Gutierre Odontolife - Ed. 57

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ESTÉTICA

Protocolo de preparo e cimentação de pinos de fibra de vidro: técnica modificada

ORTODONTIA

Propulsor Mandibular Forsus: eficiente alternativa para o tratamento das más oclusões de Classe II, por retrusão mandibular

IMPLANTODONTIA

A estética do sorriso nas reabilitações com implantes orais com diferentes níveis de reabsorção óssea

Jan/Fev/Mar 2014 | ed. 57

ISSN - 1807-9954

Sustentabilidade e Responsabilidade Social na Odontologia Compromisso das empresas do setor com a sociedade e o meio ambiente www.gutierreodonto.com.br > 1


2 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57


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 Editorial Jan/Fev/Mar 2014 | ed. 57

Responsabilidade Social Corporativa: diferencial de mercado também para o setor odontológico

E

mbora exista uma farta gama de informações disponível nos mais diversos tipos de veículos de comunicação, nunca é demais falar sobre Responsabilidade Social, Meio Ambiente ou Desenvolvimento Sustentável, pois tratam-se de assuntos que estão diretamente relacionados ao cotidiano de todos os seres vivos que habitam o planeta. Desde o instante em que acordamos, quando levantamos para lavar o rosto e escovar os dentes, por todos os lados que olhamos e até enquanto estamos dormindo, interagimos e sofremos os efeitos de ações baseadas nesses princípios. Além disso, o mundo e a sociedade estão em constante transformação, exigindo que a humanidade se adapte a essas mudanças, fazendo surgir a todo instante uma infinidade de alternativas, de novos conceitos e ideias que possam garantir a sua sobrevivência. Nesse mesmo ritmo, a Responsabilidade Social Corporativa vem crescendo a passos largos nos últimos anos, e hoje representa um dos principais diferenciais entre as empresas de todos os segmentos, podendo ser a diferença entre sobreviver ou não no mercado, o que acontece também no setor odontológico. Por tudo isso, entendemos que a abordagem do tema é bastante coerente, atual e de grande interesse para os profissionais e empresas do setor e, nada mais oportuno do que trazê-lo a tona durante o maior congresso internacional de Odontologia da América Latina, o Ciosp, onde profissionais, autoridades e empresas do mundo todo estarão reunidas para apresentar e discutir novidades científicas, tecnológicas, atividades culturais e, é claro, ações de ordem social. Por tratar-se de um assunto muito diversificado e extenso, optamos por fazer uma matéria de cunho informativo, com uma explanação generalizada sobre o que é ser uma empresa socialmente responsável, destacando o trabalho de algumas corporações do segmento, com o objetivo principal de chamar a atenção dos leitores e de toda a classe odontológica para a grandiosidade e importância do tema. Na primeira edição de 2014 da Gutierre OdontoLife, selecionamos também novos artigos científicos, de diferentes especialidades, elaborados por profissionais de diversas regiões do país e trazemos uma grande variedade de informações sobre produtos e serviços, comerciais, eventos sociais e culturais, entre outras novidades voltadas aos profissionais da Odontologia. Boa leitura!

Ana Lúcia Pereira Editora

A Gutierre OdontoLife é uma publicação pertencente à OdontoLife Edição dePeriódicos Ltda. - ME, produzida e distribuída em parceria com a Dental Gutierre Odonto.

Direção Ana Lúcia Pereira de Jesus José Eduardo Gibin Gutierre Editora e Jornalista Responsável Ana Lúcia Pereira (MTb: 24.654) Fone: (16) 98177 0062 ana@revistaodontolife.com.br Redação e Departamento Comercial Rua João Nutti, 1561 - Cj. 12 - Pq. Bandeirantes Ribeirão Preto-SP - CEP: 14090-387 Fone: (16) 3236 4802 - Ana Lúcia Departamento de Marketing Rodrigo Lozano Fone: (16) 3303 1820 rlozano@gutierreodonto.com.br Projeto Gráfico e Diagramação Neto Heleno info@netoheleno.com Distribuição (gratuita) Dental Gutierre Odonto Rua Voluntários da Pátria, 2839 - Centro Araraquara-SP - CEP: 14801-320 Fone: (16) 3303-1820 Impressão Gráfica e Editora São Francisco Ltda. Rodovia Anhanguera, Km 320 + 20m Recreio Anhanguera Ribeirão Preto-SP - CEP: 14097-140 Fone: (16) 2101 4151 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. A Gutierre OdontoLife não autoriza ninguém a retirar, emprestar ou permutar qualquer tipo de material para produção ou similares e nem a negociar em nome da revista sem autorização da diretoria. Normas de Publicação: No Caderno Científico, a revista Gutierre OdontoLife divulga artigos (Científico / Caso Clínico / Técnico ou de Revisão), produzidos por clínicos gerais e cirurgiões-dentistas das diversas especialidades odontológicas. Todo profissional que tiver interesse em publicar seu trabalho em nossas páginas deve enviar o material atendendo às seguintes normas para publicação: 1) Nos trabalhos em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista. 2) Os editores da Gutierre OdontoLife podem adaptar o artigo às normas jornalísticas vigentes e ao padrão gráfico da revista. 3) O texto deve ser digitado e entregue em arquivo do word (doc), na fonte Times News Romam, corpo 11, contendo: título, artigo, referências bibliográficas, titularidade do(s) autor(es) e legendas identificadas para todas as imagens (fotos, tabelas ou ilustrações). NÃO INSERIR imagens no arquivo doc. 4) Todas as imagens devem ser enviadas separadamente, em alta resolução (JPG - 300 DPIs) com, no mínimo, 9 cm de largura. Inserir no mínimo três e, no máximo, 16 imagens por artigo. 5) Os trabalhos em grupo deverão conter os nomes e a titularidade de todos os autores, e-mail ou telefone de pelo menos um dos autores. 6) Sobre as referências bibliográficas: devem ser adotadas as normas de Vancouver (as referências são enumeradas de acordo com a ordem de entrada no texto). 7) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor(res). Cada um receberá exemplares da revista em que seu trabalho foi publicado. 8) Anexar ao trabalho os dados completos de todos os autores para contato (nome completo - endereço completo - CEP - telefones e e-mail). Os trabalhos podem ser enviados para o e-mail: contato@ revistaodontolife.com.br ou através de mídia digital (CD ou DVD) endereçados para: Redação Gutierre OdontoLife - R. João Nutti, 1561 - Cj. 12 - Pq. dos Bandeirantes - CEP: 14090-387 - Ribeirão Preto-SP.

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 Índice

10

37 - ORTODONTIA Propulsor Mandibular Forsus: eficiente alternativa para o tratamento das más oclusões de Classe II, por retrusão mandibular. 40 - IMPLANTODONTIA A estética do sorriso nas reabilitações com implantes orais com diferentes níveis de reabsorção óssea.

CAPA

Responsabilidade Social e Sustentabilidade no setor odontológico.

44 - IMPLANTODONTIA Provisionalização imediata em dente unitário anterior: associação periodontoprotética para resultados funcionais e estéticos previsíveis. 48 - IMPLANTODONTIA Formação óssea após oito meses de cirurgia de levantamento de seio maxilar com osso Bovino inorgânico (Bio-Oss®): análises microtomográfica e histológica.

DENTAL GUTIERRE ODONTO 16 - Filial de Uberlândia cresce e fortalece o nome da Gutierre Odonto no país. 18 - Presidente da Ultradent

visita a sede da Gutierre Odonto.

18 - Diversão e brindes da Gutierre na festa da Uniodonto Araraquara. 19 - Gutierre na SBOE. 19 - Gutierre Odonto participa de Mutirão de Cidadania e Saúde.

24 - REABILITAÇÃO ORAL Laminados cerâmicos, abordagem ultraconservadora. 28 - DENTÍSTICA ESTÉTICA Resultado harmônico em clareamento dentário com menos rapidez e menos potência. 31 - DENTÍSTICA ESTÉTICA Estética e Cosmética em Odontologia: conceitos e aplicações. 34 - DENTÍSTICA ESTÉTICA Protocolo de preparo e cimentação de pinos de fibra de vidro: técnica modificada.

6 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

52 - JURISPRUDÊNCIA NA ODONTOLOGIA A utilização dos incentivos a projetos sociais, culturais e esportivos como medida de responsabilidade social e planejamento tributário. 54 - VITRINE ODONTOLÓGICA Notícias, informação, lançamentos, novidades e curiosidades na Odontologia. 57 - SOCIAL Flashs dos principais acontecimentos do setor.


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 Capa

10 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57


Responsabilidade Social e Sustentabilidade no setor odontológico

A

Responsabilidade Social Corporativa, que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais, é um assunto que tem espaço garantido nos noticiários, na internet, nos jornais e revistas de circulação nacional e internacional há mais de uma década. Na era da informação, com os consumidores cada vez mais bem informados, exigindo que as empresas deixem de ser apenas agentes de produção, que entregam produtos e serviços, para interagirem com a sociedade, os empresários passaram a entender que, nos dias de hoje, a irresponsabilidade social traz determinados benefícios aparentes em curto prazo, mas que, na verdade, representa um grande prejuízo a médio e longo prazo. Descobriram também que, para sobreviver, o melhor negócio é investir na formação e ampliação do mercado consumidor, distribuindo renda, patrocinando a cultura, cuidando do meio ambiente e das nossas crianças. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de 80% das empresas brasileiras estão realmente empenhadas na tentativa de transformar a realidade social do país e se envolvem de alguma forma com questões sociais. Este quadro se reflete também no setor odontológico, onde é cada dia maior o número de empresas socialmente responsáveis, que procuram medir o impacto de suas ações sobre as pessoas, sobre a comunidade onde estão inseridas, a sociedade em geral, o governo e o meio ambiente, de modo que, em cada ação, em cada estratégia, procuram fazer com que esse impacto seja o mais positivo possível. Como acontece em todos os setores, as empresas de produtos e equipamentos odontológicos vivem um cenário que aponta para a sustentabilidade, onde o que se busca é o economicamente viável, o socialmente justo e o ambientalmente correto. www.gutierreodonto.com.br > 11


 Capa o atendimento à população carente em cidades no sertão da Bahia. Através de sua entidade social chamada Diversity Foundation, a Ultradent realiza outros projetos que incluem um programa que auxilia jovens com dificuldades sociais e familiares a se integrarem à sociedade, através de orientação profissional e apoio financeiro para que eles possam estudar, com o objetivo de prepará-los para o mercado de trabalho; a coleta e doação de alimentos realizada em diferentes subsidiárias da empresa; aplicação gratuita de selantes em dentes de crianças de escolas de regiões desprivilegiadas; até a criação e veiculação e histórias em quadrinhos que ajudam a ensinar sobre a beleza da diversidade cultural e social, o ‘Scrapyard Detectives’.

FÁBIO BEVILACQUA FOWLER, gerente de Marketing Internacional da Ultradent nas Américas.

“Desenvolver um trabalho socialmente responsável é uma obrigação corporativa, mesmo que muitas empresas ainda não tenham se dado conta disso”.

processos judiciais que podem comprometer a sua própria existência”, argumenta o cirurgião-dentista Fábio Bevilacqua Fowler, Gerente de Marketing Internacional da Ultradent nas Américas. “Os valores corporativos implementados pelo fundador da Ultradent incluem aspectos importantes da responsabilidade social há muitos anos e, cada vez mais, buscamos opções sustentáveis para o crescimento do mercado. No ponto de vista operacional, seguimos todos os requisitos ambientais exigidos pelos mais rigorosos órgãos regulamentadores e certificadores internacionais como a FDA, CE, CSA, PMDA e KFDA, entre outros”, acrescenta Fábio Fowler, graduado em Odontologia pela Universidade de São Paulo (Usp), pós-graduado em Administração de Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e Mestre em Administração de Empresas pela Brigham Young University (BYU). Entre os exemplos de trabalhos humanitários financiados pela empresa estão a doação de produtos e o apoio a missões de atendimento a regiões carentes em diversas partes do nosso planeta. Em 2013, a Ultradent participou de missões no Haiti, Zambia, Camboja, Belize, Zimbabue, Guatemala, Ruanda, Nepal, entre outros. Apoiou o projeto Voluntários do Sertão, em parceria com a Gutierre Odonto, com a doação de produtos da mais alta qualidade para

EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS Não existe empresa líder em seu segmento, assim como no setor odontológico, que não leve responsabilidade social corporativa e sustentabilidade a sério, pois as grandes organizações colocam esses assuntos na estratégia do negócio. “Desenvolver um trabalho socialmente responsável é uma obrigação corporativa, mesmo que muitas empresas ainda não tenham se dado conta disso. Uma empresa que não tem uma visão socialmente responsável hoje em dia corre cada vez mais riscos de danos à imagem corporativa e de seus produtos e serviços, o que impacta diretamente o seu potencial de faturamento. Ao mesmo tempo, a fiscalização mais acirrada por órgãos regulamentadores, por meio de auditorias, que seguem estritas normas de gerenciamento de qualidade, projetos e riscos, faz com que uma empresa negligente a considerações ambientais fique suscetível a multas e a 12 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Participação da Ultradent em missão no Haiti, em 2013.

A preocupação com a responsabilidade social sempre caminhou em paralelo com a dedicação à qualidade no desenvolvimento dos produtos FGM. "Somos uma empresa que se preocupa com o ser humano e com o meio a nossa volta. Uma das ações é proteger o meio ambiente, desenvolvendo campanhas de uso racional de energia elétrica, água e papel. Temos ainda a monitoração de produtos químicos utilizados na empresa, atendimento às normas relativas à saúde e segurança dos colaboradores e a reciclagem de resíduos gerados nos processos e atividades”, destaca Bianca Mittelstädt, diretora administrativa da FGM. "A FGM disponibiliza verba mensal, produtos odontológicos e apoia eventos comemorativos promovidos pelo Profis, entidade destinada a prestar assistência social aos pacientes de Fissura do Lábio Palatal em tratamento no Centrinho, em Joinville-SC. A instituição atende pacientes de 255 dos 293 municípios catarinenses, realizando mensalmente uma média de 1.200 atendimentos e ainda recebe 40 novos casos. No mesmo local, através do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva (Sasa), são atendidos mensalmente 200 novos casos de suspeita de deficiência auditiva e adaptados 70 novos aparelhos auditivos", acrescenta Bianca. Desde 2003, ajuda por meio de doação de produtos, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, em Bauru-SP, uma referência mundial em sua área, de acordo com a Organi-


Colaboradores da FGM vestem as camisetas da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville-SC, em apoio ao projeto Outubro Rosa.

zação Mundial de Saúde (OMS), que atende pacientes de todo o Brasil. Faz doações para a Apae, Lar Abdon Batista, instituição joinvillense que abriga mais de 50 crianças carentes, instituições, universidades e também Ong´s e profissionais que voluntariamente auxiliam comunidades carentes no Brasil e em países menos favorecidos. Dá também apoio à campanha Outubro Rosa, adquirindo camisetas da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joinville e apoia campanhas como, por exemplo, a 'Abrace o São José', com a compra de camisetas para auxiliar este Hospital Municipal de Joinville-SC", finaliza.

BIANCA MITTELSTÄDT, diretora administrativa da FGM.

“A preocupação com a responsabilidade social sempre caminhou em paralelo com a dedicação à qualidade no desenvolvimento dos produtos FGM”.

“As mudanças precisam acontecer e alguém precisa começar, portanto, por mais que ainda seja um percentual pequeno de pessoas que valorizem as indústrias defensoras da responsabilidade social e ambiental, ainda assim compensa o esforço, pois os resultados destas pequenas atitudes junto à sociedade e ao meio ambiente podem ser vistos, admirados e ainda servem de exemplo para outras empresas e pessoas. Para a Cristófoli, desenvolver um trabalho socialmente responsável foi uma escolha e uma escolha muito feliz”, ressalta a Gerente Comercial e de Marketing da empresa, Jucy Angela Cristófoli . “Desde sua fundação a Cristófoli faz doações para entidades beneficentes, principalmente de atendimentos odontológicos. A empresa é mantenedora da Fundação Educere, que é um Centro de Pesquisas e Desenvolvimento na área de Biotecnologia, cujo foco principal é a incubação de empresas a partir de um projeto social inovador que atua na formação de jovens com potencial empreendedor. A instituição fornece suporte para o desenvolvimento de novos negócios voltados para a difusão e transferência de tecnologia na área biomédica e é referência em pesquisa e desenvolvimento de produtos inovadores e que agregam valor tecnológico. Continuamos também com o projeto “Mil Árvores”, que se iniciou com a ideia de plantar uma árvore para cada autoclave vendida em

um mês, que tomou uma proporção grandiosa, ganhando a participação de outros defensores da responsabilidade ambiental e também social. O grande diferencial deste projeto é que não se restringe ao plantio de árvores, mas também envolve uma série de outras ações que buscam consolidar as atividades de plantio e preservação da natureza, tais como oficinas educativas para acompanhamento e monitoramento das árvores plantadas, práticas educacionais para a preservação ambiental e retirada de entulho de áreas degradadas. Hoje, o principal objetivo deste projeto é reflorestar, revitalizando a Microbacia do Rio do Campo, que abastece 80% da população de Campo Mourão-PR, bem como orientar a comunidade local no sentido de preservar este espaço, permitindo que a natureza ocupe o seu lugar de modo permanente”, completa Angela Cristófoli, especialista em Marketing. Exemplos como o da Ultradent, da FGM e da Cristófoli podem e devem ser seguidos por qualquer empresa do segmento, seja ela uma grande fabricante de equipamentos, uma clínica de radiologia, um laboratório de prótese ou uma clínica odontológica, pois quanto maior o número de organizações que incorporar os princípios da responsabilidade social em busca da sustentabilidade e aplicá-los adequadamente, maior será o retorno positivo para toda a sociedade.

VANTAGENS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA Toda e qualquer empresa socialmente responsável agrega valores à sua imagem institucional e à sua marca, conquista a confiança e a lealdade dos clientes, adquiri maior capacidade para recrutar e manter os profissionais mais qualificados e talentosos do mercado, aumenta sua capacidade de adaptação, sua flexibilidade e, principalmente, sua longevidade. As normas e certificações existentes como, por exemplo, a ISO 14.000, que atesta a produção www.gutierreodonto.com.br > 13


 Capa

dentro de rígidas normas ambientais; e a ISO 26.000, com as diretrizes em Responsabilidade Social, além da regulamentação legal, fornecem as devidas orientações para qualquer organização, independente do seu tamanho, segmento ou localização, que deseja atuar com responsabilidade social em busca de sustentabilidade.

CONSUMIDOR CONSCIENTE FAZ A DIFERENÇA

ATER CRISTÓFOLI, fundador e ANGELA CRISTÓFOLI, gerente comercial e de Marketing da Cristófoli.

“Para a Cristófoli, desenvolver um trabalho socialmente responsável foi uma escolha e uma escolha muito feliz”.

