A Tipografia

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1 – A Mecânica da Tipografia

 As letras do alfabeto são formadas por combinações complexas de linhas direitas e curvas que lhes dão o seu caracter individual.

 Todas as letras possuem pontos de referência comuns imaginários no seu aspeto físico, independentemente do desing do tipo de letra, estilo ou corpo.


1 – A Mecânica da Tipografia

 Estes pontos imaginários são linhas de base (a linha onde assentam todas as letras), a altura-x (a altura das letras de caixa baixa), a linha de hastes ascendentes (a extensão dos traços ascendentes verticais das letras de caixa baixa) e alinha de hastes descendentes

(a extensão dos traços descendentes das letras de caixa baixa).  Os termos utilizados para identificar as diferentes partes e estruturas das formas de

letras inerentes a este enquadramento imaginário, ajudam a assegurar um reconhecimento e referenciação perfeitos (ver diagrama da página anterior).  Alguns caracteres têm pormenores únicos, por exemplo, a cauda do “Q”, que melhoram a forma como as letras são reconhecidas e definem características que as qualificam.


1 – A Mecânica da Tipografia

 Apesar de existir uma considerável individualidade inerente aos diferentes caracteres de um tipo de letra, os tipos são desenhados para formar um todo coerente e para criar uma composição global.  A análise do aspeto físico do tipo ajuda o designer a identificar os pontos a ter em conta e, assim, facilita a escolha do tipo de letra para os diferentes objetivos.  Apesar de o corpo de letra ser descrito através de sistema comum, dependendo do tamanho utilizado, por exemplo 10 pt, pode parecer diferente, isto acontece devido às proporções relativas aos caracteres.


2 – Trabalhar com Tipos de Letra

 O design dos tipos de letra evoluiu juntamente com a tecnologia de impressão mas, dada a flexibilidade da tecnologia digital, o design atual dos tipos tem poucas limitações. Novas formas de letra, radicalmente diferentes, desafiando muitas vezes as convenções tipográficas.  A flexibilidade digital permitiu o novo conceito da fonte Multiple Masters, em que o utilizador pode manipular uma família de tipos de fontes de muitas formas diferentes, através do controlo de vários softwares ou de propriedades como a largura, valor e escala ótica, sem distorcer as mesmas e atribuindo-lhes aspetos diferentes.  Do enorme leque de tipos de letra existentes, muitas pertencem aos seguintes grupos: com serifas, sem serifas, de hieróglifo, script, blackletter ou contemporânea


2 – Trabalhar com Tipos de Letra

 Os designs mais recentes seguem as suas próprias regras e não se enquadram facilmente nos grupos anteriormente referidos. Os termos utilizados descrevem o carácter global derivado das características- base, tais como se as letras possuem serifas ou não, contraste entre traços finos e largos, ângulos de pressão ou eixo das letras.  Estas características combinam-se para dar a um tipo de letra o seu carácter único, associado posteriormente à cor tipográfica e ritmo. Experimentar diferentes tipos de texto é sempre útil na avaliação da mancha e ritmo tipográfico num determinado contexto.  É errado considerar o tipo como um meio gráfico limitado, pois pode ser igualmente bem utilizado, com todo o direito, como “imagem”.


2 – Trabalhar com Tipos de Letra

Designs recentes e inovadores de tipos de letras, normalmente produzidos

digitalmente,

que

seguem as suas próprias regras e não se enquadram facilmente nas famílias tipográfico standard.


2 – Trabalhar com Tipos de Letra

 Num contexto em que as imagens pictóricas são inapropriadas ou não existem, um cabeçalho, uma palavra isolada ou uma forma de letra pode ser inovadoramente utilizada como ponto gráfico focal, para criar interesse, evocar sensações ou definir o ambiente para o resto do esquema de design. Uma onomatopeia visual, em que o tipo é criado para sugerir visualmente significado pode abrir caminho para a transmissão da mensagem.


