Revista Tattoo Brasil #02

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Revista Tattoo Brasil #01 - Agosto 2016

Edição 02 - Ano 1 - Novembro 2016

HISTÓRIA DE VIDA DOS TATUADORES

5 TATUADORAS DO OLD SCHOOL QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

OS MELHORES ESTÚDIOS PARA VOCÊ SE TATUAR

OS MAIS CONCEITUADOS FORNECEDORES DO RAMO

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Revista Tattoo Brasil #02 - Novembro 2016

CARTA AO LEITOR Caros Leitores, É isso aí! Chegou a segunda edição da melhor, mais moderna e mais irada revista de tatuagens do Brasil. Trazendo tudo o que há de novidade no mundo das tattoos. E o que é melhor: pode ser acessada de qualquer lugar, pelo PC ou celular, através do nosso app. Não é demais?!

EXPEDIENTE Direção: Carlos Alberto Comercial: Cátia Oliveira Diagramação e Design: Daniel Matheus Matérias: Lorraine Cândido, Lorrayne Gabrielle, Mariana Gualberto, Vanessa Alves

E nesta nova edição, estamos trazendo a história de vários tatuadores incríveis, matérias e muitas imagens sensacionais. Está imperdível. Não deixe de conferir todas as páginas pra você ficar antenado nas novidades. Equipe Tattoo Brasil.

CAPA Foto: Mel Gabardo - @melgabardofotografia Modelo: Paola - @paolamusatattoo Beleza: Bruna Daniel - @brunadanielmk Tratamento de imagem: Jéssica Schianti - @jessicaschianti

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SUMARIO TATUADORES

ESTÚDIOS

Ricardo Matias............................... 14 Hudson Silveira.............................. 18 Felipe Zymor ................................. 22 Guilherme Miranda ........................ 26 Dio Body Change ........................... 30 Lorinho Nust ................................. 34 AlessandroTattoo ............................48 Conde Tattoo...................................52 Gabriel Rodrigues ............................56 Bernardo Dantas .............................60 Fernando Marques ..........................64 Eddie Cassiano ..............................68 Alexander Martins...........................72 João Victor Costa ...........................76 Alberto Reis....................................84 Marcelo Viana ................................88 Glaysson Nunes .............................92 Leo Ribeiro .................................... 96 Nem Tattoo ..................................100 Alexandre Bizonhe ....................... 102 Raphael Vianna ............................104 GustavoAmorim............................108 Alexandre Bizonhe ....................... 112 Bozó ........................................... 118 Fabim Tattoo ................................122

Hard Core ....................................... 4 Classic Tattoo................................. 38 La Casa Nostra ..............................42 Ao Cubo .......................................114 Blood Ink .....................................116 Espinelly Tattoo ............................120

FORNECEDORES Lelis Supply ...................................10 Dermafrance ................................. 80

VARIEDADES Coluna Tattoo2Me ......................... 44

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A Hard Core é a loja mais tradicional de Piercing em Minas Gerais. Há 20 anos no mercado, é muito conhecida pela sua diversidade e quantidade de Piercings. Há 11 anos a loja também passou a contar com excelentes tatuadores em constante aperfeiçoamento. A Hard Core preza pela qualidade de seus produtos e serviços prestados. Segue rigorosamente as normas da Vigilância Sanitária e faz questão de um atendimento personalizado onde cada cliente é único. Nossos materiais são descartáveis e todos possuem selo da ANVISA.

Piercing Nossas joias são de materiais de primeira linha e por isso não causam alergia. E o nosso Body Piercer é muito experiente buscando sempre a excelência. Tatuagem Os tatuadores, sabendo de suas responsabilidades, não abrem mão da qualidade em seus trabalhos, nem do atendimento personalizado para entender, sugerir e satisfazer a vontade dos clientes.




Mรกrcio Martin


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LELIS SUPPLY

* acessórios e suprimentos para tatuagem e micropigmentação * Lelis Supply

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Agulhas para tatuagem Biqueiras

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Caneta de tebori e lamina PIGMENTO IRON WORKS

Dermografo e agulhas tintas electricink

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OLHAR EMPREENDEDOR

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Lelis Supply está localizada bem no centro da capital mineira, local de intenso transitar de pessoas. A loja conta com serviço de vendas de materiais para tatuagem, maquiagem definitiva e micropigmentação, aplicação de piercings, tatuagem, além de aulas e serviços de micropigmentação. Entretanto, quem caminha pela região e vê o empreendimento, não imagina toda a história empreendedora por trás dele.

A proprietária Marilza Lelis, 42, decidiu abrir a loja há apenas um ano. Há seis ela atua na área de micropigmentação e sobrancelhas definitivas, inclusive ministrando um curso de micropigmentação. Suas turmas são fechadas para oito alunos, com duração de 10 dias e aulas sempre às segundas-feiras, no mesmo endereço da loja. “A ideia de começar um negócio que envolvesse a venda dos materiais surgiu a partir da demanda dos meus próprios alunos. Eles faziam o curso e tinham dificuldades em encontrar no mercado os instrumentos que precisavam. Agora, eles já fazem o curso e compram o que precisam no mesmo lugar”, explica Marilza. As vendas da empresa atingem tanto Belo Horizonte quanto cidades do interior e de outros estados, já que podem ser feitas online pelo site da empresa ou pela página do Facebook. Dentre os materiais para tatuagem que são comercializados estão tintas, agulhas e biqueiras descartáveis. Já no rol da maquiagem definitiva e da micropigmentação é possível encontrar dermógrafos, agulhas, anestésicos e pigmentos. Marilza, que trabalha, também, como body piercing na Lelis, decidiu, em razão da procura, expandir suas possibilidades e oferecer o serviço de tatuagem, que é realizado pelo tatuador Lucas Lima Ângelo, 23, que, duas vezes por semana, vai à loja. “A diversidade de pedidos que recebo dos clientes da Lelis é ótima, costumo fazer desenhos old school, minimalista e em aquarela”, comenta Lucas. A empreendedora garante que, apesar de a loja ser um negócio ainda recente, o retorno do investimento está atendendo às suas expectativas. “Espero que a loja cresça ainda mais! Inclusive, já está nos meus planos abrir outra filial no próximo ano”, confidencia Marilza.

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Av Getúlio Vargas, 1396 - Tabajaras - Uberlândia-MG (34) 3304-2572 :: 99699-0347 Atendimento com hora marcada

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Tatuadores Parceiros: Ricardinho Reis: Oriental e Cover Up

Paula Yang:

Aquarela e Pontilhismo

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A LONG TIME AGO... por Ricardo Matias

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e recordo com alegria o dia em que decidi fazer parte desse maravilhoso mundo da tatuagem. Na ocasião, eu que já era um excelente desenhista e fui convidado por um amigo, Cássio, para fazermos um curso de tatuagem, utilizando a pele de porco para treinarmos nossos dons. A pele de porco é a que mais se aproxima da pele humana. Me apaixonei e nunca mais parei de tatuar. Já fiz milhares de tatuagens Brasil afora. Vivi 3 fases importantes: Fui dono de estúdio, empregado de estúdio e, agora, finalmente retomo minha veia empreendedora. Já não era sem tempo! Transformar uma idéia em um grande negócio é a aspiração de todo empreendedor. Quem já se aventurou por esse caminho sabe bem o quão difícil é chegar ao objetivo traçado. A sensação é a de uma missão impossível; mas apesar dos desafios, a maior lição e talvez a mais difícil seja olhar menos para si próprio e para suas vaidades e mais para as necessidades dos clientes. Todo o meu sucesso atual se deve ao olhar carinhoso e inclusivo para cada um dos meus clientes. Por aqui, todos os clientes, independente de posição social e do valor da tatuagem, são tratados da mesma forma. São únicos e com necessidades exclusivas. As pessoas que nos procuram carregam uma carga emocional junto consigo. Ninguém tatua algo que não represente algo para ela. Mesmo que ela não saiba, no momento em que ela escolhe a tatuagem, carrega naquele momento uma sensação prazerosa de liberdade de expressão. E é isso que valorizamos aqui. Nosso ambiente é super divertido. Cantamos, dançamos, escutamos todos os estilos musicais. Aliás, adoro tatuar ao som do Tião Carreiro. Ôôô, modão que inspira! Outro aspecto importante é não esperar que

as oportunidades venham até nós. Estamos sempre atentos ao nosso mercado, aos movimentos sociais do mundo e surfamos nestas ondas. TRABALHO EM EQUIPE Aqui está o alicerce da nossa parceria. Todos dão o melhor de si naquilo que são melhores. Não existe competição e sim colaboração. Juntos somos imbatíveis. É esse o nosso jeitinho mineiro de ser. Seja para tatuar, para tomar uma cerveja ou um cafezinho, estamos sempre aqui para fazer o nosso melhor.