Projeto Mil Árvores, da Cristófoli. 14 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Com o passar dos anos, as ações de responsabilidade social e começaram a mudar os hábitos de quem compra e, hoje, uma parcela significativa de clientes já não procura apenas o melhor preço num determinado produto, exigindo também atitudes responsáveis do fabricante. Pesquisas indicam que mais de 40% dos consumidores brasileiros são conscientes e comprometidos com ações de responsabilidade social. No entanto, apenas 6% desse total são realmente conscientes na hora de escolherem produtos e serviços, sendo o meio ambiente o primeiro fator de compra para 42% deles e, em segundo, com 28%, as ações sociais realizadas pelas empresas. Embora seja pequeno, este número já é suficiente para provocar mudanças de atitude por parte das empresas, pois o consumidor consciente vem fazendo a diferença. Dessa forma, a tendência é que a consciência da sociedade,

do mercado e dos consumidores privilegie cada vez mais as empresas socialmente responsáveis. Dentro e fora do setor odontológico, temos visto um grande progresso nos últimos anos com respeito ao aumento da consciência sobre a Responsabilidade Social e seu verdadeiro significado, embora, no Brasil, ainda estejamos muito longe de alcançar o nível ideal de conscientização social, o que só acontecerá quando conseguirmos desenvolver e incorporar uma cultura de responsabilidade social ao pensamento de todos.

O FUTURO APONTA PARA NOVOS DESAFIOS SOCIAIS Na maioria das vezes, as ações ambientais (que já foram incorporadas pela maior parte das organizações e, indiscutivelmente, devem continuar sendo alvo dos projetos de sustentabilidade), estão no topo das prioridades da política de responsabilidade social aplicada pelas empresas, como a gestão de resíduos, as chaminés com filtros ou o não jogar poluentes em rios. No entanto, as tendências apontam para novas necessidades sociais, decorrentes de mudanças que aconteceram no mundo nos últimos anos, sobretudo de caráter econômico e social, e que estão obrigando as empresas a se redescobrirem enquanto agentes de promoção, atenção e desenvolvimento da sociedade. Nesse contexto, entre outras prioridades, os maiores desafios concentram-se na geração de empregos e na incorporação dos milhares de jovens que anualmente ingressam no mercado de trabalho. Portanto, nos próximos anos, somente as empresas que conseguirem entender e superar esses dois grandes desafios sairão na frente e estarão, de fato, contribuindo para o futuro e com a evolução da humanidade. 


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 Dental Gutierre Odonto

Filial de Uberlândia cresce e fortalece o nome da Gutierre Odonto no país

U

m dos momentos mais marcantes da história da Dental Gutierre Odonto aconteceu em 2007 com a inauguração do escritório de vendas em Ubelândia-MG que, dois anos mais tarde, tornou-se a primeira filial da empresa. Com apenas três vendedores, o objetivo inicial do escritório era atender a classe odontológica do Triângulo Mineiro, mas o sucesso foi tanto que, em 2009, foi transferido para um prédio de 600m², onde encontra-se instalada a filial de Uberlândia, que conta atualmente com uma equipe de nove profissionais qualificados para atender a grande demanda de pedidos. “Hoje somos uma extensão da nossa matriz e atendemos todo o Brasil, sobretudo o Triângulo Mineiro, Sul do Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Belo Horizonte. Trabalhamos com mais de 17 mil itens e temos parceria com as principais indústrias do setor, como 3M, FGM, Ultradent, Vigodent Coltene, KG, Dentsply, Colgate, entre outras, com as quais priorizamos o relacionamento baseado na transparência e na reciprocidade. As grandes parcerias nos colocam um

16 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

“Para as cidades dos estados de Minas Gerais e de Goiás contamos com uma logística especial que nos garante uma entrega em até 24 horas...”


Transformamos negócios em sorrisos.

Arrison Dias Bueno, gerente da filial Gutierre em Uberlândia.

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passo a frente no mercado, pois assim conseguimos durante o ano todo proporcionar aos nossos amigos clientes muitos eventos voltados para o melhor aproveitamento e conhecimento dos produtos, fazendo com que isso resulte em ganhos financeiros para os clientes”, explica o gerente da filial da Gutierre Odonto em Uberlândia, Arrison Dias Bueno. Assim como a matriz de Araraquara-SP, a filial oferece um atendimento diferenciado a seus clientes, com amplo estoque e variedade de produtos, preços competitivos, entrega rápida e atendimento aos acadêmicos, com equipe altamente qualificada e experiente.

“Quando recebemos um cliente na empresa gostamos de atendê-lo como um amigo. Um amigo que pode contar com todo o nosso conhecimento e atenção para o que for preciso. Também oferecemos brindes e promoções diárias, que é um dos nossos diferenciais no mercado”, acrescenta a vendedora Elza de Souza, que trabalha na empresa desde a sua inauguração. O sistema de entregas da filial de Uberlândia é feito por empresa especializada em encomendas rápidas, através de profissionais treinados e habilitados para este fim. “Para as cidades dos estados de Minas Gerais e de Goiás, por exemplo, contamos com uma logística especial que nos garante

uma entrega em até 24 horas, deixando nossos clientes totalmente satisfeitos”, salienta Arrison. A Gutierre de Uberlândia tem hoje uma ampla loja, totalmente climatizada, com estacionamento próprio para até 12 veículos e mantém sua equipe de colaboradores em constante treinamento para melhor atender seus clientes. Parte desta equipe se une ao time de vendedores e colaboradores que representará a Gutierre no Congresso Internacional de Odontologia (Ciosp) e nos principais eventos que acontecerão ao longo de 2014, trabalhando com empenho e determinação para manter a Dental entre as melhores empresas do setor odontológico.  www.gutierreodonto.com.br > 17


 Dental Gutierre Odonto

Presidente da Ultradent visita a sede da Gutierre Odonto O

fundador e presidente da Ultradent Products, Inc, Dr. Dan Fischer, esteve no Brasil em outubro de 2013 e, na oportunidade, visitou a matriz da Dental Gutierre, em Araraquara-SP, acompanhado pelo Dr. Fábio Bevilacqua Fowler, Gerente de Marketing Internacional da Ultradent Brasil. Além de conhecer toda a estrutura da Gutierre Odonto, o principal objetivo da visita foi projetar ações conjuntas para 2014. “O Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo é o ponta pé inicial para a Dental e, com parcerias

como a que temos com a Ultradent, podemos dizer que começamos o ano com o pé direito”, afirma Eduardo Gutierre, diretor da Dental. Para Dan Fischer, “a Gutierre tem sido um canal fundamental que leva aos cirurgiões-dentistas todas as novidades e lançamentos da Ultradent no Brasil”. No Ciosp 2014, a Ultradent terá um espaço exclusivo dentro do stand da Gutierre Odonto, por onde passarão centenas de clientes e visitantes. 

Eduardo Gutierre recebe Dan Fisher, presidente da Ultradent, na sede da Gutierre Odonto.

Diversão e brindes da Gutierre na festa da Uniodonto Araraquara A

festa de confraternização da Uniodonto Araraquara aconteceu em novembro e foi um grande sucesso. Mais uma vez o evento, realizado no Clube de Campo da Apcd de Araraquara, contou com a participação da Dental Gutierre levando aos convidados e cooperados muita diversão, com brincadeiras e gincanas. O dia começou com uma descontraída partida de futebol entre associados da Apcd e cooperados Uniodonto e seguiu com um almoço árabe, música ao vivo e muita dança do ventre. A Dental Gutierre foi responsável também pelo sorteio e distribuição de mais de 20 brindes aos participantes das brincadeiras, organizadas pela empresa Tio & Tio Recreação. Outra grande parceria entre Gutierre, Apcd e Uniodonto Araraquara, será levar os associados ao Ciosp 2014, onde cada um ganhará um vale compras, além de brindes e muitas outras novidades. 

Cooperados confraternizam e ganham o mascote da Gutierre, o Gutinho.

Equipes participam de brincadeiras e gincana.

Bailarinas apresentam dança do ventre.

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Distribuição de prêmios e brindes.


Transformamos negócios em sorrisos.

Gutierre na SBOE O

P

arceira oficial da Organização Voluntários do Sertão, a Dental Gutierre Odonto apoiou a realização do 2º Mutirão de Cidadania e Saúde, realizado em Ribeirão Preto, através da doação de materiais para tratamento odontológico. A ação promovida pela Organização e pelo Ministério Público Federal (MPF) aconteceu em novembro, na esplanada do Theatro Pedro II, onde foram realizados 8.841 atendimentos, mobilizando mais de 400 profissionais, levando gratuitamente mais de 40 serviços diferentes para a população, entre eles a emissão de documentos, orientações jurídicas, consultas e orientações médicas, atendimentos odontológicos e oftalmológicos, aferição de pressão arterial, teste de glicemia, orientações nutricionais, cortes de cabelo e muito mais. Com o apoio da Gutierre Odonto mais de 150 pessoas foram atendidas, totalizando cerca de 500 procedimentos odontológicos entre extrações, restaurações, aplicação de flúor, raspagem e profilaxia. Na oportunidade, os participantes também tiveram acesso ao escovódromo e receberam orientações sobre saúde bucal. 

Tenda montada na Esplanada do Theatro Pedro II, em Ribeirao Preto-SP.

Douglas Intrabartolo

Gutierre Odonto participa de Mutirão de Cidadania e Saúde

“A maior importância dos eventos de especialidades é que nos permitem prestar um atendimento exclusivo e personalizado aos clientes, especificamente voltado para as suas reais necessidades. Isso tudo, é claro, com profissionais treinados e com os produtos de alta qualidade que a Gutierre oferece ao mercado”, explica Eduardo Gutierre, diretor da empresa. Em seu estande a Gutierre Odonto recebeu visitantes, realizou cadastramento de clientes, vendas diretas e distribuiu brindes aos participantes, marcando mais uma vez a sua presença nos mais importantes eventos realizados no país. 

Douglas Intrabartolo

19º Congresso Internacional de Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE) reuniu os melhores e mais renomados profissionais deste segmento para aperfeiçoamento técnico e oportunidades de negócios, em novembro, em Curitiba-PR, carinhosamente conhecida como Cidade Sorriso. O evento é realizado anualmente pela SBOE e ofereceu uma grade de palestras de altíssima qualidade para os participantes que também puderam conferir as novidades do mercado na feira comercial, que mais uma vez contou com a participação da Dental Gutierre Odonto.

Mais de 150 atendimentos odontológicos e 500 procedimentos em apenas um dia de mutirão. www.gutierreodonto.com.br > 19


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CADERNO

Científico ARTIGOS CIENTÍFICOS | TÉCNICOS | CASOS CLÍNICOS | ARTIGOS DE REVISÃO

REABILITAÇÃO ORAL DENTÍSTICA ESTÉTICA ORTODONTIA IMPLANTODONTIA www.gutierreodonto.com.br > 23


 Caderno Científico | Reabilitação Oral

◗◗ CARLOS MARCELO ARCHANGELO Especialista, Mestre e Doutor em Prótese Dentária pela Unesp de Araçatuba-SP. Professor do Instituto Federal do Paraná. Endereço para correspondência: Rua Eurico Humming, 107 – Apto. 104 - Bairro Gleba Palhano - CEP: 86050-464 - Londrina-PR. Fone: (43) 3325 3996 - Cel: (43) 9912-9565. E-mail: carlosarchangelo@uol.com.br ◗◗ JOSÉ CARLOS ROMANINI Técnico em Prótese Dentária - Laboratório de Prótese Dentária Romanini - Londrina-PR. ◗◗ JOSÉ NORBERTO GARCIA NESELLO Especialista em Implantodontia. Mestrando em Prótese Dentária na Faculdade de Ingá Maringá-PR. ◗◗ KAREN CRISTINA ARCHANGELO Especialista em Prótese Dentária e Endodontia. Mestranda em Odontologia na Universidade Estadual de Londrina (Uel). Professora do Instituto Federal do Paraná. ◗◗ RODOLFO BRUNIERA ANCHIETA Especialista em Prótese Dentária e Implantodontia. Doutor em Prótese Dentária pela Unesp de Araçatuba-SP. ◗◗ DANIELA GARCIA NESELLO Especialista em Implantodontia. Mestre em Prótese Dentária pela Universidade de Uningá-PR.

Laminados cerâmicos, abordagem ultraconservadora INTRODUÇÃO A evolução dos materiais restauradores e dos procedimentos de adesão tem possibilitado a utilização de reconstruções minimamente invasivas com maior previsibilidade de sucesso1-3. O objetivo da Odontologia Restauradora quando da reposição das estruturas dentais perdidas é o restabelecimento da função e da estética, aliando sempre que possível preparos cavitários conservadores1-3. Os preparos conservadores promovem a manutenção da vitalidade do dente e reduzem a sensibilidade pós-operatória4. Em dentes anteriores, os materiais utilizados para a reconstrução da estrutura dental perdida são as resinas compostas e as cerâmicas dentárias. As resinas compostas apresentam vantagens: como a inserção direta ao preparo, a facilidade de modificação, reparo e a estética favorável logo na sua inserção5. Por sua vez, as cerâmicas dentárias com sua evolução apresentam resultado extremamente estético e duradouro, proporcionando, uma reabilitação estética com lisura superficial, brilho, estabilidade de cor e funcionalmente aceitável por um período de tempo maior que as resinas compostas6,7. Aliado a todas essas características, ressalta-se que algumas cerâmicas apresentam alto potencial de se unirem ao dente através de retenção micromecânica com a utilização do condicionamento com ácido fluorídrico, silanização e utilização de cimento resinoso, promovendo aumento da sua resistência a fratura e a possibilidade de preparos minimamente invasivos8,9. Somando todas as características das cerâmicas dentárias contemporâneas, nos deparamos com um material com comportamento biomecânico próximo do dente íntegro com resutados de longevidade superiores a 12 anos10. Dessa forma, o objetivo do presente artigo é ilustrar através de um caso clínico, a utilização de laminados cerâmicos na reabilitação da dentição anterior.

CASO CLÍNICO Paciente de 35 anos D. G. N. compareceu a uma clínica particular na cidade de Londrina-PR, queixando-se do desgaste dentário das bordas incisais, do espaço negro entre os incisivos centrais, da coloração e do volume dentário de seus dentes. Após uma avaliação criteriosa e em comum acordo com a paciente, o plano de tratamento foi estabelecido, preconizando-se realização de clareamento dentário e de facetas laminadas de cerâmica do 15 ao 25. O clareamento dentário foi feito com um gel a base 24 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

de peróxido de carbamida na concentração de 10% (Powerbleaching, BM4 – Brasil Materiais e Instrumentais - Brasil) em moldeiras individuais. O período de uso foi de 15 dias seguindo o protocolo de utilização do fabricante e supervisionado pelo cirurgião-dentista. Após a realização do clareamento foi aguardado um período de 20 dias para estabilização da cor do dente11 (Figura1). Inicialmente foi feito um protocolo fotográfico (composto de 12 fotografias). O intuito deste protocolo fotográfico foi o de realizar o planejamento e a posterior execução do caso com a maior previsibilidade possível (Figura 1, 2 e 3). Algumas fotografias foram selecionadas, enviadas ao laboratório e um planejamento prévio foi desenvolvido. Foi realizada uma moldagem inicial com um silicone de adição (Virtual, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) e, através de um check list previamente feito, o enceramento de diagnóstico executado. As incisais e pontas de cúspides foram reestabelecidas em 1,5 mm e o volume vestibular aumentado em 0,2 mm. (Figura 4). Após isso, foi feito o mock up que é a reprodução das alterações realizadas no enceramento de diagnóstico, reproduzidas em boca para a visualização do cirurgião-dentista e do paciente (Figura 5). Nesse momento, qualquer tipo de alteração, insatisfação ou imperfeições devem ser anotadas, fotografadas e enviadas ao laboratório para que essas alterações sejam executadas no enceramento e novo mock up seja feito no paciente. Para este procedimento foi utilizado uma resina bisacril na cor A2 (Systemp C & B, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein). Preconizando a Odontologia Restauradora minimamente invasiva, os preparos executados foram mínimos, simplesmente o arredondamento de quinas e arestas (Figura 6). Em seguida, a moldagem para o modelo de trabalho foi feita com um material a base de silicone por adição (Virtual, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) pela técnica da dupla mistura (Figura 7). O molde foi enviado ao Laboratório de Prótese Dentária Romanini (Londrina - PR) para a confecção dos modelos e das lâminas de cerâmica. Em associação ao técnico de prótese dentária optou-se pela utilização de uma cerâmica reforçada por dissilicato de lítio IPS e.max Press pastilha HT A1 para a confecção das lâminas de cerâmica (Sistema IPS e. max, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 8). Um dos grandes desafios na confecção de lâminas de cerâmica com pouca espessura é a escolha de cor ideal do cimento a ser utilizado.