3 – Selecionar um Tipo de Letra

 Os tipos de letra são vozes de palavras e determinam o tom visual do texto. O sucesso da comunicação tipográfica depende tanto da escolha do tipo de letra como da utilização do espaço e do layout.  Selecionar um tipo de letra em detrimento de outro é uma questão de avaliação visual, adequação ao objetivo e estilo. Um tipo de letra pode ser escolhido especificamente para refletir ou contrastar com o contexto, mas não deve existir conflito entre os mesmos, para que a mensagem seja transmitida da melhor forma e exista harmonia.  O tipo de letra é utilizado par informar, entreter, instruir, direcionar ou envolver de alguma forma o leitor. Cada um destes contextos irá implicar um nível de concentração e ritmo de leitura diferentes realçando a importância na escolha da tipografia.


3 – Selecionar um Tipo de Letra

 Por exemplo, seria inapropriado compor um texto instrutivo num tipo de letra pequeno, pouco espaçado e a negrito: a dificuldade de leitura e compreensão seria refletida na atitude do leitor perante a tarefa.  Pensa-se, normalmente, que os tipos de letra com serifas, ao invés de sem serifas, são mais fáceis para o olhar e menos cansativos de ler ao longo de um texto contínuo e longo, mas não existe uma regra definida. No entanto, vale apena refletir que a maioria dos romances não são compostos numa fonte sem serifas.  As fontes decorativas são especificamente desenhadas para a utilização com apenas algumas palavras, não são normalmente, adequadas para texto contínuo.


3 – Selecionar um Tipo de Letra

 Um tipo de letra é tanto mais eficiente que outro se permitir apresentar o mesmo texto numa área menor. Verdana Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat. Ut wisi enim ad minim veniam, quis nostrud exerci tation ullamcorper suscipit lobortis nisl ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis autem vel eum iriure dolor in hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat, vel illum dolore eu feugiat nulla facilisis at vero eros et accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril delenit augue duis dolore te feugait nulla facilisi. Nam liber tempor cum soluta nobis eleifend option congue nihil imperdiet doming id quod mazim placerat facer possim assum. Typi non habent claritatem insitam; est usus legentis in iis qui facit eorum claritatem. Investigationes demonstraverunt lectores legere me lius quod ii legunt saepius. Claritas est etiam processus dynamicus, qui sequitur mutationem consuetudium lectorum. Mirum est notare quam littera gothica, quam nunc putamus parum claram, anteposuerit litterarum formas humanitatis per seacula quarta decima et quinta decima. Eodem modo typi, qui nunc nobis videntur parum clari, fiant sollemnes in futurum.

Menos eficiente

Mais eficiente


3 – Selecionar um Tipo de Letra


4 – Tipos para Visualização no Ecrã

 O texto para visualização em monitor deve ser composto em tamanhos maiores do que para impressão, pois as letras pequenas não podem ser formadas na perfeição com o número restrito de pixels no ecrã, tornando-se de difícil leitura.  Também os tipos de letra com serifas finas não se adequam à visualização em ecrã – os pormenores finos são perdidos. Porém, algumas empresas de tipos, em especial a Agfa Monotype, produzem fontes chamadas ESQ (Enhanced Screen Quality) que têm vindo a ser melhoradas para a visualização em ecrã.  A cor, quer do fundo ou do tipo, necessita de uma análise extra, pois os monitores podem ser muito brilhantes e hostis ao olho. Fundos a cores ou escuros podem ajudar a aliviar a auréola de luz do monitor.


5 – Espaçamento do Tipo

 O tipo de letra é espaçado quer na horizontal quer na vertical. O espaçamento vertical é denominado por “entrelinha”, aumentar a entrelinha pode, por vezes, ajudar a melhorar a leitura. Horizontalmente o tipo é espaçado em proporção a cada caracter, utilizando unidades de medida mínimas.  O espaço pode ser adicionado ou subtraído entre um leque de caracteres (por exemplo ao longo de várias palavras ou linhas) através do traking. O espaço entre palavras também pode ser ajustado de forma semelhante. O espaço entre pares individuais de letras pode ser alterado com o kerning (aumentando ou diminuindo) para que se ajustem mais facilmente umas às outras.


