130 Anos

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Especial 130 anos Revista de Relacionamento da Döhler S/A | EDIÇÃO ESPECIAL | 2011

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Índice

Tecendo muitas histórias

02 Carta ao Leitor 03 Editorial 04 Ingo Döhler, 59 anos de área industrial 06 Geraldo Meyer, o homem de mais de 200 fios 08 Elisabeth Döhler e a busca por tendências 10 Inclusão social em pauta 12 A palavra é relacionamento 14 O novo em imagens

Expediente

Estilo d | Revista de relacionamento da Döhler S/A Produção D/Araújo Comunicação | (48) 3332 8000 E-mail imprensa@dohler.com.br Jornalista Fernanda Rebelo (MTB / SC 3751 JP) Tiragem 10 mil exemplares Döhler S/A Rua Arno Waldemar Döhler, 145 | Distrito Industrial Joinville, Santa Catarina Telefone (47) 3441 1666

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Resumir 130 anos em algumas páginas é uma tarefa difícil, afinal, em mais de um século de existência, a empresa se transforma em um grande baú de recordações. É assim com a Döhler. A história da empresa se mistura a de tantas pessoas que já circularam pelos seus corredores e se confunde, muitas vezes, com a história de Joinville – cidade que acolheu a família fundadora. Seus 130 anos de atuação no setor têxtil também contribuíram para a evolução dos produtos de cama, mesa, banho e decoração, que, atualmente, buscam e ditam tendências. Como uma empresa sem o seu capital humano não é nada, a Estilo d foi atrás de pessoas que fizeram e ainda fazem parte de projetos muito especiais para a Döhler. Da área industrial à busca de um estilo próprio e consolidado, da produção de fios até a inovadora forma de se comunicar com o consumidor, através de ações de relacionamento. As histórias se cruzam e muitas vezes se confundem. Na procura por personagens, descobrimos pessoas que não só trabalham nos seus turnos, mas que vivenciam a fábrica diariamente. Gente que conhece os sons das máquinas, o toque de cada tecido e sabe que é possível fazer ainda mais e melhor. Nessa edição especial, a Estilo d embarca nas memórias de um senhor que há 59 anos trabalha na empresa e que vivenciou as mudanças da área industrial. Também entendemos como a Döhler elabora os seus produtos, sob o olhar atento de uma equipe de desenvolvimento, comandada por Elisabeth Döhler. Ainda, atravessamos o parque fabril e chegamos à empresa de fiação própria, Comfio. Lá, é a vez de um simpático colaborador, patrimônio da Döhler, explicar a origem de tudo: os fios de algodão. Mais de um século de história chega a 2011 com novos desafios: manter uma produção sustentável, uma equipe motivada e levar 130 anos de atuação ao conhecimento dos nossos consumidores. Embarque nesse álbum de memórias e boa leitura!


Editorial

Centenariamente inovadora

ra impassível, graças a uma história marcada pela responsabilidade, que teve início há 130 anos. No Brasil de 1881, a jovem Joinville acompanhava a trajetória de um cidadão corajoso, que montou um rústico tear de madeira e, artesanalmente, começou a produzir tecidos para vender aos amigos e vizinhos. Cento e trinta anos depois, pouco se reconhece daquele cenário. Joinville é a principal potência econômica de Santa Catarina, e os fios que passaram pelo antigo tear de madeira costuraram a história da Döhler, uma das principais indústrias do segmento têxtil brasileiro, com um parque fabril de 200 mil metros quadrados e equipamentos de última geração.

Carlos Alexandre Döhler Diretor Comercial

Ano 2011. As empresas brasileiras que, no passado, garantiram lucros à custa da degradação ambiental e da exploração humana ficam sem espaço. A sociedade trava batalha contra nocivas instituições, utilizando diversos meios de comunicação, sobretudo as mídias sociais. A correria toma conta das corporações em busca de adaptação. A Döhler, por sua vez, assiste às transformações de manei-

Mas, se, num olhar rápido, pode parecer difícil enxergar semelhanças entre as duas épocas; o exame mais cauteloso mostra algo em comum: ambas cresceram sem abrir mão dos seus valores. Joinville continua um município hospitaleiro e aconchegante, enquanto a empresa preserva a mesma relação de proximidade e cuidado com a população. Para a Döhler, os conceitos atuais de responsabilidade ambiental e social não precisaram ser ensinados aos gestores ou disseminados entre os funcionários, pois faziam parte do seu patrimônio.

