Design Para Multimedia e Para Web

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1 – Design para Multimédia

 Multimédia é um termo de significado amplo que abrange qualquer meio de comunicação que combine o uso de som, grafismos, imagens em movimento, vídeo e animação. Geralmente envolve alguma forma de interatividade que o distingue das produções de vídeos simples.  A forma mais visível da multimédia são os grafismos para televisão (anúncios, trailers, sequências de títulos e grafismos meteorológicos) produzidos com tecnologia digital. Dado que a televisão cobre muitas áreas de informação e fornece ao designer gráfico digital, numa vasta gama de oportunidades criativas e dada a sua natureza transitória torna-se propicia à experimentação e a inovação.


1 – Design para Multimédia

 O design floresceu também na área dos ecrãs informáticos e dos quiosques que se podem encontrar em vários espaços públicos. Ao contrário dos seus parceiros impressos, os quiosques de informação podem e podem conter grande quantidade de informação. Animações e imagens em movimento aumentam o seu interesse e entretêm o utilizador.  Vivemos num ambiente em que os nossos sentidos são bombardeados com sons, palavras e imagens. Designers, artistas e criadores são responsáveis pelas muitas formas de animação e entretenimentos que experimentamos. Os designers deverão redefinir os seus padrões de trabalho constantemente, de modo a manterem-se a par dos novos desenvolvimentos, técnicas e aplicações.


1 – Design para Multimédia

 Os designers multimédia podem ser músicos, artistas de qualidade, criadores de filmes ou de vídeos, escritores ou editores. No entanto, os designers gráficos digitais podem facilmente chegar á conclusão de que, utilizando a sua linguagem visual em conjunto com a sua experiência em manipulação de palavras e imagens, esta lhes fornecerá uma excelente base para executar os trabalhos multimédia.


2 – Design para Multimédia e para Web - Diferenças

 Muita da tecnologia utilizada para criar projetos multimédia é semelhante à utilizada para criar páginas Web, mas existe uma diferença determinante, o trabalho multimédia não é limitado pelas restrições da internet.  Ao contrário da internet, em que o importante tempo de transferência se baseia na imprescindível velocidade do modem, a multimédia, seja um CD-ROM ou um touchscreen instalado num museu, baseia-se na capacidade de processamento do próprio computador. As vantagens são claras.  Primeiro os utilizadores vêm a reprodução no ecrã em “tempo real” e, em segundo lugar ficheiros de tamanho muito maior são aceitáveis pelo que uma maior gama e qualidade de conteúdos e meios se encontram disponíveis.


2 – Design para Multimédia e para Web - Diferenças

 O benefício imediato está na utilização de vídeo e de som, sendo ambos grandes devoradores de memória e de espaço no disco. Um DVD pode reproduzir som stereo e surround e vídeo de elevada qualidade não comprimidos, o que seria impossível transferir na Web.  A utilização de animações de ecrã completo, maior gama de fontes e conteúdos gráficos complexos, constituem todos, escolhas adicionais para o designer multimédia.


3 – O que é a Reprodução em “ Tempo Real” ?

 A reprodução em tempo real deveria ser definida como: a velocidade a que os dados podem ser lidos do CD-ROM ou diretamente do disco rígido do computador, dependendo do poder de processamento da arquitetura interna da máquina e da velocidade do leitor de CD/DVD.  Máquinas de topo de gama utilizam discos rígidos muito rápidos e grandes quantidades de RAM (processamento imediato) para produzir multimédia em ecrãs de forma fluida.  Máquinas de gama baixa oferecem capacidades mais reduzidas. Existem sempre um atraso na transferência da informação contida num disco compacto. A reprodução de vídeo a partir de um CD é normalmente configurada a 12 frames por segundo, em oposição ao ritmo muito elevado dos reprodutores de vídeo.


3 – O que é a Reprodução em “ Tempo Real” ?

 Isto deve-se à incapacidade da drive CD-ROM em ler as frames com rapidez suficiente para apresentar uma imagem fluida e daí a característica do movimento saltitante.  Este facto constitui um dilema para o designer multimédia, apesar da velocidade das drives CD-ROM estar a melhorar. Os conteúdos otimizados para as mais recentes drives CD-ROM não irão funcionar apropriadamente nas máquinas com drives mais antigas e mais lentas.  Isto não é diferente das questões apresentadas aos web designers, relativamente à versão do browser e a sua compatibilidade. No entanto, os constantes avanços da capacidade de processamento dos computadores oferecem uma maior amplitude de escolha para os responsáveis pelo desenvolvimento multimédia, tanto profissionais como amadores.


4 – O Utilizador

 O local onde o trabalho multimédia vai ser exibido, irá determinar a qualidade e o tamanho do produto. Uma instalação dedicada e construída especialmente para o produto, como a instalação de um museu, irá fornecer uma oportunidade para a qualidade máxima, enquanto um CD-ROM de consumo deverá ser contruído para funcionar nos computadores pessoais.  A multimédia é vulgarmente exibida numa rede interna, utilizando um potente computador central que envia o conteúdo para máquinas-satélite mais reduzidas. Isto é mais eficiente que utilizar a internet e é muitas vezes utilizado em pontos de informação, em superfícies comerciais, entre outros.


4 – O Utilizador

 Os produtos multimédia oferecem uma gama de conteúdos mais vasta, rica e alargada que os produtos Web, os quais pela sua própria natureza estão presos às limitações próprias da internet.


5 – O Processo de Design

 O processo criativo de design para multimédia é por definição diversificado e o designer terá de desempenhar muitas tarefas. Muitos dos protótipos multimédia são complexos e integram som, imagem em movimento, vídeo e conteúdos gráficos que constituem um desafio formidável.  Os modelos multimédia são não-lineares, ou seja, apresentam uma interface ao utilizador composta de muitas opções, escolhas e caminhos a seguir. Uma estrutura de navegação corretamente delineada irá melhorar significativamente a satisfação e a acessibilidade da aplicação criada. Criar boas estruturas de navegação é uma arte por sí só e não deve ser subestimada.


5.1 – Elevadas Expectativas

 As espectativas de um cliente podem ser um problema para o designer. A natureza da multimédia permite um conteúdo rico e variado, mas o tempo de preparação deste conteúdo pode ser significativo.

Como pode um designer esclarecer um cliente de modo correto, salientando as potenciais limitações e defeitos do meio?  Clientes que não possuem conhecimento no âmbito do meio, vulgarmente irão julgar que facilmente terão um produto perfeito rapidamente e a baixo custo. Uma solução é a presentar uma gama de produtos diferentes em que cada um se localize nas diferentes escalas do produto, em primeiro lugar os conteúdos gráficos, estruturas de navegação e métodos de produção necessários para complementar o trabalho a um nível satisfatório para um orçamento pequeno.


5.1 – Elevadas Expectativas

 Apresentar também um menu de opções adicionais, tal como vídeos, animações e som, o cliente deve mediante apresentação destes produtos equilibrar as suas espectativas com o orçamento proposto no projeto.  Se um designer fizer parte de uma grande organização com acesso a muitos recursos técnicos, muitos destes assuntos resolvem-se facilmente. O cliente “interno” poderá estar a par das possibilidades e limitações disponíveis desde o início.  Para um designer freelancer esta tarefa será um maior desafio, pois todos os recursos dependerão exclusivamente dele. Esta é a razão porque muitos designers multimédia criam listas de contactos de programadores, editores de vídeo e técnicos de som a quem irão recorrer. Este aspeto por si só encoraja uma abordagem interdependente ao processo de design multimédia.



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