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(31) 2565-9278 | 97574-6758 LuckyTattooClinic * Trabalhamos somente com horรกrio marcado

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UM SONHO REAL por Lorrayne Gabrielle

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estúdio Lucky Tattoo foi aberto pelo tatuador Hudson Silveira, de 26 anos. Desde a sua infância, Hudson sempre foi apaixonado por desenhos e quando conheceu a tatuagem, passou a ficar cada vez mais admirado pela arte. Hudson passou a observar outros tatuadores e, por fim, acabou se tornando um profissional no ramo. No ano de 2009, Hudson resolveu abrir o seu próprio estúdio cujo nome foi inspirado no primeiro tatuador profissional do Brasil: Knud Harald Lykke Gregersen, conhecido como Tattoo Lucky. Com a coragem de abrir o seu estúdio profissional de tatuagem e encarar o dia-a-dia da profissão, Hudson conta que “tatuar não é apenas um trabalho ou uma arte. Tatuar é um sonho”. Mesmo com os inúmeros estilos de tatuagem, Hudson gosta mais de tatuagens realistas. Porém, admira todos os estilos e tatua o que for pedido em seu estúdio. A sua admiração e maior influencia vem do trabalho do tatuador Camilo Tuero.

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Dificuldades no início todos sofrem e com Hudson não foi diferente. A maior dificuldade citada pelo tatuador foi a falta de apoio de outros tatuadores para construir o seu aprendizado, mas isso não o fez desistir. Com todo o apoio de seus familiares para seguir em frente com o seu sonho e abrir o seu estúdio, o Lucky Tattoo já tem aproximadamente 8 anos de mercado, localizado no bairro Durval de Barros.


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O NOV ÇO ERE END

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Av. Doutor Cristiano Guimarães 2.423 2º andar | Planalto (Em frente ao Walmart) Belo Horizonte-MG


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(31) 97558-6017 (31) 99105-6321

vanguardatattoo@gmail.com @vanguardatattoo 21


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DO PAPEL PARA A PELE

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elipe Zymor têm 22 anos e a sua história e envolvimento com a tatuagem começou de um jeito diferente. Felipe era designer e desenhava para dois sites de criação de desenhos sob encomenda: o Create My Tattoo e a Tattoodo. Com o faturamento que tinha através dos desenhos, Felipe foi influenciado pela esposa a tatuá-los. Mesmo achando que não levava jeito de tatuar por causa da diferença entre desenhar no papel e na pele, Felipe estudou bastante para se desenvolver na nova profissão, buscando sempre conhecimento para ser um tatuador completo tanto na arte em si quanto em passar segurança aos seus clientes no que se refere à dermatologia; sempre estudando e buscando construir seu próprio estilo, tendo o Neo Traditional como o seu preferido. Além desse, Felipe também se interessa pelo Old School, Oriental, Pontilhismo e Blackwork. Suas maiores influências no meio da tatuagem são Tim Pangburn e Emily Rose Murray. Após muito treino, Felipe começou a tatuar como freelancer e um ano depois resolveu abrir o seu estúdio: o Vanguarda Tattoo. O estúdio foi aberto em parceria com o seu sócio Matheus Vieira e está aberto há 5 meses no bairro Planalto, em Belo Horizonte. Quando perguntado sobre o significado de tatuar em sua vida, Felipe relata que é “mais do que gravar um desenho na pele, é gravar lembranças e emoções em um corpo humano. Tatuar é fazer arte, e realizar um processo doloroso e ao mesmo tempo gratificante”. Em meio às dificuldades da profissão e por ter menos tempo no meio da tatuagem, Felipe destaca: “o maior problema que tive foi a desunião por parte de alguns colegas de trabalho e a dificuldade para adquirir experiência. Quando comecei a tatuar, muita gente começou a me tratar diferente e a me olhar

por Lorrayne Gabrielle

“Tatuar é fazer arte, e realizar um processo doloroso e ao mesmo tempo gratificante” - Felipe Zymor

torto. Poucos quiseram me ensinar”. Mesmo com as complicações iniciais, Felipe teve ajuda de alguns colegas que o ajudaram a entender que, melhor do que estar isolado, a união entre os tatuadores faz com que a profissão se torne ainda mais forte e mais agradável.

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Rua Josué Martins de Souza, 600 - Lagoa (Venda Nova) (31) 3459-5578 :: 98605- 4586 - de Terça a Sábado Guitattoobh

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CLIENTE SATISFEITO É A MELHOR PROPAGANDA

por Mariana Gualberto

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roprietário do estúdio Gui Tattoo, o tatuador Guilherme Miranda, de 29 anos, tem uma agenda sempre cheia. O profissional garante que o cliente satisfeito é, sem sombra de dúvidas, a melhor propaganda para o seu negócio. “Hoje, posso afirmar que 90% das pessoas que procuram pelo meu trabalho chegam até mim por indicação de algum conhecido que já tatuou comigo”, comenta. Gui, que tatua há 12 anos, sempre soube do amor e da vocação para a tatuagem. O suporte que recebeu dos pais ao escolher a profissão foi fundamental para o caminho trilhado neste tempo. “Tive total apoio da minha família. Inclusive, o meu pai foi uma das primeiras pessoas que tatuei, além de ter sido quem comprou o meu primeiro material”, relembra. Atualmente, o tatuador foca todo o seu tempo e energia em seu próprio negócio, que administra sem nenhum outro sócio. Gui já fez também serviços de body piercing, mas atualmente trabalha exclusivamente com tatuagens. Os serviços de body piercing em ser estúdio hoje ficam a cargo de outro profissional. Os atendimentos acontecem de terçafeira a sábado, das 9h às 20h. O estúdio, que foi fundado há sete anos, funciona na região de Venda Nova. O local foi escolhido por ser onde Gui cresceu e ainda vive. Apesar de ter um público local forte, o tatuador recebe pessoas até mesmo de outros estados, já tendo acontecido, inclusive, de tatuar clientes vindos de outros países. “Já tatuei pessoas que vivem no Chile, na Colômbia e na Holanda. No caso de um brasileiro que mora na Holanda, por exemplo, ele já conhecia o meu trabalho, gostava e, como estava viajando pelo Brasil, aproveitou a vinda, também, para tatuar. Os chilenos conheceram o meu trabalho em uma edição da

Tattoos em realismo e aquarela são as especialidades de Guilherme Miranda Tattoo Week no Rio e me procuraram posteriormente para tatuarem”, recorda. Mesmo contando com 12 anos de experiência em sua área, Gui preocupa-se muito em se atualizar e em estar apto a levar as novidades do mercado para os seus clientes. O tatuador já realizou cursos de dermatologia básica, biossegurança e mais de dez workshops voltados para diferentes técnicas de tatuagem. “Percebo a importância de me atualizar constantemente; primeiro, em respeito às pessoas que confiam no meu trabalho e, segundo, para não ficar defasado. Neste meio, surgem novidades com grande frequência e é importante acompanhá-las”, ressalta. O forte do tatuador são as tatuagens com o estilo de realismo e aquarela, duas técnicas as quais ele acredita andarem juntas.

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Rua Cascalheira, 75 - loja 101 - Venda Nova Belo Horizonte-MG

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(31) 3457-5320 BodyChangeTattooStudio

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DIO BODY CHANGE

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io Body Change, como é conhecido, tem 44 anos e iniciou sua vida na arte com artesanato. Decidiu viajar e vender os seus artesanatos para abrir um estúdio de piercing em Belo Horizonte. Traçou o seu plano e deu certo. O seu estúdio foi aberto em Venda Nova em 2001. No início Dio só colocava piercings, mas na época existiam poucos tatuadores e com a demanda de tatuagens, Dio resolveu contratar um profissional para tatuar em seu estúdio e abrir novos horizontes para conquistar novos clientes. Três anos depois Dio se iniciou como tatuador, aprendendo com amigos e pessoas próximas, tornando-se profissional no ramo do qual já tatua há 13 anos. No início era difícil conseguir os materiais para tatuagem. Esses eram trazidos de outros estados, as agulhas tinham que ser esterilizadas manualmente; mas mesmo com as poucas condições de trabalho, Dio não desistiu. Continuou aprimorando o seu conhecimento em tatuagem, buscando sempre fazer o seu nome no mercado e conquistar novos clientes, sempre seguindo as regras de vigilância sanitária e mantendo o seu estúdio de acordo com os padrões que essa estabelece. Dio é fã de arte bem feita. Faz o serviço de acordo com a escolha do cliente, mas apesar da diversidade, tem preferência pelo Realismo. Para ele, tatuar um desenho não é tão empolgante quanto tatuar uma fotografia real daquele desenho. Suas referências variam. Dio segue vários tatuadores brasileiros como também de outros países. Então, para ele não existe apenas um tatuador como referência. O seu estúdio continua em Venda Nova há

Embora tenha preferência pelo Realismo, Dio faz todo tipo de tatuagem demandada por seus clientes. quase 16 anos, onde Dio faz o seu trabalho com dedicação e transparência com seus clientes. “Tatuagem é minha vida, tudo o que eu conquistei foi graças à tatuagem”; conclui, resumindo assim o que significa a profissão para ele.