Ainda nos anos de 1980, quando inaugurou sua própria estação de tratamento de efluentes, para muitos a Döhler foi pioneira. Porém, na visão da empresa, a obra foi uma atitude natural, pois era o que precisava ser feito. Já naquela época, o meio ambiente sentia o impacto da ação humana. Era preciso intervir, com cada um fazendo sua parte, e a Döhler não se furtou à sua responsabilidade com Joinville e com a sociedade brasileira. Nas últimas três décadas, essa preocupação social só se ampliou e com ela vieram certificações, reconhecimentos e, claro, novas responsabilidades. Hoje, aos 130 anos, a Döhler cuida para que a qualidade dos seus dois mil produtos venha atrelada a uma cadeia produtiva rigorosamente correta, da matéria-prima ao resultado final. Os desafios são enormes, porque - mais do que prático e funcional - precisamos deixar um mundo habitável e saudável às próximas gerações. Ser responsável, hoje, é ter essa consciência e assumir o seu papel. A Döhler, mais uma vez, segue em frente trazendo os valores que foram gravados no primeiro tear de madeira, mas que agora são multiplicados por três mil funcionários, centenas de fornecedores e milhões de clientes em todo o Brasil.

Especial 130 anos

Daniele Alves

Os fios que, em 1881, eram trançados pelo antigo tear de madeira construíram a história da Döhler – hoje, uma das principais indústrias do segmento têxtil brasileiro

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1952

Aos 13 anos, inicia sua carreira na Döhler

Ingo Döhler, 59 anos de área industrial

Da grande janela de sua sala, Ingo Döhler aprecia uma fábrica muito diferente daquela que conheceu ainda criança. O terreno da pequena indústria têxtil da família era o quintal de sua casa, local de brincadeiras e de sonhos. O pai atiçava o raciocínio das crianças com joguinhos de lógica e esperava tê-las algum dia ali, à frente do que deixaria como legado. Assim, aos 13 anos, começa a trajetória de Ingo na empresa. O parque

fabril não ocupava nem um terço dos 200 mil metros quadrados atuais, e o quadro de colaboradores não chegava à casa das centenas. Meio expediente na indústria, o restante do dia na escola, e os anos se passaram. O simpático senhor de 72 anos acompanhou de perto todas as fases da produção têxtil; mas foi o retorno à fábrica após se formar na Escola Técnica do Rio de Janeiro o momento de grandes saltos. Formação concluída e experiência profissional em um mercado, na época, bem diferente e mais evoluído, fizeram Ingo pensar em algo maior. O apoio veio do primo, Roland Döhler, que compartilhava o desejo de transformar a empresa em uma grande indústria têxtil. A primeira virada veio com a elaboração de tecidos crus para serem estampados, tintos ou pré-alvejados. Recurso para adquirir o maquinário não existia, sequer havia a previsão de quantos produtos conseguiriam ser vendidos. No entanto, o caminho para uma fabricação mais simples e produtiva estava corretamente traçado.

Em 60 anos de empresa, ousadia e visão para alavancar a área industrial

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“Surgiu a ideia de comprar desenhos prontos de um artista italiano que vivia em São Paulo, de construir a mesa para estamparia e de ter parceria com uma indústria que faria o trabalho de estampar nossos produtos”,

conta Ingo. Iniciou-se essa nova etapa na empresa e a produção deu um salto. Chegou o momento em que a parceira não conseguiu acompanhar a demanda. Com 100 mil metros de tecidos ao mês, era a hora de comprar a máquina. “Como em tantas outras vezes, a família reuniu o que tinha para ter o primeiro equipamento de estamparia, que chegou na década de 1970”. Vieram também mais teares automáticos, e a área industrial se transformou. Ainda era complicado investir, e era preciso achar alternativas. Os cursos para operar os novos maquinários, por exemplo, eram feitos pela equipe técnica das fabricantes estrangeiras. Para tornar o procedimento possível, lá ia Ingo para o exterior receber o treinamento e repassar tudo aos colaboradores. Com a produção modernizada, teve início um período de desbravamento das oportunidades que o setor têxtil oferecia. No início da década de 1980, era tempo de investir em tecidos para calçados; anos depois, pesquisas para tecidos especiais usados pelas Forças Armadas. A empresa caminhava para o momento atual, no qual possui um portfólio de mais de cinco mil itens, entre produtos para cama, mesa, banho e decoração.