Archangelo CM / Romanini JC / Nesello JNG / Archangelo KC / Anchieta RB / Nesello DG

Figura 1

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 Caderno Científico | Reabilitação Oral

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Belser UC, Magne P, Magne M. Ceramic laminate veneers: continuous evolution of indications. J Esthet Dent 1997;9:197-07. 2) Beier US, Kapferer I, Burtscher D, Dumfahrt H. Clinical Performance of Porcelain Laminate Venners for Up to 20 Years. The Int Journal of Prosthodontics 2012;25(1):79-85. 3) Peumans M, Van Meerbeek B, Lambrechts P, Vanherle G. Porcelain veneers: a review of the literature. Journal of Dentistry 2000;28:163-77. 4) Magne P, Douglas WH. Additive contour of porcelain veneers: a key element in enamel preservation, adhesion, and esthetics for aging dentition. The Journal of Adhesive Dentistry 1999;1:81-92. 5) Horvath S, Schulz CP. Minimally Invasive Restoration of a Maxilary Central Incisor with a Partial Venner. The Eur J of Esthet Dent 2012;7(1):6-16. 6) Belser UC, Magne P, Magne M. Ceramic laminate veneers: continuous evolution of indications. J Esthet Dent 1997;9(4):197-207 7) Çehreli MC, Iplikçioglu H. Fiveyear follow-up of InCeram laminate restorations: A clinical report. J Prosthet De t 2000;84(5):487-489). 8) Magne P, Douglas WH. Interdental design of porcelain veneers in the presence of composite fillings: finite element analysis of composite shrinkage and thermal stresses. Int J Prosthodont 2000;13(2):117-124. 9) Edelhoff D, Sorensen JA. Tooth structure removal associated with various preparation designs for anterior teeth. J Prosthet Dent 2002;87(5):503-509. 10) Fradeani M, Redemagni M, Corrado M. Porcelain laminate veneers: 6-to 12-year clinical evaluation – A retrospective study. The International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry 2005;25:9-17. 11) Belotserkovets LR, Rodrigues JA, Campos IT, Marchi GM. Restabelecimento da estética através da colagem de fragmento dentário. Rev ABO Nac 2005; 13(1):41-4. 12) Terzioglu H, Yilmaz B, Yurdukoru B. The effect of different shades of specific luting agents and IPS empress ceramic thickness on overall color. Int J Periodontics Restorative Dent. 2009 Oct;29(5):499-505. 26 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Archangelo CM / Romanini JC / Nesello JNG / Archangelo KC / Anchieta RB / Nesello DG

Nesse sentido, a utilização de um cimento resinoso que apresente várias nuances de cor (valor) para a escolha e a pasta de prova try in, permite a observação da interação da cor do cimento com a cerâmica, tornando mais favorável a mimetização da cerâmica com o dente, e os dentes vizinhos (Figura 9). Depois da escolha da cor do cimento (Variolink veneer HV + 2, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein), duas etapas foram executadas anteriormente ao procedimento de cimentação: o tratamento dos dentes e o tratamento dos laminados. O tratamento da face interna dos laminados foi feito da seguinte forma: 1) Ácido fluorídrico (Condac porcelana, FGM, Brasil) a 10% por 20s (Figura 10), seguido de lavagem em água corrente por 20s para a remoção do ácido fluorídrico; 2) Condicionamento do interior da cerâmica com ácido fosfórico a 37% (Total etch, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) para a remoção dos precipitados formados pelo ácido fluorídrico (Figura 10); 3) Lavagem e secagem, e aplicação do silano por 20s (Monobond Plus, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 10) e aquecido o laminado para a otimização de suas propriedades adesivas; 4) Aplicação de uma fina camada de sistema adesivo (Heliobond, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 10) e acondicionamento do mesmo no casulo sob proteção da luz (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein). A seguir realizou-se o tratamento do dente: 1) Ácido fosfórico a 37% (Total etch, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) durante 30s em esmalte, seguido de lavagem com água e secagem com jatos de ar e papel absorvente (Figura 11); 2) Aplicação de sistema adesivo (Heliobond, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 11). O cimento Variolink Veener (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) na cor HV + 2 foi aplicado no interior do laminado e o mesmo posicionado no preparo (Figura 12). Os excessos grosseiros foram removidos e a polimerização do cimento e sistema adesivo foram feitas com um fotopolimerizador Bluephase (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) ativando por 20s em cada face do dente (vestibular, palatina, mesial e distal). Após a cimentação, foram feitos os ajustes e acabamento inicial da linha de cimentação com lamina de bisturi nº 12 e pontas de borrachas abrasivas específicas para cerâmica (Figura 13) (OptraFine, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein). O acabamento final foi feito uma semana após

com disco de feltro e pasta de polimento do kit Optrafine (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (Figura 13), obtendo-se o seguinte resultado (Figuras 14, 15 e 16).

DISCUSSÃO O estado atual de desenvolvimento dos materiais restauradores tem aumentado a possibilidade de execução de tratamentos minimamente invasivos12. Entretanto, copiar as características intrínsecas e extrínsecas do dente, como a cor, a forma, a textura superficial e outros elementos da dentição natural ainda são um grande desafio, independente do material de escolha do dente restaurado. Quando da utilização de restaurações indiretas, o trabalho do ceramista é tão importante quanto o realizado pelo cirurgião-dentista, pois sua habilidade e conhecimentos são os responsáveis pela anatomia e naturalidade da peça. Da mesma forma, a interação entre os profissionais é fundamental para o sucesso do trabalho. Um dos grandes desafios nos casos de laminados cerâmicos é mimetizar o substrato dentário à lâmina de cerâmica. Nesse sentido, o cimento resinoso é imprescindível, o mesmo, deve ser estável ao longo do tempo, prevenindo a alteração de cor da interface de cimentação12. No referido caso o cimento de eleição foi o Variolink veener (Ivoclar Vivadent, Liechtenstein). Uma outra vantagem da utilização desse cimento é de que sua cura é somente fotopolimerizável permitindo um tempo de trabalho bom e uma manutenção de cor mais adequada para a cimentação de laminados com espessura mínima. O sistema ainda possui as pastas de prova try in que imitam a cor final do cimento e são utilizadas para a escolha da cor final de cimentação. O sistema cerâmico utilizado também (IPS e.max) atuou com maior biomimetismo, restaurou com rigidez a estrutura coronária, restabelecendo a função dos dentes naturais, bem como a estética do sorriso10.

CONCLUSÃO Os laminados em cerâmica apresentaram um real e efetivo tratamento conservador. Quando corretamente indicados produzem restaurações com excelência estética, permitindo a satisfação dos pacientes com efeito imediato na qualidade de vida. 


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 Caderno Científico | Dentística Estética

◗◗ RENATO MIOTTO PALO Especialista em Endodontia pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio-Faciais da Usp de Bauru-SP (HRACF – Usp/Bauru). Mestrado em Endodontia pela Unesp de São José dos Campos-SP. Doutorado em Endodontia pela Unesp de Araraquara-SP. E-mail: rmpalo@me.com

Resultado harmônico em clareamento dentário com menos rapidez e menos potência INTRODUÇÃO Com o passar dos anos o clareamento dentário vem sendo estudado, testado e conhecido dia após dia. Em um passado recente, a tendência foi de aumentar as concentrações para se conseguir resultados mais rápidos e mais efetivos, assim os clareadores receberam aumento em suas concentrações1,2. Nos dias atuais, com o objetivo de diminuir os efeitos indesejáveis da ação clareadora, como por exemplo, a sensibilidade dentária, alguns fabricantes de clareadores estão aplicando mudanças em suas formulações para ganhar mais estabilidade e controlar as taxas de liberação dos íons oxidativos, uma vez que a diferença entre os fabricantes está no controle da estabilidade de concentração e pH1,2,3-12. Várias características dos géis clareadores têm relação com esta estabilidade. A primeira é a viscosidade e, dependendo do tipo, principalmente da taxa de diluição dos espessantes, os géis se tornam mais ou menos viscosos, mas nesta questão também se regula o comportamento do íon oxidativo9,13-16. Assim, a viscosidade ideal controla a liberação e diminui a entrada desordenada dos íons, reduzindo a chegada até a câmara pulpar e a chance de sensibilidade. Hoje já existem estudos demonstrando os comportamentos dos clareadores4,12,15-27. Em segundo lugar, alguns fabricantes agregam às fórmulas componentes que ajudam na reestruturação da malha orgânica entre os prismas de esmalte, que é alterada durante a ação clareadora, amenizando o desconforto para novos estímulos pós clareamento; como o flúor e o nitrato de potássio, que atuam diminuindo o estímulo nervoso do tecido conjuntivo pulpar, dando ao paciente a sensação de ausência de dor. (Exemplo fórmulas que contenham PF, Potássio e Flúor)1,6,9,19,23,28-31. Por vezes, ações clareadoras muito rápidas podem estar relacionadas ao impacto da desorganização e desidratação da malha orgânica entre os prismas do esmalte criando assim um aspecto branco. Do contrário, quando se consegue controlar a entrada dos íons para os tecidos dentários de forma mais lenta e organizada, há tempo para a combinação entre os pigmentos e os radicais oxidativos e o resultado é um clareamento com dentes mais harmônicos e menos opacos.

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CASO CLÍNICO Paciente feminino, 23 anos, relatou estar desconfortável com a coloração levemente amarelada de seus dentes e ainda ter uma sensibilidade naturalmente aumentada (Figura 1). Durante o exame clínico inicial, foram identificados dentes jovens sem restaurações e com normalidade de translucidez do esmalte. Sem pontos opacos. Foi proposto clareamento dentário em terapia caseira, noturna, com peróxido de carbamida a 10% que contenha nitrato de potássio e flúor em sua formula (Opalescence 10% PF - Ultradent do Brasil), por se tratar de baixa concentração, alta viscosidade e liberação lenta (Figura 2). Durante a primeira sessão foi realizada moldagem para a confecção de moldeiras individualizadas (Figuras 3 a 7). Um ponto importante discutido com a paciente foi a quantidade e frequência da utilização do gel clareador. A orientação foi uma gota em cada dente dentro da moldeira (Figuras 8 e 9) e uso noturno. A paciente foi ainda orientada da necessidade de correta utilização e adaptação da moldeira (Figuras 10 a 13). A paciente foi reavaliada em 7 dias e repetiu o procedimento por mais 7 dias, totalizando 15 dias de clareamento, quando a mesma demonstrou estar completamente satisfeita com o resultado obtido (Figura 14). Durante a última consulta foi aplicado um questionário de satisfação e desconforto e a paciente não relatou nenhum episódio de sensibilidade aumentada, nem irritação dos tecidos moles bucais.

DISCUSSÃO Percebe-se que hoje, o resultado final está ganhando mais importância que a rapidez de resposta. Se em um passado recente a ideia era criar técnicas e materiais que respondessem de forma imediata, ações adversas ajudaram a entender o cuidado e os reais motivos para se obter um clareamento harmônico e duradouro. Nos dias atuais, com o objetivo de diminuir os efeitos indesejáveis da ação clareadora, como por exemplo, a sensibilidade dentária, os clareadores estão sofrendo mudanças em suas formulações para ganhar mais estabilidade e controlar as taxas de liberação dos íons oxidativos. No presente caso optou-se por usar peroxido de carbamida a 10% com presença em sua formula de flúor e nitrato de potássio (Opalescence PF


Palo RM

Figura 1

Figura 2

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Figura 6

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Figura 14

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 Caderno Científico | Dentística Estética

10%) e por ter alta confiabilidade devido ao controle de estabilidade de concentração e pH, além de não ter sofrido mudanças recentes em sua formulação. Ainda, apresenta alta viscosidade que colabora fisicamente na aderência do gel na moldeira e na superfície dentária, diminuindo o extravasamento aos tecidos moles; e estabilidade química para controle da liberação iônica, uma vez que controle de pH, diluição de espessantes do gel e outros componentes da fórmula podem afetar a permeabilidade desses íons pelos tecidos dentários1,10,15,16,21,29,32. A escolha pelo material também influenciou a escolha da terapia de uso noturno, pois devido a liberação gradual do Opalescence PF 10%, é recomendado para até 8 horas de ação10,32,33. O resultado obtido foi discreto, harmônico e de acordo com as intenções da paciente. Nota-se a ausência de áreas de desidratação,

Palo RM

pontos brancos e ainda a transparência incisal preservada. Estes são sinais de que houve uma ação clareadora efetiva, harmônica e segura, talvez devido a presença do íon flúor e do nitrato de potássio em sua formulação, que demonstraram ser benéficos ao esmalte, diferentemente da presença de cálcio na fórmula que demonstrou ser indiferente1,8,10,13,28-30. A foto final refere-se a um mês após o término do clareamento, onde a estabilidade de cor já aconteceu.

CONCLUSÃO Concluímos que o imediatismo por dentes brancos deve ser visto com cautela, para evitar que áreas de desidratação sejam erroneamente interpretadas como clareamento, assim, terapias mais lentas e graduais mostram resultados harmônicos e duradouros. 

◗◗ REFERÊNCIAS 1) Matis BA, Cochran MA, Eckert GJ. Review of the effectiveness of various tooth whitening systems. Operative Dentstry. 2009; 34-2: 230-235. 2) Plotino G, Buono L, Nicola M, Grande NM, Pameijer CH, Somma F. Nonvital tooth bleaching: a review of the literature and clinical procedures. J Endod. 2008: 10: 1-14. 3) Adibfar A, Steele A, Torneck CD, Titley KC, Ruse D. Leaching of hydrogen peroxide from bleached bovine enamel. J Endod. 1992; 18: 488-91. 4) Antunes F, Cadenas E. Estimation of H2O2 gradients across biomembranes. FEBS Lett. 2000; 475: 121-6. 5) Camps J, Franceschi H, Idir F, Roland C, About I. Time-course diffusion of hydrogen peroxide through human dentin: clinical significance for young tooth internal bleaching. J Endod. 2007; 33: 455-9. 6) Carlsson J. Salivary peroxidase: an important part of our defense against oxygen toxicity. J Oral Pathol. 1987; 16: 412-6. 7) Dezotti MSG, Souza Junior MHS, Nishiyama CK. 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Efeitos deletérios dos agentes clareadores em dentes vitais e não-vitais. J Bras Odontol Clin. 1998; 2: 25-32. 19) Bowles WH, Burns JRH. Catalase/peroxidase activity in dental pulp. J Endod. 1992; 18: 527-9. 20) Bowles WH, Ugwuneri Z. Pulp chamber penetration by hydrogen peroxide following vital bleaching procedures. J Endod. 1987; 13: 375-7. 21) Camargo SE, Valera MC, Camargo CHR, Mancini MNG, Menezes MM. Penetration of 38% hydrogen peroxide into the pulp chamber in bovine and human teeth submitted to office bleach technique. J Endod. 2007; 33: 1074-7. 22) Cooper JS, Bokmeyer TJ, Bowles WH. Penetration of the pulp chamber by carbamide peroxide bleaching agents. J Endod. 1992; 18: 315-7. 23) Fuss Z, Szajkis S, Tagger M. Tubular permeability to calcium hydroxide and to bleaching agents. J Endod. 1989; 15: 362-4. 24) Gökay O, Yilmaz F, Akin S, Tunçbìlek M, Ertan R. Penetration of the pulp chamber by bleaching agents in teeth restored with various restorative materials. J Endod. 2000; 26: 92-4. 25) Hanks CT, Fat JC, Wataha JC, Corcoran JF. Cytotoxicity and dentin permeability of carbamide peroxide and hydrogen peroxide vital bleaching materials, in vitro. J Dent Res. 1993; 72: 931-8. 26) Outhwaite WC, Livingston MJ, Pashley DH. Effects of changes in surface area, thickness, temperature and post-extraction time on human dentine permeability. Arch Oral Biol. 1976; 21: 599-603. 27) Rotstein I. In vitro determination and quantificaton of 30% hydrogen peroxide penetration through dentin and cementum during bleaching. Oral Surg Oral Med Oral Pathol. 1991; 72: 602-6. 28) Nascimento WC, Silva CM, Alexandrino LD, Araujo JLN, Esteves RA, Alves EB. Estudo in situ do esmalte clareado com peroxido de hidrogenio com e sem calcio. Brazilian Oral Research. 2013; 27-1: 103. 29) Petta TM, Gomes YSBL, Alexandrino LD, Nascimento GCR, Esteves RA, Alves EB, Silva CM. Avaliação in situ da dureza do esmalte clareado com peroxido de hidrogenio com fluor. Brazilian Oral Research. 2013; 27-1: 346. 30) Simas RM, Alexandrino LD, Gomes YSBL, Klautau EB, Esteves RA, Silva CM. Avaliação do esmalte clareado com peroxido de hidrogênio a 35% com ou sem cálcio. Brazilian Oral Research. 2013; 27-1: 210. 31) Wainwright WW, Lemoine FA. Rapid diffuse penetration of intact enamel and dentin by carbon-14-labeled urea. J Am Dent Assoc. 1950; 41: 135-45. 32) Haywood VB, Leech T, Heymann HO, Crumpler D, Bruggers K. Nightguard vital bleaching: effects on enamel surface texture and diffusion. Quintessence Int. 1990; 21: 801-4. 33) Feinman RA. Bleaching vital teeth. Curr Opin Cosmetic Dent. 1994; 23-9. 30 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57


 Caderno Científico | Dentística Estética

◗ MIRIAM BALDIN Especialista em Dentística e Estética dental. Ministradora dos cursos Atualização e Aperfeiçoamento em Dentística Estética e Diretora do Departamento de Dentística da Apcd de Ribeirão Preto-SP. Proprietária da Clinica Baldin (Odontologia/Saúde/ Estética). Site: www.miriambaldin.odo.br E-mail: miriam@miriambaldin.odo.br

Baldin M

Estética e cosmética em Odontologia: conceitos e aplicações INTRODUÇÃO Em Odontologia, o conceito de estética inclui os aspectos morfofisiológicos harmônicos e, a cosmética inclui aspectos relacionados com a técnica, o material, a cor e a interação entre eles. Sendo assim, a estética pode ser definida como a arte de criar, reproduzir, copiar e harmonizar as restaurações com as estruturas dentárias e anatômicas circunvizinhas, enquanto a cosmética constitui o conjunto de procedimentos e materiais odontológicos específicos com o objetivo de alcançar a beleza e a harmonia requeridas pela estética1. O presente artigo visa mostrar como alguns procedimentos restauradores estéticos e cosméticos podem mudar a aparência dentofacial, principalmente quando atuando em conjunto com outras disciplinas da Odontologia, melhorando sobremaneira o resultado final de tratamentos onde antes se buscava apenas saúde e função1,2. Atualmente, muitos dos planejamentos cirúrgicos, ortodônticos ou reabilitadores já prevêem a necessidade de procedimentos cosméticos, principalmente adesivos, para concluir os casos mais complexos, em que o objetivo seja o restabelecimento do sorriso. A Odontologia Estética, juntamente com uma enorme variedade de materiais restauradores disponíveis, tem trazido oportunidades de tratamentos nunca antes imaginados. A possibilidade de se acrescentar resinas e porcelanas sem a necessidade de metal, com pouco desgaste dental, mudou sobremaneira os tratamentos reabilitadores e a aparência dentofacial3.

Ela estará presente após tratamentos ortodônticos, onde os diastemas estejam abertos e necessitem ser fechados após a completa movimentação dental. Geralmente para estes casos utilizam-se resinas compostas, fragmentos ou laminados cerâmicos. Pacientes com perda de dimensão vertical e desgaste excessivo nos dentes anteriores podem ter seu sorriso de volta após a reabilitação posterior, associado à tratamento reabilitador posterior em que se possibilita a criação de espaços interoclusais para a reabilitação anterior. Em muitos casos podemos criar ilusões de ótica para fazer com que os dentes pareçam mais longos ou curtos, mais largos ou estreitos, auxiliando assim em grandes reabilitações orais.

CASOS CLÍNICOS Seguem casos clínicos em que houve aplicação de técnicas e materiais estéticos e cosméticos, para que fosse devolvida a harmonia e naturalidade do sorriso.

Caso Clínico 1 (Figuras 1a e 1b) Paciente portadora de dentes com desarmonia de formato e cor, trazendo a impressão de um sorriso sem vitalidade. Foram aplicadas técnicas de clareamento dental, restaurações com resinas compostas e princípios de remodelação cosmética, fazendo assim com que o sorriso se enquadrasse ao perfil da paciente Figura 1a

DISCUSSÃO

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Mondelli,J,Estética e Cosmética em Clínica Integrada Restauradora, Quintessence.2003, 7-9,87. 2) Magne P, Belser U, Restaurações Adesivas de Porcelana na dentição Anterior: :Uma Abordagem Biomimética, Quintessence .2012;58. 3) Fradeani M, Análise Estética Uma Abordagem Sistemática Para o Tratamento Protético, Quintessence.2006.