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Lorinho Nust C +55 (31) 99477-4781

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ustom Tattoos lorinhonust

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AMOR PELA TATUAGEM: DA INFÂNCIA por Mariana Gualberto PARA A VIDA ADULTA

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tatuador Fernando França Guimarães, mais conhecido como Lorinho Nust, 35, descobriu o amor pela tatuagem ainda cedo, aos nove anos de idade, quando teve o seu primeiro contato com a arte. “Ainda criança, quando vi um tio tatuar alguns amigos, nutri o desejo de carregar desenhos como aqueles em meu corpo”, recorda. Com o passar dos anos, aos 15, Lorinho fez a sua primeira tatuagem e se tornou amigo do tatuador escolhido. Naquele momento, a vontade de ser desenhado se tornou, também, a vontade de tatuar outras pessoas e a busca profissional estava pronta para começar. Até o ano 2000, Lorinho trabalhou em diversas outras áreas, como telefonista, garçom, almoxarife e ajudante de serralheiro. Mas o desejo e a vocação pela arte permaneciam intactos. Então, naquele ano, já adulto, o tatuador teve a oportunidade de adquirir um material profissional para tatuagem e de trabalhar, pela primeira vez, em um estúdio. Foi neste momento que o desejo passou, de fato, para o momento de concretização e Lorinho se tornou tatuador. O desenho esteve presente da vida do tatuador por influência do tio materno. “Ele sempre desenhou e, como eu morava na casa da minha avó, eu tinha contato direto com ele, que foi o meu primeiro espelho”, conta. Com muita facilidade em aprender as coisas, Lorinho começou a desenhar de maneira autodidata. Especializações em técnicas ou questões muito específicas foram sanadas por meio de workshops e aulas direcionadas para determinada técnica desejada. Apesar de já ter trabalhado em loja própria, hoje, o tatuador atende no Divina Arte Tattoo, um estúdio que tem uma movimentação bem grande,

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motivo pelo qual sua rotinha de trabalho é intensa e engloba os mais diferentes estilos de tatuagem. “Faço tatuagens de estilos variados, gosto mais do neo tradicional e oriental, mas acabo fazendo de tudo um pouco”, explica. Lorinho usa redes sociais como Facebook e Instagram para divulgar seus trabalhos. “Esses meios de divulgação são extremamente válidos e importantes! Mas aqueles que desejam escolher um tatuador devem se atentar, de fato, ao conteúdo divulgado pelo profissional, tomando cuidado para não se iludirem com perfis que têm apenas muitos seguidores, já que apenas número não é sinônimo de qualidade”, alerta. Outro conselho que o tatuador dá para aqueles que querem carregar um desenho no corpo é escolher muito bem o que irá tatuar. “Como o mercado da tatuagem se expandiu muito, hoje em dia, é comum termos alguns desenhos da moda. Entretanto, tatuagem é para sempre, então é bom pensar muito bem antes de escolher como marcar o corpo”, pondera.


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Rua Alagoas, 1405 | Funcionรกrios | Belo Horizonte - MG (31) 3223-6660

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ENTRE PIERCINGS, TATUAGENS E AMIZADE! por Mariana Gualberto

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estúdio Classic Tattoo, localizado na região da Savassi, em Belo Horizonte, oferece serviços de body piercing e tatuagem. Apesar de estar no mercado há apenas um ano e meio, seus profissionais já contam com um tempo considerável de estrada. Proprietária do negócio, Anna Luíza Freitas é body piercing há mais de dez anos e resolveu unir-se a amigos para colocar em prática o desejo desta nova empreitada. Hoje, o Classic Tattoo conta com uma equipe de três pessoas. Ao lado de Anna, estão os tatuadores Renato Dias e Pablo Xamã. A escolha dos profissionais levou em conta, além da qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelos dois, o quesito proximidade. “A amizade pesou para formarmos a equipe. Eu e a Anna já trabalhamos juntos em outro estúdio e o Xamã aprendeu a tatuar comigo, em outro local em que também trabalhamos antes”, comenta Renato, que é tatuador há dez anos. Os estilos old school e tatuagens japonesas tradicionais são as especialidades dos tatuadores, sendo que Xamã trabalha mais na primeira linha e Renato na segunda. A localização privilegiada do estúdio, que está em uma importante área comercial da capital mineira, é um diferencial para atrair novos clientes. “Além de termos uma boa procura por indicação e por pessoas que acabam conhecendo o nosso trabalho pelas redes sociais, também captamos uma quantidade considerável de clientes que, ao andar na rua, entram na loja para conhecerem o nosso trabalho”, analisa o tatuador.

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Tattoos de Pablo Xamã


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Tattoos de Renato Dias

Para Renato, ter contato com profissionais que você admira pode dar um toque ao seu próprio trabalho. Por isto, nos anos de 2014 e 2015, o tatuador teve a experiência de participar de uma convenção de tatuagens na Alemanha. “O interessante de convenções assim é poder ver de perto o trabalho de profissionais que você admira e, muitas vezes, acompanha o trabalho apenas por meio da internet. Poder vê-los tatuando, conversar com eles e trocar vivências, certamente, é algo que enriquece nossa experiência”, pontua Renato. Abrir horizontes é realmente importante para a equipe do Classic Tattoo. Anna e Renato organizaram uma exposição aberta no estúdio para o início de novembro com 20 tatuadores de diversas localidades. Foram dois dias de trabalhos expostos, flash tattoo com quatro tatuadores, música e food trucks.

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end: Rua Ester Franzen de Lima , 246 - Bairro Indsutrial Contagem-MG (esquina com a rua Tiradentes) Contatos: (31) 3565-0390 (31) 97587-6543 (Gabriel Aguilar) / (31) 98485-6667 (Davi Dias) E-mail: lacasanostratattoo@outlook.com

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Davi Dias

Gabriel Aguilar Guilherme Pain

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Pedro Martins


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DAS PISTAS DE SKATE PARA AS TATUAGENS por Mariana Gualberto

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pista de skate do Barreiro foi o cenário que, indiretamente, deu origem ao estúdio de tatuagem La Casa Nostra, localizado no bairro Industrial, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Há vários anos, os amigos Gabriel Aguilar, 19, Davi Dias, 20, Pedro Martins, 21, e Guilherme Pain, 23, se conhecem e costumam frequentar o local juntos. Com o tempo de convivência, a amizade foi intensificada. O amor e a aptidão pelo desenho, que é um ponto em comum aos quatro resultaram tanto na busca pela profissionalização dos jovens no ramo da tatuagem quanto na abertura de um negócio próprio. “Eu já gostava muito de desenho e o Pedro, que já tatuava, acabou me influenciando a investir na profissão”, relembra Gabriel. Apesar de o estúdio ainda ser recente no mercado, os tatuadores já têm vivências de outras experiências profissionais na área. Guilherme, por exemplo, já é tatuador há cinco anos. Os amigos, inclusive, já trabalharam juntos como tatuadores em outro estúdio. Apesar das boas experiências profissionais anteriores, os quatro resolveram abrir o próprio estúdio. Segundo Gabriel, a rotina segue a mesma, com a diferença de que, agora, eles são, além de tatuadores, proprietários, o que resulta em uma maior liberdade. “Por gerirmos o nosso próprio negócio, hoje, somos mais livres e isso é refletido de maneira positiva até mesmo em nossas criações artísticas”, analisa. Os amigos garantem que a amizade facilita o trabalho e a busca pelo crescimento. Uma das vantagens da união dos quatro profissionais é que cada um deles acaba trabalhando e focando mais em um estilo diferente. Gabriel, por exemplo, costuma ta-

tuar mais em aquarela e old school; Davi prefere as letras e o estilo mexicano; Pedro costuma desenvolver mais trabalhos na área preto e cinza, neo tradicional e old school; e Guilherme é mais focado em preto e cinza e blackwork. As perspectivas para o La Casa Nostra são de crescimento constante. “Apesar de já termos uma agenda boa, esperamos captar mais clientes, ficar mais conhecidos, ampliar o nosso contato com outros estúdios, até mesmo de outros estados, e fazermos conexões”, confidencia Gabriel.

