SCREEN Ocupa Art Palacio com Hans Op de Beek

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HANS OP DE BEECK Staging Silence2 OCUPA ART PALACIO - CENTRO / SP - NOV. 2013


Céditos da Ocupação SCREEN - Art Palacio: SCREEN Festival

Realização:

Direção Brasil: Demétrio Portugal; Alvaro Uña Resa Direção / Produção Barcelona: Emílio Alvarez; Carlos Duran; Isa Casanellas; Pedro Torres Estúdio Madalena (empresa co-realizadora 2013): Direção: Iatã Cannabrava, Claudi Carreras Gestão Administrativa: Marcela Jones, Silvia R. Teixeira da Rosa, Irene Paris Hollanda.

Apoio Institucional:

Equipe Executiva SCREEN 2013: Produção Geral: Miguel Arbó Cenografia: Nani Brisque; Pushkhy Ação Educativa: Jonaya de Castro Assistência de Direção: Felipe Brait Consultores: Engenheiro Civil - Alvará: David Berg Engenheiro Elétrico: Carlos Edgard Fumo Corpo de Bombeiros: Claudio Aparecido

Apoio: SMC - Secretaria Municipal de Cultural - SP Executivo: Juca Ferreira, Alfredo Manevy Rodrigo Savazoni, Renato Nery, Departamento de Coordenação Audiovisual da SMC Grupo Técnico da SMC: Arquiteto: Marcos Cartum Engenheira: Olga Desenho técnico: Leon Yajima Agradecimentos: Ron Mandos, Cristina Aguilar, Josep Maria Boades, Carlos Cuadros, Josevan M Santos, Batman Zavareze, Massimo Canevacci, Tony Cerbain, Claudia Moraes, Luis Felipe de Miranda, Ariel Bustamante, e tantos outros.

Colaboração:

Co-realização:


APRESENTAÇÃO //

SCREEN FESTIVAL ea OCUPAÇÃO ART PALACIO com HANS OP DE BEEK

São Paulo é a primeira cidade do Eixo Sul a receber o SCREEN, um festival que atua a onze anos em diversas cidades do hemisfério norte abordando a questão do novo no audiovisual e como ele reconstrói e compõe a cidade nas suas multiplas dimensões de imagem. No ano de 2013 o festival realiza uma série de inserções no circuito nacional (São Paulo, Rio de Janeiro, Paraty e etc) com o objetivo de estabelecer relações de permeabilidade e, assim, preparar o seu lançamento oficial em 2014. Hans Op de Beeck é nossa grande atração deste ano e o Art Palácio representa a nós um desafio digno da complexidade da cidade de São Paulo / Brasil, pois sua realização demanda o envolvimento com a cena de criação local, relações culturais internacionais, resignificação de espaços da cidade, criação de plataformas para produção mais limpa na cultura e muito mais. A audácia dessa ação e o comprometimento de todos os que participam na criação deste projeto são coisas que ficarão marcadas no carater edição brasileira do SCREEN Festival para sempre. Agradecemos a todos pela oportunidade de compartilhar esta experiência.

SUMÁRIO: Hans Op de Beeck - o artista _ pg. 3 Staging Silence 2 - a obra _ pg. 4 Art Palacio - o espço _ pg. 7 Cenografia da Ocupação _ pg. 11 Peças Gráficas Desenvolvidas_ pg. 16 Mapa de atuação do SCREEN_ pg. 21


ALGUMAS EXPOSIÇÒES REALIZADAS:

Hans Op de Beeck Galleria Continua, Beijing (CN) (October - November 2013)

Hans Op de Beeck: Extensions Museum Het Domein, Sittard (NL) (January-April 2011)

Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity FRAC Paca, Marseille (FR) (September - December 2013)

Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity argos, Brussels (BE) (January-April 2011)

Hans Op de Beeck: Parade de Warande, Turnhout (BE) (January - April 2013)

Hans Op de Beeck: Staging Silence Smithsonian’s Hirshhorn Museum and Sculpture Garden (Washington, US) (December 2010 – March 2011)

Hans Op de Beeck: Visual Fictions Kunstverein Hannover, Hannover (DE) (September - November 2012) Hans Op de Beeck: Video Works Butler Gallery, Kilkenny (IE) (August - October 2012) Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity Dirimart Garibaldi, Istanbul (TR) (May 2012) Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity The National Museum of Contemporary Art, Bucharest (RO) (March-May 2012) Hans Op de Beeck: Staging Silence Gemeentemuseum Den Haag, The Hague (NL) (March-June 2012) Hans Op de Beeck: Small Constructions Galerie Krinzinger, Vienna (AU) (March-April 2012) Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity Centro de Arte, Burgos (ES) (September 2011 – January 2012) Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity Art Unlimited – Art 42 Basel, Basel (CH) (June 2011) Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity & Staging Views Kunstmuseum Thun, Thun (CH) (June-September 2011)