Ao contrário do que muitos pensam, a estética e a cosmética em Odontologia não visam apenas clarear dentes ou restaurar dentes com resinas compostas. Elas implicam numa vasta área de conhecimento multidisciplinar relacionado à aparência dentofacial. O profissional que trabalha com esta disciplina utiliza técnicas de clareamento dentário, microabrasão, remodelação cosmética, aliados a procedimentos de ortodontia, periodontia, prótese e oclusão, podendo assim modificar forma, cor, tamanho e posição dos dentes. Utilizam materiais como resinas compostas e cerâmicas de última geração, associadas a princípios de proporção áurea, remodelação cosmética e ilusão de ótica. Sendo assim, fazer Odontologia Estética exige dos profissionais alta performance técnica associada à tecnologia disponível no mercado atualmente. Podemos citar alguns exemplos de como a Odontologia Estética pode se associar a outras especialidades odontológicas para recriar sorrisos harmoniosos.

M. Baldin Figura 1b

M. Baldin www.gutierreodonto.com.br > 31


 Caderno Científico | Dentística Estética Caso Clínico 2 (Figuras 2a, 2b e 2c)

Figura 2a

Paciente submetido a tratamento ortodôntico portador de diastemas. Após a remoção do aparelho, fechamento dos diastemas com resinas compostas e remodelação cosmética.

M. Baldin Figura 2b

Figura 2c

M. Baldin

Caso Clínico 3 (Figuras 3a, 3b, 3c e 3d) Paciente com mordida aberta anterior, com indicação para cirurgia ortognática, optou por apenas harmonizar o sorriso com facetas nos dentes anteriores e modificação do corredor bucal. Este tratamento possibilitou que o espaço existente entre as duas arcadas parecesse menor devido ao maior grau de aparecimento dos dentes ântero-superiores. Para isso, trabalhou-se com os princípios de dominância anterior, linha média e progressão regressiva, fundamentais para a Odontologia Estética. Este procedimento não substitui a necessidade de tratamentos cirúrgico/ortodôntico, mas devolve parcialmente harmonia ao sorriso.

Figura 3a

M. Baldin

Figura 3b

M. Baldin Figura 3c

M. Baldin Figura 3d

M. Baldin

Caso Clínico 4 (Figuras 4a e 4b) Paciente com ausência dos dentes 22, 32 e 42, com desvio de linha média e acentuado desgaste dos dentes anteriores, com perda de dimensão vertical. Para que fosse possível a reabilitação do sorriso deste paciente, associou-se ao tratamento o uso de placa de mordida articulada pré e pós-tratamento reabilitador. O paciente foi submetido a completa reabilitação posterior, com uma dimensão vertical alterada, para que gerasse espaço para a reabilitação anterior. Nos dentes posteriores utilizou-se coroas totais, e nos dentes anteriores facetas e restaurações com resinas compostas e porcelanas a partir do dente 13 até a transformação do dente 23 no 22 ausente e do dente 24 em 23. Desta forma, conseguiu-se minimizar o efeito das ausências e melhorar a aparência dos dentes anteriores, possibilitando assim um sorriso mais confiante ao paciente. 32 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Figura 4a

M. Baldin

Figura 4b

M. Baldin

M. Baldin


Baldin M

Figura 5a

Figura 5b

Caso Clínico 5

(Figuras 5a, 5b, 5c, 5d e 5e) Paciente com indicação para coroas em porcelana nos dentes anteriores, com presença de implante em posição irregular, entre os dentes 22 e 23 (Figuras 5a e 5b). Para se conseguir harmonia anterior, necessitou-se distribuir os espaços a partir do dente 13, baseando-se em princípios estéticos de proporções ideais de largura e comprimento dos dentes. Deste modo, através de coroas de porcelana, aumentou-se a largura a dos dentes a partir do dente 13, de modo que sobre o implante fosse construído o dente 22. Posteriormente, seria transformado o dente 24 em 23, para enquadrar os dentes ao conjunto orofacial.

M. Baldin

M. Baldin

Figura 5c

Figura 5d

M. Baldin

M. Baldin

CONCLUSÃO

Figura 5e

“O objetivo da estética e da cosmética não se resume apenas em restaurar a forma e a função dos dentes, mas no restabelecimento de um novo sorriso que se adapte ao perfil do paciente. Através de suas técnicas e materiais, auxilia em várias outras especialidades odontológicas, desde o planejamento, execução e finalizações reabilitadoras, trazendo de volta a beleza e naturalidade dos dentes e do sorriso”. 

M. Baldin

2014 1º semestre

Pós-graduação em

IMPLANTODONTIA E PRÓTESE SOBRE IMPLANTES Curso de Aperfeiçoamento

IMPLANTES DENTÁRIOS OSSEOINTEGRÁVEIS - 6ª TURMA Início: 14/15 de Fevereiro 2014. Duração: 12 meses. Frequência: sextas e sábados, mensal. Investimento: 12 parcelas de R$ 660,00. Natureza Do Curso: Teórico e Clínico com atendimento de pacientes.

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Corpo Docente: • Prof. MS Danilo Maeda Reino Coordenador, Especialista, Mestre e Doutor em Periodontia Forp-USP. • Prof. Glauber Macedo Rama Especialista em Periodontia e Mestrando em Reabilitação Oral Forp-USP.

A CEEC FORNECERÁ OS MOTORES CIRÚRGICOS EM PARCERIA COM A NEODENT E A DENTSCLER. * O kit será fornecido pela instituição.

Curso de Aperfeiçoamento

3

RECONSTRUÇÃO DE TECIDOS PERI-IMPLANTARES COM INSTALAÇÃO DE IMPLANTES IMEDIATOS. Início: 13 de fevereiro de 2014. Duração: 12 meses, sendo mensal, quinta-feira, manhã e tarde. Investimento: 12 parcelas de R$ 650,00. Natureza do Curso: Teórico, Laboratorial e Clínico.

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Curso de Aperfeiçoamento

PRÓTESE SOBRE IMPLANTES - 4ª TURMA Início: 21 de Fevereiro 2014. Duração: 12 meses. Frequência: 1 vez ao mês, sexta-feira, manhã e tarde. Investimento: 12 Parcelas de R$ 650,00. Natureza do Curso: Teórico, Laboratorial e Clínico.

Corpo Docente: • Prof. Glauber Macedo Rama - Coordenador e Especialista em Periodontia. Mestrando em Reabilitação Oral pela FORP USP • Profª. Paula Pastana Beraldo - Especialista em Prótese Dentária-AORP. • Prof. Régis Eduardo Oliveira Jaccoud - Especialista em Prótese e Mestrando em Reabilitação Oral pela FORP-USP

SISTEMA UTILIZADO: NEODENT. OS PACIENTES PARA O CURSO JÁ ESTÃO TRIADOS DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS DA CEEC. * O kit será fornecido pela instituição.

Coordenador: • Prof Ms Danilo Maeda Reino Professores Convidados: • Prof. Glauber Macedo Rama. • Prof. Régis Eduardo Oliveira Jaccoud.

SISTEMA UTILIZADO: NEODENT. OS PACIENTES PARA O CURSO JÁ ESTÃO TRIADOS DO CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS DA CEEC.

REALIZAÇÃO

APOIO TÉCNICO CIENTÍFICO

COLABORADORES

* O kit será fornecido pela instituição.

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 Caderno Científico | Dentística Estética

◗◗ MARCELO RODRIGUES ALVES Professor do Curso de Especialização em Dentística da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Clínica particular em Ribeirão Preto/SP. E-mail: dr.marcelo@mcpremiere.com.br ◗◗ ÁLVARO AUGUSTO JUNQUEIRA JÚNIOR Especialista e Mestrando em Dentística pela Forp/Usp. E-mail: alvarojunqueira@usp.br

Protocolo de preparo e cimentação de pinos de fibra de vidro: Técnica modificada INTRODUÇÃO Dentes tratados endodonticamente tornam-se enfraquecidos devido à perda de estrutura dentária, principalmente de dentina, decorrente de fraturas coronárias, lesões cariosas, erosão, abfração e pelo tratamento endodôntico1. A preservação de maior volume de dentina, tecido este altamente resiliente e que confere resistência elástica ao elemento dental, deve ser objetivo de todo tratamento restaurador. González2 relata que dentes restaurados com pinos metálicos fraturam com cargas significantemente menores que os dentes cimentados com pinos de fibra de vidro, observado ainda que o aumento de chances de fraturas relacionadas ao diâmetro do pino mostraram-se significantemente maiores apenas nos pinos metálicos. Diferentemente dos pinos rígidos, os pinos de fibra de vidro não necessitam ser maiores que o tamanho da coroa para reduzir as chances de fratura radicular3. Isto ocorre porque, uma vez cimentado adesivamente o pino no conduto, não há necessidade de aumentar a retenção com a confecção de um pino muito longo4.

DISCUSSÃO Mesmo dotado de tais vantagens, a presença de uma linha de cimentação exagerada entre o dente e o pino permanece um problema clínico importante5,6 principalmente em canais elípticos, onde os pinos pré-fabricados não apresentam adaptação adequada7. Casos como estes predispõem situações em que a camada de cimento torna-se muito espessa, aumentando a presença de bolhas e favorecendo a descimentação do pino8. Uma opção para estes casos é realizar a reanatomização do pino com resina composta9, aumentando sua adaptação no conduto e possibilitando a criação de uma camada de cimento mais fina.8 Aumentar a superfície de contato entre o pino e o dente pode, também, reduzir a dependência da adesividade para retenção do pino10. Também foi demonstrado que cimentos com melhores propriedades mecânicas e menor potencial adesivo podem ser úteis na cimentação de pinos reanatomizados11. A perda de retenção do pino é a causa de falha mais comumente relatada para insucessos de coroas retidas por pinos12,13, tornando a pesquisa sobre fatores que aumentam a retenção do mesmo no conduto muito focada14. É importante que o cirurgião-dentista entenda como atingir união efetiva dos pinos com a estrutura dental, promovendo retenção e reduzindo o risco de fratura dental15. Shori16 realizou um estudo mostrando que o tratamento prévio do pino 34 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

de fibra de vidro com peróxido de hidrogênio a 10% aumenta sobremaneira a eficiência da silanização, tornando a adesão entre o pino e o cimento resinoso significativamente aumentada. Neste mesmo estudo, Shori observou que o uso de ácido fosfórico a 37% aumentou a força de adesão, porém somente quando comparado com o grupo de pinos sem qualquer tratamento prévio à silanização. É importante destacar que o uso do ácido fosfórico a 37% tem como objetivo apenas limpar a superfície do pino. Em relação à fotopolimerização do cimento resinoso, é importante destacar que não é clinicamente possível fotopolimerizar todo o cimento presente dentro do conduto17. Com isso, torna-se desejável o uso de fotopolimerizadores de alta potência, assim como torna-se indispensável o uso de cimentos que possuam, além da capacidade de fotopolimerização, uma via química para complementação da polimerização pela luz. A forma de inserção do cimento no conduto também interfere na retenção do pino, sendo que o uso de pontas auto-misturadoras para levar o cimento no interior do canal e o uso de brocas lentulo mostram melhores resultados18,19,20. Contudo, como a ativação da lentulo aumenta a temperatura do cimento, este pode começar a polimerizar-se precocemente, fazendo com que esta prática deva ser cautelosa quando escolhida. O corte do pino deve preceder a cimentação, a fim de evitar vibrações sobre o mesmo enquanto o cimento não está completamente polimerizado. O corte apical do pino não é recomendado pelo fabricante.

CONCLUSÃO Este trabalho tem como finalidade mostrar o passo-a-passo de uma técnica modificada, onde a cimentação de um pino de fibra de vidro é realizada com o mesmo material para reconstrução coronária. Esta técnica facilita o procedimento, pois não há necessidade do uso de resina composta para restauração final do elemento reabilitado. 


Alves MR / Junqueira Jr. AA

Figura 1

Após o tratamento endodôntico é feita a remoção do material obturador. No mínimo a mesma medida coronária e no máximo 2/3 do conduto radicular. Figura 3b

Certificando-se do travamento procedemos ao corte incial no comprimento de trabalho necessário. Figura 5

Para a secagem pode ser utilizado sugador de endo ou peças plásticas adaptadas à cânula (Cappilary Tips - Ultradent). Figura 8

Finalização da secagem com cone de papel.

Figura 2

Após a remoção, o preparo é feito com brocas do mesmo diâmetro dos pinos com o objetivo de máxima adaptação. O instrumento final é escolhido de acordo com a amplitude da obturação final diagnosticada pelo RX. Figura 3c

Em casos onde o elemento apresenta remanescente coronário, pode ser necessário o corte chanfrado do pino para melhor adaptação. Figura 6

Condicionamento com Ácido Fosfórico a 37% durante 15s.

Figura 9

Aplicação ativa do adesivo com movimentos vigorosos contra a superfície dentinária. (Allcem - FGM).

Figura 3a

Certificamos o diâmetro e adaptação do pino. O mesmo deve "travar"nas paredes internas do conduto. Figura 4

O início do preparo do conduto faz-se com a utilização de insertos ultrassônicos sem ponta ativa com o objetivo de limpeza sem desgaste interno. Figura 7

Lava-se novamente com ultrassom e secagem inicial com cânulas de sucção.

Figura 10

Remoção do excesso de adesivo com cones de papel. Deixar por 15s dentro do canal. www.gutierreodonto.com.br > 35


 Caderno Científico | Dentística Estética Figura 11

Figura 12

Fotopolimerização por 40s. Verificar a potência do fotopolimerizador. (Optilight Max, 1200 mW/cm2, Gnatus).

Preparo prévio do Pino: Aplicação de ácido fosfórico por 40s, lavagem e secagem. Aplicação do silano e aguardar 3 min para evaporação. Aplicação do adesivo, secagem com jato de ar para remoção de excessos e fotopolimerização por 15s.

Figura 14

Figura 15

Verificar dispositivo intra-canal que acompanha a ponta automix do sistema. Figura 17

Alves MR / Junqueira Jr. AA

Figura 13

Cimentação e restauração coronária feita com cimento resinoso dual (Allcem Core, FGM).

Figura 16

Inserção do cimento dentro do canal previamente à inserção do pino.

Aspecto final, notar a cobertura completa do remanescente. Não é indicado deixar o pino de fibra exposto.

Figura 18

Fotopolimerização por 40s.

Polimento pode ser feito com discos de lixa e feltro acompanhados de pastas de polimento (Diamond master, FGM).

◗◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Sedgley CM, Messer HH. Are endodontically treated teeth more brittle? J Endod. 1992 Jul;18(7):332-5. 2) González-Lluch C, Rodríguez-Cervantes PJ, Sancho-Bru JL, Pérez-González A, Barjau-Escribano A, Vergara-Monedero M, Forner-Navarro L. Influence of material and diameter of pre-fabricated posts on maxillary central incisors restored with crown. J Oral Rehabil. 2009 Oct;36(10):737-47. 3) Santos-Filho PC, Castro CG, Silva GR, Campos RE, Soares CJ. Effects of post system and length on the strain and fracture resistance of root filled bovine teeth. Int Endod J. 2008 Jun;41(6):493-501. 4) Braga NM, Paulino SM, Alfredo E, Sousa-Neto MD, Vansan LP. Removal resistance of glass-fiber and metallic cast posts with different lengths. J Oral Sci. 2006 Mar;48(1):15-20. 5) D'Arcangelo C, Cinelli M, De Angelis F, D'Amario M. The effect of resin cement film thickness on the pullout strength of a fiber-reinforced post system. J Prosthet Dent. 2007 Sep;98(3):193-8. 6) Teixeira CS, Silva-Sousa YT, Sousa-Neto MD. Bond strength of fiber posts to weakened roots after resin restoration with different light-curing times. J Endod. 2009 Jul;35(7):1034-9. 7) De-Deus G, Murad C, Paciornik S, Reis CM, Coutinho-Filho T. The effect of the canal-filled area on the bacterial leakage of oval-shaped canals. Int Endod J. 2008 Mar;41(3):183-90. 8) Grandini S, Goracci C, Monticelli F, Borracchini A, Ferrari M. SEM evaluation of the cement layer thickness after luting two different posts. J Adhes Dent. 2005 Autumn;7(3):235-40. 9) Grandini S, Sapio S, Simonetti M. Use of anatomic post and core for reconstructing an endodontically treated tooth: a case report. J Adhes Dent. 2003 Fall;5(3):243-7. 10) Faria-e-Silva AL, Pedrosa-Filho Cde F, Menezes Mde S, Silveira DM, Martins LR. Effect of relining on fiber post retention to root canal. J Appl Oral Sci. 2009 Nov-Dec;17(6):600-4. 11) Naumann M, Sterzenbach G, Rosentritt M, Beuer F, Frankenberger R. Is adhesive cementation of endodontic posts necessary? J Endod. 2008 Aug;34(8):1006-10. 12) Bergman B, Lundquist P, Sjogren U, Sundquist G. Restorative and endodontic results after treatment with cast posts and cores. J Prosthet Dent. 1989 jan;61(1) 10-5. 13) Mentink AG, Meeuwissen R, Kayser AF, Mulder J. Survival rate and failure characteristics of the all metal post and core restoration. J Oral Rehabil. 1993 Sep;20(5) 455-61. 14) Stockton LW. Factors affecting retention of post systems: a literature review. J Prosthet Dent. 1999 Apr;81(4):380-5. 15) Stewardson D, Shortall A, Marquis P. The bond of different post materials to a resin composite cement and a resin composite core material. Oper Dent. 2012 Nov-Dec;37(6):E1-12. 16) Shori D, Pandey S, Kubde R, Rathod Y, Atara R, Rathi S. To evaluate and compare the effect of different Post Surface treatments on the Tensile Bond Strength between Fiber Posts and Composite Resin. J Int Oral Health. 2013 Oct;5(5):27-32. 17) Daleprane B, Nemesio de Barros Pereira C, Oréfice R, Bueno A, Vaz R, Moreira A, Magalhães C. The Effect of Light-curing Access and Different Resin Cements on Apical Bond Strength of Fiber Posts. Oper Dent. 2013 Oct 22. 18) D’Arcangelo C, D’Amario M, De Angeles F, Zazzeroni S, Vadini M, Caputi S. Effect of application technique of luting agent on the retention of three types of fiber-reinforced post systems. J Endod 2007;33:1378-82. 19) D’Arcangelo C, D’Amario M, Vadini M, Zazzeroni S, De Angeles F, Caputi S. An evaluation of luting agent application technique effect on fibre post retention. J Dent 2008;36:235-40. 20) Shiratori FK, Valle AL, Pegoraro TA, Carvalho RM, Pereira JR. Influence of technique and manipulation on self-adhesive resin cements used to cement intraradicular posts. J Prosthet Dent. 2013 Jul;110(1):56-60. 36 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57