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Sarita, SP - @s_rita_mermaid

Fernanda Kitsune, RJ - @fer_kitsune

5 tatuadoras do Old School que você precisa conhecer H

oje aqui não tem traço fino! Estamos falando de linhas grossas e bem marcadas, cores sólidas e desenhos com referência aos marinheiros e fuzileiros navais que marcavam a saudade da terra firme na pele com âncoras e andorinhas. O estilo tradicional evoluiu bastante de uns tempos pra cá, e não perdeu sua força entre tantos outros estilos de tattoo que surgiram com o aperfeiçoamento dos ilustradores e tatuadores.

Juliana Odet, SP - @julianaodett

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Ana Mendes, MG @anamendestattoo

Aya Yoshimoto, SP @ayazombieftlw


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atemos um papo com a tatuadora Fernanda Kitsune que nos explicou um pouco sobre este universo: “Pra você fazer um trabalho bem sólido, o traço é, talvez, a parte mais importante do processo. Um Tradicional não pode ter traço irregular. Tudo tem que ser bem definido: a pigmentação sólida, cores bem aplicadas, uma paleta de cor reduzida também, as sombras bem carregadas e marcando bem os traços da agulha (essa técnica se chama whip shade).” É claro que ficamos curiosos em saber como ela iniciou sua história na tattoo: “Não me lembro o ano exato que comecei a tatuar. Foi entre 2009/2010, estava grávida e tive que parar um bom tempo. Depois comecei a trabalhar como recepcionista em um estúdio. Isso foi na época que morei no Chile. Aliás, foi lá que comecei realmente a tatuar e minhas primeiras referências foram os artistas de lá. Nesse período que trabalhei de recepcionista no estúdio, aproveitei pra aprender bastante coisa: montava a mesa, as máquinas pros tatuadores, passava decalque e aos poucos comecei a me aventurar mais. Consertava as tatuagens dos guardadores de carro da rua do estúdio, arrumava uma cobaia aqui e outra ali, até que decidi que esse seria meu futuro. E não teve volta atrás! Retornei ao Brasil, comprei meu material e comecei a tatuar. Tatuava em casa e na casa dos clientes (coisa que eu não recomendo de jeito algum!!! Época ‘trevas’). Minha timidez me atrapalhou bastante nessa época, morria de medo de entrar num estúdio e mostrar meu trabalho. Mas enfim consegui conquistar meu espaço. Tive muita sorte por sempre ter tido apoio dos tatuadores que conhecia. As pessoas foram muito generosas comigo, sempre perceberam que levava muito a sério e estava realmente comprometida a aprender e seguir adiante.” Sabemos que as mulheres têm conquistado seu espaço a cada dia no mercado de trabalho. Perguntamos a ela como é atuar em uma área predominantemente masculina: “A mulher no meio da tatuagem, em geral, vira facilmente um objeto de

apreciação e fetiche. Se você pesquisar no Google ‘mulher+tatuagem’, garanto que 99% das fotos vão ser de cunho erótico/pornográfico. Não estou julgando quem gosta e se sente confortável fazendo isso, mas é um estereótipo no qual eu definitivamente não me encaixo, assim como diversas outras meninas também não, e isso é uma barreira a mais para ser rompida. Já me senti pressionada a agir e ser uma pessoa que eu não sou para obter reconhecimento e clientes. Agora sinto que encontrei meu meio no universo da tatuagem e posso ser quem eu sou, me sinto respeitada e valorizada pelos meus colegas e clientes. Aprendo e ensino também, e sou muito grata sempre por todo mundo que fez e me faz evoluir e crescer.” Pois bem, o objetivo desse post é dividir com vocês outras tatuadoras deste estilo que admiramos e tem nos inspirado. E mostrar que nem só de marinheiro é feita a cena tradicional da tattoo. Confiram os contatos e a arte destas minas incríveis! 1. Fernanda Kitsune, Rio de Janeiro — @fer_kitsune 2. Juliana Odet, São Paulo — @julianaodett 3. Sarita, São Paulo — @s_rita_mermaid 4. Ana Mendes, Minas Gerais — @anamendestattoo 5. Aya Yoshimoto, Sorocapa SP — @ayazombieftlw Equipe tattoo2me tattoo2me.com instagram.com/tattoo2me facebook.com/tattoo2me weheartit.com/tattoo2me

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Rua Josias Machado, 62 - Centro - ItaĂşna-MG (37) 3243-7917



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“O

s meus amigos mais íntimos achavam que eu desenhava bem e me deram uma grande força para virar tatuador. Fiz a minha primeira tatuagem aos 24 anos e eu mesmo me tatuei com um desenho que gosto muito que o símbolo japonês do Kanji. Hoje tenho 12 trabalhos espalhados pelo corpo”, comenta o tatuador Alessandro Nogueira da Silva, de 39 anos, mais conhecido no mundo das tattoos como Alessandro Tattoo. Com quinze anos de estrada, Alessandro, que também é proprietário do seu próprio estúdio, chamado de Alessandro Tattoo no centro de Itaúna, em Minas Gerais, afirma que desenhava desde criança e que sempre foi um grande amante das artes. Alessandro já teve outro estúdio em parceria com outro tatuador na mesma cidade desde 2001, quando começou a tatuar profissionalmente, até o final de 2015, quando a sociedade se desfez. “Não falo que a parceria não deu certo, pois durou quase 15 anos. Só que preferi montar meu próprio espaço, pois além de mais rentável, tenho mais liberdade. Toda a experiência de vida é válida e confesso que aprendi muito e aperfeiçoei muitas técnicas de tatuagens”, salienta Alessandro, que abriu em janeiro de 2016 o seu próprio estúdio com muita garra e suor. O tatuador conta que antes de virar profissional trabalhava como técnico em telecomunicações, mas resolveu largar tudo e realizar um

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REALISMO COLORIDO É O


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FORTE DESSE TATUADOR

grande sonho que tinha desde criança. “Não era minha praia. Resolvi jogar tudo para o alto e fazer o que realmente gostava e tinha prazer em fazer, que era tatuar. Atendo em média de 6 a 8 clientes todos os dias, em sua maioria pequenos trabalhos comerciais, mas a coisa está favorável e faço qualquer trabalho de todo tipo, inclusive cover up”, ressalta Alessandro que também conta com ajuda da body piercing, Kátia. Alessandro afirma que não enfrentou nenhum problema quanto a discriminação e que a família e os amigos nunca o trataram diferente por causa disso. “No início da carreira, tudo é muito difícil e as pessoas que não me conheciam direito. Acabavam olhando meio torto para mim, mas depois passou. Minha família sempre me apoiou e nunca tive maiores problemas com isso. Hoje a tatuagem está na moda e muita gente tem; então o preconceito é menor do que quinze anos atrás”, enfatiza. A maior especialidade desse tatuador é o realismo, tanto preto e cinza quanto colorido. Segundo ele, um trabalho feito com uma mistura de tonalidades fica muito bonito. “Adoro um mix de cores. Tenho muito prazer em trabalhar com preto e cinza, mas quando jogo as cores no trabalho fica show de bola. Na minha opinião as cores dizem muito quando se misturam com o mundo real”, confessa o tatuador que ainda afirma que tem uma relação especial com dois desenhos que são uma espécie montagem de uma caveira tatuada no seu braço que, segundo ele, significa a igualdade entre as pessoas e uma coruja que significa sabedoria.

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Tatuagem e Piercing

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QUASE DUAS DÉCADAS DE ESTRADA por Mariana Gualberto

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tatuador Cleumer Conde, 44, está há 18 anos no mercado mineiro de tatuagens. Único proprietário do estúdio Condetattoo, no bairro Betânia, em Belo Horizonte, ele sempre teve o apoio da família para seguir o seu sonho profissional. Inclusive, foi com a ajuda da família que, depois de alguns anos tatuando, conseguiu conquistar o sonho de ter o próprio estúdio. “Trabalhei em outros estúdios, mas sempre tive a vontade de ter o meu próprio espaço”, comenta. Os primeiros passos que o levariam até a profissão foram a paixão pela arte e o hábito de, desde criança, desenhar. Quando houve a oportunidade de ingressar no ramo da tatuagem, Conde a aproveitou. “Eu sempre gostei de arte e desejava trabalhar com algo ligado a isto. Em um período que eu trabalhava terceirizado para o TRE, conheci um amigo tatuador que acabou me incentivando e me passando os primeiros ensinamentos profissionais”, relembra. Após aprender mais sobre a profissão, o tatuador conseguiu emprego no ramo e, como fruto da qualidade de suas tatuagens, começou a divulgar o seu nome no mercado. Hoje, Conde tatua todos os estilos, mas tem um apreço especial pelo realismo e pelo oriental. Para manter-se profissionalmente atualizado, ele costuma ir a workshops, assistir a vídeos, comprar livros de artes e realizar cursos na área. O respeito pelo trabalho exercido rende ao tatuador uma considerável procura de novos clientes por meio de indicação de pessoas que ficaram satisfeitas com o resultado de suas tatuagens. O estúdio Condetattoo conta ainda com mais dois tatuadores em sua equipe. Luiz Antônio, 32, que tem dez anos de experiência e Bruno dos Santos, de

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31 anos. Luiz já está no estúdio há um ano e meio e tatua e aprecia diversos estilos. “Estou sempre desenhando, lendo sobre arte em geral, e procurando descobrir novas técnicas”, comenta. Bruno faz parte da equipe há um ano, costuma tatuar letras e tatuagens menores e se preocupa muito em se atualizar. “Pra melhorar o meu trabalho, procuro sempre me dedicar de diversas maneiras, como, por exemplo, fazendo estudos de desenho”, conta.