Hans Op de Beeck: Sea of Tranquillity Le Grand Café - Centre d’Art Contemporain (SaintNazaire, FR) (October-December 2010) Hans Op de Beeck: Rooms Quai n°1 (within the framework of the biennial festival IMAGES) (Vevey, CH) (September 2010) Hans Op de Beeck: Silent Movie Marianne Boesky Gallery (New York, USA) (May-June 2010) Hans Op de Beeck: Works on Paper & Video Xavier Hufkens (Brussels, BE) (March-April 2010) Hans Op de Beeck: Staging Silence The Armory Show (Ron Mandos) (New York, USA) (March 2010) Hans Op de Beeck: 5 Sculptures ArtBankingClub (Moscow, RU) (November-December 2009) Hans Op de Beeck: Circumstances Gallery Vartai (Vilnius, LT) (November-December 2009) Hans Op de Beeck: Staging Silence Baukunst Galerie (Cologne, DE) (Within the framework of the KunstFilmBiennale) (October-November 2009)

Hans Op de Beeck: Staging Silence CC Strombeek (Grimbergen, BE) (September 2009) Hans Op de Beeck: Location (6) -300 m2 sculptural installationArt Unlimited, Art Basel 40 (Basel, Switzerland) (June 2009) Hans Op de Beeck: In Silent Conversation with Correggio Galleria Borghese (Rome, Italy) (May-October 2009) Hans Op de Beeck: The Room Series Art Amsterdam (Ron Mandos) (Amsterdam, The Netherlands) (May 2009) Hans Op de Beeck: Paradigms Solo presentation as part of the project curated by_ vienna 09 , Galerie Krinzinger (Vienna, Austria) (May-June 2009) Hans Op de Beeck: Staging Silence Galleria Continua (Beijing, China) (January-March 2009) Hans Op de Beeck: Celebration Galleria Continua (San Gimignano, Italy) (November 2008 - January 2009) Hans Op de Beeck: Extensions (part 2) ShContemporary (Galerie Krinzinger) (Shanghai, China) (September 2008) Hans Op de Beeck: Location (6) Westergasfabriek (Holland Festival) (Amsterdam, The Netherlands) (May-June 2008) Hans Op de Beeck: Circumstances Rogaland Museum of Fine Arts (Stavanger, Norway) (February-April 2008)


HANS OP DE BEECK o artista

Op de Beeck vive e trabalha em Bruxelas, é de lá que saem as obras que participam do circuito internacional de arte ao longo de mais de dez anos de carreira. Sua produção é composta por esculturas, instalações, obras de vídeo, fotografia, animação, desenhos, pinturas e escrita (contos). Em seu trabalho, é a busca em materializar uma idéia que acaba por definir a técnica usada para finalizar cada uma das peças. Assim, a escala de suas obras pode variar desde o tamanho de uma pequena aquarela até uma grande instalação tridimensional de 300m2. Sua temática aborda muito as relações entre o tempo, o espaço e também entre nós mesmos. Op de Beeck tem na suas narrativas um espectador inexistente porém as situaçõe, lugares, momentos e personagens construídos parecem familiar a todos. Seus principais assuntos são o desaparecimento das distâncias, o esvaziamento do sujeito e a abstração do tempo, resultados do processo de globalização - mudanças em nosso dia-adia trazidos pela evolução nos meios de comunicação , automação e tecnologia. Ás vezes, Hans Op de Beeck, chama suas obras de “propostas” já que seu trabalho é alimentado por um grande interesse na reflexão social e cultural. O artista também questiona a difícil relação entre realidade e representação, entre o que vemos e o que queremos acreditar, entre o que é e o que criamos para nós mesmos, a fim de facilitar a convivência com as sensação contemporânea de insignificância e falta de identidade.