1980

1972

Começa um desbravamento da área têxtil

Chegam as máquinas que irão alavancar a produção

“Quando chegaram os teares e a máquina de estampar, os colaboradores ficaram impressionados e entusiasmados. Era preciso descarregar os equipamentos, que vinham em grandes caixas. Tudo foi feito à mão. Construímos, inclusive, um buraco no chão para o caminhão descarregar as máquinas. Imagine! Eram equipamentos de três toneladas!”. Ingo relembra este e outros momentos de união com um carinho especial. Para ele, esse sentimento, junto com o comprometimento e outros princípios que norteiam a Döhler foram felizmente herdados do avô.

Em quase 60 anos de empresa, Ingo acredita que está tudo caminhando bem e que a herança da família ficará nas boas mãos de uma nova geração que já mostra seu valor. Isso o deixa mais tranquilo para aproveitar os seus momentos de descanso. Entre o coral da igreja protestante, o cultivo de belas flores no jardim localizado em Barra Velha, e a companhia da família, ele se diz satisfeito com a vida. Pai de Anke e avô dos meninos Eduardo, Gustavo e Alexandre, Ingo torce para que algum deles se interesse pelo trabalho na indústria.

O tempo com a família, que sofreu com a sua falta no conturbado início dessa trajetória, é sagrado, e dona Marga, com quem é casado há 48 anos, é quem ganha a declaração de afeto: “Foram anos difíceis com ela sempre ao meu lado. Marga foi um pai e uma mãe para a minha filha, enquanto eu trabalhava, e uma companheira, acima de tudo. Acredita que até hoje não sou capaz de comprar nada sem consultá-la?”, ele revela dando uma gargalhada tímida, mas feliz.

Especial 130 anos

O parque fabril não parou de crescer e hoje conta com mais de 200 mil metros quadrados

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1965

Geraldo Meyer oficialmente registrado na Döhler

Geraldo Meyer, o homem de mais de 200 fios Da Döhler para a construção da fiação própria da empresa, que trouxe agilidade e economia ao processo produtivo

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“A origem de tudo é aqui”, começa Geraldo Meyer, como se palestrasse para o grande público. Em 36 anos de trabalho na Comfio – que também existe há exatos 36 anos – ele coordena o abastecimento de fios da Döhler. O que chega ali são fardos e fardos de matéria-prima, pronta para ser transformada em fios. Engana-se, no entanto, quem acha que isso é simples. “Hoje, trabalhamos com quatro fibras têxteis – algodão, poliéster, viscose e náilon. Às vezes, para se chegar ao fio específico para algum produto, é preciso criar e misturar dois, três, quatro outros frios. No fim, produzimos mais de 200”, explica Meyer, com a assertividade de quem domina, de olhos fechados, tal produção.

presa de fiação própria da Döhler, a Comfio. Da fábrica que existe hoje, só existia o terreno. Convite feito e aceito, começa a construção que terminou em 1975, com a chegada do primeiro caminhão carregado de algodão. O dia ele não esquece – três de março. “Sabe por que eu me lembro da data? É o dia – e o ano – em que nasceu meu filho mais velho”, revela Meyer, divertindo-se com a lembrança. “Era descarregar o primeiro caminhão ou levar minha esposa ao hospital. Ainda bem que tinha alguém para pegar o carro e ir até a maternidade.” Mas ninguém ficou chateado com a empresa; aliás, o filho, Alexandre Meyer, que nasceu com o primeiro descarregamento de algodão, trabalha na Döhler.