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HÁBITO QUE ENGRANDECE por Mariana Gualberto

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tatuador Gabriel Rodrigues, 34, já pode dizer que passou a metade de sua vida nesta profissão. No final da década de 1990, com apenas 17 anos, por influência de um amigo que havia adquirido um kit de materiais para tatuagem, ele, ainda que sem o apoio inicial de ninguém, decidiu aprender sobre a técnica. “Sempre gostei muito de arte. Desde de pequeno eu desenhava, mas sem nenhuma pretensão profissional. Até que, um dia, um amigo comprou alguns materiais e, sabendo que eu desenhava, me chamou para aprender junto com ele”, relembra. O amigo largou o sonho, mas, sob a influência de um tatuador que viria a conhecer e a incentivá-lo, Gabriel persistiu. Os primeiros anos de contato com a tatuagem foram movidos mais pela curiosidade do que pela certeza de que aquela viria a ser sua profissão. A proximidade com o tatuador incentivador, que havia aberto uma loja próximo à casa de Gabriel, fez despertar no profissional a crença de que ele poderia, sim, investir naquela área. “A partir de então, cada vez mais, fui conhecendo novas pessoas do meio e procurando fazer mais parte desse mundo”, recorda. O desenho sempre esteve presente na vida de Gabriel que, na adolescência, manifestava-se artisticamente, também, por meio da pichação e do grafitti. Tamanha paixão reflete-se, até hoje, diariamente, na rotina do tatuador. “Eu estudo e desenho todos os dias; estou aprendendo, também, pintura à óleo. Acredito que a maior forma de evoluir, no meu trabalho, é desenhar, praticar e trocar informações com amigos da área”, analisa o tatuador que acre-

dita que todo profissional deste universo artístico está em constante aprendizado e deve se dedicar ao máximo ao que se propõe fazer. Os estilos que Gabriel mais gosta e costuma trabalhar são o realista preto e branco e o oriental. Entretanto, o tatuador não se fecha para outras opções. “Ultimamente, tenho feito muitos outros estilos usando somente preto e, também, tenho gostado bastante”, comenta. Hoje, ele tatua no estúdio Cojack Tattoo, localizado no Minas Shopping, em Belo Horizonte. Para divulgar sua arte no mercado e manter um contato mais direto com clientes, o tatuador faz uso de redes sociais como Facebook, Instagram e Whatsapp em sua rotina profissional. Além da divulgação, Gabriel frisa a importância de levar, sempre, um trabalho de qualidade para as pessoas que tatua. “Eu procuro, sempre, dar o meu melhor em cada tatuagem que faço. Acredito que são os meus próprios trabalhos que trarão outros. Um sinal de que isso tem funcionado é o número de novos clientes que me procuram por indicação de pessoas que tatuaram comigo e ficaram satisfeitas com o meu trabalho”, conclui.

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TATUARIA

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O ILUSTRADOR QUE VIROU TATUADOR por Lorrayne Cândido

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tatuador é um artista”, diz Bernardo Dantas. Antes de conhecer a tatuagem, fez dois anos e meio de arquitetura e descobriu que não era naquela profissão em que colocaria sua arte. Trabalhou na criação de desenhos em uma estamparia e também foi sócio de uma gráfica. Hoje está terminando o curso de Design Gráfico. “Desde quando me entendo por gente, sempre estive rabiscando um papel. As pessoas começaram a me pedir desenhos personalizados para serem tatuados. Então, fazia meus trabalhos sempre usando meu estilo. A demanda foi crescendo e eu fui criando coragem de deixar de desenhar só no papel e passar a desenhar tambem na pele”. Ele conta que, quando fez sua primeira tatuagem, teve um pouco de receio. “No começo estava morrendo de medo, mas percebi que não era tão dificl assim. Era só me dedicar, mas tudo fluiu depois”. No início fazia seus atendimentos a domicilio e, mais tarde, montou seu próprio estúdio, chamado de Tatuaria Dantas, localizado na rua Póvoa de Varzim, 578, 2º andar, no bairro Paquetá. Bernardo diz ter uma nova proposta para seu estúdio. Por exemplo, ele exibe seus desenhos nas paredes para tirar o estigma das pessoas a respeito dos tatuadores, pois ainda existe um certo preconceito. Suas inspiracões são artistas gringos como o americano Sailor Jerry, que dizem ser o pai do Old School. “Minha familia e minha namorada incentivam e valorizam cada trabalho meu”.

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INVESTINDO NUM SONHO por Lorrayne Gabrielle

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tatuador Fernando Marques Martins, 30 anos, desde novo sempre teve amor por desenho e encontrou na tatuagem a oportunidade prefeita de viver através da arte. A sua história na tatuagem começou apenas como um hobby e passou a se tornar uma profissão a partir do momento que Fernando começou a se dedicar aos estudos e investir em seu dom. Dentre as maiores dificuldades no início da carreira, a principal delas foi pioneira do seu sucesso: comprar o seu primeiro kit de tatuagem. Há 6 anos, Fernando investiu o dinheiro das primeiras férias e, mesmo com algumas pendências em sua vida pessoal, comprou o seu kit. No começo, conseguia conciliar o seu emprego de carteira assinada com os atendimentos de tatuagem em sua casa. Com o aumento da demanda e a maior procura por seus serviços, viu na tatuagem uma maneira de alcançar estabilidade financeira e conseguiu abrir o seu estúdio, uma vez que sua casa já não comportava mais a atual demanda. O estúdio Fernando Marques Tattoo existe há 2 anos no bairro Nossa Senhora de Fátima, em Sabará. Dentre todos os estilos existentes na área da tatuagem, Fernando tem preferência pelos estilos Oriental e Black and Gray (preto e cinza). Sua maior influência é o tatuador Jack Tattoo, que atua em São Paulo e domina todos os estilos.

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GARRA PARA ALCANÇAR SONHOS por Mariana Gualberto

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ddie Cassiano tem 37 anos e é tatuador profissional há 14. Hoje, ele trabalha em seu próprio estúdio, La Família Tattoo, localizado na região central de Belo Horizonte. O empreendimento já tem 12 anos de mercado. “Depois de cinco anos com o estúdio funcionando em bairro, decidi que era a hora de transferi-lo para a região central, para facilitar o acesso dos meus clientes que estão espalhados por diversas regiões de Belo Horizonte”, conta. O interesse de Eddie pelo mundo da tatuagem surgiu cedo, aos 13 anos, quando teve o primeiro desenho estampado em sua pele. Seus irmãos sempre desenharam bem e, a partir daquele momento, o tatuador começou a observá-los bastante, a ter curiosidade pela arte e a desenhar de fato. No início, treinava em pele de porco e, quando já estava com mais experiência, tatuou alguns amigos. Apesar de não ter tido apoio familiar quanto à escolha da profissão, o tatuador contou com o suporte de amigos. “Depois que me especializei, tatuei alguns amigos que me deram essa moral quando eu ainda não tinha um nome no mercado”, recorda. Hoje, com a experiência que tem, Eddie tatua todos os estilos, mas os que mais gosta e se considera melhor são o sombreado e o chicano. A trajetória do tatuador foi pautada na força de vontade em aprender e se especializar sempre. “Tudo o que sei, aprendi sozinho e trocando ideia com tatuadores que já estavam no mercado a mais tempo do que eu. Preocupo-me em participar de workshops que me ajudam, sempre, a refinar e aprofundar o meu trabalho em determinados estilos e técnicas de tatuagem”, comenta. O tatuador faz questão de dar um suporte a seus clientes. Por essa razão, além de divulgar o seu trabalho em redes sociais, ele responde a deman-

das por meio de Whatsapp. “Além dos orçamentos que envio por mensagens, para facilitar a comunicação, os clientes, após tatuarem, costumam ter dúvidas sobre os procedimentos e a cicatrização, aí, ainda que após o trabalho realizado, gosto de dar este suporte e tirar todas as possíveis dúvidas de cada um”, conta. A qualidade do serviço prestado e a atenção dada aos clientes garantem boas indicações do trabalho de Eddie. “Já conto com mais de uma década de experiência, tenho o meu lugar na área e, graças a Deus, a galera costuma me indicar bastante para conhecidos”, finaliza o tatuador que garante que, cerca de 70% de sua agenda é fruto de indicações.