STAGING SILENCE 2 a obra

Staging Silence 2 (Encenando o Silêncio 2) é uma obra que trata de lugares abstratos ou arquetípicos da memória do artista, como um denominador comum dos vários ambientes e locais públicos com os quais ele teve contato. As próprias imagens do vídeo são ao mesmo tempo patéticas e sublimes, assim como a mistura eclética de lembranças em nossas mentes. A decisão de filmar em preto e branco reforça essa ambigüidade: a abordagem teatral do vídeo evoca o legado cômico, bem como o suspense insidioso e os descaminhos latentes de um filme noir. O título refere-se à encenação de tais adornos inertes onde, na ausência de pessoas, o espectador pode projetar-se como um protagonista solitário. Imagens da memória são misturas desmedidas entre informações concretas e a fantasia e, neste filme, materializando-se diante dos olhos do espectador através de manipulações anônimas. Braços e mãos aparecem e desaparecem de forma aleatória, posicionando objetos banais, maquetes e luzes artficiais de locações alienantes e, mesmo assim, reconhecíveis. Esses lugares são nada mais do que cenários em construção de possíveis histórias para instigar o espectador enquanto o filme é acompanhado por uma trilha que composta especialmente pelo compositormúsico Scanner (UK).


sua idade ou trajetória. a todos, independente da “Uma obra que hipnotiza , a imaginação Além de bela, Staging Silelence 2 dialoga com a fantasia história imaginada. do espaço, de uma cidade ou de uma e o poder da criação - a transformação

Palácio, seu entorno, seus filmes e com o poder transformador da arte.” Uma construção que parece ter uma relação íntima com a história do UFA

STAGING SILENCE 2 ano: 2013 / tempo: 20’ 25’’ Full HD video transferred to Blu-ray disc; black and white, sound

Cortesia do artista e da Galleria Continua, San Gimignano / Beijing / Le Moulin; Krinzinger Galerie, Viena, Marianne Boesky Gallery, New York; Galerie Ron Mandos, Rotterdam / Amsterdam.



HISTÓRICO: Construído pela alemã Universum Film AG o prédio foi Inaugurado oficialmente com o nome de UFA Palácio em 13 de novembro de 1936.

ART PALACIO

o espaço

Com projeto do brasileiro Rino Levi, a sala de 3 mil lugares tornou-se um marco arquitetônico do gênero na refinada Avenida São João dos anos 30 e 40 - região que veio a ser chamada de Cinelância Paulista por concentrar as principais salas de exibição da cidade de São Paulo. Meses após o início da segunda guerra o controle da sala passa a grupos nacionais de distribuição cinematográfica e recebe o nome de Art Palácio, pra contextualizar, foi lá onde todos os sucessos de bilheteria de Mazzaropi tiveram sua avantpremière. Nas décadas de 60 a 70, o núcleo financeiro de São Paulo se desloca para longe do Centro, o Brasil vive o período da repressão militar, TVs são vendidas em larga escala e todos os cinemas sofrem uma queda gradativa de público. O Art Palácio realiza então uma reforma e se divide em duas salas. Na década de 80, com o bairro do Centro já degradado e o apelido de Cinelância esquecido, a sala entra em decadência e, como os demais cinemas da região, passa a exibir apenas pornô-hardcore até encerrar suas atividades em 2009.

Salão principal do Art Palácio atualmente.


Vis達o panoramica do sal達o principal. ~ 20m de largura; ~ 45m de profundidade; ~ 15m de altura, Acesso por 4 portas laterais e uma escadaria central.


“O Art Palácio poderia ser comparado hoje a um útero do audio-visual adormecido no epicentro da cidade de São Paulo. O fato de reabrirmos suas portas com um projeto de arte contemporânea como este - que dialoga com o cinema, arte, cidade e cidadãos - significa trazer um pulso de vida ao coração de uma urbe que passa por transformações intensas. Com a sensação de estarmos compartilhando de um momento histórico, o projeto incorpora diversos profissionais e instituições do mundo que dialogam com os temas mais contemporâneos da arte, cultura, cidade, políticas públicas e transformação social. Eles se fazem presentes tanto na forma de ralizar o projeto como nas interações propostas a partir da programação de conversas.“ Demétrio Portugal

Vista do Saguão de entrada.



VISITA AO DEPÓSITO DA PREFEITURA

CENOGRAFIA

pesquisa para a ocupação O projeto cenográfico foi abordado com a preocupação de gerar menos impacto ao meio-ambiente e busca construir premissas de trabalho que sirvam também para outras ocupações. Por isso enseja a união entre produtores, instituições culturais, departamentos do governo e profissionais da cultura de forma a compartilhar materiais, serviços e idéias sobre o tema da produção mais limpa. Dentro desse caminho de criação, abrimos conversa com o depósito da prefeitura, que além de reunir o acervo histórico de figurino e cenário do Teatro Municipal, armazena e atende a manutenção de mobiliário de todas as bibliotecas e a maioria das repartições públicas do município. A idéia é utilizar tais materiais de descarte e de armazenamento como recurso para mobiliar o Art Palácio. Ainda na idéia de reuso, nossos fornecedores são incentivados a aproveitar material já existente no Art Palácio como tapumes, pedestais, corrimãos, conduites, canos e outros materiais necessários para qualificação do espaço à recepção do público.



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