Registrado na Döhler em janeiro de 65, então com 13 anos, ele diz que é o mais antigo na empresa, fora os representantes da família. A mãe também fez carreira na empresa, trabalhando por 65 anos. Meyer cresceu no parque fabril, recebeu incentivo para estudar na Escola Técnica do Rio de Janeiro e, na volta, veio o convite: começar uma nova carreira, na em-

Após a fabricação do primeiro fio, em abril de 1975, a Comfio não parou mais de crescer. Naquele ano eram 905 toneladas de fios; atualmente, são nove milhões. O que começou com Meyer e com poucos colaboradores conta, em 2011, com mais de 500 funcionários. O que mudou durante esse tempo, além da estrutura? “A Comfio se adequou à Döhler, e a

Döhler ao mercado. Produtos novos pedem fios novos, e assim seguimos com mais de 200 tipos.” Um dos exemplos que Meyer dá é a viscose, que no início era pouco utilizada. “Não se imaginava que misturando a viscose com o chenille se chegaria a um tecido para decoração maleável e com toque aveludado, ou que a partir dela surgiria o fio flamê. E assim a gente continua pensando em soluções para facilitar a fabricação dos produtos.” A certeza de que contribuiu para o crescimento da empresa acompanha os seus quase 50 anos de trabalho. “Aqui, eu aprendo todos os dias e conhecimento é o que levaremos dessa vida. É ótimo pensar que ensinei, aprendi e trabalhei sempre com o mesmo afinco do início.”


1974

Fim de semana em Joinville para acompanhar a construção

1988

A Comfio opera com três linhas de produção de fios

o tear

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Especial 130 anos

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1974

Aos 13 anos, começa a trabalhar no setor produtivo

1991

A experiência no setor de vendas traz à tona a vontade de criar

Elisabeth Döhler e a busca por tendências

O desenvolvimento de produtos deu fim à era da reprodução de estampas e início ao conceito de marca

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“ Formas e cores. Estilo e conceito. Tudo é milimetricamente estudado antes dos produtos chegarem às prateleiras”


2008

O momento de montar a equipe que pensa cada detalhe do produto

A partir desses estudos, uma série de informações é reunida. A tarefa – difícil, mas prazerosa – é transformar dados em coleções. Na sua sala, Lisa, como é conhecida por todos, é rodeada de inspiração. A parede ao lado da mesa guarda inúmeras referências. São cores, texturas, fotos de editoriais... pode parecer um pouco caótico, mas tudo possui uma explicação precisa e didática, que ela concede, pacientemente, com os olhos brilhantes de quem ama o que faz. À frente, retalhos de tecidos, produtos prontos, mais e mais recortes. Nada parece fugir do olhar atento dela e de sua equipe. “Há situações em que eu não gosto de algum detalhe; em outras, é a vez de alguém da equipe ficar com a pulga atrás da orelha. Aí é hora de repensar. Mas quando chegamos a um consenso, tenho certeza de que é esse o produto certo”, conta. Lisa traz na memória uma época na qual moda era privilégio do setor de vestuário. Antes de chegar ao desenvolvimento, ela atuou como assistente no setor onde eram escolhidos os desenhos que estampariam as peças. “A criação era limitada. Era outro tempo, é claro, mas muito do que se via

no mercado era uma grande réplica.” Era certo que os produtos seriam vendidos, mas a empresa queria mais. A ideia era criar um estilo, um conceito Döhler para tudo que era criado na fábrica.” Assim, há 15 anos, vieram as artes próprias para os itens de mesa, banho e para as colchas. De lá até 2011, foram erros e acertos que desencadearam a necessidade de organizar um setor próprio. Anos antes, Elisabeth também circulou por outros corredores da empresa. A carreira começou cedo, aos 13 anos, na produção e confecção, e passou pelo setor de Vendas. São 37 anos de Döhler, mais da metade dos 50 de idade, dedicada à empresa da família. As experiências anteriores só aumentaram o desejo de criar. Atendendo por 12 anos um grande cliente, ela ganhou intimidade com o produto e com o ponto de venda. Juntando a isso um curso de Moda em andamento, chegamos à gerente de desenvolvimento de produtos. “Hoje, temos pessoas para pensar na cor, na estampa, no material, na composição das imagens publicitárias e, ainda, na exposição das peças no ponto de venda ou no estande das feiras”, explica. Entre a criação e a saída dos produtos para as lojas são 12 meses de estudos e de pesquisas de campo, no país e nos mercados internacionais. Como em um trabalho acadêmico, a equipe sai às ruas, ou melhor, às lojas para ouvir o que o consumidor e o lojista têm a dizer. Seja em Teresina, no Piauí; em Belo Horizonte, Minas Gerais; ou na cidade sede, Joinville. Nenhuma opinião é descartada. Juntas, elas encorpam o pensamento criativo de cada coleção. As ações de relacionamento que a empresa realiza há um ano são a