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ARTE ESTAMPADA NA PELE por Mariana Gualberto

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lexander Martins, 44, é tatuador desde 1992. Ele, que sempre tatuou em estúdios próprios, decidiu, há um ano e meio, que era a hora de transferir o seu estúdio em um ponto comercial para a sua casa, no bairro Rio Branco em Belo Horizonte. A decisão foi tomada com o intuito de passar mais tempo próximo do filho que nasceu neste período. Por este motivo, o tatuador opta por trabalhar apenas com agenda marcada. Segundo ele, a maior parte dos seus clientes surgem por indicação de outras pessoas que foram tatuadas e gostaram do resultado. Um dos auxílios tecnológicos que Alexander conta no seu dia a dia profissional é o aplicativo Whatsapp, meio pelo qual mantém contato direto com clientes e pessoas interessadas em seu trabalho. “O aplicativo me permite um contato 24h com o cliente, por lá, faço um pós-venda online, pergunto sobre cicatrização, avalio a necessidade de retoque e respondo a pedidos de orçamento. Sempre respondo as demandas no mesmo dia”, revela. Para o tatuador, este contato direto é um diferencial no seu trabalho, um suporte a mais que o cliente tem na busca de um tratamento personalizado. O desejo de se tornar tatuador surgiu na vida de Alexander por influência de um tio artista plástico. “Desde criança tenho aptidão para o desenho. O trabalho do meu tio, Chico Martins, me cativou e me trouxe para este mundo”, confidencia. Devido a esta influência, Alexander enxerga a tatuagem com um olhar mais artístico, motivo pelo qual opta, sempre, em cobrar por trabalho e não por hora, atendendo um cliente na parte da manhã, um na parte da tarde e um no turno da noite. “Tenho uma visão dife-

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renciada da maioria dos tatuadores e estúdios que trabalham com a hora engessada. Gosto de reservar um bom tempo para atender cada cliente e lido com cada trabalho como um projeto único; respeito os desejos e as dores de cada um, pois cada pessoa reage ao processo de tatuagem de uma forma. Tatuagem, para mim, não tem preço, tem valor”, explica. Além da dedicação de tempo, respeitar o cliente e dar uma atenção diferenciada, ouvindo e conversando bastante para chegarem a um ponto comum, são os alicerces de atuação do tatuador. Para ele, o bate papo com cada um ajuda a entender melhor determinado anseio até construírem, juntos, a melhor ideia possível. “O corpo da pessoa é uma tela, por isso, gosto de trabalhar a tatuagem como um projeto. Então, batalho com ela para montarmos juntos a melhor ideia a ser desenvolvida. Procuro entender sempre o que ela almeja e vou instruindo-a neste processo ”, pontua. Toda a fase de produção do desenho é aprovada com o cliente por meio do Whatsapp, desde o rascunho até o resultado final. Alexander, que gosta mais de tatuar preto e cinza e realismo, costuma atender aos seus clientes de quinta a domingo. Seus trabalhos são divulgados no Instagram e no Facebook.


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MARCANDO VIDAS COM ARTE por Vanessa Alves

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primeira tatuagem do rapaz foi aos 16 anos e hoje com 19 anos e tatuando profissionalmente há quase dois, João Victor Costa Silva conta sobre a sua paixão por tattos e um pouco de como foi sua caminhada até aqui. “Sempre gostei de ter um estilo diferente, desde pequeno eu gostava de desenhar, nunca fiz curso, sempre aprendi na garra, andava de skate, ouço muito rock, sempre fui um pouco desse meio”, explica João. Ele conta ainda que depois da sua primeira tatto, feita pelo tatuador Marcelo Viana, com quem criou amizade, as portas para se tornar um tatuador se abriram e Marcelo acabou se tornando seu professor no primeiro curso para se tornar tatuador. Otimista, João afirma, “dificuldades dessa profissão eu não vejo nenhuma, estou vivendo um sonho, é uma experiência incrível. Nós que colocamos as dificuldades no caminho”. Depois do curso, já aos 18 anos, João juntou as economias e comprou o material para começar a viver o seu sonho. O tatuador fala que os amigos foram os primeiros clientes e que a vontade de aprender e aprimorar sua arte são sempre muito intensos desde aquela época. “Fui buscando mais cursos para aprimorar, eu ia no estúdio ver o meu professor tatuando, prestava atenção em cada batida da agulha, em uma fissura por conhecimento, técnicas para aprimorar os traços, comecei a criar confiança e fui criando uns projetos mais difíceis”, explica João. Sobre o estilo, João conta que o fato de gostar de desenhos darks acabou levando o seu trabalho para os estilos Preto e Cinza e Black Work, os dois

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estilos sendo as maiores influências para o tatuador, mas não os únicos. Ele explica que a cada projeto a vontade de melhorar e de inovar continua presente. “Busco aprender mais, procurar fazer outras artes para aprimorar o sentido artístico, desenhos, mexer em esculturas, fazer pinturas em quadros, qualquer coisa que estimule a criatividade”, afirma o tatuador. Sobre preconceito com a profissão, João diz que é comum, especialmente pela maioria acreditar que não existe futuro em ser tatuador. O rapaz afirma estar mostrando que é justamente o contrário e parece estar dando certo, tão certo que João está não apenas tatuando como também faz parte de um projeto para a PUC Minas, no estúdio High Level Tattoo, que fica na Av. Abílio Machado, 768, sala 112, onde o rapaz trabalha. “Atualmente, junto a equipe do estúdio, estamos fazendo um dinossauro no museu da PUC para ser exposto, peça única no Brasil”, explica o rapaz. João ainda conta que sempre quis fazer a diferença de alguma maneira, fazer algo para ser lembrado, e marcando a pele das pessoas com a sua arte ele é capaz de realizar essa vontade. “Cada trabalho que eu faço é uma história diferente, um sentimento que aquela arte e a pessoa que a propôs estão demonstrando. Cada um transmite o que é por dentro, colocando na pele”, finaliza João.


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DERMAFRANCE: REFERÊNCIA NO MUNDO DA TATUAGEM

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Dermafrance Comércio e Importação Ltda é uma loja especializada na venda completa de suprimentos para tatuagens e afins. Localiza-se na Rua São Paulo 409, loja 14, no centro da capital mineira e o telefone de contato é (31) 3272 4634. A empresa já está no mercado desde 2001 e é referência no mundo de tatuagens e piercings em geral, tanto pela qualidade de seus produtos quanto pelo preço justo. A Dermafrance também se destaca pela seriedade e compromisso com seus clientes. Segundo o gerente comercial Marcelo Henrique Pereira, a Dermafrance tem em sua linha de estoque todos os suprimentos necessários ao profissional da tatuagem e body piercing. “Temos agulhas, tintas de diversas cores, linha completa de materiais para micro pigmentação e descartáveis, luvas, batedores de tintas, máquinas de fazer tatuagens e estoque completo para body piercer. Tudo que o profissional da arte quiser para aprimorar e melhorar o seu trabalho, a nossa empresa comercializa”, afirma. Um dos diferenciais da empresa é a fabricação própria dos batedores de tinta e das máquinas de tatuar. “Acredito que esse seja um dos nossos diferenciais, pois como nossa empresa também fabrica essas duas ferramentas tão importantes para desempenhar um bom trabalho, fazemos toda a negociação com o cliente para efetivarmos a venda. Além disso,

vendemos diversos modelos de brincos, piercings, camisas, materiais para design de sobrancelha e maquiagem definitiva”, pondera o gerente. A Dermafrance comercializa seus produtos para todo Brasil e tem pronta entrega para a maioria deles. “Entregamos via sedex para qualquer lugar do país. O cliente pode comprar na comodidade de seu lar pelo nosso televendas ou se o mesmo quiser, temos um site bastante interativo (dermafrance.com.br) em que o cliente pode escolher a vontade o que quiser e nos solicitar um orçamento sem compromisso”, garante Marcelo. Ainda segundo o gerente, a empresa pretende ainda esse ano abrir uma filial Dermafrance também no centro de BH para oferecer cursos diversos ligados à área de tatuagem e body piercing em geral. “Ainda não temos endereço definido. A nossa intenção não é o comércio de produtos e sim oferecer cursos de tatuagens e body piercing ligados à área do conhecimento profissional. Teremos estúdios destinados a tatuadores, de micro pigmentação e body piercing. Vai ser destinado à população em geral, porém com a marca e a qualidade Dermafrance. Acredito que agregar valor ao profissional da tatuagem é extremamente importante. A nossa previsão é que na segunda semana de agosto a nossa filial já esteja funcionando”, finaliza Pereira.