 Caderno Científico | Ortodontia

◗◗ RENATA CRISTINA FARIA RIBEIRO DE CASTRO Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (Fob/Usp). Pós-Doutorado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp. Coordenadora do mestrado em Odontologia, área de concentração em Ortodontia, pela Universidade do Sagrado Coração (USC - Bauru-SP). E-mail: drarenatacastro@gmail.com

Castro RCFR

Propulsor Mandibular Forsus: eficiente alternativa para o tratamento das más oclusões de Classe II, por retrusão mandibular INTRODUÇÃO A má oclusão de Classe II por retrusão mandibular, identificada pela convexidade facial aumentada, está presente em 37,2% da população brasileira1 e, dentre as suas manifestações, a forma mais prevalente é a caracterizada pela deficiência mandibular2-5. Em consequência da maior prevalência do retrognatismo mandibular, estão indicados, para esses casos, aparelhos que estimulem o redirecionamento do crescimento mandibular6-8. Muitos dispositivos e técnicas para o tratamento das alterações dentoesqueléticas e funcionais da maloclusão Classe II foram descritos na literatura. Destacam-se os aparelhos ortopédicos funcionais, aparelhos extrabucais, aparelhos fixos associados a elásticos de Classe II e ou ortopédicos funcionais fixos, podendo ainda envolver ou não extrações dentárias. Quanto aos ortopédicos funcionais fixos, estão bem indicados para os casos em que a maloclusão de Classe II tem como principal componente a deficiência mandibular9. Se o componente esquelético mais comprometido na má oclusão de Classe II é a mandíbula, cabe ao ortodontista ter em mãos alternativas de tratamento com ação direta no osso basal comprometido, neste caso, aparelhos propulsores da mandíbula fixos. Desde que Pancherz7, em 1979, reintroduziu o uso deste aparelho na literatura mundial, outros dispositivos surgiram com aplicações semelhantes, porém, ressalta-se que são distintos em relação ao vetor de força, instalação, conforto para o paciente e sistema de ancoragem. Aparelhos desenvolvidos recentemente (século XXI) podem ser classificados como híbridos (Twin Force Bite Corrector e FORSUS), porque eles representam a combinação de características dos aparelhos funcionais fixos rígidos (Ex.: Herbst, APM, FLF, MARA) com aparelhos funcionais fixos flexíveis (Ex.: Jasper Jumper, Churro Jumper). Poderiam ser descritos como aparelhos com os sistemas rígidos associados a dispositivos do tipo mola. O objetivo desses aparelhos é mover os dentes pela aplicação de forças elásticas contínuas, que substituem o tradicional uso de elásticos ou de forças extra-orais. A característica comum é o uso de molas em espiral para produzir forças que variam entre 150 e 200 gramas. Outras características incluem a redução da

necessidade de cooperação do paciente, a facilidade de instalação do aparelho, menor índice de quebra e maior conforto para os pacientes10,11 e, no caso do propulsor mandibular Forsus, não necessita de ancoragens intrabucais devido ao seu vetor de força mais horizontal.

DISCUSSÃO Dentre os aparelhos ortopédicos funcionais fixos híbridos destaca-se o Forsus, inicialmente constituído por lâminas de níquel-titânio, revestidas por plástico e se chamava Forsus Nitinol Flat Spring. Bill Vogt, em 2001, desenvolveu o Forsus - Fatigue Resistant Device (FFRD), composto por três partes telescópicas envolvidas por uma mola helicoidal. Quando totalmente comprimida, o que raramente deve ocorrer na utilização clínica, a força gerada pela mola é de, aproximadamente, 200 gramas10. Essa característica faz com que se assemelhe a alguns aparelhos funcionais flexíveis. Difere, no entanto, pela maior resistência à quebra da mola espiral. A mola é aplicada por seu deslizamento sobre uma superfície rígida evitando desta forma angulações nos pontos de fixação e permitindo movimentos mandibulares laterais. A segunda versão do aparelho Forsus foi fabricada em seis diferentes tamanhos (entre 22 e 38 mm), servindo tanto para o lado direito e o esquerdo, para a obtenção do valor total do comprimento do módulo deve-se somar 12 mm à medida, em máxima intercuspidação habitual, da mesial do tubo do primeiro molar superior a distal do bráquete do canino inferior. As suas extremidades são presas às bandas ou ao fio ortodôntico do tubo do primeiro molar, por meio de um pino (conhecido como Módulo L-PIN), a distal do bráquete do canino inferior. O arco inferior deve apresentar fio retangular de aço de 0,021” x 0,025” e o fabricante não indica uso de ancoragem inferior e nem superior10. Em 2008 o fabricante (3M Unitek Corp, Monrovia, Califórnia) substituiu o módulo L-PIN pelo módulo EZ, uma trava antirrotacional para encaixe no tubo do molar, com o objetivo de proporcionar mais estabilidade ao Forsus - Fatigue Resistant Device. Em 2010, o módulo EZ dop Forsus Fatigue Resistant Device recebeu um reforço de solda, minimizando, ainda mais, riscos de fratura e, este novo módulo foi chamado de Forwww.gutierreodonto.com.br > 37


 Caderno Científico | Ortodontia sus Módulo EZ2. Atualmente, somente o Forsus EZ2 é comercializado no Brasil e no exterior. As alterações promovidas pelo Forsus foram investigadas e os resultados mostram que em pacientes com idade inicial média de 14,2 anos, a análise das telerradiografias demonstrou que 66% das alterações foram de origem dentária, a correção da relação molar ocorreu por meio da distalização dos molares superiores e mesialização dos molares inferiores8,12,13,14. Houve uma retrusão dos incisivos superiores e a protrusão dos inferiores, reduzindo trespasse horizontal, sendo que a intrusão e protrusão dos inferiores também reduziram em 1,2 mm o trespasse vertical. Não houve alteração significante na maxila e a mandíbula apresentou um significante aumento no comprimento efetivo. O plano oclusal rotacionou no sentido horário (4,2º) como resultado da intrusão dos incisivos inferiores e molares superiores. Dois terços dos pacientes preferiram o novo aparelho ao uso da ancoragem extrabucal, aparelhos removíveis ou elásticos intermaxilares. Os autores concluíram que o Forsus consiste em um excelente sistema Figura 1

Figura 2

auxiliar para o tratamento da maloclusão de Classe II em pacientes não colaboradores e após o pico de crescimento puberal. Numa avaliação de 48 adolescentes que apresentavam retrognatismo mandibular e padrão de crescimento horizontal ou normal13, os pacientes foram divididos aleatoriamente em três grupos: 1) com idade média de 13,6 anos, tratado com Forsus Nitinol Flat Spring; 2) com idade média de 14,0 anos, tratado com aparelhos Jasper Jamper; e 3) grupo controle, não tratado, com idade média de 13,8 anos. Telerradiografias laterais e modelos de estudo foram obtidos após a fase de nivelamento e no momento da remoção dos aparelhos. A análise cefalométrica revelou que ambos os aparelhos redirecionaram o crescimento mandibular, com aumento da altura facial anterior e posterior. Incisivos superiores foram extruídos, retraídos e verticalizados, com distalização e intrusão dos primeiros molares superiores. Na mandíbula, os incisivos foram intruídos e protruídos para vestibular, enquanto os molares sofreram mesialização e extrusão. Houve obtenção de relação molar de Figura 3

Trespasse horizontal na instalação do aparelho ortopédico funcional fixo. Fonte: autora do presente artigo. Ancoragem intrabucal superior (barra transpalatina) e inferior (arco lingual de Nance), previamente a instalação do propulsor mandibular híbrido Twin Force Bite Corrector. Devido ao vetor de força mais vertical de sistemas de molas de níquel titânio, este ortopédico híbrido não dispensa o uso de ancoragens, superior e inferior. Por outro lado, o propulsor mandibular híbrido Forsus, devido ao vetor de força mais horizontal e sistemas de mola de aço inoxidável, dispensa o uso de ancoragens. Figura 4

Figura 5a

Forsus Fatigue Resistant Device, módulo EZ2 e, associado ao aparelho fixo autoligado Clarity SL. Fonte: 3M Unitek

Régua fornecida pelo fabricante para a obtenção da medida da mesial do tubo primeiro molar superior à distal do braquete do canino inferior. Fonte: 3M Unitek Figura 6a

Figura 5b

Figura 6b

Forsus Fatigue Resistant Device, módulo L-Pin (etapa final de uso). 38 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57


Castro RCFR

◗◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) SILVA FILHO, O. G.; FREITAS, S. F. ; CAVASSAN, A. O. Prevalência de oclusão normal e má-oclusão em escolares na Cidade de Bauru (São Paulo). Parte I: Relação sagital. Rev Odonto USP, 1990. 4(2),130-7. 2) MCNAMARA, J. A., JR. Components of class II malocclusion in children 8-10 years of age. Angle Orthod, 1981, 51(3), 177-202. 3) CARTER, N. E. Dentofacial changes in untreated Class II division 1 subjects. Br J Orthod, 1987, 14(4), 225-34. 4) BUSCHANG, P. H. et al. Mathematical models of longitudinal mandibular growth for children with normal and untreated Class II, division 1 malocclusion. Eur J Orthod, 1988, 10(3), 227-34. 5) BACCETTI, T. et al. Early dentofacial features of Class II malocclusion: a longitudinal study from the deciduous through the mixed dentition. Am J Orthod Dentofacial Orthop, 1997, 111(5), 502-9. 6) PANCHERZ, H. Treatment of class II malocclusions by jumping the bite with the Herbst appliance. A cephalometric investigation. Am J Orthod, 1979, 76(4), 423-42. 7) RUF, S.; HANSEN, K. ; PANCHERZ, H. Does orthodontic proclination of lower incisors in children and adolescents cause gingival recession? Am J Orthod Dentofacial Orthop, 1998, 114(1), 100-6. 8) BACK, C. Avaliação das tábuas ósseas vestibulares e linguais dos dentes anteriores inferiores e molares superiores após o tratamento com os aparelhos funcionais fixos FORSUS e TWIN FORCE BITE CORRECTOR. Dissertação (mestrado em Ortodontia) - Faculdade de Saúde da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2011. 9) FRANCHI, L.; BACCETTI, T.; MCNAMARA, J. A., JR. Treatment and posttreatment effects of acrylic splint Herbst appliance therapy. Am J Orthod Dentofacial Orthop, 1999, 115(4),429-38. 10) VOGT, W. The Forsus Fatigue Resistant Device. J Clin Orthod, 2006, 40 (6),368-77. 11) CHHIBBER, A. et al. Long-term stability of Class II correction with the Twin Force Bite Corrector. J Clin Orthod, 2010 , 44(6),363-76. 12) HEINIG, N.; GOZ, G. Clinical application and effects of the Forsus spring. A study of a new Herbst hybrid. J Orofac Orthop, 2001, 62(6), 436-50. 13) KARACAY, S. et al. Forsus Nitinol Flat Spring and Jasper Jumper corrections of Class II division 1 malocclusions. Angle Orthod, 2006, 76(4), 666-72. 14) JONES, G. et al. Class II non-extraction patients treated with the Forsus Fatigue Resistant Device versus intermaxillary elastics. Angle Orthod, 2008, 78(2), 332-8.

Classe I, com redução dos trespasses vertical e horizontal, além de melhora do perfil facial. A avaliação dos modelos mostrou expansão dos arcos dentários maxilar e mandibular. Em comparação, os dois mecanismos de tratamento da maloclusão de Classe II promoveram redirecionamento do crescimento mandibular e restrição do crescimento maxilar, maiores alterações dentoalveolares que esqueléticas, inclinação do plano oclusal e expansão das arcadas. Enfim, as alterações esqueléticas, dentárias e de tecidos moles mostraram-se semelhantes nos dois grupos tratados. Comparados o grupo tratado com Forsus e um grupo tratado com elásticos intermaxilares, encontraram resultados cefalométricos semelhantes14. Outro estudo objetivou avaliar, por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) as alterações em espessura das tábuas ósseas vestibulares e linguais em primeiros molares superiores e incisivos e caninos inferiores, após a utilização de aparelhagem fixa e dos aparelhos Twin Force (grupo A) e Forsus (grupo B) para o tratamento da maloclusão de Classe II, 1ª divisão8. Para tanto, obteve-se uma amostra de 22 pacientes jovens adultos, divididos em dois grupos, de acordo com o aparelho propulsor da mandíbula. Grupo experimental A: 11 pacientes, 6 masculinos e 5 femininos, com idade média de 15,09 anos na instalação do Twin Force, e 11 pacientes, 7 masculinos e 4 femininos, com idade média de 15,45 anos na instalação do Forsus. O tempo médio de uso do aparelho Twin Force foi de 3,73 meses e do Forsus, 7,09 meses. O grupo A realizou TCFC antes do início do tratamento (T1), antes da instalação do Twin Force (T2), após a remoção do Twin Force (T3); e o grupo B somente antes da instalação do Forsus (T2) e após a remoção do Forsus (T3). Na comparação intergrupos os resultados evidenciaram que não houve diferença estatisticamente significante entre as alterações das espessuras das tábuas ósseas vestibular e lingual; por outro lado, na avaliação intragrupo, de 48 medidas avaliadas, no grupo A houve reduções estatisticamente significantes nos terços cervical e médio por vestibular, nos dentes anteroinferiores e nos primeiros molares superiores e aumento nos terços cervical e médio, por lingual nos dentes anteroinferiores, totalizando 25 medidas significantes. Já no grupo B, houve aumento significante da tábua óssea lingual nos dentes anteroinferiores e redução em vestibular nos molares superiores, totalizando apenas sete medidas significantes, mas com mais medidas significantes de redução óssea vestibular em terços cervical e médio nos primeiros molares superiores, em comparação com o grupo A. Não houve diferença significante entre as medições obtidas com voxel 0,2 mm e 0,4 mm e nem dimorfismo entre os gêneros. A instalação deve seguir alguns quatro passos principais: 1) O aparelho fixo utilizado pode ser convencional ou autoligado. Inicialmente, realiza-se o alinhamento e nivelamento com fios redondos e retangulares de NiTi. Finalizando esta fase com arcos retangulares de aço 0,019” x 0,025”, coordenados, pois somente com este fio, está indicado instalar o Forsus EZ2.

2) A seleção do tamanho ideal do dispositivo é feita por meio de uma régua fornecida pelo fabricante. Com o paciente em máxima intercuspidação habitual mede-se a distância da distal do tubo do primeiro molar superior a distal do braquete do canino inferior, tanto para o lado direito, quanto para o esquerdo. Quando existir diferença na relação molar entre os lados direito e esquerdo, considera-se o lado mais severo. 3) A seguir instala-se o Forsus de acordo com a prescrição do fabricante, iniciando pelo módulo com o clip no tudo do primeiro molar superior e em seguida, pela haste na distal do bráquete do canino inferior, em ambos os lados. O Forsus, módulo EZ2, é instalado no tubo voltado para a oclusal (tubo específico para o Forsus, comercializado pela Abzil e pela 3M Unitek). O tempo de uso médio é de sete meses com o aparelho Forsus™, até alcançar a relação de Classe I de molar e canino, em relação cêntrica. Após a remoção do Forsus, elásticos de Classe II são instalados como contenção noturna, e em seguida iniciada a fase de finalização. Após a remoção do aparelho fixo, utiliza-se como contenções a placa de Hawley superior e a barra 3-3 inferior.

CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS O Forsus tem vantagens pela facilidade de manuseio clínico, sem fase laboratorial. O modelo módulo EZ2, com dois pontos de solda, reduziram, sobremaneira, os riscos de quebras. Vale lembrar que a posição correta do tubo do molar superior para oclusal (Tubo Abzil, específico para o Forsus), associado a dobra na distal, minimiza o índice de quebras. Em pacientes adultos, passíveis de compensação dentária, o propulsor mandibular Forsus mostrou-se eficaz para correção da Classe II, sem nenhuma alteração no terço médio da face (o que é favorável, já que a maior parte destes pacientes apresentam equilíbrio nesta região tegumentar, ao iníco do tratamento), melhora na relação interlabial, oclusão funcional e estética satisfatórias, além de proporcionar mais conforto para o paciente. A média da sobressaliência ao início do tratamento pode variar de cinco a 12 mm, ou seja, está indicado mesmo nos casos com trespasse horizontal acentuadamente aumentado. A melhor indicação do Forsus recai para pacientes Classe II, divisão 1, meso ou braquifaciais, com incisivos inferiores verticalizados, ao início do tratamento. E ainda, vale ressaltar que os aparelhos ortopédicos funcionais fixos não estariam indicados para casos não passíveis de compensação, com indicação de tratamentos orto-cirúrgicos, em jovens e adultos.  www.gutierreodonto.com.br > 39


 Caderno Científico | Implantodontia

◗◗ EDUARDO INADA Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da Fundecto (FFO/ Usp). Doutorado pelo Departamento de Biomateriais e Biologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fo/Usp). Mestrado pelo Departamento de Prótese da Fo/Usp. Especialista em Prótese Dentária pela Eap da Apcd Central. Ouvidor do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp). Site: www.inada.com.br E-mail: inada@usp.br Fone: (11) 3836 4731 - Cel: (11) 99227 8797.

A estética do sorriso nas reabilitações com implantes orais com diferentes níveis de reabsorção óssea INTRODUÇÃO A era da Osseointegração na Implantodontia iniciou na década de 50 do século passado. As pesquisas coordenadas pelo Professor Brånemark tiveram divulgação mundial após o trabalho científico publicado em 19811. Naquele momento, a estética era deixada para segundo plano, pois o objetivo principal era reestabelecer a função mastigatória dos pacientes ditos inválidos orais ou portadores de próteses totais (dentaduras)1. Os pacientes se queixavam da falta de estabilidade das próteses que prejudicava a efetividade da mastigação. A situação se complicava ainda mais nos casos em que os pacientes tinham grandes reabsorções (perdas) ósseas. Em 1985, Lekholm e Zarb2 apresentaram a classificação para qualidade e morfologia (disponibilidade) óssea dos pacientes a serem implantados. Para otimizar o tratamento, o planejamento adequado, visando a melhor distribuição dos implantes no arco3,4,5, exerce grande importância na distribuição das cargas e na longevidade do tratamento. Nos dias atuais, a exigência pela estética nos tratamentos com implantes aumentou, tanto por parte dos pacientes como por parte dos profissionais. Fradeani6 demonstrou que as alturas das linhas do sorriso influenciam muito no resultado estético final.