6 – Direitos de Fontes

 As fontes estão protegidas pela lei de direitos. Quando “compra” uma fonte, é de facto normalmente a licença de utilização que adquire.  As licenças típicas de um utilizador único permitem que seja instalada uma cópia num computador. Pode utilizar a fonte para imprimir diretamente para qualquer instrumento de saída (impressora), pois as fontes são carregadas apenas temporariamente durante o processo.  Os tipos utilizados nas páginas Web irão apenas ser otimamente visualizadas se a pessoa que visualiza a página tiver a fonte necessária instalada no seu sistema. Porém, as regras de direitos impedem que as fontes sejam fornecidas ou disponibilizadas com as páginas.


7 – Características Tipográficas para Crianças

 Algumas características tipográficas auxiliam o processo de leitura das crianças e tornam o mesmo mais fácil, aumentando assim, a capacidade de aprendizagem. A legibilidade dos textos infantis é um fator muito importante.  Legibilidade: refere-se à facilidade de identificação correta de um grupo de caracteres por parte do leitor. Depende também do espaço existente entre as letras e à sua volta, conhecido com entreletras (imagem 1) e entrelinhas (imagem 2).

(1)

(2)


7 – Características Tipográficas para Crianças

 Quando se fala em crianças a tipografia deve apresentar características mais especificas como a utilização de uma linguagem simples. Os espaçamentos devem ser maiores, tal como as fontes tipográficas utilizadas e só se deve justificar um texto se for absolutamente necessário.

 Relativamente ao público infantil, deve-se ter mais cuidado nas escolhas em relação ao uso da tipografia, pois as crianças apresentam necessidades muito específicas, como por exemplo, inicialmente dependem da leitura letra a letra e necessitam de um espaçamento muito consistente.


8 – Caracteres Infantis

 Em relação à tipografia voltada para crianças, é importante ressaltar que existem caracteres especiais criados para melhorar a legibilidade dos textos infantis e são chamados de “Caracteres Infantis”.

 Estes caracteres são mais fáceis de ler e apresentam uma maior legibilidade e apresentam uma grande diferença em relação os caracteres utilizados para adultos e podem causar confusão nas crianças.


9 – Estilo Caligráfico

 Um dos aspetos mais discutidos em relação à escolha tipográfica para crianças é sobre as letras remeterem para as formas caligráficas. Muitos estudiosos afirmam que as crianças apresentam maior facilidade de leitura quando a tipografia se assemelha à forma de escrever.

 No entanto dizem que o mais importante deste tipo de tipografia é o Exist Strokes que conduzem ao agrupamento espontâneo das letras e constroem um adequado espaço entre as letras.


10 – Linguagem Utilizada com Crianças

 A escola é o local formal, social e culturalmente destinado ao desenvolvimento de todas as dimensões da criança, seja em âmbito intelectual, social, afetivo e emocional, pois a ação educativa das crianças.  Por isso, deve ter-se muita atenção não só aos aspetos que foram anteriormente abordados mas também à forma como se estabelece a comunicação, tanto verbal como escrita. Verbalmente a linguagem deve ser refletida porque a criança aprender também a ouvir e deve utilizar-se termos adequados à fase de aprendizagem e a escrita deve ser simples, de tamanho bem legível, com espaçamento, sem duplos sentidos ou expressões confusas ou demasiados complexas e deve ser, sobretudo, instrutiva.


Referências Bibliográficas

Gordon, Bob; Gordon, Maggie (2003). O Guia Completo do Design Gráfico Digital. 1ª Edição, China: Livros e Livros.


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