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MUITA GARRA PARA TATUAR por Lorrayne Gabrielle

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esidente em Itaúna-MG, Alberto Reis, de 28 anos, desde criança se interessava por desenhos. Durante a adolescência descobriu que realmente era bom na arte de desenhar, o que, aos 18, despertou o seu interesse em tatuagem. Há 9 anos se tornou tatuador profissional e atua no estúdio Nova Era Tattoo Artist. Quanto aos maiores desafios da profissão, Alberto cita como exemplo o início de sua carreira, quando teve de aprender as coisas na ‘raça’. A rivalidade existente entre os tatuadores e a demora para a chegada do reconhecimento, que veio aos poucos, também foram desafios grandes na época. Quanto à sua forma de tatuar, Alberto estudou muitos desenhos e estilos, conseguindo evoluir bastante. Com as inúmeras tatuagens que já fez, Alberto sempre procura se adaptar às novas demandas do mercado e aos novos estilos. Em relação ao mercado de trabalho, ele considera que está mudando para melhor. A tatuagem hoje em dia é melhor do vista do que há tempos atrás. Quanto à concorrência, ele diz: “Pra tudo tem concorrência. Não esquento muito a cabeça com isso. Faço meu trabalho com dignidade, sem atropelar o de ninguém”. Além disso, ele dá um conselho para os novos tatuadores: “Tenham garra e não desista nunca, porque ninguém nasce sabendo tudo”. Para Alberto, tatuar significa um sonho realizado e, por meio deste sonho, ele descobriu o que mais gosta de tatuar: trabalhos com muita cor, realismo e comics. Suas maiores influências são os tatuadores Mordenti e Niko Hurtado.

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AMOR PELA ARTE por Vanessa Alves

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arcelo Ribeiro Viana, 36 anos, trabalho como tatuador há 7. Atualmente ele trabalha no estúdio High Level Tattoo, que fica na Av. Abílio Machado, 768, sala 112. O interesse de Marcelo por tatuagens começou em 2010 e desde então ele não parou de estudar a arte de tatuar. “Um amigo meu, já tatuador, me influenciou a ingressar na área, já que eu tinha a arte do desenho em minha vida desde a infância”, explica o tatuador sobre o início da sua carreira. Marcelo ainda diz que adquirir o conhecimento inicial foi bastante complicado e que teve que buscar sozinho as primeiras noções da profissão. Foi só depois desse processo de aprendizagem inicial que as coisas começaram a melhorar, ele explica que estudar com grades nomes da cena da tatuagem como Camilo Tuero e Vitor Portugal foi um grande privilegio. O início da carreira foi difícil, especialmente para conseguir clientes e aprimorar as técnicas. “No começo de carreira foi muito difícil conseguir clientes, foi algo que conquistei de médio a longo prazo”, conta Marcelo. E se por um lado surgiram dificuldades, por outro Marcelo afirma que nunca houve nenhum tipo de problema. “Nunca sofri nenhum tipo de preconceito durante esse tempo na minha carreira de tatuador”, explica Marcelo sobre a discriminação com a profissão de tatuador. O tatuador destaca dois trabalhos como os que mais gostou de fazer até agora. Um é de realismo da natureza com beija-flor e o outro é um intitulado de Faroeste. Além de tatuador Marcelo também se dedica a outras formas de arte, como esculturas em diversos tamanhos e formas. Fato que só reforça a relação de Marcelo com as artes, características que ele carrega consigo desde a infância.

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BRINCADEIRA QUE VIROU NEGÓCIO por Mariana Gualberto

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esde cedo, Glaysson Nunes demonstrava aptidão para o desenho. Na época de escola, ainda no primário, ele costumava simular, de brincadeira, tatuagens nos amigos, por meio de desenhos que ele fazia com caneta retroprojetora. A brincadeira acabou se tornando, anos depois, de fato, a profissão do tatuador que, hoje, tem 33 anos e já tatua há 17. “Aos poucos, aquilo começou a me gerar renda e se tornar, efetivamente, a minha profissão”, recorda. Hoje, o tatuador trabalha em um estúdio próprio localizado na região de Venda Nova, na capital mineira. A maior parte dos seus trabalhos desenvolvidos é no estilo realismo preto e branco. “Adequei-me mais a esta técnica, mas gosto muito do realismo colorido, também”, comenta. Focando em especialização, para estar apto a levar o melhor a seus clientes, Glaysson enxerga grandes vantagens em frequentar workshops. “Essas experiências auxiliam, sempre, no aprimoramento de novas técnicas, além de somar conhecimentos trocados com outros profissionais nestes eventos”, conta. O tatuador também procura estudar desenhos e arte digital para auxiliar o seu trabalho no tocante ao fundamento de técnicas como luz e profundidade. Esta preocupação em levar um bom trabalho a seus clientes garante ao tatuador um expressivo número de indicações. “Cerca de 70% dos trabalhos que realizo surgem por meio de indicação de pessoas que já tatuaram comigo e, por confiarem em meu trabalho, indicam para amigos e parentes”, analisa. Para se tornar mais conhecido no mercado de tatuagens, Glaysson divulga seus trabalhos no Facebook e Instagram. Já para facilitar a vida de seus clientes, o tatuador possui um número próprio para o estúdio, por onde mantém o contato direto via Whatsapp, facilitando para alinhar os melhores horários para cada um.

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TATUAR DÁ UMA SATISFAÇÃO INEXPLICÁVEL por Lorraine Cândido

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eandro Rodrigues ou somente “Léo”, de 29 anos, é tão apaixonado por tatuagem que têm 70% do corpo tatuado. A vontade de ser tatuador surgiu na adolescência; “rolou aquela possibilidade, comecei a desenhar, fiz curso e logo abri um estúdio em casa”, diz. Ele trabalha como tatuador há 9 anos. Começou em Belo Horizonte, mas depois decidiu ir para Viçosa, ficou por lá durante 4 anos, até que resolveu voltar por sentir falta da família. “Era bacana morar e trabalhar em Viçosa, porém tenho duas filhas e sentia muita saudade delas. Então, voltei pra BH”. Leandro conta também que mesmo sendo mais aceita hoje em dia, a tatuagem ainda desperta preconceito nas pessoas: “quando se é muito tatuado, como eu, as pessoas têm um olhar diferente”. Um trabalho que o marcou muito foi o de fazer uma tatuagem de reconstrução dos seios da mãe de uma amiga. “A mãe da minha amiga teve câncer de mama e teve de fazer uma mastectomia. Então, tive essa idéia e fiquei muito feliz porque esse tipo de trabalho traz autoestima para a pessoa”, conta. Em seu estúdio, localizado no 3 piso do Shopping Oiapoque, ele trabalha com várias técnicas, desde o realismo até as de origem oriental. Para ele, tatuagem é uma das coisas mais importantes da sua vida: “tenho muito prazer em fazer tatuagem. Tatuar dá uma satisfação inexplicável, e eu não abro mão disso”.

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QUASE 20 ANOS DE AMOR POR TATTOOS por Vanessa Alves

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oi em 1997 que Juliano de Souza, 35, conhecido como NemTatto, descobriu a tatuagem. Ainda moleque, com quase 16 anos de idade, ele viu alguns hippies fazendo tatuagens na Praça 7 e ficou encantado. “Achei interessante as tatuagens que eles faziam, apesar de serem bem simples os desenhos”, explica o tatuador. Foi lá na Praça 7 que NemTatto descobriu por onde começar a sua carreira de tatuador, a galera hippie ajudou o rapaz e ele conseguiu construir a sua primeira máquina de tatuar. “Fiz minha primeira maquininha de motorzinho de barbeador e usando agulha 12 de costura. Eu usava tinta nankin e trabalhava em casa. Foi só um ano depois que consegui comprar minha primeira máquina de tattoo profissional”, conta NemTatto. A partir daí o rapaz não parou mais de tatuar e em 2005 abriu o seu primeiro estúdio de tatuagem, o Studio NemTattoMG, que fica na Av. São Caetano, 143, 3º andar, São Caetano, Betim. Ele conta que a tarefa de abrir o seu próprio estúdio não foi fácil, especialmente por não ter tido nenhuma ajuda de tatuadores mais experientes. “Hoje em dia para quem quer começar a tatuar é muito mais fácil. Tem muita informação, muitos fornecedores de materiais. Naquela época não existia workshop, hoje em dia tem vários para todos poderem aperfeiçoar as técnicas”, diz o tatuador. Claro que todo o sofrimento valeu a pena a medida que o seu negócio foi dando certo e ele diz ainda que a isso tudo contribuiu muito para a sua profissão. Sobre discriminação por causa da profissão, Nem conta que já sofreu muito com isso e que ainda sofre com o julgamento de pessoas que não entendem as escolhas profissionais que ele fez. Ele

afirma que essa descriminação das pessoas, especialmente dos governantes que não reconhecem a profissão, é uma grande dificuldade para os tatuadores que acabam não sendo respeitados como os profissionais que são. Com mais de 19 anos de estrada como tatuador, NemTatto explica que já trabalhou com todo tipo de estilo, mas se identifica muito com os estilos neo traditional e old school que são mais tradicionais e retratam o início da tatuagem. Ainda entre os estilos preferidos do tatuador, tem também o estilo Aquarela e o Colorid. “Gosto muito de cores, você tem uma liberdade, e são estilos de trabalhos que faço nos eventos que participo pelo brasil e com os quais tenho algumas conquistas de trabalhos apresentados”, explica NemTatto.