CASO CLÍNICO 1 O paciente chegou ao consultório com estado de saúde bucal comprometido (Figuras 1 e 2). O tratamento antigo e a dificuldade em higienizar, devido a idade avançada, colaborou com a perda óssea e a mobilidade dos dentes. O primeiro passo do tratamento foi a remoção do tártaro, seguido pela profilaxia (limpeza) dos dentes e a orientação de higiene oral, condição essencial para reestabelecer a saúde gengival que antecede a realização da cirurgia de extração dos dentes e a instalação dos implantes. Na consulta seguinte foram realizadas as moldagens dos arcos para confecção das guias cirúrgicas e das próteses provisórias. O planejamento do tratamento foi realizado diante das radiografias, tomografias, modelos de gesso no articulador e o exame clínico. Foram realizadas as instalações dos implantes imediatos às extrações e carga imediata através da instalação das próteses provisórias. A Figura 3 apresenta o par de próteses fixas sobre implantes com gengiva artificial agregada nas próprias próteses. A gengiva artificial agregada às próteses foi necessária para compensar a reabsorção óssea. 40 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

CASO CLÍNICO 2 A paciente foi atendida na Clínica de Especialidades em Implantes da FOUSP e se queixava da estética, da dificuldade de mastigar e da halitose. Foi realizado um planejamento para prótese fixa com implantes, do tipo protocolo, levando em consideração regiões com reabsorções ósseas. A cirurgia foi realizada com a instalação de seis implantes da Conexão com dimensões de 3,75 x 13 mm. Para os defeitos ósseos foi utilizado enxerto com biomaterial Bio-Oss e membrana Bio-Gide. Constatada a fixação primária dos implantes acima dos 32N cm foi instalada uma prótese provisória fixada sobre implantes, conhecida como carga imediata.

CASO CLÍNICO 3 A paciente compareceu ao consultório apresentando a prótese fixa sobre dentes solta, devido a infiltrações por cárie e comprometimento de todas as raízes superiores. Foi realizado um planejamento e através de um enceramento diagnóstico, onde foi constatada a necessidade da correção da curva de Spee (curvatura anteroposterior de encaixe dos dentes). A Figura 15 mostra a correção da curva de Spee através da diminuição na altura das coroas superiores em cerâmica e o aumento das coroas inferiores com cera para que os dentes tenham oclusão (encaixe).

DISCUSSÃO Os três pacientes apresentaram diferentes níveis de reabsorção óssea na maxila. O paciente 1, embora com a presença de dentes naturais, apresentava a maior reabsorção óssea dos três casos, que ficou demonstrado através das próteses superior e inferior que contêm gengiva artificial (resina rosa) agregada nas próteses para compensar esta reabsorção (Figura 3). A paciente 2 apresentava reabsorção óssea considerável no lado direito da maxila, demonstrada através da presença de gengiva artificial agregada na prótese provisória e somente neste lado da reabsorção (Figura 9). Já a paciente 3, embora tivesse discreta reabsorção óssea, esta era uniforme e está demonstrada na altura dos dentes da prótese (Figura13), um pouco maior do que a proporção em dentes naturais. Os três casos clínicos apresentados foram favorecidos na estética do sorriso pela linha de sorriso baixa não mostrar a transição dente/ gengiva (branco/rosa). Casos com reabsorções


Inada E

CASO CLÍNICO 1 Figura 1

Figura 2

Vista intraoral mostrando próteses desgastadas, oclusão deficiente, presença de tártaro e biofilme.

Aspecto do sorriso do Paciente 1 com estética deficiente.

Figura 3

Figura 4

Aspecto intraoral após reabilitação com próteses sobre implantes e gengiva agregada para compensar a reabsorção óssea.

Aspecto do sorriso do Paciente 1 após tratamento com implantes osseointegrados.

CASO CLÍNICO 2 Figura 5

Aspecto do sorriso da Paciente 2 com sorriso deficiente.

Figura 8

Vista do defeito ósseo sendo posicionado a membrana BioGuide para o preenchimento com enxerto Bio-Oss.

Figura 6

Vista intraoral apresentando prótese parcial removível com problemas oclusais e estéticos.

Figura 9

Vista da prótese provisória que apresenta do lado direito gengiva agregada para compensar a perda (reabsorção) óssea.

Figura 7

Aspecto intraoral onde pode-se observar áreas de reabsorções ósseas e dentes com desalinhamento oclusal

Figura 10

Aspecto de um sorriso harmônico obtido com o alinhamento oclusal e proporção adequada dos dentes. www.gutierreodonto.com.br > 41


 Caderno Científico | Implantodontia

Inada E

CASO CLÍNICO 3 Figura 11

Aspecto do sorriso da Paciente 3 com sorriso deficiente. Os dentes apresentam-se inclinados para a direita e no lado esquerdo mais longos. Figura 13

Aspecto da prótese fixa sobre implantes em cerâmica com alinhamento e a oclusão reestabelecida. Figura 15

◗◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Adell R, Lekholm U, Rockeler B, Brånemark P-I. A 15 years study of osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaws. Int J Oral Surg 1981;10(6):387-416. 2) Lekholm U, Zarb GA. Patient selection and preparation. In: Branemark PI, Zarb GA, Albrektsson T. TissueIntegrated Prostheses. pp. 199-209. Chicago:Quintessence, 1985. 3) Rangert B, Jemt T, Jorneus L. Forces and moments on Branemark implants. Int J Oral Maxillofac Implants 1989;4(3):241-7. 4) English CE. Critical A-P spread. Implant Soc.1990;1(1):2-3. 5) Ismail YH. Occlusion and biomechanics in implant dentistry. Dent Implantol Update 1993;4(1):6-8. 6) Fradeani M. Análise estética: uma abordagem sistemática para o tratamento protético. pp. 63-114. São Paulo:Quintessence, 2006. 7) Skalak R. Biomechanical considerations in osseointegrated prostheses. J Prosthet Dent 1983;49:843-8. 8) Skalak R. Aspectos de las consideraciones biomecánicas. In: Branemark PI, Zarb GA, Albrektsson T. Protesis Tejidos-integradas. pp. 117-28. Berlin:Quintessence, 1987. 9) Kan JY, Morimoto T, Rungcharassaeng K, Roe P, Smith DH. Gingival biotype assessment in the esthetic zone: visual versus direct measurement. Int J Periodontics Restorative Dent 2010;30(3):237-43 10) Kan JY, Rungcharassaeng K, Lozda JL, Zimmerman G. Facial gingival tissue stability following immediate placement and provisionalization of maxillary anterior single implants: a 2- to 8- year follow-up. Int J Oral Maxillofac Implants 2011;26(1):179-87. 11) Isidor F. Loss of osseointegration caused by occlusal load of oral implants. A clinical and radiographic study in monkeys. Clin Oral Implants Res 1996;7(2):143-52. 12) Isidor F. Histological evaluation of peri-implant bone at implantssubjected to occlusal overload or plaque accumulation. Clin Oral Implants Res 1997;8(1):1-9. 13) Inada E, Todescan FF. Doença periimplantar: realidade indesejada. Revista da APCD 2011;65(4):252-7. 42 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Figura 12

Aspecto intraoral onde pode-se observar que os dentes da prótese fixa superior estão inclinados para a direita e problemas oclusais. Figura 14

Vista oclusal da prótese fixa em cerâmica apresentando o posicionamento ideal da emergência dos parafusos dos implantes. Figura 16

Vista lateral da prótese apresentando o posicionamento ideal dos implantes respeitando os espaços interdentais e a correção da curva de Spee.

Aspecto de um sorriso com harmonia.

ósseas consideráveis estão favorecidos, na maioria das vezes, devido a transição branco rosa ser artificial, uma vez que estas próteses trazem a gengiva agregada, conforme demonstrada na Figura 3 e são expostas através do sorriso. Nas reabilitações totais dos arcos, a distribuição dos implantes é de grande importância. Quanto maior a área do polígono formada através dos pontos imaginários que ligam os implantes, melhor será a distribuição de cargas7,8 (Figura 14). Embora os três casos sejam favorecidos pela linha do sorriso baixa, nos casos 2 e 3, se as linhas de sorriso fossem alta ou média e, assim mostrando a transição dente gengiva (branco rosa), outro fator que ganharia muita importância é a posição tridimensional do implante. Além da profundidade para que tenha perfil de emergência entre a gengiva e a coroa do dente, a localização mésiodistal do implante passaria a ter grande importância. Esta posição ideal mésiodistal é conseguida quando há um planejamento correto através de enceramento diagnóstico, a confecção de uma guia cirúrgica adequada e a utilização da mesma, também adequada (Figura 15). Isto evita que o implante esteja localizado na região interdental de papilas. Para casos em que a linha do sorriso é média ou alta, há que se ter muita atenção no diagnóstico, principalmente na definição do biótipo gengival9,10 e a avaliação cautelosa do remanes-

cente ósseo, quando se está diante de paciente com pouca reabsorção óssea. Diante destes fatores, a execução da instalação do implante na posição ideal tridimensional, o eventual preenchimento dos espaços entre implante e osso remanescente com enxertos durante a cirurgia, passam a ter caráter decisivo na estética. Além de alcançar a estética do sorriso adequada no tratamento com implantes, faz-se necessária também a manutenção do tratamento ao longo dos anos. É preciso estar atento a sobrecarga oclusal que pode levar a perda da osseointegração dos implantes e o acúmulo de biofilme que pode levar a reabsorção da crista óssea marginal11,12. Instruções de higienização e manutenção periódica dos tratamentos reabilitadores com implantes através das profilaxias, podem diminuir o risco às doenças peri-implantares13.

CONCLUSÕES 1 - O diagnóstico e o planejamento são fatores decisivos para alcançar a estética do sorriso nos pacientes tratados com implantes orais. 2 - A distribuição dos implantes nos arcos e o posicionamento tridimensional dos implantes melhoram a distribuição de cargas, facilitam a higienização, promovem a longevidade do tratamento e influenciam na estética. 3 - A estética do sorriso no tratamento reabilitador com implantes está diretamente influenciada com a altura da linha do sorriso. 


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 Caderno Científico | Implantodontia

◗◗ GLAUBER MACEDO RAMA Especialista em Periodontia pela Associação Odontológica de Ribeirao Preto (Aorp). Mestrando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). E-mail: glauber.rama@gmail.com ◗◗ DANILO MAEDA REINO Especialista, Mestre e Doutorando em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). ◗◗ FELIPE ANDERSON SOUSA DOS SANTOS Especialista em Periodontia pela Associação Odontológica de Ribeirao Preto (Aorp). Mestrando em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp).

Provisionalização imediata em dente unitário anterior: associação periodontoprotética para resultados funcionais e estéticos previsíveis INTRODUÇÃO O panorama atual da implantodontia mostra-se bastante evoluído, com inúmeras técnicas e materiais que propiciam a resolução de casos que antes não seriam possíveis ou implicariam em inúmeros procedimentos reconstrutivos prévios para que uma tentativa de implantação pudesse ser alcançada. A evolução técnico-científica hoje tem por um de seus principais pilares não apenas o favorecimento da biocompatibilidade, mas também a redução dos tempos de espera pelo paciente para que este possa receber seu tratamento definitivo. Na clínica diária a provisionalização imediata de implantes unitários é um dos procedimentos mais desejados por pacientes e dentistas, seja em dentes anteriores ou posteriores. Tal procedimento permite que o paciente possa receber um elemento provisório que, apesar de não possuir função mastigatória efetiva, devolve conforto estético, psicológico e social a ele durante o período de osseointegração. O tempo da osseointegração, entretanto, ainda é uma queixa por parte dos profissionais e pacientes. Dessa forma, inúmeras pesquisas relacionadas à modificação da superfície de implantes osseointegráveis têm sido realizadas. Existem alternativas que permitem reduzir sensivelmente o tempo de espera de 6 meses para até 3 a 4 semanas em algumas situações específicas1. Este relato de caso clínico tem por objetivo demonstrar uma provisionalização imeditada em um implante imediato unitário no qual foram utilizados tanto técnicas modernas de implantação associadas ao uso de biomateriais e técnicas de cirurgia plástica peri-implantar para otimização estética a longo prazo, aliado ao uso de um implante com tratamento de superfície ativa.

CASO CLÍNICO Paciente de 38 anos do gênero feminino, sem comprometimento sistêmico, compareceu à CEEC Odontologia com relato de reabsorção radicular externa do elemento 21 confirmada clínica (mobilidade) e radiograficamente (Figuras 1 e 2). O planejamento protético/periodontal 44 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

reverso por meio de exames clínico, radiográfico e por fotografias intra e extrabucais realizado, consistiu na exodontia minimamente traumática do elemento 21, implantação imediata em alvéolo fresco associada à utilização de biomateriais de preenchimento do “gap” vestibular de lenta absorção e enxerto de tecido conjuntivo e, se possível, provisionalização imediata. Após realizada a anestesia local na área de trabalho, procedeu-se à desinserção delicada do elemento 21 por meio de um periótomo delgado. A porção coronária do elemento foi removida com uma pinça hemostática e preconizou-se a remoção da porção radicular por meio de um extrator atraumático de raízes. Para tal, a sequência preconizada pelo fabricante foi seguida e a porção radicular foi removida mantendo-se a integridade do alvéolo, incluindo as papilas gengivais (Figuras 3 e 4). Durante a inspeção alveolar, notou-se que as paredes ósseas estavam íntegras situando-se cerca de 3 mm abaixo da margem gengival em todas as paredes. Dessa forma, procedeu-se à sequência de fresagem para a implantação por meio de uma cirurgia “flapless”, ou seja, sem abertura de retalho. O implante utilizado (Neodent Drive Acqua CM 3.5 x 13,0 mm) consiste de um implante cônico de alta performance dotado de um tratamento de superfície ativo que têm mostrado resultados interessantes no quesito redução do tempo de espera pela osseointegração. O procedimento de implantação seguiu a abordagem de “approach palatino”, técnica esta que busca ancoragem apical na tábua óssea palatina, porém com a emergência do implante rumo ao seu posicionamento protético ideal, ou seja, entre borda incisal e cíngulo para dentes anteriores e no centro da face oclusal para posteriores, mantendo-se uma área vazia entre o implante e a tábua óssea vestibular denominada “gap” (Figura 5). Após a instalação do implante, o torque de inserção foi aferido a fim de se checar a possibilidade de provisionalização imediata sem riscos, ou seja, dentro da faixa de 30-45N2. Feito isso, procedeu-se à seleção do pilar a ser instalado para a provisionalização. Por meio de um kit de seleção protética apropriado, selecionou-


Rama GM / Reino DM / dos Santos FAS

Figura 1

Figura 3

Figura 2

Aspecto inicial do caso.

Exodontia minimamente traumática com extrator de raízes.

Figura 4

Figura 5

Imagem radiográfica evidenciando reabsorção radicular externa.

Aspecto do alvéolo imediatamente após exodontia minimamente traumática. Figura 6

Seleção do componente protético ideal para o caso (Munhão Universal CM 3.3x6,0x2,5 mm). Figura 9

Figura 7

Implante Neodent Acqua Drive CM 3,5x13 mm instalado seguindo o “approach palatino”. Figura 8

Componente instalado e enxerto de tecido conjuntivo subepitelial posicionado. Material de preenchimento inserido e condensado no gap osso-implante.

Figura 10 Figura 11

Faceta provisória capturada com resina “flow” em cilindro provisório apropriado, no caso Munhão Universal CM 3.3x6,0x2,5 mm. Figura 12

Pré-cimentação em análogo para remoção do excesso de cimento previamente à cimentação.

Figura 13

Inserção da coroa para cimentação. Notar o perfil de emergência côncavo.

Figura 14

Pós-operatório imediatamente após cimentação. Figura 15

Pós-operatório de 7 dias após remoção da sutura de contenção do enxerto. Vista vestibular. Figura 16

Pós-operatório de 7 dias. Vista oclusal.

Pós-operatório de 15 dias. Vista vestibular.

Pós-operatório de 15 dias. Vista oclusal. www.gutierreodonto.com.br > 45


 Caderno Científico | Implantodontia

◗◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Lang L. P., Salvi G.E., et al. (2011). “Early osseointegration to hydrophilic and hydrophobic implant surfaces in humans” Clin Oral Implants Res 22: 349-356. 2) Nikellis, I., A. Levi, et al. (2004). "Immediate loading of 190 endosseous dental implants: a pros- pective observational study of 40 patient treatments with up to 2-year data." Int J Oral Maxillofac Implants 19(1): 116-123. 3) Langer, B. and L. J. Calagna (1982). "The subepithelial connective tissue graft. A new approach to the enhancement of anterior cosmetics." Int J Periodontics Restorative Dent 2(2): 22-33. 4) Araujo, M. G., F. Sukekava, et al. (2006). "Tissue modeling following implant placement in fresh extraction sockets." Clin Oral Implants Res 17(6): 615-624. 5) Degidi, M., G. Daprile, et al. (2013). "Immediate provisionalization of implants placed in fresh ex- traction sockets using a definitive abutment: the chamber concept." Int J Periodontics Restorative Dent 33(5): 559-565. 46 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

-se um pilar para prótese cimentada (Neodent Munhão Universal 3.3x6,0x2,5) devido às vantagens inerentes ao sistema de trabalho, dentre elas a utilização de um conjunto pré-fabricado de copings e transferentes. O pilar selecionado foi torqueado seguindo as recomendações do fabricante (32N) (Figura 6). Estando o implante e pilar instalados, preconizou-se a remoção de um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial do palato para ser suturado entre o osso vestibular e a gengiva vestibular. Como o “gap” osso-implante apresentou dimensão superior a 1 mm, procedeu-se ao preenchimento deste por meio de um material de lenta absorção (Geistlich Bio-Oss Small 0,5g) visando a manutenção do volume e estabilidade dos tecidos peri-implantares junto ao enxerto de tecido conjuntivo a longo prazo3(Figuras 7 e 8). Terminada a etapa cirúrgica, uma coroa provisória em resina acrílica foi confeccionada utilizando o coping provisório fornecido pelo conjunto pré-fabricado para o sistema utilizado. Na técnica utilizada, preconizou-se a confecção de uma faceta prévia e esta foi capturada ao cilindro provisório por meio de resina “flow” (Figura 9). Após a captura, realizou-se o preenchimento final em resina acrílica e aguardou-se a polimerização completa. Feito isso, procedeu-se à confecção do perfil de emergência adequado, no caso um perfil côncavo. A coroa foi provada e ajustada em boca de forma que ficasse em alívio oclusal tanto em relação cêntrica, máxima intercuspidação habitual e movimentos excursivos, ou seja, completamente aliviada de cargas mastigatórias axiais ou laterais. O polimento da peça foi realizado por meio de pontas siliconizadas para resina acrílica e a peça foi cimentada utilizando um cimento provisório a base de óxido de zinco livre de eugenol (3M ESPE RelyX Temp) utilizando a técnica de pré-cimentação da peça em análogo, ou seja, removendo todo o excesso de cimento em uma réplica do pilar antes de ser efetivamente cimentada em boca, evitando extravasamento de cimento na área sulcular recém operada (Figuras 10, 11 e 12). A paciente foi orientada quanto aos cuidados pós-operatórios e procedeu-se à prescrição medicamentosa de antibiótico, anti-inflamatório. analgésico e clorexidina 0,12% para higienização local até a remoção das suturas. Foi realizado acompanhamento pós-operatório de 7 e 15 dias (Figuras 13, 14, 15 e 16).