Cores e texturas dão o estilo às coleções

chance para o corpo a corpo com o consumidor final e com os consultores de venda. O Momento Döhler é um verdadeiro laboratório que mede a aceitação da marca e começa com uma visita aos clientes. “A gente vai às lojas e observa como os nossos produtos estão expostos, como o consultor de venda apresenta as nossas peças e como o consumidor se comporta”, explica Elisabeth. Se, em alguma cidade, há um item sem procura ou se a embalagem se perde no meio das prateleiras, é hora de rever a estratégia. Unindo essa aproximação ao olho no olho com os consumidores, a empresa chega à desejada trinca preço, qualidade e satisfação do cliente. Valor agregado é o que resulta desse processo e das certificações conquistadas pela Döhler no decorrer dos anos. A embalagem dos produtos diz muito da evolução produtiva contada por Elisabeth. ISOs, valorização do trabalho brasileiro, com tudo feito na empresa, sem importação de manufaturados. “Além disso, o nosso grande diferencial é a participação ativa do consumidor. Tem como não se orgulhar de tudo isso? Trabalhar com o que se gosta e ter colegas satisfeitos ao nosso redor torna mais simples até a difícil missão de criar soluções para a vida das pessoas”, revela Lisa, com um sorriso e um olhar de raio X nos novos produtos que acabam de chegar a sua sala.

Especial 130 anos

Colcha florida para o romantismo primaveril, cores quentes para celebrar o verão, tons neutros aos recatados, formas geométricas para reviver os anos 70. Um sentido para cada estampa, cor e material que formam os produtos da empresa é pesquisado pela equipe de desenvolvimento de produtos, comandada por Elisabeth Döhler. Há três anos, ela e seu grupo concentram esforços na caça de tendências, seja dentro do universo da moda ou pelo mundo, através do comportamento e dos hábitos de consumo das pessoas.

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Inclusão social em pauta

O futuro se encontra aqui

“Crescer e proporcionar crescimento à equipe interna ou a quem busca uma um novo caminho são os novos combustíveis da Döhler"

Os jovens aprendizes têm a oportunidade de aprender lições profissionais e de vida

Cleberson Franco e Daiane Damario atuam em setores bem diferentes da empresa, exercem funções também diversas, mas possuem em comum algo valioso. Os dois iniciaram a vida profissional na Döhler, através do Programa Menor Aprendiz. Eles e outros 40 jovens aproveitam a oportunidade para aprender funções administrativas, comerciais e técnicas, supervisionados por colaboradores da empresa. Além disso, ganham experiência, em um ambiente sadio e ético, e renda para ajudar a família e os planos para o futuro. No caso de Cleberson, as chances não acabam por aí. Aos 21 anos, foi efetivado na empresa, trabalha na Manu-

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tenção Elétrica, concluiu o curso de eletricista instalador e, com o auxílio da Döhler, fez o curso de Mecatrônica. “Tudo começou em 2006. Fiquei dois anos como Menor Aprendiz até ser efetivado. Hoje sou colaborador, já mudei de função e vejo muitas possibilidades aqui dentro”, conta o jovem, que já está há mais de três anos no quadro de colaboradores. De aprendiz a efetivo, muita coisa mudou, principalmente a sensação de responsabilidade. “Antes, eu fazia o que me pediam e era acompanhado pelos meus supervisores; hoje, tenho a obrigação de fazer o meu trabalho da melhor maneira, controlar os meus horários e buscar o meu crescimento profissional”.