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ACREDITANDO NA ARTE DE TATUAR por Vanessa Alves

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le começou a desenhar ainda criança, mas foi só bem mais tarde que descobriu que poderia virar tatuador. Raphael Vianna tem um home studio chamado Brooklyn Tattoo, que pode ser encontrado no facebook e fica na rua Ministro Hermenegildo de Barros, 300, Itapoã, Belo Horizonte. Atualmente ele é o único que trabalha por lá e já fazem dois anos que ele começou a tatuar profissionalmente. Tudo começou quando Raphael reencontrou uma amiga, também tatuadora, que começou a dar umas dicas para ele de por onde começar. Foi no studio dela, vendo ela trabalhar com desenho, que Raphael se motivou a fazer o mesmo. “Nunca tinha me passado pela mente virar tatuador. Não achei que eu poderia sabe? Até que reencontrei uma antiga amiga minha que começou a me passar umas dicas”, explica. Como em todo início de profissão, o rapaz precisou correr atrás para arrumar trabalhos para fazer e foi tatuando os amigos que ele encontrou um caminho para aprimorar a sua arte. “Foi meio tenso o começo, com a crise rolando. Eu não estava pegando muitos clientes, mas fui indo de qualquer forma, rabiscando aqui e ali”, explica Raphael. Raphael conta ainda que se autodisciplinar é a maior dificuldade, estar sempre buscando melhorar a própria arte é o principal desafio para um tatuador hoje em dia. “Muitos tatuadores optam pelo caminho mais fácil de pegar uma arte pronta e já tatuar. Acredito que todos têm algo a oferecer, e por isso prezo um trampo que me instigue a fazer algo melhor sempre”, diz o tatuador. É dessa forma que Raphael vai seguindo com o seu trabalho, sempre buscando aprimorar a sua arte e melhorar o seu desenho para entregar ao cliente

o melhor possível. Ele afirma que cada tattoo é uma experiência marcante para ele e para os seus clientes. “Acho que eu não poderia escolher um trabalho que mais me marcou porque todos me marcaram de alguma forma” finaliza Raphael.

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CONSCIÊNCIA DE UM BOM TRABALHO por Vanessa Alves

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ustavo Amorim tem 17 anos de carreira como tatuador e, durante esse tempo, ele conta que tudo começou quando viu uma máquina de tatuagem pela primeira vez.Hoje é dono do estúdio Stattoos Tattoo, que fica na rua Paraíba, 1317, loja 08, na Savassi em Belo Horizonte. “Eu já desenhava e aí vi um cara com uma máquina de tattoo uma vez e gostei”, conta Gustavo.Certa vez uma pessoa apareceu com uma kombi tatuando quem estivesse interessado e foi assim que ele descobriu a possibilidade de tatuar pessoas. Ele conta ainda que naquela época mal existiam tatuadores, era uma coisa totalmente nova por aqui. “A Dificuldade daquela época era que a gente não tinha informação. Não tinha revista, não tinha onde comprar material, não tinha quem ensinasse. Então assim, ele é mais alguns outros tatuadores foram “desbravando” a profissão explica Gustavo. O material usado para fazer tattoo naquela época era praticamente artesanal, eles usavam agulha de costura e até mesmo os desenhos eram feitos sem muitas referências. Gustavo saiu da sua cidade( patos de minas ) em 1998 e foi para São Paulo em busca de formas para melhorar e aprimorar o seu trabalho como tatuador. Ele conta que não deu muito certo a ideia inicial, mas ainda assim ele aprendeu muito morando na capital paulista. Em 2001 ele voltou para BH e no ano seguinte, depois da abertura da primeira loja voltada para o público de tatuadores, é que as coisas começaram a melhorar.Foi a partir desse momento que Gustavo e os outros tatuadores, com quem ele estava tendo o primeiro contato, começaram a aprender mais sobre a profissão. O preconceito na época era muito grande.

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Qualquer um que resolvesse fazer uma tatuagem era considerado louco ou bandido. “Sofri bastante preconceito, mas eu não ligava não. Minha cabeça era feita, mas preconceito nesse período, era um pouco da família, um pouco de pais de amigos. Era difícil”, conta Gustavo. “Eu gosto muito de trabalhar com Black Work, que é textura no corpo, não desenho. Gosto muito de geometria, de tribais. Eu gosto muito desse estilo, desse padrão de tattoo”, conta Gustavo sobre os estilos de trabalho que ele mais gosta de desenvolver. Atualmente o tatuador se sente satisfeito com os trabalhos dos últimos cinco anos. Ele conta que o trabalho desenvolvido para a tatuagem e o padrão que ele oferece é muito bom. “Hoje tanto para a pessoa quanto para o mundo da tatuagem, o trabalho que eu ofereço é muito bom e eu tenho consciência disso”, finaliza Gustavo.


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A EVOLUÇÃO É CONSTANTE: DE VENDEDOR A TATUADOR PROFISSIONAL. por Nathalia Rodrigues

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que inicialmente lhe pareceu um negócio lucrativo culminou como uma paixão que o acompanha por toda a vida. Das novas técnicas ao mercado que parece não se abalar pelas questões econômicas do país Alexandre Bizonhe (42) fala da evolução dos próprios traços, do que o inspira além de explicar que os velhos conceitos sobre a arte na pele. De uma família de vendedores o artista entendeu que vender tatuagens seria, sem sombras de dúvidas, o maior desafio da carreira. Com um estúdio bem equipado no bairro Jardim Riacho, em Contagem, revive do início da carreira aos tempos atuais. Bizonhe já contabiliza o vigésimo segundo aniversário como artista que imprime na pele a emoção das pessoas. O que a princípio seria uma forma fácil de ganhar dinheiro logo tornouse uma obsessão pelo esteticamente perfeito. Em uma análise do próprio trabalho ao logo da carreira Alexandre conta que o atraiu rapidamente caiu por terra: “Eu sempre gostei de desenho. Porém o que realmente me motivou foi ser um negócio lucrativo. Mas depois eu quebrei a cara e vi que tatoo não é dinheiro. Essa é uma arte que exige muito estudo”. Ele ainda é enfático ao afirmar que mesmo atuando há tanto tempo nessa profissão seu maior desafio ainda é melhorar

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o traço. “Fazer uma tatuagem perfeita, de excelência, exige muita técnica. É preciso entender muito de desenho, de profundidade e de contraste” afirma o tatuador. Ao avaliar a própria carreira Alexandre afirma: “fui completamente cego”. Somente sete anos depois dos primeiros desenhos é que o traço evoluiu. “No início eu era alheio às técnicas. Mas depois do fenômeno das redes sociais as informações circularam”. Além disso, o artista afirma que depois que as work shops vieram para a capital mineira o cenário muda por completo. “A partir daí comecei a entender que existiam várias técnicas diferentes. Hoje aplico diversas delas no meu trabalho”. A melhoria constante se deve a muita dedicação e esforço. As fontes de inspirações são diversas. Algumas delas vem de viagens a outros países, de convenções e de grupos de estudos semanais. “Estudo desenho profissional e busco inspiração em todo tipo de arte visual, inclusive fora do mercado da tatuagem. Tatuador que fica em estúdio não evolui”. Nem todo tatuador é um especialista em criação. Em tempos de redes sociais as cópias são cada vez mais comuns. O trabalho autoral é cada vez mais raro. Sobre a questão Bizonhe avalia que o processo criativo não é para qualquer um. No entanto essa característica se deve também ao gosto do público. “Essa é a minha maior dificuldade. Convencer o cliente do que é melhor para ele”, revela. E falando em clientes ele acredita que apesar do mau momento financeiro do país o mercado de tatuagens não se abalou e ainda vive seus melhores tempos. E em uma rápida “Não há crise nesse mercado. Os bons tatuadores estão com a agenda cheia”. Ainda que um tanto underground Bizonhe entende a sua profissão com uma qualquer. “É preciso tomar alguns cuidados extras afinal lida com emoções”. Especialista em desenhos em preto e cinza revela que tem carinho por todas as tatuagens feitas e revela que “a mais legal foi a da minha mãe”. E para quem está começando tem um conselho: Invista em desenhar bem.

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