DISCUSSÃO O procedimento de provisionalização imediata tem sido realizado há alguns anos mostrando-se bastante previsível em boa parte dos casos. O grande questionamento que sempre é colocado em pauta consiste na possibilidade de migração apical da gengiva vestibular em casos de implantes imediatos como o relatado neste trabalho4. O primeiro ponto de discussão importante reside na escolha de um implante de plataforma reduzida. Alguns autores preconizavam implantes de largo diâmetro visando literalmente selar com-

Rama GM / Reino DM / dos Santos FAS

pletamente o alvéolo a fim de dar suporte mecânico às paredes ósseas circundantes e promover sua manutenção a longo prazo. Sabe-se, porém, que a compressão óssea gerada por tal atitude principalmente na tábua óssea vestibular pode culminar com sua reabsorção e, caso o paciente possua um periodonto de biotipo fino, transtornos estéticos importantes como migração apical da margem gengival ou acinzentamento gengival devido a transparência desta podem ocorrer. Desta forma, apenas reduzir o diâmetro da plataforma do implante pode não ser por si só suficiente para a resolução estética de boa parte dos casos, devendo ser complementada com outros procedimentos preventivos. O correto posicionamento do implante é fundamental para o sucesso clínico e é importante distinguir "approach palatino" de "palatinizar" o implante, uma vez que esta opção não favorecerá o perfil de emergência da futura prótese devido ao grande potencial de produzir um “overlap” cerâmico vestibular. O uso de implantes cônicos de diâmetro reduzido favorecem o aumento da estabilidade primária e evitam o toque do implante na tábua óssea vestibular, o que poderia gerar reabsorção a longo prazo. Sabendo-se destas possibilidades, a utilização de um material de preenchimento de lenta absorção na região do “gap” se faz necessária. Como não se pode prever quanto da tábua óssea vestibular poderá se reabsorver após o procedimento, o material de preenchimento poderá promover a manutenção e estabilidade do volume local, evitando transtornos estéticos a longo prazo. Além disso, a associação desta técnica aos enxertos de tecido conjuntivo consegue modificar o biotipo tecidual do paciente para uma espessura e qualidade superiores, favorecendo ainda mais a estabilidade deste tipo de tratamento ao longo dos anos3. Neste sistema de trabalho, não existe um pilar provisório; o pilar a ser selecionado é o mesmo que será utilizado na reabilitação final após a osseointegração, seguindo a filosofia de um único pilar em um único tempo clínico favorecendo a adesão epitelial neste durante o processo de maturação tecidual local. Além disso, o perfil de emergência selecionado para a coroa protética neste tempo cirúrgico foi côncavo. A busca por este perfil é importante devido a possibilidade de manutenção de um coágulo na área, favorecendo um tecido mais exuberante e espesso para condicionamento gengival na etapa de reabilitação final5.

CONCLUSÃO Desta forma, pode-se concluir que o procedimento de implantação imediata com provisionalização imediata associado a técnicas modernas de cirurgia plástica peri-implantar e biomateriais mostra-se como um procedimento previsível e aplicável na clínica do dia-a-dia com segurança e evidências científicas. Para o sucesso clínico, é fundamental o planejamento preciso e precisão na execução de todas as etapas clínicas.


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◗◗ JOSÉ AUGUSTO B. GABARRA JÚNIOR Especialistas em Periodontia. Professor do curso de Aperfeiçoamento em Implantes Osseointegrados do Departamento de Cirurgia, Traumatologia Bucomaxilofacial e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). E-mail: josegabarrajr@gmail.com ◗◗ RAFAEL VERLEIGIA MANTOVANI Especialistas em Periodontia. Professor do curso de Aperfeiçoamento em Implantes Osseointegrados do Departamento de Cirurgia, Traumatologia Bucomaxilofacial e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). ◗◗ LEANDRO FABIANO A. DA COSTA Especialistas em Periodontia. Professor do curso de Aperfeiçoamento em Implantes Osseointegrados do Departamento de Cirurgia, Traumatologia Bucomaxilofacial e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). ◗◗ SÉRGIO L. SCOMBATTI DE SOUZA Professor Associado 3 do Departamento de Cirurgia, Traumatologia Bucomaxilofacial e Periodontia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp/Usp). Endereço para correspondência: Av. do Café S/N - Ribeirão Preto-SP CEP: 14040-904. Email: scombatti@forp.usp.br

Gabarra Jr. JAB / Mantovani RV / da Costa LFA / de Souza SLS

Formação óssea após oito meses de cirurgia de levantamento de seio maxilar com osso bovino inorgânico (Bio-Oss®): análises microtomográfica e histológica RESUMO O objetivo desse estudo foi apresentar um caso clínico de cirurgia de levantamento de seio maxilar com instalação tardia (após 8 meses de regeneração óssea guiada - ROG) de implantes cone morse em área posterior de maxila, utilizando como biomaterial o osso bovino inorgânico associado a membrana de colágeno. Após 8 meses da ROG, a área foi reaberta e antes da instalação dos implantes uma biópsia óssea foi coletada para análise microtomográfica. A técnica de ROG proporcionou volume ósseo adequado para a colocação dos implantes. A análise microtomográfica da biópsia resultou em 27% de volume ósseo e 39% de biomaterial residual. Concluiu-se que este biomaterial pode ser utilizado com sucesso neste tipo de situação clínica, sendo uma alternativa ao uso de enxertos ósseos autógenos, evitando assim maior morbidade ao paciente.

INTRODUÇÃO A reabsorção óssea alveolar após a extração dentária decorre do processo de cicatrização do alvéolo. Nos seis meses após a extração ocorre uma reabsorção mais rápida, seguida por uma remodelação gradual, gerando reduções em espessura e altura do rebordo alveolar. Em média, após seis meses da extração dentária há uma perda óssea em espessura e altura do rebordo alveolar de 3,8 mm e 1,24 mm, respectivamente1-4; depois de um ano, a perda óssea em espessura do rebordo alveolar chega a 6mm5-7. As alterações em altura e espessura do rebordo alveolar são progressivas e irreversíveis, e podem comprometer a colocação dos implantes, especialmente na maxila8. Dessa forma, os procedimentos como enxertos autógenos, substitutos ósseos e técnicas regenerativas têm sido utilizados com o objetivo de prevenir e corrigir a reabsorção óssea alveolar pós-extração. A regeneração óssea guiada (ROG) baseia-se nos princípios de seleção celular utilizando barreiras oclusivas para prevenir a migração de células indesejáveis (epiteliais e conjuntivas) e possibilitar 48 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

a proliferação de células osteogênicas que se diferenciem em novo osso9-10. Nas técnicas de ROG podem ser utilizadas membranas absorvíveis e não absorvíveis. As membranas absorvíveis têm a vantagem de não necessitar de um segundo procedimento cirúrgico para sua remoção. As membranas utilizadas em procedimentos de ROG devem ser capazes de excluir células indesejadas e, idealmente, manter o espaço para as células ósseas11. As membranas absorvíveis mais usadas atualmente são as originadas de colágeno bovino. A área posterior de maxila é particularmente comprometida devido a pneumatização do seio maxilar12. Uma alternativa para a resolução de casos onde esta situação é presente implica em técnicas cirúrgicas de levantamento de seio maxilar13. O preenchimento do assoalho do seio maxilar pode ser realizado com osso autógeno (intra ou extra-oral) ou biomateriais. Sabe-se que técnicas que lançam mão de enxertos autógenos necessitam de áreas doadoras intra ou extra-orais que implicam na abertura de um segundo sítio cirúrgico, o que aumenta a morbidade e o desconforto para o paciente. Em função dessas situações uma série de pesquisas vem sendo realizadas utilizando biomaterias12, notadamente com substitutos ósseos de qualidades osteocondutoras, servindo de arcabouço para o restabelecimento do suporte ósseo necessário para instalação de implantes osseointegrados14. Desse modo, a literatura mostra um embasamento científico para o uso destes biomateriais em procedimentos de ROG, visando a recuperação do volume ósseo que foi reabsorvido, e esta situação foi a indicação clínica deste caso a ser apresentado.

RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente do gênero feminino, com 55 anos de idade, não fumante, boa saúde sistêmica, apresentou-se à clínica de Implantes Osseointegrados da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - USP, e relatou o desejo de reabilitar proteticamente a área edêntula corresponden-


Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Janela óssea lateral aberta.

Descolamento mucoperiostal. Figura 7

Figura 8

Figura 13

Figura 12

Implantes instalados.

Trefina coletando osso a ser biopsiado. Figura 14

Sutura do retalho.

Oito meses após enxerto ósseo.

Retalho suturado. Figura 11

Retalho descolado mostrando bom volume ósseo e remanescente de partículas do enxerto.

Preenchimento do seio maxilar com enxerto ósseo bovino inorgânico (BioOss®). Figura 9

Membrana de colágeno recobrindo o enxerto (BioGide®). Figura 10

Incisão do retalho.

Imagem radiográfica inicial.

Imagem clínica inicial.

Corte histológico da área óssea biopsiada.

Figura 15

Imagem microtomográfica da área biopsiada.

Figura 16

Imagem radiográfica final depois da instalação dos implantes e com os respectivos cicatrizadores. www.gutierreodonto.com.br > 49


 Caderno Científico | Implantodontia

◗ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Lang NP, Pun L, Lau KY, Li KY, Wong MCM. A systematic review on survival and success rates implants placed immediately into fresh extraction sockets after at least 1 year. Clin Oral Impl Res 2012;23:39-66. 2) Atwood DA. Post-extration changes in the adult mandible as ilustred by microradiographs of midsaggital sections and serial cephalometric roentgenograms. J Prosthetic Dent 1963;13:810-24. 3) Atwood DA, Coy WA.Clinical, cephalometric, and densitometric study of reduction residual ridges. J Prosthetic Dent 1971;26:280-95. 4) Seibert JS. Treatment of moderate localized alveolar ridge defects. Preventive e reconstructive concepts in theraphy. Dent Clin North Am 1993;37:265-80. 5) Araújo M, Lindhe J. Ridge alterations following tooth extraction wit and without flap elevation: an experimental study in the dog. Clin Oral Impl Res 2009;20:545-9. 6) Dahlin C, Linde A, Gottlow J, Nyman S. Healing of bone defects by guided tissue regeneration. PlastReconst Surg. 1988;81:672-6. 7) Andrade PF, Souza SLS, Macedo GO, Novaes Jr. AB, Grisi MFM, Taba Jr. M, et al. Acellular Dermal Matrix as a membrane for Guided Tissue Regeneration in the treatment of class II furcation lesions: A histomorphometric and clinical study in dogs. J Periodontol 2007;78:1288-99. 8) Johnson K.A study of the dimensional changes occurring in the maxilla after tooth extraction. Part I: normal healing. Aust Dent Journal 1963;8:428-34. 9) Karring T, Nyman S, Gottlow J, Laurell L. Development of the biological concept of guided tissue regeneration – animal and human studies. Periodontol 20001993;1:26-35. 10) Novaes Jr AB, Souza SLS.Acellular Dermal Matrix Graft as a membrane for guided bone regeneration: a case report. Implant Dent 2001;10:192-6. 11) Bunyaratavej P, Wang H-L.Collagen membranes: a review. J Periodontol 2001;72:215-229. 12) Aguirre Zorzano LA, Rodríguez Tojo MJ, Aguirre Urizar JM. Maxillary simus lift with intraoral autologous boné and B-tricalcium phosphate: histological and histomorphometric clinical study. Med Oral Patol Oral Cir. Bucal. 2007;12(7):E532-6. 13) Garlini G, Redemagni M, Donini M, Maiorana C. Maxillary sinus elevation with na alloplastic material and implants: 11 years of clinical and radiologic follow-up. J Oral Maxillofac Surg. 2010;68(5):1152-7. 14) Precheur HV. Bone graft materials. Dent Clin North Am. 2007;51(3):729-46 15) Viña-Almunia J, Peñarrocha-Diago M., Peñarrocha-Diago M. Influence of perforation of the sinus membrane on the survival rate of implants placed after direct sinus lift. Literature update. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2009;14(3):E133-6. 16) Cordaro L, Bosshardt DD, Palattella P, Rao W, Serino G, Chiapasco M. Maxillary sinus grafting with Bio-Oss or Straumann Bone Ceramic: histomorphometric results from a randomized controlled multicenter clinical trial. Clin Oral Implants Res 2008;19:796-803. 50 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Gabarra Jr. JAB / Mantovani RV / da Costa LFA / de Souza SLS

te aos dentes 24, 25 e 26, com a instalação de implantes osseointegrados. As análises clínica e radiográfica apontaram, além das ausências dentárias, significativa pneumatização do seio maxilar nesta região (Figuras 1 e 2). Foi planejada então a realização de uma regeneração óssea guiada na área, objetivando a formação de tecido ósseo adequado para a instalação de dois implantes osseointegrados na área dos dentes 24 e 26, e posterior reabilitação protética com uma prótese parcial fixa englobando 24-26. Após a anestesia infiltrativa terminal, procedeu-se a incisão supracrestal na vestibular do dente 23 e dente 27 e incisão oblíqua na dista do dente 23 com lâmina de bisturi 15C (Figura 3). Após a realização das incisões um retalho de espessura total foi descolado (Figura 4). A janela cirúrgica foi demarcada e a osteotomia foi realizada com broca esférica diamantada número 8, peça angulada 1:2, em 30.000 rpm e irrigação a 80%. Após a visualização da janela cirúrgica (Figura 5), foi pressionado o cabo do espelho contra a parte óssea central da janela para confirmar o término da osteotomia. Iniciou-se então, o descolamento da membrana com curetas especificas sem corte. Concluído o descolamento da membrana, posicionou-se uma cureta para manter a membrana elevada evitando qualquer dano durante os procedimentos de fresagem. Foi então preenchida a cavidade com o biomaterial a base de osso bovino inorgânico (BioOss®) (Figura 6) e uma membrana de colágeno (BioGide®) (Figura 7) foi colocada sobre a área enxertada. O tecido foi reposicionado sem tensão recobrindo totalmente a membrana e a sutura realizada (Figura 8). O protocolo medicamentoso ministrado à paciente foi: amoxicilina 500 mg associada ao ácido clavulânico 125 mg, três vezes ao dia (oito/ oito horas), por 11 dias, tendo sido iniciado 24 horas antes do procedimento cirúrgico; ibuprofeno 200mg , quatro vezes ao dia (seis/seis horas) por cinco dias; bochecho com digluconato de clorexidina a 0,12% duas vezes ao dia (manhã e noite) por 15 dias. A cicatrização ocorreu sem intercorrências: a paciente foi acompanhada em 07, 14, 21 e 30 dias após a cirurgia; e dois, três e oito meses pós-cirúrgicos. A sutura foi removida com 14 dias de pós-operatório. Oito meses após a cirurgia de ROG (Figura 9), foi solicitada e analisada uma tomografia computadorizada Cone Beam que apresentou significativo ganho de volume ósseo na região de seio maxilar do lado esquerdo. A área foi novamente anestesiada, e realizada incisão linear sobre o rebordo e descolado um retalho total para a exposição óssea onde foi observando bom volume ósseo para instalação dos implantes e a presença de partículas remanescentes do enxerto ósseo (Figura 10). Previamente à instalação dos dois implantes planejados (área dos dentes 24 e 26), foi realizada com uma trefina de 2mm (Figura 11), em substituição à broca inicial do sistema de implantes, a coleta do osso neoformado. Os implantes foram instalados (Figura 12) nas posições pré-estabelecidas no planejamento protético para posterior início da reabilitação oral e a sutura realizada (Figura 13). A análise histológica da biópsia óssea apresen-

tou remanescentes de partículas do biomaterial com osso neoformado ao redor, com ausência de sinais de inflamação ou de tecido conjuntivo (Figura 14). A análise microtomográfica apresentou após 8 meses 27% de osso neo-formado e 39% de biomaterial residual, ainda em processo de absorção (Figura 15). Atualmente o caso clínico apresenta-se na fase de cicatrizadores instalados sobre os implantes que foram posicionados nas áreas dos dentes 24 e 26 para sequência clínica da reabilitação oral (Figura 16).

DISCUSSÃO O intuito desse estudo foi apresentar um caso clínico de levantamento de seio maxilar com instalação tardia de implantes osseointegrados apresentando dados de microtomografia óssea que demonstram a condição da região tratada com ROG, tendo como base o enxerto de osso bovino inorgânico associado a uma membrana de colágeno absorvível. A escolha desse biomaterial heterógeno teve como meta reduzir a morbidade cirúrgica para a paciente. Os enxertos de osso bovino inorgânico associados a uma membrana de colágeno são frequentemente utilizados em técnicas de ROG e comportam-se como materiais osteocondutores, oferecendo substrato para proliferação capilar e osteblástica14. Quando aplicados na cavidade preparada adjacente ao seio maxilar, sofrem progressiva reabsorção seguida de substituição por tecido ósseo neoformado. É um biomaterial que apresenta porosidades que facilitam a vascularização e consequentemente a migração de osteoblastos. Sabe-se que a perfuração da membrana sinusal é a complicação mais frequente nesse tipo de cirurgia, pela sua reduzida espessura, sendo que a maioria das perfurações ocorre durante o descolamento da mesma. O tamanho da perfuração da membrana determina qual a melhor conduta terapêutica a ser tomada15. Durante o processo de descolamento da membrana deve-se assumir uma postura bastante minuciosa para evitar tal acidente, usando instrumentos adequados. A não perfuração da mesma implicará diretamente nos resultados de boa previsibilidade da técnica segundo a literatura. Finalmente, as análises microtomográfica e histológica da biópsia óssea mostraram resultados quantitativos e qualitativos que indicam a utilização desses biomateriais para procedimentos de levantamento de seio maxilar, tendo como vantagem em relação ao uso de osso autógeno a quantidade ilimitada de material e a menor morbidade para o paciente, sem a necessidade de uma segunda área cirúrgica.

CONCLUSÃO O caso clínico apresentado de levantamento de seio maxilar utilizando ROG com hidroxiapatita inorgânica (BioOss®) associada com membrana de colágeno (BioGide®) e instalação tardia de implantes osseointegrados com análise de micro-CT da estrutura óssea regenerada é uma terapia reabilitadora viável e de baixa morbidade. Deve-se ressalvar que há necessidade de estudos controlados randomizados para avaliação da previsibilidade clínica desse tipo de procedimento. 


CADERNO

Informativo ENTREVISTAS | VITRINE ODONTOLÓGICA | SOCIAL

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 Jurisprudência na Odontologia

A utilização dos incentivos a projetos sociais, culturais e esportivos como medida de responsabilidade social e planejamento tributário.

