocasiões mais calmo, consoante o ambiente em que tocamos. Desta forma, ALGARVE INFORMATIVO #7
dedicamos mais tempo à construção dos temas, mas menos a ensaiar, são três ou quatro pessoas dentro do computador”, explica, adiantando que a vertente vocal é emprestada por Ana Newton. De repente estava gravado o primeiro disco do duo, «Piano sounds like whatever», com músicas perfeitamente desenhadas e editadas, ao contrário do que acontece nas prestações ao vivo, onde o improviso é rei e senhor. “Há um grande à vontade entre nós dois, tocámos muitos anos juntos e sabemos bem a maneira como cada um funciona. De acordo com a sonoridade que o Trinchas vai lançando, eu meto percussão, efeitos e loops, interagindo sempre com a energia do público, se querem música mais rápida ou lenta, mais mórbida ou alegre”, descreve Paulo Franco, baterista em diversas bandas, umas de originais, outras de covers. “Não há uma programação definida e, assim, nunca nos fartamos de tocar juntos. Naquela primeira atuação senti logo que se conseguia fazer algo inovador e com qualidade”. Um projeto experimentalista que, à partida, se associaria a músicos mais jovens, mas Luís e Paulo não tiveram medo de embarcar nesta aventura e com bastante seriedade. “Claro que não pensámos imediatamente em gravar um disco, primeiro era preciso saber se estávamos à vontade com este estilo e se tínhamos condições para desenvolver o projeto. Depois nasceu o álbum e produzimos os telediscos e, neste momento, já estamos a preparar uma reestruturação dos 14 temas que 39
criámos. A base será dentro do house, da música de dança, sempre com vertente experimental, mas, talvez, um bocadinho mais comercial”, revela Luís Trincheiras. “Já reparamos que, em alguns ambientes, o experimentalismo funciona muito melhor do que qualquer outro tipo de som. Noutras situações, temos que ser mesmo comerciais, quase como se fosse música ambiente, embora tocada ao vivo”. Olhando para «Piano sounds like whatever», lançado em junho de 2014, os FENOID contam uma particularidade engraçada e que envolve a artista plástica Ambra Zotti. “O CD tem seis músicas e cada página do livrete é um quadro criado de propósito por ela, com 1,20m x 1,20m, e alguns inclusive já foram vendidos. O lançamento do CD foi feito em simultâneo com uma exposição de pintura com os quadros alusivos às nossas músicas, no Museu Municipal de Faro, com as entidades oficiais todas presentes”, conta Trinchas. E outra particularidade engraçada da dupla prende-se com o próprio nome do projeto, FENOID, que não é um termo comum no universo linguístico português e que surgiu há coisa de 10 anos. “Estávamos a tocar em casa do Luís depois de uma noite de copos, e a Sandra (esposa de Luís Trincheiras), a responder depressa a uma pergunta, em vez de dizer «foi de noite», saiu-se com o FENOID. Começamos logo a brincar com a palavra: «Tens uma camisola um bocado FENOID», «Esta música está um bocado FENOID», «Hoje está um dia um bocado FENOID», mas
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depois aquilo ficou no esquecimento”, relata Paulo Franco. Foi só quando, mais recentemente, tiveram que escolher uma designação para o novo projeto que a palavra reapareceu, um projeto que começou por se chamar «Talvez» e depois «Maybe», desvenda o baterista. “Não sabíamos caracterizar o nosso som eletrónico, um house às vezes
nossa linha musical”, explica Paulo Franco.