Daiane Damario também corre atrás de crescimento. Aos 17 anos, está há poucos meses na direção comercial da empresa, mas já sente muita diferença na sua postura. A timidez some a cada telefonema, e a escrita também melhora. Na Döhler, ela consegue colocar em prática os ensinamentos do seu curso de Serviços Administrativos e, com o apoio de sua supervisora, devora os livros da biblioteca da empresa. “Estou muito feliz por iniciar minha carreira profissional em uma empresa do porte da Döhler. Essa oportunidade me incentivou ainda mais e pretendo prestar vestibular neste mês”, revela a nossa jovem aprendiz.


Qualidade de vida, dentro e fora da fábrica, inclusive para as futuras mamães

O equilíbrio entre corpo e mente proporcionado pela dança é o que deseja a empresa aos seus colaboradores. Para isso, tem início o Programa Döhler de Qualidade de Vida que inclui uma série de iniciativas de promoção de saúde e bem-estar, entre elas, convênios com academias, cuidados para as futuras mamães, alimentação balanceada no refeitório da fábrica. Assim, por onde passa, a Döhler busca imprimir seus conceitos sociais. Pode ser com a simplicidade de um ponto de bordado ensinado pelo Momento Döhler, com o alerta de uma palestra sobre saúde (no seu mais amplo sentido), ou com a valiosa chance de aprender um ofício.

Especial 130 anos

O melhor passo, no Festival e na vida, é ensaiado por eles e incentivado pela empresa

Da empresa para os palcos, mais de uma centena de jovens, entre 12 e 18 anos, ensaiam os passos para um futuro cheio de ritmo. Participantes do Programa Dançando para o Futuro, criado pela Döhler há três anos, eles são patrocinados pela empresa. Dois grupos de dança da região recebem esse apoio – Escola Estadual Pedro Ivo Campos e Academia de Dança Corpo Livre. Equipes vitoriosas que já conquistaram as primeiras colocações no maior festival de dança do mundo, o Festival de Dança de Joinville. Mais do que acertar o melhor passo, esses jovens têm o acesso à arte e à cultura, desenvolvendo valores e um comportamento importante para a vivência em equipe. Junte a isso o friozinho na barriga antes de cada apresentação ao grande público e a sensação de se superar e chegamos a um projeto social que apoia, acima de tudo, sonhos.

Através do artesanato, aproximação com consumidor, lojista e ação social

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A palavra é relacionamento

Estar onde você está Maquinário moderno, produção a todo vapor, cuidado com o meio ambiente e com os que fazem parte de nossa equipe. Quando tudo parece em ordem, chega um novo desafio: estar perto, olho no olho daqueles que compram os nossos produtos, seja o lojista, nosso cliente, ou o consumidor. O último ano foi de relacionamento. Os próximos não fugirão dele. A reinvenção do jeito de conhecer o mercado e as pessoas que vivem nele entra, sem data para ir embora, na nossa pauta de prioridades. Nos últimos anos, buscamos todas as definições possíveis para essa palavra que tanto encanta até chegarmos ao modelo que queríamos. Um estilo Döhler de se relacionar com quem é a razão para existirmos. Isso não é um exa-

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gero ou um discurso piegas, afinal, ninguém sobrevive, nos dias de hoje, fabricando às cegas, reproduzindo – ou simplesmente importando – o que já está no mercado. Para entrar e permanecer na intimidade do consumidor atual, é preciso ir além. Olhar para ele, ouvi-lo, sentir as suas necessidades. Oferecer um algo mais, um produto sustentável, uma solução prática para o dia a dia, um sentimento, aquela sensação gostosa de fazer parte. Nessa vontade de estar perto, a Döhler embarcou em uma série de viagens pelo país. De norte a sul levamos o Momento Döhler, uma ação de relacionamento que mistura aulas de artesanato, bate-papo entre nossa equipe e a comunidade local, cantoria, dança, sorteios; enfim, alegria, muita alegria. Já são tantos destinos desde 2010, tantas pessoas atingidas, entre consumidores, proprietários de lojas do setor e consultores de vendas. Para estes dois últimos, o bate-papo recebe outro nome: capacitação. As pessoas ganharam, então, rosto, jeito, preferências. Conhecê-las é o mais novo combustível da nossa empresa.