N

INTRODUÇÃO

os últimos anos, muito se tem falado sobre responsabilidade social. As maiores corporações multinacionais têm se mobilizado em torno dessa expressão que criou força em meados dos anos 1990 e se consolidou como estratégia empresarial na última década. Essa expressão tem como conceito essencial, aquele primariamente utilizado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável em 1998, estabelecendo que “se trata de comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente, a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo”. Este conceito vem sendo utilizado constantemente pelos grandes conglomerados empresariais a fim de garantir sua participação em favor das questões sociais e das comunidades nas quais atuam. Em troca desta participação, o empresariado não recebe tão somente o sono tranquilo por ter exercido responsabilidade social e auxiliado no desenvolvimento social local. Muitas vezes, se utilizam de leis de incentivo que permitem com que o empresário se beneficie dos atos de responsabilidade social realizados, não só quanto ao aspecto filantrópico, mas também em relação a questões que, muitas vezes, chegam ao aspecto financeiro e empresarial.

DISCUSSÃO São diversas as leis existentes no ordenamento jurídico brasileiro, que permitem ao empresário e, até mesmo, à pessoa física, exercer responsabilidade social em diversos setores da economia, obtendo para si diversos benefícios, inclusive fiscais. Tal legislação existe em âmbito federal, estadual e municipal. Em regra, beneficiam diversos setores da sociedade e são responsáveis pela manutenção de centenas de projetos sociais e filantrópicos nos quatro cantos do país. Dentre essas leis de incentivos, as que mais se destacam são aquelas destinadas ao fomento de projetos ligados aos setores cultural e desportivo. Ocorre, entretanto, que estas leis de incentivo ainda são subutilizadas no país, especialmente em razão do desconhecimento pela maior parte dos possíveis doadores, bem como por outros fatores-chave: a frá52 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

gil relação de confiança quanto à efetividade das políticas públicas e o ainda delicado e lento processo de profissionalização de gestores culturais e artistas, organizações não governamentais beneficiárias, entidades desportivas receptoras, além da variedade de motivações que levam as empresas decidirem onde e como investir à luz de seus objetivos de negócios. Tal cenário, felizmente, está mudando, conforme demonstram estudos e pesquisas sobre o tema: Nos últimos anos, o Grupo de Institutos, Fundações e Entidades (GIFE), surge como uma entidade que congrega entre seus associados o braço social das maiores empresas do país, e que desenvolveu uma agenda de encontros e debates entre seus membros que culminou no que eles chamam de Visão 2020, que visa direcionar e incentivar o uso de parâmetros que sejam de uso comum entre as empresas para as ações de investimento privado praticado pelas empresas em diversas áreas, entre elas a Cultura. O grupo tem por conceito a chamada Filantropia Moderna, e denomina sua atuação de Investimento Social Privado, relativo aos sete indicadores Ethos. “Investimento social privado, cujo conceito é: o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público” Assim, o documento permeia três grandes eixos temáticos: Relevância e Legitimidade (investir em iniciativas que estejam associadas às demandas efetivas da sociedade); Abrangência (investir em iniciativas com recorte temático e geográfico, buscando a desconcentração Rio-São Paulo); e Diversidade de investidores (fortalecendo a diversidade do setor da filantropia no Brasil, diversificando as fontes de investimento). O Grupo vem realizando pesquisas sobre o tema e, em 2012, no Senso GIFE, que monitora a atuação do investimento privado entre seus associados, foi elaborado um caderno especial para a Cultura e os números nos indicam um comportamento em transição sobre o envolvimento das empresas, com ampliação das ações de patrocínio, doações e investimento sociocultural, onde a cultura vem se destacando como alvo de investimento. (Ministério da Cultura. Gestão Cultural – Conceitos Básicos – Etapa I – O Campo da Cultura. Distrito Federal: 2012, p. 18.). O que o empresariado brasileiro desconhece é que, é possível, através de tais leis de incentivo, terem descontados dos impostos a serem pagos, os valores destinados ao fomento e financiamento de projetos correspondentes. Dentre os maiores exemplos, tem-se, no âmbito


federal, a chamada lei rouanet que se destina ao incentivo à cultura, a lei de incentivo ao esporte e leis de incentivo à saúde. Embora para a aplicação na legislação federal, o universo seja restrito, em regra, às empresas tributadas por lucro real, o mesmo quadro não acontece em relação às leis estaduais de incentivo. No estado de São Paulo, por exemplo, são diversas as leis que autorizam a dedução, por empresas tributadas em ICMS, de doações realizadas para o incentivo à cultura e ao esporte. Tal questão interessa, especificamente, às empresas produtoras e distribuidoras de produtos odontológicos que podem se beneficiar das respectivas deduções tributárias, e, consequentemente, vincular suas marcas a relevantes projetos sociais, demonstrando, desta maneira, sua preocupação com a responsabilidade social. Isto porque as mencionadas leis de incentivo permitem, em regra, duas modalidades de doação, sendo que, uma delas, em geral denominada de “doação patrocinada”, permite ao empresário ter seu nome vinculado e divulgado como patrocinador do respectivo projeto cultural, social ou esportivo, o que lhe garante uma estratégia pouco onerosa de marketing, desenvolvida em conjunto com a ideia de empresa socialmente responsável. No âmbito municipal, existem leis diversas neste sentido, especialmente nas maiores cidades do país, que permitem aos prestadores de serviços contribuintes de ISS terem descontos em sua tributação, através

do investimento em incentivo a projetos sociais, culturais e esportivos previamente aprovados pelo órgão das respectivas secretarias municipais. Neste ponto residem, especificamente, os interesses dos profissionais de odontologia, prestadores de serviços na área e afins, que poderão, através da orientação especializada de um profissional, se beneficiar de dispositivos legais que lhes garantam o pagamento de menor carga tributária e, em contrapartida, ter seu nome divulgado como empresa socialmente responsável, o que tem, nos moldes atuais, grande apelo junto à sociedade e aos clientes.

CONCLUSÃO Assim, os profissionais e empresas da área de odontologia devem, seguindo as tendências atuais do mundo corporativo, observar mais atentamente e buscar, através da assessoria de profissionais especializados, planejamento tributário mediante a utilização da legislação de incentivos às áreas intimamente ligadas ao conceito de responsabilidade social, e, desta maneira, garantir o acerto a três alvos essenciais de sua atividade: finanças, marketing e responsabilidade social.  ◗◗ GUSTAVO RUSSIGNOLI BUGALHO. Advogado especializado em Direito Administrativo no escritório Brasil Salomão & Matthes Advocacia em Ribeirão Preto. Especialista em Direito Constitucional pelo Centro de Extensão Universitária/SP. Pós Graduando em Gestão Executiva de Marketing e Comunicação Integrada. Autor de livros e professor de Direito Público em Cursos Preparatórios e Pós-Graduações.

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 Vitrine Odontológica > AllCem Veneer: agilidade e praticidade no consultório O AllCem Veneer é um dos lançamentos da FGM para 2014 que irá facilitar a rotina nos consultórios odontológicos. Este cimento resinoso fotopolimerizável é indicado para cimentação de restaurações indiretas sem infraestrutura opaca que permitam a passagem de luz em toda sua espessura, ideal para facetas e “lentes de contato dentais”. Por ser fotopolimerizável, permite o controle do tempo de trabalho. O lançamento chega ao mercado apresentando estabilidade de cor, disponível em seis diferentes colorações, nomeadas de acordo com a escala Vita Clássica e/ou Opallis (FGM), que possibilitam a execução dos casos clínicos. Conta com um sistema de polimerização do cimento isento de amina terciária, que é responsável pela alteração de cor em longo prazo. O produto possui excelentes propriedades mecânicas, juntamente com elevada estabilidade de cor, proporcionando uma cimentação duradoura e confiável. O AllCem Veneer oferece, aproximadamente, 63% de carga inorgânica em peso, além de aliar escoamento adequado com a capacidade de manter a peça em posição durante a cimentação (tixotropia) e radiopacidade, característica importante para detectar eventuais excessos de cimento remanescente sob tecido gengival. A novidade está disponível nas dentais. AllCem Veneer Try-In: combinação ideal para resultados mais seguros Em breve, também será lançado o AllCem Veneer Try-In, uma pasta hidrossolúvel à base de Polietileno glicol e sílica, que apresenta exatamente as mesmas cores disponíveis no cimento resinoso AllCem Veneer polimerizado. Por esta característica, permitirá que o profissional teste a cor a ser usada antes de fazer a cimentação definitiva com o AllCem Veneer. Entre os outros diferenciais, está a adequada viscosidade - ideal para propiciar o correto posicionamento da restauração indireta no momento da seleção da cor -, aroma mentolado e facilidade de remoção do produto.

> Polimento e alta Resistência em um produto

Johnson’s® lança as escovas oficiais da Copa do Mundo da FIFA 2014

A SDI Limited tem o prazer de anunciar o lançamento da Luna no mercado brasileiro. A combinação de tecnologia nano e híbrida permite à Luna um polimento excepcional em restaurações anteriores e alta resistência para restaurações posteriores. A Luna possui propriedades como fluorescência e translucidez ideais para cada cor, permitindo a combinação perfeita aos dentes naturais. Não gruda e também não se solta facilmente do instrumento, o que permite um manuseio firme e impecável do produto nas restaurações anteriores e posteriores. A Luna apresenta uma retração extremamente baixa à polimerização. Uma resina de cadeia longa de monômeros com poucas ligações poliméricas permite essa baixa retração. Pouca retração minimiza sensibilidade e microinfiltrações, o selamento efetivo contra as microinfiltrações diminui a probabilidade de desenvolver cáries secundárias. A Luna possui alta gama de cores para restaurações anteriores e posteriores: A1, A2, A3, A3.5, A4, B1, B2, B3, C1, C2, D2,OA2, OA3, OA3.5, duas cores especiais incisal (I) para reparar bordas incisais translúcidas e a Bleach (b), cor para os dentes que são um pouco mais claras do que B1. Disponível em seringas de 4g.

Para celebrar o momento único que o país viverá em 2014, a Johnson’s® anuncia o lançamento da sua linha exclusiva de escovas com o tema da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™. Os modelos escolhidos para comemorar com os brasileiros são a escova adulta Reach® Eco Essencial® e a infantil Reach® Essencial Junior® e estarão no mercado a partir de novembro. “O brasileiro é apaixonado por futebol e nós, como patrocinadores oficiais da Copa do Mundo da FIFA 2014™, queremos festejar junto, deixando a vida dos torcedores ainda mais verde e amarela. Para isso, unimos essa paixão com o nosso comprometimento na melhoria da saúde bucal dos brasileiros, tornando a rotina da escovação ainda mais divertida.” diz Ronaldo Art, gerente de mercado para a categoria de Oral Care. A escova Reach® Eco Essencial® é a primeira com 40 % do cabo feito de material reciclado pré-consumo* e agora terá suas embalagens nas cores verde e amarela, disponíveis nas versões média e macia. Já a infantil Reach® Essencial Junior® chega para animar ainda mais a escovação dos pequenos, contando agora com a estampa do Fuleco, mascote oficial do evento. As escovas Reach® Eco Essencial® e Reach® Essencial Junior® com embalagens comemorativas serão comercializadas a preços acessíveis, com valores médios de R$ 1,90 e R$ 2,50, respectivamente, e poderão ser encontradas nos principais supermercados e farmácias do país. *O que é o material reciclado das escovas? O material sustentável utilizado é conhecido como polipropileno e polietileno reciclados pré-consumo. Para a produção dos cabos é necessária uma menor extração de matéria-prima - como petróleo, por exemplo -, pois a empresa reutiliza sobras de materiais plásticos que não chegaram ao consumidor. Esse material é comprovadamente atóxico, totalmente seguro e adequado para o uso em itens de higiene oral. “A preservação dos recursos naturais está presente no cotidiano da nossa empresa, por isso, investimos cada vez mais em produtos, processos e tecnologias que gerem uma cadeia de produção sustentável e a proteção do meio ambiente”, explica Ronaldo Art, gerente de mercado para a categoria de Oral Care.

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> Perfeição em Moldagem

Desenvolvidos com tecnologia Alemã a Oraltech lança no Ciosp 2014 os Silicones Consil e Replic. O Silicone de Condensação Consil é indicado para o sistema de técnica dupla e/ou simples moldagem, possui alto poder de cópia e estabilidade dimensional. O Silicone de Adição Replic é composto pelo material pesado (Putty) com 910g e pelo material leve de consistência Light em cartuchos de 50ml. O Replic Putty apresenta uma consistência inicial macia proporcionando uma moldagem sem bolhas e excessos, indicado para a moldagem preliminar da técnica dupla. O Replic Light apresenta alta elasticidade, sendo extremamente resistente ao rasgamento, reproduz com total fidelidade os detalhes das áreas subgengivais, devido a sua fluidez e propriedade hidrofílica. Uma das vantagens do Replic é o curto tempo de trabalho na boca, evitando deformações causadas pelos micromovimentos.

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 Vitrine Odontológica

> Reconhecimento internacional

Com um currículo cheio de prêmios, cursos e palestras ministradas, autor de vários capítulos de livros, como o mais recente: Ortodontia - Terapia Biprogressiva, o professor Weber Tamburus, um dos profissionais mais experientes e respeitados no Brasil, acaba de receber mais um importante prêmio. Desta vez, da Foundation of Modern Bioprogressive Orthodontics, em reconhecimento pelos serviços prestados ao desenvolvimento e implantação da Terapia Bioprogressiva no Brasil. Criada pelo americano Robert Ricketts em 1962, representa muito mais do que uma técnica, é uma filosofia de tratamento ortodôntico que procura compreender o paciente como um todo e não apenas os dentes e, assim, tratá-lo de maneira eficaz. Mais atuante do que nunca, Dr.Weber Tamburus acaba de inaugurar um amplo e equipado consultório odontológico na zona sul de Ribeirão Preto-SP, em parceria com a filha, também ortodontista e professora, Dra. Viviane Tamburus, com quem além de dividir o espaço, divide pesquisas importantes sobre essa filosofia de tratamento ortodôntico.

Dr. Weber Tamburus comemora prêmio com a filha Viviane.

> FGM lança novidade que inova a construção de munhões A FGM, líder latino-americana em produtos odontológicos, apresenta mais um grande lançamento que otimiza a reabilitação dos dentes, com o melhor custo-benefício para o cirurgião-dentista, como o Allcem Core. Este cimento resinoso dual que simplifica a reabilitação de dentes com grande perda estrutural, diferencia-se no mercado por ser um material 3 em 1, fazendo a cimentação do pino, a construção do munhão e a cimentação da coroa. Outro destaque do lançamento é a sua elevada resistência à flexão e à compressão, ideal para trabalhos duradouros, além da adequada viscosidade e escoamento, balanceados, que facilitam os procedimentos. Por meio das ponteiras aplicadoras que acompanham a embalagem, o produto pode ser distribuído uniformemente no interior do conduto, dispensando mistura manual e inserção com propulsores Lentulo. Apresenta ainda 62% de carga em peso para ter a máxima estabilidade da reabilitação e conta com radiopacidade, permitindo o acompanhamento radiográfico e inspeção de eventuais excessos subgengivais. Por ter cura dual, o Allcem Core oferece polimerização química em ambientes onde a luz não alcança plenamente e fotopolimerização, facilitando a construção do munhão.

 Calendário de Eventos JANEIRO 32º CIOSP - CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO Data: De 30 de janeiro a 02 de fevereiro de 2014 Local: Expo Center Norte - São Paulo-SP Informações: www.ciosp.com.br MARÇO II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL Data: De 27 a 29 de março de 2014 Local: Gran Palazzo Centro de Eventos - Passo Fundo-RS Informações: www.ciors2014.com.br 56 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

ABRIL 22º CONGRESO PERNAMBUCANO DE ODONTOLOGÍA - COPEO Data: De 03 a 06 de abril 2014 Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Recife-PE Informações: www.copeo.com.br MAIO 10º ENCONTRO ORTODONTIA INDIVIDUALIZADA CAPELOZZA Data: Dias 02 e 03 de maio de 2014 Local: MHS Eventos - Rio de Janeiro- RJ Informações: www.pos-orto.com.br/encontrocapelozza

XXXIII CONGRESO NACIONAL ICA Y LA 60º JORNADA ANUAL DE LA SOCIEDAD PERUANA DE PRÓTESIS DENTAL Y MÁXILO FACIAL Data: De 29 a 31 de maio de 2014 Local: Hotel Las Dunas ICA – Perú Informações: www.sociedadperuanadeprotesis.org


 Social

Comemorando as conquistas Muita alegria e descontração marcaram a festa de final de ano da Dental Gutierre Odonto, realizada na Chácara Harmonia, em Araraquara-SP. Durante todo o dia, com direito a futebol, música, piscina, sinuca, churrasco, num clima de completa amizade e confraternização, os colaboradores da Gutierre e seus familiares puderam comemorar os bons resultados de 2013. “Essa é uma pequena forma de agradecimento e retribuição à toda dedicação e empenho desses profissionais que são os grandes responsáveis pelo sucesso da nossa empresa. Somos uma família e trabalhamos unidos em busca dos mesmos objetivos”, ressalta o diretor Eduardo Gutierre.

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 Social

Micael, Antonio Gomes (Gerente Geral da Ultradent do Brasil), Dirk Jeffs (Vice Presidente de Marketing e Vendas da Ultradent - EUA), Eduardo Gutierre (Proprietário da Dental Gutierre Odonto), Cleber Regis ( Line Manager na Dental Gutierre), Wilson Nascimento (Gerente Nacional de Vendas da Ultradent do Brasil), na sede da Gutierre Odonto, em Araraquara-SP.

Regina Maura e Renata Fronzaglia Lollato (presiednte da Aorp), no minicurso de Odontologia Restauradora ministrado pelo professor Luiz Narciso Baratieri, na sede da Aorp.

Vera Marisa e Rosangela Bretas, no curso do professor Baratieri, na Aorp.

Márcia Ranal e Adriana F. B. Costa, no curso do professor Baratieri, na Aorp.

Eduardo Paiva (Grupo Orto), no 2º Mutirão de Cidadania e Saúde, promovido pela Organização Voluntários do Sertão em Ribeirão Preto.

Paulo Saad (ccordenador científico do evento) e Zulene Ferreira, no 2º Meeting Nacional Osseofix, promovido pela Titaniumfix, na sede da Associação Odontológica de Ribeirão Preto (Aorp).

Jairo José, no 2º Meeting Nacional Osseofix, na Aorp. 58 > Revista Gutierre Odontolife - EDIÇÃO 57

Fábio Seroli (gestor de negócios da Titaniumfix) e a equipe regional de vendas da Titaniumfix, no 2º Meeting Nacional Osseofix.


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