mais minimal, outras vezes mais techno, sem sabermos se iria ter sucesso, daí o «Talvez». Como queríamos um nome mais internacional, mudamos para «Maybe», mas descobrimos que já existe uma banda com esse nome, por acaso a juntar também percussão com música eletrónica. E assim nos lembrámos novamente dos FENOID, uma palavra inventada e improvisada, assim como a
quadras. “Uma das músicas chama-se «Nature is all around you», algo que as pessoas têm que se consciencializar de uma vez por todas, porque vivemos num mundo repleto de problemas ambientais gravíssimos. Outro tema tem quadras e refrão como se tratasse de uma banda de pop/rock. Decidimos logo no início que o CD teria músicas desenhadas e montadas de
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modo a serem gravadas mas não tocadas ao vivo. Criámos um produto para as pessoas ouvir e Há pouco público para relativamente «fechado», não este som em Portugal com o tal improviso das atuações ao vivo”, distingue Luís Mas nem só de sons se trata o Trincheiras. E no que toca aos espetáculos, álbum dos FENOID, havendo dois Paulo Franco considera que o temas vocalizados por Ana Newton e em que, às vezes, uma estilo da dupla se adequa mais a espaços amplos, nomeadamente simples frase transformada em discotecas e festivais de música refrão diz mais do que muitas eletrónica. “Os bares têm um
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horário mais indicado para concertos de banda e nós não somos propriamente isso. O nosso som exige uma hora mais tardia e em que o estado de espírito das pessoas seja mais propício para dançar”, assume, reconhecendo que não é fácil vender atuações de música eletrónica. “Há o DJ que produz a sua própria música, há o DJ que passa temas de outros, há o DJ que mistura a música dos
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outros com as suas próprias criações, há o DJ que simplesmente toca música comercial e a aceitação do público é mais fácil. Os FENOID não passam música, tocam ao vivo e em tempo real, apesar de haver muita coisa que está gravada nos computadores”, salienta. Ora, tendo em conta que os portugueses preferem ouvir os temas que escutam regularmente nas rádios ou que se incluem nos estilos mais comerciais de música eletrónica, a tarefa da dupla complica-se, porque não são DJ’s, mas também não têm um som fixo. “E, sem dúvida, é mais barato ter um DJ a tocar numa casa todas as noites do que contratar artistas de fora, ainda por cima quando são algo alternativos ou experimentalistas. Os proprietários dos espaços não arriscam, contratam aquilo que sabem que, à partida, tem mais probabilidade de resultar”, critica Paulo Franco. Se nos estabelecimentos tradicionais de animação noturna a vida podia ser mais fácil, viramos atenção para as
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tendas eletrónicas que normalmente fazem parte dos cartazes das semanas académicas, que agora arrancam um pouco por todo o país, ou dos festivais de Verão que se aproximam a passos rápidos. O problema é que, para não variar, a contratação dos artistas para estes eventos segue uma lógica semelhante e está nas mãos dos mesmos empresários há muitos anos, pelo que é bastante complicado para um novo projeto conseguir entrar nesse circuito. “Infelizmente, já abrandamos um pouco a nossa luta, por sabermos que é difícil sermos contratados. Quando damos um concerto de música eletrónica ao vivo, toda a gente dança e fica contente, o resultado é francamente positivo. Fazemos parte de bandas de outros sons mas, quando estamos os dois juntos, é música eletrónica que gostamos de criar e sabemos que funciona”, indica Trinchas, dando o exemplo concreto do recente festival da Raveolutions que contou com a participação de 22 artistas. “Tocámos para um público que segue este tipo
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de música e a receção foi excelente, porque estávamos no sítio certo, no momento certo”. Atuações não abundam, mas vender discos também é coisa do passado, avisa Paulo Franco, confirmando que o CD se tornou praticamente um instrumento de promoção, a não ser os grandes nomes com longas carreiras e editoras fortes por trás. “Hoje vende-se sobretudo o formato digital através da internet, seja o álbum completo ou apenas uma faixa. Assinamos recentemente contrato com uma editora de música eletrónica para tentar entrar nesse nicho de mercado, porque é um público que não se encontra muito nos típicos bares”, analisa Paulo. Dificuldades à parte, mais álbuns são de esperar dos FENOID e a internacionalização assume-se como uma forte opção, desvenda Luís Trincheiras. “O que nós fazemos tem uma procura enorme em Londres, Amesterdão e noutras capitais europeias, portanto, se calhar, o nosso caminho terá que ser feito fora de Portugal” .