Na rede das oportunidades

Pioneirismo? Não, longe disso. Muitos já haviam caído nas graças – e nos braços – das mídias sociais e de seu linguajar tão peculiar. Modismo? Digamos que foi uma mistura de curiosidade e de obrigação. A de seguir a tendência e de acompanhar a evolução. Mas é claro que diferenciar era preciso. Meio acanhados, como crianças na escola nova, a Döhler entrou na rede, e um blog não poderia faltar. Porém, o mediador entre empresa e consumidor é um tanto diferente. E não é que, após um ano, Denise da Silva, a Dedê, não para de fazer novos amigos? A personagem da Döhler, que de tão parecida com as brasileiras, fica mais real a cada dia, compartilha sonhos, gostos e desventuras de um jeito bem peculiar.

Para acompanhar a personagem, vieram os perfis no Twitter e na rede de relacionamentos que domina o mundo – o Facebook –, além de páginas para fotos e vídeos. A assustadora e maravilhosa oportunidade de falar com quem é conhecido, mas também com quem é completamente estranho à empresa, deu aquele gostinho de novo. Arriscar, ousar, tudo com metas e planos; afinal, é a Döhler se mostrando ao mundo. O grande – e constante – aprendizado de se comunicar na internet é fascinante. Tudo muda o tempo todo, tudo é comentado, replicado, elogiado e criticado a toda hora. Eis que, após um ano, os comentários positivos não param de encher a timeline das mídias sociais. O nome Döhler e as suas soluções estão aí, para todo mundo ver, gostar e opinar. É a inclusão digital a favor de um processo produtivo no qual o consumidor ocupa um lugar ativo. Saber como se comunicar e como utilizar o maravilhoso banco de ideias que essas redes proporcionam é o desafio. Um ano ainda é pouco para medir o impacto da plataforma digital; no entanto, perceber que a interação cresce diariamente dá a certeza de que a Döhler já anda livremente, com as próprias pernas.

Especial 130 anos

Não perder o bonde da história. Mudar o caminho. Incluir novas direções. As ferramentas de aproximação com o público foram pensadas e repensadas até a empresa ter a certeza de que, dessa maneira, estaria presente, viva, na rotina dos seus consumidores. Assim, além do Momento Döhler, teve início, também, a plataforma digital.

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O novo em imagens

Desembarque “Grandes trabalhos não necessitam de grande força, mas de perseverança" A frase da filósofa russa Helena Blavatsky define a nossa trajetória. O caminho foi longo, com pedregulhos e jardins floridos. Terrenos planos e íngremes, curvas sinuosas. Percorrido por causa de um sonho, no entanto, ninguém se apercebeu de ventos contrários. Só guardou motivos para perseverar. Um diário, imagens já amareladas e lembranças reconstroem um pouco da nossa história nessas páginas. O desejo de transformar a pequena produção de tecidos em uma grande indústria têxtil perdura por mais de um século, entre quem leva a Döhler no nome e quem, trabalhando com afinco há tantos anos, virou parte da família. A emoção de redescobrir um momento importante ou de reviver um sentimento de épocas passadas incentiva os que hoje estão por aqui. No nosso baú de memórias encontramos a ousadia, na medida e no momento certos, a experiência nos períodos de crise e o comprometimento com os valores da empresa, sempre. Tudo isso não poderia nos levar para outro lugar, senão o de uma das principais indústrias brasileiras do setor.

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Pela direção que escolhemos para o futuro, o caminho ainda não é só de flores. Os desafios também se transformam, tal qual os fardos de matéria-prima nas máquinas de fiar. As prioridades mudam, assim como a tecnologia das nossas máquinas, e os sonhos se renovam para serem sonhados, ineditamente, e virarem novos combustíveis para a empresa e para os seus colaboradores. Os 130 anos chegaram, os 131 já se encaminham... é o tempo passando tão rápido quanto os fios pela conicaleira. O que fica das horas que se perdem nos ponteiros do relógio é a nossa marca e os seus significados. Superação, inovação, união e ética são os conceitos que nos mantêm firmes, não importa o ano. Eles são eternos, como tudo que traz a evolução. Uma trajetória feita de tão boas lembranças merece ser compartilhada com quem a valoriza. Obrigado pela parceria. Döhler S/A


Especial 130 anos

no futuro

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