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Silves Tour apoiou Banco Alimentar autarquia lançou nas escolas do concelho uma campanha de recolha de alimentos que angariou cerca de 120 quilos de bens alimentares. Como habitualmente neste evento, que alia o desporto a uma causa social, a partida foi dada da zona ribeirinha da cidade tendo os participantes optado por participar a pé, através da escolha de uma marcha, ou de bicicleta, com um passeio que rondou os 20 quilómetros. A grande novidade desta 7ª edição foi a organização simultânea da 1ª Mini Mamã, que consistiu numa mini marcha realizada em passeio com última edição do Silves Tour, promovida carrinhos de bebé, triciclos, trotinetas, e num pela Câmara Municipal de Silves, teve conjunto de atividades dirigidas aos mais novos e lugar no dia 3 de maio e contou com que incluíram um circuito escola de trânsito, jogos mais de 900 participantes, entre marchantes e tradicionais, pinturas faciais, mural do Dia da Mãe, ciclistas, e também mamãs e filhos, na vertente 1ª Insufláveis, entre outras. Presente no local esteve Mini Mamã. O valor angariado com a venda de t- também o Instituto Piaget, que garantiu a shirts foi de 3665 euros, verba esta destinada ao realização de um rastreio da pressão arterial, apoio do Banco Alimentar Contra a Fome – medição frequência cardíaca e o índice de glicose Algarve. Paralelamente ao evento desportivo, a no sangue .
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História de Silves dá origem a banda desenhada
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História de Silves será retratada em banda desenhada numa publicação de José Garcês, reconhecido desenhador, pintor e autor, e que será lançada pela Câmara Municipal de Silves durante 2015. Trata-se de um lançamento integrado nas políticas da cultura, turismo e educação prosseguidas pelo executivo municipal permanente, liderado por Rosa Palma, visando a promoção e divulgação da História da cidade de Silves, nomeadamente o seu património cultural, enquanto ativo diretamente associado à divulgação do concelho de Silves, incrementando o interesse cultural e turístico na visitação e consequente desenvolvimento local/regional. Esta publicação visará, simultaneamente, a divulgação da história da cidade de Silves junto das escolas e das camadas mais jovens. A escolha do
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artista recaiu sobre a qualidade do desenho e o prestígio de José Garcês, marco icónico da Banda Desenhada Portuguesa, artista com vasta e reconhecida obra, premiada e homenageada por diversas vezes .
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Algarve com recorde de bandeiras azuis
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Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) acaba de anunciar a lista oficial das praias e marinas distinguidas com a Bandeira Azul 2015 e o Algarve é, uma vez mais, a região mais galardoada em Portugal. Este ano são 85 praias com Bandeira Azul para desfrutar no Algarve, mais três do que no ano passado, a que se juntam quatro marinas: Albufeira, Lagos, Portimão e Vilamoura. Em todo o país foram reconhecidas um total de 299 areais e 15 marinas, um recorde desde que a distinção é atribuída. Segundo a organização, a praia do Beliche, vizinha do cabo de São Vicente, em Sagres (Vila do Bispo), e muito procurada pelos surfistas, recebe o galardão pela primeira vez. Por outro lado, regressam à lista da ABAE a Praia Grande, em Ferragudo (Lagoa), a praia dos Alemães, em Albufeira, e a praia do Tonel, ao lado da Fortaleza de Sagres (Vila do Bispo). “Este é mais um registo notável nas bandeiras azuis, a antecipar a época alta do turismo algarvio, e
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não teria sido possível sem o habitual envolvimento dos municípios da região, que estão de parabéns”, destaca o presidente da Região de Turismo do Algarve. Desidério Silva considera que o Sol e Mar é o maior produto turístico do Algarve e do país e lembra ainda que, pelo quinto ano seguido, a região está nomeado para Melhor Destino de Praia da Europa nos World Travel Awards, os óscares do turismo. O Programa Bandeira Azul apresenta três vertentes: praias,
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marinas e embarcações de recreio, tendo como instrumento o galardão Bandeira Azul da Europa, atribuído anualmente mediante o cumprimento de um conjunto de critérios de natureza ambiental, de segurança e conforto dos utentes e de informação e sensibilização ambiental. A nível internacional, a Bandeira Azul da Europa é reconhecida como um eco-label pela Comissão Europeia e pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente .
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